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Princípios Contratuais
Princípios liberais ou individuais: Princípios sociais:
Princípios Contratuais 1
Quando um contrato é acordado, ele se torna uma regra legal e obriga as partes a cumprirem suas
obrigações, com a possibilidade de intervenção do Estado em caso de descumprimento. Isso é
vital para a segurança jurídica dos negócios.
Deve-se destacar a importância do princípio da obrigatoriedade dos contratos, que ainda está em
vigor, pois ajuda a manter a estabilidade das relações contratuais ao gerar confiança no
cumprimento do contrato. Embora a regra seja que os contratos devem ser cumpridos como
acordados e não podem ser modificados por terceiros, em situações excepcionais e com
justificação adequada, o juiz pode alterar os termos do contrato.
Seção IV
Da Resolução por Onerosidade Excessiva
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes
se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de
acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do
contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as
condições do contrato.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear
que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a
onerosidade excessiva.
A execução ocorre em um momento futuro, mesmo que seja feita de uma vez, como uma
compra e venda com entrega do produto em uma data posterior.
Contrato comutativo:
Contrato em que é possível antecipadamente avaliar o equilíbrio entre custos e benefícios para
ambas as partes - Oneroso e Bilateral
Contratos aleatórios:
Princípios Contratuais 2
Evento inesperado, que não era previsível no momento do contrato e não foi causado pelas
partes.
Se possível, os negócios jurídicos devem ser mantidos. O réu pode oferecer modificações
justas nas condições do contrato (Artigo 479 do CC).
Resolução contratual:
Se não for possível a revisão, a opção é a resolução do contrato, que significa sua extinção
e o retorno ao estado anterior (status quo ante).
A Boa-Fé Objetiva
Uma regra geral aplicável a todas as relações legais na sociedade. Envolve o comportamento das
partes em uma relação jurídica de cooperação, não se relacionando com seus estados mentais
pessoais. Ela impõe padrões de conduta, como correção, cuidado, segurança, informação,
cooperação e sigilo. Exige que as partes ajam de forma a garantir o cumprimento do contrato
conforme o planejado e o benefício de ambas as partes.
Esse princípio promove honestidade, respeito mútuo e a obrigação de fornecer informações claras
e verdadeiras nas relações.
Princípios Contratuais 3
🖤 Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma
obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra
parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.
🖤 Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o
permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.
Supressio: É a redução do conteúdo obrigacional, ocorrendo quando um direito não é exercido por
um tempo considerável, e exercê-lo contrariaria a boa-fé e as expectativas da relação jurídica.
Surrectio: É o oposto da supressio, envolvendo a ampliação do conteúdo obrigacional. Isso
acontece quando práticas, usos e costumes locais criam um direito não acordado inicialmente,
como um local diferente de pagamento estabelecido no Artigo 330 do CC.
🖤 Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do
credor relativamente ao previsto no contrato.
Origem na transição: Essa mudança de perspectiva tem suas raízes na revisão do direito
subjetivo de propriedade. A simples posse da propriedade não é mais suficiente.
A função do contrato mudou devido a uma nova realidade marcada por uma dinâmica negocial
centrada no lucro, um grande volume de contratos e a perda de equilíbrio entre as partes,
resultando na necessidade de reavaliação do contrato.
A função social do contrato impõe limites à liberdade contratual, garantindo que os negócios
jurídicos estejam em consonância com o interesse social. Contratos que não cumprem essa função
são nulos. O negócio jurídico deve representar tanto os interesses individuais quanto o interesse
social geral.
Individual: Relacionada aos contratantes que buscam seus próprios interesses por meio do
contrato.
Para que um contrato exerça sua função social, é essencial equilibrar a autonomia privada, a boa-
fé objetiva e o equilíbrio contratual, buscando alcançar o bem comum que beneficie os
envolvidos diretos e a coletividade em geral.
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O Equilíbrio Contratual
Autonomia da vontade e a função social do contrato necessitam de um equilíbrio entre os
contratantes, garantindo que o mais forte não sobreponha seus interesses sobre o mais fraco,
especialmente em contratos envolvendo partes desiguais, onde é essencial compensar a
vulnerabilidade do contratante mais fraco.
Direito do trabalho – CLT;
Direito do consumidor;
Teoria da imprevisão (art. 478, do CC); revisão de cláusula penal abusiva (art. 413, do CC);
interpretação das cláusulas do contrato de adesão pró aderente (art. 423, do CC); nulidade de
renúncia antecipada no contrato de adesão (art. 424, do CC).
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