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Tempo de Duração do Contrato de Trabalho
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Brites
Tempo de Duração do Contrato de Trabalho
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Tempo de Duração do Contrato de Trabalho
Introdução ao Tema
O contrato de trabalho é a exteriorização da manifestação de vontade dos sujeitos da
relação de emprego, na qual o empregador se compromete a remunerar o empregado
mediante o salário, que em compensação se encarrega de executar atividade laboral,
seja de cunho físico, intelectual ou criativo.
Há, teoricamente, inúmeras formas de ser realizar o contrato de trabalho, vez que o
mesmo pode se dar por meio escrito, verbal ou tácito para produzir seus efeitos jurídicos
entre as partes, salvo quando houver incidência de vícios de consentimento, dentre eles,
destacam-se: o erro, o dolo, a coação, o estado de perigo e a lesão, vícios estes que
podem tornar o contrato de trabalho nulo ou anulável, considerando que a manifestação
de vontade de uma das partes é divergente em relação vontade real.
De acordo com a CLT o contrato de trabalho pode ser por prazo determinado ou
indeterminado, o primeiro formato ocorre quando as partes estipulam uma data de
término, no ato de sua implantação, em contrapartida o segundo formato é aquele que
não tem previsão de término, ou seja, vigora indefinidamente no tempo.
Nesse passo, insurge a necessidade de se realizar uma análise sistemática das normas
que são aplicáveis aos contratos de trabalho, sejam eles típicos ou a atípicos, pois a CLT
e a Lei nº 13. 467 de 2017 estabelecem diversas diretrizes para sua formação.
Desse modo, nesta unidade iremos estudar o contrato de trabalho por prazo deter-
minado e indeterminado, o contrato de trabalho temporário, a terceirização e o con-
trato intermitente.
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Leitura Obrigatória
Recomendamos à leitura do capítulo IV do livro: Curso de Direito do Trabalho. Luciano
Martinez. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. Disponível em: Biblioteca Virtual da UNICSUL.
Outrossim, vale ressaltar que o contrato de trabalho pode ser realizado na forma
escrita ou verba, bastando apenas a parte necessariamente manifestar sua vontade, sem
que haja ocorrência de quaisquer vícios de consentimento.
A ocasião pode referir-se, por exemplo, nas seguintes hipóteses: conclusão dos servi-
ços tratados, construção de uma máquina, ou ocorrência de um fato, tal como a colheita
de uma safra agrícola, pois o art. 443, § 1º e 2º da CLT é categórico ao determinar que
o contrato por prazo determinado somente será válido quando se tratar:
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) de atividades empresariais de caráter transitório;
c) de contrato de experiência.
Quanto a fixação do prazo determinado o artigo 445 da CLT estabelece que o con-
trato de trabalho nessa modalidade não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos,
podendo ser prorrogado uma única vez, conforme preceitua o artigo 451.
Todavia, o artigo 452 da CLT estabelece uma exceção quanto à fixação do prazo
determinado, ou seja, quando a expiração do contrato depender da execução de serviços
especializados ou da realização de certos acontecimentos.
Portanto, verifica-se que o contrato de trabalho por prazo determinado deve ser com-
preendido como exceção, pois a regra é que os contratos sejam por prazo indeterminado.
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Unicidade Contratual
No tempo de serviço quando o empregado é readmitido, serão computados os perí-
odos, ainda que não contínuos, em que tiver trabalhado anteriormente para o mesmo
empregador, conforme preceitua o artigo 453 da CLT.
Relação Triangular
Importante ressaltar que a contratação de um trabalhador temporário ocorre por meio
da relação triangular, na medida em que são três os sujeitos envolvidos nesse contrato
de trabalho, ou seja, empresa tomadora de serviços, empresa de trabalho temporário e
o trabalhador temporário.
Por outro lado, a empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela
equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa de
trabalho temporário (art. 5º).
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Todavia, a relação entre a empresa tomadora de serviços e a do trabalhador temporário
é de trabalho temporário, já a relação entre a empresa de trabalho temporário e a
empresa tomadora de serviços é de direito comum (art. 10º).
IV - valor.
Diante dessas hipóteses, é preciso destacar que o trabalho temporário é aquele de-
sempenhado pelo trabalhador que é cedido pela empresa de trabalho temporário para
outra empresa, denominada tomadora dos serviços, que necessita da execução de ativi-
dade desse trabalhador para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal
permanente ou à demanda complementar de serviços.
Por fim, vale lembrar que a lei proíbe a contratação de trabalho temporário para a
substituição de trabalhadores em greve (art. 2º, §1º), bem como a utilização dos traba-
lhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa
prestadora de serviços (art. 5, §1º).
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d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$
100.000,00 (cem mil reais); e
e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais).
III - prova de possuir capital social de, no mínimo, R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Obrigações Trabalhistas
Caso haja inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do empregador impli-
ca a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços, já a empresa tomadora dos ser-
viços é solidariamente responsável pelo pagamento da remuneração e da indenização de-
vidas ao trabalhador temporário em caso de falência da empresa de trabalho temporário.
Por fim, a lei adverte ainda que no caso de falência da empresa de trabalho tempo-
rário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento
das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve
sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e
indenização (art. 16).
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Por fim, vale ressaltar que o empregado que for demitido não poderá prestar serviços
para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de
serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do
empregado (art. 5º-D).
Terceirização
A Lei nº 13. 429/2017 também conhecida como Lei da Terceirização acresceu
diversas disposições na Lei nº 6.019/1974, na qual regula o contrato de trabalho
do trabalhador temporário. O objetivo dessa medida legislativa foi de regulamentar
a terceirização no país, vez que somente a atividade meio era permitida, conforme
entendimento do TST:
Súmula n. 331: pela norma era lícita a terceirização da atividade-meio
da empresa, como serviços de vigilância, conservação e limpeza.
Com o intuito de regular essa hipótese Lei nº 6.019/1974, que dispõe sobre o tra-
balho temporário nas empresas urbanas e dá outras providências passou a dispor sobre
as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros, na qual trata da
possibilidade de terceirização tanto da atividade meio como da atividade fim, in verbis:
Art. 4o-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência
feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades,
inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado
prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível
com a sua execução.
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Art. 5o-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato
com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de
suas atividades, inclusive sua atividade principal.
Note que a mudança trazida pela reforma trabalhista possibilitou que quaisquer ativi-
dades da empresa poderão ser terceirizadas. Portanto, a restrição existente em relação
ao exercício de atividade-fim deixou de vigorar.
Vale ressaltar que objetivo da terceirização ampla e irrestrita foi de trazer segurança
jurídica às partes, de impactar a produtividade da empresa, de facilitar a criação de vagas
de emprego e de desburocratizar a contratação e demissão de funcionários.
Vale ressaltar que o legislador por opção determinou que as regras dessa modalidade
de contrato não são aplicáveis aos aeronautas, vez que são regidos por legislação própria.
Da Convocação
Celebrado o contrato o empregador convocará o empregado, por qualquer meio de
comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com,
pelo menos, três dias corridos de antecedência.
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Vale ressaltar que durante o período de inatividade não será considerado tempo à
disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes
(art. 452-A, §5º).
Por fim, vale ressaltar que a cada 12 (doze) meses, o empregado adquire direito a
usufruir, nos 12 (doze) meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não
poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador (art. 452-A, §9º
da CLT).
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Curso de Direito do Trabalho
HENRIQUE, Carlos. LEITE, Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 16. ed. São Paulo:
Saraiva, 2017.
Direito do Trabalho
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Direito do Trabalho. 29. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
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Referências
HENRIQUE, Calos. LEITE, Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 16. ed. São Paulo:
Saraiva, 2017.
MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.
NAHAS Thereza. Direito do Trabalho. 1. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2018.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 29. ed. São Paulo:
Saraiva, 2014.
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