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MATERIAL
PMCE
COMPLETO
RUMO À FARDA
APRESENTAÇÃO DO
MATERIAL
"Se você pensa que pode, ou se pensa que não pode, de qualquer forma
você está certo." - Henry Ford.
DIREITO CONSTITUCIONAL _____________________________________________________ 4
Poder constituinte___________________________________________________________________ 4
Nacionalidade _____________________________________________________________________ 24
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Crimes contra incolumidade pública __________________________________________________ 152
2
Ética e Moral _____________________________________________________________________ 271
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Poder constituinte
CONSTITUIÇÃO
Constituição:
Cláusulas pétreas: podem ser explicitas ou implícitas, não podem ser revogadas nem por
emenda constitucional; → “FoDi VoSe”
- Forma federativa do Estado
- Direitos fundamentais
- Voto direto, secreto, universal e periódico
- Separação dos poderes
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Poder Constituinte Originário: Poder de constituir o Estado, de criar uma Constituição,
rompendo com a ordem jurídica anterior → Apesar de ser juridicamente ilimitado,
encontra limites nos valores que formam a sociedade.
- É inicial, autônomo, incondicionado e ilimitado.
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Normas de Eficácia Contida ou prospectiva: → Autoaplicáveis / Não restringíveis
/Aplicabilidade Direta/ Imediata / Possivelmente não integral
Normas de Eficácia Limitada: Não autoaplicáveis / Restringíveis /Aplicabilidade indi-
reta / Mediata / Reduzida
Normas programáticas: são as cláusulas nas constituições que falam sobre a busca pelo
pleno emprego, pela igualdade de gênero ou mesmo pelo acesso universal à educação
fundamental,
Garantias Fundamentais ;
Princípios Da RFB → F.O.P.S
• Art. 1º Fundamentos: A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
SOBERANIA CIDADANIA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA VALORES
SOCIAIS E LIVRE INICIATIVA PLURALISMO POLÍTICOS
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Igualdade Entre Os Estados
Repúdio Ao Terrorismo E Racismo
Concessão De Asilo Político
- Feita pelo PR
Solução Pacífica Dos Conflitos
- A RFB buscará a integração econômica, política, social e cultural da AL, visando à
formação de uma comunidade latino-americana de nações.
- República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal e constitui-se em Estado Democrático de Direito.
- Nossa Cf Estabelece A Democracia Semidireta Ou Participativa
- Todos os objetivos são princípios Fundamentais, mas nem todos os princípios
Fundamentais são objetivos.
Art. 5º
- Se tornam fundamentais quando constitucionalizados
- Os direitos fundamentais derivam da liberdade e igualdade
Tratados internacionais sobre DIREITOS HUMANOS aprovados por 3/5 e dois tur-
nos: Equivalente a emenda constitucional
Tratados internacionais sobre DIREITOS HUMANOS não aprovados por esse
quorúm qualificado: Status supralegal
Tratos internacionais que não sejam sobre DIREITOS HUMANOS: Lei ordinária
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
- Derivam do princípio da liberdade e igualdade
- Clausulas pétreas são de limitação MATERIAL
- Roll Exemplificiativo
• Características (H123IRUA):
Historicidade;
Imprescritível;
Inalienável;
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Indisponível/Irrenunciabilidade;
Relativo;
Universal;
Aplicação imediata;
- Podem ser limitados por outros direitos da mesma natureza, viabilizando a sua
concordância prática;
Vida:
X São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
- É um direito personalíssimo → não cabe à família reclamar.
- Súmula 227, STJ: "A PJ pode sofrer dano moral".
Igualdade:
- Igualdade formal: tratar todos iguais → Igualdade jurídica. Na CF é esse o aceito
- Igualdade material: tratar os desiguais na medida das suas desigualdades (Princípio da
isonomia) → Assim, a CF traz distinção entres as pessoas.
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Liberdade:
• Inscrição em conselho de fiscalização só é exigida se a atividade a ser exercida trouxer
potencial lesivo à sociedade.
- Norma de eficácia contida.
• XIII - É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer.
• XXXIII - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos infos de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado (não cabe MS para esses).
• VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades
civis e militares de internação coletiva;
• VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
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• VIII - Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa, salvo se as
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa.
- Escusa de consciência é o direito que a pessoa possui de se recusar a cumprir
determinada obrigação ou a praticar certo ato por ser ele contrário às suas crenças
religiosas ou à sua convicção filosófica ou política. Mas ela tem que arcar com as
consequências.
Propriedade:
• XXII - É garantido o direito de propriedade, que atenderá sua função social.
• A pequena propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objeto de
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a
lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
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- Em flagrante delito;
- Desastre;
- Para prestar socorro;
- Por determinação judicial, durante o dia. RESERVA DE JURISDIÇÃO (Dia se resume
em entre 5h às 21h)
Definição de casa:
- Local de trabalho do indivíduo. (Escritório)
- Embarcação em que o indivíduo resida e(ou) exerça atividade laboral.
- Recinto ocupado provisoriamente pelo indivíduo.
- Imóvel que o indivíduo ocupe por empréstimo.
- Quarto de hotel que seja ocupado pelo indivíduo
- Não se compreende no conceito de casa estabelecimentos como bares, casas de jogo e
outros locais semelhantes.
• XXXI - A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
São assegurados, nos termos da lei:
- A proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e
voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
- O direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
associativas;
Segurança: (Júridica)
Direito do preso:
- LXII - Permanecer calado, sendo-lhe assegurado a assistência da família e do advogado.
- O direito de permanecer calado tbm se enquadra para testemunhas e etc.
- LXIV - Direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório.
- XLIX - É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
- LXI - Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamen-
tada de AUTORIDADE judiciaria competente, salvo nos casos de transgressão mili-
tar ou crime propriamente militar.
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- LXII - A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados ime-
diatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
- LXXV - O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar
preso além do tempo fixado na sentença;
- Uso de algema somente PRF (Perigo, Resistência ou Fuga), sendo essa excepcionali-
dade justificada por escrito, sob pena de responsabilidade do agente e do Estado, além
da nulidade da prisão.
- XLVIII - A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza
do delito, a idade e o sexo do apenado;
- L - Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus
filhos durante o período de amamentação;
- LXV - A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
- LXVI - Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
• Não haverá prisão civil por dívida, salvo obrigação alimentícia;
• XLVI - A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
- Privação ou restrição da liberdade;
- Perda de bens;
- Multa;
- Prestação social alternativa;
- Suspensão ou interdição de direitos;
• XLVII - Não haverá penas:
- De morte, salvo em caso de guerra declarada.
- De caráter perpétuo;
- De trabalhos forçados;
- De banimento;
- Cruéis;
• O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipó-
teses previstas em lei.
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Crimes insuscetíveis de graça ou anistia (3 TH) HEDIONDO – Crimes que não tem per-
dão.
• XL - A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. EXCETO Crime Continu-
ado ou ao Crime Permanente
• XXXV - A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
• XXXVI - A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;
• LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada
no prazo legal
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• XII - É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados
e das comunicações telefônicas, salvo por ordem j.
- As comunicações telefónicas podem ser violadas por ordem judicial, nas hipóteses e
na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução proces-
sual penal;
Não há de forma expressa a quebra de sigilo de correspondência, porém indire-
tamente pode
- Limitação infraconstitucional. (Para temas de igual ou maior relevância)
• Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
• Aos litigantes, em processo judicial ou adm, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
• São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
• A gravação de conversa entre dois interlocutores, feita por um deles, sem conhecimento
do outro, com a finalidade de documentá-la, futuramente, nada tem de ilícita, principal-
mente quando constitui exercício de defesa.
• LVII - Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
• LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei;
Remédios Constitucionais
- CONTROLE JUDICIAL
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- Qualquer um pode impetrá-lo, seja para si ou para outrem → Juiz pode concedê-lo de
ofício.
- Cabe recurso para decisões favoráveis e desfavoráveis.
- Cabe HC contra quebras de sigilos que possam levar à prisão.
- Não é cabido HC quando o direito de locomoção é reduzido em tempos de guerra ou em
tempos de paz através de lei.
Será incabível:
- Em relação as punições disciplinares de militares, salvo em relação aos pressupostos de
legalidade das transgressões.
- Quando a pena privativa de liberdade já foi extinta.
Será cabível:
- Se não houver justa causa.
- Se estiver preso por mais tempo do que determinado por lei.
- Se quem decretar a prisão não tiver competência para fazê-lo.
- Se houver cessado o motivo da prisão.
- Se não for admitido a prestação de fiança e a lei permitir.
- Se o processo for manifestamente nulo.
- Se for extinta a punibilidade.
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- Decisão de recurso adm;
- Decisão transitada em julgado;
- Lei em tese.
Ação Popular:
• Função de anular atos e proteger os direitos difusos (M2P3):
Meio ambiente
Moralidade administrativa
Patrimônio histórico
Patrimônio cultural
Patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe
- Qualquer cidadão é parte legitima para impetrar Ação Popular.
- O MP não pode impetrar, mas pode recorrer da sentença ou dar continuidade, caso haja
desistência.
- Não tem prerrogativa de foro.
- Pode ser preventivo ou repressivo;
- É gratuito, salvo em caso de má-fé, e precisa de advogado.
H é gratuito, o que tem M (Money) não é gratuito. O que tem A é gratuito, salvo má-
fé.
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Segurança Pública
ART. 144º
I - Polícia federal: instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se a:
- Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens,
serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas,
Adm indireta. assim como outras infrações que tenham repercussão interestadual ou
internacional e exijam repressão uniforme.
- Pode atuar em casos de infrações em S.E.M federais de repercussão interestadual.
- Prevenir e reprimir o tráfico de drogas, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da
ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
- Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
- Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União (não impede o
MP de investigar → Teoria dos poderes implícitos)
II - Polícia rodoviária federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira;
- Destina-se ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
III - Polícia ferroviária federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
IV - Polícias civis: dirigidas por delegados de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares → Polícia residual.
- exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono
V - Polícias militares e bombeiros militares:
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- À PM cabe o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública;
- Ao BM, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de
defesa civil.
- reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as pc e as polícias penais aos
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
- STJ (Info 617): Não há ilegalidade na perícia de aparelho celular pela polícia, sem
prévia autorização judicial, na hipótese em que seu proprietário - a vítima - foi morto,
tendo o referido telefone sido entregue à autoridade policial por sua esposa.
VI - Polícias penais federal, estaduais e distrital: cabe a segurança(Apuração de
infração não! PF ou PC) dos estabelecimentos penais (Apenas a segurança);
Vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade federativa.
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela
segurança pública
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
§ 10ºSegurança viária: exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas (Incluída por Emenda Constitucional).
– Inclusa pelo Poder derivado!!
- educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas
em lei.
- Compete, no âmbito dos Estados, do DF e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou
entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira. -Não compete
no âmbito da União
ADMINISTRATIVA: OSTENSIVA/PREVENTIVA:
1. PRF 2. PFF 3. PM e CMB
Crime comum cometido por militar = Policia Civil (EX: crimes do Código Penal)
Crime militar cometido por militar = Polícia Militar (EX: crimes do Código Penal Mi-
litar)
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CN APENAS APROVA
• Restrições aos direitos de:
- Reunião, ainda que exercida no seio das associações;
- Sigilo de correspondência;
- Sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
• Ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade
pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
Pressuposto material (motivo) grave perturbação, instabilidade institucional ou
problema natural, impossibilidade de reestabelecer paz
Pressuposto Formal (Procedimento) oitiva do Conselho da Republica e Defesa,
Decreto.
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Direitos sociais
Art. 6º, CF/88, “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade
e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”
Aplic. IMED. Se houver omissão nesse sententido, será impetrado M. de Inj. (Podem
ser usadas individualmente)
Educação Saúde Assistência aos desamparados
Lazer
Moradia Trabalho no Proteção à maternidade e à infância
Previdência social
Alimentação Transporte Segurança (Pública)≠Artº5(Juridica)
Princípio da proibição do retrocesso social: o Estado nunca pode voltar atrás, deve
sempre buscar melhorar.
- Se for revogada uma norma que discipline sobre os direitos fundamentais, o poder
público deve implementar medidas alternativas que visem compensar eventuais perdas já
sedimentadas.
Princípio da reserva do possível: limita a efetivação dos direitos sociais → o Estado
deve prestar os direitos sociais no limite de sua disponibilidade financeira e com
razoabilidade de pretensão, mas deve garantir o mínimo existencial.
Princpipio do Mínimo existencial Está relacionado à ideia de garantir-se ao indivíduo a
concretização dos direitos sociais, bem como de suas liberdades básicas.
- Existencia de recursos deve ser levada em consideração, porém ele é obrigado a fazer o
mínimo existencial, com isso ele n pode alegar o principio da reserva do possível para n
fazer o mínimo existencial.
• Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
- Não existe a lei complementar, então utiliza-se o parâmetro ADCT, que determina o
pagamento de multa de 40% sobre o valor do FGTS;
• Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
• Prescrição dos créditos trabalhistas: até 2 anos para ajuizar a ação para cobrar direitos
dos últimos 5 anos.
XIII - Jornada de trabalho: Não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva
de trabalho;
- Jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
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- Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
- Hora extra no mínimo 50% superior à normal;
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• Proibido qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
• Proibida a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
• Proibido trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de qualquer
trabalho a menores de 16, salvo como aprendiz, a partir dos 14.
LEI 8.112
Art. 19. Os servidores trabalharão a duração máxima do trabalho semanal de quarenta
horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias,
respectivamente.
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22h e 5h do dia
seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% computando-se cada hora como 52m 30s
- Os S.P tem acesso aos D.S, porém não todos, como por exemplo FGTS ou aos que se
aplicam a iniciativa Privada.
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• A lei não pode exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato → Exige-
se o registro em órgão competente (Ministério da Justiça).
- Vedado ao Poder Público a interferência e a intervenção no sindicato;
- Independe de lei e sim de registro em Órgão competente. MJ
• Vedada a criação de mais de um sindicato idêntico dentro da mesma base territorial
municipal.
- Base territorial não pode ser inferior à área do município.
• Cabe ao sindicato a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou adm;
• A assembleia geral fixará a contribuição → o pagamento só é obrigatório aos filiados do
sindicato;
- Ninguém será obrigado a se filiar ou a se manter filiado a sindicato;
• Obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
• O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
• É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano
após o final do mandato, salvo se cometer falta grave;
- Não vale se for líder sindical de uma categoria diferente da qual trabalha ou se estiver
trabalhando fora da base territorial;
- Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017), a contribuição sindical passou a ser
obrigatoriamente recolhida apenas daqueles empregados que assim autorizaram
-Para atuar em substituição processual, o sindicato não necessita de autorização
Greve
• É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
- A lei definirá os serviços e atividades essenciais;
- Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
• É lícito o desconto dos dias não trabalhados, salvo quando a greve for gerada por
conduta ilícita do poder público.
Conforme o STF: Os servidores que atuam diretamente na área de segurança pública não
podem entrar em greve.
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- De 5.001 ou + ➔ 7 membros;
Nacionalidade
Nacionalidade originária/primaria : imposta no nascimento, de forma unilateral e
involuntária;
- Via de regra, o Brasil adota o critério Ius Solis (direito de Solo) e, excepcionalmente, o
Ius Sanguinis. (Direito de sangue);
Nacionalidade secundária: adquirida de maneira voluntária
- No Brasil, não é possível adquirir nacionalidade por meio de casamento;
Brasileiros Natos:
1º Nascidos no Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a
serviço de seu país;
- Se estiver a serviço de um país que não seja o seu, então será BR.
2º Nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe BR, a serviço da RFB, ou a serviço de
organização internacional da qual o Brasil faça parte.
3º Nascidos no estrangeiro de pai ou mãe BR, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente venham a residir no Brasil e optem, a qualquer tempo, depois
de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
- Seus efeitos são plenos e têm eficácia retroativa.
- Nesse caso, por ser brasileiro nato, não pode ser extraditado,
- Brasileiro nato que vier a perder sua nacionalidade pode ser extraditado.
- Brasileiro nato não pode ser extraditado
- considera que o brasileiro nato que perdeu a nacionalidade originária por naturalização
voluntária, ao readquirir a nacionalidade, será brasileiro nato
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-A lei não pode estabelecer distinções entre os brasileiros natos e os brasileiros
naturalizados.
Brasileiros naturalizados:
• Aos portugueses com residência permanente no país, são atribuídos os direitos inerentes
a brasileiro naturalizado
- Perdida mediante decreto do PR e só pode ser recuperada mediante novo decreto do PR.
- Não ocorrerá a perda se a nacionalidade originária for reconhecida pela lei estrangeira
ou quando a naturalização for uma exigência para se adquirir direito.
• O naturalizado pode ter sua naturalização cancelada, por sentença judicial
irrecorrível, em decorrência de atividade nociva ao interesse da nação.
- Pode ser recuperada através de ação rescisória
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TESE - É permitida a análise pelo Poder Judiciário somente dos aspectos de legitimidade
jurídica concernentes ao ato expulsório, não cabendo, portanto, o julgamento da
nocividade da permanência do estrangeiro em território nacional.
→Não há atribuição de nacionalidade aos portugueses nem aos brasileiros que residam
em Portugal. O português vivendo com ânimo permanente no Brasil continua português
• Aos portugueses com residência permanente no país, são atribuídos os direitos inerentes
a brasileiro naturalizado
Extradição
➔ Brasileiro naturalizado pode ser extraditado em duas hipóteses: APENAS POR
SENTENÇA JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO
• crime comum praticado antes da naturalização e;
• comprovado envolvimento com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins..
A lei não pode distinguir BR nato de naturalizado, salvo nas 5 hipóteses da CF:
• Pode ser extraditado Br naturalizado que pratique crime comum antes da naturalização
ou por tráfico de drogas, a qualquer tempo.
- Brasileiro nato não pode ser extraditado.
• Cargos privativos de brasileiro nato: MP3.COM (Só brasileiro nato pode fazer parte!)
- Ministro do STF;
- PR e Vice da República;
- PR da Câmara dos Deputados;
- PR do Senado Federal; (Poderá ser senador)
- Carreira diplomática;
- Oficial das Forças Armadas.
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- Ministro de Estado da Defesa.
• O Senador ou Deputado Federal não precisa ser brasileiro nato
• O único Ministro de Estado que deve ser brasileiro nato é o Ministro da Defesa
• Os portugueses equiparados não podem ocupar cargos privativos de brasileiro nato
• O naturalizado pode ter sua naturalização cancelada, por sentença judicial irrecorrível,
em decorrência de atividade nociva ao interesse da nação;
• Não podem compor o Conselho da República como os 6 cidadãos indicados (podem
através de outros meios)
• Brasileiro naturalizado só pode ser proprietário de empresa jornalística ou de rádio após
10 anos da naturalização;
Direitos políticos
DIREITOS POLÍTICOS:
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, mediante:
- Plebiscito; a consulta ao povo se dá antes da edição do ato administrativo ou legislativo
- Referendo; é a convocação do povo para ratificar ou rejeitar ato legislativo ou
administrativo previamente aprovado pelo Poder Legislativo.
- Iniciativa popular. É a forma de democracia direta
(CIDADANIA NÃO ESTÁ INCLUSA AQUI)
Ativo e passivo.
Direito político ativo: direito de votar
- Não poderão votar aqueles que não se alistarem, o direito de votar é inviabilizada pela
inalistabilidade
Direito político passivo: direito de ser votado.
-No Brasil, a democracia é semidireta: o povo a exerce não só por meio das eleições,
mas também diretamente.
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• São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes até o 2º
grau, do PR, Governador, Prefeito ou de quem os substituiu dentro dos 6 meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
- São inelegíveis para o cargo de prefeito de Município resultante de desmembramento
territorial o cônjuge e os parentes até 2º grau do atual Prefeito do município-mãe.
• O mandato poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias contados
da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude.
- A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça;
Condições de elegibilidade:
• Nacionalidade brasileira;
• Pleno exercício dos direitos políticos;
• Alistamento eleitoral;
- Só é CIDADÃO com o alistamento Eleitoral
- Nem todo nacional é cidadão
• Domicílio eleitoral na circunscrição;
• Filiação partidária;
• Idade mínima na posse de: 3530-2118;
- 35 anos para PR e Vice e Senador;
- 30 anos para Governador e Vice-Governador;
- 21 anos para Deputado Federal, Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de
paz;
- 18 anos para Vereador (na candidatura)
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É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de:
- I Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado → Perda.
- II Incapacidade civil absoluta → Suspensão.
- III Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos →
Suspensão.
- IV Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa → Perda.
- V Improbidade adm → Suspensão.
Organização do Estado
- (Não é vedado criar destinções entre brasileiros e extrangeiros)
- A soberania é atributo apenas da República Federativa do Brasil. UEDFM tem
autonomia politica. Todos autônomos
- A forma de federalismo adotada no Brasil é conhecida como federalismo de segregação
e centrífugo, sendo os estados-membros dotados de autogoverno
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Forma de Estado – Federação // Entes federativos: (U,E,DF e M) – Não são subor-
dinados (FEDERADO e não unitário)
foRma de goveRno - República
Sistema de governo - preSidencialismo
REgime dE govErno - dEmocrático dE direito // o que estabelece a prevalência ine-
quívoca do princípio da constitucionalidade.
União
• 34 - União não intervirá nos E nem no DF, exceto:
- forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
- direitos da pessoa humana;
- autonomia municipal;
- prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
- aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde
Estados
• 25 - Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.
DF
- A autonomia do Distrito Federal e sua organização político-administrativa têm
limitações constitucionais.
- Ente federativo Atípico
- Ente híbrido, acumula funções de estados e munícipios
- Sua autonomia é parcialmente tutelada pela união
-De acordo com STF, o DF é um ente federativo com autonomia PARCIALMENTE
TUTELADA PELA UNIÃO.
-NÃO pode ser dividido em municípios.
Municipios
• Os Municípios são entes autônomos, sendo sua autonomia alçada, pela CF, princípio
constitucional sensível
- capacidade de autoorganização, autolegislação, autogoverno e autoadministração
- Ente federativo e dispõe de capacidade de auto-organização, autogoverno e
autoadministração
- Nos Municípios, ao contrário do que acontece nos demais entes da federação, não há
Poder Judiciário. O Poder Legislativo, assim como nos Estados-membros, é unicameral.
30
• O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que
a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição
- Não há poder judiciário nos municípios
Súmula 208 STJ, que determina que “compete à Justiça Federal processar e julgar
prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal”.
Súmula 209 STJ, que estabelece que “compete à Justiça Estadual processar e julgar
prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal”.
- Ainda segundo o STJ, o Prefeito será julgado pelo Tribunal de Justiça (e não pelo
tribunal do júri) no caso de crimes dolosos contra a vida.
Território Federativo
- Os Territórios são unidades descentralizadas da Administração Federal, com
autonomia administrativa e financeira, equiparados para os efeitos legais, aos órgãos
de administração indireta. (Não possuem autonomia política)
- Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
- Não são entes federativos mas podem ser divididos em municípios (Formado por estado)
- As contas do governo do território devem ser submetidas ao Congresso Nacional.
Doutrina:
- Segundo a doutrina, vivemos um federalismo de 3º grau. Em outras palavras,
Os Estados e Municípios possuem autonomia para legislar.
Julgamento:
PR -
Crime COMUM - STF
Crime de RESPONSABILIDADE - SENADO FEDERAL
GOV
Crime COMUM - STJ
31
Crime de RESPONSABILIDADE - Tribunal Misto
PREF.
Crime COMUM - TJ
Crime de RESPONSABILIDADE - CÂM. Municipal
OBS:
SÚMULA 209: Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de
verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.
Formação:.
- para que as unidades federativas estaduais possam se desmembrar, são necessárias
a) a aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito; e a
edição de lei complementar pelo Congresso Nacional
Criação de Estados/Territórios federais:
- Aprovação da população interessada
- Plebiscito
- CN por Lei complementar, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas
Criação de Municípios:
- Lei estadual dentro do período de Lei complementar Federal
- plebiscito
- estudo de viabilidade
Criação de Regiões metropolitanas
- Lei complementar de Iniciativa dos Estados
Criação de Distritos
- Competência dos Municípios
Vedações Federativas
Art. 19. É vedado à UEDFM
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. ( Isonomia Federativa)
Bens Públicos:
➔ União:
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a
32
território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias
fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas;
as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios,
exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal,
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Repartição de competências
Art. 21 - Comp. Exclusiva da União VERBOS .........................(Executiva)
Art. 22 - Comp. Privativa da União SUBSTANTIVO................(Legislar)
Art. 23 - Comp. Comum da U, E, DF e M VERBOS..................(Executiva)
Art. 24 - Comp. Concorrente da U, E e DF SUBSTANTIVO....(Legislativa)) Munici-
pio não
Doutrina: Repartição de competências pode ser alterada por EC desde que não ameaçe a
federação
Competências Exclusivas da União Indelegáveis (Execução)
33
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
- É constitucional o monopólio dos Correios
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços
de telecomunicações,
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos
de água, os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e
dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao
Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
XV - Organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e
cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas
de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
- a concessão de anistia para infrações administrativas de servidores públicos estaduais
é de competência dos Estados.
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,
especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios
de outorga de direitos de seu uso; (Regulamento)
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os
seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos
e mediante aprovação do Congresso Nacional;
34
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de
radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 49, de 2006)
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem,
em forma associativa.
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)
35
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de
profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios
e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito)
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
Súmula “É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha
sobre consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias”.
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação,
mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros
militares;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
- PREVIDÊNCIA SOCIAL NÃO!
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
- Todavia, legislar sobre educação é competência concorrente da União, dos Estados e
do Distrito Federal (art. 24).
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, para as administrações públicas diretas,
autárquicas e fundacionais da UEDFM
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e
mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
115, de 2022)
Parágrafo único. LC poderá autorizar os Estados/DF a legislar sobre questões
específicas (GERAIS NÃO) desde que delegadas pela UNIÃO.
Súmula Vinculante nº 46 dispõe que “a definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência
legislativa privativa da União”
36
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens
de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à
pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico; (Vide ADPF 672)
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a
integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração
de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Lei complementares fixarão normas para cooperação entre U, E,
DF e M, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito
nacional.
I) NAS COMPETÊNCIAS COMUNS NINGUÉM LEGISLA;
II) AS COMPETÊNCIAS COMUNS INCLUEM OS MUNICÍPIOS.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento
e inovação
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide ADPF 672)
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XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, e afins das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.
Estados e DF
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição .
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de
gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995)
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos
nesta Constituição.
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I - legislar sobre assuntos de interesse local;
- Não há poder Judiciario!
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (Vide ADPF 672)
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados
em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de
educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 53, de 2006)
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de
atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e
a ação fiscalizadora federal e estadual.
Ordem social
Seguridade Social
A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a
justiça sociais.
- O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na forma
da lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de
controle e de avaliação dessas políticas.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde,
à previdência e à assistência social.
- Competência para legislar privativa da união (Delega competências) a Estados
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições
sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
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b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas
alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência
Social;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
• As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos
90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado.
• Entende-se como regime de economia familiar a atividade que o trabalho dos membros
da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento do núcleo familiar.
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- Esse principio assegura por exemplo que uma pessoa seja aposentada por invalidez ainda
que ela não tenha contribuído.
Solidariedade Intergeracional – Gerações distintas
Solidariedade Intrageracional – Mesma geração
41
• Diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis,
específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde,
previdência e assistência social, preservando o caráter contributivo da previdência social.
Saúde
A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário.
• As instituições privadas podem participar de forma complementar do SUS mediante
contrato público ou convênio → As entidades filantrópicas ou sem fins lucrativos têm
preferências
- “Os entes da federação, em decorrência da competência comum,
são solidariamente responsáveis nas demandas prestacionais na área da saúde
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• O SUS será financiado com recursos do orçamento da seguridade social, da União,
dos Estados, do DF e dos Municípios, além de outras fontes.
Assistência social
- Assistência Social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas,
traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à
pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à Seguridade
Social.
- Financiamento Bipartite
- Incube a ela o pagamento de Benefícios Pecuniário.
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
- Proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.
- Amparo às crianças e adolescentes carentes.
- Promoção da integração ao mercado de trabalho.
- Habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária.
- Garantia de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e
ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família, conforme dispuser a lei.
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Previdência social
A PREVIDÊNCIA SOCIAL é organizada sob a forma de um regime geral, gerido pelo
INSS, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados os critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
- Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis
de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço,
desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem
dependiam economicamente.
- Filiação obrigatória e Caráter contributivo
• É vedado que a adm Direta ou Indireta faça aportes financeiros a entidade de previdência
privada, salvo na qualidade de patrocinador, onde sua contribuição jamais poderá
exceder a do segurado.
- Direito fundamental à previdência social é imprescritível, irrenunciável e indisponível,
motivo pelo qual pode ser exercido a qualquer tempo, sem prejuízo do beneficiário ou
segurado que se quedou inerte
• Objetivos previdenciários – Velhice, Doença, Morte de pessoa que dependia
• Objetivos Assistenciais – Assistência maternidade
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- Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco
sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a
crueldade.
• As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
PF ou PJ, a sanções penais e adm, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.
• Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.
• A Amazônia brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal e a Zona Costeira
são patrimônio nacional → Sua utilização ocorrerá na forma da lei, dentro de condições
que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos
naturais.
• São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
• Dispõe a Lei Fundamental que as que operem com reator nuclear
deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas
Família, criança, adolescente e idoso
Família, criança, adolescente e idoso
• Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o
planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos
educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma
coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
• São penalmente inimputáveis os menores de 18, sujeitos às normas da legislação
especial.
• Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm
o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
• A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando
sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes
o direito à vida.
- Os programas de amparo aos idosos desenvolvidos pelo Estado serão executados
preferencialmente nos lares dos idosos → Lê-se “seus lares”. (CASA-LAR) é para
Adolecentes e crianças.
- Aos maiores de 65 é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.
Índios
Índios
• Só serão inimputáveis os índios inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito da
conduta → Índios isolados, não integrados à sociedade.
• Os índios têm direito à posse permanente (Propriedade não, pois é da UNIÃO) da
terra que tradicionalmente ocupam → São de natureza originária.
- São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à
45
preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias à sua
reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
- Não são consideradas “terras tradicionalmente ocupadas pelos índios” as terras de
aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto.
- Eles tem usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes
(Subsolo não).
- Essas terras são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
Poder executivo
- Não exerce função Jurisdicional
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ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO PR
Compete privativamente ao PR, podendo ser delegada ao PGR, AGU e Ministros de
Estado:
Dispor, mediante decreto, sobre:
- Organização e funcionamento da adm federal, quando não implicar aumento de despesa
nem criação ou extinção de órgãos públicos;
- Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos → Criação de cargos só por
meio de lei.
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• Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente
• Prestar, anualmente, ao CN, dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, as
contas referentes ao exercício anterior.
• Editar medidas provisórias com força de lei.
Crime de Responsabilidade:
- Câmara dos Deputados aprova com Juízo de Admissibilidade de 2/3 dos votos dos
membros.
- Se instaurado o processo pelo Senado, o Presidente fica afastado por até 180 dias
- Senado julga (2/3 dos votos)
- Retorna à Presidência se absolvido ou se decorrido o prazo antes do fim do julgamento.
48
- Opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição
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Compete privativamente à União legislar sobre: → Lei complementar pode autorizar os
Estados a legislar sobre questões específicas daqui.
• Competência da PF, da PRF e da PFF.
• Desapropriação.
• Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho.
- Isso impede que lei municipal legisle sobre cobranças de estacionamento.
• Águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.
• Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia.
• Atividades nucleares de qualquer natureza.
• Requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra.
• Diretrizes da política nacional de transportes.
• Trânsito e transporte.
• Nacionalidade, cidadania e naturalização.
• Populações indígenas.
• Emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros.
• Normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação,
mobilização, inatividades e pensões de PMs e de BMs.
• Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as adm públicas
diretas e indireta da União, estados, DF e municípios.
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Competência comum da União, dos Estados, do DF e dos Municípios:
- Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar
o patrimônio público.
- Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.
- Preservar as florestas, a fauna e a flora.
- Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
recursos hídricos e minerais em seus territórios.
- Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Forma do Estado → Federativa (Cláusula pétrea)
- É adotado o federalismo cooperativo equilibrado (Não o Dual), pelo qual as atribuições
são exercidas de modo comum ou concorrente, estabelecendo-se uma verdadeira
aproximação entre os entes federativos, que deverão atuar em conjunto.
- Não é permitido o direito de secessão.
- A federação é formada pela União, Estados, DF e Municípios (Territórios não), todos
entes autônomos, porém, não soberanos → Quem é soberano é a RFB.
- É vedado aos entes estabelecer cultos ou igrejas, salvo, na forma da lei, a colaboração
de interesse público.
Poder Legislativo
CPIs
• As CPIs são criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto
ou separadamente. Por 1/3 membros
• As CPIs investigam fato determinado e por prazo certo. Prazo determinado!!!”.
• Desprovidas de poder condenatório
•As CPIs não podem aplicar medidas cautelares patrimoniais e pessoais.
• Podem:
- Serem criadas pelas duas casas do CN
- convocar ministro de estado
- tomar depoimento de autoridade federal, estadual ou municipal
- ouvir suspeitos e testemunhas
- ir a qualquer ponto do território nacional para investigações e audiências públicas
51
- prender em flagrante delito
- requisitar informações e documentos de repartições públicas e autárquicas
- requisitar funcionários de qualquer poder para ajudar nas investigações, inclusive poli-
ciais
- pedir perícias, exames e vistorias, inclusive busca e apreensão (não pode em domicílio)
- determinar ao tribunal de contas da união a realizações de inspeções e auditorias
- quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados (inclusive telefônico, mas referente a ex-
trato de conta e não de escuta ou grampo telefônico)
• NÃO Podem:
- Convocar Chefe do Executivo
-condenar
-determinar medida cautelar, como prisões, indisponibilidade de bens etc...
-interceptação telefônica (com escuta ou grampo) e quebra de sigilo de correspon-
dência
-impedir que alguém deixe o país ou apreender o passaporte
-expedir mandado de busca e apreensão domiciliar
-impedir a presença do advogado do depoente na reunião
Competências CN com sanção do PR
Competências do CN com sanção do PR
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor
sobre União, especialmente sobre:
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; (Moedas)
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dí-
vida pública e emissões de curso forçado;
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados,
ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas;
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
VIII - concessão de anistia;
IX - organização administrativa, judiciária, do MP e da Defensoria Pública da União e
dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;
XII - telecomunicações e radiodifusão;
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal
52
III - Autorizar o PR e o Vice a sair do País não excedendo 15 Dias
IV - Aprovar estado de D, estado de Sitio, intervenção federal ou suspender qqr medida
dessas
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar
ou dos limites de delegação legislativa;
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII e VIII - fixar o subsídio do PR, Vice, Ministros de Estado, Deputados Federais e os
Senadores
IX - Julgar e apreciar contas e relatórios do PR e dos planos de governo
- Assembleia legislativa Julga as contas do Estado, do seu Gov
- Quem julga é o PODER LEGISLATIVO
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder
Executivo, incluídos os da administração indireta;
Competência Privativa da Câmara dos Dep.
Competências Privativas da Câmara
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - Autorizar por 2/3 dos membros, instauração de processo contra o PR, Vice e Minis-
tro de Estado
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresen-
tadas ao Congresso Nacional dentro de 60 após a abertura da sessão legislativa;
III - elaborar seu regimento interno;
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixa-
ção da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretri-
zes orçamentárias;
V - eleger membros do Conselho da República
Competência Privativa do SF
Competências Privativas do SF (Composto por 3 senadores)
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
PROCESSAR E JULGAR - APROVAR PREVIAMENTE - LIMITES GLOBAIS
I e II - Processar e julgar o PR e o Vice e Ministros de Estado, Ministros do STF e etcccc....
Por crimes de responsabilidade 1/3 dos cara
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
a) magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) presidente e diretores do Banco Central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, chefes de missão diplomáticas.
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da UEDFM
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da
dívida da UEDFM
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e
interno da UEDFM
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IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada pelo STF;
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Pro-
curador-Geral da República antes do término de seu mandato;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação
da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias;
XIV - eleger membros do Conselho da República
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, do UE-
DFM
Imunidade parlamentar
Art. 53. Os Deputados e Senadores (EM EXERCÍCIO) são invioláveis, civil e penal-
mente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
§ 1º DP e SEN, não serão submetidos a julgamento No STF
§ 2º Os membros do CN não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime INAFIAN-
ÇÁVEL. Serão remitidos dentro de 24h a Casa respectiva, para que o voto da MAIORIA
dos membros resolva a prisão
§ 3º Recebida a denúncia contra o Sen ou D o STF dará ciência a casa, e por iniciativa do
partido nela representado e pela votação da maioria da galera, poderá surtar no anda-
mento da ação
- A denúncia feita pelo MP contra o senador é feita INDEPENDENTE de autorização
- não deverá receber a queixa-crime, pois existe imunidade dos deputados estaduais
por palavras e opiniões no exercício do mandato, ainda que proferidas fora da Casa
Legislativa.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações
recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações.
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e
ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio,
só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva,
nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompa-
tíveis com a execução da medida.
54
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor de-
corrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remu-
nerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades re-
feridas no inciso I, a;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere
o inciso I, a;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Comisssões
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato
de que resultar sua criação.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
55
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
Questões
DIREITO ADMINISTRATIVO
Assuntos Mais importantes: 1° Atos Adm, 2º Poderes Adm, 3º Agentes P. 4º Organização
Adm 5º Respons. Civil 6º Regime Jurídico
Regime Jurídico Adm
Conceitos
Constitucionalização do direito adm → Ler a adm pública a partir dos princípios cons-
titucionais.
• Vista em dois prismas:
- Elevação, ao nível constitucional, de matérias antes tratadas por legislação infraconsti-
tucional.
- Irradiação dos efeitos das normas constitucionais por todo o sistema jurídico.
56
- Os poderes exercem funções típicas e atípicas (está previsto em lei).
- Executivo e legislativo não criam coisa julgada.
- A função política abarca coisas que não cabem nas outras funções.
• Executivo: função típica é administrar →Essa função tem caráter infralegal, pois deve
ser sempre exercida com submissão à lei.
Governo: tem função de direção suprema do Estado, estando relacionado com a função
política, de comando e coordenação.
- Governo em sentido subjetivo 🡺 pessoas que comandam a atividade governamental.
- Governo em sentido objetivo 🡺 atividade do Estado em si.
Sistema de governo:
• Presidencialismo: há uma divisão dos poderes → o PR é chefe do executivo, acumu-
lando a função de chefe de Estado e de governo, cumprindo um mandato fixo → o exe-
cutivo não pode dissolver o legislativo.
• Parlamentarismo: o executivo é dividido em duas frentes → o chefe de Estado é o PR
ou monarca e o chefe de governo é o primeiro-ministro ou conselho de ministros → o
executivo pode dissolver o legislativo.
Formas de governo:
• Republicana: eleições, temporalidade do exercício, representatividade popular e respon-
sabilidade do governante.
• Monarquia: hereditariedade, vitaliciedade, sem representatividade popular e o governo
não tem o dever de prestar contas (irresponsabilidade)
57
Direito público: tutela o interesse público →Há uma desigualdade nas relações jurídicas
devido a supremacia do interesse público sobre o particular → Relação vertical.
Direito privado: tutela o interesse particular →Há uma igualdade nas relações jurídicas
→ Relação horizontal.
- Não há relação em que o Estado esteja envolvido que seja regida exclusivamente pelo
direito privado.
Sistemas Adm: controla os atos ilegais ou ilegítimos praticados pelo poder público.
Sistema Francês ou do contencioso Adm →Há duas jurisdições, a judiciária e a admi-
nistrativa, e ambas fazem coisa julgada.
Sistema Inglês ou do não contencioso Adm →Há apenas a jurisdição judiciária, assim,
as decisões adm estão sujeitas ao controle judiciário.
Reg. Juríd. Administrativo (Principios)
Regime Jurídico da Adm pública ≠ Regime Jurídico Adm.
Regime Jurídico da Adm Pública →Direito público + Direito privado
Regime Jurídico Adm →Apenas direito público.
- A adm possui uma situação privilegiada →Verticalizada
• É o conjunto de princípios e regras que definem a atuação do ente público;
- Podem ser explícitos ou implícitos.
- Não há hierarquia entre os princípios.
- Há dois princípios norteadores.
58
- Exceções a legalidade: medida provisória, estado de defesa e estado de sítio.
Impessoalidade: deve agir sempre objetivando o interesse público, jamais em interesse
próprio ou de terceiros (vedada a promoção pessoal com recursos públicos).
→ Isonomia: tratar igualmente a todos os que estejam na mesma situação fática e jurí-
dica.
→ Finalidade: administrativa impede que o ato administrativo seja praticado visando a
interesses do agente ou de terceiros.
Princípio da finalidade impõe ao administrador que sua atuação vise sempre ao objetivo
da norma, cingindo-se a ela. É intimamente ligado ao princípio da legalidade.
- Há Exceções: Não será possível proceder à anulação:
a) ultrapassado o prazo legal ( decadencial de 5 anos )
b) houver consolidação dos efeitos produzidos;
c) for mais conveniente para o interesse público manter a situação fática já consolidada
do que determinar a anulação (teoria do fato consumado);
d) houver possibilidade de convalidação
→ Vedação à promoção pessoal: proibir a vinculação de atividades da administração à
pessoa dos administradores, evitando que estes utilizem a propaganda oficial para sua
promoção pessoal.
- Tratar os adm de maneira isonômica.
- Vedado o nepotismo, inclusive cruzado → Nomeação política não é nepotismo;
Súmula Vinculante 13 do STF diz que é vedado o Nepotismo, EXCETO para car-
gos POLÍTICOS (Ministérios e Secretarias)
Moralidade: agir com ética, probidade, distinguir o certo do errado, o honesto do deso-
nesto etc.
Publicidade: (Transparência) a Adm deve divulgar seus atos por meios oficiais, exceto
os que merecem sigilo, como os de segurança nacional, privacidade dos administrados
etc;
- É requisito de eficácia de moralidade do Ato adm.
Eficiência: fazer mais com menos, sem perder a qualidade.
- Acrescentado posteriormente.
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- Adequação entre os meios e fins, vendando obrigações e sanções em medida superior
as necessárias.
•Princípio da autotutela: estabelece que a Administração Pública possui o poder de
controlar os seus próprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando in-
convenientes ou inoportunos
- Administração vai revisar seus próprios atos sem interferência do poder judiciário
- Decorre do princípio de autotutela o poder da administração pública de rever os seus
atos ilegais, independentemente de provocação.
-A autotutela não se aplica ao Judiciário (exercendo a função jurisdicional), mas sim à
Administração Pública
-Autotutela(Controle sobre os próprios atos) ≠ Tutela(Supervisão ministerial) controle
que a administração direta exerce sobre a administração indireta
•Princípio do contraditório e da ampla defesa: assegurados em situações que possa
gerar prejuízo ao adm.
- Falta de advogado no PAD NÃO ofende a CF;
•Princípio da continuidade: serviços públicos, inclusive os prestados por empresas pri-
vadas concessionárias, devem ser prestadas de maneira adequada e ininterrupta.
•Princípio da segurança jurídica: impede a aplicação de maneira retroativa de uma nova
interpretação da lei.
•Princípio da motivação: impõe à Adm Pública o dever de indicar os pressupostos de
fato e de direito que determinaram a prática do ato adm. O que motivou aquela escolha
administrativa
- Nomeação e exoneração de cargo de comissionado não precisa ser motivada.
•Princípio da generalidade: serviço público deve atingir o maior nº de pessoas possíveis
e todos que cumpram os requisitos faz jus a ele.
•Princípio da legalidade: determina a submissão à lei, ou seja, significa que a atuação
administrativa deve pautar-se segundo a lei, aplicada em sentido amplo, envolvendo a
Constituição, as leis em sentido estrito, os regulamentos, etc.
- representa o dever de submissão e respeito à lei
•princípio da reserva legal: Lei no sentido estrito
- Criação de entidades administrativas depende de lei específica para criar ou autorizar
- Fundações públicas deve ser definida em lei complementar.
- A criação dos entes integrantes da administração indireta depende de lei específica
•Princípio da segurança jurídica, também conhecido como princípio à confiança legí-
tima, tem por objetivo assegurar a estabilidade das relações jurídicas já consolidadas,
considerando a inevitável evolução do Direito, tanto em nível legislativo, jurisprudencial
ou de interpretação administrativa das normas jurídicas
•Princípio da sindicabilidade: significa que todo ato administrativo pode se submeter a
algum tipo de controle.
•Princípio da especialidade reza que os órgãos e entidades da Administração devem
cumprir o papel ESPECIAL para os quais foram criadas, sendo vedadas as atividades
estranhas à missão legalmente destinada a esses órgãos e entidades.
- A vedação de constituição de empresa pública com finalidade genérica
60
•Princípio da Juridicidade: amplia o conceito de legalidade, diminuindo a discriciona-
riedade do adm.
•Princípio republicano – Merecimento de ocupar cargos públicos mediante a prévia se-
leção com valor no seu conhecimento.
• Súmula 473 STF: A adm pode anular seus próprios atos, qnd eivados de vícios que os
tornam ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, e ressal-
vada, em todos os casos, a apreciação judicial
-VÍCIOS = ANULA
- Quando o ato administrativo possui algum VÍCIO que o torne ilegal, não há que se falar
em revogação, mas sim em ANULAÇÃO.
- O Poder Judiciário não pode revogar ato administrativo de outro órgão, apenas seus
Próprios atos adm.
Responsabilidades do servidor
Organização administrativa
- A Adm pública é formada exclusivamente pelos órgãos da adm direta e entidades da
adm indireta.
Atividades da Adm pública:
• Fomento.
• Polícia Administrativa
• Regulamentação e fiscalização
61
• Serviços públicos
62
Desconcentração: criação de órgãos e secretárias para a distribuição de competências
dentro da mesma PJ → Cria órgãos.
- Mantém-se a Hierarquia..
- Sem P.J
- A desconcentração administrativa acontece quando a administração reparte as atribui-
ções e competências dentro do mesmo órgão
Centralização: Prestação de serviços por meio dos órgãos internos da adm direta.
-Excecução adm pelo próprio Estado, por meio de Órgãos internos e integrantes da adm
P. Direta
Descentralização: Prestação de serviços por meio de entidades personalizados →Cria
entidades.
- Não há hierarquia entre o ente e a entidade →Ocorre a supervisão ministerial ou con-
trole finalístico, onde não será visto o mérito dos atos, mas sim a finalidade de acordo
com a lei.
- Pessoa J.
- A execução das atividades da Adm Federal deverá ser amplamente descentralizada.
A descentralização será posta em prática em três planos principais:
- Dentro dos quadros da Adm Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do
de execução;
- Da Adm Federal para a Adm das UF, quando estejam devidamente aparelhadas e
mediante convênio;
- Da Adm Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.
63
-Sociedades de Economia Mista
Descentralização por DELEGAÇÃO ou COLABORAÇÃO: transferência apenas da
execução do serviço, por meio de contrato de concessão ou ato unilateral.
- Quando a administração pública, por meio de ato administrativo, transfere a execução
de um serviço a uma pessoa jurídica, mas mantém a titularidade do serviço
- ADM. P. transfere, por contrato ou ato adm unilateral, a execução de serviço público a
uma PJ de direito p.
- É da Adm para a esfera privada.
Descentralização POLÍTICA: ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições
próprias que não decorrem do ente central.
É a situação dos Estados-membros da federação e dos Municípios, que recebem atribui-
ções da Constituição Federal
Adm DIRETA e INDIRETA: administração federal direta se constitui dos serviços inte-
grados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. Por
outro lado, administração indireta compreende as seguintes categorias de entidades, do-
tadas de personalidade jurídica própria: (i) autarquias; (ii) empresas públicas; (iii) socie-
dades de economia mista; e (iv) fundações públicas.
Administração direta:
Conjunto de órgãos e agentes públicos ligados diretamente às pessoas políticas → Adm
centralizada
• Composta pela União, Estados, DF e Municípios →Não há hierarquia entre os entes
• PJ de direito público interno.
• Possuem autonomia técnica, administrativa, financeira e POLÍTICA
• Responsabilidade objetiva
• Têm imunidade tributária recíproca, o regime de pessoal é estatutário, devem licitar e
prestar contas.
• Seus bens são públicos (impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis) e realizam paga-
mentos por meio de precatórias
• Possuem prerrogativas processuais → dobro do prazo para recorrer e contestar
Órgão
Órgãos Públicos →Fruto da desconcentração.
- Não tem P.J
- São despersonalizados, estando dentro de um ente da adm e se subordinando a ele;
- Não possuem patrimônio nem capacidade processual em regra, mas há execções
→Exceto os órgãos independentes e autônomos, que podem usar Mandado de Segurança
para proteger seus ideais ;
- Podem celebrar convênios
- Também podem estar presentes na ADM pública indireta.
64
- Criação e extinção somente por lei.
-Tem hierarquia e subordinação
Art 37 § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de de-
sempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsa-
bilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
65
Quanto a estrutura:
• Órgãos simples (Unitário)
- Único Centro de competências
- Não se subdivide em outros
• Órgão Composto
- Mais de uma competência
- Se subdivide em mais órgãos
Ex: Ministérios, secretarias
66
- Sua finalidade deve estar definida na lei que a criou, se for de direito público, ou em lei
complementar, se for de direito privado.
• Fruto da descentralização por OUTORGA →Transferência de titularidade e execução.
• Devem licitar e prestar contas
• Detêm personalidade, patrimônio próprio e capacidade processual
• Possuem autonomia técnica, administrativa e financeira, mas NÃO POLÍTICA
• Necessita de concurso público para contratação.
• A criação de uma nova entidade pública que integre a administração pública indireta,
deve conferir a esta autonomia administrativa, gerencial, orçamentária e financeira, mas
não autonomia política.
Autarquias
Autarquias: PJ de direito público criada por lei específica, mediante iniciativa do chefe
do Poder Executivo →Aquisição de personalidade jurídica independe do registro de seus
atos constitutivos.
- Capital Público. (Não tem participação de capital privado)
- Sujeitas a controle pelo tribunal de contas
- não está hierarquicamente subordinada ao ente federativo que a criou, mas se sujeita a
controle finalístico;
- NÃO sendo possível sua criação por atos administrativos. E criado por chefe do poder
ex.
- Serviço autônomo com personalidade jurídica de direito público, patrimônio e receita
próprios, criado por lei para executar atividades típicas da administração pública que re-
queiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentrali-
zada é o conceito de autarquia
- Presta serviços típicos do Estado. OUTORGA
- Agentes públicos devem ser estatutários.
- Possuem responsabilidade objetiva, seus bens são públicos e realiza pagamento por pre-
catória
- Têm imunidade tributária e prerrogativas processuais.
- São criadas por lei específica, possuindo personalidade jurídica de direito público e
estando autorizadas a celebrar contratos de gestão.
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- Autarquia interfederada: pertence a mais de um ente federado, como os consórcios de
direito público;
- Autarquia profissional: são os conselhos de fiscalização de atividade, como o CRM,
CREA etc.
- As agências são autarquias ou fundações públicas que celebraram contrato de gestão
com o Poder Público.
• Consórcios:
Consórcio público constituído como PJ de direito público - assume a forma de asso-
ciação pública - integra a administração indireta
Consórcio público constituído como PJ de direito privado - assume a forma de asso-
ciação civil - ñ integra a administração pública
• Ao contrário do que diz sua definição legal, os conselhos são entidades de direito pú-
blico, pois possuem poder de polícia, e devem seguir as regras das autarquias.
• A OAB é uma entidade sui-generis, não sendo classificada como uma autarquia.
• Agencia Reguladora: entidades administrativas com grande capacidade técnica e auto-
nomia para realizar a regulação da atividade econômica
- Possuem independência
- Não possuem independência em relação aos Poderes E,L e J.
- Autonomia Própria.
- Se responsabilizam pela escolha de instrumentos que incentivem a eficiência do mer-
cado, por meio de instrumentos de produtividade
- São traços distintivos do regime jurídico especial das agências reguladoras: a investidura
especial de seus dirigentes; o mandato por prazo determinado; e o período de quarentena
após o término do mandato diretivo.
- Embora não tenha subordinação hierárquica com a entidade que a criar, submeter-se-á,
na órbita federal, a supervisão ministerial.
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- Administração pública, uma entidade criada por lei específica, com personalidade de
direito público e patrimônio próprio, que desempenha atribuições públicas típicas e tem
capacidade de autoadministração sob controle estatal
- patrimônio e receita próprios
- Todas as entidades administrativas submetem-se a supervisão ministerial, também co-
nhecida como tutela ou controle finalístico. Tal controle caracteriza-se, no entanto, pela
inexistência de relação hierárquica. O controle, aqui, ocorre mediante vinculação. Por-
tanto, não há controle hierárquico.
- A descentralização administrativa, um dos princípios que regem a administração pú-
blica, pressupõe a criação de entidades com personalidade jurídica própria para o exercí-
cio de funções tipicamente estatais.
- Autarquia é pessoa jurídica criada por lei específica, com personalidade jurídica de di-
reito público.
- a autarquia é a pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de
autoadministração, para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante con-
trole administrativo exercido nos limites da lei
- A descentralização pressupõe duas pessoas distintas: o Estado e a pessoa que executará
o serviço, esta última podendo ser um particular ou uma autarquia, por exemplo.
Fundações P.
Fundações Públicas: podem ser de direito público ou privado e não possuem fins lucra-
tivos., Autorizada/Criada por lei específica, e ÁREA DE ATUAÇÃO definida por lei
complementar.
- Sua área de atuação sempre será de cunho social, sendo definido por lei complementar.
- Possui responsabilidade objetiva, seus bens são públicos e realiza pagamentos por pre-
catória.
- entidades integrantes da administração indireta que não são criadas para a exploração
de atividade econômica em sentido estrito.
- As fundações, assim como as demais entidades administrativas, estão vinculadas ao ente
instituidor, normalmente ao ministério (ou secretaria) relativa à sua área de atuação.
De direito público: criadas por lei →Não necessitam dos registros de seus atos consti-
tutivos para adquirir personalidade jurídica.
- Regime de pessoal é estatutário.
- Possuem imunidade tributária e prerrogativas processuais.
De direito privado: autorizadas por lei →Necessitam dos registros de seus atos consti-
tutivos para adquirir personalidade jurídica.
- Regime de pessoal é celetista
- Não possuem imunidade tributária nem prerrogativas processuais.
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- Independentemente da natureza jurídica (pública ou privada), as fundações públicas não
podem exercer atividades econômicas. Em geral, as fundações públicas exercem ativida-
des de interesse social. Somente as EP e SEM podem exercer atividade de caráter econô-
mico.
- Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de em-
presa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complemen-
tar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação (art. 37, XIX).
EP e S.E.M
70
- as empresas estatais dividem-se em empresas públicas e sociedades de economia mista.
As duas são entidades administrativas, integram a administração indireta, possuem per-
sonalidade jurídica de direito privado, têm sua criação autorizada em lei e podem ser
criadas para explorar atividade econômica ou prestar serviços públicos
- Na empresa pública, o capital é exclusivo das pessoas jurídicas de direito público; na
sociedade de economia mista, o poder público detém a maioria das ações com direito a
voto, mas pode haver participação privada no capital.
- As EP e SEM seguem algumas normas de direito privado, como a contratação de pessoal
pelo regime celetista, ao mesmo tempo em que se submetem a normas de direito público,
como os princípios administrativos constitucionais e o dever de licitar e de fazer concurso
público. Nesse contexto, vale citar a redação do art. 173, § 1º, II, da CF: “a sujeição ao
regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações
civis, comerciais, trabalhistas e tributários”.
- as empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilé-
gios fiscais não extensivos às do setor privado
- Sociedade de economia mista é empresa estatal com personalidade jurídica de direito
privado; seu capital é oriundo tanto da iniciativa privada quanto do poder público
- As empresas públicas e sociedades de economia mista, ainda que explorem atividade
econômica de prestação de serviços, sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas
privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tri-
butárias.
Poderes administrativos;
71
- A discricionariedade para a prática de determinado ato administrativo pode decorrer de
disposição expressa ou de omissão de norma legal.
- A escolha deve ser pautada pelos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Se
limitam a lei
- A omissão o agente p. pode ser responsabilizado nas esferas penal, civil e administrativa.
Mandar=Poder Hierárquico
Aplicar Sansão= Poder Disciplinar
72
Poder Regrado - Quando a lei da adm atribui algo sem a liberdade para o agente escolher
a melhor forma de fazer
Visto em prova:
- O administrador público age no exercício do poder hierárquico ao editar atos normativos
com o objetivo de ordenar a atuação de órgãos a ele subordinados
Poder Regulamentar ou Normativo: complementa e explica o que a lei trouxe, para que
ela possa ser fielmente executada.
• Só pode ser exercido pelos chefes do poder executivo, através de decretos e
regulamentos.
- Pode ser delegado..
• Possui natureza derivada ou secundária, pois é exercido com base em uma lei já
existente.
• Decreto regulamentar compete ao PR e n pode ser delegada.
• Não pode criar direitos e obrigações, alterar lei ou inovar o ordenamento jurídico.
- Exceção: os DECRETOS AUTÔNOMOS (natureza originária) podem inovar o
ordenamento jurídico, em relação: (Compete privativamente ao PR, porém pode ser
delegada)
a) organização e funcionamento da Adm, quando não implicar aumento de despesas nem
a criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos vagos.
Poder Regulamentar - No exercício do poder regulamentar, a administração pública não
poderá contrariar a lei.
• Pode EDITAR atos gerais
-Compete privativamente ao PR expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução
das leis
- Administração não pode extrapolar os limites do ato primário
Visto em prova:
- Entre os poderes administrativos, pode-se citar o poder regulamentar, que apresenta,
como sua principal expressão, a edição de decretos, no exercício de competência privativa
do Chefe do Poder Executivo, para fiel execução de lei em vigor
Poder de Polícia: “prerrogativa de direito público que, calcada na lei (por meio de atos
normativos ou concretos), autoriza a Administração Pública a restringir o uso e o gozo da
liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade”.
• função normativa - polícia, na sua função normativa, estando subordinado ao disposto
na lei, pode editar atos normativos
• faculdade discricionária limitar e restringir direitos e atividades de particulares,
buscando proteger o interesse coletivo.
- Em regra tem caráter preventivo
73
- Não é ilimitado
- As taxas cobradas em relação a alvará ou licenças, decorrem do poder de polícia.
- O Judiciário pode analisar a legalidade do Ato que utilizou o Poder de Polícia, não seu
mérito.
Licença – Vinculado e unilateral pelo qual a Adm faculta ao particular para exercício de
uma atividade
74
Autorização – Discricionário a Adm permite o particular realizar uma atividade ou usar
um bem público. (Precário, pois permite revogação)
Visto em prova:
- De acordo com o STF, a competência das agências reguladoras para editar atos
normativos que visem à organização e à fiscalização das atividades por elas reguladas
representa o exercício de seu poder administrativo
- O alvará de licença e o alvará de autorização concedidos pela administração pública
constituem meio de atuação do poder de polícia
IMPORTANTE
Abuso de Poder: Genero que comporta Exc. e Desvio de poder e Pode ser omissivo ou
comissivo, pois ambas as formas são capazes de afrontar a lei e causar lesão ao direito.
- Devido à reserva do possível, nem toda omissão é abuso de poder.
- Não há necessidade de dolo para abuso de poder
→ Excesso de poder (Competência): o agente extrapola sua competência ou faz algo
que a lei não permite. Vicio de Competência, SANAVEL regra
75
→ Desvio de poder (desvio de finalidade) : dentro da sua aréa, porém de forma
contrária à finalidade explícita ou implícita na lei que determinou ou autorizou o ato.
Delegado coloca seu desafeto para trabalhar no domingo. Vicio de Finalidade
INSANAVEL
- A falta de motivo de ato administrativo revela elemento indiciário do desvio de poder.
O vicio tem que ser sanável FoCo (Forma e Competência, desde que não essencial /
exclusiva)
STF - 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
- A própria adm ou o Judiciário podem anular atos ilegais.
Atos administrativos
Atos Da Administração: vontade bilaterais, sob a égide do Direito Privado → Ex: vendas,
contratos.
• Gênero que abarca as espécies Atos Privados, Atos Políticos e Atos Administrativos.
Ato Administrativo: é um ato unilateral, sendo a manifestação da vontade do Estado,
sob a égide do Direito Público.
- Ato jurídico destinado a produzir efeitos jurídicos.
- Sujeito a controle
• Fato Adm: é a implementação do Ato, sem manifestação de vontade → Natureza
executória.
- Ex: apreensão de mercadorias, desapropriação de bens privados, requisição de serviços
ou bens privados…
Fato administrativo ≠ Fato jurídico adm.
76
Atributos
Atributos Dos Atos Adm: P.A.T.I → Todo Ato Adm tem PT, mas apenas alguns tem AI.
Presunção De Legitimidade (Fatos) e Veracidade(Atos): garante que o Ato foi
praticado com a lei e que os fatos são reais
- Não é absoluta, pois pode ser questionado, porém o ônus da prova é transferido ao
particular (Administrado)
- Decorre do princípio da legalidade.
Autoexecutoriedade: pode ser executado IMEDIATAMENTE sem intervenção do
Judiciário, decorre da presunção da legitimidade.
- Só é possível quando é expressamente previsto em lei ou urgência, assim, não está
presente em todos os Atos.
• É dividido em Exigibilidade e Executoriedade.
- Exigibilidade (Indiretamente): a Adm utiliza meios indiretos de coerção, sempre
previstos em lei, como a multa de transito, já que se não pagar, você não pode renovar a
habilitação por exemplo. O Administrado executa a medida
- Executoriedade (Diretamente): a Adm emprega meios diretos de coerção, inclusive a
força, podendo ser utilizados sem previsão legal, exemplo um restaurante com baratas,
pode-se utilizar a força para fechar o restaurante. A administração executa a medida
Requisitos
Requisitos Do Ato Adm: CO FI FO MO OB → Sem a presença de algum dos requisitos,
o ato se torna nulo.
Competência: poder, resultante de lei, que confere ao agente público a capacidade de
praticar o ato adm → É vinculado.
- O vício de competência é denominado C.E.P- Competência no EXCESSO DE
PODER
- Seus vícios podem ser convalidados, salvo quando for de competência quanto a
matéria ou competência exclusiva, e desde que não acarretem prejuízo ao interesse
público nem a terceiros, com efeitos ex-tunc.
- O ato praticado por agente não competente poderá ser convalidado discricionariamente
pela autoridade, exceto COMPETÊNCIA EXCLUSIVA.
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• Característica:
- Exercício obrigatório → Exercê-la não é uma opção, mas um dever do agente público.
- Irrenunciável → Pode ser delegada ou avocada, titularidade é intransferível, a
titularidade continua com o delegante
- Delegação - feita com ou sem hierarquia
• Não admitem delegações: CE NO RA
Competência exclusiva
Atos NORmativos
Recursos Administrativos
- AVocação com hierarquia. Apenas Vertical
- Apenas lei pode modificá-la.
- será permitida, “em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados,
- Imprescritível → O não exercício da competência pelo agente não a extingue.
• Teoria da aparência: Atos praticados por Agentes de fato a terceiros de boa-fé serão
convalidados. (Agente putativo)
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inexistente ou falso o motivo, o ato torna-se nulo. “bizu: Se motivou, já era, fica preso
aos motivos determinantes.”
Motivo ≠ Motivação → Declaração escrita dos motivos presente no requisito Forma.
Objeto: fim imediato do ato, representando seu resultado prático → Pode ser vinculado
ou discricionário.
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Vicio De Forma Vicio Sanavel (Regra)
• Forma prevista em lei não foi observada
• Formalidade para a tomada de decisão não seguiu o rito definido em lei.
Exemplo:
O Prefeito de determinado Município concedeu licença por motivo de doença em pessoa
da família a servidor público municipal já falecido. Nesse caso, o ato administrativo ci-
tado apresenta vício de
Não é vício de sujeito(competência) pois o prefeito é competente para tal.
Não é vício de forma, pois a forma deduz-se correta.
Não é vício de finalidade, pois não há desvio de poder, há o atendimento a um direito
legítimo do servidor.
Não é vício de motivo, pois ele existe: a doença do parente do servidor.
Mas o servidor está morto, portanto, o ato não tem efeito. Efeito igual a objeto.
Classificação
Classificação Dos Atos Administrativos:
Quanto À Liberdade:
• Atos Vinculados: o Adm não possui qualquer margem de escolha (Só pode ser anulado)
• Atos Discricionários: o Adm tem margem de escolha de acordo com a lei, baseado na
conveniência e oportunidade, em razão do Mérito Administrativo. (Pode ser revogado ou
anulado)
Quanto À Formação:
• Ato Simples: Único órgão, seja ele unipessoal ou colegiado.
• Ato Complexo: Mais de um órgão, trata-se de único ato. (Aposentadoria) Ato
CompleXo lembra de SeXo precisa de 2 órgãos.
• Ato composto: é aquele produzido pela manifestação de vontade de apenas um órgão
da Administração, mas que depende de outro ato que o aprove para produzir seus efeitos
jurídicos
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Espécies/Tipos
Espécies De Atos Adm:
Atos Normativos:
- São indelegáveis → Ex: decretos (Nomeação de um cargo de confiança), regulamento
etc.
Atos Negociais: Ato entre a Adm e o particular, onde o ordenamento jurídico exige que
o particular tenha uma autorização prévia para exercer algum direito.
- Mesmo atendendo a um interesse particular, a finalidade do Ato sempre será o interesse
público,
- Como todo Ato, é unilateral.
• Vinculado e definitivo: quando atendido todos os requisitos a Adm deve conceder o
benefício.
- Não podem ser revogados, mas podem ser cassados ou anulados, em caso de ilegalidade.
- Ex: Licenças.
• Discricionário:a Adm vai conceder o benefício com base na conveniência e
oportunidade.
- Não geram direito adquirido, podendo ser revogados a qualquer tempo.
- Ex: Permissão e autorização.
• Ato definitivo: Não pode ser revogado, porém pode ser temporário.
• Ato precário: Pode ser revogado sem indenizações
Ato regulamentar: poderá PREVER obrigações e direitos, desde que estes não sejam
contrários à lei que tiver ensejado a sua prática
- Não podem impor obrigações e direitos, pois quem faz isso é a lei
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Autorização: ato administrativo unilateral, discricionário e precário por meio do qual
a administração faculta ao particular o exercício de uma atividade ou a utilização de um
bem público. Interesse do Particular
MACETE
apRovação ------> unilateral, discRicionário
AutoRização ------> unilateral, discRicionário e precário
PeRmissão -------> unilateral, discRicionário, precário
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DÁ - Direitos Adquiridos.
O vicio tem que ser sanável FoCo (Forma e Competência, desde que não essencial /
exclusiva)
Gera efeitos retroativos ex tunc.... Concerta a merda feita e volta a valer
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Serviços Públicos
- “Serviço público é todo aquele prestado pela Adm ou por seus delegados, sob normas e
controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade
ou simples conveniências do Estado.”
- SP Formalista ou Legalista (Adotada no BR) será serviço publico o que o ordenamento
jurídico determine. No caso a CF define o que será SP
- A titularidade dos serviços públicos é conferida expressamente ao poder público
• (Próprios) Podem gerar lucros e serem feitos de maneira direta pelo estado ou indireta
por outorga e delegação.
- Os serviços públicos próprios são aqueles que atendem às necessidades coletivas e que
o Estado executa tanto diretamente quanto indiretamente, por intermédio de empresas
concessionárias ou permissionárias.
• (Impróprios) Podem em especial ser feitos diretamente por pessoas privadas como
saúde e educação pois não se enquadram em atividades econômicas
Propriamente dito: Adm o faz diretamente, por reconhecer sua essencialidade. São in-
delegáveis
Utilidade pública: não essenciais. somente convenientes. Ocorre delegação. ex: energia
elétrica.
execução direta: os serviços públicos prestados pela Administração Pública direta e in-
direta
execução indireta: a prestação por meio de delegação de serviço público.
Quanto ao objeto:
Administrativos: internos ou para com eternos, ex: imprensa oficial
Economicos - comerciais: fins lucrativos, ex: energia eletrica.
Sociais: ex: saúde, educação, nos quais é reconhecida a essencialidade do Estado atuar
de forma grátis, mas cabendo também ao particular realizar paralelamente - cobrando.
Princípios:
84
dever inescusável do Estado de promover-lhe a prestação: Obriga o estado a prestar
SP se n fizer o administrado poderá mover ação judicial
princípio da supremacia do interesse público: coletividade > Individual
princípio da adaptabilidade: deve estar em constante atualização
princípio da universalidade: aberto a todos
princípio da impessoalidade: nenhuma forma de discriminação entre os usuários;
princípio da continuidade: impossibilidade de interrupção. NÃO É ABSOLUTO por
aviso prévio
princípio da transparência: transparente
princípio da motivação: o dever de motivar com largueza todas decisões relacionadas
com o serviço;
princípio da modicidade das tarifas: tarifas acessíveis
princípio do controle (interno e externo): Fiscalizados pelo estado ou por órgãos encar-
regados como MP, Poder J, CN e TCU.
Dessa forma, não é preciso lei autorizativa para a concessão e permissão dos seguintes
tipos de serviços públicos (art. 2º):
a) saneamento básico;
b) limpeza urbana; e
c) naqueles serviços já previstos como passíveis de prestação por delegação na
Constituição Federal, nas constituições estaduais e nas leis orgânicas do Distrito Federal
e dos municípios.
Características
CONCESSÃO de serviços públicos, precedida ou não de obra pública:
- é celebrada por contrato administrativo;
- é necessariamente por tempo determinado, admitindo-se prorrogação;
- exige licitação – na modalidade de concorrência, exceto no caso em que é aplicável o
leilão ou nos casos de inexigibilidade;
- só se aplica a PJ e a consórcio
- exige lei autorizativa prévia, com exceção (saneamento básico, limpeza urbana e
hipóteses previstas nas constituições e leis orgânicas).
PERMISSÃO de serviços públicos:
- COM PRAZO
- é celebrada por contrato de adesão, de caráter precário, revogável6 a qualquer tempo
pela Administração;
- é necessariamente por tempo determinado, admitindo-se prorrogação;
- sempre exige licitação, mas não necessariamente por concorrência;
- pode ser feita a PF e PJ
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- exige lei autorizativa prévia, exceto (saneamento básico, limpeza urbana e hipóteses
previstas nas constituições e leis orgânicas).
AUTORIZAÇÃO de serviços públicos:
- SEM PRAZO
- é formalizada por ato administrativo, unilateral e de caráter precário, revogável a
qualquer momento
- pela Administração e sem direito à indenização;
- pode ser feita por prazo indeterminado;
- não exige licitação;
- pode ser feita a pessoas físicas ou jurídicas;
- não exige lei autorizativa prévia.
- Autorização também seja uma forma de delegar a prestação de serviço público, não
consta na CF.
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Art. 4o Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes dire-
trizes:
I – eficiência
II – respeito aos interesses dos destinatários e entes privados
III – indelegabilidade
IV – responsabilidade fiscal;
V – transparência
VI – repartição objetiva de riscos entre as partes;
VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas
Serviço publico
EXTINÇÃO DA CONCESSÃO:
(IN)ENCAMPAÇÃO: retoma o serviço por: Considera-se encampação a retomada do
serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse pú-
blico, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização,
1. - Interesse Público
2. - Lei autorizativa esPecífica
3. - Prévia indenização
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RESCISÃO
1. Motivo: Descumprimento do contrato pelo poder público.
2. Forma: somente pela via judicial
3. Indenização: Posterior
ANULAÇÃO
1. Motivo: Vício na licitação
2. Forma: judicial ou administrativa
3. Indenização: só cabe se o particular não tiver dado causa à nulidade
SERVIÇOS PÚBLICOS:
AUTORIZAÇÃO: ato administrativo unilateral, discricionário e precário; formalizado
por decreto ou portaria.
PERMISSÃO: contrato de adesão; licitação (qualquer modalidade); admite delegação a
pessoa física.
CONCESSÃO: contrato; licitação na modalidade concorrência; só admite delegação
pra PJ.
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Controle Interno: expressa-se pelo poder hierárquico, disciplinar e por órgãos
especializados em controle.
- Alcança apenas os atos de natureza adm.
- O controle interno é exercido pela administração pública sobre seus próprios atos e sobre
as atividades de seus órgãos e das entidades descentralizadas a ela vinculadas
O Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
- Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.
- Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da adm federal, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
- Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União.
- Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
• O controle administrativo sobre os órgãos da administração direta é um controle interno,
que permite à administração pública anular os próprios atos, quando ilegais, ou revogá-
los, quando inoportunos ou inconvenientes
Súmula 473 – A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
Controle Legislativo: controle externo exercido pelo Legislativo (CN), com o auxílio do
TCU, em relação a legalidade, legitimidade e economicidade dos atos que envolvam
controle contábil, orçamentário, operacional e patrimonial da Adm Direta e Indireta.
- O titular do controle externo da gestão pública é o Congresso Nacional (Poder
Legislativo federal), que o executa com o auxílio do TCU.
- O TCU aprecia as contas do PR e o CN julga as contas do PR.
89
- Cabe ao Poder Legislativo o poder-dever de controle financeiro das atividades do Poder
Executivo, o que implica a competência daquele para apreciar o mérito do ato
administrativo sob o aspecto da economicidade.
- TCU deve prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de
suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, bem como seus resultados
- compete ao TCU “julgar as contas dos administradores e os demais da adm direta e
indireta, incluindo fundações e sociedades mantidas pelo poder público e aqueles que
deram causa a perda extravio e afins.
- Os atos praticados pelos agentes públicos da PRF estão sujeitos ao controle contábil e
financeiro do Tribunal de Contas da União
Controle político de constitucionalidade: cabe ao CN sustar atos do PR que exorbitem
o poder regulamentar ou os limites da delegação legislativa
- Fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder
Executivo ou Adm. Indireta
- Compete ao Tribunal de Contas da União, entre outras atribuições, representar ao poder
competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
Controle Parlamentar
Exercício direto : CN + seus órgãos
Exercício indireto: CN + TCU
Controle Judicial: controle externo, restrito a aspectos de legalidade, sendo vedada sua
análise em relação ao mérito.
- Só pode agir se for provocado e não por oficio
- o controle judicial é um controle de legalidade e legitimidade e, portanto, não pode
adentrar no mérito administrativo. Assim, o item está errado
- Poder judiciário, pode examinar atos da adm pública quais quer que seja mas sempre
sobre aspectos da legalidade e moralidade.
Controle legislativo CN: é aquele executado pelo Poder Legislativo diretamente - o cha-
mado controle parlamentar direto - ou mediante auxílio do Tribunal de Contas.
90
Controle de mérito: deve ser exercido com a intenção de verificar a oportunidade e con-
veniência administrativa do ato controlado.
- Conveniência + oportunidade = mérito
Controle interno: é aquele exercido dentro de um mesmo Poder, seja o exercido por
meio de órgãos especializados, até entre órgãos de uma mesma entidade.
Recursos Adm
Mandado de Segurança:
91
Responsabilidade civil
Responsabilidade Civil: é a obrigação de reparar os danos lesivos a terceiros, seja de
natureza patrimonial ou moral
Uma vez que o ordenamento jurídico brasileiro adota a teoria da responsabilidade objetiva
do Estado, com base no risco administrativo, a mera ocorrência de ato lesivo causado pelo
poder público à vítima gera o dever de indenização pelo dano pessoal e(ou) patrimonial
sofrido, independentemente da caracterização de culpa dos agentes estatais ou da
demonstração de falta do serviço público. Não obstante, em caso fortuito ou de força
maior, a responsabilidade do Estado pode ser mitigada ou afastada.
92
- Excludentes: eximem o estado do dever de indenizar → Culpa exclusiva da vítima ou
caso fortuito e de força maior.
- Atenuantes: reduzem o valor da indenização → Caso de culpa recíproca.
Sobre licenças: O dever jurídico específico de agir, ocorrerá quando for concedida
a licença para funcionamento sem as cautelas legais ou quando for de conhecimento
do poder público eventuais irregularidades praticadas pelo particular. Com isso se
passar do prazo e o estado não conceder a licença para o funcionamento de algo e
der merda, a culpa não é do estado.
Estado Garante: Quando o Estado atua como garante, sua responsabilidade é objetiva.
- A responsabilidade subjetiva por omissão ocorre como regra, mas admite a forma
objetiva no caso em que o Estado atue como garante.
Prescrição:
93
- são imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de
atos de tortura ocorridos durante o regime militar de exceção.
Direito de regresso: DEVERÁ haver ação regressiva se for comprovado dolo ou culpa
do servidor.
- indisponível e obrigatório
- O servidor não pode ser diretamente acionado pelo lesado.
- A ação impetrada para reparar o dano pode ser por via judicial ou adm (acordo entre as
partes).
- O agente dado as informações acima, custeia o estado pelas indenizações por ela paga.
- Os efeitos da ação regressiva transmitem-se aos herdeiros e sucessores, até o limite da
herança, em caso de morte do agente
Conceito
94
a improbidade administrativa é:
- Dolo especifico
• uma ação ou omissão, dolosa, desonesta e imoral com a coisa pública, que ofende: (Não
pode ser culposa)
- a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções; e
- a integridade do patrimônio público e social;
• cujo ilícito tem natureza civil e política, não constituindo, por si só, crime;
• sendo que o seu processamento é realizado pelo Poder Judiciário, em ação própria,
apresentada pelo Ministério Público.
• A condenação por ato de improbidade não é “na esfera penal”, uma vez que a ação de
improbidade não tem esse tipo de natureza
Agente público para LIA: Todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função.
- Jurisprudência excluí o PR
→ Sujeita-se as sanções, PFs ou PJs, que celebram com a adm p. convênio, contrato de
repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de cooperação ou ajuste
administrativo equivalente
- Não precisa ter necessariamente relações financeiras
Art. 3º: E aplica também no que couber a terceiros que induzam ou concorram
DOLOSAMENTE com agente público para IA
- é a conduta do agente público que define o ato de improbidade.
- Terceiros ou PJ não pode atuar isoladamente (Sócios, cotistas e afins de PJs, não
respondem, apenas se concorrerem para tal)
- “no que couber” pois o terceiro não pode, por exemplo, perder sua função pública, pois
o mesmo não a tem.
- non bis in idem, PJ não pode ser responsabilizada por 2 crimes ao msm tempo. Lei
anticorrupção + LIA por exemplo.
Classificação: (Rol taxativo) (Estão em ordem das mais graves para menos grave)
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• importam enriquecimento ilícito; EXEMPLIFICATIVO
- Constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento ilícito
auferir, mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida
em razão do exercício de cargo.
- Poderá ou não causar prejuízo erário
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel, de propriedade ou à
disposição de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho
de servidores, de empregados ou de terceiros contratados por essas entidades;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento
para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
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Penalidades
Penalidades:
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e
das sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
gravidade do fato
A aplicação das sanções previstas nesta lei independe da efetiva ocorrência de dano ao
patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento
A configuração de ato de improbidade contrário a princípio da administração pública
independe de prova de dano ao erário ou enriquecimento ilícito do agente.
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
- perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio
- perda da função pública
- suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos
- pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial
- proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos
PREJUÍZO AO ERÁRIO
- perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta
circunstância
- perda da função pública
- suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos
- pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano
- proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos
CONTRA OS PRINCÍPIOS
- pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração
percebida pelo agente
- proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos
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Suspensão e não perda dos direitos políticos.
• A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação
econômica do réu, o valor calculado pelas regras gerais é ineficaz para reprovação e
prevenção do ato de improbidade
• As sanções de improbidade (todas) somente se efetivam com o trânsito em julgado
• Afastamento preventivo não é uma sanção e pode ocorrer por até 90 dias (prorrogáveis
uma única vez por igual período)
• No caso da PJ, caso haja cumulação com Lei anticorrupção, prevalece a LA.
• Recursos públicos dos partidos políticos Não se fazem presentes na LIA
Súmula 651 – Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor público a pena de
demissão em razão da prática de improbidade administrativa, independentemente de
prévia condenação, por autoridade judiciária, à perda da função pública
perda da função pública (Transito Julgado) ≠ demissão (PAD, sem transito julgado)
Declaração de Bens
Declaração de bens e valores
A Posse/Nomeação o A.P fica condicionada a declaração do imposto de renda e proventos
de qualquer natureza à Secretaria Especial da Receita Federal e é feita: (Se não fizer
deverá ser demitido)
• Anualmente;
• Na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, do cargo, do emprego
ou da função
Processo Adm
Processo Adm
Na ação de I.A a Adm P. e o MP, apuram os fatos e produzem provas em Processo Adm.
Logo após a apuração o MP propõe ação de improbidade.
• A suspensão dos direitos políticos é sanção e, por isso, somente se efetiva com o trânsito
em julgado
Não existe foro por prerrogativa de função (“foro privilegiado”) nas ações de
improbidade administrativa
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O foro por prerrogativa de função é previsto pela CF apenas para as infrações penais
comuns, não podendo ser estendido para ações de improbidade administrativa, que têm
natureza civil em instância ordinária.
Prescrição
Prescrição
A ação para a aplicação das sanções de improbidade prescreve em 8 (oito) anos, contados
a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou
a permanência
- Fazendo uma analogia com aqueles jogos de tabuleiro de nossa infância, a suspensão
deixaria você algumas rodadas sem jogar, mas uma vez superada você continuaria da
mesma casa. A interrupção, por outro lado, seria um “volte para o começo”.
Princípios:
Princípios da Igualdade: não pode haver diferença de tratamento entre empresas BR e
estrangeiras, salvo em casos de bens e serviços de informática desenvolvidos no Brasil.
Princípio do Julgamento objetivo: o julgamento deve ser baseado em critérios e
parâmetros concretos, precisos, previamente estipulados no instrumento convocatório,
que afastem quaisquer subjetivismos quando da análise da documentação.
Princípio da adjudicação compulsória: se a Adm atribuir o objeto licitado a alguém,
deverá fazê-lo ao vencedor da licitação.
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Projeto Básico: elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares,
que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do
empreendimento e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos
e prazo de execução.
→ Modalidades:
- É proibido a criação ou combinação de modalidades.
- O fracionamento da licitação é permitido, desde que se mantenha a modalidade
necessária para se licitar todo o objeto.
- Excepcionalmente é possível o fracionamento utilizando modalidade mais simples,
desde que se trate de parcelas específicas que venham a ser executadas por “empresa”
diversa da que está executando o serviço principal.
100
Concurso: modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico, artístico ou
científico.
- Tratando-se de seleção de projeto de cunho intelectual, deverá o autor ceder à adm os
direitos patrimoniais a ele reativos para pagamento do prêmio ou remuneração.
Leilão: utilizada para a venda de bens móveis inservíveis para a adm ou de produtos
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem
oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
- Qualquer interessado pode participar.
Procedimento Licitatório:
- Composta pela fase interna, onde será elaborado o edital, e pela fase externa, que se
inicia com a publicação do edital.
Habilitação: conferência dos documentos necessários para que os licitantes possam
continuar participando do certame.
- No caso de convite, concurso, leilão e nos fornecimentos de bens a pronta entrega, os
documentos poderão ser dispensados.
- A modalidade concorrência admite uma etapa de pré-qualificação.
101
• Registros cadastrais: substitui os documentos de habilitação → Os órgãos e entidades
que realizam licitações constantes devem manter o registro cadastral dos licitantes, com
validade de 1 ano.
- Pode ser utilizado registro de outro órgão/entidade.
Julgamento:
1º abertura dos envelopes de documentação
2º devolução dos envelopes de proposta aos inabilitados
3º abertura dos envelopes de propostas
4º verificação da conformidade das propostas em relação ao edital
5º julgamento e classificação
6º deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação.
- As propostas serão julgadas objetivamente, não sendo admitidas propostas com preços
simbólicos ou irrisórios, com valor zero ou com preços incompatíveis com os dos insumos
e salários do mercado.
• Serão desclassificadas as propostas:
- Que não atendam às exigências do edital
- Com valor superior ao limite estabelecido
- Com preços irreais.
• Se todos os licitantes forem inabilitados ou desclassificados, a adm pode dar aos
licitantes 8 dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas.
Pregão
- Utilizado para bens e serviços comuns de qualquer valor, não se aplicando às obras de
engenharia, alienações ou locações de imóveis.
- Sempre utiliza o tipo Menor Preço.
- Modalidade pouco complexa, que não exige habilitação prévia e possibilita lances
verbais, o que aumenta o nº de concorrentes e a competitividade.
Fase Preparatória:
1º justificativa da contratação, com elementos técnicos e orçamento
2º definição do objeto, de forma precisa e clara, sendo vedada especificações excessivas
que limitem a competição
3º exigência de habilitação
4º critérios de aceitação das propostas
5º sanções por inadimplemento
6º cláusulas de contrato
7º fixação de prazos.
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• Equipe de apoio: a maioria deve ser servidor efetivo ou empregado da adm e
preferencialmente do quadro permanente do órgão ou entidade promotora do pregão.
Fase Externa: inicia-se com a convocação dos interessados, por meio da publicação do
aviso no DO ou Jornal de circulação local.
- O julgamento ocorrerá antes da habilitação e a adjudicação antes da homologação.
- O prazo de validade das propostas será de 60 dias, se o edital não trouxer outro.
Procedimento: será feita uma sessão pública para recebimento das propostas, com os
interessados dando ciência que cumprem os requisitos de habilitação e com a entrega dos
envelopes com as propostas.
- Os envelopes serão abertos imediatamente, verificando a conformidade das propostas.
• Será verificada a oferta mais baixa e as com valores até 10% superior a essa.
- Se não constar pelo menos 3 propostas, os autores das 3 melhores propostas serão
selecionados.
- Esses licitantes farão lances verbais e sucessivos até a declaração do vencedor.
• Após a definição do vencedor, caberá ao pregoeiro decidir motivadamente se aceita a
proposta.
- O pregoeiro pode negociar com o vencedor para tentar obter um melhor preço.
• Declarado o vencedor, o objeto será adjudicado e homologado, sendo o vencedor
convocado para assinar o contrato.
- Se não o fizer, o pregoeiro analisará as propostas subsequentes até chegar a um
vencedor.
É Vedado:
- Garantia de propostas.
- Aquisição do edital como condição de participação
- Pagamento de taxa, salvo referentes ao fornecimento do edital.
Ficará impedido de licitar e contratar com o poder público por até 5 anos, além de
multas e demais cominações legais, quem:
- Convocado dentro do prazo de validade da proposta, não celebrar o contrato.
- Deixar de entregar ou apresentar documentação falsa.
- Ensejar o retardamento da execução do contrato.
- Não mantiver a proposta apresentada.
- Falhar ou fraudar na execução do contrato.
- Comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal.
103
Consórcios Lei 11.107
Resuminho sobre consórcios públicos:
• PJ de direito público (na forma de associação pública) ou privado
• A união somente participará de consórcios em que também façam parte todos os estados
em cujos territórios estejam situados os municípios consorciados
• Consórcio de direito público pode desapropriar e instituir servidões (nos termos de de-
claração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social)
• Pode ser contratado pela administração por dispensa
• Podem outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos por
autorização prevista no contrato de consórcio
• Protocolo de intenções: define a finalidade, prazo, duração e a sede do consórcio, iden-
tificação dos entes, indicação da área de atuação etc. Deverá ser ratificado pelo legislativo
(por lei)
• Contrato de rateio: meio pelo qual os entes entregamos recursos
• Contrato de programa: operacionaliza as obrigações assumidas pelos consorciados
• 1 - Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse
comum e dá outras providências.
§ 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito
privado.
104
§ 2º A União somente participará de consórcios públicos em que também façam
parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consor-
ciados.
§ 3º Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, diretrizes
e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – SUS.
• - 2 Art. 2º, §1º, Lei nº 11.107/05: "Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio
público poderá:
I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribui-
ções e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo".
§ 2º Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e exercer atividades
de arrecadação de tarifas
•-4-
§ 4º Os entes da Federação consorciados, poderão ceder-lhe servidores, na forma e
condições da legislação de cada um.
Protocolo de intenções: o consórcio público será constituído por contrato cuja celebração
dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções cujo objetivo é estabelecer a
denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consórcio; a identificação dos
entes da Federação consorciados; a indicação da área de atuação e etc. O contrato de con-
sórcio público será celebrado com a ratificação pelo PODER LEGISLATIVO, medi-
ante lei, do protocolo de intenções.
105
Lei n° 9.784/1999 (Lei do Processo Administrativo).
- Uma lei federal, por tanto, aplicada apenas a União, porémmmmmm... O STJ dispõe:
STJ 633 – A lei 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a
revisão de atos administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser
aplicada, de forma subsidiária, aos estados e municípios, se inexistente norma local e
específica que regule a matéria
- Se aplica a adm direta e indireta da União, mas não se aplicam ao Poder Legislativo e
Judiciário, exceto quando no desempenho de função administrativa.
- O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.
- os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas
dos dados e documentos que o integram, SALVO os sigilosos por direito de honra e
imagem e afins.
- A interpretação da norma administrativa deve observar o fim público a que tal norma se
dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
- processos administrativos devem ser indicadas as circunstâncias fáticas e os
pressupostos de direito suprem a exigência de motivação.
-Somente quando houver duvidas sobre a autenticidade dos documentos o
reconhecimento de firma será pedido.
- “os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão,
cientificando-se o interessado se outro for o local de realização”
Súmula 591 do STJ, é permitida a “prova emprestada” no processo administrativo
disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o
contraditório e a ampla defesa.
• Explicitos:
Princípio da oficialidade: Administração pode iniciar o processo de ofício e fazer
revisões, e dar os devidos impulsionamentos até a decisão final, sem prejuízo da atuação
dos administrados.
- A adm pode fazer a revisão de seus atos e em servidores
- Aplicar a autotutela
106
princípio da gratuidade: no processo administrativo, é vedada a cobrança de despesas
processuais, ressalvadas as previstas em lei
Princípio do Informalísmo ou Formalismo Moderadoos atos do processo adm não
dependem de forma determinada, salvo por exigência legal.
- Ele facultativamente escolhe se será assistido por um advogado ou não e pode ser oral
princípio da razoável duração do processo: Todos são assegurados a meios razoáveis
de duração que garantam a celeridade de sua tramitação.
- Apos istrução, a Adm tem 30 dias para decidir, salvo prorrogação igual e motivada
Princípio da verdade material: A adm não pode ficar restrista apenas ao que foi
mostrado, devendo buscar aquilo que realmente é a verdade.
Súmula nº5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a constituição. (não se aplica aos processos administrativos
disciplinares para apurar faltas graves dos presos em estabelecimentos prisionais)
Indeferimento: Possuem vicio sanável, pois não tem efeito suspensivo, apenas devolutivo
107
Impedimento- Carácter objetivo:
• interesse direto na matéria
• Perito, testemunha ou representante que seja: Cônjuje, companheiro ou parente até 3
grau (primo não tá incluso)
- Primo não
• esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge
ou companheiro.
- Estará impedido de atuar no processo administrativo o servidor que estiver litigando
administrativamente com o interessado, hipótese em que a comunicação do fato deverá
ser dirigida à autoridade competente, sob pena de configurar-se a prática de falta grave,
para fins disciplinares.
Decisão coordenada:
• Instancia Interinstitucional ou intersetorial, para simplificar decisões adm
- 3 ou mais setores, órgãos ou entidades
• Composto por: autoridades agentes decisórios responsáveis p/ instrução técnico-jurídica
• NÃO se aplica:
- Licitação, poder sancionador, poderes distintos
• Princípios:
- Legalidade, eficiência e transparência.
108
NA LEI 8112 - O PRAZO É DE TRINTA DIAS
- A autoridade que proferiu a decisão (hierarquia), se não considerar em 5 dias, encami-
nha para autoridade superior
- Recurso administrativo TRamitará no máximo por três instâncias administrativas
- Na apreciação do recurso, a autoridade poderá piorar a situação do recorrente (re-
formatio in pejus). Para isso, porém, deverá notificar o recorrente para que formule suas
alegações antes da decisão
- O não conhecimento do recurso não impede a administração de rever de ofício o ato
ilegal, desde que não ocorrida a preclusão administrativa.
Súmula Vinculante nº21 É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento pré-
vios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
• Revisão: A qualquer tempo a pedido ou de oficio, quando surgem novos fatos ou cir-
cunstâncias sucetíveis de justifica-la.
- Os PA de que resultem sanções poderão ser revistos a qualquer tempo, a pedido ou de
oficio, quando surgirem fatos novos para justificar inadequação da sanção aplicada. Po-
rém a revisão ( só a revisão) não pode agravar a sansão é vedada a reformatio in pejus
Anulação de atos. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, res-
peitados os direitos adquiridos. (Apesas de diferente da súmula, se pedir sobre a lei, tem
que levar isso em conta)
Súmulas A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.
Delegação
• Não podem ser delegados: Atos de caráter normativo e Recursos adm e matérias de
competência exclusiva. CENORA: (competência exclusiva; atos normativos; e recursos
administrativos)
- A competência administrativa é irrenunciável, logo a autoridade não poderá renunciá-
la, mesmo que a tenha adquirido por delegação.
Definição de prova: Caso não haja impedimento legal, um órgão administrativo poderá
delegar parte de sua competência a outros órgãos, ainda que estes não lhe sejam hierar-
quicamente subordinados, quando tal procedimento for conveniente.
- O órgão delegatário não precisa ser hierarquicamente subordinado ao delegante.
109
- Nada impede que órgãos dos Poderes Judiciário e Legislativo deleguem sua competên-
cia de natureza administrativa.
Avocação:
Avocação é medida excepcional e fundamentada e só tem cabimento quando houver hie-
rarquia entre os agentes envolvidos, Será permitida, em caráter excepcional e por motivos
relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a
órgão hierarquicamente inferior
Deveres do Administrado:
- Expor fatos verdadeiros
- Proceder com lealdade urbanidade e boa fé
- Não agir de modo temerário
- Prestar informações que forem solicitadas
110
DIREITO PENAL
Introdução e princípios
• O Estado é titular exclusivo do direito de punir, sendo sujeito passivo de toda infração
penal.
• A competência para legislar sobre direito penal é privativa da União, porém pode ser
delegada aos estados por meio de lei complementar.
• Norma é gênero → Princípios e regras são espécies.
•Crime segundo o critério analítico: todo fato típico, ilícito e culpável → Teoria
tripartitida (aceita pelo CP). / Finalista/ de Wezel
Material = União // Formal imediata = Lei // Formal Mediata = Costumes e princípios.
Princípios constitucionais
(PDF 00)
Princípio da legalidade: Legalidade = Reserva legal + Anterioridade da lei penal. (Se
aplica as medidas de segurança)
- As normas excepcionais e temporárias, mesmo revogadas, continuam a reger os fatos
PRATICADOS DURANTE SUA VIGÊNCIA, não ocorrendo abolitio criminis
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação
legal.
Princípio da reserva legal: apenas lei em sentido estrito pode legislar sobre direito
penal, sendo sua fonte imediata.
- STF: MP não pode ser usada no direito penal, salvo para beneficiar o réu.
Princípio da anterioridade da lei penal – Lei tem que ser anterior a prática da conduta.
- Toda lei penal material está sujeita ao princípio da anterioridade. Inclusive crimes
Hediondos
Princípio da taxatividade: impede a criação de normas genéricas → A lei deve que ser
clara e precisa.
Princípio da irretroatividade da lei: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o
réu
• SÚMULA 711 STF - A Lei Penal mais GRAVE aplica-se ao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência é anterior a cessação da continuidade ou da
permanência. Não viola o Princípio da Irretroatividade da Lei
- Ou seja, “se a sua vigência é anterior a cessação da continuidade ou da permanência”,
significa que a lei mais grave tem que agir durante a pena que antes era mais leve. Se
terminar a pena mais leve, não rola aplicar a nova mais grave.
- Lei retroagir para beneficiar = novatio legis in mellius;
- Lei penal mais benéfica tem efeito extrativo (retroativo e ultra ativo).
111
Princípio da individualização da pena: acordo com suas circunstâncias pessoais.
(legislativa, judicial e administrativa.)
Princípio da Intranscendência da pena: a pena não passará do condenado. Reparar dano
até o valor da herança
Princípio da limitação das penas ou da humanidade: Não haverá penas: De morte
(Exceto em guerra), caráter perpétuo, trabalhos forçados, banimento, crúeis.
Princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade: Ninguém será
considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Princípio da ofensividade ou da alteridade ou lesividade:
Ofensividade: Para ser crime tem que causar uma lesão a um bem jurídico
Alteridade: Para ser crime tem que causar uma lesão a um bem jurídico de terceiros
Lesividade que a autolesão, via de regra, não é punível
Crime de lesão: efetivo ato contra o bem jurídico (ex: homicídio)
Crime de perigo abstrato: a prática da conduta descrita já consuma o crime (ex: porte
ilegal de arma de fogo)
Crime de perigo concreto: expõe, de fato, o bem jurídico em perigo (ex: abandono de
incapaz; direção perigosa)
Princípio da adequação social: não é crime o comportamento humano tolerado pela
sociedade.
- Venda de CDs e DVDs piratas não se encaixa;
Princípio da fragmentariedade: o D.P protege apenas os bens jurídicos mais relevantes.
Princípio da subsidiariedade: O D.P só pode ser usado se outros ramos do direito não
derem certo (Substituto)
Princípio da intervenção mínima (ultima ratio): o Direito Penal somente deve ser
aplicado quando for indispensável para a proteção do bem jurídico.
Princípio do Bis in idem: Uma pessoa não pode ser punida duplamente pelo mesmo fato
- 625 STJ: Não caracteriza Bis In Idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo
torpe e de feminicidio no crime de homicídio, praticado contra mulher em situação de
violência doméstica e familiar.
Principio da confiança. Todos devem atuar acreditando que todos irão cumprir com seus
deveres éticos.
Princípio da consunção estabelece que as condutas que sejam mero meio para a prática
do crime-fim restam por ele absorvidas, ainda que sejam, isoladamente, condutas
criminosas. Crimes + graves absorvem os - graves.
-Adolfo, querendo apoderar-se de bens existentes no interior de uma casa habitada, tenha
adentrado o local e subtraído telas de LCD e forno micro-ondas, não será condenado por
invasão.
112
- Afasta o crime, pois exclui a tipicidade material APENAS MATERIAL (Atipicidade)
→ A bagatela imprópria não afasta o crime, mas sim a aplicação da pena ➔ Não é
admitido pela jurisprudência.
- Não é aplicada ao criminoso habitual, mas pode ser aplicada ao reincidente
• Requisitos para aplicação (MARI):
Mínima ofensividade - Ausência de periculosidade; - Reduzido grau de
reprovabilidade; - Inexpressividade da lesão provocada.
PODE ser aplicado:
- Crimes contra o patrimônio, se não houver violência ou ameaça.
- Crimes ambientais (não se aplica em crimes de acumulação, como pesca irregular)
- Descaminho e crimes tributários FEDERAIS (até R$20.000,00)
NÃO PODE ser aplicado:
- Crimes contra o patrimônio,
- Crimes contra a adm pública
- Violência doméstica
- Crimes do estatuto do desarmamento (em situações excepcionais já foi aplicado)
- Apropriação indébita previdenciária
- Contrabando (já foi aplicado em casos de remédios para consumo próprio).
- Tráfico de drogas
- Crime de moeda falsa
113
Circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o
crime:
- Reincidência – Fútil/torpe – Encobrir – Traição/Emboscada/ impediu defesa –
fogo/veneno/explosivo/ cruel/perigo comum - CADI
Circunstâncias que sempre atenuam a pena:
• Ser o agente menor de 21, na data do fato, ou maior de 70 anos, na data da sentença.
- Cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral.
- Procurado, por sua vontade e com eficiência, logo após o crime, diminuir as
consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano.
- Cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da
vítima.
- Confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime.
- Cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
• A pena poderá ser atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior
ao crime, embora não prevista expressamente em lei.
Lei temp/esp; infração penal;
LUTA:
Lugar – Ubiquidade Tanto o lugar onde o crime foi praticando, quanto
o lugar onde ele teve seu efeito serão considerados.
Tempo – Atividade O crime se considera praticado quando da ação ou
omissão, não importando quando ocorre o resultado.
Infração penal
114
Contagem de prazo: inclui-se o dia do início.
- A contagem é feita pelo calendário comum.
- As frações de dias e de multas são desprezadas.
Conflito Aparente de Normas: Quer conflito? então CASE
Consunção- principio da absorção (crime + grave absorve o - grave)
Alternatividade- Praticar um ou mais de um verbo do mesmo crime já configura crime,
um único crime
Subisidiariedade- A norma mais grave é aplicada em dretrimento da menos grave ou
vice-versa
Especialidade- lei especial prevalece sobre a geral, tendo essa lei especial todos os ele-
mentos da outra.
115
- Abolitio criminis: quando uma lei abole outra. Alcança apenas os efeitos penais, os
extrapenais permanecem (ex: reparar o dano) → Extingue a PUNIBILIDADE apenas.
Lei penal intermediária: lei que não estava vigente no momento do crime nem no do
julgamento.
- Aplicada in bonam partem;
Lei penal temporária e excepcional: a temporária → Inicio e fim e a excepcional →
enquanto durar as situações de anormalidade.
- Ambas são transitórias e são aplicadas para os fatos ocorridos em sua vigência, após sua
cessação, quem cometeu os crimes durante poderão ser processados.
- Têm efeito ULTRA-ATIVO . ➔ mesmo revogada, poderá ser utilizada
Crime permanente e continuado: será aplicado a lei vigente no fim da conduta ou na
última conduta, mesmo que seja mais gravosa.
Continuidade normativa-típica: o tipo penal é revogado e incluído em outro artigo da
lei, então continua sendo crime.
Lei penal no espaço:
• Lugar do crime é o da ação ou omissão e o do resultado ➔ TEORIA DA UBIQUIDADE.
Território nacional para fins penais:
- Todo território geográfico.
- Barcos e aviões do governo/públicas ou a seu serviço, onde quer que estejam.
- Barcos e aviões brasileiros privados ou mercantes em alto-mar ou no espaço aéreo
correspondente.
- Aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando
em território estrangeiro, desde que o crime figure entre aqueles que, por tratado ou
convenção, o Brasil se obrigou a reprimir. (NÃO SÃO CONSIDERADOS
TERRITORIOS NACIONAIS)
Territorialidade mitigada ➔ Aplica-se a lei BR aos crimes cometidos no território
nacional, sem prejuízo de tratados, convenções ou regras de direito internacional
116
• A Sentença estrangeira tem eficácia no Brasil apenas para efeitos cíveis (depende de
requisição da parte interessada) ou para determinar medida de segurança (depende da
existência de tratado ou requisição do MJ) → Jamais para restrição de liberdade.
O agente é punido no Brasil, mesmo que seja absolvido ou condenado no exterior (ne
bis in idem).
A pena cumprida no estrangeiro vai atenuar (quando diversas) ou será computada
(quando idênticas) a pena imposta no Brasil.
Condicionada - TAB → A Justiça Universal é Aplicada aos crimes que o Brasil, por
tratado ou convenção, obrigou-se a reprimir e que foram praticados por BR, em barco
ou avião BR no estrangeiro e lá não foram julgados.
Tratado ou convenções
Aeronave ou embarcações brasileiras (que nao foi julgada no extrangeiro)
Brasileiro, ainda que naturalizado.
Teoria do crime.
•Crime segundo o critério analítico: todo fato típico, ilícito e culpável → Teoria
tripartitida (aceita pelo CP). / Finalista/ de Wezel
ARTIGO 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: Rock LEEE
•Legitima Defesa
•Estado de Necessidade
•Exercício Regular de Direito
•Estrito Cumprimento do Dever Legal
Crime segundo o critério material: condutas contrárias aos interesses social, que lesam
o bem jurídico tutelado → Conceito pré-jurídico.
Crime segundo o critério formal: conceito legal de crime ou conceito jurídico →
Condutas que levam a uma pena.
117
Crime segundo o critério analítico: todo fato típico, ilícito e culpável → Teoria tripartite.
- Se tirarmos o fato típico, a ilicitude ou a culpabilidade → Excluímos o crime.
- Se tirarmos a punibilidade → O crime existe, mas sem a possibilidade de punição.
Teoria:
CAUSALISTA é que entende a ação como mero movimento corporal capaz de alterar o
mundo exterior, independentemente da intenção do agente.
FINALISTA, Welzel, vê a conduta como um “acontecimento final”, ou seja, somente há
conduta quando o agir de alguém é dirigido a alguma
finalidade (seja ela lícita ou não). Assim, o elemento subjetivo (dolo ou culpa) deve ser
analisado dentro da conduta.
CRIMES HEDIONDOS:
O= Organização Criminosa direcionada a prática de Crime Hediondo
Le= Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima
Le= Lesão corporal seguida de morte
Po= Posse/porte ilegal de arma de fogo de uso Proibido.
Roub= Roubo (Circunstanciado pela restrição da Liberdade ou por emprego de Arma
(Restrita ou Proibida) ou Qualificado por Lesão Corporal Grave)
Traf= Tráfico Internacional de Arma de Fogo, acessório ou munição.
Furt= Furto Qualificado mediante uso de explosivo
Ex= Extorsão qualificada pela restrição de liberdade/lesão grave/morte ou Mediante Se-
questro.
Falso= Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins te-
rapêuticos ou medicinais.
Xuxa= Lembrou da Xuxa, lembrou de exploração sexual
Comércio Ilegal= Comércio Ilegal de Armas de Fogo.
TIPICIDADE
CONDUTA considerada TÍPICA, que leva a um RESULTADO, ligados por um NEXO
CAUSAL.
Inter Criminis: Em regra, só há punição a partir da fase de Execução → Alguns crimes
punem os atos preparatórios, mas nunca a cogitação.
- Cogitação → Pensamento de cometer o delito // - Preparação → Atos preparatórios
indispensáveis à prática do crime
- Execução → Quando se inicia a ofensa ao bem jurídico // - Consumação → Quando
estão preenchidos todos os elementos do tipo penal
118
Teoria objetivo-formal: a execução se inicia com a realização do verbo contido na
conduta criminosa → Exige que o autor tenha concretizado efetivamente uma parte da
conduta típica, penetrando no núcleo do tipo.
- (São descritivos ou Normativos)
Excluem a conduta:
• Coação física irresistível. • Estado de inconsciência completa.
• Movimentos reflexos. • Caso fortuito ou de força maior.
Resultado:
• Resultado naturalístico: modificação do mundo externo feito pela conduta.
• Resultado jurídico: lesão ao bem jurídico.
- Todo crime tem resultado jurídico, mas nem sempre naturalístico.
119
Nexo causal: vínculo entre a conduta e o resultado. Teoria da equivalência dos
antecedentes (regra): causa é toda ação ou omissão sem a qual não teríamos o resultado.
- Somente crimes materiais
- O resultado só poderá ser imputado a quem lhe deu causa, a quem criou o risco, ou ao
menos o aumentou.
Omissão imprópria → a omissão é penalmente relevante quando o agente devia e podia
agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe:
- Quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, ou de outra forma,
assumiu a responsabilidade de impedir o resultado.
- A quem criou o risco da ocorrência do resultado.
Tipicidade:
• Consentimento da vítima afasta a tipicidade e a ilicitude:
- A vítima deve ser capaz, com liberdade e consciência para expressar sua vontade.
- Possuir capacidade de entendimento quanto ao caráter e à extensão da autorização.
- O bem deve ser disponível e próprio.
- O consentimento deve ser prévio ou simultâneo à lesão.
- O agente deve saber do consentimento do ofendido.
Tipicidade material: Não haverá tipicidade Material quando a conduta, apesar de típica,
não lesionar de forma significativa um bem jurídico. (Princ. Da Insig. Ou adequação
social)
Tipicidade formal: o fato praticado pelo agente corresponde ao fato descrito na lei.
120
• Tipicidade formal direta ou imediata: o fato se encaixa ao tipo penal sem a necessidade
de auxílio de outros dispositivos.
• Tipicidade formal indireta ou mediata: a adequação de um fato a um tipo penal depende
de uma norma de extensão, sem a qual não há tipicidade.
Teoria da tipicidade conglobante: condutas toleradas ou incentivadas não podem ser
consideradas típicas, então não há que se falar em excludentes de ilicitude. - Ex: médico
ao fazer uma cirurgia de emergência
Crime tentado: quando iniciada sua execução, ele não se consuma por motivos alheios à
vontade do agente.
Teoria objetiva foi adotada para o crime tentado: diminui-se de 1/3 a 2/3 a pena do crime
consumado
- Quanto mais próxima a consumação, menor a diminuição → Nem sempre a tentativa
terá pena menor.
→ Tentativa branca ou incruenta: o bem jurídico não é atingido. (Camisa sem sangue)
→ Tentativa vermelha ou cruenta: o bem jurídico é atingido mas não se obtém o
resultado naturalístico esperado.
→ Tentativa perfeita ou crime falho: o agente esgota todos os meios, mas, mesmo assim,
o crime não se consuma.
→ Tentativa imperfeita: o agente não consegue utilizar todos os meios que tinha a seu
alcance para consumar o crime.
Crime impossível: não se pune a tentativa quando por ineficiência absoluta do meio ou
por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar o crime → Ou seja, não
se pune a tentativa do crime impossível. (Ex: gravida tenta praticar aborto tomando
vitamina C) Crime impossível é uma espécie de crime tentado que jamais se concretizaria.
Como não há lesões, não se pode puni-los.
121
Desistência voluntária: o agente voluntariamente desiste de prosseguir com os atos
executórios. (Exclui tipicidade)
- Ex: “A” amarra “B”, mas desiste de estuprá-la.
- A diferenciação entre desistência voluntaria (Posso prosseguir, mas não quero) e
tentativa (Quero prosseguir, mas não posso) é feita pela fórmula de Frank.
Arrependimento eficaz: o agente pratica os atos executórios, mas impede o resultado,
respondendo apenas pelos atos já praticados.
- Se não conseguir impedir o resultado, responderá por ele.
- Ex: “A” atira em “B”, mas se arrepende e leva a vítima para o hospital. Em vez de
responder por tentativa de homicídio, responderá por lesão corporal.
Erro de tipo acidental: o erro recai sobre as circunstâncias secundárias do crime → Não
exclui a responsabilidade penal.
Erro sobre o objeto: o agente acredita atingir um objeto material, mas atinge outro.
Erro sobre a pessoa: o erro recai sobre a própria qualidade da pessoa.
Ex: A quer matar B, mas acaba matando C acreditando que está matando B.
• Teoria da equivalência: o julgamento levará em conta a qualidade da vítima visada e a
competência para julgar será em razão da vítima atingida.
122
Aberratio ictus ou erro de execução: A quer matar B, mas acaba atingindo C, que estava
próximo.
- Se atingir a vítima pretendida e um terceiro, responderá por concurso formal.
- Aplica-se a teoria da equivalência.
→ Erro sobre a pessoa (Acredita estar) ≠ Erro de execução (Acaba fazendo)
Aberratio delicti ou criminis: o agente quer atingir um bem jurídico, mas atinge outro.
Ex: A joga uma pedra para atingir o carro de B, mas acaba atingindo a cabeça de B.
- O agente responde por culpa → Se atingir ambos, responderá por concurso formal
próprio.
Aberratio causae ou dolo geral: erro sobre o nexo causal.
- O agente acredita que alcançou o resultado com uma conduta, quando na verdade
alcançou com outra.
Dolo alternativo: o agente prevê mais de um resultado lesivo e assume o risco de produzir
o mais grave.
- Se produzir o mais grave responderá por ele, se produzir o menos grave responderá pelo
mais grave na modalidade tentada.
Dolo específico: a conduta é praticada com um fim específico.
- Dolo sem fim específico = Dolo genérico.
Dolo de 2º grau: quando, em razão do meio escolhido para realizar a conduta, ocorre um
efeito colateral certo ou necessário, que também será uma conduta criminosa.
123
- Resultado naturalístico involuntário → Todo crime culposo é material, logo, é
indispensável o resultado naturalístico involuntário.
- Nexo causal entre a conduta e o resultado
- Tipicidade
- Previsibilidade objetiva → o juiz avaliará se era possível uma pessoa comum prever o
resultado naturalístico involuntário → Se sim, responderá pelo crime culposo.
Culpa própria: o agente não tem consciência ou não assume o risco de produzir o
resultado.
Culpa imprópria: o agente age com dolo, porém com uma falsa percepção dos fatos
(dolo viciado) → Decorre do erro de tipo essencial inescusável
- Como decorre de dolo, admite tentativa.
Culpa consciente: o agente prevê o resultado, mas não assume o risco de produzi-lo ou
acredita sinceramente que pode evitá-lo.
- Agora FODEU.
Culpa inconsciente: embora o resultado seja previsível, ele não foi previsto pelo agente.
Crime preterdoloso: a conduta inicial é dolosa, mas o resultado é culposo.
- Não admite tentativa.
RESUMÃO
124
Excludentes de punibilidade: morte do agente, anistia, graça ou indulto, abolitio crimi-
nis, prescrição, decadência ou perempção, renúncia ao direito de queixa ou o perdão
aceito, retratação do agente e o perdão judicial. Nesses casos fica extinta a pretensão pu-
nitiva estatal.
Excludentes da tipicidade: casos fortuitos e força maior, hipnose, sonambulismo, movi-
mento/ato reflexo, coação física irresistível, erro de tipo, desistência voluntária (res-
ponde pelos atos já praticados), arrependimento eficaz (responde pelos atos já pratica-
dos), crime impossível, princípio da insignificância. Nessas casos não haverá crime.
Excludentes de ilicitude: estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento
do dever legal, exercício regular do direito, consentimento do ofendido (supralegal).
Nesses casos não haverá crime.
Excludentes de culpabilidade: inimputabilidade do agente, erro de proibição, coação
moral irresistível, ordem hierárquica (desde que não seja manifestamente ilegal). Nes-
ses casos o agente será isento da pena.
125
ILÍCIUDE – ANTIJURICIDADE
A conduta é contrária ao direito → Existem 4 causas de excludente de ilicitude
genéricas e outras supralegais.
Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Não pode alegar estado de necessidade quem provocou dolosamente o perigo ou podia
tê-lo evitado, ou quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
havendo mais de um agente, o estado de necessidade de um se estende aos demais.
Legítima defesa: Art 25º usar moderadamente os meios necessário para defender de uma
injusta agressão, atual ou iminente, direito próprio ou alheio.
- É possível contra PJ, pois ela externiza a vontade de uma PF.
- Não existe legítima defesa recíproca.
Legítima defesa sucessiva: se alguém age com excesso na legítima defesa, o agressor
inicial poderá agir em legítima defesa contra isso.
126
Legítima defesa putativa: o agente se defende achando que ia sofrer uma injusta
agressão, quando não ia.
- Pode haver uma legítima defesa real contra uma putativa.
Estrito cumprimento do dever legal: o ato é praticado para atender algum normativo e
ele deve ser feito nos exatos termos da lei.
- Em regra, vale apenas para agentes públicos, mas pode ser estendida aos particulares
que tenham alguma relação jurídica específica com o Estado.
- Se na atuação do agente público houver uma injusta agressão que possa levar ao
resultado morte, a excludente será a legítima defesa.
- Para seu cumprimento, é indispensável o cumprimento do dever legal
- A prática da conduta deve ser promovida nos exatos termos da lei;
Consentimento do ofendido
O consentimento do ofendido é uma excludente de antijuridicidade, Ademais, o
consentimento do ofendido é causa SUPRALEGAL de exclusão da ilicitude. Só pode ser
manifestado durante ou antes da conduta típica
Excesso punível.
Não é admitido excesso, culposo ou doloso, nas excludentes de ilicitude, sob risco de o
agente responder por ele.
- Excesso intensivo → O meio utilizado é desproporcional
- Excesso extensivo → Dura mais que o necessário
• As excludentes só valem para crimes dolosos.
Ofendículos: quando não está sendo acionado o indivíduo está agindo sob exercício
regular de direito → Quando é acionado para repelir uma injusta agressão, ele agirá sob
legitima defesa preordenada.
-Exclusão de antijuricidade
CULPABILIDADE
- Juízo de reprovabilidade da conduta.
- Deve-se ter como elemento principal a conduta, não o autor.
- Para haver culpabilidade é necessário imputabilidade, potencial consciência da ilicitude
e exigibilidade de conduta diversa.
127
• Critério biológico: leva em consideração a existência ou não de uma condição
fisiológica → Ex: doença mental ou idade.
• Critério psicológico: leva em consideração o discernimento na hora da conduta → Ex:
utilização de alucinógenos.
• Critério biopsicológico: o agente deve ter uma limitação fisiológica e, por tal razão, não
tinha discernimento na época do fato.
- É a regra no Brasil, mas com exceções.
Inimputáveis:
- Pode ser aplicado medida de segurança, de acordo com a periculosidade do agente.
• Menor de 18 anos
• Doentes mentais ou com desenvolvimento mental incompleto, agente é inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato
• Embriaguez acidental por caso fortuito ou de força maior, agente é inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato
Semi-inimputáveis:
- A pena é reduzida de 1/3 a 2/3 → Pode ser substituída por medida de segurança.
• Doentes mentais ou com desenvolvimento mental incompleto, onde o agente é não é
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
• Embriaguez acidental por caso fortuito ou força maior, onde o agente não é
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
Erro sobre a ilicitude do fato ou Erro de proibição: o agente desconhece ilicitude do fato
→ Age acreditando estar autorizado a fazê-lo.
- O desconhecimento da lei é inescusável.
• Se escusável/inevitável → Exclui a culpabilidade sobre a potencial consciência da
ilicitude
128
• Se inescusável/evitavel → Reduz a pena de 1/6 a 1/3.
Erro de proibição indireto: o agente acredita estar abarcado por uma excludente de
ilicitude por uma incorreta interpretação da norma ou o agente não sabe que não existe a
excludente.
- Se escusável → Exclui a culpabilidade
- Se inescusável → Diminui a pena.
PUNIBILIDADE
Rol Exemplificativo
Extinção de punibilidade: perda do direito de punir o autor do fato típico e ilícito →
Perda do direito de propor a ação.
Extingue a punibilidade:
- Morte do agente. (Mediante apresentação da certidão de óbito)
- Anistia, graça ou indulto. (Anistia = Deixa de ser crime // Graça = Crime é perdoado
para a pessoa)
- Retroatividade da lei que não mais considera o fato como crime
- Prescrição, decadência ou perempção
- Renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada
- Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite
- Perdão judicial, nos casos previstos em lei
Extinção da punibilidade no peculato culposo: a reparação do dano, se precede à
sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a
pena imposta.
coação moral irresistível, exclusão da culpabilidade; coação física irresistível, exclusão
do fato típico.
Excludentes
LISTA DE EXCLUDENTES:
A. Tipicidade (excludentes): CCCEEMP
- Caso fortuito;
- Coação física irresistível; (é diferente de coação moral irresistível, que é excludente
de culpabilidade)
- Crime impossivel
- Estado de inconsciência;
- Erro de tipo inevitável (escusável);
- Movimentos reflexos;
- Princípio da Insignificância.
Ilicitude (excludentes):
- Legítima defesa;
- Estado de necessidade;
- Estrito Cumprimento do Dever Legal;
- Exercício Regular do Direito.
Culpabilidade (Excludentes):
129
1. Imputabilidade (excludentes):
- Anomalia psíquica
- Menoridade < 18 ATÉ 12 ANOS MEDIDA PROTETIVA DE 12 ATÉ 18 SÓCIO
EDUCATIVAS
- Embriaguez acidental completa
Extinção de Punibilidade
- direito de punir chama-se ius puniendi.
Rol Exemplificativo
Extinção de punibilidade: perda do direito de punir o autor do fato típico e ilícito →
Perda do direito de propor a ação.
Extingue a punibilidade:
- Morte do agente. (Mediante apresentação da certidão de óbito)
- Anistia, graça ou indulto. (Anistia = Deixa de ser crime // Graça/Indutlo = Crime é
perdoado para a pessoa e é feito pelo PR)
- Retroatividade da lei que não mais considera o fato como crime
- Prescrição, decadência ou perempção
- Renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada (6
meses para o ofendido realizar)
- Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite
- Perdão judicial, nos casos previstos em lei
Extinção da punibilidade no peculato culposo: a reparação do dano, se precede à
sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a
pena imposta.
coação moral irresistível, exclusão da culpabilidade; coação física irresistível, exclusão
do fato típico.
130
Prescrição
- prazos prescricionais serão reduzidos pela metade quando o infrator possuir menos de
21 anos na data do crime ou mais de 70 na data da sentença
- Se o condenado é reincidente, o prazo de prescrição da pretensão EXECUTÓRIA
aumenta-se em um terço. PUNITIVA não!!
131
ser de apenas 12 (doze) anos, nos termos do art. 109, III do CP (De acordo com a tabelinha
do ‘109)
132
SÚMULA 497 DO STF - “Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se
pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da
continuação.”
SÚMULA 592 DO STF – Estabelece a aplicação, aos crimes falimentares, das causas de
interrupção da prescrição previstas no CP:
SÚMULA 592 DO STF - “Nos crimes falimentares, aplicam-se as causas interruptivas
da prescrição, previstas no Código Penal.”
Concurso de pessoas
- crimen silenti, ou concurso absolutamente negativo: o agente não tem o dever legal
de evitar o resultado, tampouco adere à vontade criminosa do autor, razão pela qual não
é punido.
CONCURSO DE PESSOAS= 2 ou mais agentes
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA= 3 ou mais agentes
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA= 4 ou mais agentes (Os filhos de Bolsonaro)
Há 2 tipos de concursos:
Necessário (Plurissubjetivo): Aqui é necessário 2 ou mais pessoas para realizar a con-
duta, ex: rixa, associação criminosa..
Eventual (Unissubjetivo): Pode ser praticado por uma pessoa, ex: roubo, homicídio,
furto...
133
- Autoria colateral = Ocorre quando dois ou mais agentes, embora com dolo idênticos,
não atuam unidos pelo liame subjetivo, ou seja, não há concurso de pessoas.
• Identidade de infrações penais;
- Todos os concorrentes devem agir de forma a contribuir para o mesmo evento.
Autoria mediata: o agente comete o fato típico sem realizar a conduta do núcleo penal,
utilizando um inculpável ou alguém que age sem dolo ou culpa para praticar o crime.
- Autor mediato é quem utiliza e autor imediato é quem é utilizado.
134
Autoria mediata no crime próprio → É possível, desde que ambos detenham a
qualidade especial exigida no tipo penal.
Autoria mediata no crime de mão própria → Não é possível.
Autoria de escritório → Espécie de autoria mediata em que o agente dá ordem para outro
indivíduo culpável praticar o crime.
- Tanto o agente que dá a ordem como o que cumpre respondem pelo tipo penal.
- Fernandinho Beira mar que manda os capangas dele matar outras pessoas
Coautoria: quando mais de uma agente, com liame subjetivo, praticam o núcleo do tipo
penal.
- Não é necessário que pratiquem os mesmos atos, apenas que contribuam de forma direta
e relevante para o crime, como a distribuição de tarefas.
- É possível em caso de crime culposo ou omissivo.
Coautoria em crime próprio e de mão própria → Em regra, só é admitido no crime
próprio, entretanto, é possível no caso de dois peritos se juntarem para elaborar um laudo
falso.
Autoria imprópria ou colateral: quando mais de um agente intervêm na execução do
crime, buscando igual resultado, mas um não sabe da intenção do outro.
- Ocorre quando dois ou mais agentes, embora com dolo idênticos, não atuam unidos pelo
liame subjetivo, ou seja, não há concurso de pessoas.
A participação necessária imprópria ocorre nos delitos que só podem ser praticados
com a participação de várias pessoas: “delitos de encontro ou convergência”. Ex: A
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. Não dá pra ser em furto por exemplo já que da pra ser
feito sozinho.
Participação: o agente que concorre no ato, contudo, sem praticar o núcleo do tipo penal,
sua participação é de menor importância e, por essa razão, sua pena pode ser diminuída.
- Não há participação em crime culposo e não há participação culposa em crime doloso.
- É possível em crime omissivo.
- Se a participação for de menor importância, a pena pode ser reduzida de um 1/6 a 1/3.
• Participação moral: o agente induz ou instiga um terceiro a praticar o crime.
• Participação material: o agente presta auxílio ao autor.
135
• Teoria da acessoriedade máxima: o agente deve ter praticado um fato típico, ilícito e
culpável para que a participação seja relevante.
• Teoria da hiperacessoriedade: o agente deve ter praticado um fato típico, ilícito, culpável
e punível para que a participação seja relevante.
STJ - entende que NÃO cabe nenhum tipo de participação em crime culposo. Parte da
Doutrina também segue este entendimento
- em crime culposo, somente é admitida a coautoria, nunca a participação
Lei Seca:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.)
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída 1/6 a 1/3.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada
a pena deste; aumentada até 1/2, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
Circunstâncias incomunicáveis
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo
quando elementares do crime.
Casos de impunibilidade
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em
contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
Crimes contra a pessoa.
- Crime contra a vida - TODOS os crimes contra vida são de ação penal pública
incondicionada.
- De periclitação da vida e da saúde, SOMENTE o crime de doença VENÉREA é crime
de ação penal CONDICIONADA à representação.
121 – Homicídio:
- Crime de dano, material e instantâneo de efeitos permanentes.
136
-No crime de homicídio, admite-se a incidência concomitante de circunstância
qualificadora de caráter objetivo referente aos meios e modos de execução com o
reconhecimento do privilégio, desde que este seja de natureza subjetiva.
§ 4º Homicídio Dolosos a pena é aumentada:
- 1/3 se for praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos.
- 1/3 a 1/2 se for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de
segurança, ou por grupo de extermínio.
Homicídio Simples → R de 6 a 20 anos.
- Não é hediondo, salvo se praticado em atividade típica de grupo de extermínio.
Homicídio Privilegiado → Relevante valor moral/social ou domínio de violenta
emoção seguido de injusta provocação → Pena pode ser reduzida de 1/6 a 1/3
Homicídio Privilegiado-Qualificado → coexistência de uma qualificadora(piora o
crime) e do privilégio, desde que a qualificadora seja de ordem objetiva o privilégio só
pode ser somado a uma qualificadora objetiva (Fisicas) → Não é hediondo.
137
Homicídio Culposo → D de 1 a 3 anos → O juiz pode deixar de aplicar a pena se as
consequências do crime forem suficientes. SOMENTE NO CULPOSO!
• A pena é aumentada 1/3, se o crime ocorre por Inobservância de técnica de profissão ou
se n prestar socorro ou n diminuir as consequências do ato fugindo.
123 – Infanticídio → Matar, sob influência do estado puerperal, o próprio filho, durante
ou logo após o parto → D de 2 a 6 anos.
- Crime próprio (porém Admite concurso de agentes, desde que conheça a condição de
mãe) quanto ao sujeito ativo e passivo;
- homicídio privilegiado.
- dispensa-se a perícia médica caso se comprove que a mãe esteja sob a influência do
estado puerperal
- O pai pode ser enquadrado se é omisso
- No caso de concurso de pessoas, todos respondem por infanticídio → Teoria monista.
• Crimes hediondos
-O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo quando praticado
contra cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo de até terceiro grau, de agente da
Polícia Rodoviária Federal e integrante do sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, em razão dessa condição
Ambicídio
Quem sobrevive e deu inicio ao suicídio duplo (ligando a boca do gás por ex) responde
por tentativa de homicídio
E o outro responde por auxílio a suicídio.
A pena é duplicada:
- Se é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil.
- Se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
A pena é aumentada até o dobro:
138
- Se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, transmitida em tempo real.
A pena é aumentada em ½:
- Se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. (Meneger Metade)
Responde por lesão corporal ------- > se resultar em lesão gravíssima + vítima menor
de 14 anos ou não tenha necessário discernimento do ato
Reponde por homicídio ----------- > se resultar em morte + vítima menor de 14 anos ou
não tenha necessário discernimento do ato
139
- Ação Condicionada à representação.
- O juiz pode deixar de aplicar a pena se as consequências da infração ...
• Aumentada 1/3 por inobservância ou se n presta socorro e foge
Aumento de pena
• Violência Doméstica
§ 9o Se a lesão for praticada contra CCADI ou relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade aumenta 1/3
§ 12.Praticada contra agente 142 e 144 ou contra CADI até 3º grau. Aumenta 1/3 a 2/3
§ 13.Contra mulher em razão do sexo 1 a 4 anos
130 – Contágio venéreo → Expor alguém, por meio ato libidinoso, a contágio de
moléstia venérea, de que sabe que está contaminado
- D de 3 meses a 1 anos.
- Com intenção de contaminar a vitíma (Forma qualificada)
130 – Outrem molestia - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de
que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio:
- R 1 a 4 anos e multa.
135 – Omissão de socorro → Deixar de prestar assistência, quando possível sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo
ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública
→ D 1 a 6 meses.
• Aumento de pena em ½ se a omissão resulta em lesão corporal grave e a pena é triplicada
se resulta em morte.
138 – Calúnia: acusar alguém, falsamente, da prática de um Crime (não pode ser
contravenção penal), ou saber que a acusação é falsa e divulgá-la → D de 6 meses a 2
anos. (OBJETIVA)
-instaurar investigação policial contra alguém, imputando-lhe crime de que se sabe ser
inocente. NÃO é calúnia e sim Denunciação Caluniosa.
140
- Admite retratação
- Honra objetiva
• Admite exceção da verdade, salvo:
- De exclusão de crime, porque, se o fato imputado for verdadeiro, não haverá crime, já
que nunca existiu a falsidade da imputação.
140 – Injúria: palavra ou gesto pejorativo com que o agente ofende o sentimento da
vítima → D de 1 a 6 meses. (SUBJETIVA)
- Não cabe exceção da verdade.
- Não admite retratação.
- Honra subjetiva. (Feia, nojenta, burra, lerda, bolsominion... )
O juiz pode deixar de aplicar a pena se o ofendido, de forma reprovável, provocou
diretamente a injúria ou no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
Injúria real: envolve a prática de elementos aviltantes, como violência ou vias de fato,
como cuspir na cara de outro → D de 3 meses a 1 anos + pena correspondente à violência
Injúria racial, preconceituosa ou qualificada: elementos referentes a raça, cor, etnia,
religião, origem ou a condição de idoso ou portador de deficiência → R de 1 a 3 anos.
- Ação Penal Publica Condicionada (Racimo = Incondicionada // Injuria Racial =
Condicionada)
- Se for feitos contra servidor público não estando na presença dele é injúria, se for feita
na presença dele é desacato.
141
- Ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador →
Responde quem lhe der publicidade.
- Opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca
a intenção de injuriar ou difamar.
- Conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação
que preste no cumprimento de dever do ofício → Responde quem lhe der publicidade.
Em geral todas são ação penal PERSONALISSÍMA com exceção da Injuria Racial.
148 – Sequestro e cárcere privado → Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro
ou cárcere privado → R de 1 a 3 anos.
Qualificadoras → R de 2 a 5 anos. PERMANENNNNNNNNNNTEEEEEEE
- Se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de
60 anos → Sem irmão → CADI sem I; ascendente, descendente, irmão, cônjuge,
companheiro
- Se é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
- Se a privação da liberdade dura mais de 15 dias;
- Se é praticado contra menor de 18 anos;
- Se é praticado com fins libidinosos;
• Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave
sofrimento físico ou moral → R de 2 a 8 anos.
-Se for para o bem de um filho, como por exemplo privar o filho viciado em drogas em
cárcere, pode! Não há crime
142
150 – Violação de domicílio → Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou
contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas
dependências → D de 1 a 3 meses.
Qualificado: § 1º - Se o crime é cometido durante a NOITE, ou em lugar ermo, ou com
o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Casa: todo compartimento habitado, aposento ocupado de habitação coletiva ou
compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão.
Não é casa: taverna, casa de jogo, boleia de caminhão etc.
Crimes contra o patrimônio
Escusas Absolutórias: busca harmonizar a proteção do patrimônio e a relação familiar
existente entre os sujeitos, trazendo a isenção de pena, ou permitindo que a vítima decida
ou não pela representação.
Isento de pena se cometido contra o cônjuge, ascendente ou descendente.
Somente se procede mediante representação (Condicionada) se cometido contra ex-
cônjuge, irmão, tio ou sobrinho com que coabita.
Não se aplica a escusa absolutória:
- Nos crimes de roubo ou extorsão, ou com violência ou grave ameaça.
- Ao estranho que participar do crime;
- Crime contra pessoa com 60 ou + anos.
Crimes contra o patrimônio que são hediondos:
• Roubo: Circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima
- Circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou pelo emprego de arma de fogo de
uso proibido ou restrito
- Qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte
• Extorsão: qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal
ou morte ▪ Extorsão mediante sequestro (forma simples e formas qualificadas)
• Furto: qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo
comum
Furto
155 – Furto → Subtrair coisa alheia móvel → R de 1 a 4 anos.
- Sistema de vigilância ou a presença de segurança não torna o crime impossível.
- Energia elétrica = coisa móvel → É fato atípico o furto de sinal de TV a cabo.
- O crime é consumado no momento da inversão da posse, ainda que não tenha tido a
posse mansa e pacífica sobre a coisa furtada → Teoria do Amotio.
- Princípio da insignificância → Não há um valor estabelecido, porém a doutrina adota o
parâmetro de até 10% do salário-mínimo.
• Aumento de pena de 1/3 se é praticado durante o repouso noturno, ainda que a cs esteja
vazia→ Pode ser aplicado para o furto qualificado.
Qualificado → R de 2 a 8 anos.
• Com destruição ou rompimento de obstáculo; (I)
143
- Destruir o vidro para roubar algo no interior do veículo é furto qualificado, destruir o
vidro para roubar o próprio veículo é furto simples;
• Com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza; (II)
- Se houver flagrante não dá para caracterizar destreza;
- A fraude é utilizada para diminuir a vigilância da vítima (≠ estelionato).
- A simples relação empregatícia não caracteriza abuso de confiança
• Emprego de chave falsa; (III) (Incluindo carros)
• Concurso de duas dou mais pessoas. (IV)
O I e II necessita de perícia, mas admite-se prova indireta.
Só é possível aplicar o princípio da insignificância em circunstâncias excepcionais.
144
- O crime é consumado no momento da inversão da posse, ainda que não tenha tido a
posse mansa e pacífica sobre a coisa furtada → Teoria do Amotio.
Roubo impróprio → Logo após subtrair, utiliza de violência ou grave ameaça para
assegurar a impunidade ou a detenção da coisa.
A pena é aumentada de 1/3 até ½, se:
- Há concurso de pessoas → Inclusive com inimputável.
- A vítima está em serviço de transporte de valores e o agente sabe disso → Não se
restringe a dinheiro.
- A subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou
País;
- O agente restringe a liberdade da vítima.
- A subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou
isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego;
- Há emprego de arma branca;
Qualificados:
• Por lesão corporal grave → R de 7 a 18 anos.
• Por morte → R de 20 a 30 anos.
- Não é submetido ao tribunal do júri.
- O latrocínio se consuma com a morte da vítima ainda que não consiga realizar a
subtração.
- Segundo o STF, não há continuidade delitiva entre roubo e latrocínio.
Extorsão
158 – Extorsão → Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o
intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que
se faça ou deixar de fazer alguma coisa → R de 4 a 10 anos.
- Crime formal
- A ameaça pode ser contra a integridade física, honra, objetos ou até espiritual.
- A consumação ocorre no momento da violência ou grave ameaça, independente da
obtenção da vantagem.
145
- A pena é aumentada de 1/3 até ½ de é cometido por duas ou mais pessoas ou com
emprego de arma de fogo.
Qualificado pela restrição de liberdade da vítima (sequestro relâmpago) → R de 6 a
12 anos.
- Crime hediondo.
- A própria vítima é obrigada a entregar a vantagem indevida.
• Se resultar em lesão corporal grave → R de 7 a 18 anos;
• Se resultar em morte → R de 20 a 30 anos.
- Obrigar alguém a fazer algo de errado, caso contrario matará seu filho
159 – Extorsão Mediante Sequestro → Sequestrar pessoa para obter qualquer vantagem,
como condição ou preço de resgate → R de 8 a 15 anos.
- Crime Hediondo.
- Na hipótese de uma simulação de sequestro, onde a suposta vítima faz parte, configurará
somente crime de extorsão.
- No caso de concurso de pessoas, se um dos sequestradores denunciar às autoridades,
facilitando a libertação do sequestrado, terá a pena reduzida de 1/3 a 2/3.
- Crime formal → Não necessita a obtenção da vantagem para o crime estar consumado.
Qualificadoras:
• Se durar mais de 24 horas, se a vítima é menor de 18 ou maior de 60, ou se é cometido
por bando ou quadrilha → R de 12 a 20 anos.
• Se resulta em lesão corporal grave → R de 16 a 24 anos.
• Se resulta a morte → R de 24 a 30 anos.
Dano/Ap. Indébia
163 – Dano → Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia → D de 1 a 6 meses.
- Segundo o STF, é necessário apenas o dolo; segundo o STJ, é necessário o dolo
específico → Não admite culpa.
Qualificadoras → D de 6 meses a 3 anos + pena correspondente pela violência.
- Se é cometido com violência ou grave ameaça;
- Com emprego de substância inflamável ou explosiva, se não constituir crime mais grave;
146
- Contra o patrimônio da Adm Direta e Indireta → Não é possível aplicar o princípio da
insignificância;
- Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima.
168 – Apropriação Indébita → Apropria-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou
a detenção → R de 1 a 4 anos.
- Crime material
- Não é necessário que haja o dolo específico
- Quem acha coisa perdida se apropriando e deixando de restituí-la ao dono ou de entregá-
la à autoridade, dentro no prazo de 15 dias.
A pena é aumentada em 1/3 se:
- O agente recebeu a coisa em depósito necessário.
- Na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou
depositário judicial.
- Em razão de ofício, emprego ou profissão.
147
• Se o criminoso é primário e o prejuízo é de pequeno valor, a pena pode ser reduzida de
1/3 a 2/3.
Formas equiparadas:
- Quem vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou garantia coisa alheia como
própria;
- Vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de
ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em
prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
- Defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia
pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
- Defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém’
- Frauda com intuito de receber indenização ou seguro;
- Frauda no pagamento por meio de cheque → Se o cheque for quitado antes do
recebimento da denúncia, a ação não será iniciada. (modalidade fraude mediante o
pagamento em cheque, a realização do pagamento do valor relativo ao título até o
recebimento da denúncia impede o prosseguimento da ação penal)
148
Forma qualificada → Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,
desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que
deve saber ser produto de crime → R de 3 a 8 anos.
- Admite dolo direto ou eventual.
Receptação culposa → Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela
desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-
se ser produto de crime → D de 1 mês a 1 ano.
- Se o criminoso é primário, o Juiz pode deixar de aplicar a pena.
215 – Violação sexual mediante fraude → Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
manifestação de vontade da vítima → R de 2 a 6 anos
- Se é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
215-A – Importunação sexual → Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato
libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro → R de 1 a 5
anos, se o ato não constitui crime mais grave.
149
216-A – Assédio sexual → Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico
ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função → D de 1 a 2 anos.
- A pena é aumentada em até um 1/3 se a vítima é menor de 18 anos.
217-A – Estupro de vulnerável → Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso
com menor de 14 anos → R de 8 a 15 anos.
- Será crime independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido
relações sexuais anteriormente ao crime.
Equiparado: fazer o mesmo com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental,
não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra
causa, não pode oferecer resistência.
Qualificado:
• Se resulta em lesão corporal grave → R de 10 a 20 anos.
• Se resulta em morte → R de 12 a 30 anos.
150
- É obrigatória a cassação da licença de localização e de funcionamento do
estabelecimento.
A pena é aumentada:
• Em 1/4, se é cometido em concurso de duas ou mais pessoas.
• Em ½, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro,
tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver
autoridade sobre ela.
• De 1/3 a 2/3 se é praticado:
- Estupro coletivo → Concurso de duas ou mais pessoas.
- Estupro corretivo → Para controlar o comportamento social ou sexual da vítima.
151
230 – Rufianismo → Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de
seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça → R de 1 a
4 anos.
• Se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos ou se é cometido por ascendente, padrasto,
madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou
empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância → R de 3 a 6 anos.
• Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que
impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima → R de 2 a 8 anos, sem
prejuízo da pena correspondente à violência.
232-A – Promoção da imigração ilegal → Promover, por qualquer meio, com o fim de
obter vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro em território nacional ou de
brasileiro em país estrangeiro → R de 2 a 5 anos
Equiparado: quem promove, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem
econômica, a saída de estrangeiro do território nacional para ingressar ilegalmente em
país estrangeiro
Aumento de pena de 1/6 a 1/3:
- Se é cometido com violência
- Se a vítima é submetida a condição desumana ou degradante
• A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo das correspondentes às infrações
conexas.
233 – Ato obsceno → Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao
público → D de 3 meses a 1 ano.
259 – Difusão de doença ou praga → Difundir doença ou praga que possa causar dano
a floresta, plantação ou animais de utilidade econômica → R de 2 a 5 anos
Culposo → D de 1 a 6 meses.
152
• Se resultar em morte → Pena do homicídio aumentada em 1/3.
153
Concurso de crimes
Quando o agente comete mais de um crime mediante uma ou mais ação ou omissão →
Pode ser concurso material, formal ou crime continuado.
- Se forem aplicadas duas penas restritivas de direitos, o condenado pode cumpri-las
simultaneamente, desde que sejam compatíveis entre si, se não forem, deverá cumprir
uma de cada vez.
- As penas mais leves prescrevem com as mais graves.
- As penas de multa serão aplicadas distinta e integralmente.
Cálculo da pena:
Cumulação ou cúmulo material → Soma das penas.
Exasperação → Fração de aumento de pena.
- É admissível a aplicação da suspensão condicional do processo no concurso de crimes,
desde que a soma das penas mínimas, seja por exasperação ou cumulação, não
ultrapasse 1 ano.
Concurso material → O agente, através de mais de uma ação ou omissão, pratica mais
que um crime.
- Como os crimes decorrem de condutas diversas, o cálculo será por cumulação.
- Se um crime trouxer pena de R e o outro de D, executa-se primeiro a R.
- Se um dos crimes trouxer pena privativa de liberdade, não será possível a substituição
por restritiva de direitos nos demais crimes, salvo se a pena privativa de liberdade admitir
suspensão condicional.
Concurso formal próprio → O agente, através de uma ação ou omissão, pratica mais de
um crime, idênticos ou não.
Homogêneo → Os crimes praticados são idênticos;
Heterogêneo → Os crimes praticados são diferentes.
- Os dois crimes serão culposos ou um será doloso e o outro culposo, caso contrário,
será concurso formal impróprio.
- A extinção da punibilidade pela prescrição regula-se pela pena imposta a cada um dos
crimes isoladamente, afastando o acréscimo decorrente dos respectivos aumentos de pena.
• Será aplicada a pena do crime mais grave aumentada de 1/6 até ½:
2 crimes → 1/6;
3 crimes → 1/5;
4 crimes → ¼;
5 crimes → 1/3;
6 ou mais crimes → ½.
- A pena de multa será por cumulação.
154
• Concurso material benéfico: situação de concurso formal próprio, onde seria aplicado
a exasperação, contudo, a cumulação é mais vantajosa para o condenado.
Concurso formal impróprio → O agente, através de uma ação ou omissão, pratica mais
de um crime, idênticos ou não, porém a conduta é dolosa e os crimes ocorrem com
desígnios autônomos, por conta disso, o cálculo da pena será por cumulação.
• A extinção da punibilidade pela prescrição regula-se pela pena imposta a cada um dos
crimes isoladamente, afastando o acréscimo decorrente dos respectivos aumentos de pena.
Crime continuado específico: nos crimes dolosos, praticados contra vítimas diversas,
com emprego de violência ou grave ameaça, o juiz poderá aumentar a pena mais grave
até o triplo.
155
- Se a falsificação for grosseira, configurará estelionato (competência da JE); se for
extremamente grosseira, configurará crime impossível.
Privilegiado: quem recebe de boa-fé e como verdadeira a moeda falsa e, depois de ter
conhecimento, a coloca em circulação → D de 6 meses a 2 anos.
Equiparado: quem importa, exporta, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz
em circulação moeda falsa.
Qualificada → R de 3 a 15 anos.
• Agente público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que autorize ou emita:
- Moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei
- Fabrique papel-moeda em quantidade superior à autorizada
156
- Em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as
obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que
deveria ter constado
• Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos acima, nome do segurado e
seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação
de serviços
299 – Falsidade Ideológica → Omitir declaração diversa da que devia constar ou inserir
declaração falsa ou diversa da que devia constar com o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante → R de 1 a 5 anos se
o documento for público e de 1 a 3 anos se for particular.
- Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a
falsificação é de assentamento de registro civil, a pena é aumentada em 1/6.
308 – Falsa identidade → Usar como próprio ou ceder para que outro utilize documento
de identificação civil que não é seu → D de 4 meses a 2 anos.
157
• A pena é aumentada em 1/3 se o agente comete o crime na função pública ou em razão
dela.
• Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou
registro do veículo adulterado, fornecendo indevidamente material ou info oficial.
158
314 – Extravio, sonegação ou inutilização de doc. → Extraviar livro oficial ou qualquer
documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou
parcialmente: → R de 1 a 4 anos
315 – Emprego irregular de verbas ou rendas P.: → Dar às verbas ou rendas públicas
aplicação diversa da estabelecida em lei: → D de 1 a 3 meses ou multa
316 – Concussão → Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida → R de 2 a
12 anos.
- Exige Pedro, LEMBRA, E X I G E, corrupção solicita.
- Se exigir mediante violência ou grave ameaça será extorsão.
Excesso de exação: se o funcionário público exige tributo ou contribuição social indevida,
ou quando devida, emprega meio vexatório ou gravoso → R de 3 a 8 anos.
- Se o agente desvia dos cofres públicos o que recebeu indevidamente → R de 2 a 12 anos.
316 -A – Excesso de Exação → Se o funcionário exige tributo ou contribuição social
que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
- Tributo ou Contribuição, MULTA NÃO SE ENCAIXA!
159
319 – Prevaricação → Retardar ou deixar de praticar de maneira indevida ato de ofício,
ou praticá-lo de maneira diversa à lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal →
D de 3 meses a 1 ano.
323 – Abandono → Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: 15 dias
a um mês ou multa.
325 – Violação Do Sigilo Funcional → Revelar fato que tem ciência em razão do cargo
e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação → D de 6 meses a 2 anos,
se não constituir crime mais grave (crime subsidiário).
- Se resultar em dano a Adm pública ou a outrem → R de 2 a 6 anos.
Figura equiparada:
- Permitir acesso de pessoa não autorizada a sistema ou banco de dados da Adm pública.
- Quem se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
160
Particular
PARTICULAR CONTRA A ADM P.
332 – Tráfico De Influência → Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem,
vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função → R de 2 a 5 anos.
- O agente não pode de fato influenciar o funcionário público, se não seria corrupção.
- A pena é aumenta em ½, se o agente insinua que o funcionário também terá vantagem.
161
- É possível a aplicação do princípio da insignificância no valor de até R$20.000,00.
• Incorre nas mesmas penas quem:
- Pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei.
- Vende ou compra essas mercadorias.
342 – Falso Testemunho ou Falsa Perícia → Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a
verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial,
ou adm, IP, ou em juízo → R de 2 a 4 anos.
- O fato deixa de ser punível se, antes da sentença, o agente se retratar.
162
349-A – Favorecimento real → Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a
entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem
autorização legal, em estabelecimento prisional → D de 3 meses a 1 ano.
Questões:
- O estupro de vulnerável se consuma independentemente da conjunção carnal e de ves-
tígios.
163
DIREITO PROCESSUAL PENAL
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL: 1 Inquérito policial. 2 Ação penal.
Conceitos
- A norma será material, processual ou ambas, de acordo com seu conteúdo.
- É autônomo frente ao direito penal → Pode existir mesmo que o direito penal não exista
- É instrumental → Ferramenta para que possa ser aplicado o direito penal.
- É normativo → Tem código próprio.
- Nenhum ato será nulo se dele não surgir prejuízo para uma das partes.
- A analogia é aplicada in bonam e in malam parte.
- Inclui-se o dia do início e do fim na contagem, não se prorrogando o prazo caso o
último dia seja domingo ou feriado.
Sistemas:
Inquisitório: sigiloso, escrito e sem contraditório, onde a confissão é a rainha das
provas.
Acusatório: é imparcial, pois há contraditório e ampla defesa, publicidade e oralidade.
- A doutrina diz que o Brasil adota o sistema acusatório.
Misto: parte inquisitório e parte acusatório.
Princípios:
Princípio duplo grau de jurisdição: do Pacto de São José da Costa Rica e não tem
previsão Constitucional
Princípio do devido processo legal: princípio norteador, pois dele resulta os outros.
164
Princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade: ninguém será
considerado culpado até o trânsito em julgado.
Princípio da publicidade: o processo deve ser público, salvo quando imprescindível seu
sigilo.
Princípio do juiz e do promotor natural: processo e a sentença será por autoridade
competente, previamente conhecidos e investidos no cargo.
Princípio da imparcialidade do juiz: o juiz deve absorver as infos e se manter imparcial,
senão cairá nas hipóteses de suspeição e impedimento.
Princípio do duplo grau de jurisdição: recursos em outras instâncias.
Princípio do contraditório e da ampla defesa: no IP é um direito disponível e no
processo é indisponível, sob pena de nulidade.
Princípio da economia processual: combinar o mínimo de recursos com o máximo de
eficiência → Ex: prova emprestada
Princípio da não-autoincriminação: silêncio não implica culpa.
Princípio do efeito imediato: O ato é regido pelo lei em vigor no momento de sua pratica
165
- O IP tem natureza jurídica de procedimento adm extrajudicial ou pre-procesusal, cuja
finalidade é buscar indícios de autoria e materialidade e subsidiar medidas cautelares.
- O defensor do investigado tem acesso ao IP, exceto a provas que ainda não foram
inseridas no IP, que é o caso de uma interceptação telefônica por ex. (Apenas as prova já
documentadas)
- O investigado deve ter acesso a todos os elementos já documentados nos autos do
inquérito policial, ressalvadas as diligências em andamento cuja eficácia dependa do
sigilo.
SÚMULA VINCULANTE 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito
ao exercício do direito de defesa.
- Finalidade é obter os elementos de informação necessários ao ajuizamento válido da
ação penal, que são a prova da materialidade e indícios suficientes de autoria
- Não se faz necessário o contraditório e ampla defesa pleno.
- É uma mera formalidade, sendo dispensável para a denúncia.
- Seus vícios não causam nulidade nem contaminam a ação, sendo meras irregularidades.
- Não produz provas, apenas elementos de info → Para virar prova, deve passar pelo
contraditório e ampla defesa durante o processo.
- O Juiz não pode embasar condenação somente com os elementos do IP, salvo nos casos
de provas cautelares, irrepetíveis ou antecipadas, que passarão por contraditório e ampla
defesa postergado ou diferido.
- IP é dispensável para o ajuizamento da ação penal, o que significa que a ação penal
poderá ser VALIDAMENTE ajuizada mesmo sem um IP prévio,
- O MP em casos de atipicidade pode pedir o arquivamento de um IP, isso IMPEDE, a
reabertura de um novo IP sobre o caso, exceto com provas novas.
- Mesmo com o arquivamento do inquérito policial, a ação penal poderá ser proposta,
desde que seja instruída com provas novas, caso o arquivamento seja proveniente por
falta de provas.
Ministério público:
- MP não pode iniciar um IP. e sim fazê-los por meios próprios.
- Participação de membro do MP na fase de IP não acarreta o seu impedimento ou
suspeição para o oferecimento da denúncia;
- O MP não pode requerer a devolução do inquérito ao delegado, salvo para novas
diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia;
• Recebendo o IP, o promotor poderá oferecer a denúncia; pedir o arquivamento;
solicitar diligências ou realizar diligências.
- O MP pede o arquivamento, mas quem decide se será arquivado é o juiz.
166
- O MP só pode conduzir um IP se ele conduzir um IP iniciado por ele mesmo.
Delegado: (TITULAR)
- Somente ele pode indiciar no IP.
- Fornece às autoridades judiciárias as infos necessárias à instrução e julgamento dos
processos;
- Realiza as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo MP;
- Cumpre os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
- Representa acerca da prisão preventiva
• Seu superior hierárquico pode avocar e redistribuir os IP caso haja interesse público ou
motivo fundamentado.
• As partes do IP não podem opor exceção de suspeição contra o delegado, mas por uma
questão de moralidade e impessoalidade ele mesmo deve se declarar suspeito.
STJ - 444 da Súmula do STJ, que dispõe que “ é vedada a utilização de inquéritos
policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base ”
STF "Ante o princípio constitucional da não culpabilidade, inquéritos e processos
criminais em curso são neutros na definição dos antecedentes criminais."
167
Instauração: bastam indícios de existência do crime, sendo dispensável provas de
materialidade ou autoria.
• Ação penal pública Incondicionada (Furto, roubo, homicídio, estupro)
- REQUERIMENTO: OFENDIDO
- E POR AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
- Ex ofício (Autoridade policial) → Tendo notícia nottitia criminis (Direta→ Sem meio
de divulgação, Indireta → Denúncia de algum jeito) do crime o Del instaura o IP.
Exceção: Denuncia anônima, pq ai o delegado tem que checar se é real ou não
Informativo: 652 do STJ - É possível a deflagração de investigação criminal com base
em matéria jornalística.
- Requisição do MP ou Juiz, Exceção: Ordem manifestamente Ilegal
- Requerimento da Vitima ou do seu representante legal
- Em virtude de delatio criminis anônima, após apuração preliminar (Denuncia anônima
não é suficiente para ser instaurada um IP)
- Estupro por ex.
- Maria da penha ainda que lesão LEVE....
• Será instaurado em toda infração penal com pena máxima superior a 2 anos, ou que
envolva violência doméstica e familiar ou nos crimes de Ação incondicionada.
• Não será instaurado nas infrações de menor potencial ofensivo e quando não houver
representação ou requisição nas ações condicionadas.
168
• Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão
remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu
representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
Prazos: contado a partir do dia da prisão ou da expedição da portaria, caso esteja solto.
Seja encerrado em:
Indiciado preso: 10 + 15 dias;
- Justiça federal → 15 + 15 dias prorrogáveis;
- O tempo se inicia a partir do PRÓPRIO dia da prisão.
Indiciado solto: 30 dias prorrogáveis 30 dias;
- Se o delegado descumprir o prazo com o indiciado solto, não haverá nenhuma sanção,
se descumprir com o indiciado preso, haverá sanções e a prisão será relaxada.
Exceções:
• Economia popular: 10 Dias preso ou solto.
• IP da polícia federal:
- 15 Dias prorrogáveis por mais 15 dias Preso
- 30 Dias Solto.
• Lei de drogas: (Ambos prorrogáveis)
- 30d preso
- 90d solto.
• Inquéritos Militares
- 20 Dias Preso
- 40 Dias + 20 Réu solto.
169
- A autoridade policial instaura, preside e conduz o IP, mas NUNCA poderá mandar
arquivar autos de IP
Arquivamento provisório Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do
inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido
ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir,
mediante traslado.
→ Realizado pelo MP nos casos de ação penal pública condicionada, quando a condição
de procedibilidade não for realizada.
- Aos crimes de ação penal privada, encerrado o IP, a autoridade policial poderá entregá-
lo, por traslado, ao ofendido ou seu representante se assim for requerido.
Diligências:
Logo que tiver conhecimento da prática da infração, a autoridade policial deverá:
• Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação
das coisas, até a chegada dos peritos; (Preservar o local)
• Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;
• Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
• Ouvir o ofendido;
• Ouvir o indiciado;
• Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
170
• Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras
perícias;
• Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
• Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social,
sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante
ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu
temperamento e caráter.
Reprodução simulada dos fatos: o delegado pode solicitá-la com o intuito de entender
a lógica criminosa → Não pode ofender a moralidade e a ordem pública. E não precisa
de aotorização judicial
- A presença do investigado é obrigatória, mas sua participação é facultativa.
- Pode ser feito antes da denúncia
171
CPP, Art. 10, § 3º "Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a
autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligência, que
serão realizadas no prazo marcado pelo juiz".
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física
da mulher em
situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será ime-
diatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:
I - pela autoridade judicial;
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado
disponível no
momento da denúncia.
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qual-
quer diligência, que será realizada, ou não [juízo discricionário], a juízo da autoridade.
Art. 158, CPP ''Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.''
Indiciamento:
→ Indiciamento: ato privativo da autoridade policial que, mediante análise técnico-ju-
rídica, deverá fundamentar-se em elementos de informação que ministrem o PEC + ISA
+ C:
- Prova da existência do crime - materialidade;
- Indícios suficientes de autoria
- Circunstâncias do fato delituoso.
IP não acusa ninguém, não existe efetivo autor e sim provável/suspeito autor
Dados Cadastrais
Art. 13-A
Quem pode requerer DADOS CADASTRAIS? Delegados e membros do MP.
Necessita de autorização judicial? NÃO.
Para quem pode ser solicitado? Quaisquer órgãos públicos ou empresa de iniciativa
privada.
172
Qual o prazo para atendimento? 24 horas.
Quais crimes? 1) Sequestro e cárcere privado; 2) Redução à condição análoga à de es-
cravo; 3) Tráfico de pessoas; 4) Extorsão; 5) Extorsão mediante sequestro; 6) Envio de
criança ao exterior.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------
Art. 13-B
Quem pode requisitar meios técnicos para LOCALIZAÇÃO (SINAL)? Delegados e
membros do MP.
Necessita de autorização judicial? SIM.
Para quem pode ser solicitado? Empresas prestadoras de serviço de telecomunicações
e/ou telemática.
Qual o prazo para atendimento? Imediatamente!
Quais crimes? Tráfico de pessoas!
A autoridade pode acessar ao conteúdo da comunicação? NÃO, pois dependerá de
autorização judicial prevista em LEI.
Período de fornecimento do sinal? 30 dias renovável, UMA ÚNICA VEZ, por + 30
dias. Para períodos superiores a esse, somente com autorização judicial.
Como proceder com o Inquérito Policial? Ele deverá ser instaurado no prazo 72 (se-
tenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial (data em que
autoridade tomou conhecimento do crime de tráfico de pessoas).
Juiz possui prazo para se manifestar a respeito da autorização? Sim: 12 horas. Ul-
trapassado tal prazo, a autoridade requisitará o sinal de localização diretamente à
empresa de telecomunicação e comunicará o fato imediatamente ao juiz.
Questões
• STJ entende que não é necessária a presença de adv. No IP
• Não há nulidade na juntada posterior de provas colhidas durante o IP, pois a defesa foi
intimada para manifestar-se antes da sentença, desde que a defesa seja intimada para se
manifestar sobre elas antes da sentença;
• As provas não repetíveis colhidas na fase investigativa não dependem, em regra, de
autorização judicial.
• O inquérito policial pode ser dispensado com base em elementos colhidos em inquérito
civil instaurado para apurar ilícitos administrativos.
• Pode a autoridade policial deferir ou indeferir pedido de prova feito pelo indiciado ou
pelo ofendido no inquérito.
• Denúncia Anônima, ou Apócrifa, não pode ser utilizada como fonte única para instaurar
IP, Ação Penal ou PAD → Antes deve ser feito a verificação de procedência das infos.
173
- Denûncia anônima Poderá investigar, desde que seja apurada uma VPI( verificação
preliminar de inquerito).
• Em regra, a ação penal é pública incondicionada, salvo quando a lei expressamente diz
o contrário.
• PJ pode propor ação e também sofrer ação (nos casos de crime ambiental)
• Juiz pode rejeitar queixa ou denuncia se convencido pela resposta do acusado ou
defensor da inexistência do crime.
- Apenas crimes afiançáveis cometidos por funcionários p.
• O juiz, em qualquer fase do processo, ao reconhecer extinta a punibilidade, deverá
declará-lo de ofício.
A.P. Pública: o titular é o MP, que faz a Denúncia. (Qualquer crime contra patrimônio
ou U,E e M)
• Princípios:
Obrigatoriedade → MP deve entrar com a ação
Indisponível → MP não pode desistir da ação
Divisibilidade → MP pode processar os indiciados separadamente.
Intranscendência → Não passa para outra pessoa
Autoritariedade → O Estado é o detentor exclusivo do direito de ação.
174
- A lavratura do auto de prisão está condicionada à manifestação do ofendido.
- A representação pode ser feita pelo ofendido ou representante, em até 6 meses a contar
do conhecimento da autoria, após esse período estará extinta a punibilidade e se perderá
o direito de ação.
- A requisição do MJ não está sujeita a prazo decadencial, ou seja, pode ser oferecida
enquanto não extinta a punibilidade.
➢ A representação admite retratação, mas somente até o oferecimento da denúncia.
(E não recebimento) Após isso irretratável
175
- Não cabe ação penal privada subsidiária da pública se o MP, em vez de oferecer denúncia,
promover o arquivamento do inquérito policial dentro do prazo legal.
- Na hipótese do MP perder o prazo para oferecer denúncia pelo crime de roubo, a vítima
poderá propor queixa-crime e mover ação penal privada subsidiária da pública no prazo
de 6 meses, tornando-se o ofendido titular da ação; o membro do MP reassumirá a
ação somente em caso de negligência.
- 29 - Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada
no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de
prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a
ação como parte principal.
- O MP permanece como titular da ação (assistente Litisconsorcial), podendo oferecer
denúncia substutiva, intervir nos termos do processo, fornecer provas ou interpor recursos.
- O MP pode retomar a ação a qualquer momento, em caso de negligência do querelante.
Não cabe ação penal subsidiaria. se o MP:
a) Ajuíza a denuncia
b) Requer o arquivamento do IP (Ora, se houve arquivamento, não há inercia do MP com
isso não tem sentido APSP.)
c) Requisitar novas diligencias
d) Acordo de não persecução Penal
O MP atua em toda e qualquer ação penal. Nas ações penais públicas, atua como acusador
(autor da ação) e fiscal da lei (custos legis). Na ação penal privada o MP atua apenas como
fiscal da lei (custos legis)
176
49 - A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime,
a todos se estenderá. (Antes do ajuizamento)
Renúncia expressa → Já a Quando o querelante informa que não pretende ajuizar
queixa-crime contra o infrator
Renúncia tácita → Quando o querelante faz algo incompatível com a vontade do direito
de queixa (Chamar o infrator para ir no cinema)
- Unilateral
- VOLUNTÁRIA, ele tem que querer fazer a renuncia tácita!
Denuncia Queixa
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias,
contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito
policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver
devolução do inquérito à autoridade policial ( ), contar-se-á o prazo da data em que o
órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
A palavra preso tem 5 letras = 5 dias
A frase réu estiver solto tem 15 letras = 15 dias
177
28-A Não Persecução Penal “acordo de não persecução penal”, uma espécie de
transação entre MP e suposto infrator, a fim de evitar o ajuizamento da denúncia, quando
o infrator confessa ter feito parte do crime.
- não engloba a aplicação de pena privativa de liberdade ao investigado.
- em se tratando de infração de menor potencial ofensivo, e cabível a transação penal
(Outra modalidade não tem nd a ver com persecução penal), não tem acordo.
REQUISITOS:
• confissão formal e circunstanciada
• sem violência ou ameaça e com pena mínima inferior a 4 anos (4 anos n pode)
• necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime
Atos Processuais:
Tempo dos atos:
Prazos processuais: Excetuadas as sessões de julgamento, que não serão marca-
das/INICIADAS para domingo ou dia feriado, os demais atos do processo poderão ser
praticados em período de férias, em domingos e dias feriados. Todavia, os julgamentos
iniciados em dia útil não se interromperão pela superveniência de feriado ou do-
mingo.
- Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
- O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia
útil imediato.
178
Provas Parei na RESUMIDO
70% de acertos (10 questões)
- Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos ele-
mentos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não
repetíveis e antecipadas.
- O BR não adotou o sistema taxativo de provas. Admite provas alheias ao CPP.
- O dispositivo constitucional que estabelece serem inadmissíveis as provas obtidas por
meios ilícitos, bem como as restrições à prova criminal existentes na legislação processual
penal, são exemplos de limitações ao alcance da verdade real.
Parte 1
• A prova tem que ter legitimidade (formalidades) e legalidade (lei), sempre produzida
diante do juiz.
- O Ônus da prova cabe a acusação.
- O Juiz não pode embasar condenação somente com os elementos do IP, salvo nos casos
de provas cautelares, irrepetíveis ou antecipadas.
Sistema do Livre convencimento motivado → Regra: Juiz tem liberdade mas motiva sua
decisão com base em dados e critérios objetivos
Sistema de prova tarifada → A prova tem valor absoluto, como as certidões.
(Excepcional)
Sistema da intima convicção do magistrado → Admitida apenas nos casos do Tribunal
do Júri, onde a decisão é dada sem a necessidade de motivação.
179
Prova emprestada: deve ter as mesmas partes nos processos, ou ao menos ter o réu como
protagonista.
- Deve ser os mesmos fatos;
- Deve ocorrer novo contraditório e ampla defesa.
STJ8 é no sentido de que não se exige que a prova emprestada seja oriunda de processo
que envolveu as mesmas partes, desde que essa prova emprestada seja, no momento de
sua inclusão no processo atual, submetida ao contraditório.
Ônus da prova:
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz
de ofício: (Ou seja, se A quer acusar B, A tem que arcar com as provas... Porém o juiz
pode:)
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas
consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de
diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
- cabe ao acusador fazer prova da materialidade e da autoria do delito.
STJ e o STF entenderam que a produção de provas pelo Juiz É CONSTITUCIONAL,
sendo, porém, medida excepcional,
➔ Provas ilícitas por derivação: embora sejam lícitas em sua essência, derivam de uma
prova ilícita, daí o nome “ilícitas por derivação”
• Teoria da arvore envenenada: A prova ilícita contamina as outras derivadas, salvo
quando não houver nexo de casualidade.
180
- Prova derivada porem independente = VÁLIDA→ Teoria da fonte independente.
- Prova derivada que seria produzida de qualquer modo = VÁLIDA → Teoria da
descoberta inevitável.
Súmula 455 do STJ: “A decisão que determina a produção antecipada de deve ser
concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do tempo”.
Súmula 74 do STJ -O RECONHECIMENTO DA MENORIDADE DO REU REQUER
PROVA POR DOCUMENTO HABIL.
Parte 2
Corpo de delito: objeto material, vestígio quem tem relação direta ou indireta com o crime.
Arma, faca afins.
- Deve ser dividido em duas partes, uma para análise pericial e outra para contra-amostra.
- Deve ser guardada até o término do processo.
- Autópsia deverá ser feita pelo menos 6h dps do óbito, exceto, se já tiver crtz que morreu
antes.
Perito: O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por UM perito
oficial, portador de diploma de curso superior.
- Perícias complexas podem = + de um períto e + de um assistente tec.
181
- Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 pessoas idôneas, portadoras de
diploma de curso superior preferencialmente na área específica a natureza do exame.
Assistente técnico: pessoa indicada para reanalisar as conclusões do perito, podendo ser
indicada pelo MP, assistente de acusação, ofendido, querelante e acusado.
182
- É ato público, personalíssimo, feito individualmente e de maneira oral, na presença do
juiz e de forma espontânea.
- No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito e depois de
ouvir o MP, declarará extinta a punibilidade.
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento
para a formação do convencimento do juiz.
ATENÇÃO! Lembrem-se: o silêncio é direito do acusado e não pode ser utilizado pelo
Juiz para fundamentar eventual condenação!
Ofendido: não tem compromisso de dizer a verdade no depoimento, mas se mentir pode
ser responsabilizado por denunciação caluniosa, jamais por falso testemunho pois não
é testemunha.
- Seu comparecimento é obrigatório, sendo que a ausência resulta em condução coercitiva
e desobediência, ou em perempção.
183
- Deve ser feito diante do Juiz e de maneira oral, com exceção do PR e do Vice, PR da
Câmara, do Senado e do STF.
• Tem o compromisso de dizer a verdade, salvo se for doente mental ou menor de 14
anos.
- A206: Testemunha não pode eximir-se, exceto CADI do “ACUSADO”, salvo quando
não houver alternativas.
• Pessoas Proibidas de depor em razão de função (psicólogo ou padre) devam guardar
segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar testemunho
• O militar deverá ser ouvido mediante requisição à sua autoridade superior
Acareação: surubão → Todo mundo com todo mundo, exceto os peritos (STJ já
manifestou essa possibilidade quando houver suspeita de elaboração de perícia falsa).
- Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências,
reduzindo-se a termo o ato de acareação;
Busca e Apreensão
- A busca domiciliar deve ser precedida de mandado, caso o Juiz não esteja junto.
184
- Pode ser feita de dia, a qualquer momento, ou à noite, com a autorização do morador.
- A ausência do morador não impede a busca, sendo solicitada a presença de algum
vizinho como testemunha.
O mandato de busca deverá:
- Indicar o local e o nome do morador (se for de busca pessoal, o nome da pessoa ou sinais
que o identifiquem; se houver ordem de prisão, estará escrita no mandato; não será
admitida a apreensão de documentos em poder do acusado, salvo se for corpo de delito).
- Citar o motivo e os fins da diligência.
- Ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
• No fim da diligência, será lavrado o auto circunstanciado, que será assinado por duas
testemunhas.
Prisões
- Pode ser Extrapenal (Civil ou Militar), Penal ou Cautelar (Flagrante, Preventiva e
Temporária).
- Não é possível a execução provisória da pena, salvo em casos do Tribunal do Júri onde
estejam presentes os requisitos da prisão preventiva ou em condenação igual ou superior
a 15 anos de reclusão.
Prisão em flagrante:
Função da prisão em flagrante:
- Evitar a fuga;
- Facilitar a colheita de provas;
- Impedir a consumação do delito;
- Preservar a integridade física do preso.
185
• Nos crimes de menor potencial ofensivo não é lavrado o APF, e sim o TCO.
• Se o Delegado observar ausência de situação de flagrante, ele não deve lavrar o APF.
• Qualquer pessoa pode prender em flagrante, sendo uma obrigação para autoridade
policial e uma faculdade para qualquer do povo.
186
• Nos crimes de Ação Condicionada e de Ação Privada é possível a captura e a condução
coercitiva do agente, mas só é possível lavrar o APF caso haja manifestação da vítima.
Procedimentos:
Serão ouvidos nessa ordem:
- Condutor;
- Testemunhas → Ao menos duas;
- Ofendido, se possível;
- Acusado.
187
Terrorismo
Hediondos
• O Delegado só pode conceder fiança aos crimes com pena máxima não superior a 4 anos
→ Nos demais, a fiança será requerida ao Juiz, que decidirá dentro de 48 h.
Medidas cautelares:
A regra será a aplicação da medida cautelar e a exceção será a prisão preventiva.
• O Juiz não pode conceder de ofício as medidas cautelares.
- Só podem ser concedidas mediante requerimento das partes ou, durante a investigação,
com a representação do delegado ou requerimento do MP.
- O não cabimento de medida cautelar deve ser justificado de forma fundamentada nos
elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada.
- No caso de descumprimento da medida, o Juiz só poderá substitui-la, cumulá-la ou
decretar a prisão preventiva mediante requerimento do MP, de seu assistente ou do
querelante.
- O Juiz pode atuar de ofício ou a pedido das partes para revogar, substituir por uma
menos grave ou para voltar a decretá-la;
188
- Quando houver dúvidas sobre a identidade civil de alguém, sendo posto em liberdade
assim que isso for esclarecido.
Prisão Temporária → Prisão cautelar, decretada durante o IP, com prazo determinado,
quando:
- A prisão do indivíduo for indispensável para a obtenção de elementos de info quanto à
autoria e materialidade;
- O indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos para o esclarecimento
de sua identidade.
189
DIREITO PENAL MILITAR
Caiu Uma vez Caiu Mais de uma vez Caiu MUITO
Legislação
Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela,
a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil.
§ 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda quando já tenha
sobrevindo sentença condenatória irrecorrível.
- Compete a Justiça Militar Estadual processar militares dos Estados, mas NUNCA civis.
Art. 4º - CPM: A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as cir-
cunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
• Lei excepcional: produzidas para vigorar durante determinada situação. Ex.: estado de sítio, guerra;
• Lei temporária: criada para vigorar durante um certo período. Ex.: copa do mundo.
• São ultrativas (ainda que mais gravosa): possibilidade de aplicação futura a um fato ocorrido durante sua
vigência, mesmo que sua revogação já tenha se consumado.*
• São autorrevogáveis: elas perdem sua vigência automaticamente.
Art. 7º* Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
crime cometido, no todo ou em parte no território nacional, ou fora dêle, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo
processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira.
Território nacional por extensão
§ 1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios
brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal
de autoridade competente, ainda que de propriedade privada.
Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros
§ 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que
em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares.
Relação de causalidade
.Art. 29**. O resultado de que depende a existência do crime sòmente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-
se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
§ 1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado.
Os fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os praticou.
§ 2º A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de
agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; a quem, de outra forma, assumiu a
responsabilidade de impedir o resultado; e a quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de sua super-
veniência.
Êrro de direito
Art. 35*. A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o agente, salvo em se tratando de
crime que atente contra o dever militar, supõe lícito o fato, por ignorância ou êrro de interpretação da lei, se escu-
sáveis.
Êrro de fato
Art. 36.* É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe, por êrro plenamente escusável, a inexistência de cir-
cunstância de fato que o constitui ou a existência de situação de fato que tornaria a ação legítima.
➔Erro de Fato Isenta de pena.
➔Erro de Direito reduz a pena ou a substitui.
Art. 40.* Nos crimes em que há violação do dever militar, o agente não pode invocar coação irresistível senão
quando física ou material.
190
II - a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, vigia, ou
plantão, quando a ação é praticada em repulsa a agressão. – Fisica ou Verbal.
Art. 63 CPM. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da unidade, sem prejuízo
da instrução militar.
Art. 65 CPM. A pena de reforma sujeita o condenado à situação de inatividade, não podendo perceber mais de um
vinte e cinco avos do sôldo, por ano de serviço, nem receber importância superior à do sôldo.
Art. 70 CPM. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não integrantes ou qualificativas do
crime:
[...]
c) depois de embriagar-se, salvo se a embriaguez decorre de caso fortuito, engano ou força maior;
o) em país estrangeiro.
Art. 107. Salvo os casos dos arts. 99 (Perda de posto e patente), 103, nº II (perda da função pública quando con-
denado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos), e 106 (suspensão dos diretos políticos),
a imposição da pena acessória deve constar expressamente da sentença.
TÍTULO VI
DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
Regime de internação
Art. 114. A internação, em qualquer dos casos previstos nos artigos precedentes, deve visar não apenas ao trata-
mento curativo do internado, senão também ao seu aperfeiçoamento, a um regime educativo ou de trabalho, lucrativo
ou não, segundo o permitirem suas condições pessoais.
Exílio local*
Art. 116.. Aplicável pelo juiz para proibição que este resida ou permaneça, durante um ano pelo menos, na
localidade que o crime foi praticado
Parágrafo único. O exílio deve ser cumprido logo que cessa ou é suspensa condicionalmente a execução da pena pri-
vativa de liberdade.
Art. 125
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em
lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
Art. 131. A prescrição começa a correr, no crime de insubmissão, do dia em que o insubmisso atinge a idade de
trinta anos.
Conspiração
Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados para a prática do crime previsto no artigo 149:
191
Pena - reclusão, de três a cinco anos.
Motim
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados (Insubordinação):
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la*;
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência;
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, contra superior;
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência de qualquer dêles,
hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios
de transporte, para ação militar, ou prática de violência, em desobediência a ordem superior ou em detrimento
da ordem ou da disciplina militar:
Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um têrço para os cabeças.
Revolta
Parágrafo único. Se os agentes estavam armados:
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento de um têrço para os cabeças.
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Súmula 610 - Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de
bens da vítima.
Súmula 96 - O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida.
Insubmissão
Art. 183. Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi marcado, ou,
apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação:
- Só Civil
Deserção
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer,
por mais de oito dias:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada.
- A deserção é crime de mera conduta, porque se configura com a ausência sem licença pura e simples do militar,
além do prazo estabelecido em lei.
{Praça com estabilidade ou Oficial = REVERSÃO}
{Praça sem estabilidade ou Praça Especial = REINCLUÍDA.}
Casos assimilados
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que:
I - não se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, findo o prazo de trânsito ou férias;
II - deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de oito dias, contados daquele em que termina ou
é cassada a licença ou agregação ou em que é declarado o estado de sítio ou de guerra;
III - tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito dias;
IV - consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando incapacidade.
Art. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, II e III:
Atenuante especial
I - se o agente se apresenta voluntàriamente dentro em oito dias após a consumação do crime, a pena é diminuída de
metade; e de um têrço, se de mais de oito dias e até sessenta;
Agravante especial
II - se a deserção ocorre em unidade estacionada em fronteira ou país estrangeiro, a pena é agravada de um têrço.
Deserção especial
Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave, de que é tripulante,
ou da partida ou do deslocamento da unidade ou fôrça em que serve:
Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave, de que é tripulante,
ou do deslocamento da unidade ou força em que serve:
Pena - detenção, até três meses, se após a partida ou deslocamento, se apresentar, dentro em vinte e quatro horas, à
autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, à autoridade policial, para ser comunicada a apresentação a comando
militar da região, distrito ou zona.
192
Pena - detenção, até três meses, se após a partida ou deslocamento se apresentar, dentro de vinte e quatro horas, à
autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, à autoridade policial, para ser comunicada a apresentação ao comando
militar competente.
§ 1º Se a apresentação se der dentro de prazo superior a vinte e quatro horas e não excedente a cinco dias:
Pena - detenção, de dois a oito meses.
§ 2º Se superior a cinco dias e não excedente a dez dias:
§ 2 Se superior a cinco dias e não excedente a oito dias:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 2-A. Se superior a oito dias:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Art. 193. Dar asilo ao desertor ou facilitar transporte ou meio de ocultação por qualquer crime previsto nesse
capitulo é crime. Exceto CADI
Abandono de pôsto
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o pôsto ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, ou o
serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo:
- Não existe o crime de instigação a abandono de posto.
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Descumprimento de missão
Art. 196, CPM: Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
§ 1º Se é oficial o agente, a pena é aumentada de um terço.
§ 2º Se o agente exercia função de comando, a pena é aumentada de metade.
§ 3º Se a abstenção é culposa:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Maus Tratos
Art. 213. Expor a perigo a vida ou saúde, em lugar sujeito à administração militar ou no exercício de função
militar, de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para o fim de educação, instrução, tratamento ou custódia,
quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalhos excessivos ou inadequados,
quer abusando de meios de correção ou disciplina:
Ameaça
Art. 223. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de lhe causar
mal injusto e grave:
Ameaçar lavrar uma comunicação disciplinar ao comandante do quartel, não configura o crime de ameaça.
Tortura:
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou menta:
- Tortura Comissiva
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
193
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na
pena de detenção de um a quatro anos.
- Tortura Omissiva
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se re-
sulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
CAPÍTULO VII
DOS CRIMES SEXUAIS
Estupro
Art. 232. Constranger mulher a conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça:
Pena - reclusão, de três a oito anos, sem prejuízo da correspondente à violência.
Atentado violento ao pudor
Art. 233. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a presenciar, a praticar ou permitir que com
ele pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, sem prejuízo da correspondente à violência.
Corrupção de menores
Art. 234. Corromper ou facilitar a corrupção de pessoa menor de dezoito e maior de quatorze anos, com ela prati-
cando ato de libidinagem, ou induzindo-a a praticá-lo ou presenciá-lo:
Pena - reclusão, até três anos.
Pederastia ou outro ato de libidinagem
Art. 235. Praticar, ou permitir o militar que com ele se pratique ato libidinoso, homossexual ou não, em lugar sujeito
a administração militar:
Pena - detenção, de seis meses a um ano.
Furto simples
Art. 240. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, até seis anos.
Furto atenuado
§ 1º Se o agente é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela
de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou considerar a infração como disciplinar. Entende-se pequeno o
valor que não exceda a um décimo da quantia mensal do mais alto salário mínimo do país.
§ 2º A atenuação do parágrafo anterior é igualmente aplicável no caso em que o criminoso, sendo primário, restitui a
coisa ao seu dono ou repara o dano causado, antes de instaurada a ação penal.
Energia de valor econômico
§ 3º Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Furto qualificado (Admite atenuação no caso de repararem o prejuízo antes da ação penal)*
4º Se o furto é praticado durante a noite:
Pena reclusão, de dois a oito anos.
§ 5º Se a coisa furtada pertence à Fazenda Nacional:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
6º Se o furto é praticado:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprêgo de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas:
Pena - reclusão, de três a dez anos.
7º Aos casos previstos nos §§ 4º e 5º são aplicáveis as atenuações a que se referem os §§ 1º e 2º. Aos previstos no § 6º
é aplicável a atenuação referida no § 2º.
Furto de uso
Art. 241. Se a coisa é subtraída para o fim de uso momentâneo e, a seguir, vem a ser imediatamente restituída ou
reposta no lugar onde se achava:
Pena - detenção, até seis meses.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se a coisa usada é veículo motorizado; e de um têrço, se é animal de
sela ou de tiro.
CAPÍTULO II
DO ROUBO E DA EXTORSÃO
Roubo simples
Art. 242. Subtrair coisa alheia móvel, para si ou para outrem, mediante emprego ou ameaça de emprego de violên-
cia contra pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer modo, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a quinze anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem, em seguida à subtração da coisa, emprega ou ameaça empregar violência contra
pessoa, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para outrem.
194
Roubo qualificado
§ 2º A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores, e o agente conhece tal circunstância;
IV - se a vítima está em serviço de natureza militar;
V - se é dolosamente causada lesão grave;
VI - se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis esse resultado, nem assumiu o risco de
produzi-lo.
Latrocínio
§ 3º Se, para praticar o roubo, ou assegurar a impunidade do crime, ou a detenção da coisa, o agente ocasiona dolosa-
mente a morte de alguém, a pena será de reclusão, de quinze a trinta anos, sendo irrelevante se a lesão patrimonial
deixa de consumar-se. Se há mais de uma vítima dessa violência à pessoa, aplica-se o disposto no art. 79
Receptação
Art. 254. Adquirir, receber ou ocultar em proveito próprio ou alheio, coisa proveniente de crime, ou influir para
que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
- O juiz pode considerar infração disciplinar
Corrupção ativa
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de:
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada
de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público;
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à
venda de produtos ou à prestação de serviços;
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa
pela previdência social.
Denunciação caluniosa
Art. 343. Dar causa à instauração de inquérito policial ou processo judicial militar contra alguém, imputando-lhe
crime sujeito à jurisdição militar, de que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Caiu em questões
Crimes dolosos contra a vida praticados por militar contra civil = tribunal do júri.
Crime doloso contra a vida praticado por militar contra militar = justiça militar
Crime doloso contra a vida praticado por militar das forças armadas (quando em atividade de natureza militar) con-
tra civil = JMU
Ex: Matar um cachorro (pitbull) para se proteger de um ataque = bem protegido é superior ao bem sacrifi-
cado.
- Estado de necessidade ExCULpante = Exclui a CULpabilidade = há crime militar, mas não terá pena = Art.
39 CPM
Ex: Naufrago, matar outro naufragante para ficar com seu colete salva vidas = bem juridico sacrificado neste
caso é igual ou seperior ao protegido.
195
Abandonar o posto: Crime Propriamente Militar previsto no CPM
é possível que a Justiça Militar processe e julgue militar pelo crime militar de abuso de autoridade.
- O crime militar de abuso de autoridade comporta a PJ como sujeito passivo do crime.
Legislação
• Espaço e Tempo
- Tempo do crime: Teoria da atividade;
- Lugar do Crime: 1. crimes comissivos : teoria da ubiquidade
2. crimes omissivos: teoria da atividade
Art. 2º, § 2º, do CPM: Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e aanterior devem ser consideradas se-
paradamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato.
Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que
a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
Art. 8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é
computada, quando idênticas.
Art 9° : CPM
§ 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil, serão da
competência do Tribunal do Júri.
§ 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas
contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto:
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de
Estado da Defesa;
MILITAR ESTADUAL = Tribunal Comum (júri)
196
MILITAR DAS FORÇAS ARMADAS = JUSTIÇA MILITAR
Estado de necessidade JUstificante - quebra a antiJUridicidade, ou seja, não há crime - BEM PROTEGIDO +
VALIOSO.
(pense bem, se exclui o próprio crime é porque é mais importante, mais valiooooso).
Ex: Matar um cachorro (pitbull) para se proteger de um ataque = bem protegido é superior ao bem sacrificado.
Estado de necessidade exCULpante - quebra a CULpabilidade, há crime mas pode não haver pena - BEM
PROTEGIDO = OU - VALIOSO.
(agora pense bem de novo, se pode não haver pena, significa que o que você protegeu não é tããão importante, ou de
igual valor).
Ex: Naufrago, matar outro naufragante para ficar com seu colete salva vidas = bem juridico sacrificado neste caso é
igual ou seperior ao protegido.
Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do pôsto ou graduação,
para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando pratica ou contra êle é praticado crime militar.
Art. 63 CPM. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da unidade, sem prejuízo da
instrução militar.
Art. 65º CPM. A pena de reforma sujeita o condenado à situação de inatividade, não podendo perceber mais de um
vinte e cinco avos do sôldo, por ano de serviço, nem receber importância superior à do sôldo.
Art. 29. O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
§ 1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, pro-
duziu o resultado. Os fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os praticou.
§ 2º A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O
dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; a quem, de ou-
tra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; e a quem, com seu comportamento anterior,
criou o risco de sua superveniência.
Art. 136. Praticar o militar ato de hostilidade contra país estrangeiro, expondo o Brasil a perigo de
guerra:
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
§ 1º Se resulta ruptura de relações diplomáticas, represália ou retorsão:
Pena - reclusão, de dez a vinte e quatro anos.
§ 2º Se resulta guerra:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Art. 136. Praticar o militar ato de hostilidade contra país estrangeiro, expondo o Brasil a perigo de
guerra:
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
197
§ 1º Se resulta ruptura de relações diplomáticas, represália ou retorsão:
Pena - reclusão, de dez a vinte e quatro anos.
§ 2º Se resulta guerra:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
MOTIM
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la;
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência;
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, contra
superior;
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência de
qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de qualquer
daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou prática de violência, em desobediência a
ordem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina militar:
Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um terço para os cabeças
REVOLTA
Parágrafo único. Se os agentes estavam armados:
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento de um terço para os cabeças.
Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou vilipêndio:
Pena – detenção, de seis meses a um ano.
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o fato é praticado diante da tropa, ou em público
CAPÍTULO V – DA INSUBORDINAÇÃO
RECUSA DE OBEDIÊNCIA
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a dever imposto
em lei, regulamento ou instrução:
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
REUNIÃO ILÍCITA
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou
assunto atinente à disciplina militar:
Pena - detenção, de seis meses a um ano a quem promove a reunião; de dois a seis meses a quem dela
participa, se o fato não constitui crime mais grave.
CAPÍTULO II – DA DESERÇÃO
DESERÇÃO
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por
198
IV - consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando incapacidade
ATENUANTE ESPECIAL
Art. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, II e III:
I - se o agente se apresenta voluntariamente dentro em oito dias após a consumação do crime, a pena é diminuída de
metade; e de um terço, se de mais de oito dias e até sessenta;
AGRAVANTE ESPECIAL
II - se a deserção ocorre em unidade estacionada em fronteira ou país estrangeiro, a pena é agravada de um terço.
DESERÇÃO ESPECIAL (Não tem o período de graça)
Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave, de que é tripulante, ou do
deslocamento da unidade ou força em que serve: Pena - detenção, até três meses, se após a partida ou deslocamento se
apresentar, dentro de vinte e quatro horas, à autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, à autoridade policial, para
ser comunicada a apresentação ao comando militar competente.(Redação dada pela Lei nº 9.764, de 18.12.1998)
§ 1º Se a apresentação se der dentro de prazo superior a vinte e quatro horas e não excedente a cinco dias:
Pena - detenção, de dois a oito meses.
§ 2° Se superior a cinco dias e não excedente a oito dias: (Redação dada pela Lei nº 9.764, de 18.12.1998)
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 2°-A. Se superior a oito dias: (Incluído pela Lei nº 9.764, de 18.12.1998)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. AUMENTO DE PENA
§ 3o A pena é aumentada de um terço, se se tratar de sargento, subtenente ou suboficial, e de metade, se oficial
CAPÍTULO II – DO PECULATO
PECULATO Art. 303. Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem
a posse ou detenção, em razão do cargo ou comissão, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de
três a quinze anos.
§ 1º A pena aumenta-se de um terço, se o objeto da apropriação ou desvio é de valor superior a vinte vezes o salário
mínimo.
PECULATO-FURTO
§2º Aplica-se a mesma pena a quem, embora não tendo a posse ou detenção do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou
contribui para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se da facilidade que lhe proporciona a quali-
dade de militar ou de funcionário.
PECULATO CULPOSO
§ 3º Se o funcionário ou o militar contribui culposamente para que outrem subtraia ou desvie o dinheiro, valor ou
bem, ou dele se aproprie: Pena - detenção, de três meses a um ano.
EXTINÇÃO OU MINORAÇÃO DA PENA
§ 4º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede a sentença irrecorrível, extingue a punibilidade;
se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta
CAPÍTULO III – DA CONCUSSÃO, EXCESSO DE EXAÇÃO E DESVIO
CONCUSSÃO
Art. 305. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas
em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos.
EXCESSO DE EXAÇÃO
Art. 306. Exigir imposto, taxa ou emolumento que sabe indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
DESVIO
Art. 307. Desviar, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente, em razão do cargo ou função, para
recolher aos cofres públicos: Pena - reclusão, de dois a doze anos.
199
200
DIREITOS HUMANOS
Noções Gerais dos DH
- Os diretos humanos podem ser reivindicados por qualquer cidadão ao redor do mundo,
mesmo que o direito violado não esteja reconhecido em diploma normativo internacional
do qual o Estado a que pertença seja parte
Classificação
Teoria dos Status de Jellinek sujeição, defesa, prestacional e participativo.
• Status Subjectionis passivo – Pessoa se Sujeita ao estado. Estado é Soberano
(PASSIVO = LEVA CALADO)
• status libertatis negativo – Pessoa detém prerrogativa de limitar a atuação do Estado
frente as pessoas (NEGA O ESTADO)
• status civitatis positivo – Pessoas podem exigir ações do estado (Direito a saúde,
educação e afins) (POSITIVA O ESTADO)
• Status Activus ativo – Pessoa poderá participar da formação do estado (politicamente,
votar e se candidatar)
Fundamentos
Fundamento Jusnaturalista: Normas anteriores ou divinas e superiores ao direito
Estatal posto, decorrente de um conjunto de ideias fruto da razão humana
- os direitos humanos fundamentam-se em uma ordem superior, universal, imutável e
inderrogável
201
Fundamento Racional: Normas extraíveis da razão inerente a condição humana
Fundamento Positivita: escritos na Lei
Fundamento Moral: São direitos de caracter moral e não diante normas positivadas
Pós positivismo.
Pós segunda guerra mundial, o positivismo foi criticado pois afastava o direito em relação
a moral.
Pós positivismo reaproximava direito e moral
Portaria Interministerial
• O estado:
- agir negativamente: não violando os direitos de participação política
- agir positivamente: franqueando o acesso dos cidadãos, em condições de igualdade, na
condução dos assuntos públicos
• Princípios da portaria:
- Orientação e padronização dos procedimentos para atuação dos agentes de Segurança
Pública
- Reduzir os índices de letalidade decorrentes da ação pelos agentes de Segurança Pública.
• O uso da força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos PRINCÍPIOS
da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência.
202
• 3. Os agentes de segurança pública NÃO DEVERÃO DISPARAR ARMAS DE
FOGO CONTRA PESSOAS, exceto em casos de legítima defesa própria ou de ter-
ceiro contra perigo iminente de morte ou lesão grave.
8. Todo agente de segurança pública que, em razão da sua função, possa vir a se envolver
em situações de uso da força, deverá portar no mínimo 2 (dois) instrumentos de menor
potencial ofensivo e equipamentos de proteção necessários à atuação específica, in-
dependentemente de portar ou não arma de fogo.
13. Os processos seletivos para ingresso nas instituições de segurança pública e os cursos
de formação e especialização dos agentes de segurança pública devem incluir conteúdos
relativos a direitos humanos.
18. A renovação da habilitação para uso de armas de fogo em serviço deve ser feita com
periodicidade mínima de 1 (um) ano.
203
- promover a assistência médica às pes-
soas feridas em decorrência da interven-
ção
- promover o devido acompanhamento
psicológico aos agentes de segurança pú-
blica envolvidos
- afastar temporariamente do serviço ope-
racional, para avaliação psicológica e re-
dução do estresse, os agentes de segurança
pública envolvidos diretamente em ocor-
rências com resultado letal.
• Possui caráter supralegal no Brasil (Somente a convenção dos deficientes e seu pro-
tocolo facultativo possuem status de emenda à constituição no BR; Obs.: Tratado de
marrakesh ainda não foi incluso como status de EC, por falta de decreto presidencial).
•Conduta estatal que viole obrigação internacional não poderá ser tolerada, mesmo
que obedeça às exigências do direito interno desse Estado; a regra de esgotamento
dos recursos de direito interno, embora mais processual que substantiva, não se es-
tende a reformas de ordem constitucional ou legislativa.
Vida: desde o momento da concepção (não os embriões); A Corte decidiu que os em-
briões não podem ser considerados pessoas.4
Asilo: não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por cri-
mes de direito comum ou atos contrários a princípios das Nações Unidas;2
- Não é possível a expulsão coletiva de estrangeiros.
204
- Nos países que não aboliram, pode ocorrer apenas para delitos MAIS graves
- Em nenhum caso de direito político nem derivados deles.
- Condenado tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação de pena, podem ser
concedidos em todos os casos. Não se pode executar enquanto o pedido estiver pendente
• Vedado 100% em:
- Menor de 18 e maior de 70 (No cometimento do crime)
- Gravidas
• Ninguém deve ser detido por dívidas. não limita em virtude de inadimplemento de
obrigação alimentar.
A usura (emprestar com juros excessivos) deve ser reprimida pela lei, de acordo com
a CADH.
CADH (e PIDCP): o trabalho exigido de uma pessoa que esteja presa em cumprimento
de decisão judicial não é caracterizado e como trabalho forçado. Não é considerado
trabalho forçado, também, serviço militar; em caso de calamidade/perigo público/obri-
gações cívicas normais.3
O trabalho forçado não deve afetar a dignidade nem a capacidade física e intelectual
do recluso.
• Pessoa jurídica não pode ter acesso ao sistema interamericano na qualidade de ví-
tima.
•Direitos que podem ser suspensos: em caso de guerra; perigo público; emergência
que ameace a segurança/independência do Estado.
•Direitos que não podem ser suspensos: não podem ser suspensos: reconhecimento
PJ; vida; integridade pessoal; proibição escravidão/ servidão; legalidade/ retroativi-
dade; liberdade de crença; proteção da família; direito das crianças; direito à nacio-
nalidade; direitos políticos.
Mecanismos de Implementação
- Comissão Interamericana de Direitos Humanos – órgão de natureza executiva – e a
Corte Interamericana de Direitos Humanos – órgão de natureza jurisdicional
Comissão:
205
Somente os Estados partes e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos têm
o direito de submeter um caso à decisão da
Corte Internacional de Direitos Humanos (Só Estados+CIDH → CorteIDH).
• Brasil fez uma reserva: não inclui o direito automático de visitas e inspeções in loco
da Comissão: dependerão da anuência do Estado.
• Arquivamento de petições
3. A decisão de arquivamento será definitiva, salvo nos seguintes casos:
a. erro material;
b. fatos supervenientes;
c. informações novas cujo conhecimento teria afetado a decisão da Comissão; ou
d. fraude.
• Não pertence à OEA, mas sim à Convenção; é um órgão judicial autônomo; é sediada
em San José da Costa Rica;
• Somente os Estados-partes e a Comissão têm direito de submeter um caso à decisão
da Corte.3
• A corte entende que graves violações a DHs são imprescritíveis (STF não aderiu a
esse entendimento);
206
• O acusado deve estar presente em seu julgamento; em alguns casos, podem ser abertas
exceções. Essas exceções precisam ser justificadas pelo réu e aceitas por uma decisão
fundamentada da câmara de julgamento.
- Os Estados Partes podem declarar que reconhecem como obrigatória de pleno direito
a competência da Corte sobre os casos relativos à interpretação/aplicação dessa con-
venção. A declaração pode ser feita incondicionalmente, ou sob condição de reciproci-
dade;
- Segundo o princípio da kompetenz kompetenz/ competence de la competence todo
juiz/tribunal tem competência para analisar, dentro de um caso concreto, se possui ou
não competência para decidir aquela questão;
•Medidas Provisórias
- Em qualquer fase do processo, sempre que se tratar de casos de extrema gravidade e
urgência e quando for necessário para evitar prejuízos irreparáveis às pessoas;
- Se se tratar de assuntos que ainda não forem de seu conhecimento, poderá atuar a
pedido da Comissão.
•Os estados podem reconhecer a competência da Corte ao reconhecer a CADH, mas não
tão somente, pode ser feito depois. Este reconhecimento não decorre automatica-
mente da adesão à CADH. (art. 62 CADH);
Regime militar: diminuição dos direitos civis e políticos; porém, expansão dos direi-
tos sociais.
207
• Cosme Rosa Genoveva - Famoso caso das chacinas ocorridas em 1994 e 1995 na
comunidade Nova Brasília, no Complexo do Alemão, durante operações policiais, no
Rio de Janeiro. Brasil foi condenado recentemente na Corte.
208
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Estatuto do desarmamento → 10.826/2003
Art. 1º O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no
âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.
§ 1 O Sinarm expedirá autorização de compra
§ 6 A expedição da autorização a que se refere o § 1 será concedida, ou recusada com
a devida fundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do reque-
rimento do interessado.
O SINARM é como o "pai/mãe/responsável" pela criança: ele é quem autoriza a com-
pra. :)))
5 – Registro:
É obrigatório o registro da arma de fogo no órgão competente.
• Arma de uso permitido → Sinarm, Gerido pela polícia Federal
• Arma de uso restrito → Comando do Exército ou Sigma.
- Tem validade em todo território nacional
209
- Autoriza manter a arma no INTERIOR da sua residência (Posse)
Armas de fogo apreendidas que não mais interessam à persecução penal serão
encaminhadas ao Exército, que as destruirá ou as doará aos órgãos de segurança pública
ou as FFAA.
- A responsabilidade do transporte da arma de fogo doada é de quem recebe.
- Qualquer possuidor de arma pode entregá-la, a qualquer momento, de boa-fé, ficando
extinta a punibilidade.
210
- Guardas Prisionais (se regime de dedicação exclusiva).
• Somente em serviço: - Guardas municipais (Municípios com 50.000 a 500.000
habitantes);
- Guardas prisionais (não estando em regime de dedicação exclusiva);
• Servidores da segurança do Poder Judiciário (no máximo 50% dos servidores da
segurança terão porte de arma);
- Auditores (Fiscais e da Receita) e Analistas Tributários; Parte superior do formulário
13 – Omissão de cautela → Não ter cautela para impedir que menor de 18 anos ou
deficiente mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua
propriedade → D de 1 a 2 anos
- O único que não é doloso..
- Crime omissivo culposo → Não se admite tentativa
- Comum
- Objeto material é SOMENTE a arma.
211
- POSSE de arma com registro vencido é fato atípico;
• A posse permite manter a arma no interior da residência ou no trabalho, se for o titular
ou o responsável legal da empresa.
- Na área rural, a posse é permitida em toda extensão da propriedade.
• O Certificado de Registro de Arma de Fogo dá ao proprietário o direito da posse de arma
de uso permitido → Quem expede é a PF, com autorização do SINARM.
- A posse é intransferível.
212
• Compete ao Ministério da Justiça → Porte de arma para os responsáveis pela
segurança de estrangeiros em visita no Brasil.
• Compete ao Comando do Exército → Arma para colecionadores, atiradores e
caçadores
• Compete à Polícia Federal → A autorização para o porte de arma de fogo de uso
permitido, em todo o território nacional.
- Somente será concedida após autorização do Sinarm.
Informativo: 684 do STJ – Direito Penal: O crime de posse ou porte de arma de fogo de
uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado,
suprimido ou adulterado não integra o rol dos crimes hediondos.
- O crime de posse ou porte de arma de fogo de uso restrito deixou de ser considerado
hediondo
16 – Envolvendo criança:
Arma de fogo = 10.826/03
Art. 16 - vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório,
munição ou explosivo a criança ou adolescente;
Arma branca = ECA
213
Art. 242 do ECA continua aplicável quando o agente oferece ou vende arma branca,
própria ou imprópria, à criança ou adolescente
23- Classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo serão
disciplinadas pelo Poder executivo, por proposta do Comando do Exéricto
Art. 29, CP. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
Pessoa A ajuda ou insinua a pessoa B fazer um crime e pessoa B faz. A e B se lascam!
Requisitos do concurso de pessoas:
- Pluralidade de agentes culpáveis;
- Relevância causal das condutas para a produção do resultado;
- Vínculo subjetivo;
- Unidade de infração penal para todos os agentes;
- Existência de fato punível.
Crimes ambientais → Lei 9.605/98
Ação penal publica Incondicionada
3 - PJ serão responsabilizadas, quando infração seja cometida por decisão de seu
representante ou de órgão colegiado
- É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais
independentemente da responsabilização da pessoa física que agia em seu nome.
214
6 – Para imposição da Pena:
- Gravidade do fato
- Antecedentes do infrator
- Situação econômica do infrator, no caso de multa.
16. a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena
privativa de liberdade não superior a três anos.
215
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,
domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: → D de 3 meses a 1 anos e multa
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste
artigo será de R 2 a 5 anos, multa e perda da guarda
Não é crime => Ex: João não tem nada para se alimentar naquela noite e resolve caçar
uma ave em meio a mata a fim de saciar sua fome.
É crime => Ex: João faz as compras do mês, mas resolve que naquela noite vai caçar
uma ave para se alimentar pois está com fome.
216
70 - O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar os
seguintes prazos máximos:
I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração,
contados da data da ciência da autuação; II - trinta dias para a autoridade competente
julgar o auto de infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou não a defesa
ou impugnação;
III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do
Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do
Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de autuação;
IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da
notificação
217
- É possível tentativa e desistência voluntaria
- Não admite arrependimento eficaz nem posterior
- Ação penal publica INCONDICIONADA
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a INTENSO sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo
pessoal ou medida de caráter preventivo.
218
- Dar cobertura para um crime não é omissão, por tanto incide o mesmo tempo de
reclusão da tortura simples.
- Salvo o crime de omissão, que é de detenção.
Resumão:
Constitui crime de tortura → R de 2 a 8 anos.
• Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe
sofrimento físico ou mental:
- Com o fim de obter info, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
- Para provocar ação ou omissão de natureza criminosa.
- Em razão de discriminação racial ou religiosa.
• Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência
ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar
castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou
apurá-las → D de 1 a 4 anos.
219
Aumenta-se a pena de 1/6 a 1/3:
• Se é cometido por agente público.
- A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição
para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada (efeito automático da
condenação).
• Se é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior
de 60 anos.
• Se é cometido mediante sequestro.
ASSOCIAÇÃO ≠ ORGANIZAÇÃO
O CRIME DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA "ASSOCIAREM-SE 3 (TRÊS) OU
MAIS PESSOAS, PARA O FIM ESPECÍFICO DE COMETER CRIMES: PENA -
RECLUSÃO, DE 1 (UM) A 3 (TRÊS) ANOS."
220
2 – Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa,
Orcrim → R de 3 a 8 anos e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
infrações penais praticadas.
• Impede ou embaraça investigação
• Pena aumenta até ½ se houver arma de fogo
• É agravada para o comandante individual ou coletivo
Aumento de pena de 1/6 a 2/3:
- Se há participação de criança ou adolescente.
- Se há concurso de funcionário público, valendo-se a Orcrim dessa condição para a
prática de infração penal.
- Se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior.
- Se a Orcrim mantém conexão com outras Orcrims independentes.
- Se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da Orcrim.
221
- As tratativas sobre colaboração premiada devem ser necessariamente realizadas
na presença de advogado constituído ou defensor público.
- No acordo de colaboração premiada, o colaborador deve narrar todos os fatos
ilícitos para os quais houver concorrido e que tenham relação direta com os fatos
investigados.
• Juiz a requerimento das partes poderá conceder, perdão judicial, reduzir até 2/3 a
pena ou substituí-la por restritiva de direitos, aquele que tenha colaborado
efetivamente com pelo menos um dos itens abaixo: (O MP ou delegado manda para
o juiz e requerem o perdão judicial) O juiz fica proibido de participar das negociações
das colaborações premiada, cabe ao MP ou Delegado ao lado do adv.
- Identificação dos demais coautores e partícipes da Orcrim e das infrações penais por
eles praticadas.
- Revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da Orcrim.
- Prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da Orcrim.
- Recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas
pela Orcrim.
- Localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.
• Devido à colaboração relevante do preso para a identificação da organização
criminosa nos autos do inquérito policial, o delegado (Só durante o IP), com a
manifestação do Ministério Público (a qualquer tempo), poderá representar ao juiz
pela concessão de perdão judicial. Ainda que isso não tenha sido previsto na
proposta inicial
• § 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até ½ ou será
admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.
Direitos do colaborador:
- Cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento penal diverso dos demais corréus
ou condenados.
• Sentença, medida cautelar, ou recebimento de denúncia não podem ser proferidas com
fundamento exclusivo nas declarações do colaborador.
• O acordo homologado poderá ser rescindido em caso de omissão dolosa sobre os fatos
objeto da colaboração.
222
STF/STJ DELAÇÃO PREMIADA E SIGILO. O sigilo sobre o conteúdo de
colaboração premiada deve perdurar, no máximo, até o recebimento da denúncia.
Art. 19. Imputar falsamente, sob pretexto de colaboração com a Justiça,: R - 1 a 4 anos
e multa
223
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA: Perda automática + interdição para o exer-
cício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos.
TORTURA: Perda automática + interdição para seu exercício pelo dobro
do prazo da pena aplicada.
224
• Porte ilegal de arma de fogo de uso proibido.
• Tráfico de armas.
• Tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição.
• Furto qualificado pelo emprego de explosivo. (Furto de explosivo não!)
• Orcrim, quando direcionada à prática de crime hediondo ou equiparado.
• Roubo com:
- Arma de fogo.
- Restrição de liberdade da vítima.
- Lesão corporal grave ou morte.
Equiparados a hediondos:
• Tortura
• Tráfico de entorpecentes e drogas
- Tráfico privilegiado não.
• Terrorismo
Características:
• Todos os crimes H estão no CP, menos genocídio.
• Homicídio qualificado privilegiado e tráfico privilegiado também não é considerado
hediondo.
• É possível a concessão de liberdade provisória sem fiança.
• É inconstitucional o cumprimento de pena em regime integralmente fechado. Assim
como é inconstitucional a fixação automática de regime inicial fechado para cumpri-
mento de pena.
- É possível a aplicação de penas restritivas de direito.
• Progressão de regime:
- Crime cometido antes da Lei 11.464/07: o período é de 1/6. (Súmula 471 STJ).
- Crime cometido após a Lei 11.464/07: o período é de 2/5 se o réu for primário e 3/5 se
for reincidente.
225
O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em uma rede
de atenção à saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento ambulatorial,
incluindo excepcionalmente formas de internação em unidades de saúde e hospitais
gerais.
- A internação de dependentes de drogas somente será realizada em unidades de saúde ou
hospitais gerais, dotados de equipes multidisciplinares e deverá ser obrigatoriamente
autorizada por médico devidamente registrado no CRM do Estado onde se localize o
estabelecimento no qual se dará a internação.
- Norma penal em branca Heterogênea → Conceito de droga está definido por uma
portaria da Anvisa.
- Proibido o plantio de drogas, salvo para fins medicinais ou científicos.
- Não se aplica o princípio da insignificância.
Destruição da droga:
• Plantação → Destruição imediata, com ou sem flagrante → Não precisa de autorização
judicial.
• Droga apreendida com flagrante → Destruição em 15 dias → Feita pelo delegado com
autorização judicial.
• Droga apreendida sem flagrante → Destruição em 30 dias → Feita pelo delegado sem
autorização judicial.
• Quem, por dependência ou caso fortuito ou de força maior, era inteiramente incapaz
de entender o ilícito praticado terá extinta a punibilidade.
- A pena será reduzida de 1/3 a 2/3 se era parcialmente incapaz.
226
- Continua sendo crime, porém foi despenalizada → Prescrição em dois anos.
- Não se lavra APF → Será lavrado o TCO e o indivíduo deve se comprometer a
comparecer em juízo → Nada vai ocorrer se ele se recusar a assinar o TCO.
- NÃO haverá prisão em flagrante pelo art. 28, devendo ser encaminhando ao Juizo
competente ou na falta dele, o agente assumir o compromisso de comparecer
- Não configura reincidência.
Equiparado: plantar pequena quantidade para consumo pessoal.
Penas:
• Advertência sobre drogas,
• Prestação de serviços à comunidade
• Medida educativa de comparecimento em curso, isoladas ou cumulativamente.
- A pena será aplicada por no máximo 5 meses (10 para reincidentes).
- Se não cumprir a pena → Reprimenda verbal e multa.
• A natureza, a quantidade, o local, as condições em que se desenvolveu a ação, as
circunstâncias sociais e pessoais, a conduta e aos antecedentes do agente são
determinantes para verificar se a droga era para consumo pessoal.
• Se o agente confessar que a droga é para consumo pessoal, isso não valerá como
atenuante caso seja condenado por tráfico de drogas.
• Propriedade (urbana ou rural) que for utilizada para o plantio será expropriada → Sem
indenização.
• Bens utilizados para o transporte ou provenientes do tráfico serão apreendidos;
- O juiz pode encaminhá-los a polícia para a utilização e conservação;
227
- Se for condenado a mais de 6 anos de prisão perderá os bens;
• Não é necessária a troca de mãos para consumar o crime, basta o prévio ajuste.
• Não é necessário a apreensão da droga para a condenação, caso haja outras provas.
228
• Entre associação para o tráfico e ORCRIM → prevalece a ORCRIM.
- NÃO! É equiparado a crime hediondo
Poema:
O juiz na fixação da pena diz a verdade;
consdera a natureza e quantidade;
a conduta social e a personalidade.
229
Plantação ≠ Droga Apreendida
AÇÃO CONTROLADA:
. Lei de drogas > autorização judicial
. Lavagem de dinheiro > autorização judicial
. Organização criminosa > comunicação imediata ao juiz
230
no transporte público (necessária a efetiva comercialização da droga dentro do
transporte);
- Se os locais não estiverem funcionando, então não se aplica.
• Com violência, grave ameaça, uso de arma de fogo ou qualquer outro meio de
intimidação;
• Tráfico entre os estados → Competência ESTADUAL.
- Não é necessária a efetiva transposição, desde que seja demonstrada a inequívoca
intenção.
- Só é possível associar com Transnacionalidade + Interestadualidade caso haja a intenção
de levar a droga para mais de um estado.
• Envolver menor ou alguém sem discernimento;
• Financiar ou custear o crime;
Súmulas
Súmula 587 STJ Para MAJORANTE é desnecessária a efetiva transposição de fron-
teiras entre estados da federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da inten-
ção de realizar o tráfico interestadual.
Resumão
Tráfico de drogas
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor
à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, mi-
nistrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autoriza-
ção ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 a 15 anos e multa.
Formas equiparadas
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece,
fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determina-
ção legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a prepa-
ração de drogas;
231
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, adminis-
tração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuita-
mente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para
o tráfico ilícito de drogas.
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à
preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios ra-
zoáveis de conduta criminal preexistente.
Induzimento, instigação e auxílio ao uso indevido de drogas
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa
Uso compartilhado de droga
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relaciona-
mento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, multa e sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
Tráfico privilegiado
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzi-
das de 1/6 a 2/3, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique
às atividades criminosas nem integre organização criminosa.
Fixação da pena
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto
no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a
personalidade e a conduta social do agente.
CP
Fixação da pena
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à perso-
nalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como
ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para
reprovação e prevenção do crime:
Infiltração de Agentes
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta
Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido
o Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios:
Infiltração de agentes de polícia
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos ór-
gãos especializados pertinentes;
Ação controlada
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou
outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro,
com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de opera-
ções de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida
desde que sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito
ou de colaboradores.
LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Ação Controlada
232
Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa
relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que man-
tida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no mo-
mento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações.
Comunicação a autoridade judicial
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comu-
nicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará
ao Ministério Público.
Infiltração de Agentes
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo
delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do
delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de
circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limi-
tes.
233
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:
• carteira de identidade;
• carteira de trabalho/Profissional/Funcionla
• passaporte;
– os documentos militares são equiparados com os civis
Perfil genético:
• Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser armazenados em banco de
dados, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal.
- Esses dados terão caráter sigiloso, respondendo civil, penal e administrativamente
aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei
ou em decisão judicial.
A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá:
- No caso de absolvição do acusado;
- No caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após decorridos 20 anos do
cumprimento da pena.
234
1 – Crimes de A..A, são os, cometidos por agente público, servidor ou não , que, no
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha
sido atribuído.
§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de autoridade quando
praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar
a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal .
• Essas condutas constituem crime quando praticadas pelo agente com a finalidade
específica de:
- Prejudicar outrem
- Beneficiar a si mesmo ou a terceiro.
- Por mero capricho ou satisfação pessoal.
• A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura
abuso de autoridade.
- Portanto, não comete abuso de autoridade o PRF que se confunde na interpretação da
lei, removendo um veículo quando deveria apenas reter.
235
4 - Efeitos da condenação a quem comete abuso de autoridade:
• Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos.
- NÃO REQUER REINCIDÊNCIA
• Inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 a
5 anos
- Requer reincidência e não é automático, devendo ser declarado na sentença.
• Perda do cargo, do mandato ou da função pública.
- Requer reincidência e não é automático, devendo ser declarado na sentença.
Das Penas:
236
- Deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou preventiva à
autoridade judiciária que a decretou.
- Deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada.
- Deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 h, a nota de culpa, assinada pela
autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das testemunhas.
- Prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão
preventiva, de medida de segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e
excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de
promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.
20 - Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu
advogado: → D de 6 meses a 2 anos.
237
22 – Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do
ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas
condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei → D
de 1 a 4 anos.
Incorre na mesma pena quem:
- Coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel
ou suas dependências;
- Cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h ou antes das 5h.
28 - Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda
produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do
investigado ou acusado: → D de 1 a 4 anos.
30 - Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa
fundamentada ou contra quem sabe inocente:
→ D de 1 a 4 anos.
238
38 - Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive
rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a
acusação: → D de 6 meses a 2 anos.
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação (Segre-
gação) ou preconceito (Ideia Pré-Idealizada) de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional.
- O STF reconhece a existência de Raças de Seres Humanos.
Art. 3º Obstar o acesso de alguém habilitado a cargo da Adm direta ou Indireta bem
como das concessionarias. → R 2 a 5 anos
- Incorre na mesma pena quem impedir promoção funcional Impedir
Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada., bem como tratamento diferenci-
ado para pessoas de cor. Como não oferecer equipamentos necessários ou critérios para a
admição. → R 2 a 5 anos
239
§ 2o Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo
atividades de promoção da igualdade racial, quem exigir aspectos de aparência para con-
tratação de pessoas.
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o
servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por
prazo não superior a três meses.
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo
ser motivadamente declarados na sentença.
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional.
Pena: R 3 anos e multa.
§ 1º Fabricar ou veicular símbolos da cruz suástica ou nazismo: → R 2 a 5 anos e multa
240
§ 2º se os crimes do Caput é cometido com comunicação social ou publicação de qual-
quer natureza → R 2 a 5 anos e multa (Mais grave)
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público
ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência:
I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;
Serão destruidos
ECA → 8.069/1990
Criança ➔ Até 12 anos incompletos.
Adolescente ➔ de 12 a 18 anos.
- O estatuto aplica-se excepcionalmente, nos casos expresso em lei, aos de entre 18 e 21
anos.
241
- Crença e culto religioso;
- Brincar, praticar esportes e divertir-se;
- Participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
- Participar da vida política, na forma da lei;
- Buscar refúgio, auxílio e orientação.
• O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e
moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.
A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo
físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais ou por qualquer pessoa encarregada
de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
18A –
- Castigo Físico a) sofrimento físico; b) lesão;
- Tratamento Cruel ou Degradante: a) humilhe; b) ameace gravemente; c) ridicularize.
242
172 - O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo,
encaminhado à autoridade policial competente
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
Objetivos:
- Responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do ato infracional,
sempre que possível incentivando a sua reparação;
- Integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por
meio do cumprimento de seu plano individual de atendimento;
- Desaprovação da conduta infracional, efetivando as disposições da sentença como
parâmetro máximo de privação de liberdade ou restrição de direitos, observados os limites
previstos em lei.
Liberdade assistida: adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim
de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
- Mínimo de 6 meses.
243
Internação: medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade,
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
• Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a 3 anos.
- Atingindo esse período, o adolescente será liberado, colorado em regime de
semiliberdade ou liberdade assistida.
• A liberação será compulsória aos 21 anos de idade.
• Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da
entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
- Isso pode ser revisto pelo juiz a qualquer tempo.
• A medida não tem prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada no
máximo a cada 6 meses.
• Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido
o MP.
Hipóteses para a internação:
- Grave ameaça ou violência à pessoa;
- Reiteração em infrações graves;
- Descumprimento reiterado e injustificável das outras medidas;
• Serão separados por idade, físico e gravidade de infração.
Conselho tutelar:
244
- Órgão permanente e autônomo, não jurisdicional.
- É encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente.
• Em cada Município e em cada Região Adm do DF haverá, no mínimo, 1 CT como órgão
integrante da adm pública local, composto de 5 membros, escolhidos pela população local
para mandato de 4 anos, permitida recondução por novos processos de escolha.
- O CT poderá requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, serviço social, previdência,
trabalho e segurança.
245
Súmula 500 do STJ A configuração do crime previsto no artigo 244-B (corrupção de
menores) do Estatuto da Criança e do Adolescente independe da prova da efetiva
corrupção do menor, por se tratar de delito formal.
- Toda pessoa que exerça, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, mandato, cargo,
emprego ou função pública.
Agentes Políticos: políticos eleitos, Ministros de Estado, Secretários estaduais e municipais,
Magistrados e membros do MP.
- Estão no topo do Poder Público, sendo responsáveis pela elaboração de diretrizes
governamentais e pelas funções de direção, orientação e supervisão geral da Adm pública.
Agentes Adm: pessoa que exerce atividade pública profissional, permanente e remunerada.
Servidor público: pessoa investida em cargo público.
- Estão presentes na Adm Direta e Indireta (Autarquias e Fundações Públicas de direito público).
- Podem ser efetivos ou comissionados.
- Só pode ser demitido após instauração de PAD.
Empregados públicos: pessoas investidas em emprego público, estando vinculadas a esses
empregos através da CLT.
- Estão presentes na Adm Indireta (EP, SEM. e Fundações Públicas de direito privado).
- Ingresso por concurso público, mas não há estabilidade → Para serem demitidos basta decisão
fundamentada e motivada.
- Vedada a acumulação de cargos. E temporários
Temporários: pessoas contratadas por tempo determinado para atender uma função temporária
de excepcional interesse público, estando vinculadas a essa função por meio de um contrato de
direito público.
- Prescinde concurso
- Ingressam função publica e não cargo ou emprego público.
- O ingresso é feito por PSS.
- Estão presentes na Adm Direta e Indireta.
- Servidores temporários estão incluídos como agentes da ADM pública.
246
Particulares em colaboração com o Estado: particulares que não integram a adm pública, mas
exercem uma função pública.
Agentes honoríficos: cidadãos que transitoriamente são designados a prestar serviços públicos
específicos em razão de sua honra, conduta cívica ou notória capacidade profissional,
normalmente sem remuneração Mesário por ex:
- São equiparados a agentes públicos para fins penais.
Agentes delegados: pessoas que trabalham para as concessionarias, permissionárias e
autorizatárias prestadores de serviço público, exemplo quem trabalha pra ANATEL.
- O particular que recebe a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou serviço
público e os realiza em nome próprio denomina-se agente
Agentes credenciados: particulares que representam a Adm em determinado ato ou pratica certa
atividade específica, mediante remuneração do poder público. Medalhista olímpico
Agente de fato:
Agente putativo: pessoa irregularmente investida em cargo público, seja por não ter nível de
escolaridade, por não ter idade adequada etc.
- Mesmo irregular, não precisa devolver os bens erários ganhos nesse tempo,
Agente necessário: alguém convocado para prestar um serviço necessário no momento.
- Assim que cessar o a necessidade, cessará também o exercício da função pública.
CF, art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público , criados por lei, ressalvo por comissão.
Cargo Público → Criados por lei, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. Adm
direta, autarquias e fundações P. / Regime estatutário.
- Estatutário
Cargos de confiança: podem ser assumidos por particulares ou por servidores de cargo efetivo.
- Em caráter excepcional, um comissionado tbm pode exercer, porém apenas transitoriamente.
Cargo efetivo: mediante concurso público, se tornam estáveis após estágio probatório.
- Função de confiança é apenas para servidor efetivo (Eu só confio no efetivo).
- O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de
designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo
legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá
exceder a 30 dias da publicação..
(função de confiança = servidores efetivos) e (cargo em comissão = qualquer fuleira pode, até
mesmo o efetivo)
247
• Brasileiro nato ou naturalizado (Exceto universidades e centros tecnológicos que poderão haver
estrangeiros)
- Os estrangeiros podem exercer cargos em universidades e instituições de pesquisa científica
para os cargos de professor, técnico e cientista.
• Pleno gozo dos direitos políticos.
• Quite com as obrigações militares e eleitorais.
• Nível de escolaridade exigido.
• Mínimo de18 anos.
• Aptidão física e mental, além de outras atribuições estabelecidas em LEI.
• Qualquer exigência diferenciada deverá ser feita em lei,
Concurso Público: obrigatório para a Adm Direta e Indireta, exceto para cargos comissionados
- Pode ser de provas ou provas e títulos.
- Candidato aprovado será convocado com prioridade sobre novos concursados.
- É inconstitucional a fixação de critério de desempate em concursos públicos que favoreça
candidatos que pertencem ao serviço público de um determinado ente federativo
- É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à época
de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso público
Emprego público → são ocupados pelos empregados públicos, celetista , PJ de direito P. nas EP
e SEM)
- excepcionalmente, na administração direta (agentes de saúde e combate a endemas) ou nos
consórcios públicos.
- Celetista
-Todo cargo ou emprego público possui função, mas pode existir função sem cargo ou emprego
público.
- O servidor público poderá adquirir estabilidade mesmo antes de concluir o estágio probatório.
STF - “ O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º,
XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser
preenchido”
STF - firmou posicionamento de que os editais de concurso público não podem estabelecer
restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que viole
valores constitucionais.
STF - menciona apenas que “a comprovação do requisito etário estabelecido na lei deve ocorrer
no momento da inscrição no certame”
Súmula Vinculante 44 do STF - dispõe que “só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a
habilitação de candidato a cargo público”.
248
Acumulação de cargos
Cargos, empregos e funções públicas
Alcança a adm direta e indireta incluindo subsidiarias.
- Exceções: (i) dois cargos de professor; (ii) um cargo de professor + outro técnico ou científico;
(iii) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
- Cargo público + privado pode.
a Emenda Constitucional 101/2019 estende aos militares dos estados e do Distrito Federal a
possibilidade de acumular cargos.
Militar + Prof
Militar + Saúde + Profissão regulamentada
Militar + Tecnico.
(Parte 1)
Provimento
Provimento: Provimento é ato do poder público de designar a ocupação de cargo, emprego ou
função a quem cumpra os requisitos legais.
Nomeação: Após a nomeação → 30 dias para tomar posse, caso não tome, o ato de nomeação é
tornado sem efeito; após a posse → 15 dias para entrar em exercício, caso não entre, será
exonerado.
- A nomeação para cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em
concurso público
• Forma de provimento ORIGINARIO, o único o resto são DERIVADOS.
- Os prazos são improrrogáveis.
• A investidura acontece com a posse.
249
Súmula 43 do STF: “É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo
que não integra a carreira na qual anteriormente investido”.
- a ascensão e a transferência são formas de provimento consideradas inconstitucionais pelo STF
Promoção: subir de classe no mesmo cargo. (Promoção vertical)
- Quando a promoção é apenas salarial diz-se promoção horizontal
Aproveitamento: retorno do servidor em disponibilidade, feito de maneira obrigatória, em um
cargo de atribuições e vencimentos compatíveis.
- Quando o órgão é extinto.
- com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até serem preenchidas as condições
necessárias para o seu adequado aproveitamento em outro cargo.
Revertido ou Readaptado -> fica como excedente
Readaptação: A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a
habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de
inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência
de vaga.
- Deve respeitar as habilitações exigidas, como nível de escolaridade e equivalência de
vencimentos.
- Se não houver cargo vago, atuará como excedente
Reversão: retorno de um servidor aposentado → Não pode reverter quem já completou 70 anos.
• Requisitos:
a) tenha o servidor solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) o servidor era estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago;
f) o servidor tenha menos de 70 anos de idade
• Reversão compulsória: quando se verifica que a incapacidade que o aposentou não existe mais.
- Se não houver cargo vago, atuará como excedente.
• Reversão no interesse da Adm: quando o servidor solicita a reversão.
- A aposentadoria deve ter sido voluntária e ocorrida nos 5 anos anteriores à solicitação.
- O servidor deve ser estável e deve haver cargo vago.
Reintegrado ou Reconduzido -> fica em disponibilidade.
250
- exemplo. Paulo é servidor estável no cargo de Técnico Administrativo do Supremo Tribunal
Federal. Posteriormente, Paulo obteve aprovação em concurso para o cargo de Auditor-Fiscal da
Receita Federal, sendo devidamente nomeado, empossado e, por fim, entrou em exercício.
Contudo, por meio de avaliação especial de desempenho, Paulo é inabilitado no estágio probatório.
Nesse caso, ele será reconduzido ao cargo anterior (Técnico Administrativo).
Nomeio o aprovado;
dou posse ao nomeado;
aproveito o disponível;
reconduzo o inabilitado,
reverto o aposentado;
reintegro o demitido;
readapto o incapacitado
Excercicio: Após a nomeação → 30 dias para tomar posse, caso não tome, o ato de nomeação é
tornado sem efeito; após a posse → 15 dias para entrar em exercício, caso contrário, será
exonerado
• Exceções:
- licença por motivo de doença em pessoa da família;
- licença para o serviço militar;
- licença para capacitação;
- férias;
- participação em programa de treinamento;
- júri e outros serviços obrigatórios por lei;
- deslocamento para a nova sede
- licença por motivo de afastamento de cônjuge não engloba exceção, com isso tem 30 dias para
posse e 15 para entrar em exercício.
Estagio Probatório
Estágio probatório: dura 3 anos e nele será avaliado a assiduidade, produtividade,
responsabilidade, capacidade de iniciativa e disciplina → ADE, ADE, ADE, ADE,
DISCIPLINA.
- Necessário para estabilidade
- Quatro meses antes do fim do estágio, será formada uma comissão para fazer essa avaliação. O
servidor não aprovado será exonerado ou reconduzido ao cargo anterior (se estável).
- O servidor em estágio probatório pode exercer qualquer cargo comissionado ou função de
confiança no órgão de lotação, mas só pode ser cedido a outro órgão para ocupar cargos de
Natureza Especial ou DAS 6, 5 e 4, ou equivalentes.
- aprovado no estágio somente perderá o cargo por sentença judicial transitada em julgado ou de
PAD com ampla defesa e o contraditório.
• Não pode tirar licença para mandato classista, tratar de interesses particulares e capacitação →
MA-TRA-CA.
- Podendo exercer: poderia exercer funções de chefia, direção ou assessoramento.
251
• Não pode afastar para servir a outro órgão ou entidade (salvo cargos de Natureza Especial e
DAS 6, 5 e 4) ou para pós-graduação Stricto Sensu no País.
O estágio p. será suspenso e retomará depois por:
- Licença por doença em pessoa da família;
- Licença por motivo de afastamento do cônjuge. APENAS NO ESTÁGIO PROBATÓRIO
- Licença para atividade política.
- Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou coopere.
- Para participar de curso de formação em outro cargo da Adm Pública Federal.
Estabilidade
Estabilidade: Adquirida após 3 anos de efetivo exercício → É em relação ao serviço público, não
ao cargo.
O servidor só perde/demissão o cargo por:
• Sentença judicial transitada em julgado (8.112 e CF);
- Súmula Vinculante n° 5: a falta de defesa técnica por advogado no processo
administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
• PAD com ampla defesa (8.112 e CF);
• Avaliação periódica de desempenho, NA FORMA DE LEI COMPLEMENTAR com ampla
defesa / Insuficiência de desempenho (CF);
• Exoneração por excesso de gastos (CF);
É possível ser um servidor Não efetivo e Estável. - Não Efetivos e Estáveis = ingressaram antes
da CF/88 sem concurso, mas a CF concedeu estabilidade
Vacância
Vacância:
Exoneração;
- Em cargo efetivo, pode ser a pedido ou de ofício pela adm.
- Em CC, pode ser a pedido ou por escolha da autoridade que nomeou.
Demissão;
(i) PAD, no qual lhe seja assegurada a ampla defesa;
(ii) processo judicial transitado em julgado;
(iii) avaliação especial de desempenho, com direito de defesa;
(iv) excesso de despesa com pessoal.
Promoção;
Readaptação;
Posse em outro cargo;
Aposentadoria;
Falecimento;
Deslocamento
252
Deslocamento:
→ Remoção: deslocamento do servidor, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de
sede, a pedido ou de ofício.
De ofício: a Adm decide para onde o servidor vai → Precisa fornecer ajuda de custo.
- A remoção de ofício, no interesse da Administração, é irrecusável para o servidor, ou seja, se ele
for removido, obrigatoriamente deverá passar a ter exercício no outro órgão
- Exceto se for ilegal, pela teoria dos motivos determinantes
A pedido independente do interesse da Adm:
- Para acompanhar companheiro que foi deslocado no interesse da Adm;
- Por motivo de saúde do servidor ou de quem mora junto com ele.
- Por processo seletivo onde o nº de interessados for superior ao número de vagas.
A pedido a critério da Adm: quando o servidor solicita a mudança por motivos pessoais.
→ Redistribuição: Deslocamento de cargo movimentação do servidor público com o respectivo
cargo de provimento efetivo para quadro de pessoal de outro órgão ou entidade do mesmo poder,
cujos planos de cargos e vencimentos sejam (idênticos), observado o interesse da administração.
- Feito no interesse da adm, com equivalência de vencimentos e mantendo as características do
cargo.
→ Substituição: Principio da continuidade → determina que os servidores investidos em cargo
ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de natureza especial terão substitutos
indicados
(Parte 2)
Remuneração
Remunearação: Vencimentos/Subsídios
• Vencimentos: parcela fixa + vantagens pecuniárias; Demais servidores
Vencimento + Vantagens de caráter permanente
- Vantagens transitórias NÃO integram a remuneração
- Nenhum desconto poderá ser dado no salário, salvo por imposição legal ou mandado judicial
- Permite-se ainda a existência de consignação em folha de pagamento a favor de terceiros,
mediante autorização do servidor e a critério da administração, com reposição de custos.
→ Provento é o que recebem os aposentados
Súmula 679 do STF: "A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de
convenção coletiva"
253
Súmula - O reajuste da remuneração dos servidores submete-se ao princípio da reserva legal,
logo somente pode ser disciplinado por lei
• Subsídios: Parcela Única, sendo vedada a percepção de vantagens pecuniárias.".
- Membros dos 3 poderes
- Ministros
- Secretários
- Membros da AGU
- PM e BM
Vantagens
VANTAGENS:
- São calculadas em cima do vencimento base, ou seja, não pode ser usada na base de cálculo de
outra vantagem.
Indenizações: contraprestação de algum gasto feito pelo servidor → D-A-T-A. (Diarias, Ajuda
de custo, Transporte e Auxílio moradia)
- Não se incorporam ao vencimento.
Diárias: tem a função de cobrir pousada, alimentação e locomoção. Afastamento eventual ou
transitório
- Se o deslocamento de sede for uma exigência permanente do cargo, não fará jus às diárias.
- Se o deslocamento não exigir pernoite ou a União custear as despesas por outro meio, a diária
será paga pela metade.
- Em municípios ou países vizinhos só será paga a diária se houver pernoite.
Ajuda de custo: destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse
do serviço, passar a ter exercício em nova sede devida em caso de remoção do servidor, de ofício,
para uma nova sede, em caráter permanente → Vedado duplo pagamento.
- Não será concedido em caso de remoção a PEDIDO
Transporte: devida ao servidor que utiliza meio próprio de locomoção para a execução de
serviços externos no desempenho do cargo.
Auxílio-moradia: devida a quem tenha que se mudar para assumir cargo ou função de confiança
e cargos de natureza especial do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5
e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes.
- No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou
aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês.
254
- Se alguém na casa dele receber auxilio moradia ele n pode receber
Gratificações e adicionais:
- Podem ou não incorporar o vencimento
Gratificação por encargo de curso ou concurso: paga somente se as atividades forem feitas
sem prejuízo das atribuições do cargo ou com compensação de horário.
Adicional de insalubridade, periculosidade e penosidade: o servidor deve conviver
habitualmente com os riscos → Se cessarem, não receberá mais o adicional.
- Se puder receber adicional de insalubridade e periculosidade, deve escolher apenas um deles
(pode acumular com o de penosidade).
PENOSA+ PERICULOSIDADE = SIM
PENOSA + INSALUBRIDADE. SIM
P̶ER
̶ ̶IC
̶ ̶U̶LO
̶ ̶S̶I̶D̶A̶D̶E̶ ̶+̶ ̶I̶N̶SA
̶ ̶LU
̶ ̶B̶R̶ID
̶ ̶A̶D̶E.̶ = NÃO
Adicional por serviço extraordinário: limite máximo de 2 horas por jornada, com acréscimo de
50% sobre a hora normal de trabalho.
Adicional noturno: serviços prestados entre as 22:00 e as 5:00 terão um adicional de 25% →
cada hora equivale a 52’30’’.
- Se uma hora noturna também for extra, calcula-se uma sobre a outra.
- mesmo aquele que labora em regime de plantão, faz jus ao adicional noturno
Adicional de férias: será pago, independente da solicitação do servidor, um valor de 1/3 da
remuneração do período das férias.
Férias
255
- 30 dias anuais, podem ser acumuladas por no máximo dois períodos
• interrupção das férias, que só poderá ocorrer por:
- calamidade pública,
- comoção interna,
- convocação para júri
- necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade
Licenças:
• por motivo de doença em pessoa da família
→ cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente funcional, por comprovação por perícia médica oficial
- Quando o afastamento do servidor for menor que 15 dias em um ano, poderá ser dispensada a
perícia médica oficial
- Quando o afastamento maior que 120 dias em um ano, deverá se obter perícia médica oficial.
- A assistência do servidor deverá ser indispensável para o familiar para a adm conceder.
- a) até 60 dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor;
b) até 90 dias, consecutivos ou não, sem remuneração
- Vedado atividade remunerada durante licença família, apenas
• afastamento do cônjuge ou companheiro
- Prazo indeterminado e sem remuneração
• serviço militar
- Terá até 30 dias para reassumir o cargo
• atividade politica
Sem remuneração: Durante o período de escolha
Com Remuneração : Depois do registro e até o 10 dia seguinte a eleição, no total ele poderá
receber por no máximo 3 meses.
- Em regra, o servidor público da administração autárquica que estiver no exercício de mandato
eletivo ficará afastado do seu cargo, emprego ou função, disposição também aplicável ao
servidor da administração pública fundacional.
- em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento
• capacitação
- Até 3 meses, a cada 5 anos
- Fará jus a remuneração
- Por interesse da adm, com isso, discricionário.
• tratar de interesses particulares
- Interrompida a qualquer tempo por interesse do servidor, do tribunal, do serviço público.
- A critério da adm, por até 3 anos, apenas para efetivos.
• desempenho de mandato classista
Conceções
256
Tempo de serviço
257
Petições
Petição: Solicitar direitos ou providencias da adm, como remoções e afins
→Requerimento
- Defesa de direito ou interesse legítimo (Um interesse real, tipo colocar um ventilador)
- Dirigido a autoridade competente (Via hierárquico)
• Prazos:
- Despachado: 5 dias
- Decidido: 30 dias
→Pedido de reconsideração
- Mesma autoridade que indeferiu o seu pedido
- Pedir superior hierárquico X para reconsiderar novamente o que foi negado
• Prazos:
- Interposição (Para apresentar seu recurso de reconsideração depois dele negado): 30 dias
- Despachado: 5 dias
- Decidido: 30 dias
→Recurso.
- Em regra não são suspensivos pois respeitam o principio da legalidade, porém pode sim ocorrer
efeito suspensivo a juízo de autoridade competente.
- Pedir ao superior hierárquico do servidor X para reconsiderar meu requerimento que foi negado
pelo meu superior
- Para autoridade superior a que indeferiu o pedido de reconsideração
• Cabe recurso
- Indeferimento do pedido de consideração
258
- Recursos sucessivos (Tem limites)
• Prazos:
- Interposição (Para apresentar seu recurso de reconsideração depois dele negado): 30 dias
Acumulação de cargos
259
Acumulação De Cargos: pode ser acumulado dois cargos de professor, um de professor e um
técnico/científico, ou dois na área da saúde. Porém com compatibilidade de horários. Não
necessariamente será demitido, terá que ser omisso e de má fé.
a) 2 de professor
b) professor + técnico ou científico;
- cargo técnico: é aquele que requer conhecimento específico na área de atuação do profissional,
com habilitação específica de grau universitário ou profissionalizante de 2º grau; (Agente de
policia por exemplo)
c) de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
AGENTE CEDIDO
Quando alguém é transferido:
• o órgão ou entidade cedente é aquele de exercício originário do servidor;
• o órgão ou entidade cessionário é o local onde o cara foi chamado para trabalhar
- Caso ele opte pela remuneração do cargo efetivo, a entidade cessionária efetuará o reembolso
das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem.
Greve
Direito de greve
COLETIVO
Princípio da Continuidade do Serviço Público – Por serem essenciais não devem ser
interrompidos
Informativo 845 - STF. Caso os servidores públicos realizem greve, a Administração Pública
deverá descontar da remuneração os dias em que eles ficaram sem trabalhar?
Regra: SIM.. Adm P., deve fazer desconto dos dias paralisados
Exceção NÃO: Exteto se for demonstrado conduta ilicita do poder publico
O administrador público poderá deixar de descontar da remuneração do servidor os dias
em que ele ficou sem trabalhar fazendo greve?
NÃO. Ele é obrigado a tomar esta atitude, não podendo dispor sobre isso.
Caso não haja o desconto dos dias paralisados, isso representará:
- Enriquecimento sem causa dos servidores que não trabalharam;
- Violação ao princípio da indisponibilidade do interesse público;
- Violação ao princípio da legalidade.
-Outros pontos importantes:
Competência para julgar - STF. Tese de Repercussão Geral 544 - A justiça comum, federal ou
estadual;
260
A greve na segurança pública - STF afirmou que nenhum servidor público que trabalhe
diretamente na área da segurança pública pode fazer greve (PF, PRF, PC, Polícia penal. PM,
CBM).
- Militares- não podem GREVE, SINDICALIZAÇÃO e FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
- Civis- não podem GREVE e PODE SINDICALIZAÇÃO
Súmula nº 316, do STF: A simples adesão à greve não constitui falta grave
- § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
CESPE (Procurador TCDF/2021) - É vedado o exercício do direito de greve a todos os servidores
públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. Certo
CESPE (Delegado PF/2018) - A vedação absoluta ao direito de greve dos integrantes das
carreiras da segurança pública é compatível com o princípio da isonomia, segundo o STF. Certo
(Parte 3)
Deveres
Deveres
• atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas
por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
• levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade
superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade
competente para apuração;
Proibições
Proibições
→ A pena de advertência será aplicada quando: (Reincidência, o servidor PODERÁ sofrer
suspensão)
a) ausentar-se do serviço, sem prévia autorização do chefe imediato;
b) retirar, sem prévia anuência da autoridade, qualquer documento ou objeto da repartição;
c) recusar fé a documentos públicos;
d) resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução;
e) promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
f) cometer a pessoa estranha à repartição, o desempenho de atribuição que seja de sua
responsabilidade ou de seu subordinado;
g) coagir subordinados a filiarem-se a associações profissional ou sindical, ou a partido político;
h) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou
parente até o segundo grau civil;
i) recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado
261
a) receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie;
b) aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
c) praticar usura sob qualquer de suas formas (isto é, cobrar juros excessivos, superiores aos
praticados no mercado);
d) proceder de forma desidiosa;
e) utilizar pessoal ou recursos em serviços ou atividades particulares;
f) participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não
personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário.
Exceto se for da UNIÃO
- Exceto: I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em
que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros;
Casos de demissão:
• Improbidade adm: SUPERI, resultam em:
- Suspensão de direitos políticos
- Perda da função pública
- Ressarcimento ao erário
- Indisponibilidade dos bens
• Abandono de cargo: ausência intencional por mais de 30 dias consecutivos.
• Inassiduidade habitual: faltar por 60 dias no período de 12 meses, de maneira intercalada, sem
justificativa.
• Crime contra a adm pública e corrupção.
• Conduta escandalosa na repartição.
• Insubordinação em serviço.
• Ofensa física em serviço, salvo em legítima defesa.
• Revelar segredo do qual se apropriou em razão do cargo.
• Lesão aos cofres públicos.
• Acumular, ilegalmente, cargo, emprego ou função pública.
262
Sobre Nepotismo
III - familiar: o cônjuge, o companheiro ou o parente em linha reta ou colateral, por consangui-
nidade ou afinidade, até o terceiro grau.
Art. 3º, § 3º Vedada a contratação direta, por órgão da adm pública federal na qual haja admi-
nistrador ou sócio com poder de direção, familiar detentor de cargo em comissão ou função de
confiança que atue na contratação ou de autoridade hierarquicamente superior de cada entidade
Responsabilidades
Responsabilidades 121 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular de suas atribuições.
Civil - decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário
ou a terceiros (Ou seja, se não há prejuízo não há responsabilidade civil.
• “PJ de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, , causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa”
- Se o servidor público “A” causar dano, com dolo ou culpa, ao cidadão “B”; o Estado será
responsável por ressarcir “B”, podendo em seguida mover a ação de regresso contra “A” para
recuperar esses valores.
Penal - responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor que
cometer tais crimes
Administrativa - (ou civil-administrativa) resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no
desempenho da função
Poderão cumular-se independentes entre si
Súmula 18: Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível
a punição administrativa do servidor público → Conduta Residual
- O agente pode se safar da penalidade penal mas se enquadrar em outra como civil ou adm.
263
• art. 126-A: Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente
por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra
autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou
improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo,
emprego ou função pública.
Penalidades disciplinares
• As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si,
podendo correr simultaneamente → Se o servidor for absolvido na esfera penal por inexistência
do fato ou por negativa de autoria, ocorrerá também absolvição nas outras instâncias.
- Prazo prescricional passa a contar quando o fato se torna conhecido → Se a infração também
for um delito penal, vale o prazo do CP.
- Instauração de Sindicância ou PAD interrompe a prescrição.
- Pedido de reconsideração é para a autoridade que expediu a primeira decisão.
- Falta de defesa técnica em PAD não ofende a CF.
Advertência: aplicada por escrito e tem seu registro cancelado em 3 anos, caso não haja nova
infração.
- Prescrição em 180 dias. (Perde a capacidade punitiva)
Suspensão: no máx por 90 dias, sem remuneração, e tem seu registro cancelado em 5 anos, caso
não haja nova infração.
- Recusa à inspeção médica oficial (até 15 dias);
- Prescrição em 2 anos. (Perde a capacidade punitiva)
- Se for conveniente para a Adm, pode ser convertida em multa de 50% do salário, ficando o
servidor obrigado a trabalhar.
Demissão: pode resultar em impossibilidade de investir no serviço público por 5 anos, para
sempre ou indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário.
- Prescrição 5 anos
- é possível pena de demissão de servidor público por ato de improbidade, em PAD, mesmo sem
decisão judicial prévia
264
- Os casos que além da demissão, incompatibilizam por 5 anos ou para sempre, ou que gerem
indisponibilidade de bens, se aplicam à destituição.
- Prescrição 5 anos
Destituição da função em comissão: aplicada ao servidor efetivo → Se a penalidade for
suspensão, ele será destituído da função e cumprirá suspensão, se for demissão, será demitido.
- Prescrição 5 anos
Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão
por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou
destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.“
635 – Os prazos prescricionais Se iniciam na data que a autoridade toma conhecimento do fato,
interrompe-se com o primeiro ato de instauração valido, – sindicância de caráter punitivo ou
processo disciplinar – e voltam a fluir por inteiro, após decorridos 140 dias desde a interrupção.
- Se interrompem com Sindicancia ou PAD, e voltam a correr do zero quando desenterrompidos.
- O prazo para um PAD é de 60 dias prorrogáveis uma única vez de igual período + período de
julgamento 20 dias = 140 dias.
265
Competências
COMPETÊNCIA
PAD e Sindicâncias
PAD E SINDICÂNCIAS
266
Lei 8.112/1990, a autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar,
assegurada ao acusado ampla defesa.
PAD: é utilizado obrigatoriamente nos casos de imposição de penalidade de suspensão por mais
de 30 dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo
em comissão.
- As sindicâncias poderão ser incluídas no PAD
- segundo o STJ, é possível a aplicação de pena de demissão de servidor público por ato de
improbidade administrativa, em processo administrativo disciplinar, mesmo sem decisão judicial
prévia
Súmula 611 o STJ: Em base de Denúncia Anônima, é permitida a instauração de PAD, desde
que devidamente motivada, com amparo de investigação e sindicância
- desde que tenha sido realizado previamente procedimento investigatório
Súmula 591: É permitida a “prova emprestada” no PAD, desde que devidamente autorizada
pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa.
Fases:
→ instauração;
- Composição: 3 servidores estáveis, devendo o seu presidente ocupar cargo efetivo superior ou
de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
→ inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;
- O prazo se inicia no dia em que a justiça toma data de ciência do fato
- Prazo do inquérito: 60 dias prorrogáveis igual período + 20 dias para decisão = 140 dias
- Com isso, terão 20 dias para proferir a decisão
- O servidor poderá ser afastado por 60 dias prorrogáveis por igual período. (continua com
remuneração)
- Se divide em 3 fases: instrução, defesa e relatório
Súmula Vinculante nº 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a Constituição.
- A ausência de intimação do resultado do relatório final da comissão de processo administrativo
não caracteriza afronta ao contraditório e à ampla defesa quando o servidor se defendeu ao
longo de todo o processo administrativo
→ julgamento.
PAD RITO SUMÁRIO: O rito sumário do processo administrativo disciplinar aplica-se apenas
à apuração das irregularidades de acumulação ilícita de cargos públicos, abandono de cargo e
inassiduidade habitual.
- Composta por 2 servidores estáveis
Abandono de cargo - mais de 30 dias consecutivos de faltas injustificadas
Inassiduidade habitual - por 60 dias, interpolados em 12 meses de faltas injustificadas
Acúmulo ilícito de cargos - empregos ou funções públicas
- Prazo improrrogável de 10 dias.
267
Revisão do PAD - A revisão é um novo processo, que poderá ser aberto a qualquer tempo, a
pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de
justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada
Seguridade Social
SEGURIDADE SOCIAL
Seguro social: O Plano de seguridade social (PSS) do servidor é o plano mantido pela União
Saúde
Assistência social
Previdência
•Abrange:
- Servidor de cargo efetivo, (cargo em comissão não)
- Sua família: Cônjuge, filhos, pessoas que vivam às dexpensas do servidor e constem do seu
assentamento individual.
• Benefícios:
I - Disponíveis ao servidor.
Aposentadoria
Auxílio-natalidade
Salário-família
Licença para tratamento de saúde
Licença à gestante, à adotante e licença-paternidade
Licença por acidente em serviço
Assistência à saúde
268
Garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatóras.
II - Disponíveis ao dependente:
Pensão vitalícia e temporária
Auxílio-funeral
Auxílio-reclusão
Assistência à saúde
Previdência
- por invalidez permanente (ou incapacidade permanente para o trabalho);
- compulsoriamente: quando: 75 anos; proventos: proporcionais ao tempo de contribuição;
- aposentadoria voluntária: 62 anos de idade, se mulher; 65 anos de idade, se homem.12
• Auxílio natalidade
- 50% por filho a mais em parto múltiplo
• Licença gestante/adotante
Tipos de agentes
- Toda pessoa que exerça, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, mandato, cargo,
emprego ou função pública.
Agentes Políticos: políticos eleitos, Ministros de Estado, Secretários estaduais e municipais,
Magistrados e membros do MP.
- Estão no topo do Poder Público, sendo responsáveis pela elaboração de diretrizes
governamentais e pelas funções de direção, orientação e supervisão geral da Adm pública.
Agentes Adm: pessoa que exerce atividade pública profissional, permanente e remunerada.
Servidor público: pessoa investida em cargo público.
- Estão presentes na Adm Direta e Indireta (Autarquias e Fundações Públicas de direito público).
- Podem ser efetivos ou comissionados.
- Só pode ser demitido após instauração de PAD.
Empregados públicos: pessoas investidas em emprego público, estando vinculadas a esses
empregos através da CLT. EP. E SEM
- Estão presentes na Adm Indireta (EP, SEM. e Fundações Públicas de direito privado).
- Ingresso por concurso público, mas não há estabilidade → Para serem demitidos basta decisão
fundamentada e motivada.
269
- Vedada a acumulação de cargos.
Temporários: pessoas contratadas por tempo determinado para atender uma função temporária
de excepcional interesse público, estando vinculadas a essa função por meio de um contrato de
direito público.
- O ingresso é feito por PSS.
- Estão presentes na Adm Direta e Indireta.
Particulares em colaboração com o Estado: particulares que não integram a adm pública, mas
exercem uma função pública.
Agentes honoríficos: cidadãos que transitoriamente são designados a prestar serviços públicos
específicos em razão de sua honra, conduta cívica ou notória capacidade profissional.
Agentes delegados: pessoas que trabalham para as concessionarias, permissionárias e
autorizatárias prestadores de serviço público.
Agentes credenciados: particulares que representam a Adm em determinado ato ou pratica certa
atividade específica, mediante remuneração do poder público.
Agente de fato:
Agente putativo: pessoa irregularmente investida em cargo público, seja por não ter nível de
escolaridade, por não ter idade adequada etc. Recebe remuneração referente ao que trabalhou.
- Recebe remuneração mediante o tempo que fez o bagulho
- Não confundir com usurpação de função
Agente necessário: alguém convocado para prestar um serviço necessário no momento.
- Assim que cessar o a necessidade, cessará também o exercício da função pública.
270
ÉTICA
Ética e Moral
Ética é o conjunto de princípios e valores morais que conduzem o comportamento humano den-
tro da sociedade
Moral, vocábulo herdado do latim, e ética, do grego, identificam conceitos que exprimem um
conjunto de regras de conduta que se espera que sejam adotadas.
.
.
MORAL ÉTICA
Natureza prática TEORIA
Representa um conjunto de regras Repousa no campo teórico
É mutável (temporal) É imutável (permanente)
Diz respeito ao costumes ou condutas soci- Diz respeito ao caráter humano/conduta.
ais É universal.
SUBJETIVA OBJETIVA
Local A ética norteia a moral
• Valores éticos: são normas e princípios aceitos em sociedade aplicáveis a uma conduta.
São mutáveis, ao contrário da ética que é imutável
- Possuem origem na natureza
- Valor ético ≠ Ética
• Moral=Ações eticas: prescrição de condutas. É aqui onde nasce a determinação do que é certo
ou errado, bom ou mau em relação às normas e valores adotados por uma sociedade
- Preserva valores de determinada sociedade.
Ações Éticas está relacionado com Valores Éticos que também está associado à Moral.
271
• Regras Construtivas: Subjetivas, que instruem/orientam as pessoas a fazer algo.
- As regras imperativas dizem o que não pode ser feito e o que deve ser feito.
- As regras constitutivas dizem como fazer o que pode e deve ser feito.
• Utilitarismo: Busca a maior utilidade possível para a coletividade, sendo possível inclusive uma
ação ruim ser moral se desencadear consequências positivas.
Súmula Vinculante 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica inves-
tido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer
dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
- Com o objetivo de promover padrões éticos de moralidade e de probidade no serviço público, o
STF, mediante a instituição de súmula vinculante, vedou a prática do nepotismo.
- Lembrando que essa sumula nao veda a nomeaçao de parentes em cargos politico (ex: Filho do
Bolso. na embaixada)
Pretorianismo é um termo que faz referência à influência política de forma abusiva por parte do
poder militar.
Decreto 1.171/1994
ANEXO
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal
CAPÍTULO I
Seção I
Regras Deontológicas
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados
maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora
dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos
e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
-Dentro ou fora de serviço
SERVIDOR PÚBLICO
NATUREZA: Permanente / Temporária / Excepcional (PET)
AGENTE PÚBLICO
NATUREZA: Permanente / Temporária / Excepcional / Eventual (PETE)
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim,
não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o incon-
veniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto.
- Sempre deverá ser ético. SEMPRE, se na questão tiver as vezes, ERRADISSÍMA.
272
Art. 37. A administração pública direta e indireta obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também:
§4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
- Em regra, a publicidade do ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade; por
isso, a sua omissão enseja comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a
negar.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, de-
vendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade
e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato ad-
ministrativo.
- LEGALIDADE E FINALIDADE CONSOLIDAM A MORALIDADE!!!!!!!!!!
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente
por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade adminis-
trativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade,
erigindo-se, como conseqüência, em fator de legalidade.
STJ - “reconhecido o desvio de função, o servidor faz jus às diferenças salariais decorrentes”.
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido
como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito
desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida
particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia
em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir na vida funcional.
VII - Salvo os casos de segurança nacional (Ataque terrorista por ex), investigações policiais
ou interesse superior do Estado e da adm Pública, a serem preservados em processo previamente
declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui re-
quisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem
comum, imputável a quem a negar.
- Restrição a Publicidade somente pode ocorrer em processo previamente declarado sigiloso
- Em regra, a publicidade do ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade; por
isso, a sua omissão enseja comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a
negar.
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que
contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum
Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou
da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
273
- O servidor deve prestar as informações corretas às pessoas que as solicitarem, mesmo que tais
informações sejam contrárias aos interesses da própria Administração Pública
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que
exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso
na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade,
mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando aten-
tamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o des-
caso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo
imprudência no desempenho da função pública.
XII - Toda ausência injustificada (Ausência justificada tá ok) do servidor de seu local de traba-
lho é fator de desmoralização do serviço público, o que (NÃO É SEMPRE) conduz
à desordem nas relações humanas.
- Toda ausência injustificada TODA, não há exceções.
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus
colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pú-
blica é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.
Seção II
Deveres do Servidor Público
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prio-
ritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer
outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com
o fim de evitar dano moral ao usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre,
quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e
serviços da coletividade a seu cargo;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e
contato com o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na ade-
quada prestação dos serviços públicos;
274
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações
individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou dis-
tinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-
se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer com-
prometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;
- FOFOCA NÃO É PERMITIDO.
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que
visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais,
ilegais ou aéticas e denunciá-las;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da se-
gurança coletiva;
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho
ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse
público, exigindo as providências cabíveis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à
sua organização e distribuição;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas
funções, tendo por escopo a realização do bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao
órgão onde exerce suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo
ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em
boa ordem.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-
se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos juris-
dicionados administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade es-
tranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo
qualquer violação expressa à lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de
Ética, estimulando o seu integral cumprimento.
Seção III
Vedações ao Servidor Público
XV - E vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter
qualquer favorecimento, para si ou para outrem;
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles
dependam;
- FOFOCA não é permitido, ainda que um servidor público tenha abusado de outra, não se pode
fofocar, apenas falar para seu superior.
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, ser conivente com erro ou infração a este
Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;
275
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer
pessoa, causando-lhe dano moral ou material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento
para atendimento do seu mister;
- Usar forma alternativa de trabalho não é permitido
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pes-
soal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação,
prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pes-
soa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou
bem pertencente ao patrimônio público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a digni-
dade da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvi-
doso..
Comissão de ética
CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autár-
quica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo
poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar
sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público,
competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.
- A Comissão de Ética Pública atua como instância consultiva da Presidência da República e dos
ministros de Estado em matéria de ética pública.
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua funda-
mentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do
faltoso.
276
- As Comissões de Ética NÃO aplicam advertência, suspensão, demissão e muito menos multa;
elas aplicam a pena de censura.
• Censura Ética — Comissão de Ética Pública X Censura - Comissão de Ética
Censura Ética é diferente de Censura. Quem pode aplicar a Censura Ética é a Comissão de Ética
Pública, que é diferente da comissão de ética tradicional dos Órgãos públicos prevista no Decreto
1171 de 94.
Servidor público
Servidor público
• Decreto 1.171 Servidor público: Permanente, temporário ou Excepcional
• Decreto 6.029 Servidor público: Permanente, temporário, Excepcional ou Eventual
Decreto 6.029/2007
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DECRETA:
o
Art. 1 Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com a finali-
dade de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal,
competindo-lhe:
I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública;
II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a transparência e o acesso
à informação como instrumentos fundamentais para o exercício de gestão da ética pública;
III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e interação de normas,
procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética pública;
IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo e incre-
mento ao desempenho institucional na gestão da ética pública do Estado brasileiro.
- A Comissão de Ética Pública atua como instância consultiva da Presidência da República e dos
ministros de Estado em matéria de ética pública.
- O PROGRAMA DE GESTÃO iniciou-se com a criação da CEP
277
Art. 2o Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal:
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de maio de 1999;
II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, d
III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder Executivo Fede-
ral.
Art. 3o A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham os requisitos de idoneidade
moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública, designados pelo
Presidente da República, para mandatos de três anos (CEP três letras = 3 anos), não coinciden-
tes, permitida uma única recondução.
§ 1o A atuação no âmbito da CEP NÃO ENSEJA QUALQUER REMUNERAÇÃO para seus
membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço pú-
blico.
§ 2o O Presidente terá o voto de qualidade nas deliberações da Comissão.
§ 3o Os mandatos dos primeiros membros serão de um, dois e três anos, estabelecidos no decreto
de designação.
- Não Recebem Remuneração
278
Art. 4o À CEP (Vinculada ao PR) compete:
I - atuar como instância consultiva do PR e Ministros de Estado em matéria de ética pública;
- Uma das competências das comissões de ética é atuar como instância consultiva de dirigentes
e consultores no âmbito de seu respectivo órgão ou entidade.
II - administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal, devendo:
a) Submeter ao PR medidas de aprimoramento
b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando sobre casos omissos;
c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas nele previstas,
quando praticadas pelas autoridades a ele submetidas;
III - dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto no 1.171, de 1994;
IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder Executivo
Federal;
V - aprovar o seu regimento interno; e
VI - escolher o seu Presidente.
Parágrafo único. A CEP contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada à Casa Civil da PR, à qual
competirá prestar o apoio técnico e administrativo aos trabalhos da Comissão.
- A CEP está vinculada ao Presidente da Repúblicab // mas a Secretaria-executiva está vinculada
à Casa Civil da Presidência.
279
Art. 5º Cada Comissão de Ética de que trata o Decreto no 1171, de 1994, será integrada por três mem-
bros titulares e três suplentes, escolhidos entre servidores e empregados do seu quadro permanente, e
designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, para mandatos não coincidentes de
três anos.
Art. 6o É dever do titular de entidade ou órgão da Administração Pública Federal, direta e indireta:
I - assegurar as condições de trabalho para que as Comissões de Ética cumpram suas funções, inclu-
sive para que do exercício das atribuições de seus integrantes não lhes resulte qualquer prejuízo
ou dano;
II - conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da ética conforme processo coordenado pela
Comissão de Ética Pública.
Art. 7o Compete às Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2o:
I - atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no âmbito de seu respectivo órgão
ou entidade;
II - aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
aprovado pelo Decreto 1.171, de 1994, devendo:
280
a) submeter à Comissão de Ética Pública propostas para seu aperfeiçoamento;
b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar sobre casos omissos;
c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as normas éticas pertinen-
tes; e
d) recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade a que estiver vinculada, o
desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre as nor-
mas de ética e disciplina;
III - representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do Poder Executivo Federal a
que se refere o art. 9o; e
IV - supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta Administração Federal e comu-
nicar à CEP situações que possam configurar descumprimento de suas normas.
§ 1o Cada Comissão de Ética contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada administrativa-
mente à instância máxima da entidade ou órgão, para cumprir plano de trabalho por ela aprovado
e prover o apoio técnico e material necessário ao cumprimento das suas atribuições.
§ 2o As Secretarias-Executivas das Comissões de Ética serão chefiadas por servidor ou empre-
gado do quadro permanente da entidade ou órgão, ocupante de cargo de direção compatível com
sua estrutura, alocado sem aumento de despesas.
Art. 8o Compete às instâncias superiores dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal,
abrangendo a administração direta e indireta:
I - observar e fazer observar as normas de ética e disciplina;
II - constituir Comissão de Ética;
III - garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a Comissão cumpra com suas
atribuições; e
IV - atender com prioridade às solicitações da CEP.
Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito privado, associação ou
entidade de classe poderá provocar a atuação da CEP ou de Comissão de Ética, imputado a o
órgão ou agente
-Exceto estrangeiro
Apuração de irregularidade
Art. 12. A apuração de ato contra o Código de conduta da adm Federal e no CEP do servidor
Federal, será instaurado de oficio ou em razão de denuncia fundamentada.
- Se notificará o investigado, por escrito, no prazo de 10 dias
§ 1o O investigado poderá produzir prova documental necessária à sua defesa.
§ 2o As Comissões de Ética poderão requisitar os documentos que entenderem necessários
à instrução probatória e, também, promover diligências e solicitar parecer de especialista.
- Novos elementos de prova, o investigado será notificado para uma nova manifestação em
10 dias.
- Após a conclusão, as Comissões de Ética proferirão decisão conclusiva e fundamentada.
281
• Tendo comprovado a falta de ética as Comissões de ética farão:
-Encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de confiança à autoridade
hierarquicamente superior ao do órgão de origem.
-Encaminhamento para a CGU ou unidade específica do sistema de correição do poder execu-
tivo federal para exame de eventuais transgressões disciplinares, conforme o caso.
- Recomendação de abertura de PAD, se a gravidade da conduta assim exigir.
Art. 13. Será mantido com a chancela de “reservado/sigiloos”, ATÉ QUE ESTEJA CONCLU-
ÍDO’, qualquer procedimento instaurado para apuração de prática em desrespeito às normas éti-
cas.
§ 1o Concluída a investigação e após a deliberação, os autos do procedimento deixarão de ser
reservados.
§ 2o Na hipótese de os autos estarem instruídos com documento acobertado por sigilo legal, o
acesso a esse tipo de documento somente será permitido a quem detiver igual direito perante o
órgão ou entidade originariamente encarregado da sua guarda.
Art. 14. O investigado poderá ter vista dos autos, com direito a cópia se assim o desejar, mesmo antes
da notificação da existência de procedimento investigatório em comissão de ética.
- Inclui o direito de obter cópia dos autos
Art. 15. Todo ato de posse, investidura em função pública ou celebração de contrato de trabalho,
dos agentes públicos referidos no parágrafo único do art. 11, deverá ser acompanhado da prestação
de compromisso solene de acatamento e observância das regras estabelecidas pelo Código de
Conduta da Alta Administração Federal, pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público
Civil do Poder Executivo Federal e pelo Código de Ética do órgão ou entidade, conforme o caso.
Parágrafo único . A posse em cargo ou função pública que submeta a autoridade às normas do
Código de Conduta da Alta Administração Federal deve ser precedida de consulta da autoridade
à Comissão de Ética Pública, acerca de situação que possa suscitar conflito de interesses.
Art. 16. As Comissões de Ética não poderão escusar-se de proferir decisão sobre matéria de
sua competência alegando omissão do Código de Conduta da Alta Administração Federal, do
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ou do Código
de Ética do órgão ou entidade, que, se existente, será suprida pela analogia e invocação aos prin-
cípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
§ 1o Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Ética competente deverá ouvir previa-
mente a área jurídica do órgão ou entidade.
§ 2o Cumpre à CEP responder a consultas sobre aspectos éticos que lhe forem dirigidas pelas
demais Comissões de Ética e pelos órgãos e entidades que integram o Executivo Federal, bem
como pelos cidadãos e servidores que venham a ser indicados para ocupar cargo ou função abran-
gida pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal.
282
Art. 24. As normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e do Código de Ética do órgão
ou entidade aplicam-se, no que couber, às autoridades e agentes públicos neles referidos,
mesmo quando em gozo de licença.
- Para fins de apuração do comprometimento ético, é servidor público todo aquele que, por força
de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste ao poder público serviços de natureza perma-
nente, temporária ou excepcional, ainda que seja sem retribuição financeira.TODOS estão sujeitos
a CEP
Art. 17. As Comissões de Ética, sempre que constatarem a possível ocorrência de ilícitos penais,
civis, de improbidade administrativa ou de infração disciplinar, encaminharão cópia dos autos às
autoridades competentes para apuração de tais fatos, sem prejuízo das medidas de sua competên-
cia.
Art. 18. As decisões das Comissões de Ética, na análise de qualquer fato ou ato submetido à sua
apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos
investigados, divulgadas no sítio do próprio órgão, bem como remetidas à Comissão de Ética
Pública.
Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2o são con-
siderados relevantes e têm prioridade sobre as atribuições próprias dos cargos dos seus membros,
quando estes não atuarem com exclusividade na Comissão.
Art. 20. Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal darão tratamento prioritário às
solicitações de documentos necessários à instrução dos procedimentos de investigação instaura-
dos pelas Comissões de Ética .
§ 1o Na hipótese de haver inobservância do dever funcional previsto no caput, a Comissão de
Ética adotará as providências previstas no inciso III do § 5o do art. 12.
§ 2o As autoridades competentes não poderão alegar sigilo para deixar de prestar informação so-
licitada pelas Comissões de Ética.
Art. 21. A infração de natureza ética cometida por membro de Comissão de Ética de que tratam
os incisos II e III do art. 2o será apurada pela Comissão de Ética Pública.
Art. 22. A Comissão de Ética Pública manterá banco de dados de sanções aplicadas pelas Comis-
sões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2o e de suas próprias sanções, para fins de
consulta pelos órgãos ou entidades da administração pública federal, em casos de nomeação para
cargo em comissão ou de alta relevância pública.
Parágrafo único. O banco de dados referido neste artigo engloba as sanções aplicadas a qualquer
dos agentes públicos mencionados no parágrafo único do art. 11 deste Decreto.
Art. 23. Os representantes das Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2o atu-
arão como elementos de ligação com a CEP, que disporá em Resolução própria sobre as atividades
que deverão desenvolver para o cumprimento desse mister.
283
INFORMÁTICA
Rede de Computadores
Tipos de conexão:
Ponto-a-Ponto ➔ Um link dedicado entre dois dispositivos. Alta taxa de velocidade. Não são
muito seguros
Ponto-Multiponto ➔ Um Link compartilhado entre mais de dois dispositivos
Transmissão de dados
Simplex ➔ X para Y Como por exemplo uma tv (Receptor) e um satélite (Transmissor).
Half-Duplex ➔ X para Y e Y para X porém nunca simultaneamente. (Walkie-Tokeis). 1 de cada
vez.
Full-Duplax ➔ X para Y e Y para X simultaneamente (Celular).
Recebimento de dados
Unicast ➔ Mensagem é enviada por x e recebida por y. (Mensagem no wpp)
Multicast ➔ Mensagem enviada de x para x/y/z... (Tipo uma corrente para todos os contatos)
BroadCast ➔ Mensagem X para todos os destinos (Canal no wpp para geral)
Tipologia de Cabos
➔Barramento: Ligadas a um cabo central/Conexão Ponto-Multiponto, Half-Duplex, BroadCast
Vantagem: Custo Baixo
Desvantagem: Se o cabo principal falhar acaba o sistema
➔ Anel: Formam um circulo e se conectam com dois computadores vizinhos.
Vantagem: Fácil de ser instalado
Desvantagem: Se um cabo do anel quebra tudo para
➔Estrela: Ligadas a um nó central
Vantagem: Se um cabo torar não para o sistema
Desvantagem: Se o nó central no caso o servidor parar, tchau e benção.
➔ Malha: Full-Duplax, um pc ligado em todos, gasta muito! n.(n-1)/2 para o numero de cabos
e n.(n-1) para placas de rede... Ou seja... coisa pra caramba.
- Variedade de opções de caminhos, com isso não necessariamente seguem uma regra.
284
Cabo coaxial: fio Central de Cobre, envolvido por um blindagem metálica. Isolantes plásticos
flexíveis capazes de cobrir longas distâncias, apesar de possuir uma taxa de transmissão menor
que a de um cabo de par trançado. Não é imune à ruídos elétricos, relativamente resistente a
corrosivos.Conector chamado BNC.
Cabo de par trançado: 04 pares de fios trançados, blindados ou não e envolto de um revesti-
mento externo flexível. Eles são trançados para diminuir a interferência eletromagnética interna
e externa. Conector RJ-45.
→Blindado: CABO STP
→Não blindado: CABO UTP
Cabo de fibra óptica: placa e um núcleo (de vidro) para transmissão de luz. É imune a interfe-
rências eletromagnéticas. Incapaz de fazer curvas acentuadas. (multimodo e monomodo) Capa-
cidade de transmissão INFINITA
§ Multimodo:
· Maior diâmetro da fibra, o feixe de luz pode refletir em vários ângulos (vários caminhos ou
modos)
· mais barata, usada em LANs
§ Monomodo:
· Menor diâmetro, o feixe de luz possui apenas um possível ângulo de refração
· mais cara, usada em WANs
Fibras ópticas feita de vidro ou plástico, manutenção cara, velocidade de internet monstra, um
jato!
Cabo par trançado(aquele azul, cabo de rede), manutenção barata, velocidade razoavel, "um
uno"!
Cabo coaxial( aquele cabo banco da antena da tv), manutenção barata, velocidade baixa, "igual
a uma moto 50cc"!
Fio de telefone (alguns modem´s ainda usam), manutenção barata, velocidade baixissíma, "igual
a um velotrol"!
Hub – Burro
-Envia para todos
Switch - Smart
-Envia para o pre-determinado
Router (Roteador)
-Permite interligar varias redes e escolhendo a principal rota para que a informação chegue no
destino. mais inteligente que o SWITCH, pois faz o mesmo e ainda escolhe a melhor rota de
transferência para a informação.
Acess Point
- É usado como o roteador wireless, e serve para estender a cobertura de redes de internet
Hotspot é o nome do local físico que disponibiliza internet sem fio. Por fim, não é operada por
meio de um hub, é operador por meio do próprio dispositivo Access Point.
Modem
-Serva para decodificar o sinal do telefone e transforma-lo em sinal digital
285
Internet/Intranet/Extranet e Buscas na Web
→ INTERNET: Rede pública mundial, não é muito segura, Utiliza os Protocolos TCPARAIP -
OSI/ISSO (A internet é um sistema global de redes interligadas)
→ INTRANET (funcionários): Rede privada corporativa, Acesso Restrito a um determinado
grupo de funcionários de uma instituição seja ela pública ou privada. Possui os mesmo protocolos
e conectividades da internet.
→ EXTRANET: (Fornecedores)
→Ethernet (Fornecedores parceiros) VPN Uma rede de computadores que permite acesso Ex-
terno. VPN
-As redes Ethernet são cabeadas por cabo coaxial ou por cabos par trançados (10 Base-T) e a sua
taxa de transferência varia de 10 Mbps a 10 Gbps. A conexão do cabo com o computador é feita
na placa de rede, via conector RJ 45, e não pela porta USB.
>Backbone = é a rede pública principal que cruza um país e mantém conexão com outros back-
bones (de outros países);
>VPN (virtual private network) = é um "túnel seguro" para navegar dentro da backbone via trans-
missão de dados criptografados. (agregado na backbone)
Transferência de arquivos:
Fluxo Contínuo: Os dados são transmitidos como um fluxo contínuo de caracteres. (Esse modo
não é adequado quando se deseja transferir vários arquivos em uma mesma conexão de dados)
Modo Blocado: O arquivo é transferido como uma série de blocos precedidos por um cabeçalho
especial. Este cabeçalho é constituído por um contador (2 bytes) e um descritor (1 byte).
Mecanismos de Busca
TIPOS DE NUVEM:
Pública: Ambiente acessível por qualquer pessoa. Pode ser gratuito ou pago;
Privada: Ambiente acessível a pessoas autorizadas;
Híbrida: Utiliza ambos tipos (pública e privada);
286
Comunitária: Grupos que compartilham informações em comum acordo. (Ex: PRF, PF).
Tipos de rede
Tipo Nome
IEEE 3th3rn3t
802.3
IEEE Token
802.5 Ring
IEEE W1f1
802.11
IEEE Blueto-
802.15 oth
IEEE Wifi-
802.16 MAX
IEEE Mobile-
802.20 Fi
Modelo OSI
7 - Camada de Aplicação - Email, Terminal, etc
6 - Camada de Apresentação - Criptografia, codificação, formatação dos dados
5 - Camada de Sessão - Iniciar, manter e finalizar sessão de comunicação
4 - Camada de Transporte - Meio de entrega dos dados, segmentação ponta-a-ponta
3 - Camada de Rede - Roteamento, controle de tráfego
2 - Camada de Enlace - Transmissão confiável, corrige erros da camada física(Ethernet)
1 - Camada Física -Transmissão dos bits através dos meios (WI-FI, RS-232, USB, cabo)
Quando um serviço é alterado em uma camada do modelo OSI, os serviços das camadas
superior e inferior não são alterados.
Modelo TCPARAIP
4 - Aplicação - Corresponde às camadas 5, 6 e 7 do OSI (HTTP, DNS, FTP, POP, SMPT
etc)
3 - Transporte - Comunicação host a host (TCP – UDP)
2 – Rede/Internet - Conexão entre redes (IP, IPv4 IPV6, ARP, RARP, ICMP)
1 - Acesso à rede - Física, que é o hardware de rede e enlace que é a parte lógica
287
IPV4 --- 32 BITS (4 grupos de 8) de 0 a 255
IPV6 --- 128 BITS (8 grupos de 16) de 0 a F
Caracteres de busca
site: - Esse operador permite pesquisar um site específico: Coloque "site:" antes de um site ou
domínio.
$ - Esse símbolo permite pesquisar um preço: Coloque $ antes de um número.
# - Esse símbolo permite pesquisar um hashtags: Coloque # antes de uma palavra.
- Esse símbolo permite pesquisar caracteres curinga ou palavras desconhecidas: Coloque um
na palavra ou frase que deseja deixar em aberto.
.. - Esse símbolo permite pesquisar dentro de um intervalo de números: Coloque .. entre dois nú-
meros.
OR - Esse operador permite combinar pesquisas: Coloque "OR" entre cada consulta de pes-
quisa.
related: - Esse operador permite pesquisar sites relacionados: Coloque "related:" antes de um
endereço que você já conhece.
info: - Esse operador permite ver detalhes sobre um site: Coloque "info:" antes do endereço do
site.
cache: - Esse operador permite ver a versão em cache do Google de um site: Coloque "cache:"
antes do endereço do site.
288
Protocolos de Comunicação
Principais Protocolos
- Especifica o formato dos pacotes que trafegam entre roteadores e sistemas
finais.
IP (Internet -Não é confiável, não consegue enviar as informações em perfeito estado
Control) -Consegue enviar 64kb por vez.
-IP estático ➜ Fixo // IP dinâmico ➜ Muda quando acessado.
-IPV6 composto por: 123456789 A,B,C,D,E,F.
-É confiável e entrega os dados integralmente
TCP (Trans-
-Então devemos usar os dois, IP e o TCP, formando o TCPARAIP. Um
mission Con-
garante a melhor rota, e o outro a segurança.
trol Protocol)
-Estabelece uma conexão com o destinatário antes de enviar os dados.
-Sua mensagem tá partindo
- INTRANET: ENVIA E RECEBE
SMTP (Simple
- INTERNET – ENVIA
Mail Transfer
-Opera na camada de aplicação
Protocol)
-Permite o envio e o recebimento de E-mail mesmo sem estar conectado a
25/587
internet
- NÃO É SUPORTADO EM NAVEGADOR!!
- quando ele acessa o email as mensagens são copiadas de sua caixa de en-
trada para seu computador (lê OFFLINE) sendo assim armazenadas local-
POP3 (Post
mente
Office Proto-
-Geralmente apagam a mensagem logo após seu download. Geralmente
col) 110
usado para usar Offline.
-POP3 baixa, para uso ofline!
-Tipo o SMTP, porém pode ser usado no navegador!!!!!!!
IMAP Internet
- Permite ao user, organizar e criar pastas.
(Mesenge Ac-
-Permite o acesso as informações recebidas a qualquer momento
cess Control)
-Tem Uma versão mais segura ainda, chamada IMAPS.
143/993
-IMAP não baixa!
-Dá Nome ao Site
- Em virtude ao banco de dados de DNS ser distribuído, seu tamanho é
DNS (Domain ILIMITADO e o desempenho não degrada tanto quando se adiciona
Name Sistem) mais servidores nele. ATUA NA CAMADA DE APLIACAÇÃO
53 -Atribuir endereços escritos a endereços de IP.
-O nome dessa escrita é denominada de URL
- Em alguns casos, atua no transporte de e-mails.
289
HTTP (Hyper -Responsável pela apresentação/transferência/formatação de sites na web
Text Transfer como, textos, fotos, vídeos e áudios.
Protocol) 80 - Transferência de dados pelo navegador
-Tratasse da aplicação do HTTP, com uma camada de SSL/TLS, para ofere-
HTTPS (Hyper
cer a criptografia.
Text Transfer
-Os protocolos TLS (Transport Layer Security) e SSL (Secure Sockets
Protocol Se-
Layer)
cure) 443
-Em alguns casos, atua no transporte de e-mails.
URL (uniform -É um endereço virtual utilizado na Web que pode estar associado a um sítio,
resource loca- um computador ou um arquivo.
tor)
-É um protocolo de transferência de arquivos de um cliente FTP e um
servidor FTP.
- FTP é o protocolo que permite a cópia de arquivos entre dois
computadores;
- FTP é o protocolo responsável pelo download/upload de arquivos;
-TCP20 Transferência de dados
FTP (File -TCP21 Informações de Controle
Transfer Pro- -utiliza duas conexões paralelas em portas distintas com o servidor: uma
tocol) 20/21 porta para a conexão de controle e outra para a conexão que viabiliza a trans-
ferência de dados. (Porta 20 e 21)
Fluxo Contínuo: fluxo contínuo de caracteres. (Esse modo não é adequado
quando se deseja transferir vários arquivos em uma mesma conexão de da-
dos)
Modo Blocado: série de blocos precedidos por um cabeçalho especial. é
constituído por um contador (2 bytes) e um descritor (1 byte)
-Busca informações sobre o domínio
WHOIS
- Registra e não busca.
Os DTDs definem a estrutura de um documento, onde são especifica-
dos quais os elementos e atributos são permitidos no documento.
DTD (Defini- - Passa as regras do documento
ção de Tipo de - DTD-É um conjunto de declarações de marcação que definem um tipo de
Documento.) documento para uma linguagem de marcação da família da SGML (SGML,
XML, HTML). Uma Definição de Tipo de Documento (DTD) define os
blocos de construção lícitos de um documento XML.
-É um protocolo de enlace de dados;
-transmite pacotes através de linhas seriais(suporta linhas síncronas e as-
síncronas);
-Normalmente ele tem sido utilizado para a transmissão de pacotes IP na
Internet;
- Ele pode fornecer autenticação de conexão, criptografia de transmissão
PPP-point to
(usando ECP, RFC 1968) e compressão.
point protocol
- permite a configuração de um endereço de rede temporário para co-
nexão à Internet
-é projetado para transportar pacotes através de uma conexão entre dois pon-
tos;
-A conexão entre os pontos deve prover operação full-duplex ;
-os pacotes são entregues em ordem;
WWW ( Word - Serviço de internet baseado em hipertexto
Wide Web) -Serviço de visualização de paginas da web, Hipermídias.
TELNET - Não tem criptografia
SSH - Tem criptografia
290
(IDS) Sistema -Detecta mas não bloqueia o intruso/invasor/mal
de detecção de
intrusão
Configurar o IMAP e alterar as configurações de SMTP permite ler as mensagens do Gmail
em outros clientes de email, como o Microsoft Outlook e o Apple Mail.
Nuvem
Principais características da Computação em Nuvem: SE ELA AMA P
Serviços sob demanda
Elasticidade rápida
Amplo acesso à rede
Auto serviço sob demanda
Pool de recursos (periféricos operando online)
Com a cloud computing, não há mais necessidade de instalar ou armazenar aplicativos, arquivos
e outros dados afins no computador ou em um servidor próximo, dada a disponibilidade desse
conteúdo na Internet.
Características da Cloud Computing:
SERVIÇOS MENSURÁVEIS
Os serviços de nuvem monitoram todos os recursos de tecnologia de modo a otimizá-los da me-
lhor maneira possível e de forma transparente tanto para o fornecedor quanto para o consumidor
dos serviços.
ELASTICIDADE RÁPIDA
A elasticidade rápida é a capacidade de um sistema de se adaptar a uma variação na carga de
trabalho quase instantaneamente – de forma automática e transparente.
(CESPE - 2018 - Polícia Federal)Na computação em nuvem, elasticidade é a capacidade de um
sistema de se adaptar a uma variação na carga de trabalho quase instantaneamente e de forma
automática.(CERTO)
AMPLO ACESSO À REDE
Todas as funcionalidades estão disponíveis através da rede e são acessíveis por meio de mecanis-
mos que promovem o uso de plataformas heterogêneas (smartphones, laptops, tablets, etc).
AGRUPAMENTO DE RECURSOS
Recursos computacionais devem ser agrupados para servir a múltiplos consumidores, com recur-
sos físicos e virtuais sendo arranjados e rearranjados dinamicamente conforme a demanda desses
consumidores.
(CESPE - 2018 - Polícia Federal)Em função da necessidade de acionamento de fornecedores, a
computação em nuvem demora mais que a computação tradicional para colocar novas aplicações
em execução.(errado)
AUTOSSERVIÇO SOB DEMANDA
O autosserviço sob Demanda trata da capacidade de fornecer funcionalidades computacionais de
maneira automática, sem que haja a necessidade de o usuário interagir com provedor de serviço.
SaaS (Aplicativo): Esses serviços dizem respeito a aplicações completas que são oferecidas
aos usuários.
PaaS (Analise de dados, plataforma e desenvolvimento) Disponibiliza-se uma plataforma,
um ambiente operacional completo, para que aplicativos e serviços possam ser desenvolvidos.
IaaS: (HardWare) Servidores, sistemas de armazenamento, roteadores e outros sistemas que
são agrupados e padronizados a fim de serem disponibilizados pela rede.
Visto em prova:
CESPE - 2018 - IPHAN - PaaS (plataforma como um serviço), um ambiente de desenvolvi-
mento e implantação completo na nuvem, permite a disponibilização de recursos da camada de
plataforma, como frameworks para o desenvolvimento de software.( CERTA )
CESPE - 2018 - EMAP - Analista Portuário - Plataforma como um serviço (PaaS) contém os
componentes básicos da tecnologia da informação em nuvem e, geralmente, dá acesso (virtual ou
291
no hardware dedicado) a recursos de rede e computadores, como também espaço para o armaze-
namento de dados. (ERRADO) A RESPOSTA É IaaS.
CESPE - 2018 - Polícia Federal - Papiloscopista- Entre os modelos de computação em nuvem,
o PaaS (Plataforma como um serviço) é o mais indicado para o desenvolvimento de soluções
informatizadas.( CERTA )
CESPE-2018- PaaS (plataform as a service) é um modelo de serviço que oferece um ambiente
para desenvolvimento de aplicações ao mesmo tempo em que permite a execução de aplicações
diferentes.( CERTA )
Hardware
Softwere Básico de Entrada e Saída (BIOS) – Fica na Memória ROM, indesinstalável, apenas
atualizar ou modificar coisas permitidas.
BIOS - inicia a placa-mãe, checa os dispositivos instalados e carrega o sistema operacional, o que
pode ser feito a partir do HD, CD-ROM, pendrive ou qualquer outra mídia disponível. A BIOS
inclui também o Setup, o softwere que permite configurar as diversas opções oferecidas pela placa.
Memória cache:
- Volátil
- Armazenam os dados que serão processados
- Uma pequena porção de memória extremamente rápida, cuja função é amenizar a diferença de
velocidade entre o processador e a memória principal.
- Intermédio entre memória RAM e Processador
Memória RAM:
- Memória Principal
-Volátil (Os dados se perdem quando o PC é desligado)
- Memória de processamento e não de armazenamento.
- Todo software executado é executado na RAM.
-Dinâmica - Precisa estar se atualizando com frequência. Ex : DRAM, SDRAM SDR e DDR (-
rapidez + dados)
-Estática Não precisam estar sendo atualizados com frequência. Ex: SRAM (+Rapidez – Dados)
-Armazena dados que serão processados
→ROM
- Memória Principal
- Não volátil
- Guarda a Bios que é o primeiro softwere de inicialização e não pode ser apagado
- Bios não é um softw. é um FirmWere
- Não se deleta informações apenas as lê
SSD:
-Não Volátil
-Geralmente - Memória flash, que também é usado em HDs e pendrives. Essas memórias podem
ser apagadas diversas vezes.
Hard Disk HD:
Memória secundaria!
-Não Volátil
-É composto por:
Cabeça (Ou cabeçote) – Leitura e gravação. Braço – Posiciona Pratos - Armazenamento. Atu-
ador - Move o braço em cima da superficie
292
Barramento – Transmitem as informações
Chipset:
- é um conjunto de chips (circuitos integrados) montados num tablete de silício
-Principal componente lógico de uma placa-mãe
-Define a qtd máxima de memoria RAM que uma placa mãe pode ter
- O tipo de memória a ser usada (DDR ou SDRAM)
DMA (direct memory access)
-Permite os periféricos acessarem diretamente a memória RAM sem passar pelo processador.
Segurança na internet
Confidencialidade → Garantia de que o acesso à informação seja obtido somente por pessoas
autorizada
Integridade → capacidade de garantir que a informação manipulada está correta, fidedigna e que
não foi corrompida, Salvaguarda da exatidão e completeza da informação e dos métodos de
processamento.
Disponibilidade → Garantia de que os usuários autorizados obtenham acesso à informação e aos
ativos correspondentes sempre que necessário
Autenticidade → propriedade que trata da garantia de que o emissor de uma mensagem é de fato
quem alega ser.
Irretratabilidade ou Não Repúdio → Também chamada de Irrefutabilidade ou Não-repúdio, o
princípio da irretratabilidade trata da capacidade de garantir que o emissor da mensagem ou par-
ticipante de um processo não negue posteriormente a sua autoria.
Criptografias
Criptografia Simétrica → Uma letra corresponde outra.
-Sendo necessário uma chave privada enviado para o receptor
Principais algoritmos: DES, 3DES, AES, Blowfish, Cifragem de Júlio César, etc
Criptografia Assimétrica → criar duas chaves distintas e assimétricas – sendo uma pública e
uma privada. A chave pública é disponibilizada para qualquer um e a chave privada é de uso
personalíssimo e restrito a um usuário, instituição ou equipamento
293
Principais algoritmos: RSA, DSA, ECDSA, etc
Assinatura digital
Algoritmo de Hash → basicamente recebe dados de entrada de qualquer tamanho e produz um
dado de saída de tamanho fixo.
-Principais algoritmos: SHA-1 (Hash de 160 bits), MD5 (Hash de 128 bits), etc
Certificado Digital → certificado digital é um documento eletrônico assinado digitalmente por
uma terceira parte confiável (Autoridade Certificadora) e que cumpre a função de associar uma
entidade (pessoa, processo, servidor, etc) a um par de chaves criptográficas com o intuito de tornar
as comunicações mais confiáveis.
-ICP é uma instituição que cuida de criar essas chaves
- Informações referentes à entidade para o qual o certificado foi emitido (nome, email, CPF/CNPJ,
PIS etc.);
- A chave pública referente a chave privada de posse da entidade especificada no certificado;
- O período de validade;
- A localização do "centro de revogação" (uma URL para download da LCR, ou local para uma
consulta OCSP);
- A(s) assinatura(s) da(s) AC/entidade(s) que afirma que a chave pública contida naquele
certificado confere com as informações contidas no mesmo.
Principais virus
Vírus de Script→ Escrito em VBScript e JavaScript, e recebido ao acessar e-mail escrito em
formato HTML.
Vírus de Macro→ Script em editor de texto
Vírus de Arquivos →Também conhecido como Vírus de Programa ou Parasitário, Virus comum,
executável.
Vírus Polimórfico → Também conhecido como Vírus Mutante, é capaz de assumir múltiplas
formas a cada infecção com o intuito de burlar o software de antivírus
Vírus Metamorfico→ Diferentemente do polimórfico – se reescreve completamente a cada
infecção, podendo mudar seu tamanho e comportamento, aumentando a dificuldade de detecção
Vírus Stealth → Não serem detectados
294
Malwares
295
Windows
5.1 Atalhos e comandos
Atalhos:
Comandos:
Kernel = Conjunto de gerenciamento do PC, como hardwere e softwere. como memoria e etc...
Gadgets = Miniprogramas na área de trabalho.
296
Painel de Controle do Windowns
IMPORTANTE
Sistema e segurança: liberar espaço no disco rígido, fazer backup dos seus dados, criar um ponto
de restauração, desfragmentar o disco, tratar do Firewall do Windows, do Windows Update, do
Windows Defender e do Controle Parental.
- selecione o botão Iniciar , selecione Configurações > Atualização & segu-
rança > Backup > Adicionar uma unidade, e escolha uma unidade externa ou um local de
rede para seus backups. Pronto. a cada hora, será feito o backup de tudo em sua pasta do usuá-
rio (C:\Users\username).
Rede e internet: Internet, compartilhamento e etc.
Hardware e Sons: Sons, opções de energia, vídeo, impressora...
Programas: Gadgets, desinstalar programas etc...
Contas e usuários: Contas e senhas.
Aparência e personalização: Mudar papel de parede e personalizar...
Relógio idioma: Teclado, idioma.
Facilidade de acesso: facilidade de acesso para pessoas com deficiência auditiva e etc...
O Registro do Windows(regedit) é uma espécie de banco de dados, onde são armazenadas as in-
formações sobre todos os programas instalados, estrutura de diretórios, informações do usuário,
de drivers e outras informações.
297
Modos de exibição no Windows 7
Ícones extra grandes
Ícones grandes
Ícones médios
Ícones pequenos
Lista
Detalhes
Lado a lado
Conteúdo
Firewall: É um mecanismo que atua como defesa de um computador ou de uma rede, permitindo
controlar o acesso ao sistema por meio de regras e da filtragem de dados.
Caracteres Inválidos
Windows 10
298
Windows Hello - Desbloquear por meio de biometria, íris e afins.
ARQUIVOS IMPORTANTE!
Um arquivo ele tem um nome e um identificador exemplo lindo.docx, quando não há esse iden-
tificador, é representado por um papel em branco.
- Não se pode exceder 260 caracteres., o nome do arquivo, no Linux 255
Writer (.odt)
Word (.docx)
299
Excel (.xlsx)
Calc (.ods)
Power Point (.pptx)
Impress (.odp)
Compactação de arquivos
Clique com o botão direito do mouse > Enviar para > Pasta compactada. Criará um arquivo
em ZIP, , porém o arquivo ZIP, criou uma cópia do seu no momento da compactação, porém
o seu arquivo aberto é o da pasta normal, se fizer modificações, só ele sofrerá essas alterações. O
da pasta zipada continuará como do momento que você zipou.
Linux
O kernel é a parte mais importante, pois é o núcleo e serve de comunicador entre o usuário e
o hardware do computador; (O mesmo de pc e pc)
O Shell é um ambiente textual interpretador de comandos e linguagem de programação.
(Muda de pc pra pc)
O # aparece quando vc está logado como root (super usuário), e o $ aparece quando vc está lo-
gado como usuário comum.
Diretórios:
/ : diretório raiz. O único usuário capaz de criar ou remover conteúdos do diretório raiz é o root
(administrador)
/bin: binários executáveis. São comandos essenciais para trabalhar com qualquer arquivo, textos,
recusos básicos de rede como o cp, mv, ping e grep. Podem ser utilizados por qualquer usuário do
sistema.
/sbin: binários do sistema. São executáveis com função de realizar manutenção e outras tarefas
semelhantes. Usado por administradores de sistema. Entre os comandos disponíveis estão
o ifconfig, para configurar e controlar interfaces de rede TCPARAIP,
/usr/bin. Aplicativos comuns,como navegadores e jogos geralmente se localizam no
diretório /usr/bin, ao passo que programas e utilitários importantes são armazenados no diretório
/bin
/usr: programas diversos.
/home: arquivos pessoais. No diretório /home ficam os arquivos pessoais.
/etc: configurações do sistema. No diretório /etc ficam arquivos de configuração que podem ser
usados por todos os softwares, além de scripts especiais para iniciar ou interromper módulos e
programas diversos. É no /etc que se encontra, por exemplo, o arquivo resolv.conf, com uma
300
relação de servidores DNS que podem ser acessados pelo sistema, com os parâmetros necessários
para isso.
/lib: bibliotecas. Neste ponto do sistema de arquivos ficam localizadas as bibliotecas usadas
pelos comandos presentes em /bin e /sbin. Normalmente, os arquivos de bibliotecas começam
com os prefixos ld ou lib e possuem "extensão" so.
/opt: opcionais. Aplicativos adicionais, que não são essenciais para o sistema, terminam neste
diretório.
/boot: inicialização.
/mnt e /media: volumes e mídias. USB e DVDs de dados. Já o diretório /mnt fica reservado aos
administradores que precisam montar temporariamente um sistema de arquivos externo.
/srv: serviços. Dados de servidores e serviços em execução no computador ficam armazenados
dentro desse diretório.
/dev: arquivos de dispositivos.
Comandos:
No Linux, os comandos rm e cp permitem, respectivamente, remover e copiar um ou mais
arquivos
Cp copy – copiar
Ls list – listar
Mv move – mover
Rm remove – remover
Pwd: Exibe o diretório atual
Passwd: Muda a senha do utilizador (usuário logado)
Vi view – visualizar
cd: Mudar diretório
Is: Listar arquivos e diretórios
In: Criar links de arquivos
mkdir: Criar diretórios
rmdir: Remover diretórios
mv: Mover e renomear arquivos e diretórios
rm: Deletar arquivos e diretórios
cp: Copiar arquivos e diretórios
cat: Exibir o conteúdo de arquivos ou direcioná-lo para outro
file: Identificar o tipo de arquivo
find: Localizar arquivos
touch: Criar e modificar data do arquivo
301
RACIOCÍNIO LÓGICO
PROPOSIÇÃO SIMPLES
1.1.1. DEFINIÇÃO: Uma proposição simples ou sentença é uma oração declarativa que
expressa um sentido completo e pode ser classificada em apenas um dos dois valores lógicos
possíveis: verdadeiro ou falso.
Vejamos alguns exemplos:
1) O carro é azul
2) 10 > 5
3) 1 = 0
No exemplo 1, vemos que “O carro é azul” é uma oração afirmativa. Podemos dizer que ela é
verdadeira, caso o carro seja azul, ou falsa, caso o carro não seja azul. Repare que no caso de uma
oração, temos necessariamente a presença de sujeito (O carro) e de predicado (azul).
Por exemplo, a frase “O gato preto” não é uma proposição, pois não possui sentido completo.
No exemplo 2, temos uma afirmação. Lê-se 10 é maior que 5, ela é uma proposição pois possui
sentido completo e recebe valor lógico verdadeiro.
No exemplo 3, temos outra afirmação, lê-se 1 é igual a 0, temos outra proposição com sentido
completo. Ela afirma que 1 é igual a 0, logo é uma proposição falsa.
Também temos frases que não podem ser classificadas como proposição, por exemplo:
No exemplo 6 temos uma sentença aberta, porque não sabemos o valor de 𝑥. Então não sabemos
se ela é verdadeira ou falsa. Observe que uma sentença aberta pode se tornar uma proposição
mediante o uso de quantificadores! Exemplo:
7) ∃𝑥 ∈ ℝ|2𝑥 - 1 = 0
Essa é uma proposição verdadeira, pois resolvendo essa equação encontramos algum 𝑥 que
satisfaz o problema.
Dois exemplos de quantificadores são:
a) Universal: ∀ significa “para todo”
Exemplo: ∀𝑥 ∈ ℝ, 𝑥 - 1 = 0
302
“Para todo 𝑥 pertencente ao conjunto dos reais, 𝑥 - 1 = 0”
Essa proposição possui valor lógico falso, pois ela afirma que todo 𝑥 real satisfaz a equação. Se
tomarmos 𝑥 = 0, a equação
fica 0 - 1 = 0, o que é errado.
• Assim, para termos uma proposição temos que satisfazer as seguintes condições:
NEGAÇÃO
Toda proposição pode ser negada. No estudo da lógica, o símbolo que representa a negação de
uma proposição é ¬ ou ~. Vamos usar o símbolo ~.
As proposições são nomeadas com letras minúsculas. Usamos normalmente as letras 𝑝, 𝑞 e 𝑟.
Quando encontramos ~𝑝, estamos negando a proposição 𝑝. Então se 𝑝 for verdadeira, ~𝑝 será
falsa ou se 𝑝 for falsa, ~𝑝 será verdadeira.
EX.:
p: O carro é azul
~p: O carro não é azul
303
PROPOSIÇÃO COMPOSTA
Podemos criar proposições a partir de proposições simples. Para isso, usamos alguns operadores
lógicos (conectivos) que serão apresentados a seguir:
A tabela-verdade é uma tabela matemática que mostra todos os resultados possíveis de todas as
combinações lógicas de uma proposição composta.
304
1.3.2. DISJUNÇÃO INCLUSIVA (∨)
O operador lógico disjunção inclusiva é mais conhecido como “ou” e pode ser representado pelo
símbolo ∨. Quando usamos o operador lógico “ou”, dizemos que a nossa proposição será verda-
deira quando qualquer uma das proposições simples forem verdadeiras. Vamos aos exemplos:
p: gosto de verde
q: gosto de amarelo
p ∨ q: gosto de verde ou amarelo
Você precisa gostar de alguma dessas duas cores para tornar essa proposição verdadeira.
A tabela-verdade da disjunção é a seguinte:
𝑝: Vou ao mercado
q: fui ao cinema
p ⊕ q: Ou vou ao mercado ou choveu ontem.
Note que ambas não podem ser verdadeiras, já que o operador ⊕ garante que apenas uma
seja verdadeira. Logo, a tabela verdade desse operador é:
305
1.3.4. NEGAÇÃO (¬)
A negação de uma proposição 𝑝 pode ser escrita como ¬𝑝. Ele é lido como “não 𝑝”. A negação
de 𝑝 sempre receberá o valor lógico contrário ao de 𝑝. Por exemplo:
Note que ~p nega a primeira afirmação (Algo que, com certeza, não lhe ocorrerá, já que você
comprou este curso =) )
Veja a tabela verdade:
Note que, se q for falso, a afirmativa será falsa já que q é a condição para p acontecer
306
Veja a tabela verdade:
Note que a afirmação p ↔ q será verdadeira quando p e q forem falsas ao mesmo tempo, ou
quando p e q forem verdadeiras ao mesmo tempo.
Observe a tabela verdade:
307
CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
1.4.1. TAUTOLOGIA:
Uma proposição composta é classificada como tautologia quando todos os valores lógicos que
ela assume são verdadeiros. Isto é, independente dos valores lógicos das proposições simples,
ela será verdadeira. Exemplo:
1.4.2. Contradição:
Uma proposição composta é classificada como contradição quando todos os seus valores lógicos
são falsos.
Exemplo:
308
RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA
Duas proposições serão equivalentes quando possuírem tabela-verdades iguais. Vamos usar o sím-
bolo ⇔ para indicar equivalência. Exemplo:
Vamos construir a tabela-verdade para 𝑝 → 𝑞 e ~𝑝 ∨ 𝑞:
PROPRIEDADES OPERATÓRIAS
1.6.1. IDEMPOTÊNCIA:
a) p ∧ p ⇔ p
b) p ∨ p ⇔ p
309
1.6.2. COMUTATIVA:
c) p ∧ q ⇔ q ∧ P
d) p ∨ q ⇔ q ∨ p
1.6.3. ASSOCIATIVA:
e) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ r
f) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ r
1.6.4. INVOLUÇÃO
g) ~(~p) ⇔ p
1.6.5. DISTRIBUTIVA:
h) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
Distribui-se o operador para os termos dentro dos parênteses
~ (p ∨ q) ⇔ (~p) ∧ (~q)
~ (p ∧ q) ⇔ (~p) ∨ (~q)
310
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão Estratégica FGV
Funções administrativas (PODC)
• PLANEJAMENTO
- definição dos objetivos e estratégias
- desenvolvimento de planos que integrem e coordenem as atividades da organização
• ORGANIZAÇÃO
- distribuição das tarefas e dos recursos entre os membros organizacionais
• DIREÇÃO
- processos de liderança, motivação e de gestão de pessoas na organização
• CONTROLE
- monitoramento e avaliação do desempenho da organização
- comparação dos resultados com os objetivos planejados e correção dos possíveis desvios
Alguns dos princípios de Fayol estão presentes no processo de organização e envolvem a tomada de decisões relati-
vas a seis elementos:
definição do grau desejável de especialização do trabalho, que permita ganhos de eficiência;
definição da cadeia de comando, que distribui a autoridade e a responsabilidade pelos membros organizacionais;
definição da amplitude de controle ideal, ou seja, do número de subordinados sob a responsabilidade de cada admi-
nistrador;
definição dos critérios de departamentalização para agrupar as tarefas em unidades organizacionais;
definição do grau desejável de centralização do processo de tomada de decisão;
definição do grau desejável de formalização das funções e tarefas organizacionais.
A estrutura funcional se refere à agregação de tarefas de acordo com a função organizacional – marketing, finanças,
recursos humanos, operações, entre outros. Dessa forma, trata-se de um critério de agrupamento baseado na similari-
dade das tarefas, habilidades, uso de recursos e conhecimentos necessários para o desempenho de cada função.
• VANTAGENS
- Permite economias de escala e torna mais eficiente o uso de recursos.
- Cria condições para centralizar o processo de tomada de decisão.
- Facilita a direção unificada e controle da organização aos administradores de topo.
- Possibilita o aperfeiçoamento de funcionários e administradores nas suas funções.
311
- Facilita a comunicação e a coordenação dentro das áreas funcionais.
• DESVANTAGENS
- Estimula uma visão limitada dos objetivos organizacionais, demasiado focalizada nos objetivos de cada área funcio-
nal.
- Dificulta a coordenação e comunicação entre departamentos funcionais.
- Diminui a velocidade de resposta às mudanças externas por causa da centralização da tomada de decisão.
- Dificulta a avaliação da contribuição de cada área funcional para o desempenho da organização como um todo.
- Dificulta a apuração com precisão dos responsáveis por um problema ou decisão.
Teoria Caminho-Meta
- Líder esclarece as metas e os melhores caminhos para alcança-las.
Diretiva - líder autoritário
Encorajadora - líder amistoso e acessível
Participativa - líder pede a opinião,mas toma a decisão
Orientada para realização/ resultados - líder fixa meta desafiadoras e demonstra confiança
Estilo de líderes
COMPORTAMENTOS DE LIDERANÇA (TAREFA X RELACIONAMENTOS):
Diretivo*
I. Determina o que cada subordinado irá fazer em detalhes
II. Baixa maturidade dos liderados para executar determinada tarefa
III. Alta preocupação com a tarefa
IV. Baixa preocupação com o relacionamento
Persuasivo
I. Explica a necessidade de cada tarefa
II. Liderados com maturidade média a moderada
III. O líder deve apoiar e incentivar para que haja aumento da autoconfiança e motivação
IV. Alta preocupação com a tarefa
V. Alta preocupação com o relacionamento
Participativo*
I. Enfatiza o compartilhamento de ideias
II. Liderados com maturidade entre moderada e alta, mas sem interesse em ajudar o líder
III. Líder deve buscar sua participação e colaboração na tomada de decisões
IV. Tomada de decisão é conjunta
V. Baixa preocupação com a tarefa
VI. Alta preocupação com o relacionamento
Delegador**
I. Deixa o funcionário/equipe tomar suas próprias decisões
II. Liderados tem maturidade alta, além da habilidade e disposição exigidas
III. Líder não precisa apoiar e direcionar efetivamente seu trabalho
IV. Baixa preocupação com a tarefa
V. Baixa preocupação com o relacionamento
312
Autonomia
Desenvolvimento pessoal
ESTIMA:
Reconhecimento
Status
Aceitação
Orgulho
SOCIAIS:
Amizades
Interação com os clientes
Grupos sociais
SEGURANÇA:
Estabilidade
Liberdade
Remuneração e benefícios
FISIOLÓGICAS:
Conforto físico
Comida
Água
Sono
313
• Referencia*: Politico carismático que ganha a confiança da galera
• Poder Coercitivo: Baseia-se na exploração do medo.
- X controla Y por ameaça e medo
• Poder de Recompensa: Baseia-se na exploração de interesse.
• Poder de Competência: Baseia-se no respeito, pois o líder possui conhecimento e habilidades adequados ao cargo.
- O jogador de futebol que comanda sua equipe graças ao seu talento para driblar e fazer gol.
• Poder de Legitimidade: Baseia-se na Hierarquia, posição organizacional do líder.
- O chefe de departamento que ganha a obediência dos funcionários por estar em posição hierárquica superior.
• Poder de Informação: Baseia-se no conhecimento, só o líder tem acesso a informações privilegiadas.
- O jornalista que possui fontes importantes que lhe proporcionam furos jornalísticos.
• Poder de Ligação: Baseia-se em relações que o líder usa para favorecimento.
• Poder de Carisma/ Referencia: Baseia-se na exploração da admiração que os liderados tem para com o líder.
- O político carismático e empático que lidera seu partido nas votações.
Teorias Motivacionais
As teorias motivacionais podem ser categorizadas em dois grandes grupos: de conteúdo ou de processo. São exemplos
dessas teorias:
• ATOS DISCRICIONÁRIOS são praticados pela Administração dispondo de margem de liberdade para que o
agente público decida, diante do caso concreto, qual a melhor maneira de atingir o interesse público.
- Há situações em que a lei confere margem ao administrador para que no caso concreto identifique a solução mais
adequada.
314
Funções administrativas (PODC)
315
PLANEJAMENTO
Definir objetivos e estratégias
Desenvolver planos que integrem e coordenem as atividades da organização
ORGANIZAÇÃO
Distribuir das tarefas e dos recursos entre os membros organizacionais
DIREÇÃO
Processar liderança, motivação e de gestão de pessoas na organização
CONTROLE
monitoramento e avaliação do desempenho da organização
comparação dos resultados com os objetivos planejados e correção dos possíveis desvios.
Macete:
316
317
Planejamento Estratégico ( 01)
318
319
Planejamento estrategico cria e dita o que fazer - forte orientação para o contexto da
economia local em que está inserida essa organização
Planejamento tatico organizal organiza
Planejamento Operacional faz e executa (Estabelece metas) - definição de metas para
grupos específicos dentro de uma organização
320
Missão é o conceito que define o papel que a organização assume na sociedade. (Presente)
Visão, ao seu turno, define COMO a organização QUER ser vista, no futuro, pela sociedade
1 – Por que a organização existe? (missão)
2 – O que eu quero ser? (visão)
321
322
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325
326
Planejamento Estratégico II ( 02)
Resumo 02
327
T - Threats = Ameaças
2 - Análise de Portfólio.................................................................................................................... 12
2.1 - Matriz BCG................................................................................................................... ........ 13
2.2 - Matriz GE/McKinsey........................................................................................................... . 16
2.3 - Matriz Ansoff............................................................................................. .......................... 18
3 - Vantagem Competitiva......................................................................................................... ..... 20
3.1 - Cinco Forças de Porter......................................................................................................... 20
3.2 – Estratégias Competitivas Genéricas .................................................................................. 28
3.3 - Cadeia de Valor.................................................................................................................... 30
4 - Elaboração do Plano de Ação.................................................................................................. .. 36
4.1 - Ferramenta 5W2H............................................................................................................... 36
BSC – Utilizada para TRADUZIR A ESTRATÉGIA E A VISÃO em objetivos, medidas e iniciativas claras. Conjunto
de indicadores Financeiros ou NÃO financeiros.
- Aprendizagem e crescimento
- Processos internos;
- Clientes e
- Financeira.
328
HISTÓRIA
Ceará Colonia
Temas Principais
➔ A ocupação no Nordeste Colonial ocorreu por instalações de atividades produtivas e evitar invasões além de cate-
quizar e combater a resistência indígena
➔ Antônio Cardoso de Barros
- recebeu a capitania de Siara Grande, atual CEARÁ.
➔ Pero de Coelho
- Realizou a primeira expedição colonizadora 1603
- Conquistou Ibiapaba apóes vencer os franceses
- Construiu o Fortim de São Tiago (Atual fortaleza) (Veio a ser destruído por piratas franceses)
➔ Martins Soares Moreno Em 1611
- Aliou-se aos índios Potiguares
- Construiu o Forte são Sebastião (Após a destruição do Fortim de São Tiago feita por Pero de coelho)
- Segundo Capitão-Mor do Ceará
- Participou da expedição de Pero Coelho
- Lutou contra os holandeses após tomarem o forte.
➔ Uma provisão régia de 30 de junho de 1698 determinava que os pecuaristas levassem seus gados para o
interior, uma vez que eles davam prejuízos aos lavradores do litoral cearense. Com isso, a economia pecuarista, ape-
sar da pequena rentabilidade no litoral, deu sentido à ocupação do interior nordestino.
➔ A movimentação dos colonizadores na região do Ceará ocasionou a chamada Guerra dos Bárbaros (ou
Confederação dos Cariris), entre a segunda metade do século XVII e a primeira do XVIII. Representa a resistência
indígena à ocupação dos portugueses em suas terras, além da ação dos europeus, que escravizavam os nativos.
➔ A presença holandesa no norte pernambucano, no RN e no Ceará foi violenta, sendo que ocorreram vários massa-
cres e conflitos religiosos. Os holandeses tomaram o Forte de São Sebastião, mas em 1644 os indígenas tomaram o
Forte e o destruíram.
➔ Em 1649, Matias Beck, administrador holandês, lutou contra nativos e construiu um Forte para abrigar sua
tropa, conhecido como Forte Schoonenborch, embrião da atual cidade de Fortaleza. Entregou a admi-
nistração do Ceará em maio de 1654.
➔ Ao longo dos primeiros 40 anos de colonização cearense, a construção das vilas possibilitou a centralização do
poder e tomadas de decisões nas mãos do governo português, que articulou a organização espacial pensando no de-
senvolvimento da economia e sociedade.
➔ O primeiro caminho cearense utilizado pelos colonizadores é chamado de Estrada Velha, que surgiu com o
objetivo de ligar as regiões do Maranhão e Pernambuco também por terra.
➔ Com exceção de Aquiraz e Fortaleza, presentes no litoral, a estrutura organizacional das localidades produtivas e
comerciais cearenses se manteve até meados dos primeiros anos do século XIX em regiões estratégicas para a pecuá-
ria.
➔ A situação social e econômica da capitania do Ceará passou a se modificar a partir do ano de 1799, por meio de
sua independência em relação a Pernambuco.
➔ No ano de 1812 foi nomeado para governador do Ceará o português Manuel de Sampaio e Pina Freira, esse
que veio a reunir literatos incentivando a produção das artes e projetos de Silva Paulet para a urbanização da capital.
A família real portuguesa estava no país desde 1808 e isso deu início ao nosso processo de independência do Bra-
sil, em 1822.
1) A que se deve a ocupação do território onde, atualmente, encontra-se o Ceará, durante o período colonial
brasileiro?
A colonização da região aconteceu em virtude da instalação de atividades produtivas e em busca de evitar as invasões
estrangeiras, além de catequizar e combater a resistência indígena.
2) Qual é o nome do primeiro donatário que recebeu a capitania Siara Grande?
O nome do donatário é Antônio Cardoso de Barros, mas ele não chegou a tomar posse da capitania.
3) Quem conduziu a primeira expedição portuguesa à região do Ceará?
Ocorrida em 1603, a primeira expedição à região aconteceu sob o comando do capitão Pero de Coelho, que conquis-
tou a região da Ibiapaba após ter vencido alguns franceses que invadiram a capitania.
4) O que foi a provisão régia de 30 de junho de 1698?
329
Essa provisão determinava que os pecuaristas levassem os seus gados para o interior, uma vez que eles davam prejuí-
zos aos lavradores do litoral cearense. Com isso, a economia pecuarista incentivou a ocupação do interior nordestino.
5) Comente de forma breve sobre a Guerra dos Bárbaros.
A Guerra dos Bárbaros (ou Confederação dos Cariris) foi uma movimentação dos colonizadores na região do Ceará,
entre a segunda metade do século XVII e a primeira do XVIII e representa a resistência indígena à ocupação dos por-
tugueses em suas terras.
6) O que a construção das vilas cearenses representou para a região?
Ela possibilitou a centralização do poder e a tomada de decisões nas mãos da Coroa Portuguesa, que articulou a orga-
nização do espaço com vistas a desenvolver a economia e a sociedade.
7) Qual foi o objetivo da criação da Estrada Velha, o primeiro caminho cearense utilizado pelos colonizadores?
A Estrada Velha, primeiro caminho cearense utilizado pelos colonizadores, teve como objetivo ligar as regiões do
Maranhão e de Pernambuco pela via terrestre.
Ceará Império
Temas Principais
Império no Br
✓ A família Real portuguêsa vem para o Brasil por conta das guerras napoleônicas e inicia-se o processo de idepen-
dencia.
✓ 1808: A abertura dos portos às nações amigas: fim do pacto colonial
✓ 1810: Tratados de comércio e navegação com as nações amigas.
✓ 1815: D. João VI elevou o Brasil à categoria de Reino Unido (deixou de ser colônia).
✓ 1821: D. João VI retorna a Portugal, como consequência direta da Revolução do Porto de 1820.
✓ Deixa seu filho como príncipe regente, que acaba proclamando a Independência do Brasil e se coroando como D.
Pedro I, Imperador do Brasil
Provincia do CE e a Independência do Br.
✓ A vinda da família real alterou a realidade cotidiana e urbana do RJ, mas nas outras províncias a situação pouco se
alterou.
✓ O movimento republicano de 1817 chegou a vencer tropas do governo e decretar um governo provisório. Montaram
uma República com 3 poderes e o início da confecção de uma Constituição do Estado.
✓ Aboliram os impostos sobre os gêneros de primeira necessidade, mas a abolição da escravidão não foi levada em
conta.
✓ Contudo, foi organizada uma forte repressão das tropas reais, sob direção de D. João VI e o movimento foi rapida-
mente reprimido.
✓ Crato foi a única localidade cearense que aderiu ao movimento libertador de Pernambuco em 1817.
✓ A diácono José Martiniano proclama a independência do Brasil no púlpito da matriz da cidade em 3 de maio de
1817.
- A cidade do Crato foi considerada um pais por 8 dias.
330
✓ Major Fidié, que ao lado da Coroa Portuguesa buscou garantir os interesses coloniais. Porém vaqueiros e escravos
eram contras.
- Foram para o Piaui, no rio Jinipapo, reunindo-se contra Fidié
✓ O Ceará construiu seu espaço político no momento que começa a estruturar a: (Assembleia Provincial, polícia
pública, poder legislativo com maior autonomia) no decorrer do século XIX.
✓ Duelos entre os Ferros e Aços Famílias Montes e Feitosas.
✓ Uma das maiores dificuldades do poder central no decorrer do século XIX foi desmontar a estrutura política exercida
pelas famílias das elites
✓ Liberais: família Alencar e família P Pessoa, ligaram-se aos Pompeu, e estes, aos Accioly.
✓ Conservadores: família Fernandes Vieira. (Eu sou vieira por tanto conservador)
Confederação do Equador
✓ 1824 - Confederação do Equador: Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Paraíba.
- Teve inicio em PE e de inicio a idependencia de varias províncias do nordeste.
- Liderada por Padre Mororó
✓ A Confederação do Equador foi uma Revolta republicana que separou do Império, mas foi impedida pelas forcas
armadas
✓ Com problemas políticos e queda do preço do açúcar e algodão e altos impostos e o aumento do valor dos escravos,
motivaram uma reação contra o poder imperial
✓ As ideias liberais chegaram ao Ceará, sobretudo na região do Cariri com participação ativa da família Alencar sobre
influência da dinâmica social pernambucana.
✓ Tristão Gonçalves de Alencar Araripe adere ao movimento e é aclamado pelos rebeldes Presidente da Província
do Ceará.
- Morre em combate em 1825
- No Crato e no Cariri a glr se divide em monarquista e republicanos
✓ 1831: abdicação de D. Pedro I.
✓ Período Regencial - 1831 a 1840.
✓ Tristão foi morto pelas tropas imperiais, sendo que os conflitos terminaram com a Revolução Pintista, tendo como
referência Pinto Madeira, que objetivava o retorno da monarquia.
✓ Joaquim Pinto Madeira, revoltando-se contra a ordem estabelecida com a abdicação de D. Pedro I, no dia 27 de
dezembro de 1831, marcha com os revoltosos para atacar a vila do Crato, travando nesse dia sangrento combate no
lugar denominado Buriti.
Seca CE imperial
✓ O fenômeno da seca provocou três ciclos durante o período do Ceará Imperial, sendo eles:
- A primeira crise climática no Ceará Imperial entre 1844 e 1845 – obteve-se registros da ausência de políticas referentes
ao combate à seca.
- O segundo período de seca cearense ocorreu entre 1877-1879 – muito marcada pela questão do clima e a situação
econômica e social, em que a população praticamente naturalizou sua condição de miséria, na qual milhares de pessoas
morreram de fome
e doenças.
- O último ciclo da seca no Ceará durante o império veio a ocorrer no ano de 1888 – sendo caracterizado por ser de
curto período. Através de estratégias, o governo imperial veio a tomar algumas medidas para amenizar o problema da
seca, como projetos de construção de açudes.
331
Algodão e as Ferrovias no Ceará
✓ Nas terras cearenses a presença da economia pecuarista era seguida pelo setor algodoeiro, tendo seu auge de produ-
ção no momento em que passou a abastecer o mercado interno e o externo com grandes exportações entre os anos de
1861 e 1865.
✓ A implementação das ferrovias cearenses por um grupo de comerciantes liderados pelo senador Thomaz Pompeu
possibilitou auxiliou expansão das informações da influência política. A primeira estação de Fortaleza foi inaugurada
no ano de 1873, tendo seu primeiro trecho (sete quilômetros) ligando o centro da capital à cidade de Parangaba, também
chamada de Arrouches. Já no ano de 1877, o grupo do senador passa por dificuldades financeiras e deixa a administra-
ção da Companhia Cearense da via férrea de Baturité S/A por conta do império, que no ano posterior inicia a estrada
de Ferro de Sobral. Essas linhas férreas auxiliam fortemente a expansão do comércio cearense do algodão.
✓ A postura de marginalização do governo imperial em relação ao Ceará provocou o surgimento de interesses da elite
local, sendo que durante o século XIX as Assembleias Provinciais e Legislativas foram transformadas em ferramentas
para uso dessa elite, pois transformaram o problema da seca em um negócio que, através de manipulação e trocas de
favores, gerou dominação local, poder político e lucros, surgindo assim a indústria da seca.
✓ As atividades produtivas e econômicas cearenses, como a pecuária, eram exercidas por vaqueiros (nativos, homens
livres e pobres) que trabalhavam por meio do sistema de quarteação (pagamento em cabeças de gado) e que depois de
algum tempo de serviço poderiam prestar contas, recolher suas reses e se deslocar para outras regiões.
332
Questões Passíveis de Prova
1) Em que ano aconteceu a independência do Ceará em relação a Pernambuco?
1799, Com situação econômica e social abalada
2) Quais eram os objetivos da República do Crato?
Tendo durado apenas 8 dias no Ceará, foi resultado da Revolução Pernambucana de 1817, procurava declarar a inde-
pendência da região em relação a Portugal. Fortaleceu, de certa forma, a influência política da Família Alencar.
3) O que foi a chamada Revolução Pintista (ou Sedição de Pinto Madeira)?
O Ceará estava ligado a Pernambuco por fortes relações comerciais e familiares. É nesse contexto que o Cariri cearense,
que na época recebia mais influência de Recife que de Fortaleza, apropria-se dos ideais que moveram as revoltas liberais
pernambucanas. No Cariri, esses ideais se manifestam intensamente através da elite cratense, fazendo surgir um movi-
mento liberal republicano que culminou com a “Sedição de Pinto Madeira”, em 1832, revolta essa que envolveu os
republicanos de Crato e os monarquistas de Jardim, em batalhas sangrentas nas duas vilas.
4) Como se deu o surgimento do Estado no Brasil e no Ceará?
Ocorreu através da mediação da família parental, por meio de suas imposições e vontades próprias e que passaram a
organizar as regiões do interior nordestino.
5) Quando ocorreram as três principais secas do período imperial no Ceará? Neste período, as principais secas
ocorreram em 1844-1845; 1877-1879 e 1888, sendo um fenômeno natural que influenciou a estrutura social, política e
econômica do Ceará.
6) A que se deve a baixa presença de negros escravizados na região, se comparado às demais províncias, como o
Rio de Janeiro, por exemplo? A principal atividade econômica, inicialmente, foi a pecuária, sendo que era exercida
pelos vaqueiros (homens livres e pobres, nativos). Ela não exigia grande montante de mão de obra escrava, sendo que
o tráfico era pequeno e indireto. Além disso, a própria questão da seca causava prejuízos aos donos de terras e aumen-
tava o custo da manutenção dos escravos.
333
7) O que foi o movimento dos jangadeiros, liderado por Francisco do Nascimento, o “Dragão do Mar”?
Os jangadeiros, responsáveis pelo embarque de mercadorias e escravizados no porto da capital, promoveram uma greve
em 27 de janeiro de 1881 em que estabelecia a proibição de escravos, atingindo diretamente o tráfico interprovincial.
Destacam o nome de seus líderes
Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde, que seria chamado de “Dragão do Mar” e José Luís Napoleão, que
tiveram apoio da maioria da população presente no porto do Mucuripe.
8) Comente sobre o fim da escravidão na província do Ceará, em 1884.
Embora a abolição não tenha sido feita de forma incisiva no Ceará, pois ainda havia a existência de escravos na região
de Milagres até 1889, formalmente a província decretou o fim da escravidão em 25 de março de 1884, sendo então
chamada de “Terra da Luz”, resultado do movimento iniciado em 1881 pelo Dragão do Mar.
9) Quais foram os principais fatores, em geral, que contribuíram para o fim da escravidão
no Ceará?
Dentre os principais fatores, podemos destacar os grandes períodos de seca, a queda nos preços dos escravos e as
agitações urbanas de diferentes grupos sociais, como a Sociedade Perseverança e Porvir (1879), composta por comer-
ciantes que compravam cartas de alforria, a Sociedade Cearense Libertadora, o Centro Libertador (1882) e a Sociedade
das Senhoras Libertadoras.
Ceará República
PERÍODO REPUBLICANO
✓ A proclamação da República foi feita pelos alagoanos Deodoro da Fonseca e por Floriano Peixoto. Os dois eram
veteranos da Guerra do Paraguai.
✓ 15 de novembro de 1889 é proclamada a República no Brasil.
✓ 1891 - Primeira Constituição republicana do Brasil.
✓ Devemos considerar que a implantação da República não foi um consenso na sociedade da época, já que desde o
Império esta ocupava posições políticas e econômicas que dava privilégios junto ao sistema então vigente.
✓ Podemos citar quatro exemplos de oligarquias no Ceará para representar as alianças existentes. Entre os liberais
estavam os Pompeus, com Nogueira Accioly, e os P, na figura de Rodrigues Junior; entre os conservadores estavam os
Carcarás, com o Barão de Aquira e os Ibiapinas, tendo como figura o Visconde de Jaguariba e o Barão Ibiapara.
✓ Em sua chegada ao poder (1889), Deodoro da Fonseca passa a se articular contra aqueles que até então apoiavam
Floriano. No caso do Ceará, o general Clarindo de Queiroz foi perseguido principalmente por sua mais forte oposição,
liderada pelo oligarca Nogueira Accioly.
✓ Já na República, os republicanos não estavam articulados para defender os interesses da população, não tendo
uma organização política real. A concretização do sistema republicano deu condições para que as antigas oligarquias
pudessem, de imediato, ser afastadas do poder, mas por pouco tempo. Posteriormente, as oligarquias vieram a se
reorganizar nos centros republicanos agindo então de forma cívica em um recuo estratégico, na qual conseguiram se
adaptar à nova situação política de governo.
2.1.1. O Coronelismo no Ceará
✓ A constituição de 1891 previa bastante autonomia aos estados.
✓ Na monarquia predominava uma organização do Estado centralista, e com a proclamação da República, as elites
locais passaram a controlar a máquina pública de acordo com seus interesses.
✓ O Ceará também foi palco de enfrentamentos políticos no período.
✓ O contexto da República proporcionou a organização do setor intelectual da cidade de Fortaleza, em que se formou
o grupo “Padaria Intelectual”, sendo esse um movimento informal no qual seus membros se encontravam no Café
Java. Antônio Sales e seus companheiros passaram a produzir o “Pão”, um jornal que trazia a produção literária da
época, marcada por característica nacionalista, onde impediam a presença de palavras estrangeiras em suas publica-
ções.
✓ Apesar da presença de um novo sistema político, socialmente a República não trouxe coisas novas para a popula-
ção mais pobre, pois esta continuava a sofrer com as desigualdades sociais e a seca, consequência da falta de projetos
dos políticos visando melhorias para esse setor da sociedade. Este fato teve como consequência a grande movimen-
tação de refugiados em busca de melhores condições de vida.
✓ Muitas pessoas, ao chegarem à cidade de Fortaleza, foram colocadas nos campos de concentração do bairro de
Alagadiço (projeta-se a presença de 8 mil pessoas), sendo esses currais humanos cercados por arames farpado e vigi-
lância, tudo isso para manter a miséria e a pobreza distantes da elite cearense.
✓ Para pôr fim a esse campo de concentração, o governo cearense criou incentivo para que aquelas pessoas migras-
sem para a região da Amazônia, tendo como resultado a desativação do local. Contudo, no ano de 1932 ocorreu nova
seca, fazendo com que o governo reabrisse o campo de Fortaleza junto a outros, localizados no interior do Estado em
um processo de confinamento das pessoas mais pobres.
334
✓ Em relação à religiosidade, podemos destacar a figura de Cícero Romão Batista, o Padre Cícero, nascido em 24 de
março de 1844 na cidade de Crato. Sua maior identificação foi com o vilarejo chamado pelo nome de Juazeiro perten-
cente àquele município.
✓ Além da vida religiosa, Padre Cícero também atuou na esfera política cearense ao fazer aliança com Nogueira
Accioly, tendo como desdobramento a Sedição de Juazeiro (1914), confronto entre as oligarquias cearenses e o Go-
verno Federal.
✓ O Padre, ao fazer aliança política com a oligarquia Accioly, fica como representante político dessa vertente política.
Franco Rabelo, ao enxergar o padre como um representante do poder oligárquico, consequentemente uma oposição,
organiza as tropas da capital com o objetivo
de atacá-lo, porém a população não o via da mesma forma, mas sim como um dos símbolos mais populares da repre-
sentação política e religiosa da sociedade cearense, um “homem santo”.
2.1.2. Era Vargas
✓ Ao chegar o período de eleição para presidente João Pessoa se alinhou a Getúlio Vargas ocupando o cargo de vice
para as eleições, fato que promoveu o apoio da oposição à Júlio Prestes, com exceção do Partido Democrático que se
alinhou a João Pessoa. Logo com os acordos firmados as possibilidades de movimento armado perdem força até o
momento em que João Pessoa vem a ser assassinado por seu opositor político e pessoal João Dantas.
✓ O evento do assassinato gerou movimentação em todo o país e também foi bem explorado politicamente, pois
promoveu o levante e articulação da oposição reacendendo o movimento armado.
✓ Denominamos de “Era Vargas” o período em que Getúlio esteve à frente da presidência do Brasil: Governo Provi-
sório (1930-1934); Governo Constitucional (1934-1937); A ditadura do “Estado Novo” (1937-1945); e 4. Período de-
mocrático (1950-1954).
✓ A Era Vargas está inserida à época da polarização política europeia entre nazifascismo e o comunismo. Vargas
flertava com os ideais fascistas.
✓ Após ataques de submarinos alemães à costa nordestina, Sergipe e Alagoas, Vargas que até então nutria simpatia
pelo nazifascismo, declarou guerra à Alemanha, em 1942.
✓ Os ataques ocorreram próximos à foz do rio Real (hoje Praia dos Náufragos), onde o submarino alemão denomi-
nado U 507 afundou os navios mercantes brasileiros Baependy, Araraquara e Aníbal Benévolo. Seguindo sua patrulha
em direção Sul, o submarino fez mais três vítimas, o Itagiba, o Arará e o veleiro Jacyra.
✓ Poucos dias depois dos naufrágios, o Brasil declarou guerra aos países do Eixo e sua participação na II Guerra
Mundial.
✓ A participação do Brasil na Segunda Guerra foi o fator decisivo para a queda de Getúlio Vargas, que renunciou sob
movimento militar liderado por Góes Monteiro.
✓ Em 29 de outubro de 1945, Góes Monteiro pediu exoneração do cargo, e foi a liderança das três armas que impôs
a renúncia à Vargas.
2.1.3. O conflito do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto
✓ Por meio da religiosidade surge outra aglomeração de sertanejos na região de Crato, formando a comunidade
chamada de Santa Cruz do Deserto, liderada pelo Beato José Lourenço, devoto de Padre Cícero. Essa comunidade
provocou agitações locais, pois membros da elite vieram a relacionar a estrutura organizativa de Santa Cruz com a de
Canudos, interpretando-a como opositora ao governo.
✓ Com o apoio de Getúlio Vargas (1937), deu-se a ordem para pôr fim ao Caldeirão de Santa Cruz do Deserto. Após
o massacre a seus membros, a comunidade foi desfeita, porém seus sobreviventes formaram uma nova comunidade,
sendo mais uma vez massacrados.
2.1.4. Populismo e Regime Militar
✓ 1945 - Getúlio Vargas deixa o poder e termina o regime do Estado Novo.
✓ 1946 - Nova Constituição republicana do Brasil.
✓ A partir da década de 1940, ganha ênfase a presença de produtos e hábitos estrangeiros e urbanos na cidade de
Fortaleza. Já nos anos 50, a capital cresce de forma acelerada quando começa a voltar sua dinâmica social e política
para o litoral, tendo agora não só o sertão como referência.
✓ 1º de abril de 1964 - Golpe Civil-Militar.
✓ Na década de 1960, o sistema republicano passa por uma radical transformação, pois por meio do golpe militar
foi instituído um governo de cunho autoritário e opressor, que veio a tirar a estrutura civil de governo fazendo preva-
lecer o regime de exceção que duraria duas décadas.
✓ As transformações urbanas seguiram a dinâmica de outros centros urbanos, as quais provocaram grande cresci-
mento demográfico. Na década de 1970 a capital concentrou mais de 1 milhão de habitantes, tendo o elemento de
diminuição da mortalidade infantil e de melhores condições de vida. Por outro lado, para alguns setores da população
a infraestrutura resultante da urbanização não foi a mesma, pois surgiu o processo de favelização.
✓ A participação cearense nesse governo se deu ao colocar o primeiro presidente eleito de forma indireta, o general
Humberto Castelo Branco (1964-1967). Sua política foi marcada pelo autoritarismo, por perseguir e desaparecer com
opositores, restringiu os direitos civis e promoveu a caça aos comunistas, implantando um código penal que permitia
a prisão de qualquer suspeito.
335
✓ Durante o regime militar, coronéis das oligarquias tiveram participação por meio de um triunvirato composto por
César Tals (1971-1975), Virgílio Távora (1963-1966 e posteriormente voltando em 1978) e Adauto Bezerra (1976-1978).
Dominando a política cearense durante esse período, tinham em comum costumes oligárquicos, como o apadrinha-
mento em cargos públicos e continuidade no poder.
336
Escritores, pintores, músicos e apaixonados pela literatura se reuniam nos cafés
da época e
resolveram criar um clube (uma espécie de grêmio literário). Seus membros
queriam produzir
algo que alimentasse a alma e que se utilizasse de metáforas.
Os encontros aconteciam no centro de Fortaleza e reuniam os jovens escritores
criadores do
clube. Entre eles estavam Antônio Sales, Lopes Filho, Ulisses Bezerra, Temósto-
cles Machado e
Tibúrcio de Freitas. Os jovens intelectuais protestavam contra o que fosse consi-
derado
tradicional, principalmente as influências estrangeiras sofridas, sobretudo a
francesa, forte na
Belle Époque de Fortaleza.
3) Explique o que eram os campos de concentração cearenses.
Muitas pessoas, ao chegarem à cidade de Fortaleza, eram colocadas nos chama-
dos “campos
de concentração” do bairro de Alagadiço, sendo estes espécies de currais huma-
nos, cercados
por arames farpado e vigilância, tudo isso para manter a miséria e a pobreza dis-
tantes da elite
cearense. Ocorreram em 1915 e 1932, em períodos de estiagem marcado pela
migração dos
“flagelados da seca”, em Fortaleza (1915) e em cidades do interior em 1932.
4) Como se chamava a figura religiosa mais importante do Ceará e que teve
uma importante
participação política na região?
Em relação à religiosidade, podemos destacar a figura de Cícero Romão Batista,
o Padre Cícero,
nascido em 24 de março de 1844 na cidade de Crato. Sua maior identificação foi
com o vilarejo
chamado pelo nome de Juazeiro pertencente àquele município. Além da vida re-
ligiosa, Padre
Cícero também atuou na esfera política cearense ao fazer aliança com Nogueira
Accioly.
5) O que foi a Sedição de Juazeiro, acontecida em 1914?
Em linhas gerais, a Sedição do Juazeiro foi um confronto entre as oligarquias ce-
arenses e o
Governo Federal. O Padre, ao fazer aliança política com a oligarquia Accioly, fica
como
representante político dessa vertente política. Franco Rabelo, ao enxergar o pa-
dre como um
representante do poder oligárquico, consequentemente uma oposição, organiza
as tropas da
337
capital com o objetivo de atacá-lo, porém a população não o via da mesma
forma, mas sim
como um dos símbolos mais populares da representação política e religiosa da
sociedade
cearense, um “homem santo”.
6) O que foi o Caldeirão de Santa Cruz do Deserto e qual era o nome de seu lí-
der?
Outra aglomeração de sertanejos aconteceu na região de Crato, formando a co-
munidade
chamada de Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, liderada pelo Beato José Lou-
renço, devoto de
Padre Cícero. Essa comunidade provocou agitações locais, pois membros da
elite vieram a
relacionar a estrutura organizativa de Santa Cruz com a de Canudos, interpre-
tando-a como
opositora ao governo. Foi destruído em 1937, sob ordens de Getúlio Vargas.
7) Comente sobre a situação do Ceará ao longo das décadas de 1940 e 1950.
A partir da década de 1940, ganha ênfase a presença de produtos e hábitos es-
trangeiros e
urbanos na cidade de Fortaleza. Já nos anos 50, a capital cresce de forma acele-
rada quando
começa a voltar sua dinâmica social e política para o litoral, tendo agora não só
o sertão como
referência.
8) Quais foram as principais características sociais presenciadas na década de
1970?
Além de grande crescimento demográfico (o Ceará chegou a mais de 1 milhão
de habitantes),
podemos destacar a redução da mortalidade infantil e as melhores condições de
vida,
sobretudo nos centros urbanos. Contudo, algumas parcelas da população (as
mais pobres)
passaram por um processo de marginalização, com o início das construções de
favelas.
9) Em que medida o Ceará teve participação política na ditadura militar, inici-
ada em 1964?
Durante o regime militar, coronéis das oligarquias tiveram participação por
meio de um
triunvirato composto por César Tals (1971-1975), Virgílio Távora (1963-1966 e
posteriormente
voltando em 1978) e Adauto Bezerra (1976-1978). Dominando a política cea-
rense durante esse
338
período, tinham em comum costumes oligárquicos, como o apadrinhamento em
cargos
públicos e continuidade no poder.
339
PORTUGUÊS
Processo de formação das palavras
Neste tópico, vamos estudar como surgem as palavras da língua portuguesa e de onde elas vêm.
Escola → Autoescola
Ter → Reter
Ver → Rever
Sufixo:
É o afixo que se adiciona ao final de um radical. O sufixo é responsável pela criação de outras
palavras, as chamadas palavras derivadas. Por exemplo:
340
ante intra contra
Hiper-realista
Micro-ondas
Super-homem
Semi-integral
• Se a palavra começar com “R” ou “S” juntaremos a palavra com o prefixo, duplicando o
“S” ou o “R”. Exemplo:
Semirreta
Contrarreforma
Contrassenso
Derivação sufixal
Aplica-se as mesmas regras, porém, desta vez, ao sufixo.
Parassintético
Muita atenção aqui!! Esse é um tópico que costuma ser cobrado em prova, e os alunos ten-
dem a ter muita dificuldade, mas vamos desmistificar isso pra você.
• A estrutura é muito semelhante à estrutura da derivação prefixal e sufixal, com uma única
diferença prática: ao retirar um dos afixos, a palavra perde todo sentido. Por exemplo:
Empobrecer → Empobre ? ou Pobrecer ? Ambos não fazem sentido, pois não existem!
341
Composição de palavras
Aglutinação:
O processo de AGLUTINAÇÃO consiste na junção de duas ou mais palavras, também com o
objetivo de formar uma terceira palavra, porém uma delas ou as duas sofrerão alguma mudança
na sua forma, ganhando ou perdendo letras, fonemas ou morfemas. Por exemplo:
Aguardente → água + ardente
Embora → em + boa + hora
Planalto → plano + alto
Justaposição:
Ocorre quando os seus elementos estão simplesmente justapostos, conservando a sua integridade.
Ex.:
Malmequer
Passatempo
Beija-flor
Peixe-espada
Morfologia
Classes de palavras:
Substantivos:
O substantivo é a classe gramatical que dá nome a seres, coisas, espaços, sentimentos etc.
O substantivo divide-se em 8 categorias, e são elas:
342
• Sobrecomum: possui apenas uma sentença → “A criança”.
• Epiceno: identidade única → cobra, girafa, elefante, etc...
Adjetivos:
Adjetivo é toda palavra que se refere a um substantivo indicando-lhe um atributo. Exemplo:
Outras classes de palavras também podem exercer papel de adjetivo na frase. Por exemplo:
Artigos:
Na gramática, o artigo é a classe de palavras que antecede o substantivo para determiná-lo de
modo particular ou geral.
Existem dois tipos de artigos:
Definidos → o, a, os, as
Indefinidos → um, uma, uns, umas
EX.:
Pronomes:
Os pronomes são palavras que indicam pessoas do discurso, posse e posições. Eles acompanham
ou substituem os substantivos. De acordo com o que determina a nossa gramática normativa,
existem seis tipos de pronomes: os pessoais, demonstrativos, interrogativos, possessivos,
relativos e indefinidos
Pronomes pessoais:
• Pronome pessoal do caso reto: é o pronome que tem função de sujeito na frase → eu,
tu, ele, nós, vós, eles.
343
• Pronome pessoal do caso obliquo: é o pronome que tem função de objeto de um verbo
na frase (complemento). Ele não pode ser sujeito.
EX.:
“você faria isso por mim?”
Pronome pessoal do caso oblíquo (objeto direto);
não pode ser sujeito.
Pronome pessoal do caso reto (sujeito)
Pronomes demonstrativos:
Os pronomes demonstrativos são usados para apontar a relação de distância (de lugar ou
de tempo) entre o nome ao qual se referem e as pessoas do discurso. São eles:
Pronomes interrogativos:
Os pronomes interrogativos são aqueles que utilizamos nas construções de perguntas
diretas ou indiretas: que, quem, qual, quanto. Cada um desses vocábulos possui um valor
e um uso específico na construção do enunciado.
Pronomes possessivos:
Os pronomes possessivos são os tipos de pronomes que fazem uma referência às pessoas do
discurso indicando uma relação de posse. Os pronomes possessivos mantêm uma estreita
relação com os pronomes pessoais pois indicam aquilo que cabe ou pertence aos seres
indicados pelos pronomes pessoais
344
• maculino: meu, meus, nosso, nossos
1ª pessoa • feminino: minha, minhas, nossa, nossas
• masculino: teu, teus, seu, seus
2ª pessoa • feminino: tua, tuas, sua, suas
• masculino: vosso, vossos
3ª pessoa • feminino: vossa, vossas
Pronomes relativos:
Um pronome relativo pode ser variável ou invariável, ele tem a função de substituir um
termo da oração anterior e estabelecer relação entre duas orações. São eles:
Pronomes indefinidos:
Pronomes indefinidos são aqueles que fazem referência, de forma vaga, à 3.ª pessoa do
discurso. São eles:
345
Interjeição:
são palavras que expressão sentimentos de surpresa ou emoção. Por exemplo:
conjunção:
É a palavra responsável por ligar orações. Por exemplo:
verbo:
É a palavra que determina a ação da frase. Pode se classificar como regular ou irregular.
Regular → é aquele em que o seu radical não se altera na conjugação.
EX.: Cantar → canto → cantarás...
Irregular → é aquele em que o seu radical se altera na conjugação verbal.
EX.: Haver → hei → há...
Forma verbal:
➔ Modo indicativo: trás uma certeza do acontecimento
➔ Modo subjuntivo: expressa uma hipótese de acontecimento
➔ Modo imperativo: expressa uma ordem, um ordenamento.
Forma nominal:
➔ Infinitivo: verbo em sua forma natural
➔ Gerúndio: presente contínuo. Uma ação que acontece e que persiste (andando, correndo,
comendo)
➔ Particípio: Uma ação que acabou de acontecer (terminado, falado, dito, começado)
Quando o verbo está na forma nominal, ele pode ter função de advérbio, adjetivo, substantivo...
EX.:
“João, vá comprar algo para o jantar.” Aqui, o “jantar” não é verbo, e sim substantivo abstrato.
Locução verbal: Ocorre quando 2 verbos exercem a função de um só. Respeitam a mesma
estrutura “verbo aux.” + “verbo no particípio”. EX.:
Locução verbal
“Os mares foram navegados pelos piratas.”
Verbo no particípio.
Verbo auxiliar
346
Advérbio:
É o termo responsável por trazer uma circunstância à ação do verbo. Refere-se ao verbo, adjetivo,
substantivo, ou até mesmo a outro advérbio. EX.:
Sintaxe
Só existe análise sintática se houver verbo.
Sujeito composto: contém dois ou mais núcleos. → “os cães e os gatos são os pets mais
populares entre os homens.”
Sujeito oculto: não está expresso na oração. → “corri em sua direção.” = “(eu) corri em sua
direção.”
Sujeito indeterminado: não se quer, ou não se pode explicitar. → “vende-se esta casa.” Quem
vende? Não se sabe
Verbo na sintaxe
Verbo de ligação → expressa estado, sentimento, ou ligam o sujeito a uma característica. →
“João é magro.”
Verbo significativo → expressa ação ou fenômeno da natureza. → “João correu feliz.”
347
Predicado
É tudo aquilo que se diz do sujeito. Inclusive o verbo faz parte do predicado. Por exemplo:
“Os estudantes tiraram boa nota no ENEM.”
Predicado
Sujeito
Predicado nominal → a palavra que não é o verbo é o mais importante. Para que ocorra predicado
nominal, tem que haver “verbo de ligação”
Predicado verbal → é o predicado que usa um “verbo significativo”.
Predicado verbo-nominal → é o predicado que usa um verbo de ação mais uma característica
do sujeito/objeto.
Transitividade verbal
Ocorre transitividade verbal quando um verbo significativo necessita, ou não, de um
complemento verbal (objeto). Só existe transitividade verbal para verbo significativo.
Verbo intransitivo → é o verbo que não necessita de complemento para que tenha sentido
completo.
Verbo transitivo → é aquele que necessita de complemento para que tenha sentido completo.
Divide-se em 3 tipos:
348
Termos da sintaxe
Predicativo do sujeito:
→É uma característica momentânea do sujeito. Normalmente está dentro do predicado. EX.:
“Todos correram entusiasmados a maratona.”
Predicativo do objeto:
→É uma característica momentânea do objeto. EX.:
“Comprei um carro quebrado.”
Vocativo:
→É o termo que evoca, chama algo ou alguém na oração, sempre isolado por vírgula. EX.:
“José, venha cá!”
Aposto:
→É o termo responsável por explicar ou justificar um elemento anterior a ele. Sempre isolado por
vírgula. EX.:
“Matheus, professor de língua portuguesa, deu muitas aulas essa semana.”
Agente da passiva:
→É o termo que age na oração passiva. EX.:
“O brigadeiro foi comido por João.”
Período composto
Orações coordenadas
→são orações independentes, coordenadas entre si, mas sem nenhuma dependência sintática.
Divide-se em dois tipos:
• Orações coordenadas assindéticas → orações que estão juntas e ligadas por pontuação.
EX.:
“cheguei, vi, venci.”
• Orações coordenadas sindéticas → orações que estão juntas e ligadas por conjunção.
São elas:
349
Orações subordinadas
Oração subordinada adjetiva: Tem a função de caracterizar a oração principal. Não são ligadas
por conjunções, e sim por pronomes relativos.
→Oração subordinada adjetiva explicativa → refere-se ao todo, sempre isolada por vírgula. EX.:
→Oração subordinada adjetiva restritiva → refere-se a uma parte, e funciona sem vírgula. EX.:
Oração subordinada substantiva: São aquelas que têm uma função sintática para a oração
principal. São ligadas por uma conjunção. (conjunções integrantes “que/se”)
→Oração subordinada substantiva subjetiva → é aquela que tem função de sujeito pra oração
principal. EX.:
→Oração subordinada substantiva objetiva direta → é aquela que tem função de objeto direto
da oração principal. EX.:
→Oração subordinada substantiva objetiva indireta→ é aquela que tem função de objeto
indireto da oração principal. EX.:
350
Oração subordinada substantiva
completiva nominal
Conjunção integrante
Substantivo abstrato
Oração principal (“eu tenho certeza”)
→Oração subordinada substantiva predicativa → é aquela que tem função de predicativo para
a oração principal. EX.:
→Oração subordinada substantiva opositiva → é aquela que tem função de aposto para a
oração principal. Vem sempre após dois pontos. EX.:
351
→Oração subordinada adverbial concessiva→ indicam um fato contrário ao referido na oração
principal, que deveria impedir de acontecer mas não impede. EX.:
352
Conjunção subordinativa proporcional
A seguir, uma tabela com as principais conjunções subordinativas que você deve ter em mente
para a realização de questões. Não é recomendável que você se prenda a elas, apenas leia sempre
que possível, com o tempo, e as resoluções de exercícios, você irá aprendê-las.
Concordância
Concordância nominal: o artigo, o pronome, o numeral e o adjetivo devem concordar em
gênero e em número com o substantivo ao qual se referem. EX.:
“Os nossos dois brinquedos preferidos foram quebrados.”
353
ii) Quando o adjetivo vier posposto a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes,
também há duas possibilidades de concordância.
a) Adjetivo no plural: concorda com todos → “Ele apresentou argumento e razão
justos.”
b) Adjetivo no singular: concorda com o mais próximo (inclusive em gênero)
→”Ele apresentou argumento e razão justa.”
iii) Quando o adjetivo vier anteposto a dois ou mais substantivos, concordará com o mais
próximo, se funcionar como adjunto adnominal; entretanto, se funcionar como
predicativo, haverá duas possibilidades: poderá ir para o plural ou concordar com o
mais próximo.
→Dois adjetivos referentes a um mesmo substantivo: admite duas possibilidades estilísticas com
o mesmo valor semântico (o mesmo sentido em ambas as estruturas). EX.:
“Meu professor ensina a língua inglesa e a francesa.” “Meu professor ensina as línguas inglesa
e francesa.”
“O cachorro foi para casa.” “Foi o cachorro para casa.” “Para casa foi o cachorro.”
354
→Verbos impessoais: Esses verbos são comumente cobrados em provas, e os alunos tendem a se
confundir. Portanto, preste bastante atenção nos exemplos e guardem isso no coração.
Haver → Verbo “haver” no sentido de “existir” é impessoal, fica na 3ª pessoa do singular e NÃO
tem sujeito. EX.:
“Há alguma coisa de errado.” → quem “há”? não sabemos, pois o sujeito desse verbo é
indeterminado.
Fazer → Verbo “fazer”, quando indicar tempo transcorrido, fica impessoal, na 3ª pessoa do
singular e NÃO tem sujeito. EX.:
“Faz anos que não a vejo.” → quem “faz”? não sabemos! (sujeito indeterminado)
Ser → Verbo “ser”, quando indicar horas, distâncias ou datas, fica impessoal, concorda com o
numeral referido e NÃO tem sujeito. EX.:
“São duas horas da tarde.” → quem “São”? não sabemos! (sujeito indeterminado)
Verbo + pronome “se” → sempre que houver a estrutura “verbo” + “se” + “preposição” o verbo
ficará no singular, pois o sujeito nunca é antecedido por preposição. EX.:
Regência verbal: estuda a relação que um verbo transitivo terá com seu complemento.
Amar – esperar → estes verbos podem ter seus complementos como “objeto direto
preposicionado” sempre que apresentarem a seguinte estrutura:
Orações reduzidas:
Tira-se o conectivo e coloca o verbo em uma das formas nominais (gerúndio, particípio, infinitivo).
355
Infinitivo: na segunda oração o verbo vai para o infinitivo. EX.:
“É necessário que se goste de frutas e verduras.” “É necessário gostar de frutas e verduras.”
oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo
gerúndio: na segunda oração o verbo vai para o gerúndio (exceto nas orações subordinadas
substantivas.)
EX.:
“Gosto de crianças que corram pela casa.” “Gosto de crianças correndo pela casa.”
Particípio: na segunda oração o verbo vai para o particípio (não se aplica a oração subordinada
substantiva.)
“Temos apenas um carro que compramos com muito sacrifício.” “temos apenas um carro
comprado com muito sacrifício.”
Colocação pronominal:
próclise: é a colocação do pronome antes do verbo.
→É aplicada quando temos uma palavra atrativa (advérbio) antes do verbo, ou uma palavra
negativa. EX.:
“Não se trata de nenhuma novidade.”
356
→Se o pronome relativo aparece antes do verbo, e esse verbo possuir um pronome obliquo,
também haverá uma atração:
“A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.”
357