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Princípios

É a luz que ilumina o caminho do interprete

DIREITO CONTRATUAL
 Princípio quer dizer origem, ou seja, a essência de algo.
Um valor abstrato. Para compreendermos a teoria geral
dos contratos, precisamos entender que:
• Os princípios são normas, e impõem deveres de conduta aos
cidadãos;
• Os princípios são fontes do direito. Devemos afastar a ideia de que
a única fonte do direito é a lei.
 Importa destacar que, diferentemente das leis, os princípios
não apresentam uma data de surgimento. É um valor social,
que surge, cresce e amadurece na sociedade, momento
em que passa a ganhar relevância.
Princípio da autonomia da vontade
Esta resolução garante a liberdade de acordo entre
partes envolvidas. Desta forma, ao firmar
interesses através das cláusulas do contrato, os
envolvidos devem receber amparo pela ordem
jurídica.
Este princípio valida que as partes envolvidas
possuem direitos e também obrigações. Além
disso, torna possível realizar tratados considerados
atípicos e gerados pelas necessidades e interesses
de todos envolvidos na transação.
O que é o princípio da autonomia privada e como
ele se relaciona com a função social?
Autonomia privada é um princípio mais recente
no direito privado, que decorre do princípio da
autonomia da vontade, divergindo dele na medida
em que as pessoas criam normas a partir da
vontade (particular), com o intuito de que elas
mesmas executem e respeitem (contrato de normas
autônomas — segundo Bobbio).
Norma Ambígua- prevalecerá a vontade
do aderente
Princípio da obrigatoriedade dos contratos
Esta diretriz garante que o negócio será cumprido.
Firma a segurança jurídica e obriga por lei que os
indivíduos que assinarem o acordo cumpram suas
obrigações. Assim como também fornece
subsídios jurídicos para cobrar o que não foi
realizado.

O que é o princípio do pacta sunt servanda?


A expressão pacta sunt servanda – do latim, “pactos
devem ser respeitados” ou “acordos devem ser
cumpridos” – é utilizada para designar um princípio
clássico da teoria dos contratos, segundo o qual haveria
obrigatoriedade em cumprir o que foi acordado em
contrato
Rebus sic stantibus
Em termos contratuais significa dizer que o contrato será
cumprido rebus sic stantibus (estando as coisas como
estão).

Princípio da revisão dos contratos

Através deste princípio é garantido que seja feita a


revisão e a modificação das cláusulas de um
contrato, com o objetivo de evitar
possíveis injustiças aos envolvidos.
Eventos: “O requisito da imprevisibilidade, para possibilitar a
Imprevisíveis e sua adoção. Assim, não era mais suficiente a ocorrência
Extraordinários de um fato extraordinário, para justificar a alteração
contratual. Passou a ser exigido que fosse também
imprevisível. É por essa razão que os tribunais não
aceitam a inflação e alterações na economia como causa
para a revisão dos contratos. Tais fenômenos são
considerados previsíveis entre nós. A teoria da imprevisão
consiste, portanto, na possibilidade de desfazimento ou
revisão forçada do contrato quando, por eventos
A prestação de uma imprevisíveis e extraordinários, a prestação de uma das
das partes tornar-se partes tornar-se exageradamente onerosa — o que, na
exageradamente prática, é viabilizado pela aplicação da cláusula rebus sic
onerosa stantibus, inicialmente referida."[3]
Rebus sic stantibus e pacta sunt servanda

A cláusula rebus sic stantibus se relaciona com o pacta sunt


servanda, expressão em latim que significa "os contratos
devem ser cumpridos". Este termo é uma referência à
obrigatoriedade do cumprimento dos contratos, ao prever que a
assinatura de um acordo obriga as partes a cumpri-lo.

Assim, a rebus sic stantibus deve ser entendida como


uma exceção à regra geral que determina o cumprimento
dos contratos até o final de sua validade (pacta sunt servanda).

Esta permissão existe pois a rebus sic stantibus permite que, em


situações especiais, uma das partes pode não ser obrigada a
cumprir o que foi contratado. Isso possibilita que situações
imprevistas ou cláusulas abusivas sejam revisadas.
Em quais situações pode ocorrer a revisão de
contratos?

O Artigo 478 do Código Civil traz pelo menos quatro


critérios para a revisão contratual existir:

•Acontecimentos extraordinários;
•Eventos imprevisíveis;
•Termos extremamente onerosos;
•Cláusulas que deem extrema vantagem para uma das
partes.
Está sendo mitigado
Princípio da relatividade dos contratos

Esse processo deixa claro que as condições estabelecidas


nos contratos envolvem apenas as partes que o
assinaram. Sendo assim, suas consequências não podem
prejudicar ou se aproveitar de terceiros.

Além disso, esta diretriz se aplica aos sujeitos e também


ao objeto. Como resultado, quando o tratado envolve
algum bem material, este princípio impossibilita que ele
atinja pessoas que não estão comprometidas com o
acordo.
Princípios Modernos

Princípio da boa-fé
Este regimento exige que todos os envolvidos se
comportem de maneira considerada correta
durante a execução do negócio e também de suas
tratativas.
Princípio da função social do contrato
De maneira resumida, a liberdade deve
considerar a razão e os limites da função social.
Atingindo assim, objetivos que além de individuais,
sejam também de interesses coletivos ou sociais.
Prevalecendo sempre as necessidades comuns
das partes envolvidas no contrato Princípio da
força obrigatória.
O princípio da força obrigatória dos contratos
garante que os pactos devem ser cumpridos. Por
isso, após as partes envolvidas estarem de acordo
com as regras estabelecidas, o contrato obriga seu
cumprimento como se fosse lei.
Súm.302 STJ
Princípio do equilíbrio contratual
Este recurso se atenta para que haja a revisão e a
resolução de um contrato que sofre onerosidade
excessiva. Desse modo, coloca limites ao princípio
da força obrigatória.
Princípio da onerosidade excessiva

A imposição excessiva ocorre quando acontecimentos


subsequentes e imprevisíveis, provocam mudanças na
situação do contrato. Em resumo, atinge de forma direta a
prestação devida, que se torna muito difícil de ser
cumprida pelo devedor, enquanto a outra parte se
beneficia de maneira exagerada.
Os princípios contratuais código civil 2002 buscam evitar
desigualdades entre as partes, sendo regidos pela justiça
e pela igualdade. Desse modo, garantem para ambos os
lados a possibilidade de contratar e de estipular as
obrigações e consequências de seus negócios.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a
apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua
prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-
la, a fim de evitar a onerosidade excessiva”.
O princípio do adimplemento substancial, fundamentado na boa-fé
objetiva, afasta a resolução do negócio quando o cumprimento foi realizado
em grande monta, de modo substancioso, ou seja, se a parte inadimplida é
mínima em relação ao todo.
A alternativa A está correta, dado que o princípio da
boa-fé objetiva, segundo

o art. 422, deve ser observada mesmo na conclusão do


contrato, ou seja, na

fase pré-contratual ambas as partes têm o dever de


agir de boa-fé, o que não

ocorreu no caso.
A alternativa B está incorreta, pois não havia pré-contrato
ainda, já que as

partes sequer entabulam quaisquer tratativas. A fabricante


meramente

entregou as sementes, sem se manifestar sobre a contratação.

A alternativa C está incorreta, eis que, historicamente, se


dividia a

responsabilidade civil em contratual e extracontratual, esta


derivada de ato

ilícito. Não se falava em responsabilidade pré-contratual, mas


apenas em

responsabilidade após ter sido o contrato firmado.

A alternativa D está incorreta, também, porque, como não há


contrato ainda,

não se pode aplicar a responsabilidade contratual (até porque


se não há

contrato, como eu aplicarei as regras de um contrato que não


existe ainda?),

mas a responsabilidade extracontratual.

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