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FACTHUS

Bruno Zanardo Piotto


Dandara Campos Tibery
João Pedro Araújo

Trabalho Intermitente
Uberaba
13/04/2023
Trabalho Intermitente

O que é?
Trabalho Intermitente é uma forma de prestação de serviço não continuada, de forma
esporádica. É um modelo de vínculo empregatício que ocorreu de forma descontinuada e tais
períodos de trabalho podem ser determinado em horas, dias ou meses, independente da
atividade praticada.

Como funciona?
O trabalho intermitente funciona por meio de uma convocação do contratante e o contratado
tem a opção de aceitar ou não o chamado. Prestado o serviço o contratado é remunerado pelo
período de atividade acompanhado de diversos direitos trabalhistas, tais como: tais como
remuneração de férias, 13º salário, além do depósito do FGTS devido e contribuição para a
Previdência Social.
Por não se tratar de uma prestação contínua e não ter uma necessária obrigação de prestar o
serviço em horário determinado, dá-se a liberdade ao trabalhador de prestar serviços a
empregadores distintos.
Devido a essa possibilidade do trabalhador prestar diversos serviços a diferentes
empregadores é estabelecido, pelo artigo 452-A da CLT, para a convocação prazo de 03 dias
corridos antes da data a ser realizado o serviço e o trabalhador tem um dia útil para responder
ao contratante se vai ou não prestar o serviço.

Como é celebrado o contrato de trabalho intermitente?


O contrato para a prestação de serviços de forma intermitente deve ser celebrado por escrito e
conter especificamente o valor da hora de trabalho que não pode ser inferior ao valor da hora
do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam
a mesma função.
Esse tipo de contrato é a regulamentação do meio intermitente de prestação de serviço, que foi
criado pela Lei 13.467/2017 na reforma trabalhista e sua regulamentação foi incluída na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) por meio dos artigos 443, §3º e 452-A.

Tipo de duração (prazo):


O trabalho intermitente é uma modalidade de contratação flexível em que o trabalhador presta
serviços de forma descontínua e com alternância de períodos de trabalho e inatividade. Em
relação ao prazo de duração do trabalho intermitente, a legislação trabalhista brasileira prevê
que ele pode ser realizado por prazo indeterminado ou determinado.
No caso de contrato por prazo indeterminado, não há limite temporal estabelecido para a
duração do trabalho intermitente, desde que seja cumprido o limite máximo de horas
trabalhadas por mês e conforme demais normas trabalhistas cumpridas.
Já no caso de contrato por prazo determinado, o prazo máximo de duração do trabalho
intermitente é de até 24 meses, podendo ser prorrogado por igual período, desde que haja
acordo entre as partes.
Vale ressaltar que a modalidade de trabalho intermitente foi criada com a reforma trabalhista de
2017 e ainda é pouco utilizada no mercado de trabalho brasileiro. Além disso, a flexibilidade
oferecida pelo trabalho intermitente pode trazer vantagens tanto para o empregador quanto
para o trabalhador, mas também pode apresentar desafios em relação à estabilidade financeira
do trabalhador e a garantia de seus direitos trabalhistas.

Tempo para ser recontratado:


O trabalho intermitente é uma modalidade de contratação em que o empregado é convocado a
trabalhar de acordo com as necessidades da empresa, sem uma jornada fixa e recebendo
remuneração proporcional às horas trabalhadas. Uma das dúvidas que pode surgir em relação
a essa forma de trabalho é o tempo necessário para ser recontratado.
De acordo com a legislação trabalhista brasileira, o trabalhador intermitente pode ser
convocado novamente para prestar serviços pela mesma empresa após um período de 90 dias,
contados a partir da data de termo do contrato anterior. Esse prazo foi estabelecido pela
Medida Provisória nº 808/2017, que regulamentou o trabalho intermitente no país.
Vale ressaltar que esse período de 90 dias é uma garantia mínima prevista em lei, podendo ser
oficialmente por meio de negociação entre as partes envolvidas. Além disso, a empresa não é
obrigada a convocar o trabalhador novamente após o termo do contrato anterior, mesmo que já
tenha decorrido o prazo de 90 dias.
Outro ponto importante a ser destacado é que o trabalhador intermitente tem direito a receber,
no momento da convocação, todas as verbas rescisórias fornecidas ao período trabalhado
anteriormente, como férias e 13º salário. Esses valores devem ser pagos junto com a
remuneração das horas trabalhadas na nova convocação.
Portanto, o tempo para ser recontratado no trabalho intermitente é de 90 dias a partir da data
de término do contrato anterior. No entanto, é importante lembrar que esse prazo pode ser
negociado entre as partes e que a empresa não é obrigada a convocar o trabalhador
novamente. Além disso, o trabalhador tem direito a receber as verbas rescisórias fornecidas ao
período trabalhado anteriormente no momento da nova convocação.

Nesse tipo de contrato, a capacidade de ser parte é um aspecto importante, pois o empregado
deve estar disponível para trabalhar quando for convocado, de acordo com as condições
previamente estabelecidas.

Essa modalidade de trabalho pode ser vantajosa tanto para o empregador quanto para o
empregado, já que permite uma maior flexibilidade na gestão do trabalho e uma melhor
adaptação às oscilações da demanda de trabalho. No entanto, é importante que as condições
de trabalho sejam previamente acordadas, para evitar problemas como a precarização do
trabalho e a falta de garantias trabalhistas.

Além disso, a capacidade de ser parte no trabalho intermitente requer uma boa organização
por parte do empregado, para que ele possa conciliar as convocações com outras atividades e
compromissos pessoais. Por outro lado, o empregador deve estar atento às condições de
trabalho, fornecendo um ambiente seguro e saudável para o desempenho das atividades.

Em resumo, a capacidade de ser parte no trabalho intermitente requer comprometimento e


organização tanto do empregado quanto do empregador, para que essa modalidade de
trabalho possa ser desenvolvida de forma segura e satisfatória para ambas as partes. É
importante que as condições de trabalho sejam claras e transparentes, garantindo a proteção
dos direitos trabalhistas e o respeito mútuo entre as partes envolvidas.

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