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Janaina Caribé de Andrade

Resenha Crítica
Da Formação à Extinção do Contrato

Salvador-BA
2022
Janaina Caribé de Andrade

Resenha Crítica
Da formação à Extinção dos Contratos

Resenha Crítica elaborada


com o intuito de discorrer
sobre a obra “Da formação à
Extinção do Contrato”, sob
instrução da Prof.ª Vanessa
Ferreira.

Salvador-BA
2022
Sumário
1. Introdução
2. Resumo da Obra
3. Sobre a formação dos Contratos
4. Proposta e Aceitação
5. Tempo e Lugar do Contrato
6. Publicidade do Contrato
7. Indenização por inexecução voluntária
8. Promessa de contratar e o Contrato de Compra e Venda
9. Responsabilidade Pré- contratual
10. Execução do Contrato
11. Exceção do Contrato não Cumprido
12. Alteração do Contrato
13. Renegociação
14. Revisão Judicial
15. Extinção do Contrato
16. Contribuição da Obra
17. Conclusão
18. Referências
Introdução
O presente trabalho trata-se de uma resenha crítica acerca da obra “Da Formação à Extinção do
Contrato”, Curso de Direito Civil-Volume 3- Ed. 2020.
O intuito é fazer uma breve análise do texto, de forma clara e objetiva, destacando temas
importantes e trazendo a teoria para a vida prática.
Resumo da Obra
O autor, através da sua obra, discorre sobre os Contratos, falando da sua fase de formação até a sua
extinção. Além disso, também traz informações acerca dos Princípios Contratuais e das regras e
normas que possibilitam a sua construção.

Sobre a Formação dos Contratos


Os contratos resultantes de amplas negociações representam custos significativos para os
contratantes. O assessoramento das partes em tratativas por seus advogados e eventualmente por
profissionais de área técnica ou financeira, nesses negócios, é indispensável.
A economia chama os gastos e dispêndios realizados nas tratativas pré-contratuais de Custos de
Transação. A redução dos custos de transação representa a contribuição primordial do direito para o
aumento da eficiência do uso dos recursos escassos, segundo Coase. Quanto mais poupar as partes
da necessidade de negociarem exaustiva e detalhadamente todos os possíveis desdobramentos de
seu acordo, melhor serve o sistema jurídico a tal propósito.

Proposta e Aceitação
A formação do contrato pressupõe a exteriorização do encontro de vontade entre as partes. O
primeiro contratante a manifestar sua vontade é chamado proponente e sua declaração de proposta;
o outro contratante manifesta-se mediante aceitação e é denominado aceitante.
Proposta e aceitação representam, em geral, negócios jurídicos unilaterais receptícios, isto é,
declarações de vontade exteriorizadas pelo sujeito de direito com o objetivo de ver produzidas, a
partir do seu conhecimento pelo destinatário, os efeitos preordenados em lei.
O contrato nasce da convergência da proposta e aceitação. É, portanto, negócio jurídico bilateral
resultante do encontro de negócios jurídicos unilaterais.
A obrigatoriedade da proposta é temporária. O proponente não pode ficar indefinidamente à espera
de manifestação do destinatário. A aceitação, para importar a conclusão do contrato, deve ser
integral e incondicional. Se a declaração do aceitante adita, restringe ou modifica as condições de
negócios contidas na proposta, ela não é aceitação. Trata-se, como define a lei, de nova proposta ou
contraproposta. Dessa maneira, as posições ficam invertidas: o destinatário original torna-se
proponente, e o proponente original, destinatário.
A aceitação também deve ser expressa. Apenas excepcionalmente admite a lei a vinculação do
destinatário aos termos da proposta em razão da falta de recusa tempestiva

Tempo e Lugar do Contratos


O tempo da constituição do contrato é, em princípio, o do recebimento da aceitação pelo
proponente, se ainda estiver obrigado pela proposta. Como são, em geral, negócios jurídicos
receptícios, proposta e aceitação só produzem efeitos quando de seu conhecimento pelo
declaratário.
Por sua vez, o lugar do contrato será o da proposta (Art. 435, CC), salvo se as partes contratarem de
modo diverso.

Publicidade do Contrato
A regra é a da privacidade dos contratos. A publicidade só é exigível para o contrato produzir efeitos
perante terceiros. Se os contratantes querem que o negócio seja considerado também em suas
relações jurídicas com estranhos ao contrato, estarão mais bem resguardados em seus interesses se
levarem o instrumento contratual ao Registro de Títulos e Documentos. Em alguns casos, para
garantir a eficácia do contrato além dos contratantes, a Lei retira a discricionariedade deles o poder
de optar pela privacidade.

Indenização por Inexecução Voluntária


Como ocorre em qualquer outro negócio contratual, a parte lesada pela inexecução culposa do
contrato preliminar pode optar pela sua execução específica ou resolução.
A execução específica do contrato preliminar consiste na sua conversão em definitivo por decisão
judicial. Abrem-se, portanto, as hipóteses de cumprimento ou incumprimento voluntário do negócio
definitivo.
Por outro lado, a resolução do contrato preliminar implica a liberação dos contratantes da obrigação
de celebrar o definitivo.
Promessa de Contratar e o Contrato de Compra e
Venda
A declaração resta sem efeito se o declaratário não se manifestar no prazo fixado pelo declarante. O
exemplo corriqueiro é o da opção de Compra e Venda.
Na opção de compra, o titular de um bem outorga ao declaratário o direito de adquiri-lo em
determinadas condições. Nesse caso, já está confirmada a declaração do vendedor no sentido de se
obrigar a transferir o domínio da coisa para o destinatário de sua promessa de contratar. Para a
conclusão do contrato definitivo de compra e venda, é necessária e suficiente a declaração
convergente do outorgado, no sentido de exercer sua opção no prazo e condições estabelecidos pelo
outorgante.
Já na opção de venda, dá-se o inverso. O interessado em adquirir certo bem outorga ao titular deste
o direito de lhe vender por certo preço e em determinadas condições constantes da promessa
unilateral de contratar. A declaração do comprador no sentido de se obrigar ao pagamento do preço
pela coisa indicada foi já exteriorizada, faltando e bastando para a constituição da compra e venda
definitiva unir-se a ela a manifestação concorde do vendedor.
Pela promessa de contratar, o sujeito de direito confere ao declaratário a opção de celebrarem,
dentro das condições da declaração unilateral, o contrato definitivo.

Responsabilidade Pré-contratual
Ninguém é obrigado a fechar o contrato, por mais amadurecidas que se encontrem as negociações,
caso não lhe interesse fazê-lo. Se o contrato não é necessário e não existe obrigação fundada em
pré-contrato, a recusa de contratar é, em princípio, legitimada pela autonomia privada.
O valor da indenização devida em razão da responsabilidade pré-contratual corresponde ao
ressarcimento dos custos de transação somente. A indenização não pode ser fixada em função do
lucro que adviria para o credor da celebração e execução do contrato, porque não chegou a haver
entre as partes negócio preliminar nenhum. A responsabilidade pré-contratual implica a obrigação
de ressarcir apenas as despesas incorridas pelo credor para participar da negociação.

Execução do Contrato
A finalidade do contrato é vincular os contratantes ao cumprimento das obrigações nele
mencionadas. Quando tais obrigações são cumpridas, diz-se que o contrato foi executado. A
execução pode ser, numa primeira distinção, voluntária ou forçada.
Na execução voluntária, o devedor toma a iniciativa de entregar a prestação ao credor no
vencimento, agindo tal como se contratos são executados voluntariamente. Nesse caso, por não
surgirem conflitos de interesses, o fato não desperta a atenção da tecnologia jurídica.
Na execução forçada, o cumprimento das obrigações ou a compensação pelo descumprimento é
resultado da atuação do Estado, por meio do aparato judicial.
adimplemento. Esse instrumento é a exceção do contrato não cumprido, que pode eventualmente
traduzir-se no direito de retenção.

Exceção do Contrato não Cumprido


A exceção do contrato não cumprido diz respeito aos contratos bilaterais, em que os contratantes
são reciprocamente credores e devedores de obrigações. Cada parte é sujeito ativo e passivo da
outra, e as prestações devidas podem ou não ser equivalentes. A exceção importa a impossibilidade
de o contratante exigir o cumprimento do contrato bilateral enquanto estiver inadimplente.

Alteração do Contrato
Sempre que alguém entabula negociações e fecha um contrato, faz um cálculo de interesses. O
comprador calcula que atenderá aos seus interesses pagar o preço contratado pela coisa objeto de
contrato; que isso lhe trará alguma vantagem ou proveito, mesmo que não seja de natureza
econômica.
Cada sujeito de direito é o único senhor de seus interesses. O cálculo feito no transcorrer das
negociações é em tudo subjetivo. O contrato altamente interessante para uma pessoa pode
representar, para a outra, puro desperdício.
O cálculo de interesses é sempre subjetivo, mas a verificação da onerosidade excessiva deve ser
necessariamente objetiva.
A preservação da equação entre perdas e ganhos identificadas pelo contratante ao celebrar o
contrato pode derivar de renegociação com a outra parte ou, em alguns casos, ser alcançada por
meio da sua revisão em juízo.

Renegociação

A forma de renegociação obedece às mesmas aplicáveis aos contratos. A renegociação pode visar a
simples mudança da extensão, estrutura ou natureza das obrigações contratadas. É assim se as partes
cumprem o dever geral de boa-fé e se dedicam ao processo de renegociação antes do vencimento
das prestações ou de qualquer inadimplemento.
Em nenhuma circunstância o contratante é obrigado a renegociar. Ele pode, eventualmente, ser
constrangido por situações de fato ou mesmo ceder insatisfeito a argumentos racionais, mas contra a
sua vontade não se altera o contrato.
Revisão Judicial
O princípio jurídico da vinculação das partes ao contrato é elemento essencial da racionalidade do
instituto.
A revisão judicial de um contrato, fundada na teoria da imprevisão, tem cabimento qualquer que
seja a sua classificação.
Em suma, a comutatividade não é pressuposto da revisão judicial do contrato, podendo o juiz tornar
equitativas as obrigações também dos contratos aleatórios e unilaterais.

Extinção do Contrato
A extinção do contrato diz respeito ao tributo da existência. A formação do contrato é pressuposto
óbvio da extinção. Para ser extinto, o contrato há de ser existente, mas não necessariamente válido e
eficaz. A invalidade e a ineficácia podem ser causa da extinção, mas o contrato extinto não perde
necessariamente a validade e costuma ainda produzir efeitos, como, por exemplo, a obrigação de o
contratante culpado indenizar o inocente.
A extinção das obrigações contratadas importa também o fim do contrato. De mesmo modo, a
extinção do contrato acarreta a das obrigações contratadas.

Contribuição da Obra
O autor, através da sua obra, contribui com esclarecimentos, informações, exemplificações e
entendimentos sobre os Contratos, da sua fase de formação à sua fase de extinção.
O autor também elenca ao texto os princípios norteadores do vínculo contratual, das relações
obrigacionais e suas formalidades.

Conclusão
A obra é de uma riqueza de informações e conhecimentos, favorecendo ao estudante uma visão
ampla e dinâmica a respeito da relação contratual e seus desdobramentos.
Referência
Curso de Direito Civil- Volume 3- Edição 2020
QUARTA PARTE- DIREITO DOS CONTRATOS
CAPÍTULO 28. DA FORMAÇÃO À EXTINÇÃO DO CONTRATO

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