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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
SERVIDORES PÚBLICOS
Acumulação de cargos
3. Exceções
3.2. Hipóteses de acumulação
4. Mandatos eletivos
5. Sanções
Aposentadoria
1. Critério
2. Extensão
3. Modalidades
SERVIDORES PÚBLICOS
Acumulação de cargos
3. Exceções
d) Juiz com uma de magistério: (Artigo 95, parágrafo único, da CF/88) é permitida apenas uma de magistério na
área pública, desde que comprovada a compatibilidade de horários.
Os ministros do STF podem acumular, inclusive, dos onze, três ministros acumulam o cargo de ministro do STF
com o cargo de ministro no TSE.
A presidência do STF também acumula com o cargo com a presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
A mesma situação envolve os ministros do STJ que, embora não recebam pelo teto, dois deles acumulam com
cargos no TSE.
Essa questão perdeu importância a partir da orientação do STF em abril de 2017, pois não é mais a soma das
remunerações que não pode ultrapassar o teto, mas a remuneração percebida em cada cargo acumulado.
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função,
salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em
processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições
de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as
exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes
de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria
ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)”
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e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as
exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)”
Observação: com relação a acumulação de cargos, a legislação infraconstitucional não pode estabelecer limite de
horas, pois se revela inconstitucional. A tese já ficou consolidada no STF e STJ.
No STF a tese foi fixada num agravo em recurso extraordinário, portanto, com repercussão geral (Ag RExt
1.246.685 – julgado em março 2020), que resultou na seguinte tese de repercussão geral: “as hipóteses
excepcionais, autorizadoras de acumulação de cargos sujeitam-se unicamente a existência de compatibilidade de
horários e verificada no caso concreto, ainda que haja norma infraconstitucional que limite a jornada semanal.”
Se houver norma constitucional limitando jornada semanal, que não pode ser superior a 60h (sessenta horas)
normalmente, essa regra é inconstitucional. A mesma orientação foi dada ao nível do STJ.
4. Mandatos eletivos
Há uma exceção: o artigo 38, III, da CF/88 autoriza a acumulação apenas com mandato de vereador e se houver
compatibilidade de horários.
Exemplos: município do porte de São Paulo, que é o maior de todos, em que a Câmara funciona todos os dias, o
dia inteiro, não é possível a acumulação.
Município pequenos, como Serra da Boa Esperança em MG (com pouco mais de oitocentos habitantes), Águas de
São Pedro no interior de SP, em que Câmara funciona uma vez na semana ou a cada quinze dias, em horários
alternativos, será possível a acumulação.
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V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento,
os valores serão determinados como se no exercício estivesse.”
5. Sanções
A sanção que será aplicada em caso de acumulação ilegal de cargos não aparece ao nível constitucional, mas na
Lei 8.112/90, no artigo 132, XII, que prevê a pena de demissão dos dois cargos acumulados.
Essa mesma lei, nos artigos 132 e 133, prevê para aplicação dessa pena, como de qualquer outra, a abertura de
processo administrativo, assegurados o contraditório e ampla defesa.
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acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e
remeterá o processo à autoridade instauradora, para
julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a
autoridade julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se, quando
for o caso, o disposto no § 3o do art. 167. (Incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
§ 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa
configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá
automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. (Incluído
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á
a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou
disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas
em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou
entidades de vinculação serão comunicados. (Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar
submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data
de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua
prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o
exigirem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo,
observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as
disposições dos Títulos IV e V desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)”
A lei prevê a possibilidade de se notificar o servidor antes da abertura de processo de que está acumulando de
forma ilegal. Se o servidor responder de forma positiva, ele pode abrir mão de um dos cargos acumulados e pedir
a sua exoneração desse cargo. Nesse caso, a situação se resolve assim, será exonerado de apenas um dos cargos.
Contudo, se não reconhecer, abre-se um processo administrativo disciplinar. Até o término do prazo para defesa
ele também terá nova oportunidade para abrir mão de um dos cargos. Se não o fizer e ao término do processo
administrativo for condenado, perde os dois cargos, será demitido dos dois.
1. Fundamento
(Artigo 37, VII da CF/88)
O direito de greve está assegurado aos servidores nos termos e limites fixados em lei específica (lei ordinária).
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Em 1988 a Constituição estabeleceu que os termos e limites seriam fixados em lei complementar. A partir de
1998 passou-se a exigir apenas lei ordinária, com o objetivo de facilitar a aprovação. Contudo, até hoje não há lei
disciplinando o assunto.
Nesse sentido, o Judiciário decidiu que, enquanto não fosse aprovada a lei de greve para os servidores, se
aplicará, no que couber, as regras previstas na Lei 7.783/89 (Lei de greve para a iniciativa privada).
2. Destinatários
A CF/88, no artigo 142, § 3º, IV, dispõe que o servidor militar está proibido de deflagrar movimento grevista por
trabalhar com a questão relacionada a preservação da soberania do Estado.
Por interpretação a regra constitucional, o STF, em abril de 2017, quando da análise de um agravo em recurso
extraordinário (Ag RExt 654.432/GO), estendeu a proibição de greve para servidores civis integrantes de carreiras
ligadas à segurança pública, que são aquelas relacionadas ao longo do artigo 144 da CF/88 (policial civil, policial
rodoviário, corpo de bombeiros, polícia penal [antigos agentes penitenciários]).
3. Extensão
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Por conta de previsões estabelecidas ao longo dos artigos 10, 11 e 12 da Lei 7.783/89 fica proibida greve total no
serviço público.
Um percentual dos serviços tem que permanecer à disposição da população, principalmente em serviços de
caráter essencial.
O parâmetro envolve a situação julgada em 2014, envolvendo a greve do metrô às vésperas da abertura da Copa
do Mundo. Em junho de 2014 as ruas próximas ao estádio que sediou a abertura da Copa do Mundo foram
interditadas. Criou-se uma linha de metrô específica para atender de forma direta as pessoas que assistiriam ao
jogo. Foi feita toda uma mobilização para que o acesso ao estádio fosse feito através de transporte público
(metrô). Contudo, às vésperas do evento, o metrô entrou em greve. Em razão disso, foi determinado que nos
horários de pico 100% (cem por cento) da atividade deveria ser mantida à disposição da população. Contudo, nos
intervalos esse percentual poderia baixar.
É o horário que o trabalhador vai de casa para o trabalho e do trabalho para casa.
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XIV - outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico
Federal indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis
da comunidade. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)”
4. Descontos
Quanto aos descontos, a data-base é 27/10/2016. Até esta data o STF tinha o entendimento quanto a proibição
da incidência de descontos sobre os dias de paralisação.
A partir desta data, o STF através da apreciação do Recurso Extraordinário 693.456, autorizou o desconto dos dias
de paralisação. Há duas exceções:
- a menos que as partes entrem num acordo quanto a compensação dos dias;
- se a greve resultou de uma atitude ilegal do poder público. Exemplo: não pagamento de remuneração ou
pagamento com atraso.
Aposentadoria
1. Critério
O critério é o tempo de contribuição. Esse critério vem desde EC nº 20/98. A emenda substituiu o critério do
tempo de serviço pelo tempo de contribuição.
Só é possível comprovar esse critério através de provas documentais, pré-constituídas. Prova testemunhal não
resolve.
2. Extensão
No artigo 40, § 9º, a Constituição autoriza a utilização de qualquer tempo de contribuição na esfera pública. O
servidor que trabalhar em uma esfera de Governo, ao mudar para outra esfera leva o tempo de contribuição.
Qualquer tempo de contribuição na área pública será considerado para aposentadoria.
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Art. 40 CF/88 – “(...)
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal
será contado para fins de aposentadoria, observado o disposto nos
§§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspondente será
contado para fins de disponibilidade. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)”
Já com relação àquele que trabalhar na iniciativa privada e contribuir para o regime geral da previdência social, o
artigo 201, § 9º da CF/88 permite que se utilize o período de contribuição da área privada para o setor público e
vice e versa. Os regimes de aposentadoria vão se compensar financeiramente entre si.
3. Modalidades
(Artigo 40, § 1º, da CF/88)
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i) aposentadoria compulsória;
ii) aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho (despareceu o rótulo aposentadoria por
invalidez);
iii) aposentadoria voluntária.
a) Aposentadoria compulsória
Fato gerador: atingimento do limite máximo de idade previsto na Constituição, que é de 75 (setenta e cinco)
anos.
É um ato vinculado, pois o administrador não tem espaço para juízo de valor, se o servidor completou a idade tem
que aposentar. Juízes e promotores estão incluídos nessa regra.
É um ato discricionário, pois a junta médica tem liberdade para fazer um juízo de valores de conveniência e
oportunidade.
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