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Ter um contrato com seu aluno particular traz uma série de benefícios. Destacamos:
Seguraça jurídica. Você pode recorrer à justiça mais facilmente se tiver um contrato.
Redução de inadimplência. O cliente tem mais chances de ser adimplente se você tiver um contrato. As chances
aumentam mais ainda se você tiver um sistema de cobrança de terceiros, como o serviço de pagamento
por boleto, prescrito no contrato.
Profissionalismo. Você transmite mais profissionalismo pois as regras estão todas claras antes mesmo do
serviço ser entregue.
Mais tranquilidade financeira. Como o contrato reza como deve ser o cancelamento das aulas, você
provavelmente terá menos problemas com alunos desistentes e o processo de desligamento dos alunos tenderá
a ser mais previsível e controlado.
Nas próximas páginas iremos debater o que é um contrato, a sua importância legal e o que é essencial em um
típico contrato de aulas particulares.
Vale ressaltar a ideia de que, em Direito, considera-se como contrato qualquer manifestação de vontade entre
duas ou mais pessoas (física ou jurídica), desde que não haja qualquer ilegalidade.
Tendo isto em vista, um mero acordo verbal entre professor e aluno configura um contrato entre ambos. No
mesmo sentido, uma conversa via whatsapp, e-mail ou qualquer rede social, configura um contrato.
Exemplo: O estudante envia uma mensagem a um professor via whatsapp acerca da possibilidade de ter aulas
particulares de inglês. O professor lhe responde e entram em acordo acerca do local, do dia, do valor e da forma de
pagamento. Há neste caso um contrato.
Outra noção importante é a de que um contrato é válido mesmo que for por apenas uma aula, ou até mesmo, se
houve um acordo e por algum motivo, nunca houve sequer uma aula realizada.
Exemplo: Estudante e professor encontram-se por acaso em um shopping e acordam acerca da possibilidade de
uma aula em determinado dia e horário, com determinado valor. Cumprido todo o combinado, o professor tem
direito a receber o pagamento do valor estipulado. Caso o aluno não apareça para a aula, o professor tem o direito
de exigir o que foi determinado em contrato.
Vale dizer, tudo pode ser considerado um contrato, desde que não haja nenhuma ilegalidade. Estipulado um
contrato de qualquer natureza, o profissional tem direito a ingressar com ação judicial para obter o que lhe é de
direito.
Cabe lembrar que o aluno também tem seus direitos e, portanto, o professor pode ser alvo de uma ação judicial
caso não cumpra com suas obrigações contratuais.
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Ter um contrato na forma escrita é importante para a comprovação das condições acordadas entre as partes e da
própria existência deste. No caso de aulas combinadas verbalmente há, conforme anteriormente comentado, um
contrato. Ocorre que, contratos gerados verbalmente ou através de mensagens eletrônicas apresentam maior
dificuldade de comprovação em caso de eventual ação judicial. O contrato escrito serve tanto para definir
previamente todas as condições nas quais se dará a relação entre professor e aluno. Também serve como meio
de prova em caso de ações judiciais para cobrança de valores não pagos ou quaisquer outros descumprimentos
de ambas as partes.
Não obstante, mesmo na falta de um contrato escrito, há sim um contrato entre professor e aluno. Pode-se até
mesmo considerar que cada aula é um contrato.
Exemplo: Aluno pede uma aula para o professor de forma verbal ou por meio de mensagem eletrônica. A aula é
realizada no dia e horário combinado e prontamente o aluno realiza o pagamento. Aí está um exemplo de contrato
iniciado e terminado.
Esta situação pode se repetir indefinidamente sendo que cada aula seria o cumprimento de um contrato. Neste
caso, a inadimplência seria mais difícil de ser comprovada. Porém, qualquer mensagem eletrônica ou mesmo
qualquer pessoa que testemunhe a situação pode servir de prova em caso de ação judicial.
Em casos de inadimplência por parte de alunos, o professor pode ajuizar uma ação de cobrança. Cabe lembrar que
é importante consultar um advogado(a) para decidir-se acerca da conveniência de tal instrumento, pois, é
necessário avaliar se há documentos hábeis para comprovar a situação em juízo.
No caso de um profissional decidir ajuizar uma ação de qualquer natureza, é possível procurar pela Defensoria
Pública. A Defensoria Pública fornece serviço de advocacia gratuita para cidadãos de baixa renda e está presente
em todos os Estados brasileiros.
Em um contrato, as partes são as pessoas que emitiram declaração de vontade de contratar. O Direito reconhece
dois tipos de pessoas: pessoa jurídica e pessoas física.
As pessoas físicas ou jurídicas emitem declarações de vontade. Deste modo, um contrato pode vincular duas
pessoas jurídicas, duas pessoas físicas ou uma pessoa jurídica e uma pessoa física.
A qualificação das partes deve estar claramente definida de forma que possam ser individualizadas e
encontradas, contendo assim o máximo de informações acerca de ambas como CPF, CNPJ, endereço comercial,
endereço residencial, etc.
As partes se destacam como contratante e contratado e ambas têm direitos e deveres conforme sua posição no
contrato e o que foi nele estabelecido.
O objeto do contrato é o serviço a ser prestado. Se o objeto do contrato é a realização de aulas de idioma inglês
em determinado dia e horário, o professor contratado tem apenas esta obrigação.
Pode ocorrer, por exemplo, que no objeto do contrato as partes estipulem que além das aulas, o professor
fornecerá uma apostila. Tudo o que ali estiver escrito deve ser cumprido. Portanto, o objeto do contrato e todas as
obrigações contratuais de ambas as partes devem estar claramente definidas.
O curso poderá durar somente uma aula ou determinado período de tempo. Também, o curso poderá ser por tempo
indeterminado, cabendo às partes estipularem como seria finalizado o contrato.
Neste caso, é importante que haja regras para desistência ou finalização do curso como, por exemplo, o aviso
prévio de ambas as partes sob pena de multa.
É Importante destacar de forma clara como serão ministradas as aulas. Assim, informações como datas, horários,
duração da aula, meio pelo qual a aula será ministrada, devem estar definidas em contrato.
Vale dizer que quanto mais específicas as informações mais fácil postular em juízo aquilo que não foi cumprido
pelas partes.
A questão do pagamento é de livre decisão das partes. Porém, exige-se um grau elevado de especificidade,
fazendo com que a forma do pagamento, a data e o valor estejam claramente definidas.
É Importante também ressaltar que a parte contratante, ou seja, o aluno, tem direito a receber um recibo por parte
do professor para fins de comprovação do pagamento.
O cancelamento do contrato está ligado à duração do mesmo. Se um contrato for estabelecido por tempo
indeterminado, este pode ser cancelado a qualquer tempo. Por isso, é fundamental que haja regras sobre aviso
prévio para cancelamento para ambas as partes sob pena de multa.
Importante salientar que o aluno, contratante, também tem direito a receber algum tipo de indenização como
devolução de dinheiro ou multa caso o professor cancele o contrato.
Além disso, nos casos de contratos por tempo determinado, este poderá ser automaticamente renovado caso as
aulas continuem, se nada houver estabelecido. Assim, caso nenhuma das partes se manifeste na data do término
do contrato, e as aulas continuarem normalmente como antes, o contrato será considerado renovado e passará a
se caracterizar como um contrato por tempo indeterminado.
O contrato pode prever a possibilidade do professor contratar outro profissional para fazer a entrega dos serviços
educacionais, seja em caso de força maior ou mesmo de acordo com a conveniência do contratado. Este ponto
pode gerar conflitos e por isso, deve ser claramente caracterizada sob quais condições este fato poderá ocorrer.
Uma cláusula que estabelece o livre arbítrio do professor (contratado) em sublocar os servições é muito
interessante, especialmente em caso de substituição devido à força maior.
O foro é a localidade na qual uma eventual ação judicial deverá ser ajuizada. Imagine um professor que resida na
cidade de São Paulo e ministre aulas via Skype para um aluno que resida na cidade de Manaus. No caso de uma
ação judicial de cobrança contra este aluno, esta deverá ser impetrada no foro (localidade) determinado no
contrato.
Assim, no caso de haver a necessidade de comparecimento em audiência durante o processo, esta audiência será
realizada no fórum da cidade escolhida como foro.
Portanto, dependendo da situação, o aluno devedor deverá se deslocar de Manaus até São Paulo para se defender
em uma eventual audiência judicial. Se nada for tratado quanto ao foro, o professor, no exemplo acima, deverá se
deslocar até Manaus para participar de uma audiência.
Cabe salientar que há legislação específica para cada caso e a melhor solução é sempre consultar um advogado(a)
ou se dirigir até a Defensoria Pública.
5- É preciso um advogado para ajuizar uma ação nas pequenas causas?
Sim. Exceto em contratos nos quais a lei exige forma específica para ter
validade como por exemplo o contrato de compra e venda de imóvel, um
contrato pode ser formado e ser considerado válido por qualquer meio
de comunicação sendo, email, fax, mensagem via whatsapp e até
mesmo, por meio de uma simples conversa. O problema nestes casos é
o meio para se comprovar a existência e as condições estabelecidas
entre as partes. Portanto, o contrato escrito com todas as cláusulas
que regem a relação estabelecida entre professor e aluno ainda é o mais
recomendado.
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Julio Vieitas
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