AULA 7.

PODER EXECUTIVO

→ PRESIDENCIALISMO

- a forma de governo é o modelo adotado no que se refere a identificar quem

e como se governa;

- Características: 1) autonomia do Presidente da República perante o

Congresso, pois não depende deste último; 2) o Presidente exerce o papel de
Chefe do Estado (relações internacionais) e de Chefe do Governo
(representação interna) concomitantemente; 3) o Presidente não tem grande
participação no processo legislativo; 4) os ministros são meros auxiliares do
Chefe do Executivo e demissíveis a qualquer momento; 5) o povo é quem
elege, direta ou indiretamente, o Chefe do Executivo para o cumprimento de
uma mandato e não o Parlamento;

- Parlamentarismo: o órgão legislativo é responsável pelo controle do governo,

tomando posições políticas fundamentais, além de elaborar as leis; ele pode
destituir o gabinete (o conjunto de ministros) por razões de ordem política;

- o congresso nacional é o único que pode lhe assegurar a efetividade de seus

programas;

→ CONCEITO DE PODER EXECUTIVO

- é um órgão constitucional cuja função precípua é a prática dos atos de chefia

do Estado, de governo e de administração;

- a Chefia do Poder Executivo cabe ao Presidente da República, a quem

compete seu exercício, auxiliado pelos ministros do Estado, compreendendo,
ainda o apoio civil da administração (burocracia) e o militar (forças armadas);
- o executivo além de administrar a coisa pública, também legisla (medida
provisória) e julga (contencioso administrativo) no exercício de suas funções
atípicas;

- o Chefe do Executivo é eleito pelo povo e possui várias prerrogativas e

imunidades que são garantias para o independente e imparcial exercício da
chefia da nação;

→ ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

- só será eleito se alcançar a maioria absoluta dos votos, excluídos os votos em

brancos e os nulos;

- maioria absoluta: é o primeiro número inteiro acima da metade dos votos,

excluídos, do total, os votos em brancos e nulos;

- o STF decidiu que os votos obtidos por candidato declarado inelegível antes
do pleito são tidos como nulos, e não serão computados para apuração dos
votos válidos, sendo desconsiderados, portanto, do cálculo da maioria
absoluta;

- o TSE decidiu que os partidos coligados no pleito para presidente da

república não poderão coligar-se, nos estados-membros, com partidos ligados
a outro candidato a esse mesmo cargo;

- o TSE decidiu que o partido político que não esteja disputando a eleição
presidencial pode coligar-se nos estados e no Distrito Federal, com partido que
tenha candidato concorrente àquela eleição majoritária nacional;
- o TSE decidiu que partido político que integre coligação formada para
disputar a eleição presidencial pode lançar, isoladamente, candidato a cargo
majoritário estadual;

- se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta na primeira votação, deverá

ser convocada nova eleição, na qual os dois candidatos mais votados naquele
primeiro momento concorrerão, sendo eleito o candidato que obtiver a maioria
dos votos válidos; (art.77 da CF/88);

- exclui-se aqui os votos brancos e nulos;

- pleito será realizado no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e

no último domingo de outubro, do ano anterior ao término do mandato
presidencial vigente;

- se, antes da realização do 2 turno um dos candidatos desistir ou tornar-se

impedido, ou falecer, deve-se convocar, entre os remanescentes, o candidato
que recebeu maior votação; (terceiro colocado no primeiro turno);

- se houver empate entre os candidatos remanescentes, será escolhido o mais

idoso;

- o Presidente e o vice tomarão posse em sessão do Congresso Nacional,

prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição,
observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a União, a
integridade e a independência do Brasil;

- a sessão do Congresso é conjunta e não unicameral;

- se ocorrer a morte do candidato eleito para o cargo de Presidente após o 2

turno, mas antes da expedição do diploma, o vice-presidente deverá ser
considerado eleito;
- CONDIÇÕES DE ELEGEBILIDADE: a) contar com mais de 35 anos; b)
ser brasileiro nato; c) estar registrado por partido político; d) estar no pleno
gozo de seus direitos políticos; e) não ser inelegível;

- a posse presidencial será no dia primeiro de janeiro, mas se decorrido 10 dias

da data fixada para a posse, se o Presidente ou vice-presidente, salvo motivo
de força maior, não tiverem assumido os cargos, estes serão declarados vagos;

- o não-comparecimento equivale à renúncia, o que leva à extinção do

mandato, por ato do Congresso Nacional (ato declaratório);

- esta vacância deve ser declarada pelo Poder Legislativo (Congresso

Nacional);

- a alegação de força maior deverá assim ser entendida pelo Congresso

Nacional, (juízo eminente político e interna corporis);

- no caso do presidente não comparecer, mas o vice sim, no prazo

constitucional, este assumirá a Presidência da República, em substituição;

- se for caso de ausência não justificada do Presidente, ocorrerá a sucessão

deste pelo vice-presidente;

- o mandato é de quatro anos;

- o mandato do presidente é de 4 anos e terá início em primeiro de janeiro do

ano seguinte ao da eleição;

- a contagem se inicia com a posse em primeiro de janeiro e não com a

diplomação, no ano da eleição;
- a eleição do presidente implica a eleição de seu vice;

→ SUBSTITUIÇÃO DO PRESIDENTE

- ao vice-presidente cabe substituir o Presidente nos casos de impedimento

(licença, doença, férias) e suceder-lhe no caso de vaga;

- a substituição é temporária, já a sucessão é definitiva (único sucessor é o

vice-presidente);

- a vaga ocorre por morte, por renúncia ou por cassação ou extinção do

mandato;

- em caso de impedimento do Presidente e do vice, ou vacância dos

respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da
presidência, o Presidente da Câmara, do Senado e do STF;

- SUBSTITUTOS DO PRESIDENTE: 1) vice-presidente; 2) presidente da

Câmara dos Deputados; 3) Presidente do Senado; 4) Presidente do Supremo
Tribunal Federal;

→ SUCESSÃO:

- o vice-presidente no caso de vacância do cargo do Presidente, assumirá e

completará o mandato, independentemente do lapso temporal faltante; (o
cargo de vice fica vago);

- Presidente da Câmara, do Senado e do STF somente assumirão o cargo no

caso de vacância dos cargos de presidente e vice, em caráter temporário; Se
este se mostrar definitivo ocorrerá:
 1) vacância nos 2 primeiro anos: será feita nova eleição em 90 dias
depois de aberta a última vaga (eleição direta e nacional); os eleitos não
terão mandato de 4 anos, mas apenas completarão o mandato em curso;

2) vacância nos 2 últimos anos: a eleição para ambos os cargos será feita
30 dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da
lei. Há aqui a previsão de eleição indireta para a presidência da
república (eleição indireta e por colégio eleitoral, o mandato não será de
4 anos, mas apenas complementará o restante);

- o vice- presidente ou qualquer dos eleitos apenas completam o período de

antecessor;

- os substitutos exercem os poderes e atribuições do presidente da república

(sanção, edição de medida provisória)

→ AUSÊNCIA DO PAÍS

- o Presidente e o vice não poderão sem licença do Congresso Nacional,

ausentar-se do País por período superior a 15 dias, sob pena de perda do
cargo;

- a perda do cargo será declarada pelo Congresso Nacional;

- as ausências menores de quinze dias não estão condicionadas à licença do

Congresso Nacional;

- a licença será veiculada por decreto legislativo;

- o vice presidente também está sujeito à licença do Congresso Nacional para

ausências do País por prazo maior que 15 dias;
→ ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

- previstas no art. 84 da Constituição, ressalta-se a de comandante supremo

das forças armadas (comando e direção), poder regulamentar do Presidente da
República (expedir decretos e regulamentos para fiel execução da lei); editar
medidas provisórias;

- REGULAMENTOS: são normas expedidas privativamente pelo Presidente,

cuja finalidade precípua é facilitar a execução das leis;

→ REELEIÇÃO

- a EC 16/97 introduziu na Constituição a permissão de reeleição do

Presidente da República por um único período subseqüente (art.14, parágrafo
5);

→ VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

- FUNÇÃO PRÓPRIA: resultam da própria Constituição: substituição,

sucessão do Presidente, participação nos Conselhos da República e de Defesa
Nacional;

- as suas atribuições serão conferidas por lei complementar;

- FUNÇÃO IMPRÓPRIA: auxiliará nos termos do art.79 da CF/88, o

Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais;

→ MINISTROS DE ESTADO

- são meros auxiliares do Presidente, que os pode livremente nomear e

demitir;
- REQUISITOS: a) brasileiros natos ou naturalizados ou ainda portugueses
equiparados (exceção ministro do Estado da Defesa); b) maiores de 21 anos;
c) pleno exercício dos direitos políticos;

- exercem a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da

administração federal na área de competência e referendar os atos e decretos
assinados pelo Presidente;

- serão nulos os atos e decretos assinados somente pelo Presidente da

República, sem o referendum do Ministro da respectiva pasta;

- expedir instruções para a execução de leis, decretos e regulamentos e

apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão; praticar atos pertinentes
às atribuições que lhe forem delegados pelo Presidente;

→ CONSELHO DA REPÚBLICA

- é órgão superior de consulta do Presidente da República composto pelo

vice-presidente, presidente da Câmara dos deputados, presidente do Senado
federal, os líderes da maioria e da minoria da Câmara dos deputados e do
Senado Federal, o Ministro da justiça e 6 cidadãos brasileiros natos;

- as funções do Conselho são estabelecidas pelo art. 90 da Constituição que

deve ser regulamentado e organizado por meio de lei, para pronunciar-se sobre
intervenção federal, estado de defesa e de sítio e as questões relevantes para a
estabilidade das instituições democráticas;

→ CONSELHO DE DEFESA NACIONAL

- é órgão de consulta do Presidente nos assuntos relacionados com a

soberania nacional e a defesa do estado democrático de direito;
- composição: vice-presidente da república, presidente da Câmara e do
Senado, ministro da Justiça, Ministro de Estado da Defesa, Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, Ministro das relações exteriores e
ministro do planejamento;

- compete ao conselho opinar nas hipóteses de declaração de guerra e

celebração da paz, nos termos da Constituição, opinar sobre a decretação do
estado de defesa, do estado de sítio e de intervenção federal; propor critérios e
condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território
nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente, na faixa de fronteira;