NORMAS GERAIS Art. 93 – Lei complementar, de iniciativa do STF, disporá sobre o Estatuto da Magistratura. A CRFB/88 prevê as normas gerais: I – Ingresso na carreira – cargo inicial de juiz substituto; concurso público de provas e títulos; participação da OAB em todas as fases; exige-se do bacharel em direito três anos de atividade jurídica; II – Promoção – de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento: a) É obrigatória a promoção de juiz que figure três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; NORMAS GERAIS b) Aferição do merecimento – Desempenho + critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição + frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; c) Apuração da antiguidade – o juiz mais antigo só poderá ser dispensado pelo voto FUNDAMENTADO DE 2/3 DOS MEMBROS DO TRIBUNAL, em procedimento próprio, assegurada ampla defesa e repetindo-se a votação se fixar a indicação; d) NÃO será promovido o juiz que, INJUSTIFICADAMENTE, retiver autos em seu poder além do prazo legal – NÃO podendo devolver ao cartório sem o despacho ou decisão; NORMAS GERAIS III – Acesso aos Tribunais de segundo grau – critérios de antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados em ÚLTIMA OU ÚNICA entrância; IV – Previsão de cursos de preparação, aperfeiçoamento e promoção – etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados; NORMAS GERAIS V – O juiz titular residirá na respectiva comarca – SALVO AUTORIZAÇÃO DO TRIBUNAL; VI – Remoção e disponibilidade do magistrado – Por interesse público – VOTO DA MAIORIA ABSOLUTA DO RESPECTIVO TRIBUNAL OU CNJ – assegurada ampla defesa; NORMAS GERAIS VII – Tribunais com número SUPERIOR A 25 MEMBROS – poderão criar Órgão Especial com MÍNIMO DE 11 E MÁXIMO DE 25 MEMBROS – EXERCÍCIO DE FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS E JURISDICIONAIS DELEGADAS DO TRIBUNAL PLENO – PROVENDO-SE A METADE DAS VAGAS PELA ANTIGUIDADE E A OUTRA METADA POR ELEIÇÃO PELO TRIBUNAL PLENO; NORMAS GERAIS VIII – REGRA: A atividade jurisdicional será ininterrupta, VEDADA férias coletivas nos juízos e Tribunais de segundo grau. OBS: Nos dias em que não houver expediente forense normal, deverá funcionar juízes em plantão permanente; IX – O número de juízes na unidade jurisdicional – será proporcional À EFETIVA DEMANDA JUDICIAL e à POPULAÇÃO; QUINTO CONSTITUCIONAL Art. 94 – QUINTO CONSTITUCIONAL UM QUINTO DOS LUGARES DOS TRFs, TJE e do TJDFT será composto de membros: MP – MAIS DE 10 ANOS DE CARREIRA – E ADVOGADOS – NOTÓRIO SABER JURÍDICO E REPUTAÇÃO ILIBADA + 10 ANOS DE EFETIVA ATIVIDADE PROFISSIONAL – INDICADOS EM LISTA SÊXTUPLA PELOS ÓRGÃOS DE REPRESENTAÇÃO; P. único – Tribunal recebe as indicações – forma lista TRÍPLICE – envia ao Poder Executivo – nos 20 DIAS SUBSEQUENTES escolhe um nome para nomeação; VEDAÇÕES AO PODER JUDICIÁRIO I – Exercer, AINDA QUE EM DISPONIBILIDADE, outro cargo ou função – SALVO UMA DE MAGISTÉRIO; II – Receber, A QUALQUER PRETEXTO, custas ou participação em processo; III – Dedicar-se à atividade POLÍTICO- PARTIDÁRIA; IV – Receber, A QUALQUER TÍTULO OU PRETEXTO, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, RESSALVADAS AS EXCEÇÕES PREVISTAS EM LEI; VEDAÇÕES AO PODER JUDICIÁRIO V – Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, ANTES DE DECORRIDOS TRÊS ANOS DO AFASTAMENTO DO CARGO POR APOSENTADORIA OU EXONERAÇÃO; COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA Art. 96 – Competência privativa: I – dos Tribunais: a) Eleger seus órgãos diretivos e elaborar o seu regimento interno, dispondo sobre COMPETÊNCIA e FUNCIONAMENTO DOS RESPECTIVOS ÓRGÃOS JURISDICIONAIS E ADMINISTRATIVOS; b) Organizar SECRETARIAS, SERVIÇOS AUXILIARES e JUÍZOS que lhes forem vinculados, velando pela ATIVIDADE CORREICIONAL; c) Prover os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA d) Propor a criação de NOVAS VARAS JUDICIÁRIAS; e) Prover, por meio de concurso de provas ou de provas e títulos, os cargos necessários à administração da justiça – EXCETO OS DE CONFIANÇA; f) Conceder licença, férias e outros afastamentos – MEMBROS, JUÍZES e SERVIDORES – que lhes forem imediatamente vinculados; INICIATIVA LEGISLATIVA II – Ao STF, aos Tribunais Superiores e aos TJs – propor ao Poder Legislativo respectivo: a) Alteração no número de membros dos Tribunais inferiores; b) Criação e extinção de cargos + remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados + fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos Tribunais inferiores; c) Criação ou extinção dos Tribunais inferiores; d) Alteração da organização e divisão judiciárias; CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO Art. 97 – Tribunal declara a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público – SOMENTE PELO VOTO DA MAIORIA ABSOLUTA dos membros do respectivo Tribunal ou Órgão Especial; JUIZADOS ESPECIAIS Art. 98 – A União, o DF e Territórios e os Estados criarão: I – Juizados Especiais – provido por juízes togados ou togados e leigos – competência conciliação, julgamento e execução das causas cíveis de menor complexidade e das infrações penais de menor potencial ofensivo – por meio de procedimento oral e sumaríssimo – permitida a transação e o JULGAMENTO DE RECURSOS POR TURMAS DE JUÍZES DE PRIMEIRO GRAU; JUSTIÇA DE PAZ II – Justiça de paz – remunerada – composta por cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto para mandato de quatro anos – competência para celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação; AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Art. 99 – O Poder Judiciário possui autonomia administrativa e financeira; § 1º - Os Tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias – dentro dos limites estipulados com os demais poderes na LDO; § 2º - Envio da proposta, ouvido os demais tribunais interessados, compete: I – Âmbito da União – Presidentes do STF e Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; II – Âmbito dos Estados e do DF e Territórios – Presidentes dos TJs com a aprovação dos respectivos tribunais; SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Art. 101 – STF – Composto por 11 ministros – cidadãos com +35 e -70 anos de idade + notável saber jurídico e reputação ilibada; P. único – Ministros do STF – nomeados pelo PR APÓS aprovação pela MAIORIA ABSOLUTA do SF; Precisa ser brasileiro nato; Não há formação de listas; Não há quinto constitucional; A votação no SF é secreta; SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Algumas competências originárias do STF: I – processar e julgar, ORIGINARIAMENTE: a) Litígio entre: Estado estrangeiro ou Organismo Internacional X União, Estado, DF e Território; b) As causas e os conflitos entre: União X Estados, União X DF, ou entre uns e outros, INCLUSIVE AS RESPECTIVAS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA; c) Reclamação: garantir a sua competência e autoridade de suas decisões; SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL d) Os conflitos de competência entre o STJ e quaisquer tribunais; entre os Tribunais Superiores; e entre os Tribunais Superiores e qualquer outro tribunal;
II – julgar, em RECURSO ORDINÁRIO:
a) o HC, MS, o HD e o MI decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; b) Crime político; SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL III – julgar, mediante RECURSO EXTRAORDINÁRIO, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA Art. 103-B – CNJ – compõe-se de 15 MEMBROS – para MANDATO DE 2 ANOS – ADMITIDA 1 RECONDUÇÃO; I – PRESIDENTE DO STF; II – 1 MINISTRO DO STJ INDICADO PELO RESPECTIVO TRIBUNAL; III – 1 MINISTRO DO TST INDICADO PELO RESPECTIVO TRIBUNAL; IV – 1 DESEMBARGADOR DE TJ INDICADO PELO STF; V – 1 JUIZ ESTADUAL INDICADO PELO STF; VI – 1 JUIZ DE TRF INDICADO PELO STJ; VII – 1 JUIZ FEDERAL INDICADO PELO STJ; CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA VIII – 1 JUIZ DE TRT INDICADO PELO TST; IX – 1 JUIZ DO TRABALHO INDICADO PELO TST; X – 1 MEMBRO DO MPU INDICADO PELO PGR; XI – 1 MEMBRO DE MPE, ESCOLHIDO PELO PGR DENTRE OS NOMES INDICADOS PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES DE CADA INTITUIÇÃO; XII – 2 ADVOGADOS INDICADOS PELO CFOAB; XIII – 2 CIDADÃOS DE NOTÓRIO SABER JURÍDICO E REPUTAÇÃO ILIBADA – UM INDICADO PELA CD E O OUTRO PELO SF; CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA §1º - O CNJ SERÁ PRESIDIDO PELO PRESIDENTE DO STF; NAS AUSÊNCIAS E IMPEDIMENTOS, PELO VICE-PRESIDENTE DO STF; §2º - Os demais membros serão NOMEADOS PELO PR APÓS APROVAÇÃO DA ESCOLHA PELA MAIORIA ABSOLUTA DO SF; §3º - Caso as escolhas não sejam realizadas no prazo legal, CABERÁ AO STF; §4º - Compete ao CNJ o controle da ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DO PJ e do cumprimento dos DEVERES FUNCIONAIS DOS JUÍZES; SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Art. 104 – STJ compõe-se de, NO MÍNIMO, 33 MINISTROS; P. único – serão nomeados pelo PR dentre brasileiros com + de 35 e – de 70 anos de idade, notável saber jurídico e reputação ilibada, DEPOIS DE APROVADA A ESCOLHA PELA MAIORIA ABSOLUTA DO SF; I – 1/3 dentre juízes dos TRF’s e 1/3 dentre desembargadores dos TJ’s, indicados em LISTA TRÍPLICE PELO PRÓPRIO TRIBUNAL; II – 1/3, EM PARTES IGUAIS, dentre ADVOGADOS, MEMBROS DO MPF, MPE, MPDFT, ALTERNADAMENTE, indicados na forma do art. 94; SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Art. 105 – Compete ao STJ: I – Processar e julgar ORIGINARIAMENTE: a) MS e HD: contra ato de Ministro de Estado, comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica ou do próprio STJ; b) CONFLITOS DE COMPETÊNCIA ENTRE QUAISQUER TRIBUNAIS, ressalvado o disposto no art. 102, I, “o”, bem como entre Tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a Tribunais diversos; c) A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇAS ESTRANGEIRAS E A CONCESSÃO DE EXEQUATUR ÀS CARTAS ROGATÓRIAS; SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA II – julgar em RECURSO ORDINÁRIO: a) MS: julgados em única instância pelos TRF’s e TJ’s dos Estados, DF e Territórios quando a decisão for denegatória; b) As causas em que forem partes Estados estrangeiros ou organismo internacional, de um lado, e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA III – julgar em RECURSO ESPECIAL as causas decididas em única ou última instância pelos TRF’s e pelos TJ’s dos Estados, DF e Territórios quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der à lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal; JUSTIÇA FEDERAL Art. 106 – São Órgãos da JUSTIÇA FEDERAL: I – Os Tribunais Regionais Federais; II – Os Juízes Federais; Art. 107 – Os TRF’s compõem-se de, NO MÍNIMO, 7 JUÍZES recrutados, quando possível, na respectiva região e NOMEADOS PELO PR dentre brasileiros com + de 35 e – de 70 anos de idade: I – 1/5 dentre ADVOGADOS com + de 10 anos de atividade profissional e membros do MPF com + de 10 anos de carreira; II – Os demais mediante a promoção de juízes federais com + de 5 anos de exercício, por antiguidade e merecimento, alternadamente; TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL Art. 108 – Compete aos TRF’s: I – Processar e julgar ORIGINARIAMENTE: a) REVISÕES CRIMINAIS e AÇÕES RESCISÓRIAS: dos seus julgados e dos juízes federais da região; b) MS e HD: contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; c) HC: quando a autoridade coatora for juiz federal; d) CONFLITO DE COMPETÊNCIA entre juízes federais vinculados ao Tribunal; TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL II – julgar em grau de RECURSO: as causas decididas pelos JUÍZES FEDERAIS e pelos JUÍZES ESTADUAIS no exercício da competência federal da área de sua jurisdição; JUÍZES FEDERAIS Art. 109 – Aos JUÍZES FEDERAIS compete processar e julgar: I – causas em que a UNIÃO, ENTIDADES AUTÁRQUICAS OU EMPRESAS PÚBLICAS FEDERAIS – forem interessadas na condição de AUTORAS, RÉS, ASSISTENTES ou OPONENTES – EXCETO AS DE FALÊNCIA, AS DE ACIDENTES DE TRABALHO E AS SUJEITAS À JUSTIÇA ELEITORAL E À JUSTIÇA DO TRABALHO; II – AS CAUSAS ENTRE ESTADO ESTRANGEIRO OU ORGANISMO INTERNACIONAL DE UM LADO, E, DE OUTRO, MUNICÍPIO OU PESSOA RESIDENTE OU DOMICILIADA NO PAÍS; JUÍZES FEDERAIS III – causas que tem como FUNDAMENTO TRATADO OU CONTRATO entre a UNIÃO e ESTADO ESTRANGEIRO ou ORGANISMO INTERNACIONAL; IV – CRIMES POLÍTICOS e INFRAÇÕES PENAIS PRATICADAS em detrimento de BENS, SERVIÇOS OU INTERESSES DA UNIÃO, ENTIDADES AUTÁRQUICAS OU EMPRESAS PÚBLICAS – EXCLUÍDAS AS CONTRAVENÇÕES e RESSALVADA A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR e da JUSTIÇA ELEITORAL; V-A – causas RELATIVAS A DIREITOS HUMANOS (§5º do art. 109); JUÍZES FEDERAIS X – as causas envolvendo o INGRESSO OU PERMANÊNCIA IRREGULAR DE ESTRANGEIRO; EXECUÇÃO DE CARTA ROGATÓRIA – após o exequatur pelo STJ; EXECUÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA – após homologação pelo STJ; CAUSAS REFERENTES À NACIONALIDADE, inclusive a respectiva opção; CAUSAS REFERENTES À NATURALIZAÇÃO; XI – DISPUTA SOBRE DIREITOS INDÍGENAS; JUÍZES FEDERAIS §1º - CAUSAS EM QUE A UNIÃO FOR AUTORA: SERÃO PROPOSTAS NA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DOMICÍLIO DO RÉU; §2º - CAUSAS EM QUE A UNIÃO FOR RÉ: PODERÃO SER PROPOSTAS NA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DOMICÍLIO DO AUTOR, DO LOCAL DO ATO OU DO FATO, ONDE ESTÁ SITUADA A COISA OU NO DF; JUÍZES FEDERAIS §3º - A LEI PODERÁ AUTORIZAR que as causas de competência da JUSTIÇA FEDERAL em que forem partes de um lado INSTITUIÇÃO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL e, de outro, SEGURADO possam ser PROCESSADAS E JULGADAS PELA JUSTIÇA ESTADUAL – quando a comarca de domicílio do SEGURADO NÃO FOR SEDE DE VARA FEDERAL; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) §4º - Na hipótese do parágrafo anterior, O RECURSO CABÍVEL SERÁ SEMPRE PARA O TRF NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DO JUIZ DE PRIMEIRO GRAU; JUÍZES FEDERAIS §5º - Nas hipóteses de GRAVE VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS, o PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, PODERÁ SUSCITAR, PERANTE O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, EM QUALQUER FASE DO INQUÉRITO OU PROCESSO, INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA PARA A JUSTIÇA FEDERAL. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) JUSTIÇA DO TRABALHO Art. 111 – São Órgãos da JUSTIÇA DO TRABALHO: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) I – o TST; II – o TRT; III – os JUÍZES DO TRABALHO; JUSTIÇA DO TRABALHO Art. 111-A – O TST compõe-se de 27 MINISTROS, escolhidos dentre brasileiros com + de 35 e – de 70 anos de idade, NOTÁVEL SABER JURÍDICO E REPUTAÇÃO ILIBADA, NOMEADOS PELO PR após aprovação pela MAIORIA ABSOLUTA DO SF; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022) I – 1/5 dentre ADVOGADOS com + de 10 anos de atividade profissional e MEMBROS DO MPT com + de 10 anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; ; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II – os demais dentre juízes do TRT, oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo TST; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) JUSTIÇA DO TRABALHO 111-A, §3º - COMPETE AO TST PROCESSAR E JULGAR A RECLAMAÇÃO – para preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) Art. 112 – A LEI criará as VT – PODENDO atribuí-la aos JUÍZES DE DIREITO nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição – o RECURSO CABÍVEL SERÁ PARA O RESPECTIVO TRT; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) JUSTIÇA DO TRABALHO Art. 114 – COMPETE À JUSTIÇA DO TRABALHO PROCESSAR E JULGAR: I – AS AÇÕES ORIUNDAS DA RELAÇÃO DE TRABALHO, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II – Ações que envolvam o EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE; III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV – MS, HD e HC: quando o ato questionado estiver sujeito à sua jurisdição; TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO Art. 115 – Os TRT’s compõem-se de, NO MÍNIMO, 7 JUÍZES, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo PR dentre brasileiros com + de 30 e – de 70 anos de idade, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022) I – 1/5 dentre ADVOGADOS com + de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MPT com + de 10 anos de efetivo exercício, observado o art. 94; II – os demais por meio de PROMOÇÃO DE JUÍZES DO TRABALHO por ANTIGUIDADE E MERECIMENTO, ALTERNADAMENTE; JUSTIÇA ELEITORAL Art. 118 – São Órgãos da JUSTIÇA ELEITORAL: I – O TSE; II – Os TRE’s; III – Os JUÍZES ELEITORAIS; IV – As JUNTAS ELEITORAIS; §1º - O TSE compõe-se de 7 MEMBROS: I – ESCOLHIDOS POR ELEIÇÃO – VOTO SECRETO: a) TRÊS JUÍZES DENTRE OS MINISTROS DO STF; b) DOIS JUÍZES DENTRE OS MINISTOS DO STJ; JUSTIÇA ELEITORAL II – POR NOMEAÇÃO DO PR, DOIS JUÍZES DENTRE SEIS ADVOGADOS – NOTÁVEL SABER JURÍDICO E REPUTAÇÃO ILIBADA – INDICADOS PELO STF; P. Único – O TSE ELEGERÁ SEU PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DENTRE OS MINISTROS DO STF, E O CORREGEDOR ELEITORAL DENTRE OS MINISTROS DO STJ; JUSTIÇA ELEITORAL Art. 120 – Haverá um TRE NA CAPITAL DE CADA ESTADO E NO DF; §1º - Os TRE’s serão compostos por 7 MEMBROS: I – ELEIÇÃO PELO VOTO SECRETO: a) DOIS JUÍZES DESEMBARGADORES DO TJ; b) DOIS JUÍZES DE DIREITO ESCOLHIDOS PELO TJ; II - DE UM JUIZ DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL COM SEDE NA CAPITAL DO ESTADO OU NO DISTRITO FEDERAL, ou, NÃO HAVENDO, DE JUIZ FEDERAL, ESCOLHIDO, EM QUALQUER CASO, PELO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL RESPECTIVO; JUSTIÇA ELEITORAL III – POR NOMEAÇÃO, PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, DE DOIS JUÍZES DENTRE SEIS ADVOGADOS de notável saber jurídico e idoneidade moral, INDICADOS PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. §2º - O TRE indicará o seu PRESIDENTE E VICE- PRESIDENTE DENTRE OS DESEMBARGADORES; JUSTIÇA ELEITORAL Art. 121, §2º - Os JUÍZES DOS TRIBUNAIS ELEITORAIS, SALVO MOTIVO JUSTIFICADO, SERVIRÃO POR DOIS ANOS, NO MÍNIMO, E NUNCA POR MAIS DE DOIS BIÊNIOS CONSECUTIVOS, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. §3º - AS DECISÕES DO TSE SÃO IRRECORRÍVEIS, SALVO SE CONTRARIAREM A CONSTITUIÇÃO OU SE DENEGATÓRIAS DE HC e MS; JUSTIÇA ELEITORAL §4º - DAS DECISÕES DOS TRE’s SOMENTE CABERÁ RECURSO QUANDO: I – forem contrárias À DISPOSIÇÕES EXPRESSAS DA CONSTITUIÇÃO OU DA LEI; II – OCORRER DIVERGÊNCIA NA INTERPRETAÇÃO DA LEI entre dois ou mais TRIBUNAIS ELEITORAIS; III – VERSAREM SOBRE INELEGIBILIDADE OU EXPEDIÇÃO DE DIPLOMAS NAS ELEIÇÕES FEDERAIS OU ESTADUAIS; IV – ANULAREM DIPLOMAS OU DECRETAREM A PERDA DE MANDATOS ELETIVOS FEDERAIS OU ESTADUAIS; V – DENEGAREM HC, MS, HD e MI; JUSTIÇA MILITAR TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES Art. 122 – São Órgãos da JUSTIÇA MILITAR: I – O STM; II – Os TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES INSTITUÍDOS POR LEI; JUSTIÇA MILITAR Art. 123 – O STM compõe-se de 15 MINISTROS VITALÍCIOS, NOMEADOS PELO PR, APÓS APROVAÇÃO DA INDICAÇÃO PELO SF: 3 OFICIAIS-GENERAIS DA MARINHA; 4 OFICIAIS-GENERAIS DO EXÉRCITO; 3 OFICIAIS-GENERAIS DA AERONÁUTICA; TODOS DA ATIVA E DO POSTO MAIS ELEVADO DA CARREIRA; JUSTIÇA MILITAR CINCO CIVIS: P. Único – OS MINISTROS CIVIS SERÃO ESCOLHIDOS PELO PR DENTRE BRASILEIROS COM + DE 35 E – DE 70 ANOS DE IDADE: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022) I – 3 DENTRE ADVOGADOS COM NOTÓRIO SABER JURÍDICO E REPUTAÇÃO ILIBADA, COM + DE 10 ANOS DE ATIVIDADE PROFISSIONAL; II – 2, POR ESCOLHA PARITÁRIA, DENTRE JUÍZES AUDITORES E MEMBROS DO MPM; Art. 124 – À JUSTIÇA MILITAR compete PROCESSAR E JULGAR OS CRIMES MILITARES DEFINIDOS EM LEI; JUSTIÇA ESTADUAL TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS Art. 125 – OS ESTADOS ORGANIZARÃO A SUA JUSTIÇA, observados os princípios previstos na Constituição; §1º - A COMPETÊNCIA DO TJ SERÁ DEFINIDA PELA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL; A LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA É DE COMPETÊNCIA DO TJ; JUSTIÇA ESTADUAL §3º - A LEI ESTADUAL PODERÁ CRIAR, MEDIANTE PROPOSTA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, A JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL, CONSTITUÍDA, EM PRIMEIRO GRAU, PELOS JUÍZES DE DIREITO E PELOS CONSELHOS DE JUSTIÇA E, EM SEGUNDO GRAU, PELO PRÓPRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, OU POR TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR NOS ESTADOS EM QUE O EFETIVO MILITAR SEJA SUPERIOR A VINTE MIL INTEGRANTES; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) JUSTIÇA ESTADUAL §4º - COMPETE À JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR OS MILITARES DOS ESTADOS, NOS CRIMES MILITARES DEFINIDOS EM LEI E AS AÇÕES JUDICIAIS CONTRA ATOS DISCIPLINARES MILITARES, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)