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Texto 3 – As diversas criminologias e Políticas Criminais – Criminologias tradicionais

Estudos empíricos
Criminologia sobre o fenômeno
Clássica criminal

Segunda metáde do
século XVIII até Precursora da
primeira metade do escola positivista
século XIX

Estado Absolutista para


o Liberal Interdisciplinariedade, século XIX

influências: humanismo,
iluminismo e utilitarismo
características físicas e psicológicas revelariam
predisposição ao crime

concepção racionalista; leis universais,


método dedutivo fisionomia (ligação entre o exterior e a personalidade, o bonito é bom o feio é
mal), frenologia (tamnho do crânio), psiquiatria, ciência penitênciária
(tratamento do preso), antropologia (relação entre enfermidade mental e
delinquência)
Objeto: 1) ideia de lei; 2) definição jurídica
para o fato criminoso;3) origem do poder
punitivo (divino, contrato social, natural)

Responsablidade moral, pena para os


imputáveis, essencialmente monistas.
Escola cartográfica
e as estatísticas Escola Positivista
criminais

o fenômeno criminal
passa a ser estudado Surge a partir da
com um fenômeno de segunda metade do
massa e não mais século XIX
individual

Concepção positivista
de ciência, método
indutivo (do particular
para o geral)

Importa a periculosidade do agente, propõe medida de segurança para todos, monistas.

O foco é o HOMEM CRIMINOSO, o crimoso seria uma pessoa anormal em


virtude da personalidade criminosa

O crime tem causas biológicas, psiquicas e sociais, busca desvendar as causas


da criminalidade

Escola Positiva Italiana


(estudo etiológico),
LOMBROSO E O
CRIMINOSO NATO

Escola pos. Francesa: meio social influência no surgimento do criminoso (mesologia criminal), influência das seitas
associações, multidões, etc.
Escola positiva austríaca: psicologia criminal, contribuiu para surgimento da criminalistica
Escola pos. espanhola/correcional: se preocupava com tratamento do preso (ideologia do tratamento)
Movimento de
Escola eclética
defesa social

Estruturou-se em 1910, a
Busca conciliar escola
preocupação era o respeito
clássica e positiva, que são
à personalidade do
inconciliáveis
criminoso.

A ESCOLA
TÉCNICA
última década do século XIX JURÍDICA
até década de 50 do séc. XX

O direito deveria se ocupar


Duplo binário (cumulação somente da lei e não de
de medida de segurança e aspectos biopsiquicos do crime
pena), substitido pelo
sistema vicariante (ou uma
ou outra)

Aqui surge a necessidade de distinguir imputáveis de


inimputávies

Divide-se em: Terza Scuola (repudia a iideia de um direito penal meramente


tecnicista, responsabilidade penal nos crimes passionais); Esc. Sociológica
Alemã (crime como realidade jurídica e natural simultaneamente)
O conjunto das criminologias tradicionais deram origem a uma série de princípio:

Legitimidade Estado, como expressão da sociedade, está


legitimado para reprimir a criminalidade, por meio
de instâncias oficiais de controle social.
do bem e do mal considera o desvio criminal o mal e a sociedade
constituída o bem
Culpabilidade delito é a expressão de uma atitude
interior reprovável, porque contrária aos valores e às
normas presentes na sociedade mesmo
antes de serem sancionadas pelo legislador
Finalidade ou prevenção a pena não tem, ou não tem somente, a função de
retribuir, mas a de prevenir o crime,
Igualdade a lei penal deve ser igual para todos e a reação
penal deve se aplicar de modo igual aos autores de
delitos
Interesse Social São interesses comuns a todos os cidadãos e que
apenas uma pequena parte dos delitos previstos
nesses códigos representa violação de determinados
arranjos políticos e econômicos e é punida
em função da consolidação destes.
Texto 3 – As diversas criminologias e Políticas Criminais – Criminologias liberais contemporâneas de base etiológica (primeira metade do séc. XX)

criminologia Estrutal-
psicanalítica funcionalista

Fins do séc. XIX - primeira


Inicío do séc XX, Freud
metade do séc. XX

Drurkheim: o crime é
necessário para estrutura
o sentimento de culpa
social, só é disfuncional
precede e é determinante do
quando ultrapasssa
crime
determinados limites (estado
de anomia)

O crime não é patológico, é


O delito é a realização de normal dentro de certos
umdesejo reprimido limites. Ex: sem crime, sem
polícia.

Sociedade Punitiva: se não


punidas as violações, elas
podem gerar a dissolução da
sociedade face o risco da
imitação (desejo de agir
como o transgressor)

Esse desejo oculto de


transgredir estaria preente
inclusive nos servidores do
Estado, o que tornaria o
Estado deslegitimado para
punir.
Criminologia
Subcultural

Entre terceira e sexta década do século


XX; Questionaram o princípio da
culpabilidade e da defesa social

Os grupos de subculturas, minoritários, nem sempre se


adequam a norma maior dos grupos majoritários, logo,
suas atitudes nem sempre serão reflexos de atitudes
reprováveis presentes naqueles grupos, utilizam-se de
técnicas de neutralização ou justificação desses
comportamentos “desviantes”.
As criminologias liberais contemporâneas de base interacionista (década de 60 do século XX)

criminologia criminologia
interacionista do conflito

desvio será aquilo que Segunda metade do


qualificam como tal século XX

reação social informal O crime é um conflito


---> lei criminalizado pelo
---> aplicação Estado

seletividade do Status de criminoso


sistema, escolhe a surge em face do
dedo quem será exercício de um poder
aprisionado estatal de definição.

Como a rotulagrem
afeta o indivíduo?
Esc. Chicago

Criminalização primária (legislador); secundária:


atribuição do status de criminoso; desvio secundário: o
impacto do rótulo
A criminologia critica (décadas 60 e 70 do século XX)

criminologia
crítica

examinar, de maneira
ciêntífica, o sistema penal,
estrutura e mecanismos
de seleção

desconstruir o mito do
direito penal igual, a
distribuição da
criminalização é destinada
as classes minoritárias

A seletividade se inicia no
sistema educacional, que
culmina no
encarceramento em
massa desses socialmente
excluídos
AS DIVERSAS POLÍTICAS CRIMINAIS

PC liberais ou de
limitação do poder PC defesa social ou
punitivo estatal ou de prevencionista
garantia do indivíduo

segunda metadedo século Pena deveria privilegiar a


XVIII, se opõe aos excessos prevenção, desmotivar
do Estado potenciais infratores

preocupação era proteger a


Penas moderadas, úteis, sociedade do grande mal, por
humanas e proporcionais ---> isso houve prevalência das
função retributiva medidas de segurança (penas
indeterminadas)

preocupação com a
prevenção geral, Modelo da escola positiva
especialmente negativa (pena italiana
modelo)

Responsabilidade moral,
pena para imputáveis. Só
interessam as respostas ao
fenômeno criminal que
estejam dentro da dogmática
penal.
PC dualistas e
PC
humanitárias da
ALTERNATIVAS
ressocialização

modelo das escolas ecléticas DIREITO PENAL É DESIGUAL,


- conciliadoras (imputáveis, REFORMA SOCIAL E
inimputáveis e semi) INSTITUCIONAL

Se preocupava da
responsabilidade moral e
legal Mudança no imaginário
coletivo quanto a figura do
RESSOCIALIZAÇÃO DO criminoso
CRIMINOSO (MEMBRO DA
SOCIEDADE)
PC minimalistas, PC das sociedades
garantistas e globalizadas e de
abolicionistas riscos

punição gera efeitos negativos


Enfrenamento da
na vida da pessoa
criminalidade
criminalizada, familiares, bem
transnacionalizada, das
como toda a sociedade. Seus
organizações criminosas e do
efeitos positivos seriam
terrorismo.
meramente simbólicos.

garantismo: visa prevenção de delitos, previnir a


aplicação de penais informais. Políticas autoritárias, restritivas de direitos e garantias individuais.
minimalista: políticas de segurança pública Contrária ao modelo de Estado Democrático de Direito.
alternativas, ex: polícia comunitária. As razões do Estado preponderam sobre as razões jurídicas.
abolicionistas: superação das práticas delitivas por CIDADÃOS X INIMIGOS
meio da mediação, conciliação,etc.

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