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APRESENTAÇÃO
Nesta disciplina, abordaremos os conceitos básicos de Direito Contratual,
evidenciando a importância do contrato no desenvolvimento das relações
sociais e econômicas. Inicie o seu estudo assistindo à videoaula de
apresentação.
Vídeo
COMPETÊNCIAS
Conheça as competências que você deverá desenvolver ao longo desta
disciplina:
compreender o ambiente contratual contemporâneo;
distinguir contratos empresariais, contratos civis e contratos de consumo;
identificar os princípios contratuais que norteiam a interpretação dos negócios e
a sua aplicação concreta;
avaliar os propósitos das partes na formação do contrato;
identificar a função e a utilidade dos instrumentos pré-contratuais e contratuais;
avaliar cláusulas penais de reforço e compensação de danos, e
reconhecer as diversas formas de extinção de um contrato e as suas principais
consequências.
BIBLIOGRAFIA
A seguir, você pode acessar a bibliografia recomendada pelo professor da
disciplina.
BIBLIOGRAFIA
FORGIONI, Paula. Contratos empresariais: teoria geral e aplicação. 2. ed.
São Paulo: RT, 2016.
Nesta obra, a autora aborda, de forma teórica e prática, a formação dos
contratos empresariais, apontando diversas questões relevantes para a análise
de um contrato entre empresários.
SCHREIBER, Anderson. Proibição ao comportamento contraditório. Rio
de Janeiro: Renovar, 2017.
Em uma linguagem acessível e permeada por citações de obras literárias e
casos concretos, nesta obra, o autor aborda, de forma profunda, as figuras
parcelares da boa-fé e o modo como são aplicadas no Brasil e no exterior.
SCHVARTZMAN, Felipe. Desconto de pontualidade e cláusula penal:
como o direito das obrigações pode promover a adimplência? Revista
Brasileira de Direito Civil (RBDCivil), Belo Horizonte, v. 14, p. 229-244,
out./dez. 2017.
O texto em referência apresenta a polêmica cláusula de desconto pelo
pagamento pontual, também conhecida como sanção premial. Tal polêmica
reside, justamente, no confronto entre a eficiência da cláusula no cumprimento
do contrato e a possível burla aos limites legais da multa moratória.
THEODORO NETO, Humberto. Efeitos externos do contrato. Rio de
Janeiro: Forense, 2007.
As implicações dos conflitos entre contratantes e terceiros são abordadas nesta
obra, que nos apresenta um conjunto de formulações de vínculos possíveis
entre contratantes e terceiros tanto à luz das regras legais quanto em razão
dos princípios.
MAPA DE ESTUDOS
O mapa de estudos representa a correspondência entre os módulos da disciplina on-line,
os capítulos do e-book ou da apostila e o programa do curso.
Utilize-o como um guia para auxiliá-lo nos seus estudos!
Para navegar pelo mapa, clique nos números que representam os módulos da
disciplina on-line.
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MÓDULO 1 – FUNDAMENTOS DO DIREITO CONTRATUAL*
APOSTILA
PROGRAMA
NEGÓCIO DENOMINADO CONTRATO
AUTONOMIA PRIVADA
LIMITES À LIBERDADE CONTRATUAL
FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO
BOA-FÉ OBJETIVA
OBJETIVOS
Ao final deste curso, esperamos que você seja capaz de:
UNIDADE 1
O PROCESSO CONTRATUAL
VAMOS PRATICAR?
Parte superior do formulário
Considerando todo o conteúdo estudado até o momento, responda à questão a
seguir.
As partes devem ser livres para decidir ou não celebrar um contrato sem terem
de preocupar-se em ser responsabilizadas por essa decisão, ou o
comportamento pré-contratual também deve ser fonte de responsabilidade?
FASE PRÉ-CONTRATUAL
Não raro, as partes se valem de documentos para registrar o modo como vão
conduzir as negociações, os pontos já discutidos, o tratamento das
informações trocadas, bem como se haverá ou não exclusividade de
negociação ou eventual direito de preferência.
Alguns instrumentos podem ser produzidos pelas partes ainda na fase pré-
contratual, antes que, efetivamente e em consenso, decidam contratar.
Podemos citar como exemplos documentos pré-contratuais como:
1. carta de intenções;
2. memorando de entendimentos (MoU);
3. acordo de confidencialidade (NDA);
4. termo de exclusividade;
5. termo de preferência;
6. proposta;
7. contraproposta e
8. aceitação.
O atual sistema jurídico brasileiro exige que os agentes atuem já nessa fase
com probidade e boa-fé. Isso significa que a negociação deve ser desenvolvida
de modo transparente quanto aos próximos passos, para que a outra parte não
realize investimentos na confiança de que o negócio caminha para a sua
conclusão quando, na verdade, ainda haveria premissas consideráveis não
definidas.
A DISSONÂNCIA E O OPORTUNISMO
Vídeo.
LEITURA
(2012/0020945-1) .
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?
componente=ATC&sequencial=71237527&num_registro=201200209451&data=20170608&tip
o=91&formato=PDF
VAMOS PRATICAR?
Parte superior do formulário
Durante as tratativas da possível compra e venda de um terreno para a
promoção de uma incorporação imobiliária com vistas à construção de um
empreendimento residencial, as partes celebraram um Memorando de
Entendimentos em que ficou prevista cláusula de exclusividade de negociação
entre elas pelo prazo de 180 dias.
Passados 120 dias e já realizados estudos prévios de viabilidade, de qualidade
e resistência de solo, e de meio ambiente, a compradora se deparou com uma
certidão informando que a empresa pertencente ao vendedor teve os seus
bens decretados indisponíveis, com extensão dos efeitos aos sócios, em Ação
Civil Pública não mencionada anteriormente pelo vendedor. Por tal razão, a
compradora decide não prosseguir com a negociação, além de querer ser
ressarcida pelos custos realizados até o momento.
A compradora pode desistir do negócio sem ter de indenizar a outra parte?
Teria a própria compradora direito ao ressarcimento pretendido?
Os agentes devem-se comportar com probidade e boa-fé desde as tratativas.
Desse modo, se já era do conhecimento do vendedor a existência de óbice
capaz de comprometer substancialmente o negócio, deveria ter informado o
quanto antes, a fim de possibilitar à outra parte mitigar os seus danos. Por esse
motivo, a desistência é motivada por fato atribuível à outra parte, não se
podendo cogitar a responsabilidade da compradora por desistir do negócio. Por
outro lado, a omissão do vendedor justifica a sua condenação ao ressarcimento
dos danos sofridos pela compradora.
UNIDADE 3
O Código Civil de 1916, por exemplo, não trazia qualquer previsão a respeito,
exigindo uma construção jurisprudencial lenta e gradual no sentido de se
reconhecer a vulnerabilidade concreta do aderente e de conferir-lhe alguma
proteção, especialmente no que diz respeito às denominadas
cláusulas leoninas, cujo conteúdo manifestamente abusivo expunha o aderente
a uma situação jurídica indesejada.
Com o advento do Código de Defesa do Consumidor (CDC) em 1990 e do
Código Civil em 2002, o contrato de adesão passou a ter tratamento expresso
nos arts. 423 e 424 do CC e no art. 54 do CDC. Além disso, o CDC trouxe um
rol exemplificativo de práticas e cláusulas reconhecidamente abusivas,
fulminando-as de nulidade.
Nas relações interempresariais, todavia, há diversos casos em que são
utilizados contratos de adesão – relações com bancos, contratos de
distribuição ou contratos de franquia – cujas cláusulas nem sempre são
consideradas abusivas à luz do CDC e também do CC.
Vídeo
UNIDADE 4
VAMOS PRATICAR?
A ABC Comércio Varejista de Alimentos S.A. negociou com José Maria Dil um
pré-contrato de venda da totalidade das suas ações na sociedade DIL
Comércio de Alimentos S.A., correspondente a 51% do capital votante. Os
respectivos estatutos sociais não continham nenhuma restrição ao negócio.
Após a realização de due diligence, as partes realizaram o pré-contrato e foi
pago um sinal de R$ 10.000.000,00, sendo convencionado que, ao final de 90
dias, seria pago o saldo remanescente, no valor de R$ 90.000.000,00, e
celebrado o respectivo contrato de venda.
No entanto, durante o período de 90 dias, José Maria notifica
a ABC informando a sua decisão de desistir da negociação, colocando-se à
disposição para devolver o sinal. A ABC, contudo, ainda mantém interesse no
negócio e precisa saber quais medidas deve adotar nesse caso.
Oriente a empresa ABC de forma fundamentada.
Uma vez presentes os elementos essenciais de compra e venda, preço, coisa e
consenso, e não havendo cláusula expressa de arrependimento, o sinal pago
deve ser entendido como confirmação do negócio (art. 462, do CC), sendo
possível pleitear a execução forçada do contrato preliminar para adjudicação
das ações (art. 463, do CC), valendo o sinal pago como mínimo indenizatório
pela mora do vendedor em transferir as ações (art. 419, do Código Civil).
UNIDADE 5
CONTEÚDO DO CONTRATO
Além disso, a parte deve ser especialmente legitimada para o ato negocial, o
que nem sempre ocorre, não sendo suficiente tratar-se de pessoa capaz.
Conforme o art. 1.647 do CC, uma pessoa casada, por exemplo, dependendo
do regime de bens, pode necessitar da outorga do outro cônjuge para certos
atos da vida civil.
Além das partes, o contrato deverá conter objeto lícito, possível, determinado
ou determinável, a fim de que seja viável exigir o seu cumprimento forçado no
futuro.
A forma é uma questão excepcionalmente exigida. É necessário adotar forma
solene apenas nos casos em que a lei determinar. O consenso dos
contratantes deve existir para que haja contrato ainda quando esse consenso
se manifestar sob a forma de adesão a um acordo previamente estipulado pela
outra parte.
LEITURA
Como deve ser o conteúdo de um contrato? Técnica e clareza são
inconciliáveis? Leia o artigo A vantagem de contratos com linguagem clara,
de Shawn Burton, para refletir um pouco mais sobre essas questões.
SHAWN BURTON
Doutor em Direito pela University of Toledo College of Law (EUA) e mestre em
Ciências políticas pela Miami University (EUA).
Atuou como diretor jurídico da General Electric Aviation e General Electric
Integrated Systems.
VAMOS PRATICAR?
Parte superior do formulário
A Alfa & Beta, sociedade empresária do ramo de mídia eletrônica, adquiriu, em
23 de julho de 2017, componentes eletrônicos para serem utilizados na
fabricação de painéis de publicidade. Após serem instalados, tais componentes
logo apresentaram defeito. Constatado o defeito, a adquirente comunicou o fato
à vendedora por carta registrada datada de 19 de agosto de 2017. Como não
houve solução por parte da vendedora, a Alfa & Beta propôs ação em 20 de
outubro de 2017.
Ao julgar a causa, o juiz proferiu sentença declarando o decaimento do direito
redibitório, pois a ação foi ajuizada somente dois meses após a referida
notificação. Para a Alfa & Beta, a sentença está errada, pois o prazo para
ajuizamento da ação seria de 180 dias, como previsto no artigo 445, parágrafo
1º, do Código Civil.
Analise a questão.
Ficha técnica: The Founder = Fome de Poder. Direção: John Lee Hancock.
Elenco: Michael Keaton, Laura Dern, Patrick Wilson, Linda Cardellini. EUA.
2016. 115 min., 10 anos., drama/romance.
UNIDADE 6
CONTRATOS ELETRÔNICOS
CONCLUSÃO