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Autores Arte
Leandro zerbinatti Leandro zerbinatti
de oliveira de oliveira

Diego silva Lisboa

Floriana redondo
diagramação
cadioli
Leandro zerbinatti
ilca stelmokas
de oliveira

agradecimentos/”playtesters”

Juliana Negreiros de Moura, Carolina Mancini, Juliano Mota, Michael

Rodrigues Santilio, Victoria Perassollo, Gabriel de Sá Barros, Marcelo Garcia
Fernandes Carvalho, Lucas Felix, Fernando Ito, Arthur Serraino, Isis Natasha
Stelmokas, Walter Cavalcante, Flávio Carlos Seixas, Douglas Roberto Neben,
Diogo Leite Nunez, Pedro Wah, Gabriel Damião Jansen, Rafael Castelo
Branco de Oliveira Torres, Samuel Hernandez, Jefferson Neves, Caio Cunha,
Osmar Alves Bocci, Stephanny Lira, Leo Bitarelli, Mary Reis, Elaine Cristina
dos Santos de Jesus, Flaviane Oliveira, Olga Hazin, Greg Vizintin

O SISTEMA DE RPG IMAGINÆRY é propriedade dos autores. O texto e a

arte deste livro são protegidos por Direitos Autorais e não podem ser
reproduzidos sem permissão. Os Autores. Maio de 2023.

1
]

2
 INTRODUÇÃO…………………………. 05
IMAGINÆRY……………………………06
RPG……….……………………………….06
O Mestre………..………………………….08
Dados………...…………………………….10
CAPÍTULO I: CRIAÇÃO DE PERSONAGEM.....11
O Que Constitui um Personagem?...............12
Atributos……….…………………………..12
Atributos Físicos…………………………...12
Atributos Mentais...…....…………………..14
Atributos Psicológicos...……...……………16
Atributos Parapsicológicos...………………17
Gerenciando Pontos de Atributo…..………21
Personalizando os Atributos..….…………..22
Os Sentidos...………………………………23
Sete ou Oito Sentidos.……………………..24
Pontuação dos Sentidos....…………………25
Pontos para Distribuição….......……………25
Uso dos Sentidos no Jogo..…….…………..26
Customizando os Sentidos…........…………26
Espécies..……………….………………….26
Humanos………..………………………….27
Minotauros……..…….…………………….28
Centauros..…………………………………30
Feéricos..…………………………………..32
Feéricos Obscuros..………………………..34
Moldados……………..……………………36
Asvarath……………………………………38
Dkheld……………………………………..40
Criando Espécies...…………...……………42
Profissões..…………………………………42
Limitando as Profissões.……...……………43
Perícias…………………………………….44
Pontuação.…………………………………44
Organização das Perícias..…………………44
Nomenclatura das Perícias..……………….45
Lista de Perícias Prontas…………………..45
Perícias de Combate..…...…………………45
Perícias Motoras.…………………………..46
Perícias Mentais...………………………….47
Perícias Sociais...…………………………..48
Perícias Intelectuais………………………..49
Perícias Manuais...…………………………49
Perícias Mágicas……….…………………..50
Perícias Mediúnicas..………………………50
Vitalidade...………………………………..51
História dos Personagens.....….……………51
Criando Personagens Experientes...……….52
CAPÍTULO II: REGRAS……...…………55
Testes e Dificuldades………………………56
Sucessos de Sorte e Sucessos Inspirados.….57
Consequências das Falhas...……………….58
Quando Não Realizar Testes…….…...……58
Ordem e Duração das Ações...…………….60
Bônus de Carma...…………………………60
Evolução de Personagem…………………..61
Comprando Pontuações.……………….…..63
CAPÍTULO III: COMBATE…………….65
Iniciando um Combate…….………………66
Realizando um Ataque e Causando Dano....66
Atingindo Partes do Corpo...………………67
3
Ataque Surpresa..…………………………..68
Outras Consequências dos Danos.....………69
Morte……………………………………….69
Ataques Críticos...………………………….69
Outros Perigos………………….…………..69
Perda dos Sentidos.….………………..……70
Perícias de Combate..………………………71
Armas………………………………………71
Danificando/Reparando Estrut. das Armas...75
Aparando com a Arma..……………………77
Ambidestria……...…………………………77
Armadura..…………………………………77
Escudos..…………………...………………78
Limitações pelo Uso de Escudo……………80
Armadura Natural...………………………..80
Armadura e Partes do Corpo...……………..80
Combinando Armaduras...…………………81
Danificando/Reparando Estrut. Armaduras..81
Combate Mágico...…………………………82
CAPÍTULO IV: MAGIA..………………..83
Utilizando a Magia..….…………………….84
Perícias Mágicas………...…………………85
Divisão das Magias e Capacidade Mágica....87
Descrição das Magias..…………………….88
Criando Efeitos Permanentes……………..100
Desgaste por Efeito..……………...………101
Efeitos Nocivos do Uso de Magia…..........101
Efeitos Mágicos e Tempo.………………..103
Combate Mágico...………………………..103
CAPÍTULO V: MESTRANDO………....105
Estruturando e Conectando Histórias……..106
Aventura..…………………………………106
Cena.………...……………………………106
Campanha...………………………………106
Finalizando a Campanha…...……………..107
Definindo o Estilo da Campanha..………..107
Descrevendo uma Cena….………………..108
Representando Personagens....……………109
Dinheiro e Custos……...………………….110
Dinheiro e Equipamento Inicial…………..111
CAPÍTULO VI: CRIATURAS.………....115
Termos Descritivos….....…………………116
Lobo Feroz….…………………………….116
Aranha Gigante…...……...……………….117
Escorpião Gigante…...……………………118
Morcego Assassino……………………….118
Águia Celestial……...…………………….119
Serpente Marinha....………………………119
Cefalópode Gigante….……...……………120
Hidra………...……………………………121
Dragão…………………………………….122
Vampiro...…………….…………………..123
Licantropos..………...……………………124
Mortos-Vivos…..…………………………125
Espíritos…………………………………..126
CAPÍTULO VII: AVENTURA....………127
CAPÍTULO VIII: CENÁRIO…………...131
OS AUTORES…....……………..……….137
LICENÇA IMAGINATIVA LIVRE.…..138
FICHA DE PERSONAGEM.....….…….139
]

4
5
IMAGINÆRY
O livro que você tem em mãos possui as
regras básicas e um exemplo de ambientação do
sistema de RPG, IMAGINÆRY.
IMAGINÆRY, é um sistema genérico,
intuitivo e totalmente customizável de RPG.
Sim, apesar deste livro e suas regras abordarem
unicamente o tema da fantasia medieval (outros
temas serão abordados em futuros volumes), o
sistema pode ser adaptado para qualquer tema ou
ambientação imaginável, desde a idade das
trevas (ou muito antes) de nosso próprio mundo,
até um futuro cibernético, ou então um cenário
mágico, onde cavaleiros e reinos inspirados no
nosso mundo dividem espaço com criaturas
fantásticas, e até mesmo um ambiente de horror
pessoal totalmente realista, baseado no período
contemporâneo. Para isso basta um pouco de
imaginação e trabalho, e visando facilitar essa
tarefa, serão apresentadas, juntamente com as
regras básicas e seu funcionamento, sugestões de
como modificá-las, de acordo com suas
preferências.
Além das regras do sistema, este livro
traz também os passos completos para a criação
de personagens e fornece guias de alguns estilos
de personagens de fantasia medieval, assim
como armas, equipamentos, magias, etc.
Muito mais poderia ser dito aqui, porém,
a melhor forma de conhecer IMAGINÆRY é
lendo sua essência e principalmente utilizando a
criatividade para contar histórias fantásticas
somada com o desejo de encarnar um
personagem, portanto, hora de encerrar as
apresentações e revelar o que realmente
interessa.
Bem-vindo a IMAGINÆRY, onde
quem cria o universo é você, seja contando
histórias ou participando delas.
6
Rpg
RPG, sigla que tem por significado
“Roleplaying Game”, ou Jogo de Representação,
é um jogo que possui dois tipos de participantes,
o Mestre e os Jogadores. O Mestre irá narrar uma
história, e os Jogadores, cada um representando o
papel de um personagem fictício, irão participar
da história.
Diferente de outros jogos, no RPG os
Jogadores não competem uns contra os outros
para que no final um deles seja o vencedor. Aqui
os jogadores agem em conjunto, como uma
equipe, muito embora cada personagem possa ter
objetivos pessoais diferentes dos outros, podendo
até mesmo entrar em conflito uns com os outros
uma vez ou outra.
Para ilustrar melhor a situação, o RPG
pode ser visto como uma espécie de teatro, na
qual o Mestre seria uma espécie de
Diretor/Roteirista, e cada Jogador seria um dos
atores. Porém, diferentemente de um teatro, as
ações e falas dos personagens dos Jogadores não
estão pré-determinadas, elas seriam, por assim
dizer, “improvisadas”. Isso porque é o Jogador
quem decide o que seu personagem vai fazer ou
falar de acordo com a personalidade e interesses
que o Jogador definiu para seu personagem, em
cada uma das situações narradas pelo Mestre.
Para uma melhor visualização do
funcionamento do jogo, a seguir será apresentada
uma demonstração de como o jogo transcorre e
como cada jogador representa seu personagem de
acordo com a situação narrada pelo Mestre:
Diego está atuando como Mestre.
Juliana, Gabriel, Floriana e Ilca são os Jogadores
e seus personagens são respectivamente: Johan,
um sacerdote de um deus justo; Phillip, um
mercenário e mestre de armas; Agatha, uma
estudiosa do oculto e Rhana, uma seguidora das
artes obscuras.
O Mestre narra a seguinte cena para seus
Jogadores:
“Vocês chegam às ruínas de um velho castelo
ao anoitecer. A lua, sua única fonte de
iluminação, lança sua fraca luz sobre os
destroços do que antes eram muralhas e
paredes de salões suntuosos. O vento frio sopra
por vocês, e seu sussurro é o único som que
vocês ouvem, além de suas respirações
ofegantes. ”
Nesse momento, cada Jogador decide o
que seu personagem fará em tal situação. Juliana
diz ao mestre:
“Meu personagem, Johan, vai sentar-se no
chão das ruínas e rezar para seu deus para que
purifique as almas que aqui viveram, caso
alguma delas esteja perturbada. ”
Gabriel: “Eu vou ficar a postos com as
armas em punho e falarei com Agatha. ”
Gabriel então se vira para Floriana, e fingindo
ser seu personagem diz a ela o que Phillip
pretende dizer para Agatha. “Ocultista, diga-me
o que sabes sobre este local, e rápido, não quero
correr o risco de sermos pegos de surpresa por
nenhuma entidade de tempos passados que
possa estar guardando este local”.
Floriana: “Vou fazer um teste de
conhecimentos ocultos para ver o que descubro
sobre este local”
O Mestre estipula a dificuldade do teste,
e pede para que Floriana role o dado (o papel dos
dados será explicado em breve): “OK, role um
dado de 12 faces (D12) contra a dificuldade 7”.
Floriana rola o dado e obtém o número 4,
que somado com seu conhecimento de
conhecimentos ocultos consegue superar a
dificuldade estabelecida. O Mestre então diz a
ela o que ela sabe sobre o local. Ela por sua vez,
representando sua personagem volta-se para
Gabriel e diz: “Lembro-me de ter lido em tomos
antigos que aqui habitava uma família profana.
Eram ricos, porém lidavam com forças que
devem ser deixadas intocadas. Aos poucos seus
foram enlouquecendo até que em uma noite
tempestuosa, todos desapareceram, e o castelo
7
ruiu inexplicavelmente.”
Ilca, ao ouvir o que a personagem de
Floriana explicou diz ao mestre: “Rhana vai
utilizar uma magia para verificar se existe
alguma criatura no meio das ruínas. ”
Mestre: “Você se concentra, um símbolo rúnico
se forma em sua mente e você o traça no ar,
com enorme concentração. Seu corpo começa a
formigar, e você se sente cansada, conforme o
símbolo forma um raio luminoso que é
disparado para o centro dar ruínas. Em meio
aos escombros a luz do raio revela o que parece
ser um trono antigo, já desgastado e corroído
pelo tempo”.
Todos os Jogadores, então, decidem que
seus personagens vão lentamente se aproximar
do trono
Mestre: “Conforme vocês se aproximam do
trono, um vento gélido começa a soprar ao
redor de todos vocês. Um uivo baixo pode ser
ouvido, conforme seus passos cautelosos os
conduzem a alguns centímetros do trono. Então
uma imagem pálida começa a se formar diante
dos seus olhos. A pálida e translúcida imagem
de uma figura coberta com um manto espectral
sentada no trono. A criatura aponta um dedo
esquelético na direção de vocês e começa a
falar com uma voz áspera e sussurrada. ”
Neste momento o Mestre muda a sua voz
e começa a representar a fala da criatura:
“Jovens almas que adentram o recinto de
minha ancestral família, embora nossa nobre
casa não mais exista no mundo físico, ela
permanece habitada por todos seus membros no
além, e diante de vocês encontra-se a passagem
para o conhecimento que ela guarda. Digam-
me, portanto, seus motivos, e talvez eu lhes
conduza para as entranhas de nossos
conhecimentos ocultos, mas caso falhem em me
convencer eu farei de vocês sacrifícios em nome
de nossa ancestral casa.”
Os jogadores então devem decidir o que seus
de nossa ancestral casa.”
Os Jogadores então devem decidir o que seus
personagens farão. Dirão o que buscam?
Inventarão uma mentira? Ou investirão contra a
criatura?
O exemplo acima foi uma simples
demonstração de como transcorre uma sessão de
RPG, com o mestre narrando as cenas e
representado os personagens coadjuvantes (ou
seja, os personagens que não são dos jogadores),
e os jogadores representando seus personagens,
decidindo suas ações e realizando-as.
No fim, a melhor forma de se
familiarizar com o RPG é jogando. Cada Mestre
tem seu jeito pessoal de narrar a história, assim
como cada jogador tem suas preferências em
relação ao que busca no jogo, portanto não
estranhe caso o seu jogo transcorra de forma
diferente do exemplo dado. Alguns preferem
representar a personalidade de seus personagens,
ver sua história se desenvolver. Outros preferem
situações de combate, derrotar inimigos, etc. No
fundo, o que realmente importa é que todos,
tanto o Mestre quanto o restante do grupo, se
divirtam, contando histórias e vendo os
personagens participando delas através de
grandes feitos.
O mestre
O item anterior já demonstrou um pouco do
funcionamento do papel do Mestre no jogo.
Porém, para acabar com quaisquer dúvidas que
possam surgir a respeito da figura do Mestre,
nada melhor do que dedicar um item
exclusivamente a ele.
O Mestre é o indivíduo que irá criar e
descrever a história para os jogadores. Em outras
palavras ele vai “dirigir” o jogo, inserindo os
personagens dos Jogadores em uma história,
descrevendo as cenas e eventos aos Jogadores e
detalhando as consequências das ações dos
jogadores em cada uma das situações. Para isso o
Mestre deve conhecer bem o sistema de regras,
assim como a ambientação na qual as aventuras
8
se passam, pois isso facilitará o andamento do
jogo, e estimulará sua criatividade na criação de
histórias e situações.
Mas o papel do Mestre não se resume a
narrar cenas. Embora ele não seja considerado
um jogador, ele também representa personagens.
Todos os personagens da história, que não forem
os personagens dos Jogadores, serão
considerados Personagens Não Jogadores,
(PNJs) muitas vezes chamados também de
Personagens do Mestre (PDMs), e esses
personagens serão interpretados pelo Mestre.
Tais personagens podem ser tanto aliados dos
jogadores, quando indivíduos neutros, ou então
inimigos dos jogadores, e o mestre controlará
suas ações, representará seus diálogos e rolará os
dados por eles sempre que algum tipo de teste for
necessário, seja em situações sociais ou em
situações de combate.
Além de tudo isso, o Mestre também tem
o papel de árbitro, pois cabe a ele decidir o que é
permitido ou não em seu jogo. Quais regras serão
utilizadas, quais serão modificadas, quais tipos
de personagens serão permitidos. Também é ele
quem decide as dúvidas e questões referentes a
aplicação ou funcionamento de certas regras,
lembrando que tal decisão deve ser tomada de
forma justa e equilibrada, jamais visando
prejudicar ou favorecer os jogadores, mas sim
visando a diversão e o equilíbrio do jogo.
Em suma, a função do Mestre pode ser
resumida da seguinte forma: Criar a aventura
(seja única ou uma campanha), descrever as
cenas, descrever as consequências das ações dos
personagens dos jogadores, criar e representar os
personagens coadjuvantes (aliados, neutros,
inimigos, monstros, etc.), gerenciar a justa
aplicação das regras e o andamento do jogo.
Mentiras e verdades
sobre o mestre
O Mestre joga contra os Jogadores.
Mentira. Embora o Mestre represente os
personagens coadjuvantes, o que inclui os
inimigos dos personagens dos jogadores, e role
os dados para os testes desses
personagens, isso não significa
que ele esteja jogando contra os
personagens dos jogadores, pois
tais ações devem ser realizadas
de maneira justa e equilibrada.
O Mestre controla as ações dos
Personagens Jogadores e dos
Jogadores.
Mentira. Nada impede que o
Mestre venha a dar um ou outro
conselho sobre as atitudes dos
personagens dos Jogadores. Por
exemplo, advertir ao Jogador que
ele está representando de forma
diversa da personalidade que
definiu para seu personagem. Ou
então perguntar a um Jogador se
ele não quer reconsiderar uma
certa ação, caso ela venha a ser
muito prejudicial. Mas fora isso,
quem controla as ações de seus
respectivos personagens são os
jogadores. Vale lembrar, por
mais óbvio que isso seja, que o
Mestre tem o poder de
administrar o jogo, mas isso não
significa, de forma alguma, que
os jogadores devam obedecer nada do que ele
disser fora do jogo, ou mesmo o que ele disser
durante o jogo que nada tenha a ver com os
personagens e com os eventos fictícios narrados
durante a sessão. Em outras palavras, o RPG é
um jogo, e aquilo que acontece durante o jogo
tem efeito somente na imaginação dos
participantes.
O Mestre pode fazer o que bem entender com
as regras, resultados, etc.
Mentira. O Mestre deve agir de forma justa,
visando o equilíbrio do jogo, como um árbitro.
Jamais alterar as regras ou resultados para
beneficiar seus interesses ou para beneficiar um
ou mais jogadores em detrimento dos outros.
O Mestre cria a história.
Verdade. Entretanto, nada impede que o Mestre
faça uso de histórias já prontas, escritas por
editoras, ou mesmo por outros Mestres. Além
disso, filmes, livros, histórias em quadrinhos,
outros RPGs, são sempre
uma grande fonte de
inspiração para auxiliar o
Mestre a ter ideias para suas
histórias.
O que é Preciso
para Jogar O Mestre pode seguir com a
Mestre e história de forma
Jogadores (de 1 a improvisada.
6 ou mais)
precisarão: Verdade. Cada Mestre tem
seu jeito pessoal de seguir
- Este livro, com com a história. Alguns
as regras do deixam tudo planejado nos
sistema; mínimos detalhes,
- Fichas de arquitetando o resultado de
personagem; cada ação que o grupo possa
tomar (embora seja comum
- Ao menos um que os Jogadores sigam, por
dado de 6 lados e vezes, por um caminho
um de 12 lados; inesperado). Outros Mestres
preferem fazer as coisas de
- Papel e lápis;
forma mais aberta, deixando os
- E mais Jogadores guiarem o caminho
importante: para o qual a história irá
Imaginação. seguir. Há Mestres que gostam
de anotar suas aventuras,
enquanto há os que preferem
fazer tudo “de cabeça”. No
fim, o Mestre é livre para
trabalhar sua criatividade da forma que mais lhe
agrada.
O Mestre é livre para decidir as reações dos
Personagens Não Jogadores, assim com as
consequências das ações dos Jogadores dentro
da história.
Verdade. Desde que respeitando as regras e
agindo de forma justa e coerente dentro da
história que foi criada.
9
O Mestre pode fazer alterações nas regras do
jogo.
Verdade. Contanto que os Jogadores
concordem, e que tais mudanças mantenham o
sistema justo. Por exemplo, não seria justo o
mestre mudar uma regra para que os personagens
dos Jogadores passassem a ter penalidade nas
jogadas de ataque, sem nenhum motivo
específico.
Mas é perfeitamente normal que o
Mestre e o grupo se reúnam para fazer alterações
nas regras e personalizá-las de uma forma que
melhor os agrade (regras criadas por um grupo
em particular são chamadas “regras da casa”), e
o sistema IMAGINÆRY foi desenvolvido
visando encorajar e permitir tal atitude. No fim o
importante é a diversão, e um grupo que tem
liberdade para escolher quais regras melhor se
aplicam a seu estilo de jogo, tem mais chances de
aproveitar toda a diversão oferecida pelo jogo.
habilidade do personagem relacionada à ação que
ele tenta realizar, seja possível chegar a um
resultado justo e coerente, que comprovará se o
personagem foi capaz de superar a dificuldade
daquela ação e obteve a consequência desejada,
ou se suas ações resultaram em uma falha.
Agora que está claro o papel dos dados
no RPG, é preciso mencionar que alguns dos
dados utilizados nos jogos de RPG são diferentes
dos dados comuns de 6 lados. Existem dados de
4, 6, 8, 10, 12, 20, e até 100 lados. A forma mais
comum de se referir a eles é utilizando a letra
“D” acompanhada do número de faces do dado
em questão. Por exemplo, um dado de 4 lados é
chamado de “D4”. Logo a nomenclatura dos
dados citados acima seria: D4, D6, D8, D10,
D12, D20 e D100.
IMAGINÆRY utiliza duas espécies de dados,
os dados de 6 lados (D6), o dado de 12 lados
(D12), sendo este último o principal dado
utilizado, pois é com ele que serão realizados
todos os testes.

Dados
Como muitos jogos, o RPG utiliza dados.
Normalmente a primeira pergunta que se faz em
face dessa afirmação é: Porque um jogo de
representação precisa de dados?
E a resposta é a seguinte: Para assegurar
que o jogo seja justo.
Embora o foco do RPG seja a
representação, muitas vezes os personagens
precisam vencer obstáculos, ou competir entre si
(em um duelo, por exemplo), e para que essas
ações tenham resultados justos, faz-se necessário
o uso de dados. Afinal, caso o Mestre dissesse a
um Jogador que seu personagem se afogou, pois
não conseguiu nadar contra a correnteza, o
jogador certamente iria quere saber por que o
Mestre chegou a tal conclusão. A decisão do
Mestre pareceria arbitrária e infundada. Da
mesma forma que não seria justo caso o Mestre
tivesse que aceitar que o vilão da história morreu
com uma espadada simplesmente porque o
Jogador assim desejou.
Para isso servem os dados. Para que, ao
somar o resultado de suas rolagens com a

10
11
Antes de qualquer outra coisa é preciso
aprender o método de criação de personagens.
Isso porque os personagens são o centro da
história, a parte mais importante do jogo, e sem
eles não importa quão bem elaborada seja a
história criada pelo Mestre, ou o quão dinâmicas
sejam as regras. Pois sem os personagens não há
jogo.
ela relacionados. Os atributos de cada área são:
Atributos Físicos: Força, Saúde, Aparência e
Reflexo;
Atributos Mentais: Inteligência, Percepção,
Psique e Aprendizado;
Atributos Psicológicos: Carisma, Caos e
Ordem;

Além disso, é nesta etapa que será Atributos Parapsicológicos: Crença,

decidido qual caminho esse personagem vai Mediunidade e Disciplina.
trilhar. O que ele sabe ou não sabe fazer; o quão
inteligente ele é; qual a oportunidade dele
desviar de um golpe; quais conhecimentos ele O significado de cada um desses
possui, etc. atributos será explicado individualmente, assim
como seu papel no jogo. Vale lembrar que alguns
deles possuem aplicações diferentes dos outros,
mas nem por isso são menos importantes.
O que constitui um
personagem? As aplicações de cada um deles serão
abordadas na sua respectiva descrição, e também
mais adiante, na descrição de outras áreas nas
quais esses atributos se encaixem.
Além de história e comportamento próprios,
cada personagem possui grupos de atributos,
sentidos e perícias, cujas pontuações determinam
informações cruciais sobre suas capacidades. Atributos
Para que você se familiarize com cada
característica dos personagens, cada uma delas
físicos
(assim como o método para obter seus valores)
será explicada a seguir.

São as características referentes ao corpo

Atributos físico do personagem.

força

Os atributos representam as capacidades

individuais do personagem, aquelas
características que o indivíduo possui desde o
nascimento, como parte de sua personalidade,
Trata-se da força muscular do personagem.
Sua capacidade para erguer objetos, empurrar,
diferentemente dos conhecimentos adquiridos
golpear, arrastar, resistir à influência de outras
através de estudo ou treino.
forças físicas, etc.
Eles são divididos em quatro áreas, que
A Força determina também o quão bom
são: Atributos Físicos, Atributos Mentais,
o personagem é nas perícias que envolvem direta
Atributos Psicológicos e Atributos
ou indiretamente o uso do físico, e a pontuação
Parapsicológicos.
que ele tiver neste atributo vai determinar
Cada área possui um grupo de atributos a quantas perícias ele conhece nessa área e qual a

12
sua pontuação nelas.
Além disso, um indivíduo que possui um
físico forte é mais resistente a danos em seu
corpo, por isso a pontuação em Força determina
metade da Vitalidade do personagem (sendo a
outra metade determinada pela Saúde).
saúde
A Saúde representa a capacidade do
organismo do personagem de funcionar de forma
equilibrada e positiva. Um corpo saudável é mais
resistente a efeitos nocivos, sendo mais tolerante
ao dano, por possuir uma melhor estrutura e
maior e mais rápida capacidade de regeneração,
além de possuir maior resistência a toxinas,
doenças, e outros fatores prejudiciais, devido ao
bom funcionamento de seu organismo em geral.
Não é por menos que metade do valor da
13
Vitalidade do personagem é determinada pela
sua pontuação em Saúde (enquanto que a Força
determina a outra metade).
Embora dificilmente alguma perícia faça
uso deste atributo, seu valor pode ser aplicado
em testes simples que não estejam relacionados a
perícia alguma, como por exemplo, um teste para
resistir ao efeito de um veneno, ou para evitar
que o personagem caia inconsciente devido a
uma grande quantidade de dano sofrido.
Aparência
Representa o aspecto visual do personagem,
sua estética. Em outras palavras, o quão belo ele
é.
A beleza física pode ser de grande ajuda
quando bem empregada em situações sociais, por
isso o valor da Aparência é um dos valores que
determina o número de perícias sociais do
personagem e sua pontuação nelas.
Entretanto, por mais que um indivíduo
possua uma boa aparência, isso não faz dele
automaticamente uma pessoa de bom Aparência Entre
comportamento, e não necessariamente faz dele Diferentes Espécies
uma pessoa agradável. Isso porque mesmo que o
Entre indivíduos da
indivíduo seja belo, ainda assim pode lhe faltar
mesma espécie, uma boa
carisma, logo a beleza de um indivíduo poderia
aparência é capaz de
ser ofuscada por uma personalidade rude, ou
provocar uma atração no
então acabar não sendo notada, devido à timidez
sentido romântico.
extrema.
Porém, o efeito da
aparência em indivíduos
de outras espécies
Reflexo (especialmente espécies
que não possuam feições
humanas) se dará não no

Simboliza o quão ágil o personagem é. A

sentido romântico, mas
no sentido de inspirar
velocidade com que ele se movimenta, a rapidez confiança. Ou seja,
com que seu corpo responde às situações embora um indivíduo de
ocorrendo ao seu redor, sua capacidade para outra espécie não
desviar de ataques, etc. enxergue nenhuma
beleza física em um
Duas aplicações deste atributo merecem personagem com boa
destaque. Em primeiro está a vital utilidade do aparência, ele se sentirá
Reflexo nos combates, uma vez que ele é o mais confiante em
principal fator que evitará que o personagem seja relação às boas intenções
atingido. E em segundo está do fato de que ele é desse personagem para
o atributo usado para determinar as perícias e consigo.
suas pontuações referentes a armas (e ataques) de
disparo.
Maiores detalhes sobre a aplicação do
Reflexo em situações de combate serão
explicados mais adiante, no capítulo “Combate”.

Atributos
Distribuição de Pontos: O número máximo de
pontos que podem ser distribuídos entre os
Atributos Físicos no momento da criação do
mentais
personagem é 12. Cada personagem deve
obrigatoriamente ter pelo menos 1 ponto em cada

Estes atributos determinam as capacidades

um dos quatro atributos físicos (Força, Saúde,
Aparência e Reflexo).
da mente do personagem e o quão bem ele as
aplica nas mais diversas situações.

14
Inteligência Percepção

Trata-se da capacidade mental do indivíduo Ver algo, nem sempre é o mesmo que
de processar informações e colocá-las em prática perceber seus detalhes. Uma pessoa pode ver
de forma útil. uma porta no fim do corredor à sua frente, mas
somente uma pessoa com a percepção aguçada
A Inteligência tem papel vital nas
irá perceber a chave da porta caída no canto
perícias que envolvem o uso do conhecimento e empoeirado há alguns metros de distância. Para
naquelas voltadas para o planejamento, de forma
isso serve a percepção, para que os pequenos (e
geral. Obviamente a pontuação nesse atributo
muitas vezes importantes) detalhes possam ser
determinará o número de perícias conhecidas na
notados. Desde objetos, detalhes em um
área e a pontuação delas.
determinado item, ou mesmo inimigos à espreita.
Entretanto, nem sempre a inteligência
Este atributo pode ser utilizado de forma
está relacionada com a capacidade de
independente, e também pode ser facilmente
aprendizado (tal qualidade está relacionada a um
combinado com perícias e com a maioria dos
atributo homônimo), isto porque um indivíduo
sentidos.
pode gravar na memória enormes quantidades de
informação, mas não saber dar a elas nenhum
uso. Enquanto que um indivíduo inteligente é
capaz de improvisar soluções grandiosas apenas Psique
com aquilo que estiver ao seu alcance.

A Psique do indivíduo representa o

interior de seu ser, seu eu subconsciente. será somado com os pontos que ele ganhar de
Quantidade de Aprendizado, para a compra de
Ela pode englobar suas memórias
novas perícias ou então de mais pontos nas
indiretas, a assimilação de fatos observados,
perícias já possuídas.
lembranças de outras vidas, a vontade
egocêntrica de querer realizar determinada ação, A Quantidade de Aprendizado, seu
etc. Em suma, a Psique pode representar funcionamento e as regras para comprar novos
inúmeras situações, por isso cabe ao Mestre conhecimentos serão discutidas em um capítulo
decidir cuidadosamente quais delas ele irá mais adiante.
permitir que este atributo represente em seu jogo,
e informar sua aplicação exata aos Jogadores.
Em termos de aplicação em jogo, o valor Distribuição de Pontos: O número máximo de
pontos que podem ser distribuídos entre os
da Psique é usado como bônus para que o
personagem faça uso de uma perícia (apenas Atributos Mentais no momento da criação do
perícias que envolvam raciocínio ou manobras) personagem é 12. Cada personagem deve
obrigatoriamente ter pelo menos 1 ponto em cada
que observou alguém utilizar. A critério do
Mestre o valor da Psique também pode ser um dos quatro atributos físicos (Inteligência,
Percepção, Psique e Aprendizado).
utilizado em testes para que o personagem se
lembre de algo que presenciou no passado, ou até
mesmo para justificar conhecimentos que ele
traga de outra vida, mas que na vida atual não
possua nenhuma pontuação.
Atributos
Outra possibilidade é a utilização da psicológicos
Psique como bônus em alguma ação que envolva
diretamente o ego do personagem, por exemplo:

Este conjunto de atributos determina a

Irath se considera um grande músico, logo, por
seu ego, ele não toleraria ser vaiado em uma
apresentação. Nesta situação, o valor de Psique personalidade do indivíduo, indicando como será
seria adicionado como bônus em um teste de o comportamento do personagem.
Tocar Instrumento.
Mas como já foi dito, a Psique é um
atributo com aplicações amplas, e que poderia Carisma
facilmente desequilibrar o jogo, portanto cabe ao
Mestre escolher suas aplicações, portanto,

O Carisma representa o quão sociável e o

aconselha-se que ele o faça com cuidado.

quão agradável o personagem é. Uma pessoa

Aprendizado
Trata-se da capacidade do personagem de
adquirir novos conhecimentos. Um alto valor de
Aprendizado significa que a mente do
personagem tem grande facilidade para assimilar
novas informações e permitir que ele as use.
Ao fim de cada aventura os personagens
ganham Quantidade de Aprendizado, que não
deve ser confundida com este atributo. O valor
que o personagem possuir neste atributo será
somado com os pontos que ele ganhar de
Quantidade de Aprendizado, para a compra de
novas perícias ou então de mais pontos nas
perícias já possuídas.
carismática consegue agradar as pessoas ao seu
redor com uma boa conversa, um sorriso
simpático e com modos cativantes. Um bom
carisma é capaz de compensar a falta de
aparência de um indivíduo, por outro lado um
baixo Carisma faz com que uma pessoa com boa
aparência seja nada mais do que uma bela visão,
que perde o encanto ao abrir a boca.
Um personagem carismático tem
facilidade em fazer as pessoas gostarem dele, ou
pelo menos em evitar que elas o vejam como
alguém desagradável, ou até mesmo como
inimigo.
16
 Não é por menos que o Carisma é de
grande importância nas situações em que é
preciso conquistar a confiança de alguém,
convencer um indivíduo a realizar determinada
tarefa, ou mesmo seduzir alguém.
O valor de Carisma, somado
ao valor da Aparência determinará o
número de perícias conhecidas na
área social e a pontuação delas.
OrdEM
Este atributo psicológico indica
a inclinação do personagem a agir de
maneira Ordeira, ou seja, a agir de
acordo com as normas, sejam elas um
código moral criado pelo personagem,
ou então normas criadas por um
determinado Reino, Estado, etc.
Quanto mais Ordeiro for o
personagem, mais ele tenderá a auxiliar
os necessitados, a seguir o conceito do
bem (ou pelo menos a sua visão do que o
bem seja), a respeitar as leis, e a pensar de
forma igualitária e justa.
O valor do Atributo Ordem será
equiparado ao valor do Atributo Caos, para
assim determinar em qual grau a índole do
personagem se encontra. Isso porque
é difícil achar um conceito totalmente
puro de bem ou de mal, uma vez que mesmo os
representantes mais obstinados de cada um
desses conceitos possuem pelo menos uma
sombra, ainda que muito fraca, do outro.
O valor de Ordem pode ser utilizado
como bônus de Carma. Maiores detalhes sobre
esse bônus serão explicados nos capítulos
seguintes. Para mais detalhes sobre as nuances de
Índoles, veja o quadro “Entre Tons de Cinza”.
O valor máximo no Atributo Ordem é de 3
pontos.
Caos
O valor de Caos representa a inclinação do
17
personagem a ações caóticas, ou seja, ações
destrutivas, que contrariem as leis, e que sejam
realizadas com propósitos egoísticos.
Quanto mais caótico o personagem for,
mais ele vai sentir prazer em causar destruição,
seja para afrontar as leis, seja para realizar o que
ele acha que é certo (muitos
indivíduos acham que as leis não
são justas, logo o único modo de
fazer a coisa certa é
desrespeitando-as), ou por
simples impulso.
Reforçando o que já foi
dito, o valor do
Atributo Caos será
equiparado ao valor do
Atributo Ordem para
assim determinar em qual grau a índole do
personagem se encontra. Isso porque é difícil
achar um conceito totalmente puro de bem ou de
mal, uma vez que mesmo os representantes mais
obstinados de cada um desses conceitos possuem
pelo menos uma sombra, ainda que muito fraca,
do outro.
O valor de Caos pode ser utilizado como
bônus de Carma. Maiores detalhes sobre esse
bônus serão explicados nos capítulos seguintes.
Para mais detalhes sobre as nuances de
Índoles, veja o quadro “Entre Tons de Cinza”.
O valor máximo do Atributo Caos é 3 pontos.
Distribuição de Pontos: O número máximo de
pontos que podem ser distribuídos entre os
Atributos Psicológicos no momento da criação
do personagem é 9. Cada personagem deve
obrigatoriamente ter pelo menos 1 ponto em cada
um dos três atributos físicos (Carisma, Ordem e
Caos).
Atributos
parapsicológicos
Demonstram a conexão do personagem com
as forças que estão além do mundo físico, e seu
controle sobre elas.
crença
Simboliza o quão forte e verdadeiramente o
personagem acredita em algo que, na maioria das
vezes, está além do mundo material.
Muitos acreditam que por trás do
mistério da existência estão deuses ou entidades
grandiosas e inumanas, enquanto outros
acreditam que o que torna tudo possível é uma
força sobrenatural e invisível que permeia todas
as coisas, ou mesmo na magia como a força
primária.
Mas nem toda crença precisa estar ligada
a algo espiritual e imaterial, há também aqueles
que acreditam na razão, ou então nas fórmulas
alquímicas, ou na ciência, atribuindo à lógica e
aos cálculos a resposta para a existência.
Independentemente daquilo em que o
personagem acredita, quanto maior for sua
crença, mais sustento ele irá obter do objeto de
sua devoção, o que lhe será extremamente útil na
manipulação de forças extrafísicas, como a
magia, o contato com os espíritos, ou mesmo
para a realização de verdadeiros milagres.
Portanto, seu valor de crença lhe
garantirá um bônus no uso de magia, ou no uso
de sua mediunidade ou então em perícias
científicas, dependendo em qual dessas áreas
estiver sua crença.
Caso a crença do personagem não esteja
ligada a nenhum desses elementos, seu valor
poderá ser utilizado uma vez por dia como bônus
em uma ação relevante ao seu credo.
Por exemplo: Um personagem que
acredite na deusa do amor poderia utilizar o

Entre Tons de Cinza

Embora existam conceitos dividindo o bem e o mal, é impossível dividir as
pessoas com tanta clareza. Isso porque cada indivíduo tem características de ambos na sua
personalidade, aqui representados pelos atributos Ordem e Caos. Alguns são mais
inclinados à Ordem, outros ao Caos e alguns possuem níveis equilibrados entre os dois
conceitos, mas por mais que um desses conceitos seja forte em um indivíduo, sempre, sem
exceção, haverá um traço do conceito oposto, não importa quão pequeno ele seja.

Mesmo os que escolhem livremente abraçar um dos lados, nem por isso deixam
de possuir (e manifestar em certas ocasiões) traços, por menores que sejam, do lado
oposto. Logo não seria correto classificar os indivíduos unicamente entre bons ou maus,
posto que até o maior dos tiranos poderia amar alguém em particular, e agir de forma
nobre por essa pessoa, enquanto que um herói de bom coração poderia agir de forma cruel
para conseguir informações que salvem a vida de um inocente.

Essa mistura de Ordem e Caos na personalidade dos indivíduos é chamada de

Tom de Cinza. E a quantidade que ele possuir de cada um desses atributos determinará em
que grau da tonalidade ele estará. Por Exemplo: Um personagem que possua valores iguais
de Ordem e Caos estará em uma área mais cinza, pois ele pode agir de forma caótica
buscando uma finalidade que ele acredita ser boa ou então utilizar da ordem para oprimir
os mais fracos. Já um personagem que possua um valor amplo em Ordem e o mínimo em
Caos, estará em uma área mais clara, pois ele busca sempre respeitar as normas e usá-las
para o bem estar do próximo, mas ainda assim é capaz de, em situações extremas, agir de
forma caótica para manter a ordem.

(continua...)

18
bônus em um teste de perícia voltado para tentar necessário que ele possua o sentido relacionado à
unir dois amantes. magia. Veja “Os Sentidos”, mais adiante.
Nota: O fato de um personagem acreditar em
algo não torna necessário que tal coisa sequer
exista. Deuses podem ou não existir, mas Mediunidade
somente pelo fato do personagem acreditar em
algum já é o suficiente para que ele ganhe as

A ligação com o mundo espiritual. Através

vantagens inerentes de sua crença, uma vez que
elas são mais um efeito emanado da força de
vontade do personagem do que de uma dádiva do dela tanto o mundo dos espíritos, quanto os
além. próprios espíritos que o habitam podem ser
sentidos, vistos e contatados. Além disso, esse
Lembrando, que cada Mestre deve sentir-
laço com o mundo invisível também torna
se livre para determinar o que é verdadeiro ou
possível a manipulação das energias espirituais.
não em seu jogo. E se o Mestre quiser que deuses
sejam reais e sejam os responsáveis pelas Caso o mestre decida introduzir perícias
vantagens inerentes da Crença, assim será. relacionadas ao mundo espiritual em seu jogo,
será o valor desse atributo que determinará o
É importante notar, entretanto, que para
que um personagem tenha capacidades mágicas, número de perícias conhecidas e o valor delas.
não basta possuir pontos neste Atributo. É

A figura a seguir ilustra detalhadamente em qual tonalidade cada uma das

combinações de Ordem e Caos encontra-se, a Índole que cada uma representa.

3X1 2X1 3X2 1X1 2X2 3X3 2X1 3X2 3X1

2 Ordem X 1 Caos: Bem Intencionado; 1 Ordem X 1 Caos: Indiferente; 2 Caos X 1 Ordem: Malicioso;

3 Ordem X 2 Caos: Mão da Justiça; 2 Ordem X 2 Caos: Egoísta; 3 Caos X 2 Ordem: Dominador;

3 Ordem X 1 Caos: Benfeitor; 3 Ordem X 3 Caos: Tirano; 3 Caos X 1 Ordem: Perverso

Índoles
Indiferente: Você não se importa em planejar objetivos, nem em seguir nenhuma
conduta moral. Você simplesmente vive sua vida sem se importar com os outros,
com as regras, ou com qualquer outra coisa, fazendo apenas o necessário para seu
próprio bem estar e deixando que a vida o leve para onde for.
Bem Intencionado: Embora você não tenha o costume de dedicar-se
integralmente (ou talvez nem parcialmente) a uma causa boa, você acredita no
bem, e é adepto da ideia de que o caminho do bem é aquele que conduz a um
mundo melhor para todos. (continua…)

19

Sempre que um personagem que possua
mediunidade tentar algum contato com o mundo
espiritual (tentando sentir as emoções do local,
ou ver a imagem espiritual de um determinado
lugar, etc.), com algum espírito, ou tentar
manipular energias espirituais, o valor de
Mediunidade será utilizado como bônus. Caso o
teste envolva alguma perícia de outra área, o
bônus será somado a ela, do contrário somente o
bônus de Mediunidade será utilizado.
Deve-se notar, entretanto que para que
um personagem tenha capacidades mediúnicas,
não basta que ele possua pontos neste Atributo. É
necessário que ele possua o sentido relacionado à
mediunidade. Veja “Os Sentidos”, mais adiante.
Disciplina
O atributo Disciplina representa o nível de
conhecimento mágico e/ou mediúnico que o
personagem adquiriu através de estudo e prática.
Em relação a seu uso dentro da Mediunidade, o
valor de disciplina indica em quantos efeitos
mediúnicos distintos o personagem pode se
concentrar de uma vez (em outras palavras,
sustentando o uso de várias perícias mediúnicas
de uma só vez). Por exemplo: um personagem
com dois pontos em Disciplina poderia
comunicar-se com um espírito, ao mesmo tempo
em que manipula a energia espiritual do local,
logo, realizando duas ações.
No que tange sua aplicação na área da
Magia, será o seu valor que determinará o
número de perícias mágicas que o personagem
conhece e o valor a ser distribuído entre elas.
Por fim, seu valor também pode ser

Malicioso: Você se sente particularmente atraído a prejudicar os outros. Tal

atitude proporciona uma leve sensação de poder, e ás vezes é até divertido. Se for
possível tirar vantagem para si através do prejuízo alheio, melhor ainda, embora
não seja esse seu objetivo principal. No fim, ninguém é totalmente inocente,
portanto acabam merecendo que você os trate assim.
Apesar de não acreditar na inocência, você não se deixa dominar totalmente por
esse impulso maligno, e procura pensar nas conseqüências de seus atos, evitando
exageros que lhe trariam prejuízos ou problemas graves com as leis.
Perverso: O sofrimento alheio o diverte. Você se sente forte quando está sendo
responsável pela desgraça alheia e se diverte ao ver todos sendo atingidos por
catástrofes. Suas razões para agir dessa forma são praticamente inexistentes.
Trata-se apenas de um prazer incontrolável, que não se importa com regras,
consequências ou sentimentos.
Nota: Personagens que possuam 3 em Caos e 2 em Ordem ainda se encontram
nessa classificação, mas são mais cuidadosos na forma de agir, visando evitar as
consequências que seus atos podem trazer, e vez ou outra podem direcionar sua
crueldade a pessoas que julguem merecê-la. Caso o mestre deseje pode criar uma
nova Índole através dessa combinação.
Bem Feitor: Você acredita que o bem é o caminho, e se dedica integralmente para
fazer o bem e exemplificá-lo a todos, ao mesmo tempo em que se esforça para
impedir indivíduos cujos atos causem prejuízos a outrem. (continua...)

20
aplicado como bônus em perícias O que faz com que a distribuição deva
especificamente voltadas para a utilização de ser mais cuidadosa, pois de nada adiantaria se
efeitos mediúnicos, ou especificamente voltadas um personagem tivesse o dom da magia, mas não
para as magias que o personagem conhece. possuísse nenhum ponto em Disciplina, ou então
que ele possuísse o sentido referente à
Distribuição de Pontos: O número máximo de
Mediunidade, mas não possuísse nenhum ponto
pontos que podem ser distribuídos entre os
no Atributo de mesmo nome. Portanto, fica aqui
Atributos Parapsicológicos no momento da
o aviso para que tanto o Mestre quanto os
criação do personagem é 6, porém cada
Jogadores tenham atenção e cautela na forma
personagem possui apenas 4 pontos disponíveis
como distribuem (ou deixam de distribuir) esses
para essa área de atributos, o que significa que
pontos.
caso o jogador queira que seu personagem
possua o total de 6 pontos para distribuir, ele
deverá retirar os 2 pontos faltantes do total de
pontos reservados às outras áreas de Atributos. Gerenciando pontos de
atributo
Nos Atributos Parapsicológicos, ao
contrário das outras áreas, não há um número
mínimo de pontos a ser distribuído, o que

A soma total de pontos que um personagem

significa que alguns atributos podem ser
deixados sem pontuação.

Muitas vezes esses indivíduos não podem ser dissuadidos, e você acaba tendo que
lhes dar, mesmo a contragosto, um pouco do seu próprio remédio, impedindo-os
através da força, mas jamais se rebaixando ao nível deles.
Mão da Justiça: Você acredita no bem, e o vê como um elemento essencial para
o funcionamento do mundo. Mas não pode negar a existência do mal, e o mundo
só poderá atingir seu status ideal quando o mal for eliminado. Para isso você faz
uso da força, infligindo com prazer a dor àqueles que seguem o caminho do mal,
como forma de fazê-los pagar, e não pensa duas vezes antes de quebrar as regras
para garantir que o mal seja devidamente punido.
Dominador: Você aprecia tirar vantagens sobre os outros, e até fazê-los sofrer
como forma de demonstrar sua superioridade. Porém, seus métodos são voltados
para tentar chamar o mínimo de atenção possível, evitando problemas. Para isso
você opta por fazer com que os outros a espalhem a desgraça no seu lugar, e sigam
seu ponto de vista e suas ordens.
Egoísta: Tudo o que importa é você. As suas ações são sempre realizadas visando
seu próprio bem estar e buscando garantir-lhe vantagens sobre os demais. Caso
seja necessário fazer o bem, ou ser cordial para se beneficiar, você o fará sem
pensar duas vezes, e agirá da mesma forma caso seu bem estar dependa da prática
de atos malignos e desprezíveis. (continua…)

21
iniciante possui para distribuir nos Atributos é
37.
Desse total 12 são reservados para os
Atributos Físicos; 12 para os Atributos Mentais;
9 para os Atributos Psicológicos e 4 para os
Atributos Parapsicológicos. Os pontos
reservados para os Atributos Físicos, Mentais e
Psicológicos representam também a quantidade
máxima de pontos que os personagem dos
Jogadores podem possuir no momento de sua
criação. Já a quantidade máxima para os
Atributos Parapsicológicos é de 6 pontos,
embora haja apenas 4 pontos reservados para a
área, como já foi explicado acima. Portanto, a
única forma de distribuir 6 pontos entre os
Atributos Parapsicológicos, é retirando esses 2
pontos de qualquer uma das outras áreas.
Note-se, porém, que esta é a única
situação em que é permitido transferir pontos de
uma área para outra, logo não seria possível
transferir pontos da área dos Atributos Físicos
para os Atributos Mentais, etc. Somente 1 ou 2
pontos de qualquer área, para a área
Parapsicológica.
Por Exemplo: Victoria pretende criar uma
personagem que tenha um vasto poder
mediúnico e que tenha treinado o controle desse
poder por alguns anos. Assim, ela precisará de
uma quantidade razoável em Mediunidade e
também em Disciplina. Ela chega à conclusão de
de que 4 pontos não são o suficiente para
alcançar esse objetivo, assim ela retira 1 ponto
dos 12 reservados aos Atributos Físicos (fazendo
com que restem 11 para que ela distribua na
área), e 1 ponto dos Atributos Mentais (também
deixando 11 pontos para a área). Assim ela
atinge o máximo que pode ser distribuído entre
os Atributos Parapsicológicos, ou seja, 6 pontos.
Ela então distribui 1 ponto em Crença,
achando melhor ter ao menos 1 ponto do que
deixar o Atributo vazio. 4 ela distribui em
Mediunidade, simbolizando uma ligação
razoável com o mundo espiritual e os outros 2
pontos ela distribui me Disciplina, o que indica
que através do treino de sua Mediunidade, sua
personagem tornou-se capaz de manifestar dois
poderes mediúnicos ao mesmo tempo.
O valor máximo a que um Atributo poderá
chegar é 10 pontos, embora algumas espécies
possuam uma exceção a essa regra em relação a
determinados Atributos.
Personalizando os
atributos
IMAGINÆRY tem como proposta ser um
sistema no qual o Mestre possa alterar as regras
livremente, de acordo com seus gostos e
necessidades. Isso significa que os Atributos,

Tirano: Você é quem importa acima de tudo, mas não basta que somente você
cuide de seus interesses.
Todos os outros devem reconhecê-lo como superior e se curvar á sua vontade,
afinal você é melhor que eles.
Seu objetivo é subjugar a todos perante a sua vontade e perante os seus desígnios,
e aqueles que não se curvarem devem ser punidos até fazê-lo ou então ser
destruídos. Apesar de toda sua crueldade, arrogância e orgulho, você se considera
uma pessoa justa e ordeira, criando suas próprias leis, baseadas, obviamente no
seu ponto de vista e na sua auto-afirmada grandeza. Aqueles que reconhecerem
sua superioridade e o servirem serão devidamente recompensados, enquanto
corresponderem suas expectativas.

22
assim como todas as outras regras que serão
apresentadas neste livro, são suscetíveis de Os sentidos
modificações feitas pelo Mestre.
A seguir serão apresentadas algumas

Outra característica dos personagens de

sugestões de modificações que o Mestre pode
fazer, lembrando que existe uma infinidade de
possíveis alterações além daquelas contidas neste
livro.
Alterar os Nomes dos Atributos: Caso o nome e
função de algum Atributo não sirva para o que o
Mestre tem em mente, ele pode alterá-los. Caso o
número de Atributos mantenha-se igual, e nas
mesmas áreas, basta manter a mesma pontuação
descrita nos itens acima;
Remover Atributos: Alguns Atributos podem ser
considerados desnecessários para o estilo de
jogo/ambientação de alguns Mestres, e eles
podem desejar remove-los do jogo. Ao fazê-lo,
basta retirar 3 pontos da Área do Atributo em
questão, para cada atributo removido;
Remover uma Área de Atributo: Algumas Áreas
podem não ser utilizadas no tipo de história que
o Mestre elaborou. Por exemplo, um cenário
realista, que se passe em uma versão futurista da
Terra, pode estar destituído de forças magias
e/ou espirituais, assim o Mestre pode optar por
remover a Área dos Atributos Parapsicológicos.
Nesse caso, basta remover a pontuação referente
a tal Área da soma de pontos das Áreas;
Remover Ordem e Caos: Para alguns, criar um
conceito simples de bem/mal pode ser mais
prático e divertido do que distribuir pontos
nesses atributos, e calcular em que parte da área
cinzenta o personagem se encontra. Assim, caso
esses atributos sejam removidos, Carisma pode
ser mantido como o único Atributo Psicológico,
IMAGINÆRY são seus sentidos. Os sentidos,
com algumas exceções, são as funções do corpo
que nos permitem perceber o mundo ao nosso
redor. Todos os sentidos possuem igual
importância, pois é seu conjunto, funcionando
em harmonia que nos faz perceber grande parte
daquilo que nos cerca.
Cada indivíduo, por via de regra, possui
6 sentidos básicos, mas esse não é o limite de
sentidos que alguém pode possuir.
Até 8 sentidos podem ser possuídos por
uma pessoa, embora apenas raros indivíduos
possuam sete ou oito.
Os seis sentidos básicos* são: Visão,
Audição, Paladar, Tato, Olfato e Intuição.
(*A descrição dos sentidos é baseada na fisiologia
humana. Entretanto, uma vez que IMAGINÆRY é
um Sistema de RPG que apresenta várias espécies
fantásticas, a área do corpo onde o sentido se
manifesta pode varias de acordo com cada espécie.
Quando for o caso, isso será mencionado na descrição
da espécie mais adiante neste capítulo. Os 6 sentidos
são de igual importância, a ordem de sua explicação é
puramente ilustrativa, não representando uma
hierarquia entre eles).
visão

A capacidade de ver formas, cores,

restando assim 4 pontos para o Atributo. Isso
pode soar meio arbitrário, portanto recomenda-se
que Carisma seja colocado junto com os profundidade, através dos olhos físicos.
Atributos Mentais e a respectiva Área tenha 4
pontos somados ao seu total, ficando assim com
16 pontos, e permitindo uma distribuição de
audição
pontos mais livre para o Carisma.

Essas são apenas algumas das

possibilidades e servem de referência para o Capacidade de ouvir e reconhecer os sons do
Mestre. Com um pouco de esforço e dedicação, ambiente através dos ouvidos.
uma vasta quantidade alterações de todas as
proporções podem ser feitas.

23
paladar
Está localizado na língua, e permite
reconhecer os sabores, temperatura e
características das substâncias.
Tato
Sentido que se manifesta através do toque e
que torna possível sentir os objetos, sua textura e
temperatura, sendo também o responsável pela
sensação de dor.
olfato
Sentido que nos faz perceber os odores
captados através das narinas.
Intuição
Trata-se de uma forma de percepção. Não a
percepção relacionada ao corpo físico, mas uma
percepção que emana da alma. Através da
intuição é possível notar inúmeras coisas que
nossos atributos físicos não são capazes de nos
revelar.
A intuição nos permite sentir, por
exemplo, se uma determinada decisão vai trazer
bons resultados ou não; de que forma um
problema pode ser resolvido; se uma pessoa está
sendo sincera ou se é nossa inimiga; se há
alguma presença invisível em um determinado
local.
Além de muitas outras coisas que não
somos capazes de ver.
24
Sete ou oito sentidos
Além dos 6 sentidos que todos possuem,
ainda é possível que um indivíduo venha a
possuir 7 ou 8 sentidos. Esses dois outros
sentidos não estão presentes em todos os
indivíduos e não possuem uma ordem de
classificação.
Os sentidos que vão além dos seis são:
Arcano (relacionado à magia) e Etéreo
(relacionado à mediunidade). Lembrando que um
personagem não precisa possuir ambos, ou
sequer algum deles.
Isso quer dizer que um personagem pode
escolher possuir apenas os seis sentidos básicos,
ou então ele pode escolher um desses sentidos
extras, e possuir então 7 sentidos. Ou ele pode
fazer questão de escolher os 2 sentidos extras e
manifestar assim os 8 sentidos conhecidos.
É importante observar que a numeração
que será aplicada a esses sentidos é meramente
para fins de organização, pois como já foi dito
eles não seguem uma ordem classificatória entre
si. Ou seja, caso o sentido que o personagem
possua além do sexto seja a Mediunidade, então
ela será o sétimo sentido. Caso o sentido
escolhido seja o Arcano, ele será o sétimo. Em
suma, não existe a necessidade de possuir um
desses dois sentidos para que se possa possuir o
outro.
Um personagem só possuirá oito
sentidos caso escolha tanto o sentido Arcano
quanto a Mediunidade. Nesse caso a numeração
de cada um deles se fará pela ordem de escolha.
Logo, não é porque um determinado sentido está
classificado como “oitavo” que isso significa que
ele é superior ao sétimo. O que vai determinar a
“potência” de um sentido são os pontos que o
personagem possuir nele, e não sua numeração.
Arcano
Indivíduos que possuem este sentido são
capazes de perceber e controlar a força sutil e
oculta que é chamada de Magia. Essa força
encontra-se dormente no cerne do indivíduo, nas
profundezas de seu espírito, e é através do
sentido Arcano que ela é despertada e canalizada
para que possa manifestar seus efeitos no mundo.
Para maiores detalhes sobre a natureza
da Magia, seus efeitos e seu funcionamento,
consulte o capítulo “Magia”.
Etéreo
Pontos para distribuição
Obviamente alguns indivíduos nascem com
um ou outro sentido mais aguçado que os outros,
ou então passam um tempo de suas vidas
treinando um ou mais sentidos específicos.
Outros possuem sentidos incomuns, e muitas
vezes deixam de treinar seus sentidos mundanos
para se dedicar ao aperfeiçoamento desses
sentidos.
Para que seja possível ilustrar as

Este sentido faz com que seu possuidor seja

situações descritas acima, cada personagem
possui 5 pontos extras para distribuir entre seus
capaz de captar o mundo espiritual, adquirindo sentidos. Eles podem ser utilizados para
assim o dom da Mediunidade. melhorar as pontuações dos seis sentidos básicos,
para obter pontuações nos sentidos extras (logo,
adquirindo-os) ou então para ambos os casos.
Pontuação dos sentidos Lembrando que, caso não seja
distribuído nenhum ponto nos sentidos extras, o
personagem não possuirá esses sentidos, logo
não será capaz de manifestar as capacidades que
Cada indivíduo já nasce com os seis sentidos eles concedem.
básicos: visão, audição, tato, olfato, paladar e
intuição. Por isso, eles tendem a se manifestar de
forma mediana, ou seja, de forma relativamente
normal, possuindo pequenas nuances para
melhor ou para pior, que não impedem que esses
sentidos manifestem corretamente sua função.
Isso significa que nenhum personagem
domina completamente seus seis sentidos
básicos, mas também não chega a ter a função
desses sentidos comprometida. Eles
simplesmente funcionam de forma a cumprir
bem o suficiente seus papéis, situando-se no
meio termo de suas capacidades.
Assim, cada personagem já possui no
momento de sua criação 4 pontos em cada um
dos seis sentidos básicos, representando que
cada um dos seus sentidos funciona em sua
capacidade média.
No que diz respeito aos sentidos extras
(Arcano e Etéreo), neles os personagens não
começam com nenhuma pontuação. E caso os
jogadores queiram que seus personagens
possuam esses sentidos, deverão adquirir valores
nesses sentidos utilizando os Pontos para
Distribuição detalhados a seguir.

25
Uso dos sentidos no jogo
T O papel dos sentidos no jogo é fornecer
um bônus igual ao valor de sua pontuação para
os testes de perícias relacionadas a cada um
deles. Embora a Intuição também forneça o
mesmo tipo de bônus, ela só pode ser utilizada 3
vezes por dia, como bônus em testes de
conhecimento ou perícias perceptivas (além do
bônus dos sentidos relacionados diretamente a
elas, se houver), da forma como foi explicado na
descrição do sentido.
Os únicos que funcionam de forma
levemente diferenciada são os sentidos Arcano e
o Etéreo, pois além de concederem os bônus
respectivamente em Magia e Mediunidade, eles
também são responsáveis por permitir que o
personagem possa manifestar as habilidades em
questão.
Os exemplos a seguir ilustram o
funcionamento dos Sentidos no jogo:
Exemplo 1:
Rhana, a personagem de Ilca vai realizar um
teste da perícia Observar, para ver se enxerga
um detalhe em uma pintura. O bônus no teste
será o valor que ela possui na perícia, no caso 2,
somado ao valor de seu sentido Visão, que é 5.
Logo seu bônus total é 7.
Exemplo 2:
Gabriel deseja fazer um teste da perícia
Conhecimento de Magia para tentar descobrir
qual o significado da runa mágica gravada na
armadura de seu inimigo. Para saber o bônus
que terá no teste ele soma o valor de seu
Conhecimento de Magia, que é 3 com o valor do
seu sentido Arcano, que também é 3. O que
resulta em um bônus de 6 pontos.
Customizando os sentidos
Alguns Mestres podem achar que o bônus
fornecido pelos sentidos possui um valor muito
alto, podendo desequilibrar o jogo, se esse for o
26
caso, recomenda-se que o Mestre reduza o valor
do bônus, tornando-o equivalente à metade da
pontuação do sentido me questão (arredondado
para cima).
Por outro lado, também é possível que o
Mestre não goste da ideia dos sentidos como um
todo. Neste caso, é perfeitamente possível que os
sentidos sejam removidos do jogo.
Recomenda-se cautela ao Mestre que
optar por remover os sentidos, isso porque a
capacidade do uso de Magia e Mediunidade
deverá ter seu funcionamento alterado, o que
pode ser feito de forma a tornar possível tais
capacidades pelo simples fato do personagem
possuir pontuações nos Atributos Disciplina ou
Mediunidade. Ou então mantendo nas regras o
sentido Arcano e o Etéreo (talvez não
classificados como sentidos) e disponibilizando 3
pontos para que possam ser distribuídos em um
deles ou entre os dois.
ESpÉcies
O mundo é povoado por diversas espécies de
criaturas fantásticas, que dividem espaço com os
humanos no patamar dos seres dotados de
inteligência. Ainda que várias dessas criaturas
possam ser encontradas misturadas entre si,
abrigadas conjuntamente sob a bandeira de
diversas nações, elas estão profundamente
ligadas por um laço ainda maior aos seus
semelhantes. Isso porque cada indivíduo da
espécie compartilha com os demais suas origens
gerais, a anatomia de seus corpos, e vários traços
de idioma e cultura próprios.
A espécie que for escolhida para o
personagem determinará suas as características
físicas e culturais. Algumas dessas características
trazem vantagens e podem facilitar ao
personagem o aprendizado de algumas coisas e a
dedicação a um determinado estilo de vida. Mas
também podem funcionar de forma
completamente contrária em relação a outras
áreas.
As vantagens e desvantagens de cada
espécie serão apresentadas durante a descrição de
cada uma delas. Lembrando que nenhuma
espécie é perfeita, todas elas possuem igual
equivalência entre vantagens e desvantagens.
Oito espécies serão apresentadas neste capítulo,
são elas: Humanos, Minotauros, Centauros,
Feéricos, Feéricos Obscuros, Moldados,
Asvarath* e Dkheld*.
(*Essas espécies são originárias de um cenário de campanha
a ser lançado futuramente, mas que podem facilmente ser
inseridas em qualquer ambientação de jogo.)
Humanos
Aparência
Seus cabelos podem ser negros, loiros,
castanhos ou ruivos, em suas mais diversas
tonalidades, adquirindo um tom grisalho ou
prateado na velhice. Tanto os homens quanto as
mulheres podem usá-lo comprido ou curto,
dependendo de seus gostos e de sua cultura.
As cores de seus olhos podem ser
castanho escuro ou claro, verde ou azul, podendo
variar entre leves nuances dessas cores.
É comum entre os humanos que os
homens sejam mais altos e mais pesados que as
mulheres. O peso médio de um homem é 75 kg e
sua altura geralmente varia entre 1,68 m a 1,81m,
enquanto que uma mulher
humana pesa em média 61 kg e
normalmente mede de 1,58 m a

A
1,70 m de altura.
espécie humana, dentre todas
as que habitam o mundo, é a que Origens
possui aspecto mais comum. Pelo

N
menos de acordo com sua própria
visão. ão há provas
Os seres humanos não exatas sobre a origem dos
possuem nenhuma característica seres humanos, e se alguma
natural fantástica, exagerada ou civilização ancestral alguma
sobrenatural em seu aspecto vez possuiu tal conhecimento,
físico. ele certamente se foi junto com
Assim como o de ela.
muitos mamíferos, o corpo Grande parte dos humanos
humano possui uma acredita que sua espécie é
camada de pelo sobre sua uma criação de seres
pele, mas na maioria das superiores, deuses. Outros
áreas do corpo esses alegam que o corpo
pelos são tão humano e sua
pequenos e finos que inteligência são o
deixam a pele resultado de mutações
totalmente à mostra. Nos sofridas por alguns
homens pode haver uma maior espécimes de animais
freqüência de pelos grossos pelo corpo, primatas. E há
geralmente no peito, além dos pelos faciais, que também aqueles
todos possuem, e que são orgulhosamente que acreditam que a origem dos seres humanos
ostentados por indivíduos de algumas culturas. Já transcende a sua forma física, estando ligada
nas mulheres isso não ocorre, e mesmo os mais diretamente a existência dos espíritos. Aqueles
finos e imperceptíveis pelos são raspados. Em que seguem essa linha de pensamento veem
todas as culturas humanas é um hábito de todas as espécies como tendo a mesma origem,
embelezamento as mulheres possuírem suas como espíritos criados talvez pelos deuses, por si
peles totalmente lisas. próprios, ou pelas forças cósmicas, com o único
Os tons de pele dos humanos surgem nas diferencial de “habitarem” formas diferentes.
mais variadas tonalidades, indo desde o branco
extremamente pálido e o caucasiano, os tons
mais morenos e finalmente ao negro. Os fatores
que influenciam na tonalidade da pele são a
descendência e o clima da região de origem.

27
Estilo de vida
Dentre as características mais notáveis da
espécie humana estão seu empreendedorismo,
sua paixão por descobertas e conquistas, e sua
mente criativa.
Essas mesmas características também
acabam sendo responsáveis por fazer com que os
humanos tenham uma má reputação entre outras
espécies. Isso porque em sua sede por expandir
seu domínio sobre todos os territórios do mundo,
para criar seus reinos colossais e para
impulsionar seus inventos, os seres humanos
passam por cima dos limites de outras espécies, e
ainda pior, maltratam ou destroem a natureza.
Mas ainda que o comportamento humano
gere sentimentos inflamados, não há espécie que
não reconheça (ou inveje a ponto de querer
destruir) a grandeza de suas civilizações e as
oportunidades e segurança por elas oferecidas.
Por isso, indivíduos de todas as espécies podem
ser encontrados nas civilizações humanas
(quando o governo local os aceita), e também por
isso muitas diferentes etnias humanas existem,
refletindo os diferentes territórios ocupados pela
espécie.
Porém, nem todo humano vive em
grandes cidades ou impérios ou se dedica ao
comércio ou a guerra que os impulsionam.
Alguns optam pela vida rural, outros se isolam
em estudos religiosos, arcanos ou filosóficos, e
há também os que escolham vagar em
explorações permanentes pelo mundo afora, sem
contar os que decidem viver em meio a outras
espécies.
Com tal poder de conquista e ocupando
um vasto espaço no mundo pode-se imaginar que
os humanos tenham atingido a plenitude como
espécie, mas esse não é o caso. Mesmo com o
que eles já possuem, o coração humano não
descansa e sempre deseja mais, levando a atos
egoístas, imprudentes e cruéis. Isso se soma ao
fato de que os humanos são facilmente
corruptíveis e o desejo por ouro e grandeza pode
facilmente distorcer suas mentes.
Portanto, não é difícil concluir que o ser
humano é a espécie que mais possui conflitos
internos entre seus membros.
28
Acredita-se que tanto suas características
mais notáveis quanto seus piores defeitos se
deem por uma razão: seu curto tempo de vida (no
máximo 100 anos), o que faz com que queiram
desfrutar de todos os prazeres possíveis e deixar
sua marca no mundo para que sejam lembrados
quando se forem.
Pontuações da espécie
T Os pontos de bônus para personagens
humanos são:
1 ponto adicional para ser distribuído nos
Atributos Físicos ou Mentais;
Caso o personagem opte por distribuir os
Pontos para Distribuição dos Atributos
parapsicológicos no Atributo Crença, ele
ganhará 1 ponto a mais no atributo em
questão;
1 ponto adicional em qualquer perícia de
combate a escolher;
1 ponto adicional em qualquer perícia que
envolva conhecimento de determinada região
ou cultura a escolher;
2 pontos adicionais, em qualquer perícia
relacionada a alguma atividade profissional a
escolher.
Minotauros
Aparência
O nome da espécie já é o suficiente para
evocar pelo menos os traços básicos de seu
aspecto: Seres humanoides cujo torso se
assemelha ao de um ser humano, porém
recoberto de uma pelagem espessa, cuja cor varia
entre o preto, branco, marrom, ou avermelhado.
Já a cabeça é como a de um touro, e possui a
mesma pelagem que o corpo, além de um par de
chifres, que podem ser de cor preta, branca, ou
em algumas tonalidades de marrom.
Minotauros não possuem pés, ao invés
disso, suas pernas de touro terminam em cascos
negros e grossos. As fêmeas possuem Estilo de vida
basicamente o mesmo aspecto dos machos, salvo

Embora não constituam uma espécie

pelos seios.
Algumas variações podem ocorrer entre expansiva, os minotauros não abrem mão das
diferentes indivíduos. Alguns podem apresentar terras que consideram suas, travando verdadeiras
a existência de rabos, enquanto outros possuem a
guerras para impedir a expansão de outras raças
coluna completamente idêntica aos humanos. Há sobre seus territórios.
ainda aqueles cujos olhos são completamente
negros como os de um touro, enquanto há os que Eles optam por viver em locais ermos e
possuem os olhos iguais aos dos humanos, selvagens, dentre os mais variados, desde
podendo apresentar inclusive os mesmos tons. montanhas rochosas, florestas, desertos, até
climas árticos.
No que tange à altura e peso, os machos
são maiores, medindo entre 1,85 m a 2,10 m e Por se sentirem confortáveis na natureza,
pesando de 80 kg a 100 kg, enquanto a altura eles não costumam
média das fêmeas varia entre 1,70 m a 1,85 m e construir edificações, e
seu peso situa-se entre 60 kg a 85 kg. suas moradias, quando não
se resumem a cavernas,
O tempo de vida de um são simples tendas de
minotauro é de 120 anos. couro.

Origens Guerreiros e
orgulhosos, muitos se
Inúmeros mitos ao redor dedicam à caça e as
artes da cutelaria e
do mundo falam sobre a
ferraria, e
origem dos minotauros,
especialmente do
mas não há ninguém
combate. O que
ainda vivo para
não significa que
comprovar ou não existam aqueles
desmenti-los.
que optam pelos
De acordo com os
caminhos da mente, do
mitos humanos, os
arcano e da
minotauros se originaram
espiritualidade, já que a
através de uma maldição divina
fé nos deuses faz parte de sua
que recaiu sobre um homem.
cultura.
Entre os minotauros Embora as fêmeas cuidem das
também é comum atribuir
crianças recém nascidas,
sua origem aos deuses,
elas também dedicam
porém ao contrário dos
parte do seu tempo às
humanos, eles não se veem como amaldiçoados,
mesmas atividades dos machos, sendo
mas como uma criação abençoada. Seres que
consideradas guerreiras extremamente brutais.
foram criados pelos deuses como uma
demonstração de seu poderio, um misto de
É comum para machos e fêmeas raspar o
inteligência e selvageria, para mostrar ao mundo
pelo de seus corpos, enquanto outros preferem
a ira divina caso um dia seja necessário. Por isso
marcar seus pelos com pinturas ou então com
os minotauros se sentem tão confortáveis em
tranças. Há ainda aqueles que optam por adornar
meio à natureza, pois eles se consideram os
seus chifres com símbolos gravados, em especial
campeões das forças que criaram o mundo, e
guerreiros e magos tribais.
defendem o território que lhes pertence por
“direito” com extrema violência. Ao contrário do que muitos acreditam,
um chifre perdido não é um motivo de orgulho

29
para um minotauro, muito pelo contrário, trata-se
de uma vergonha inominável, e um minotauro só
irá tolerar a perda de um chifre caso ele consiga
em troca a cabeça do indivíduo que causou tal
vergonha.
Pontuações da espécie
Os pontos de bônus para personagens
minotauros são:
1 ponto adicional no Atributo Força;
1 ponto na perícia Combate com Ataque
Natural;
1 ponto em qualquer outra perícia de
Combate a escolher;
Ataque com Chifres de 1d6-2 de dano.
Centauros
Aparência
Centauros são meio humanos, meio cavalos.
Da cintura para cima eles são idênticos aos
humanos (podendo apresentar quaisquer dos tons
de pele deles), possuindo as orelhas levemente
pontudas. A partir da linha da cintura eles
possuem um robusto torso de cavalo, que pode
apresentar as mesmas tonalidades das diversas
espécies de cavalos existentes.
A mistura de espécies que compõe seus
corpos faz dos centauros criaturas extremamente
altas e pesadas. Os machos costumam medir
entre 2,30 m a 2,60 m de altura e pesar de 230 kg
a 250 kg. As fêmeas embora possuam o corpo
mais delgado não deixam de possuir medidas
excepcionais se comparadas com outras raças.
Seus valores médios são 2,10 m a 2,35 m para
altura e 200 kg a 225 kg para seu peso.
A vitalidade de um centauro se estende
até 200 anos.
30
Origens
Não restam dúvidas de que a origem dos
centauros ocorreu através da manifestação das
forças da natureza. Se tal origem se deu de forma
mística, com os poderes da natureza se
concentrando e encarnando na forma dos
primeiros centauros para proteger as áreas
selvagens do mundo, ou se a raça se originou
através de inúmeras mutações evolutivas das
criaturas selvagens em um esforço desesperado
para defender seu habitat de todos os seres que
não respeitam a natureza, não se sabe ao certo, e
tampouco eles se preocupam em esclarecer tais
questões.
O fato é que os centauros possuem uma
tendência natural de ver a si próprios como
protetores da natureza. Para exercer seu papel,
alguns se utilizam de meios mais gentis e
diplomáticos, sempre que possível. Já outros
sentem prazer em empregar meios cruéis para
punir qualquer um que eles julguem ser um
inimigo da natureza.
Estilo de vida
A forma mais comum de organização social
dos centauros são tribos selvagens cujos
membros se dividem vigiando as fronteiras das
áreas selvagens e mantendo suas habitações
permanentes em locais mais profundos dessas
áreas.
Suas moradias são cabanas espaçosas
com telhados de palha, que para um humano se
assemelharia a um estábulo.
As cidades humanas em geral tendem a
ser desconfortáveis para os centauros, pois não
são projetadas de forma acessível ao seu tipo
físico, mas ainda assim, é possível encontrar
indivíduos da espécie nessas cidades. Alguns
frequentam ou se estabelecem em áreas humanas
por necessidade ou então para se informar sobre
atividades expansionistas nocivas, outros acabam
pegando gosto pelo estilo de vida urbano ou
então criam laços da amizade e por isso adotam
as cidades como moradia.
Instintivamente os centauros enxergam
outros seres da natureza como aliados mútuos,
com exceção daqueles que eles consideram
formas deturpadas da natureza, contra esses
últimos eles tendem a se erguer prontamente em
combate, pois os veem como uma mácula no
mundo, um inimigo cuja própria existência fere a
natureza e que deve ser erradicado.
Sua visão dos humanos não chega a ser
tão negativa em comparação com a visão que
possuem daquilo que consideram como
aberrações da natureza, porém eles sabem que o
ser humano é incomparavelmente expansionista,
e que suas ambições os tornam mais perigosos e
mais poderosos do que qualquer outra espécie,
por isso eles devem ser observados com cuidado
e combatidos duramente quando passam dos
limites. Mas o fato dos centauros zelarem pela
natureza não faz deles criaturas puras. Alguns de
fato são indivíduos benevolentes, sempre prontos
a auxiliar o próximo e a tentar alcançar soluções
pacíficas. Outros não entrarão em conflitos
enquanto a área em que vivem não for
incomodada, e se isso nunca vier a ocorrer eles
permanecerão isolados em seus estudos ou
prazeres particulares. Mas há aqueles que são a
própria manifestação da lei do mais forte, a fúria
encarnada da natureza.
Esses últimos fazem questão de
combater qualquer indivíduo que eles não
considerem dignos (em outras palavras, que não
sejam centauros), sob a justificativa, muitas
vezes exagerada, de que tais indivíduos são uma
ameaça à natureza que deve ser erradicada, e
mais ainda, torturada e destroçada como uma
lição para seus semelhantes que não manifestam
o devido respeito à mãe terra. Para os centauros
dessa índole, o simples fato de alguém atravessar
seu território, mesmo com a melhor das
intenções é visto como uma ofensa.
Pontuações da espécie
Os pontos de bônus para personagens
centauros são:
1 ponto adicional no Atributo Força;
1 ponto adicional no Atributo Saúde;
2 pontos em qualquer perícia relacionada com
a Natureza, a escolher;
1 Ponto na perícia Combate com Ataque
Natural;
1 Ponto na Perícia Combate com Arma de
Haste ou Combate com Arco;
Ataque com Coice de 1d6-1 de dano, sendo
tratado como arma de impacto.
Feéricos
Aparência
E uma tarefa trabalhosa e quase impossível
registrar a diversidade de aspectos que um ser
feérico pode escolher para seu corpo. Mas uma
vez escolhida qual forma irá manifestar no
mundo, ela jamais poderá ser alterada.
Apesar da diversidade de seu aspecto e
tamanho, na quase totalidade das vezes eles
optam por formas humanoides, ainda que haja
apenas uma vaga semelhança.
Seus corpos podem manifestar
características tanto do sexo masculino quanto do
feminino, de acordo com sua escolha, mas isso é
apenas uma questão estética.
Os feéricos não são capazes de se
reproduzir.
Dentre os aspectos mais comuns de suas
formas estão:
- Corpos magros e esbeltos, por vezes muito
altos, ou então com cerca de 1,50 m, com a
pele levemente luminosa, cabeleiras
prateadas, vermelhas ou douradas, olhos de
colorações exóticas e orelhas pontiagudas;
- Formas humanoides tão pequenas que não
passam dos 20 centímetros, com pequenas
asas nas costas, que podem variar do
transparente a assas de borboletas ou outros
insetos;
- Pele constituída de cascos de árvore, cujos
dedos são pequenos galhos e cujos cabelos
lembram folhas ou ramos;
- Pele rochosa, maleável nas dobras do corpo,
desprovidos de cabelo e com olhos totalmente
negros;
- Corpos semelhantes aos dos humanos, com
orelhas pontudas e uma ou outra
característica animal, como rabo ou garras,
entre outras.
Essas são apenas algumas das formas
que os feéricos podem escolher. Muitas outras
podem ser criadas de acordo com a criatividade
dos Jogadores e com o consentimento do Mestre,
tendo em vista que certas características podem
desequilibrar o jogo.
Origens
Antes de assumir suas formas físicas os
feéricos existiam como uma espécie única de
espíritos, diferentes daqueles dos outros seres
vivos. Embora conscientes, eles não possuíam
corpos e eram incapazes de nascer em um corpo
próprio, ao contrário dos espíritos das outras
raças, sendo condenados a ficar observando o
mundo sem poder tocá-lo.
Em seu desejo de poder interagir com o
mundo físico os espíritos que se manifestaram
como os primeiros feéricos concentraram a sua
vontade de forma excepcional e profunda,
conseguindo conectá-la com a natureza.
Dessa forma, através do elo ente suas
mentes e tudo aquilo que emana da natureza os
feéricos conseguiram moldar seus corpos através
das substâncias da natureza, e assim passaram a
se manifestar no mundo. Não demorou muito
para que os outros espíritos da mesma espécie
aprendessem a fazer a ligação e começassem a
criar seus corpos, cada um deles manipulando a
matéria presente na natureza de acordo com seus
gostos particulares, e criando corpos com as
formas de seu agrado.
33
Estilo de vida
Tão logo os feéricos passem a habitar seus
corpos físicos, a grande maioria deles perde
todas as memórias de sua existência anterior.
Isso faz com que eles acreditem ser parte da
natureza e passem a viver como se fossem uma
extensão da área em que foram criados.
Ao contrário dos centauros, eles não se
classificam como guardiões dos ermos, vivendo
suas vidas eternas de forma quase indiferente.
Porém, isso não significa que os membros da
espécie não possuam personalidade, de fato,
muitos deles possuem gostos e objetivos
individuais e são esses fatores que irão
determinar sua índole ao lidar com membros de
outras raças. O que significa que, dependendo de
quais forem seus interesses os feéricos podem
tanto ser extremamente gentis e benevolentes
com outras raças, ou então frios e isolados, caso
seus objetivos nada tenham a ver com os não
feéricos, como também podem tratar outros seres
de forma extremamente cruel e desumana caso
isso responda as questões de suas mentes
inumanas, agrade seu gosto particular, ou leve a
concretização de seus objetivos.
A relação entre os membros da espécie é
sempre pacifica (isso quando é possível dizer que
há algum contato entre eles), e nas raras vezes
em que formam bandos, tendem a escolher
companheiros de formas físicas semelhantes.
Suas moradias são sempre formações
naturais, algumas vezes intocadas, outras vezes
levemente adaptadas (como cidades construídas
nas copas das árvores e ligadas por pontes
formadas por seus galhos), e o aspecto dessas
moradias está sempre relacionado com sua forma
física.
A vida de um feérico é eterna, e seu
corpo jamais decairá ou sofrerá efeitos do tempo
enquanto (ao menos uma vez por ano) estiver em
contato com áreas naturais. Um feérico só pode
morrer caso seu corpo seja destruído de forma
violenta ou então caso ele se canse de sua
existência e decida morrer. Nesse caso o seu
vínculo com a natureza será destruído de tal
forma que ele jamais poderá criar outro corpo
físico.
Apesar de possuírem a mesma origem,
os feéricos consideram os feéricos obscuros
como seres imundos e decadentes e nunca
perdem a oportunidade de “limpar” o mundo de
sua existência maculada.
Pontuações da espécie
Os pontos de bônus para personagens
feéricos são:
2 pontos adicionais para distribuição entre os
seguintes Atributos: Percepção, Psique ou
Reflexo;
Caso o Jogador opte por distribuir os Pontos
para Distribuição dos Atributos
Parapsicológicos nos Atributos Mediunidade
ou Disciplina, ele ganhará 1 ponto adicional
que poderá ser distribuído no atributo em
questão. Se o personagem possuir os dois
atributos, ele deverá escolher um deles para
distribuir o ponto adicional;
2 pontos adicionais em qualquer perícia
relacionada com a Natureza, a escolher.
Feéricos
obscuros
Aparência
Pode-se dizer que os feéricos obscuros são
as versões decadentes dos feéricos. Enquanto
seus irmãos manifestam as características puras
do mundo natural, os feéricos obscuros formam
seus corpos a partir do lado sujo, mórbido e
decadente da natureza. Por isso seu aspecto é
sempre repulsivo, desagradável e, por vezes,
assustador.
Assim como ocorre com os feéricos, seus
corpos também podem manifestar características
tanto do sexo masculino quanto do feminino, de
acordo com sua escolha.
Os feéricos obscuros também não são
capazes de se reproduzir.
Dentre os aspectos mais comuns de suas
34
formas estão:
- Criaturas altas, magras e desengonçadas de
braços largos, com a pele esverdeada e
viscosa, cabelos sebosos, orelhas pontudas,
além de possuírem garras, dentes afiados e
olhos totalmente negros;
- Seres de todos os tamanhos com a pele
pustulenta e dentes animalescos;
- Corpos formados da mistura de substâncias
decompostas da natureza, incluindo ossos de
animais mortos, restos de plantas e galhos
podres, lodo do pântano, entre outras
substâncias desagradáveis;
- Formas humanoides diminutas de pele
cinzenta ou extremamente pálida, com asas
atrofiadas nas costas com cabelos ensebados
geralmente na cor branca.
Essas são apenas algumas das formas
que os feéricos obscuros podem escolher. Muitas
outras podem ser criadas de acordo com a
criatividade dos Jogadores e com o
consentimento do Mestre, tendo em vista que
certas características podem desequilibrar o jogo
.
Estilo de vida
Embora tenham exatamente a mesma
origem dos feéricos, os espíritos que acabam por
se tornar os feéricos obscuros optam por criar
seus corpos a partir de todo tipo de matéria podre
e decadente encontrada na natureza, como
árvores mortas, substancias do pântano, restos de
criaturas mortas, etc. O porquê dessa escolha
mórbida não se sabe, mas não há como negar que
ela tem grande influência no comportamento da
espécie.
A maior parte dos feéricos obscuros
tende a possuir um comportamento hostil e
destrutivo, o que os fez conquistar a inimizade
das outras espécies. Os próprios feéricos buscam
a destruição de seus irmãos obscuros, pois sabem
que se forem deixados livres seu comportamento
bárbaro irá fazer com que toda a natureza em seu
caminho se torne podre como eles, e as outras
espécies sempre sofrerão com sua ameaça
constante.
Não é raro feéricos obscuros formarem
bandos de indivíduos de aspecto semelhante, Pontuações da espécie
geralmente comandados por um líder de

Os pontos de bônus para personagens

aparência mais ameaçadora, e organizarem
ataques contra as civilizações. Mas não é só em
bando que eles são perigosos, pois aqueles que feéricos obscuros são:
vivem isolados em pântanos e outros locais
Feéricos obscuros podem possuir apenas 2
inóspitos costumam preparar emboscadas contra
pontos no Atributo Aparência;
viajantes ou atacar sorrateiramente as
comunidades próximas no cair da noite. 1 ponto adicional no Atributo Força;
Alguns deles, entretanto, fogem do 2 pontos adicionais na perícia
estigma de seu povo, se empenhando de corpo e
alma em ajudar os necessitados (muitas vezes Intimidação;
agindo nas sombras devido ao preconceito que 1 ponto adicional em qualquer perícia
sofrem), ou pelo menos não causando nenhum relacionada a conhecimentos obscuros, a
mal e vivendo uma vida reclusa e pacifica longe escolher;
do resto do mundo.
2 pontos adicionais em qualquer perícia
Embora também sejam imortais e relacionada com a Natureza, a escolher.
possuam a vantagem de seus corpos não
decaírem com o tempo, sua natureza pútrida faz
com que eles sintam vontade de ingerir matéria
orgânica. Alguns dos feéricos obscuros adquirem
um desejo incontrolável por carne humana, e
apesar da falta de alimentação não causar
nenhum prejuízo a seus corpos, ela pode
obscurecer suas mentes de forma que eles
pensem apenas em saciar sua fome.

35

Feéricos - Uma
Oportunidade para
Criaturas Místicas
Os feéricos foram
concebidos para permitir
a construção de
personagens baseados em
qualquer tipo de espécie
mística de que se tenha
conhecimento. É possível
moldar a aparência de um
feérico e escolher suas
perícias de forma que ele
simule qualquer criatura
mística, como duendes,
fadas, sátiros, faunos, etc.
O mesmo ocorre com os
feéricos obscuros, que
podem simular qualquer
ser místico “obscuro”
como trolls, goblins,
ogros e muitos outros.
moldados
Aparência
Os Moldados são seres pequenos, tanto os
homens quanto as mulheres medem entre 1,50 m
e 1,60 m de altura e pesam de 45 kg a 60 kg, no
máximo.
Sua pele possui uma textura lisa e rígida,
lembrando uma superfície polida, e pode
apresentar colorações que variam entre o
mármore, o dourado claro e o cobre. Seus olhos
são brilhantes como joias, com a íris da mesma
cor da pupila, podendo possuir as seguintes
cores: vermelho, amarelo, verde ou azul.
36
Os cabelos dos moldados tendem a ser
ondulados e podem ser encontrados nas cores:
ruivo, loiro, cobre e negro; raramente adquirindo
um tom grisalho na velhice.
Com exceção da barba presente nos
homens, os moldados não possuem pelos no
corpo. Em contrapartida, todo moldado possui
uma pequena marca de nascença em algum lugar
do corpo, cujo formato lembra o de uma runa
mágica, embora tal marca não manifeste nenhum
poder mágico.
Origens
Dentre todas as espécies do mundo, os
moldados são a única que pode ser considerada
uma espécie “artificial”, uma vez que foram
criados por um mago da espécie humana.
Tudo começou quando um humano
arrogante achou que havia dominado totalmente
o controle da magia e resolveu se sagrar um
deus. Para isso ele decidiu que deveria criar uma
nova espécie, que o adoraria como seu criador e
que deixaria sua marca no mundo.
A criação da espécie teve início com
pequenas estátuas, cinco delas simbolizando os
representantes masculinos da espécie e outras
cinco simbolizando suas versões femininas,
sendo que cada um dos cinco pares possuía
características distintas.
Sua estatura pequena foi um detalhe
crucial em sua criação, primeiramente para que
seu criador se sentisse superior perante eles
(como um deus), em segundo porque ele
acreditava que dessa forma eles não poderiam
desafiá-lo e por último, para que eles tivessem
uma característica única que os diferenciasse das
demais espécies.
Foi com o uso de magia que seu criador
fez com que as estátuas criassem vida e seus
complexos detalhes fossem transformados em
características biológicas perfeitas.
Porém, em seu orgulho por ter dominado
a magia até certo ponto, o ambicioso mago se
esqueceu de que ainda era um mero mortal, e que
seu corpo era vulnerável a todos os efeitos
colaterais que a magia impõe a seus praticantes.
A energia gasta para dar vida às estátuas foi construídas nas encostas das montanhas ou em
tanta, que drenou toda sua mente, fez seu corpo seus cumes, ou então à beira do mar. Todas as
definhar e até mesmo seu espírito ficou tão construções são feitas de pedra, geralmente
enfraquecido que não teve como se manifestar esculpidas através de magia, e a arquitetura de
após sua morte. Até hoje, seu destino é suas cidades se constitui de largas escadarias de
desconhecido. pedra que sobem as encostas rochosas nas quais
se situam suas casas, cujo formato padrão é o de
Mas mesmo com seu amargo custo, a
um teto triangular (ou então uma laje),
magia deixou suas marcas no mundo. As
sustentado por colunas de pilares trabalhados,
pequenas estátuas criaram vida, e com suas
vez ou outra possuindo paredes externas, e mais
funções biológicas funcionando como planejado,
raramente tendo os aposentos divididos por
ocuparam seu lugar como uma nova espécie.
paredes internas. Nos casos em que há paredes,
Com o tempo (vivendo isoladamente no início),
costuma-se utilizar arcos abertos no lugar de
as cinco famílias procriaram entre si e cresceram
portas e aberturas ornamentadas no lugar de
como uma cultura independente, hoje dividindo
janelas de vidro ou grades.
o mundo com as outras espécies.
Apesar do estilo de vida
Como parte da magia (e de
próprio que a espécie
sua intenção de ser considerado um
desenvolveu, seu
deus), seu criador determinou que
comportamento é tão
todos eles possuiriam em suas
variável quanto o dos
mentes, a partir de seu nascimento,
humanos, uma vez que
o conhecimento de que foi ele
seu criador, sendo um
quem lhes deu a vida. Por isso todo
humano, não soube dar a
e qualquer moldado sabe sobre as
eles um padrão moral
origens da espécie e nutre um
diferente daquele da sua
respeito e uma devoção implícita
própria espécie.
por seu criador. E por fim, foi
determinado que seu período
Após o aumento de seus
de vida atingiria no máximo
números, os moldados
os 150 anos de idade.
tornaram-se uma presença
habitual em outras
Estilo de vida sociedades, seja como
visitantes ou como

Os moldados são um povo de extremos.

moradores.

Alguns optam por um estilo de vida pacato, e o Pontuações da espécie

abraçam completamente, vivendo como
fazendeiros, artesãos ou carpinteiros sem jamais
pegar em uma arma ou sair do conforto de seus
lares. Outros optam por uma vida aquecida no
Os pontos de bônus para personagens
moldados são:
calor do combate, e adquirem modos rústicos e
austeros, não se sentindo felizes fora de situações
1 ponto adicional no Atributo Saúde;
extremas. Esses dois opostos são ligados por um
elo em comum, sua aptidão nata para a magia,
1 ponto adicional no Atributo Disciplina;
que é resultado do modo pelo qual eles foram
criados. O que não significa que todos eles façam
1 ponto adicional no Sentido Arcano (Todo
uso desse dom, pois alguns simplesmente não
moldado já nasce com o dom da magia);
gostam da magia ou então escolhem dedicar seu
tempo a atividades que consideram mais
2 pontos adicionais em qualquer perícia
interessantes.
relacionada à Magia, a escolher;
Suas comunidades são sempre

37
1 ponto adicional na perícia Conhecimento
dos Moldados (Todo moldado conhece suas
origens);
1 ponto adicional em qualquer perícia, a
escolher.
Asvarath
(as-vár-at)
Aparência
Os asvarath são seres com
forma humanoide, porém com
uma constituição física diferente.
Seus corpos são formados
por uma matéria vaporosa,
quase etérea, que possui
tons de azul e que parece
estar em constante
movimento, sem desfazer
sua forma, semelhante a
uma chama azulada.
Eles não possuem
bocas, narizes, orelhas ou
outras características dos
humanoides, possuindo apenas
olhos que se resumem a dois
feixes de luz dourada
localizados no mesmo local
onde estariam os olhos de um
humano. Mesmo assim suas
vozes guturais e estaladas
podem ser ouvidas com
se saíssem de suas
faces.
Contudo, enganam-se aqueles que
pensam que os corpos dos asvarath são frágeis
ou trespassáveis ao toque, pois ao contato eles
aparentam ser sólidos, e lembram um campo de
energia estática.
Além disso, em algumas partes de seus
corpos, ocorrem solidificações, que criam uma
espécie de exoesqueleto, uma espécie de
armadura natural de aspecto metálico ou ósseo,
que se manifesta em partes aleatórias do corpo e
pode resultar na formação de “chifres” ou “asas”
ornamentais.
As mulheres medem em torno de 2,60 m
e pesam aproximadamente 120 kg, sendo
maiores do que os homens que medem no
máximo 2,40 m e pesam em média 100 kg. No
ato do acasalamento as mulheres absorvem os
e pesam aproximadamente 120 kg, sendo
maiores do que os homens que medem no
máximo 2,40 m e pesam em média 100 kg. No
ato do acasalamento as mulheres absorvem os
homens com seus corpos, ambos tornando-se um
só temporariamente.
Por terem sua origem em outro mundo, a
contagem do tempo de vida dos asvarath obedece
a um ciclo diferente daquele dos humanos, mas
se for medido por tais padrões, o
tempo de vida de um asvarath
seria de 500 anos humanos.
Origens
Em seu mundo
original, o
surgimento dos
asvarath é cercado de
tantos mistérios quanto
o dos humanos em seu
próprio mundo.
A espécie representa o ápice
da evolução natural no
mundo de onde veio, e ocupa
o posto da única espécie
inteligente. Por isso chamaram a
si próprios de asvarath, que em
sua língua geral significa “os
purificados”.
Quase todos eles atribuem sua
existência a um ser superior, e
mesmo as provas que
indicam que a espécie
evoluiu de espécies
inferiores são interpretadas
de forma a reforçar tal crença, sob a alegação de
que seu “deus” criador utilizou a natureza como
o instrumento para que suas formas pudessem se
desenvolver e que sua espécie fosse finalmente
concebida.
Uma vez que os asvarath se espalharam
pelo mundo e ganharam seu espaço de destaque
entre os outros seres vivos, eles passaram a atuar
de forma consciente sobre seu habitat,
respeitando toda a criação, ou pelo menos se
abstendo de focar sua inteligência em ações
nocivas ao planeta.
38
Isso persistiu até que misteriosamente seu mundo
de origem se fundiu com outro mundo, habitado
por humanos e por outra espécie que também não
era nativa do local. Tal acontecimento abalou os
alicerces de sua sociedade (mas suas crenças ou
suas mentes espiritualizadas) e criou um novo
marco na história da espécie, e daquele mundo.
Estilo de vida
Como seres extremamente espiritualizados,
avançados e sábios, os asvarath acreditam
plenamente na existência de uma consciência
superior, dotada de infinita sabedoria e poder.
Porém, ao contrário de muitos humanos, que
atribuem características humanas aos muitos
deuses que veneram, para os asvarath só existe
um único criador, e ele está acima de todas as
espécies, não possuindo nenhuma de suas
características impuras.
Com base em sua crença, eles se
dedicam imensamente aos estudos científicos,
filosóficos, morais e religiosos, na esperança de
se purificar cada vez mais para se aproximar do
criador.
Apesar disso, obviamente nem todos os
asvarath se comportam de forma que possa ser
considerada amável ou bondosa. Há os que não
toleram os princípios da sociedade e se afastam
de seus semelhantes, buscando vidas reclusas,
muitas vezes chegando ao extremo de utilizar
poderes mentais a magias terríveis para
modificar a forma de seus corpos. E existem
ainda aqueles que se deixam levar pela
arrogância, e considerando-se seres mais puros,
se acham no direito de oprimir os “seres
inferiores”.
No que se refere a suas cidades, elas
constituem-se de construções colossais. Por
vezes construídas no interior da terra,
verdadeiros labirintos-cidade tão bem
ornamentados e amplos que é possível perder a
noção de que estão no subterrâneo. Ou então
gigantescas metrópoles com muralhas, pináculos
e torres que alcançam os céus, todos construídos
de substâncias parecidas com rochas metálicas,
em bizarros ângulos recortados. Existem rumores
de que certas partes dessas cidades (e alguns de
seus habitantes) conectem-se ao mundo
39
espiritual.
Outras espécies tendem a ser aceitas
nessas cidades, desde que ajam cordialmente e
respeitem as leis, da mesma forma que se espera
que os asvarath ajam nas vezes em que vivem em
comunidades de outras espécies (quando estas os
toleram).
Finalmente, a espécie tem como
vantagem a ausência da necessidade do sono e da
alimentação material. Na verdade os asvarath se
alimentam, mas das energias da criação. Para
isso basta eles se concentrarem por alguns
minutos poucas vezes por dia, focar sua mente
em seu auto bem estar enquanto as energias
invisíveis banhadas por esses pensamentos
penetram seus corpos.
Em suma, fica claro que sua cultura é
mais avançada, mais pura e benéfica, e seus
objetivos são mais nobres e elevados que os dos
humanos, mas isso não impede que a espécie
produza indivíduos de índole maligna, que por
mais entendimento que suas mentes possuam,
resolvem empregá-los em prejuízo alheio.
Provando que por melhor que uma espécie possa
parecer, nenhuma delas ainda alcançou a
perfeição ou desenvolveu um método para
purificar todos os seus males.
Pontuações da espécie
Os pontos de bônus para personagens
asvarath são:
1 ponto adicional no valor de armadura (Pois
suas formações sólidas ajudam a proteger
seus corpos);
1 ponto adicional no Atributo Saúde;
1 ponto adicional no Atributo Inteligência;
1 ponto adicional no Atributo Psique;
1 ponto adicional no Atributo
Mediunidade;
1 ponto adicional no Sentido Etéreo (Todo
asvarath possui uma ligação natural com o
espiritual);
1 ponto adicional no Sentido Arcano (Sua
mente aguçada lhe permite o domínio nato da
magia);
3 pontos adicionais em qualquer perícia
relacionada a Religião, Filosofia,
Conhecimento sobre a Espécie, Conhecimento
sobre o Mundo de Origem ou Conhecimento
sobre o Mundo Espiritual, a escolher.
Os Asvarath são uma exceção ao limite de 10
pontos no Atributo Saúde (no qual podem
possuir até 11 pontos).
Dkheld
(dan-kel-dan)
Aparência
Seres formados de
uma matéria cristalina
e extremamente rígida,
cujo formato do corpo
segue o mesmo padrão dos
humanos, e cuja cabeça lembra
vagamente um crânio humano
com a parte de trás alongada.
Suas faces lembram
vagamente uma caveira, pois
seus olhos são grandes globos
cristalinos sem pálpebras
que se assemelham a gemas
e suas bocas não possuem lábios, deixando sua
arcada vítrea à mostra, de onde emitem suas
vozes sussurradas. Eles não possuem narinas,
sentindo odores através da boca, e no lugar do
nariz, possuem apenas uma pequena elevação na
face.
Os corpos semi translúcidos dos dkheld
possuem um tipo físico atlético, semelhante ao
de um ser humano musculoso e isso faz com que
eles pareçam esculturas de gelo ou de gemas.
As articulações de seus corpos são feitas
de uma matéria cristalina elástica, assim como
seus órgãos internos (que apesar da semi
transparência de seus corpos não podem ser
vistos). E nas partes mais profundas de sua
matéria corre um liquido quente, com aspecto de
40
de magma, que possui função semelhante a do
sangue que corre nas veias dos humanos.
Os dkheld não possuem órgãos sexuais, e
a única diferença entre mulheres e homens é o
tamanho. Os homens são mais altos e mais
fortes, medindo entre 1,70 m a 2,10 m de atura e
pesando de 80 kg até 130 kg. Já as mulheres são
mais esbeltas, com o corpo mais torneado, e
apresentam um crânio menor com a parte traseira
mais fina. Sua altura situa-se entre os
1,50 m aos 1,70 m e podem pesar de 50
kg até 85 kg.
As cores de seus corpos podem ser:
amarelo âmbar, prateado gélido, ou
azul marinho.
Origens
Uma espécie forte e
orgulhosa, os dkheld atribuem a si
próprios a sua origem; isso porque
em seu mundo nativo, a espécie
surgiu de forma quase
espontânea, quando a matéria
cristalina abundante no
local criou consciência e
assumiu as formas que
possuem até hoje. O
que torna conveniente
a eles afirmarem que
tal surgimento é
resultado de sua força e de sua
perseverança como formas de vida, ao contrário
de se classificarem como “seres inferiores que
precisam da vontade de deuses para poder
existir”.
Assim como o mundo de onde vieram os
asvarath, o mundo de origem dos dkheld (no qual
eles eram os únicos seres dotados de inteligência,
além de ser a espécie dominante pela força)
também se fundiu ao mundo dos humanos, e hoje
as três espécies dividem o mesmo planeta.
Estilo de vida
Os dkheld valorizam muito força e as
proezas físicas, especialmente o combate. Em
sua língua o nome da espécie significa “vida
forte”.
A organização de suas cidades lembra a
de uma fortaleza, e suas comunidades pequenas
tendem a apresentar um aspecto de sociedade
tribal.
Suas construções são sempre
fortificadas, geralmente possuindo dois ou mais
andares; torres fortes e abrigos subterrâneos são
abundantes em sua arquitetura, sempre
construídos com o material mais resistente que
puder ser encontrado.
Entre os dkheld não há distinção entre
homens e mulheres, ambos ocupam o mesmo
status na sociedade, que é medido pela sua
bravura. Entretanto, devido a seus corpos mais
esbeltos, as mulheres se dão melhor em
atividades que exijam melhores reflexos e
flexibilidade (como certos estilos de combate).
Com exceção de armaduras, eles não
possuem o costume de usar roupas, preferindo
pintar seus corpos com tinturas naturais,
geralmente elaborando intrincados desenhos que
servem tanto como ornamento quanto símbolos
de bravura.
Não há como negar que as habilidades de
guerra e as proezas físicas sejam símbolos de
poder para a sociedade dkheld, mas essas não são
as únicas formas de poder que eles respeitam. O
poder da magia e da mediunidade também
garante status em sua sociedade, especialmente
se tal poder for empregado de forma a mostrar a
superioridade de um indivíduo sobre outros, ou
então se for utilizado conjuntamente com as
habilidades de combate.
É preciso ter em mente, porém, que a
vida dos dkheld não é focada somente nos seus
valores sociais, e que esses valores não fazem
nenhum deles automaticamente seres bons ou
maus. Cada membro da espécie é uma mente
individual, com gostos e objetivos que vão além
dos interesses da sociedade, e que são
perseguidos sempre que possível.
Além disso, os valores de poder dos
dkheld podem ser exercidos de muitas formas
diferentes; por vezes de forma honrada, mas por
outras, de forma cruel e tirânica.
Mas se há algo que os fascina como um
todo, de forma tão intensa quanto as proezas
41
físicas, é a água. No mundo onde a espécie
surgiu e viveu por milênios, o espaço após a
atmosfera do planeta era composto de um
elemento semelhante à água, dando ao orbe o
aspecto de uma esfera envolta em uma bolha no
fundo do oceano. Isso fez com que eles
adquirissem admiração e curiosidade pela água,
da mesma forma que os humanos aprenderam a
admirar as estrelas. E agora que o mundo se
fundiu e eles possuem mares ao seu alcance, os
dkheld sempre aproveitam a oportunidade de
estudar, contemplar e interagir com a água, e
claro, combater suas criaturas.
A procriação da raça é vista de forma
estranha para os humanos, já que ela independe
do sexo. Os dkheld procriam no meio do ciclo de
vida, com uma formação cristalina que eclode
em seu interior e com o tempo é expelida do
corpo, ficando presa nas costas até se destacar
como um novo dkheld.
Para se nutrir, eles se alimentam de
minerais, moendo todo tipo de pedras com seus
poderosos dentes ou então banhando-se em
corpos d’água ricos em minerais.
Devido a dureza de seus corpos, seu
ciclo de vida supera os 300 anos. Quanto mais
velhos ficam, seus corpos começam a exibir
rachaduras internas, até o momento em que, no
fim de suas vidas, seus corpos se despedaçam
naturalmente.
Pontuações da espécie
Os pontos de bônus para personagens dkheld
são:
3 pontos adicionais no valor de armadura
(Seus corpos cristalinos são extremamente
resistentes);
1 ponto adicional no Atributo Força;
1 ponto adicional no Atributo Reflexo;
2 pontos adicionais no Atributo Saúde;
3 pontos adicionais em qualquer perícia
relacionada a Combate, a escolher.
Os Dkheld são uma exceção ao limite de 10
pontos nos Atributos Força (no qual podem
possuir até 12 pontos) e Saúde (no qual podem
possuir até 11 pontos).
Criando
espécies
Uma infinidade de espécies muito maior do
que as apresentadas neste livro pode ser
encontrada nos mitos e na literatura, e um
número ainda maior pode ser desenvolvido
originalmente.
Adaptar espécies mitológicas ou
desenvolver espécies originais não é uma tarefa
difícil.
Para criar uma espécie, basta utilizar os
tópicos daquelas apresentadas acima como ponto
de partida; definindo a aparência dos membros
da espécie, determinando a história (ou mito) de
seu surgimento e os pontos notáveis de sua
história, estabelecendo sua organização social e
seus costumes, e finalmente com base nessas
informações estabelecer as áreas nas quais serão
aplicados os pontos adicionais.
No caso das espécies já existentes na
mitologia a tarefa fica ainda mais simples, uma
vez que suas características já estão
estabelecidas, restando apenas estudar onde os
pontos adicionais serão aplicados.
Profissões
A profissão representa a atividade que o
personagem exerce. É a área de atuação na qual
ele foca seus conhecimentos, esforços e
habilidades.
Não se engane ao pensar que a profissão
restringe o alcance das ações e das áreas de
aprendizado do personagem. Pelo contrário, ela
serve meramente como um parâmetro para ajudá-
lo a decidir o que é importante que o personagem
saiba e como um complemento de sua história.
42
Por isso a escolha de profissão é algo
livre, e independentemente de qual for escolhida,
nada impede que o personagem adquira
conhecimentos fora dela, faça alterações,
adicione complementos posteriores em sua
descrição, ou então mude de profissão.
Assim como no mundo real, onde o que
define cada indivíduo são seus feitos e
capacidades e todos são livres para aprender
qualquer área, e onde uma profissão ilustra
meramente o trabalho que ele exerce na
sociedade, assim também são as profissões em
IMAGINÆRY, nada mais do que uma
nomenclatura, que indica o que seu personagem
faz para sobreviver. Trata-se mais de um detalhe
descritivo do personagem do que algo que tenha
efeito nas regras.
O número de profissões que uma pessoa
pode exercer é praticamente infinito, logo cabe
unicamente à criatividade do jogador (dentro do
contexto histórico elaborado pelo mestre) definir
a profissão que seu personagem segue. Para
ajudá-lo a ter ideias de profissões, alguns
exemplos de como determinar uma profissão
para o personagem serão fornecidos a seguir:
- Isis Natasha, decide que Leena, sua
personagem, atua como assassina de aluguel,
utilizando-se de magia para matar suas vítimas,
logo, decide dar à sua profissão o nome de
“assassina mística”;
- Flávio cria Charles, um personagem que segue
uma determinada religião e decidiu sair pelo
mundo para espalhar sua fé, batizando sua
profissão de “pregador errante”;
- Adrian, o personagem de Marcelo, é um
general que abandonou sua pátria ao descobrir
que servia um governo tirano. Assim, Marcelo
dá o nome de “general renegado” à sua
profissão.
Esses são apenas alguns exemplos, tenha
em mente que as opções são ilimitadas.
Como se pôde observar, a profissão do
personagem pode ser descrita de forma simples:
soldado, comerciante, sacerdote, nobre,
carpinteiro, entre outras; ou de forma mais
complexa: assassino mágico, guerreiro tribal
médium, curandeiro militar, guerreiro do clero, e
assim por diante; dependendo do que se tiver em
mente para cada o personagem em questão.
Limitando as profissões

Profissões no Jogo

Como foi explicado anteriormente, cabe aos Dentro do jogo, as

Jogadores “inventar” um nome para sua profissões são apenas
um detalhe da história
profissão. Mas se o mestre desejar, ele pode criar do personagem. Uma
limites, desenvolvendo modelos preestabelecidos forma extra de detalhar
de profissões, que melhor se encaixem com o seu estilo de vida e
contexto de seu jogo e deixar que os jogadores objetivos. Mas que
pode também ser
escolham uma delas.
utilizada pelos
Lembrando que isso não alterará o Jogadores com um
lembrete de quais
funcionamento das profissões no jogo. perícias seriam
interessantes que ele
possuísse.

43

Perícias
As perícias representam de forma ampla as
capacidades e conhecimentos do personagem. Ou
em outras palavras, o que ele sabe fazer e em
quais áreas do conhecimento intelectual ele é
instruído.
Pontuação
Da mesma forma que os Atributos e
Sentidos, as perícias também são medidas por
pontos, que indicam o grau de treinamento na
perícia em questão.
O número de perícias conhecidas é
determinado pelo valor do atributo relacionado a
cada área, assim como a pontuação que será
distribuída nas perícias que compõe as áreas.
Por exemplo: A personagem de Victoria
possui 5 pontos no Atributo Força, atributo este
que determina o número de perícias de Combate
corpo-a-corpo (entre outras) e suas pontuações
(como explicado na descrição dos Atributos).
Isso significa que ela pode conhecer até 5
perícias de combate corpo-a-corpo, podendo
distribuir até 5 pontos entre essas perícias.
Lembrando que o Jogador não é
obrigado a escolher o número exato de perícias
que a pontuação do Atributo em questão lhe dá
direito. Ele pode optar por escolher uma
quantidade menor de perícias, restando assim
uma maior quantidade de pontos para distribuir
entre elas. Isso porque cada perícia escolhida
deve possuir pelo menos 1 ponto. O exemplo a
seguir ilustra a explicação: Victoria pode
escolher até 5 perícias de combate corpo-a-corpo
para sua personagem, porém se o fizer, cada
perícia terá apenas 1 ponto, uma vez que ela
dispõe de apenas 5 pontos para distribuir entre
essas perícias. Dessa forma, Victoria decide que
irá escolher apenas duas perícias de combate
corpo-a-corpo; Combate com Lâmina Média e
Combate com Arma de Haste. Assim, ela
distribui os 5 pontos entre essas duas perícias,
44
colocando 3 pontos na primeira e os 2 restantes
na segunda. Esse método de distribuição de
pontos é utilizado apenas durante a criação do
personagem. Todos os pontos de perícias
disponíveis devem ser gastos, embora como
explicado anteriormente o número de perícias a
ser escolhidas pode ser menor do que o
permitido pela pontuação do Atributo referente.
Neste caso os números de perícias inutilizados
serão perdidos, e as novas perícias só poderão ser
adquiridas através de aprendizado, tópico que
será abordado no capítulo Regras.
O valor máximo de uma perícia é de 10
pontos, porém no momento da criação do
personagem não é permitido que o valor
ultrapasse 9 pontos.
Organização das perícias
Cada “espécie” de perícia está relacionada a
um atributo, por isso elas podem ser divididas
em grupos específicos, para fins de organização.
Tenha em mente que agrupar as perícias
é meramente opcional, e não irá alterar o
funcionamento delas em jogo.
Essa prática é particularmente útil para
Mestres que pretendem utilizar perícias já pré-
estabelecidas em seus jogos, pois permite ao
mestre limitar o número de perícias existentes, e
facilita o entendimento do papel de cada uma
delas.
Por outro lado, Mestres que pretendam
dar maior abertura à escolha das perícias podem
sentir-se limitados classificando-as em grupos,
sendo perfeitamente possível que deixem de lado
o sistema de classificação e simplesmente
anotem as perícias de forma mista,
independentemente do atributo que cada uma
utiliza. Ainda em relação aos Mestres que
pretendem tornar a escolha das pericias algo
mais pessoal para os Jogadores, há também a
possibilidade de utilizar as classificações,
deixando livre para os Jogadores a criação de
suas próprias perícias, dentro do contexto de
cada classificação.
A seguir serão apresentados os grupos
em que as perícias podem ser classificadas:
Perícias de Combate: São as perícias
relacionadas ao uso de diferentes tipos de armas
e outros meios de ataque;
Perícias Motoras: Perícias que envolvem a
execução de movimentos ágeis;
Perícias Mentais: Aquelas relacionadas à
aplicação da inteligência para a obtenção de
resultados e soluções;
Perícias Sociais: Representam as relações de
todas as espécies entre os indivíduos, apoiando-
se no bom uso das palavras e também na
aparência;
Perícias Intelectuais: São todas as perícias que
envolvem conhecimentos teóricos sobre os mais
variados assuntos;
Perícias Manuais: Representam a habilidade
com todo tipo de atividade ou trabalho manual
ou braçal;
Perícias Mágicas: Perícias voltadas ao uso da
magia;
Perícias Mediúnicas: São aquelas voltadas ao
contato com o mundo espiritual.
Nomenclatura das
perícias
As possibilidades de escolha de perícias são
infinitas. Um personagem pode ser perito em
qualquer assunto ou atividade que possa existir.
Por isso a escolha das perícias (e sua
nomenclatura) funciona de maneira totalmente
aberta, semelhante à das profissões. Isso quer
dizer que ao escolher uma perícia, o jogador
simplesmente decide o que ele quer que seu
personagem saiba e então escolhe um nome
adequado para a capacidade em questão.
Por exemplo: Michael quer que seu
personagem seja um bom decifrador de enigmas,
assim, ele dá o nome “Enigmas” à perícia e
distribui nela os pontos que tem ao seu dispor.
O exemplo anterior demonstra como é
simples dar amplitude ás perícias, permitindo
45
que os Jogadores individualizem a lista de
perícias de seus personagens, escolhendo a
nomenclatura que bem entenderem, dentro da
capacidade que desejam que estes possuam.
Michael escolheu o nome “Enigmas” para sua
perícia, mas nada o impedia de chamá-la de
“Decifrar Enigmas”, “Charadas”, “Jogos
Mentais”, ou qualquer outro nome que ele
achasse adequado para a função da perícia em
questão.
Quanto aos demais Jogadores do grupo,
estes poderiam escolher uma perícia com a
mesma função da de Michael, e optar por dar a
ela uma nomenclatura diferente.
Não há como negar, entretanto, que lidar
com tamanha amplitude de perícias pode acabar
sendo mais trabalhoso para o Mestre e também
para os Jogadores. E alguns grupos podem
preferir ter um número limitado de perícias, já
prontas para serem usadas, de forma que eles não
tenham que dispor mais tempo e trabalho na
criação de seus personagens. Para aqueles com
tais necessidades, uma lista de perícias prontas
será apresentada em um quadro mais adiante,
bastando aos Jogadores escolher as perícias de
seus personagens. As perícias do quadro também
podem servir de inspiração aos grupos que
pretendam desenvolver suas próprias perícias.
Lista de perícias prontas
Vislumbrando as necessidades dos Jogadores
e Mestres, serão listados a seguir grupos de
perícias prontas e suas descrições, podendo ser
utilizadas pelos mestres que não pretendem
deixar a criação delas nas mãos dos jogadores, e
que, ao mesmo tempo, podem servir de
inspiração para aqueles que concedam tal
liberdade.
Perícias de Combate*
Combate com Lâminas Pequenas (Atributo:
Força)
Combate com Lâminas Médias (Atributo:
Força)
 Combate com Lâminas Longas (Atributo:
Força)
Combate com Armas de Haste (Atributo:
Força)
Combate com Armas de Arremesso (Atributo:
Força)
Combate com Armas de Impacto (Atributo:
Força)
Combate com Armas de Disparo
(Atributo: Reflexo)
Combate com Ataque Natural
(Atributo: Força)
Luta Desarmada [especificar estilo de luta
corporal, caso necessário](Atributo: Reflexo)
*Detalhes específicos no Capítulo: Combate

Perícias motoras

Acrobacias (Atributo: Reflexo)

Descrição: É a capacidade de realizar
movimentos ágeis e complexos com o corpo,
como saltar, rolar, contorcer o corpo, entre
outros. Quanto mais alta for a pontuação da
perícia, mais complexos serão os movimentos
que o personagem conseguirá realizar
Furtar (Atributo: Reflexo)
Descrição: Trata-se da habilidade de subtrair
objetos de forma sorrateira e imperceptível. Caso
o personagem tente furtar um objeto que esteja
na posse de alguém, uma falha no teste pode
fazer com que a intenção do personagem seja
percebida, dependendo da situação. Se objeto
estiver sobre alguma superfície, uma falha
poderá resultar na queda do objeto. Para
determinar as conseqüências resultantes de falhas
em testes de Furtar, o Mestre deverá levar em
conta o valor da falha e a situação geral da cena.
Cavalgar (Atributo: Reflexo)
Descrição: Indica a prática do personagem em
montar animais. Qualquer personagem que
possuir pelo menos um ponto na perícia pode
cavalgar automaticamente. Aos que não
possuírem, há a necessidade de um teste de
Reflexo para conseguir montar. Testes de
Cavalgar são utilizados em situações
extremas, como perseguições ou combates
46 montados, saltar obstáculos, etc.Balance
(Attribute: Reflex)
Reflexo para conseguir montar. Testes de
Cavalgar são utilizados em situações extremas,
como perseguições ou combates montados, saltar
obstáculos, etc.
Furtividade (Atributo: Reflexo)
Descrição: A perícia Furtividade representa a
capacidade de se mover sem produzir ruídos e
sem ser notado, esconder-se nas sombras e
surpreender inimigos desatentos. Quanto maior
for a pontuação na perícia maior será a chance do
personagem de conseguir esses resultados em
situações adversas.
Equilíbrio (Atributo: Reflexo)
Descrição: Perícia utilizada para superar
determinadas situações que podem resultar na
queda do personagem, como andar sobre uma
corda, ficar em pé sobre uma coluna instável, etc.
Natação (Atributo: Reflexo)
Descrição: Indica a prática do personagem em
nadar. Qualquer personagem que possuir pelo
menos um ponto na perícia pode nadar
automaticamente. Aos que não possuírem, há a
47
necessidade de um teste de Reflexo para começar
a nadar, e um teste de Saúde a cada 30 metros,
para evitar consequências de afogamento (que
será explicado no Capítulo: Regras). Testes de
Nadar são utilizados em situações extremas,
como tentar nadar contra correnteza, nadar em
águas agitadas, etc.
perícias mentais
Cálculo (Atributo: Inteligência)
Descrição: Trata-se da habilidade de realizar
operações numéricas. Pode ser relacionada com
cálculos de qualquer área.
Lógica (Atributo: Inteligência)
Descrição: Indica quão bem a mente do
personagem é capaz de obter resultados lógicos
observando as situações. A perícia pode ser
aplicada em jogos de estratégia, planejamentos
militares, ou na busca de conclusões baseadas na
observação dos fatos.
Enigmas (Atributo: Inteligência)
Descrição: Representa o quanto o personagem
consegue interpretar o significado de enigmas e
mensagens confusas. O grau de interpretação
obtido pelo personagem depende da margem de
sucesso obtida no teste. Isso significa que um
personagem com um alto valor na perícia, que
consiga um sucesso em um teste, consegue
desvendar melhor o significado do enigma do
que um personagem com um valor menor na
perícia, que obtenha um resultado menor em um
teste bem sucedido.
Aconselha-se ao Mestre, mesmo nos
casos em que o personagem seja bem sucedido
em um teste de enigma, que não dê a resposta
completa do enigma em questão, mas forneça
algumas dicas ao jogador (maiores ou menores
de acordo com o resultado), para que ele, através
de seu próprio esforço, possa chegar à resposta.
Concentração (Atributo: Inteligência)
Descrição: A perícia concentração permite ao
personagem “limpar” sua mente de todas as
influências externas e se focar com toda sua
atenção em uma determinada atividade ou
detalhe.
Perícias sociais (o total de perícias
conhecidas nessa área e seus pontos são
determinados pelo total da soma dos Atributos
Carisma e Aparência)
Seduzir (Atributo: Carisma e Aparência)
Descrição: É a capacidade do personagem de
fazer alguém sentir-se fisicamente e/ou
emocionalmente atraído por ele.
Blefar (Atributo: Carisma e Aparência)
Descrição: Trata-se da habilidade de fingir que
se está no controle de uma situação, enganando
os adversários.
Atuação (Atributo: Carisma ou Aparência)
Descrição: Trata-se da capacidade do
personagem de fingir ser outra pessoa. Seja
representando um personagem, encenando
determinadas atitudes, ou fingindo possuir
determinada opinião.

Social skills

(The total of known skills in that area and their

points are determined by the sum total of the
Charisma and Appearance Attributes)

Bluff (Attribute: Charisma and Appearance)

Description: This is the ability to pretend that
you are in control of a situation, deceiving your
opponents.
Seduce (Attribute: Charisma and
Appearance)
Description: It is the character's ability to make
someone feel physically and/or emotionally
attracted to him.
Intimidação (Atributo: Carisma ou Aparência)
Descrição: Tal perícia tem como objetivo causar
o medo em outros personagens, seja para evitar
um combate, deixá-los inseguros, ou fazer com
que revelem informações.
Caso a Aparência do personagem que faz
uso da perícia for igual a 1, ele receberá um
bônus de 3 pontos no valor da perícia. Isso
porque sua baixa aparência acaba contribuindo
no ato de causar o medo.
Se a Aparência do personagem for 2 ou
maior, somente o Atributo Carisma será utilizado
nessa perícia (inclusive na questão de
distribuição de pontos no momento da criação de
personagem).
Diplomacia (Atributo: Carisma e Aparência)
Descrição: Perícia utilizada para realizar
negociações referentes a vários assuntos, como
guerra, política, comércio, etc.
Perceber Intenção
Descrição: Através do bom uso de seu Carisma
e de sua Aparência, o personagem consegue
conduzir a conversa de forma que as outras
pessoas acabem revelando dicas de suas reais
intenções. Caso o Mestre deseje, poderá fazer
com que esta perícia seja baseada
exclusivamente no Atributo Intuição.
Perícias intelectuais
Ler e Escrever (Atributo: Inteligência)
Descrição: Personagens que possuem esta
perícia sabem ler e escrever as línguas que
conhecem. Testes dessa perícia são realizados
para superar situações adversas, como copiar um
texto em uma língua desconhecida, ou tentar ler
uma frase escrita em outro idioma, mas com
caracteres conhecidos.
Idiomas (Atributo: Inteligência)
Descrição: Cada ponto na perícia idioma
simboliza um idioma extra que o personagem
conhece. Ainda que um personagem não possua
nenhum ponto nesta perícia, ele conhecerá ao
menos seu idioma nativo. Os idiomas não se
limitam somente a línguas faladas, podendo
abranger desde a linguagem dos sinais, até os
]
49
meios de comunicação de certas espécies
animais.
Conhecimento Sobre História do Mundo
(Atributo: Inteligência)
Descrição: Indica o quanto o personagem
conhece sobre a história geral do mundo em que
vive. Quanto maior for sua pontuação na perícia,
maiores detalhes sobre fatos específicos o
personagem irá conhecer.
Conhecimento Sobre Geografia (Atributo:
Inteligência)
Descrição: Reflete o saber do personagem sobre
geografia em um aspecto geral. Quanto maior for
sua pontuação na perícia, maiores detalhes
específicos o personagem irá conhecer.
Conhecimento Sobre Astrologia (Atributo:
Inteligência)
Descrição: A perícia mede o conhecimento do
personagem sobre os corpos celestes, como por
exemplo, os nomes dos corpos celestes,
incidência das marés, ocorrência de eclipses, etc.
Conhecimento Sobre Clima (Atributo:
Inteligência)
Descrição: É o conhecimento genérico sobre o
clima. Pode ser utilizado para identificar o clima
de determinada região, seus efeitos sobre animais
ou plantas, mudanças climáticas, etc.
Conhecimento Sobre Anatomia (Atributo:
Inteligência)
Descrição: Trata-se do conhecimento do corpo.
Um personagem que possua essa perícia é capaz
de identificar áreas vitais do corpo, nomes e
funções de órgãos, etc. O conhecimento de
anatomia não se restringe a anatomia humana,
podendo abranger a anatomia de outras espécies.
Conhecimento Sobre _________(Qualquer
outro assunto) (Atributo: Inteligência)
Nota: É possível possuir conhecimento sobre
qualquer outro assunto que o jogador deseje, ou
que o mestre considere útil.
Perícias manuais
Cura (Atributo: Inteligência)
Descrição: Perícia utilizada para o tratamento
manual de ferimentos, como por exemplo, fazer
curativos, estancar sangramentos, costurar
feridas, etc.
Navegação (Atributo: Inteligência)
Descrição: É a perícia utilizada para todas as
tarefas relacionadas ao manejo de uma
embarcação. Valores elevados na perícia são
indicados para capitães, uma vez que possuem o
conhecimento geral de todas as atividades
necessárias para o gerenciamento da nau.
Pintura (Atributo: Inteligência)
Descrição: Representa a habilidade do
personagem com todo tipo de pintura artística.
Caso a perícia seja usada para copiar uma obra já
existente, após o teste de Pintura deverá ser
realizado um teste de Falsificação.
Ferraria (Atributo: Inteligência)
Descrição: Trata-se da habilidade de trabalhar
com metais. Vai desde ferrar cavalos, até a
fabricação e reparo de armas e armaduras.
Obviamente quanto mais complexo for o item
criado, maior deverá ser o valor da perícia, e
mais difícil será a tarefa.
Falsificação (Atributo: Inteligência)
Descrição: Representa o talento do personagem
para falsificar desde uma assinatura, até
documentos completos e obras de arte.
Esculpir (Atributo: Inteligência)
Descrição: É a habilidade de dar forma artística
a qualquer espécie de material. Caso a perícia
seja usada para copiar uma obra já existente,
após o teste de Esculpir deverá ser realizado um
teste de Falsificação.
Carpintaria (Atributo: Inteligência)
Descrição: Consiste em trabalhar com a madeira
para a construção de móveis e utensílios. Note-
se, porém, que para a criação de esculturas de
madeira aplica-se a perícia Esculpir.
Lapidação (Atributo: Inteligência)
Descrição: É o talento de trabalhar com pedras
preciosas (ou até mesmo outros materiais),
dando-lhes formas ornamentais.
]
50
__________ (Qualquer outra espécie de
atividade)
Nota: É possível possuir perícias relacionadas a
qualquer espécie de trabalho manual. O Mestre
deve sentir-se a vontade para substituir o
Atributo relacionado a essas perícias por outro
que julgue mais adequado.
Perícias mágicas**
Ler Runa (Atributo: Disciplina)
Sentir Magia (Atributo: Disciplina)
Contra Mágica (Atributo: Disciplina)
Canalizar Runa (Atributo: Disciplina)
Manter Efeito Mágico (Atributo: Disciplina)
Resistir a Magia (Atributo: Disciplina)
Saúde Mental (Atributo: Disciplina)
Conhecimento (_______) (Atributo: Disciplina)
Assim como nas perícias Mediúnicas, esta área é
destinada ao conhecimento prático relacionado à
magia. Nada impede que sejam adicionados
conhecimentos teóricos sobre magia entre as
Perícias Intelectuais.
** Detalhes específicos no Capítulo: Magia
Perícias mediúnicas
Sentir Vibrações (Atributo: Mediunidade)
Descrição: Através desta perícia o personagem
pode sentir os sentimentos impressos no mundo
espiritual que cerca um determinado local.
Podendo assim saber se naquele local ocorreram
eventos bons, ruins, felizes, tristes, etc. Quanto
mais antigos forem os eventos, mais difícil será
para o personagem sentir as impressões que eles
deixaram.
Perceber Presença (Atributo: Mediunidade)
Descrição: Trata-se da capacidade do
personagem de utilizar sua mediunidade para
conseguir localizar a presença de espíritos nos
arredores. Também se aplica para sentir a
presença de espíritos que não desejam ser
encontrados. Neste caso a dificuldade do teste
será o valor do teste realizado pelo espírito para
permanecer oculto.
Comunicar-se com Espíritos (Atributo:
Mediunidade)
Descrição: Personagens que possuam esta
perícia conseguem compreender os espíritos e
também se fazer compreender por eles,
independentemente da língua que os espíritos
falavam quando vivos.
Expulsar Espíritos (Atributo: Mediunidade)
Descrição: É a capacidade do personagem de
canalizar seu poder mediúnico afastando
espíritos cuja presença seja indesejada ou nociva.
Nada impede que sejam adicionados
conhecimentos teóricos sobre mediunidade entre
as Perícias Intelectuais.
Nota: O uso de mediunidade não possui limites
diários, e não causa desgaste ao personagem,
podendo ser realizado livremente. O único limite
aplicável diz respeito ao número de efeitos que o
personagem consegue sustentar ao mesmo
tempo, que será determinado pelo Atributo
Disciplina.
Caso alguma das perícias listadas nas
pontuações das espécies não apareça nessa lista,
ela deverá ser adicionada durante a criação do
personagem.

Atrair Espíritos (Atributo: Mediunidade)

Descrição: Ao contrário de Expulsar Espíritos,
com o uso desta perícia o personagem foca sua Vitalidade
mente em algum espírito em particular, ou em
espíritos que possuam uma determinada
característica, e tenta convocá-los a sua presença.
Caso o espírito não deseje se apresentar, a
dificuldade do teste será o valor do teste
Vitalidade representa o quanto o corpo do
realizado pelo espírito para não responder ao personagem é capaz de suportar ferimentos em
chamado. uma maneira geral.

Viagem Astral (Atributo: Mediunidade) O valor da Vitalidade é a soma dos

valores dos Atributos Força e Saúde. Isso porque
Descrição: Trata-se da habilidade de sair do quanto mais forte for um indivíduo mais
corpo físico e explorar o mundo espiritual em resistente ao dano será o seu corpo, e quanto
espírito. A forma espiritual do personagem estará mais saudável for seu organismo, melhor ele irá
ligada ao seu corpo físico por um cordão de combater os efeitos nocivos dos ferimentos.
prata. Caso o teste da perícia resulte em falha, o
personagem simplesmente não conseguirá sair do Tendo em vista que o valor máximo de
corpo, ou então sairá, mas não se lembrará de cada Atributo é 10, o valor máximo que um
nada que ocorreu no mundo espiritual. Nada personagem poderá vir a possuir de Vitalidade é
pode romper o cordão de prata, e caso o 20. Obviamente as raças cujo valor em Força ou
personagem seja atingido por algum ataque Saúde possa ir além de 10 pontos são uma
enquanto em sua forma espiritual, ele exceção a essa regra, podendo vir atingir o valor
simplesmente retornará ao seu corpo. máximo de Vitalidade equivalente à soma do
valor máximo dos respectivos Atributos.
Conhecimento (_______) (Atributo:
Mediunidade)
Trata-se do conhecimento prático (e não teórico
como no caso dos Conhecimentos Intelectuais),
HISTÓRIA DOS
que é utilizado para influenciar as ações do
personagem na área da mediunidade. Como por
exemplo, um personagem que possui
PERSONAGENS
Conhecimento Sobre o Mundo Espiritual poderá
utilizar a perícia durante uma projeção astral para
se locomover ao local do mundo espiritual que
ele deseja visitar.
]
Um detalhe não menos importante do
Nada impede que sejam adicionados
conhecimentos teóricos sobre mediunidade entre
51
as Perícias Intelectuais.
personagem é sua história. É ela que define quem
o personagem realmente é, e o torna único no
mundo. Atributos, sentidos, profissões, perícias
são possuídos por todos, mas a forma que essas
características serão utilizadas, a na busca de
quais objetivos elas serão empregadas, é a Prioridade na Criação do
história de cada um que decidirá. Personagem: Regras X
Historia
Por isso a história dos personagens não
deve ser vista como um mero complemento, mas Um personagem não se
resume a um amontoado de
sim como o alicerce do personagem, sobre o qual números e siglas. O que o
as características dele serão construídas. Além define não são apenas as
disso, seu passado e seus objetivos também regras. Ele precisa de uma
poderão ser utilizados pelo Mestre como pano de história, que determinará seu
fundo para as aventuras. passado, personalidade e
objetivos. Porém, somente a
Alguns aspectos importantes que devem história não é suficiente para
ser levados em conta durante a criação da justificar o que o personagem
história do personagem: pode ou não fazer, ou o quão
bom ele é naquilo que ele faz,
Origens: De que lugar o personagem veio? pois por melhor que seja sua
Quem eram seus pais? Quais são as tradições de história, sem as regras, os
resultados das suas ações
sua família? O personagem ainda possui parentes
pareceriam arbitrários e
vivos? Ele possui algum conhecimento de seus injustos. Por isso o ideal é
antepassados? que a história e a mentalidade
do personagem estejam
Esses detalhes ajudam a vincular o interligadas com a mecânica
personagem a um determinado reino e/ou a uma do jogo. Ou seja, que o
família ou grupo, de forma que ele pode vir a jogador ao criar seu
possuir contatos, ou talvez inimigos, dependendo personagem distribua seus
da situação. pontos naquelas áreas em
que, de acordo com a história
Passado: O que o personagem fez durante toda do personagem, ele possui
sua vida até o presente momento? Ele teve suas aptidões.
estudo? Ele passou por alguma situação trágica?
Conheceu muitas pessoas ou viveu isolado? Ele
viveu grandes aventuras e realizou grandes feitos
ou dedicou seu tempo treinando para isso?
Como ele é: Qual a idade do personagem? Qual
sua aparência? O que ele gosta de fazer? O que
personagem ajudarão a guiar seus atos,
ele não tolera? Ele possui algum trejeito, sotaque
determinar suas prioridades e decidir qual
ou maneirismo? Ele é sério ou brincalhão?
caminho seguir.
Esses detalhes conferem um toque de
personalidade e proporcionam excelentes
oportunidades de representação. Criando personagens
Motivações e Objetivos: O que levou o experientes
personagem a esse estilo de vida? Por quais
motivos ele arrisca sua vida em aventuras? O que
ele busca? Riqueza? Poder? Vingança? Ele
possui objetivos mais complexos? Ou será que Para povoar suas histórias o Mestre
ele não possui objetivo algum e simplesmente se precisará de Personagens não Jogadores que se
deixa levar pelos caminhos da vida? encontrem entre os mais diversos escalões do
As motivações e objetivos do conhecimento. Ou talvez ele possa permitir que
]

52
os Jogadores criem personagens cujos
conhecimentos e habilidades excedam os de um
iniciante.
Uma forma equilibrada de criar um
personagem que já comece com uma maior
quantidade de aprendizado é aumentar o número
de pontos a serem distribuídos entre seus
atributos e sentidos. Quanto maior for o
aprendizado desejado para o personagem maior
será a pontuação que ele possuirá, como será
demonstrado a seguir:
Personagens com pouco aprendizado: Estes
personagens estão apenas um passo à frente dos
personagens recém criados.
As pontuações recomendadas são:
3 pontos adicionais para distribuição nos
Atributos;
2 pontos adicionais para distribuição nos
Sentidos;
3 pontos adicionais para distribuição nas
Perícias, ou para a compra delas;
]
1 ou 2 itens de equipamento.
Personagens com aprendizado mediano: São
personagens que já estão na ativa há algum
tempo, e por isso já possuem maiores
conhecimentos, além de possuir certa reputação
em suas áreas de atuação.
As pontuações recomendadas são:
5 pontos adicionais para distribuição nos
Atributos;
3 pontos adicionais para distribuição nos
Sentidos;
7 pontos adicionais, ou mais, para distribuição
nas Perícias, ou para a compra delas;
Uma quantidade razoável de equipamento e
dinheiro.
Personagens com muito aprendizado: Trata-se
de personagens que há muito tempo se dedicam a
suas respectivas atividades, tendo adquirido
vastos conhecimentos.
Alguns, consequentemente, possuem
uma idade mais avançada.
As pontuações recomendadas são:
9 pontos adicionais para distribuição nos
Atributos;
6 pontos adicionais para distribuição nos
Sentidos;
15 pontos adicionais para distribuição nas
Perícias, ou para a compra delas;
Uma vasta quantidade de equipamentos e
dinheiro.
Essas recomendações são voltadas para
os casos em que o Mestre precise criar
rapidamente um personagem que se encaixe em
uma dessas condições. Entretanto, o Mestre deve
sentir-se livre para divergir dessas
recomendações e acrescentar a esses personagens
toda e qualquer característica que ele achar
necessária.

54
55
Este capítulo explica as regras básicas do Testes e
sistema IMAGINÆRY (regras específicas de
combate e magia serão explicadas nos capítulos
seguintes).
dificuldades
Como já foi dito anteriormente, as regras
servem para justificar os sucessos ou fracassos
das ações dos personagens. Tendo a função de
fazer com que esses resultados sejam justos e
Um teste consiste em uma rolagem de dados
feita para determinar se uma determinada ação
coerentes.
foi bem sucedida ou não. O dado utilizado para a
Cada uma das regras pertinentes ao jogo realização de testes é o D12.
será explicada passo a passo. Mas vale lembrar
Dificuldade é o valor que deve ser
que nenhuma regra é sólida o suficiente para não
igualado ou superado pelo teste, para que a ação
poder ser alterada. As regras apresentadas aqui
seja bem sucedida. Caso o resultado do teste seja
são tudo o que você precisa para jogar
inferior ao valor da dificuldade, a ação (ou a
IMAGINÆRY de uma maneira completa e
consequência desejada) falhará.
equilibrada, porém o sistema possui regras
completamente flexíveis que podem ser alteradas O valor da dificuldade varia de acordo
da forma que o seu grupo de jogo preferir, sem com a complexidade da ação que o personagem
que o espírito do jogo se perca. pretende realizar.
Existem várias espécies de testes, um
referente a um tipo de situação, que serão
detalhados a seguir.

A Regra de Ouro
Preste atenção, pois este quadro é voltado para a explicação da regra mais
importante de IMAGINÆRY e de qualquer outro RPG.
A regra mais importante é a que VOCÊ quiser. Você não é obrigado a seguir ou a
usar qualquer regra que não se encaixe no seu estilo de jogo. Se uma regra o
atrapalha, ou torna o jogo menos divertido, ignore-a. Se você acha que para o jogo
ficar mais divertido ou funcionar melhor é preciso de uma regra que não está neste
livro, crie-a. E se você acha que todas as regras deste livro são inúteis e prefere
descartá-las e criar suas próprias regras caseiras com a ajuda de seus jogadores, vá
em frente.
Quem decide como usar as regras, e quais delas realmente importam é você. Este
livro não está aqui para limitar suas idéias, fazendo-o seguir à risca todo seu
conteúdo. Pelo contrário, este livro nada mais é do que um guia, uma inspiração
para sua criatividade, cujo objetivo maior é proporcionar-lhe momentos de
diversão.

56
Testes de atributos
Existem situações onde as perícias não se
aplicam, sendo necessário o uso dos atributos por
si só.
Para realizar um teste de Atributo, basta
rolar 1d12, somar o resultado obtido no dado ao
valor do Atributo e comparar o número obtido ao
valor da dificuldade da tarefa. Caso o valor
obtido no teste seja igual ou superior ao valor da
dificuldade, o personagem foi bem sucedido no
teste.
Em raras ocasiões pode ser possível
combinar algum sentido ao Atributo a ser
testado. Neste caso soma-se o valor do Atributo
testado, juntamente com o valor do Sentido que
for combinado ao resultado obtido no d12, para
então comparar o valor total ao valor da
dificuldade.
Dentre as situações que requerem um
teste de Atributo, podem ser citadas, por
exemplo:
- Arrombar uma porta à força (teste de Força);
- Resistir ao efeito de uma doença (teste de
Saúde);
- Esquivar um ataque (teste de Reflexo);
- Entortar um pedaço de metal (teste de Força).
Teste de sentidos
Embora as situações que exijam um teste
relacionado unicamente aos sentidos não sejam
tão comuns, elas podem ocorrer vez ou outra.
Assim como os testes de Atributos, os
testes de Sentidos são realizados rolando-se 1d12
e somando o resultado obtido no dado com o
valor do Sentido posto à prova, e em seguida
comparando o resultado com o valor da
dificuldade da ação. Caso o resultado obtido seja
igual ou maior do que o valor da dificuldade, o
personagem foi bem sucedido no teste.
Eis algumas situações nas quais se aplica
um teste dos Sentidos:
] rolar um d12, testando tal atributo, poderá somar
57
- Tentar engolir um alimento de gosto
desagradável (teste de Paladar);
- Tentar enxergar algo com os olhos ofuscados
pelo Sol, na escuridão ou em qualquer outra
situação adversa (teste de Visão);
- Tentar reconhecer uma superfície com os olhos
vendados (teste de Tato);
- Tentar distinguir um determinado cheiro em um
local impregnado de substâncias fétidas (teste de
Olfato);
- Ter a atenção atraída por um espírito tentando
se comunicar (teste de sentido Etéreo).
Teste de perícias
A forma mais comum de teste e também a
que tende a envolver mais números, uma vez que
as Perícias tendem a ser mais propícias para a
utilização em conjunto com os Sentidos.
Como nos outros testes, as Perícias são
colocadas a prova rolando-se 1d12, somando-se
o valor da Perícia em questão ao resultado obtido
no dado, acrescentando então o valor do Sentido
relacionado (caso algum se aplique), e
finalmente comparando o resultado final com o
valor da dificuldade atribuída à ação. Se o
resultado for igual ou maior ao valor da
dificuldade, a ação foi bem sucedida.
Cabe ao mestre determinar em quais
situações os Sentidos (e quais deles) poderão ser
combinados com as Perícias.
Sucessos de sorte e
sucessos inspirados
Sempre que, durante a realização de um
teste, o resultado obtido na rolagem do d12 for
11 ou 12, o personagem contará com um
resultado favorável além do esperado.
Ao obter um resultado 11 na rolagem do
d12, o personagem ganhará um bônus de +1
ponto no resultado final. Logo, um personagem
com Força 3, que obtenha um resultado 11 ao
1 ponto a mais ao resultado final do teste, que
será, neste caso 15. Essa situação é chamada de
Sucesso de Sorte, pois dentro do jogo simboliza
uma situação na qual o personagem acabou, por
rolar um d12, testando tal atributo, poderá somar
1 ponto ao resultado final do teste, que será,
neste caso 15. Essa situação é chamada de
Sucesso de Sorte, pois dentro do jogo simboliza
uma situação na qual o personagem acabou, por
acaso, conseguindo se sobressair além de suas
expectativas na realização da ação.
Quando o resultado da rolagem for 12, o
jogador poderá rolar outro d12, somando o
resultado ao da rolagem anterior e por fim
somado aos devidos valores. Por exemplo,
Marcelo rola 1d12 ao testar a perícia
Conhecimento Sobre História, na qual possui 3
pontos. O resultado da rolagem é 12, ele então
rola o dado novamente e obtém 4 como
resultado. Ele irá, portanto, somar 12 (o primeiro Quando não realizar
resultado), com 4 (o segundo resultado), com 3
(sua pontuação na perícia), obtendo um resultado testes
final de 19 no teste. Tal situação chama-se
Sucesso Inspirado, uma vez que dentro do jogo
ela simboliza uma situação em que o personagem
Nem todas as ações realizadas pelos
personagens necessitam de um teste. Ações
(por vezes inconscientemente) se dedica de tal
consideradas simples são bem sucedidas
forma à realização de determinada ação, que
automaticamente, uma vez que não apresentam
supera seus limites de forma espetacular.
nenhum desafio para as habilidades e
É importante observar, entretanto, que conhecimentos do personagem. Dentre as ações
caso o resultado da segunda rolagem seja outro simples estão incluídos feitos como: abrir uma
12, ele não dará o direito a uma terceira rolagem. porta destrancada, quebrar um graveto, escalar
um muro baixo, possuir o conhecimento sobre
um evento histórico amplamente divulgado na
Consequências das falhas cidade natal do personagem, etc.
Pelo extremo oposto, também não se
Alguns testes, quando resultam em falha, aplicam testes em situações que estejam fora do
alcance das capacidades do personagem, neste
não acarretam nenhuma consequência nociva ao caso havendo uma falha automática de qualquer
personagem, e este pode realizá-los novamente, tentativa de resolver a questão pelo uso de suas
com um valor de dificuldade maior. capacidades. Dentre as ações sujeitas a essa regra
Outros, porém, podem acarretar estão: adquirir conhecimento extremamente
consequências nocivas caso o personagem venha obscuro, conhecido por apenas um indivíduo no
a falhar. Um personagem que falhe ao tentar mundo inteiro, tentar derrubar através da força
saltar sobre um abismo provavelmente cairia e uma porta selada magicamente, tentar algo que o
sofreria ferimentos resultantes da queda; já um mestre considere exigir uma pontuação muito
personagem que comete um erro tentando maior na perícia exigida, etc. Para resolver tais
misturar ingredientes para uma poção possui situações os personagens precisarão empreender
grandes chances de provocar uma explosão e buscas, contar com a ajuda de outros indivíduos,
ainda desperdiçar ingredientes raros. agindo através do diálogo e da diplomacia, e
buscar quaisquer outros meios que vão além de
O mestre deve estar atento a cada uma suas próprias capacidades ou conhecimentos. Ou
das situações e, com base na natureza do teste e seja, são situações totalmente voltadas para a
em seu resultado, determinar se haverá ou não resolução através da representação e do
alguma consequência prejudicial ao personagem. raciocínio, por parte dos Jogadores.
Isso tudo tem por objetivo simplificar o
]

58
uso das regras, impedindo que o decorrer do jogo
seja sobrecarregado por um número excessivo e
desnecessário de testes, e também para permitir
que os jogadores se foquem no principal
elemento do jogo, a representação, utilizando as
regras apenas como um elemento de apoio nos
Valores das
momentos em que uma situação adversa tenta
Dificuldades
opor as capacidades dos personagens.
As dificuldades variam de
acordo com a complexidade
daquilo que o personagem
pretende realizar. A
presente tabela traz os
valores básicos para
Perícias e Sentidos dificuldades baixas, médias
ou altas. Esses valores não
A seguir serão apresentados alguns
exemplos de como relacionar as
são fixos e podem ser
Perícias aos Sentidos. (Tenha em alterados pelo Mestre,
mente que nem sempre será possível assim como a diferença
utilizar os sentidos em conjunto com numérica entre cada
determinadas perícias).
graduação de dificuldade,
Perícia Sentido de acordo com sua
necessidade e com cada
Conhecimento Vinhos: Paladar situação específica.
Conhecimento Música: Audição
Dificuldade Baixa: 8
Falsificação: Visão
Dificuldade Média: 15
Perceber Espíritos: Etéreo
Dificuldade Alta: 20
Observar Detalhes: Visão

Peso, Arremesso e Movimento

A Força determina quanto peso um personagem consegue carregar e a qual distância
ele consegue arremessar um objeto. A velocidade de seu movimento se baseia no
seu Reflexo, porém é a sua Saúde que determina quanto tempo ele consegue manter-
se em movimento até se cansar.

Um personagem com Força 1 suporta cerca de 30 quilos e consegue arremessar um

objeto até 15 metros. No que tange a capacidade de movimento, 1 ponto em Saúde
permite que o personagem se mantenha em movimento por 30 minutos até se sentir
cansado. Os valores aumentam progressivamente de acordo com a pontuação nos
atributos.

Por fim, o uso do Reflexo em movimento aplica-se aos testes para determinar se o
personagem consegue superar outro indivíduo em uma disputa de velocidade.

59
Ordem e duração
das ações
No que diz respeito à ordem das ações, caso
sejam iniciadas pelos jogadores, o costume é que
o jogador ao lado daquele que iniciou a ação
(geralmente no sentido horário) seja o próximo a
realizar sua ação. Quando cada jogador tiver
realizado sua ação, será a vez do Mestre,
representando seus personagens, realizar as ações
de cada um deles. Da mesma forma, quando os
personagens do Mestre tiverem dado início a um
ciclo de ações, os jogadores realizarão suas ações
após o último dos personagens do Mestre.
Obviamente esse método torna as
situações de disputas entre os personagens mais
organizadas, mas é dispensável em situações de
diálogo, onde os personagens do mestre podem
responder diretamente ao personagem que estiver
dialogando com eles, sem ter que esperar as
ações dos personagens dos outros jogadores.
Já em relação à duração de cada ação, de
forma geral, uma ação simples dura cerca de 30
segundos dentro da realidade do jogo. Outras
ações, entretanto, costumam se prolongar por
mais tempo (como escalar um penhasco, por
exemplo), neste caso enquanto os outros
personagens realizam suas ações, assume-se que
aquele que realiza a ação complexa ainda a está
realizando. Ao fim do ciclo de ações, caso sua
ação não tenha sido finalizada ele deverá fazer
um novo teste para garantir que consiga
continuá-la.
O exemplo a seguir ilustra a situação:
Rhana começa a escalar um penhasco, na
esperança de tentar enxergar lá de cima a trilha
de seus inimigos. Ela é bem sucedida em um
teste, e começa a escalar o penhasco. Enquanto
isso Adrian decide acender o fogo, ele o faz e
sua ação termina de forma simples. Leena faz
uma pergunta a outro personagem, Caronte, que
reponde suas dúvidas.
Uma vez que todos os personagens realizaram
suas ações, o ciclo foi encerrado, e é novamente
a vez de Rhana fazer algo. Como o penhasco é
muito alto, ela o esteve escalando durante o
]
60
tempo em que cada um dos outros personagens
ocupavam-se de uma tarefa diferente. Já que
Rhana ainda não chegou ao topo, e mais uma
vez encontra-se em seu turno de ação, ela deverá
realizar um novo teste, sob a mesma dificuldade,
para continuar a escalada.
Obviamente, nada obriga o Mestre a
lidar com as ações em sequências tão
organizadas, especialmente em situações que não
sejam de combate. Para alguns Mestres, deixar
os Jogadores dialogarem e agirem livremente,
sem seguir uma ordem de ação nas situações “de
paz”, pode ajudar a dar um clima mais realista ao
jogo e colaborar com a desenvoltura da
interpretação dos diálogos, desde que os
Jogadores deem oportunidades de participação
uns aos outros (cabendo ao Mestre garantir que
isso ocorra).
Por outro lado, não há como abrir mão
de uma sequência de ações ordenadas durante
situações de combate (e outras disputas), pois é
isso que garantirá que todos os envolvidos não
sejam prejudicados por realizar um número
menor de ações que os adversários.
Bônus de
carma
Trata-se de um bônus que pode ser utilizado
uma única vez por aventura, relacionado à Índole
do personagem. Ele representa um esforço
inspirado do personagem ao realizar uma ação
focada em suas convicções.
Os bônus para cada Índole são:
Indiferente: Nenhum bônus. Personagens dessa
índole não possuem interesses relevantes para
motivá-los.
Bem Intencionado: +2 para ato ordeiro ou +1
para ato caótico, desde que voltados para boas
intenções.
Mal Intencionado: +2 para ato caótico ou
+1 para ato ordeiro, desde que voltado para a
realização de suas más intenções.
Egoísta: +2 para ato caótico ou +2 para ato
ordeiro, desde que a ação seja voltada para a
obtenção de seus desejos egoísticos.
Bem Feitor: +3 para ato ordeiro ou +1 para ato
caótico, que seja voltado para a realização do
bem ou para impedir o mal.
Mão da Justiça: +3 para ato ordeiro ou +2 para
ato caótico, que seja voltado para a realização do
bem ou para punir o mal.
Dominador: +3 para ato caótico ou +2 para ato
ordeiro, que seja voltado para atos propósitos
que prejudiquem outros indivíduos, ou para
subjugá-los à sua vontade.
Perverso: +3 para ato caótico ou +1 para ato
ordeiro, que seja voltado para suas perversidades.
Tirano: +3 para ato caótico ou +3 para ato
ordeiro, desde que voltado para os objetivos
tirânicos do personagem.
Nota: Optando o Jogador por utilizar o bônus,
seja ele voltado para Ordem ou para o Caos, o
limite da aventura terá sido gasto, mesmo que
ainda reste o bônus referente ao polo oposto do
que foi utilizado.
61
Evolução de personagem
Através de suas aventuras e do uso de suas
capacidades, os personagens se aprimoram e
adquirem novos conhecimentos. Em outras
palavras, eles evoluem.
Em IMAGINÆRY, a evolução dos
personagens se dá de forma realista. Da mesma
forma que no mundo real, onde uma pessoa pode
levar um tempo considerável para adquirir um
novo conhecimento, ainda mais tempo para
poder aperfeiçoá-lo e talvez o resto da vida para
se tornar um mestre no assunto, aqui os
personagens necessitam colocar suas capacidades
em prática, treinar e estudar para aperfeiçoá-las e
também para adquirir capacidades em novas
áreas.
Essa evolução ocorre através de
Quantidades de Aprendizado (QA), que nada
mais são do que pontos que o Mestre distribui
aos jogadores no fim de cada aventura,
simbolizando o aprendizado do seu personagem
durante o jogo. Esses pontos serão somados ao
valor que o personagem possuir no Atributo
Aprendizado, resultando assim no total de
pontos que o Jogador terá para comprar mais
pontuações para o personagem. Os pontos de QA
podem ser guardados, e nesse caso irão se
acumular com os pontos de futuras aventuras.
 Por exemplo, Walter recebe 6 pontos QA
ao final de uma aventura. Seu personagem possui
Aprendizado 3, logo somando os pontos
recebidos com o valor do atributo, Walter fica
com 9 pontos para comprar pontuações para seu
personagem, podendo utilizá-los de imediato
caso o número seja suficiente para a compra de
novos pontos, ou então guardar esses pontos para
que eles sejam somados com a QA que ele
receberá ao fim da próxima aventura.
Ao distribuir os pontos de QA para os
Jogadores o Mestre deve levar em consideração
três fatores:
1 - Quão bem o Jogador representou seu
personagem;
2 - O quanto as atitudes do personagem
contribuíram para o sucesso da aventura;
3 - Uma resposta coerente do Jogador sobre o
que seu personagem aprendeu durante a
aventura.
Com base nesses fatores, aconselha-se o
Mestre a distribuir de 1 a 3 pontos no primeiro
quesito; de 1 a 3 pontos no seguindo quesito, e 1
ponto caso o terceiro quesito resulte em uma
resposta coerente. Mesmo que os Jogadores não
tenham atendido as expectativas nos dois
primeiros quesitos, ao fim da aventura eles
deverão ser recompensados ao menos com o
valor mínimo de pontos, ou seja, 1.
Tenha sempre em mente que no fim cabe
exclusivamente ao Mestre determinar os critérios
para a distribuição de Quantidades de
Aprendizado, portanto, ele deve sentir-se à
vontade para utilizar outros critérios de
avaliação, e para avaliar o desempenho de cada
jogador.
Caso a intenção seja que os personagens
evoluam de forma mais rápida, a solução é

Custos em Quantidade de Aprendizado

ÁREA CUSTO EM QA
Novo Atributo: 30

Atributo Não Treinado: Valor do Atributo x 12

Atributo Treinado: Valor do Atributo x 10

Novo Sentido: 35

Sentido Não Treinado: Valor do Sentido x 20

Sentido Treinado: Valor do Sentido x 12

Nova Perícia: 15

Perícia Não Treinada: Valor da Perícia x 10

Perícia Treinada: Valor da Perícia x 5

Nota: A compra de pontos em Atributos, ou de Atributos novos não aumenta o

número de perícias relacionadas ao atributo ou a pontuação nelas. Os Atributos
só determinam o número de perícias e suas pontuações no momento da criação do
personagem.

O aumento do Atributo Força e/ou Saúde resultará no aumento da Vitalidade do

personagem para o valor da soma dos novos valores desses Atributos.

62
aumentar o valor de pontos por aventura, ou
diminuir os valores de compra.

Comprando pontuações

Para adquirir novas pontuações, será

necessário comprar cada novo ponto gastando-se
os pontos de QA. A compra de pontos em áreas
que o personagem tenha utilizado durante as
aventuras possui um custo menor, uma vez que
se entende que o personagem treinou tais
capacidades, obtendo assim um maior
conhecimento em relação a elas.
Por habilidades treinadas, entendem-se
todas aquelas que o personagem utilizou pelo
menos uma vez durante a aventura (ou caso não
tenha utilizado na aventura mais recente, tenha
utilizado pelo menos duas vezes em aventuras
anteriores) ou que tenha observado alguém fazer
uso delas. Nesse sentido estão incluídos os
Atributos, Sentidos e Perícias.
Já no que diz respeito à compra de novas
habilidades (atributos, sentidos ou perícias), ou
seja, aquelas nas quais o personagem não possui
ponto algum, será necessária, além do gasto dos
pontos de QA, uma explicação plausível do
jogador sobre a forma como ele aprendeu tal
habilidade. Uma solução seria o personagem
aprender treinando com alguém, mas isso
poderia acarretar custas monetárias e também
necessitaria da passagem de tempo, no qual o
personagem esteve treinando.

63
]

64
]

65
Eventualmente chegará o momento em que
os personagens terão de enfrentar adversários
e/ou lutar por suas vidas.
Este capítulo apresenta todas as
informações para o gerenciamento de situações
de combate, desde a realização de ataques,
passando pelas formas de defesa e dano, até os
diversos tipos de equipamentos de batalha.
Iniciando um combate
Um combate tem início assim que um
personagem (ou grupo) decide atacar, ou então é
atacado por outro personagem (ou grupo) ou
criaturas hostis. Em uma situação padrão de
combate, ou seja, durante um ataque aberto, é
difícil saber qual dos lados teve a intenção inicial
de atacar. Primeiramente porque ambos os lados
combatentes podem perceber a atitude do outro.
Em segundo lugar, porque quando a hostilidade
entre os dois lados é clara, ambos avançam
diretamente para o confronto sem perder tempo
esperando a reação do adversário.
Por isso, para determinar quem realizará
o primeiro ataque, é necessário que ambos
realizem um teste de Reflexo, sendo que aquele
que obtiver o maior resultado será considerado o
combatente mais rápido, desferindo o golpe
inicial. Esse teste pode ser realizado de forma
geral, ou seja, um dos Jogadores realiza o teste,
representando todo o grupo, enquanto que o
Mestre realiza também o teste para um dos
personagens coadjuvantes, representando o total
deles. Dessa forma, após todos os integrantes de
um grupo realizar seus ataques, os membros do
outro grupo realizariam o seus. Este método faz
o combate funcionar de forma mais organizada.
Há, porém, outra maneira de realizar este
teste, que funciona de forma que cada
personagem individualmente realizará um teste
de Reflexo, o Mestre fazendo o mesmo com cada
um dos PdMs.
Dentre eles, aquele que obtiver o
resultado mais alto realizará o primeiro ataque,
seguido pelos outros, de acordo com o valor de
seus testes, sendo que aquele que tirou o menor
valor será o último a atacar. Esse método
]
66
apresenta mais realismo, porém torna ciclo do
combate menos organizado, uma vez que há
grandes chances de que o Mestre e os jogadores
tenham que ficar alternando suas jogadas.
Caso o teste de Reflexo resulte em um
empate, um novo teste deverá ser realizado.
Realizando um ataque e
causando dano
Após ser determinado quem iniciará o
combate, o atacante irá realizar sua rolagem de
Ataque, que consiste em um teste da perícia
referente a arma que ele estiver usando. O
personagem que for alvo do Ataque, por sua
vez, irá realizar um teste de Reflexo para tentar
esquivar o ataque. Se o resultado do Ataque for
maior ou igual ao do teste de Reflexo do alvo, o
ataque foi bem sucedido. Mas caso resultado do
teste de Reflexo seja superior ao resultado do
ataque, significa que o personagem defensor
conseguiu se esquivar do golpe.
Sendo o ataque bem sucedido, o próximo
passo consistirá na rolagem de 1d6 pelo atacante
para determinar qual parte do corpo do inimigo
foi atingida (uma explicação mais detalhada
sobre o assunto será apresentada adiante), para
que finalmente seja realizada a última etapa do
ataque, a rolagem do dano.
O Dano simboliza a gravidade do
ferimento causado pelo ataque, e pode variar
dependendo da arma ou espécie de ataque
utilizado.
O dado utilizado para determinar a
quantidade de dano é o d6, que poderá ter bônus
ou penalidades acrescidas ao seu resultado,
dependendo da arma usada, que também irá
indicar se o dado será rolado uma só vez ou
mais.
Porém, o valor obtido na rolagem do
dano não é o valor final que será subtraído da
Vitalidade do personagem. Primeiramente, o
valor do Dano será comparado ao valor da
Armadura do personagem. Caso os valores
sejam idênticos, o personagem receberá 1 ponto
de Dano, sua armadura receberá 2 pontos de
dano em sua estrutura, e a arma do atacante
sofrerá 1 ponto de dano estrutural. Se o valor do
Dano for maior do que a Armadura do
personagem, então o Dano que o personagem
receberá será o número que exceder o valor da
Armadura, e esta receberá metade to valor total
Dano for maior do que a Armadura do
personagem, então o Dano que o personagem
receberá será o número que exceder o valor da
Armadura, e esta receberá metade do valor total
do dano (arredondado para baixo) em sua
estrutura. Por Exemplo, Ícaro, ao atacar Diogo,
lhe causa 5 pontos de dano. A Armadura de
Diogo é 3, logo Diogo receberá 2 pontos de dano
e sua armadura sofrerá uma avaria de 2 pontos.
Caso o valor do Dano seja inferior ao
valor da Armadura, o personagem não receberá
Dano algum, e a armadura, assim como a arma
do atacante, receberão uma avaria de 1 ponto.
Atingindo partes do
corpo
Cabeça: Sempre que o dano for localizado na
cabeça, ele será acrescido de um bônus de +2
pontos, por se tratar de uma região extremamente
vital.
Se o dano causado em um único ataque
na cabeça resultar na perda de metade (ou mais)
da vitalidade do personagem, ele deverá fazer um
teste de Saúde (Dificuldade 10), para evitar
ficar atordoado por um turno, o que lhe dará uma
penalidade de -5 em todas as ações realizadas
durante esse período. Mas se o dano de um único
ataque for tamanho, a ponto de fazer com que
reste apenas 1 ponto de vitalidade ao
personagem, o teste de Saúde a ser realizado terá
dificuldade 15, e servirá para impedir que o
personagem caia inconsciente. Para se recuperar
da perda de consciência o personagem poderá
realizar um teste de Saúde (dificuldade 10) a

Um combate é uma situação brutal, rápida,

cada turno, até despertar.

desesperadora, e por estar sob uma terrível Torso: Se o dano de um único ataque no torso
pressão, física e mental, nem sempre as partes causar a perda de metade da vitalidade do
envolvidas conseguem calcular precisamente personagem, ele deverá realizar um teste de
suas ações, ou mesmo ter uma oportunidade de Saúde (Dificuldade 10), para evitar ficar
realizá-las da forma como gostariam. atordoado por um turno, o que lhe dará uma
penalidade de -5 em todas as ações realizadas
Por isso, para determinar qual parte do durante esse período. Caso um único ataque na
corpo do adversário (contanto que ele tenha uma região o deixe com apenas um ponto
forma física organizável) é rolado 1d6. Pois no restante de vitalidade, a dificuldade
calor do combate, por mais compenetrado que o do teste de Saúde aumenta para 15,
atacante esteja para acertar uma determinada mas o efeito ainda será o
região do corpo de seu inimigo, ele estará sob a atordoamento descrito
pressão de defender sua própria vida, somada ao anteriormente.
fato de seu oponente estar utilizando todas as
suas capacidades para se proteger. Logo, o
melhor que ele pode fazer é desferir seus golpes
com toda sua habilidade, e torcer para acertar a
região desejada, ou então se dar por feliz por ao
menos ter atingido o oponente.
As partes do corpo e os números do d6
que as representam são as seguintes:
1, 2 ou 3: Torso
4: Braços (qualquer deles)
5: Pernas (qualquer delas)
6: Cabeça
Ao receber muito dano em
determinada parte de seu corpo, o
personagem estará sujeito (além do
próprio dano) a consequências terríveis:
]

67
Braços e Pernas: Quando o dano sofrido em um atordoado por um turno, recebendo penalidade
membro, como resultado de um único ataque, for de -5 em todas as ações nesse período; além dos
igual a metade da vitalidade do personagem, o efeitos da hemorragia (que serão explicados no
membro em questão estará quebrado, e o item Outras Consequências dos Danos, adiante),
personagem sofrerá uma penalidade de -6 nos e também uma penalidade permanente de -6 em
seus ataques, caso o membro quebrado seja um todos os testes envolvendo o membro perdido.
dos braços, ou então -6 nos testes de Reflexo Para a perda de dois membros aplica-se o
caso o membro quebrado seja a perna. A única disposto em relação à quebra de membros, além
forma de que outro membro se quebrasse da incapacidade de realizar certas tarefas, se os
(causando as duas penalidades descritas acima no membros perdidos forem do mesmo tipo.
caso de um braço e uma perna, ou então uma
Se o Mestre não desejar que personagens
penalidade de -12 nos Ataques ou no Reflexo, se
os membros quebrados fossem respectivamente percam membros (ainda que possam futuramente
os dois braços e as duas pernas), seria que o ser recuperados com magia), a opção é fazer com
personagem recebesse o mesmo valor de dano que ao receber em um membro a quantidade de
dano equivalente a 2/3 da vitalidade do
em um único ataque. Isso só seria relevante se tal
dano fosse recebido após o personagem ter personagem, o personagem tenha um dos
recuperado um pouco de sua vitalidade, do membros quebrado e o outro ferido (ou também
contrário, receber o dano equivalente a outra quebrado, o que ainda é melhor do que perda do
membro).
metade do valor resultaria em morte, situação
que torna a quebra de qualquer membro ATAQUE SURPRESA
irrelevante.
Caso o dano resultante de um único
ataque em um membro seja superior a 2/3 da
Quando o atacante investir de surpresa
contra o inimigo ou este estiver dormindo, ele
vitalidade do personagem, o membro será
deverá, ao invés de realizar um teste de Reflexo
decepado. Os efeitos da perda de membros são:
para decidir quem atacará primeiro, realizar um
A necessidade da realização de um teste de
Saúde (Dificuldade 10), para evitar ficar teste de Intuição em oposição ao teste de
atordoado por um turno, recebendo penalidade
de -5 em todas as ações nesse período; além dos
efeitos da hemorragia (que serão explicados no
item Outros Efeitos dos Danos, adiante), e
também uma penalidade permanente de -6 em
todos os testes envolvendo o membro perdido.
Para a perda de dois membros aplica-se o
disposto em relação à quebra de membros, além
da incapacidade de realizar certas tarefas, se os
membros perdidos forem do mesmo tipo.

]
Reflexo do atacante. Caso o teste de Intuição
seja bem sucedido, o alvo do ataque poderá então
realizar o teste costumeiro de Reflexo para tentar
se esquivar do ataque. Do contrário, não terá
direito a tentar se esquivar do ataque, cabendo
apenas ao atacante a rolagem do dano.
Outras consequências
dos danos
W Quando a soma dos danos de todos os
ataques que o personagem sofreu
(independentemente da região do corpo) tiver
exaurido 2/3 de sua vitalidade, o corpo do
personagem passará a sofrer os efeitos de
hemorragia, como consequência da grande
quantidade de ferimentos.
A cada turno, o personagem irá perder 1
ponto de vitalidade, representando a perda de
sangue, até que tenha seus ferimentos
estabilizados. Para isso, basta que ele mesmo, ou
outro personagem seja bem sucedido em um
teste de Cura (Dificuldade 10), ou então um
teste de Conhecimento Sobre Anatomia
(Dificuldade 10) desde que o personagem tenha
em mãos os objetos necessários para o
curativo/estancamento, ou qualquer outra perícia
que o Mestre julgue apropriada para a situação.
Nos casos em que o dano de um único
ataque reduzir a vitalidade do personagem a 0 ou
menos, o personagem poderá realizar um teste de
Saúde (Dificuldade 8), para que seu corpo ainda
consiga resistir ao ferimento brutal e cair
inconsciente, às portas da morte. Assim, seus
aliados terão um turno para tentar estabilizá-lo,
permitindo que ele sobreviva, ainda que
permanecendo com apenas um ponto de
vitalidade e inconsciente, até que seja curado em
pelo menos mais 1 ponto.
morte
Quando a vitalidade de um personagem é
reduzida a 0 ele morre.
É possível trazer um personagem de
volta da morte através do uso de magia, mas essa
é uma situação extremamente rara, uma vez que
]
69
cobra um preço enorme do usuário de magia que
se dispuser a realizá-la.
Um fato importante a se lembrar, é que a
morte não significa o fim da existência de um
indivíduo. Ao deixar o corpo o espírito migra
para o mundo espiritual, e em algumas ocasiões
ainda consegue manter contato com o mundo
material, especialmente com o auxílio de alguém
que possua mediunidade. Isso inclusive permite
que o Mestre possa criar suas campanhas
inteiramente no mundo espiritual, ou então lá
continuá-las, após os personagens passarem por
uma experiência de morte.
Ataques críticos
Da mesma forma que ocorre com as Perícias,
no Combate, um resultado de 11 ou 12 ao rolar o
d12 na ação de ataque gera resultados
excepcionalmente vantajosos para o atacante.
Um resultado 11 confere ao atacante um bônus
de +1 no seu ataque e também na rolagem do
dano. O resultado 12 garante ao atacante uma
rolagem adicional de 1d12, cujo resultado será
somado ao valor final do ataque (o 12 obtido na
rolagem anterior e o valor da perícia referente à
arma do ataque), além disso, o atacante recebe
um bônus de +3 na rolagem do dano.
Por outro lado, um resultado 1 na
rolagem sempre resultará em uma falha
desastrosa do ataque, podendo, a critério do
Mestre, causar efeitos nocivos ao atacante ou a
seus aliados. Tais efeitos variam desde a arma
escapar das mãos do personagem e cair, até ele
ferir a si mesmo, ou um de seus companheiros.
Outros perigos
Não são apenas armas e golpes que podem
ferir ou matar um personagem. Há vários
artifícios e situações que representam igual ou
maior periculosidade. Os mais comuns são:
envenenamento, afogamento e queda.
A seguir o efeito de cada um deles sobre
os personagens será explicado:
Envenenamento: Existem diversos tipos de
veneno. Alguns podem causar a morte
rápida, outros podem ter o mesmo
resultado, mas de forma mais lenta
e dolorosa, e há também
algumas espécies que embora
deixem o personagem debilitado
não são fortes a ponto de causar
a morte.
As formas pelas quais
um personagem pode ser
envenenado são inúmeras,
variando desde uma ingestão
acidental, até por um ferimento causado por uma
lâmina embebida no veneno.
Venenos letais, ao entrar no organismo
do personagem exigem um teste de Saúde
(Dificuldade 15). Em caso de sucesso, o
personagem perde temporariamente 1 ponto de
Saúde e 2 pontos de Vitalidade, que serão
recuperados após um dia de descanso. Em caso
de falha, o personagem perderá 1d6 pontos de
Saúde temporariamente e 1d6 pontos de
Vitalidade. A cada hora o personagem deverá
refazer o teste de Saúde, sob a mesma
dificuldade (um sucesso anulará os efeitos do
veneno), ou então perderá mais 1 ponto de
Saúde. Quando seus pontos de Saúde chegarem
a 0, ele morrerá.
Venenos médios funcionam de forma
semelhante, porém a dificuldade para o teste de
Saúde é 11, e em caso de sucesso o personagem
apenas receberá 2 pontos de dano, recuperados
após um dia de descanso. No caso de falha o
dano será de 2 pontos temporários de Saúde, e
1d6+2 pontos de Vitalidade. O personagem
deverá realizar um novo teste sob a mesma
dificuldade a cada 3 horas (um sucesso anulará
os efeitos do veneno), sob pena de sofrer 2
pontos de dano em sua Vitalidade.
Por fim, venenos fracos exigem um teste
de Saúde (Dificuldade 8), não causando dano
algum em caso de sucesso, e em caso de falha
causando 1 ponto de dano temporário em Saúde
e a perda de 3 pontos de Vitalidade.
Doenças: As regras para as doenças funcionam
da mesma forma que as regras para
envenenamento. Utilizam-se os respectivos
valores dos venenos para as doenças letais,
médias e fracas.
]
70
Afogamento: O tempo que um
personagem é capaz de
permanecer debaixo d’água é
igual a 3 minutos (6 turnos) mais
metade do valor de sua Saúde
em minutos (arredondado para
cima). Após o término deste
tempo o personagem começará
a sofrer os efeitos do
afogamento: 1 ponto de dano
de Saúde por turno, que
resultará em morte caso o valor
de Saúde chegue a 0. Os efeitos
do afogamento terminam assim
que o personagem puder respirar, e os pontos de
Saúde perdidos serão recuperados ao prazo de 1
ponto a cada dois turnos.
Queda: Quedas a partir de 3 metros de altura
causam 1d6 de dano, com a adição de mais 1d6
para cada metro a mais.
Queimaduras: A exposição ao fogo causa ao
personagem 1d6-3 pontos de dano por turno em
que a exposição continuar. Se a exposição se
focar em determinada parte do corpo, será sobre
essa área que o dano será aplicado, observando-
se as devidas consequências referentes ao dano
extremo em partes do corpo. Caso não haja como
determinar a parte do corpo atingida (ou então
caso o personagem esteja por inteiro envolto em
chamas) o dano será aplicado sem levar em conta
qualquer parte do corpo em particular, ignorando
assim as demais consequências além do dano.
Hipotermia: A exposição a temperaturas de frio
extremo (especialmente sob a água), também
produz efeitos nocivos ao corpo. O dano para
cada turno em que o personagem estiver exposto
a temperaturas negativas, ele receberá 1d6-4
pontos de dano. A aplicação ou não de dano a
partes específicas do corpo funciona de forma
idêntica à que ocorre com o dano resultante de
queimaduras.
Perda dos sentidos
Várias situações podem causar alterações
nos sentidos: dano de combate, efeitos de
venenos ou doenças, a critério do Mestre.
 Tratando-se de alterações, o personagem
sofrerá penalidades no uso dos sentidos
alterados, que variam de -1 a -3. Caso o valor do
Sentido afetado chegue a 0 por conta das
penalidades, o Sentido não poderá ser utilizado.
Quando ocorrer a perda de algum
Sentido, se temporária, ele não poderá ser
utilizado até que retorne ou caso, permanente, o
personagem não mais poderá utilizar o Sentido
em questão nos testes em que o mesmo se
encaixaria.
Alguns Sentidos podem ser substituídos.
Por exemplo, a perda da Visão poderia aguçar a
Audição, o Olfato ou a Intuição, mas isso
dependeria de treino. O que justificaria o gasto
de Quantidade de Aprendizado pelo
personagem afetado.
Perícias de combate
As Perícias de Combate listadas no capítulo
anterior têm por função a realização dos ataques
referentes ao tipo de arma que cada uma
representa. Um personagem que possua uma
perícia voltada a uma espécie de arma é
considerado treinado no uso das armas que se
encaixam sob aquela descrição, somando o valor
da perícia à rolagem do ataque. Já os
personagens que tentem realizar um ataque sem
possuir a perícia adequada a espécie da arma
utilizada, não somarão valor algum à rolagem de
ataque e ainda receberão uma penalidade de -1
na rolagem.
A perícia Combate com Ataque
Natural se aplica aos membros das raças dotadas
de autodefesas físicas (como chifres, garras,
presas, entre outras), e será somada às rolagens
dos ataques realizados utilizando essas
características.
Por fim, Luta Desarmada é a perícia
utilizada para a realização de ataques corpo-a-
corpo (também incluindo soqueiras, e outras
armas de mesmo efeito). Caso o personagem seja
treinado em alguma espécie particular de luta
marcial, essa perícia poderá ser desdobrada para
representar cada um dos estilos de luta que o
personagem conhece e sua pontuação em cada
um deles.
]
71
armas
Um dos detalhes mais importantes de um
combate diz respeito às armas utilizadas pelos
combatentes, pois é a habilidade que seus
usuários possuem em seu manejo e o dano que
elas são capazes de causar ao inimigo que
decidirão o resultado do confronto.
As armas estão classificadas por tipos,
mas independentemente disso, cada arma em
particular possui seu próprio valor de dano.
A classificação em que as armas estão
organizadas é a seguinte:
Armas de Lâmina Curta: Armas cuja lâmina
tenha em média o comprimento de um palmo.
São armas fáceis de esconder, e geralmente
utilizadas para ataques furtivos, embora não
causem muito dano e não sejam muito eficientes
contra armaduras mais reforçadas.
Armas de Lâmina Média: São maiores do que
as armas de lâmina curta, e consequentemente
mais difíceis de ocultar, mas possuírem grande
alcance. Sua eficiência contra armaduras é maior,
e seu manuseio é mais voltado para desferir
golpes cortantes de curta proximidade.
Armas de Lâmina Longa: O ápice das armas de
lâmina, possuindo maior alcance, maior
resistência, e maior capacidade de causar danos
tanto no corpo quanto nas armaduras. Seu
tamanho também permite que sejam utilizadas
para defender ataques, além de aumentar as
opções de golpes que podem ser desferidos, o
que não ocorre com as lâminas mais curtas.
Armas de haste: Essa classificação engloba
todas as armas cuja área de ferimento se apoia
em um cabo longo, geralmente de madeira, ou
seja, uma haste. São armas eficientes contra
armaduras, inimigos montados ou em terreno
desnivelado, além de permitir que o atacante
realize seus ataques a uma distância mais segura.
Armas de arremesso: São todas as armas que
tem por função ser arremessadas de forma
exclusivamente manual contra os inimigos. Sua
utilização depende unicamente da força das mãos
de seu usuário.
 Sequência de Combate
Os passos de um combate obedecem à seguinte ordem:

1- Os combatentes realizam um teste de Reflexo. Aquele que obtiver o valor mais

alto iniciará o ataque.

2- O atacante rola 1d12, somando o valor do dado ao valor da perícia referente à

espécie de arma utilizada.

3- O adversário irá então realizar um teste de reflexo contra o valor do ataque.

4- Se o teste de Reflexo superou o valor do ataque, sendo a vez do adversário

realizar seu ataque, o ataque foi mal sucedido; mas se o resultado do ataque foi
maior ou igual ao resultado do teste de reflexo, o ataque foi bem sucedido.

5- Sendo o ataque bem sucedido, o atacante rola 1d6 para determinar a parte do
corpo atingida e em seguida rola o dano equivalente à sua arma.

6- Subtrai-se o valor da armadura do adversário do valor da rolagem do dano. O

valor que sobrar será o dano que o adversário irá receber. Aplicando-se também o
devido dano à armadura do adversário (e/ou à arma do atacante).

7- Caso sobreviva ao dano, é a vez do adversário realizar seu ataque, ou outra

ação que julgar apropriada.

Armas de Impacto: São aquelas utilizadas para Descrição das armas

esmagar os adversários. Causam enorme dano no
corpo, esmagando ossos facilmente, além de Adaga: Uma espécie de punhal de lâmina curta,
causarem um enorme dano nas armaduras fácil de esconder, podendo ser até mesmo
tornando-as quase inúteis perante seus ataques. arremessada.

Armas de Disparo: Utilizadas para o disparo de
projéteis. Geralmente a tensão do disparo se
concentra em sua maior parte em um único
braço, porém algumas espécies requerem maior
esforço e podem aplicar grande tensão em ambos
os braços. O projétil lançado pela arma também
faz diferença no combate, uma vez que algumas
espécies possuem mais velocidade, mas nem
sempre são capazes de causar um dano tão
devastador, e vice versa.
Além do valor de dano particular que
cada arma possui, elas têm ainda o diferencial de
sua estrutura e os efeitos de dano que cada
espécie
] causa nas armaduras.
Facão: Uma faca de lâmina maior do que o
comum, porém menor do que a de uma espada,
possuindo um gume afiado e terminando em uma
ponta levemente curvada. Possui pouco alcance,
e é eficaz em estocadas e cortes.
Espada Curta: Possui a estrutura básica de uma
espada, porém com uma lâmina menor,
geralmente de largura uniforme e ponta
arredondada. Seu guarda mão, na maioria das
vezes, consiste em uma saliência arredondada
entre a empunhadura e a lâmina. Uma arma de
alcance curto, com as opções de golpes limitadas
para movimentos cortantes.

72
Espada Longa: Uma lâmina de tamanho médio,
que permite o manejo com uma única mão. É
uma das espécies mais comuns de espada, sendo
extremamente eficiente e permitindo uma
diversidade de golpes equilibrados
Montante: Espada que possui uma lâmina
enorme e pesada. Seu guarda mão é reto e sua
empunhadura é longa, uma vez que a arma A Brutalidade do Combate
necessita de ambas as mãos para ser empunhada.
Muito usada em combates montados, possui
grande eficiência para desferir golpes pelo alto, Ao ler o funcionamento das
trespassar, quebrar ossos e decepar membros. regras de combate, fica claro que
o combate em IMAGINÆRY é
Claymore: Semelhante ao montante, porém mais algo extremamente realista e
leve e com guarda mão em forma de “V” na potencialmente letal aos
direção da lâmina. A empunhadura geralmente é personagens envolvidos. Isso
porque o sistema foi projetado
feita de madeira.
de forma a dar ênfase às
situações de representação, de
Maça: Uma empunhadura de tamanho médio, de
forma evitar que o combate seja
madeira ou metal encimada por um peso de o foco principal do jogo.
metal de forma redonda ou cilíndrica, muitas
Assim, o combate deve ser visto
vezes contendo cravos de metal. Por se tratar de
como um evento brutal e
uma arma de impacto, as armaduras possuem perigoso, que serve para resolver
pouca eficiência para conter seu dano, uma vez as questões que não possibilitem
não é necessário atravessar a armadura para que outra solução, mas não como o
o corpo sofra a pancada. foco central das histórias ou
como o principal objetivo dos
Mangual: Semelhante a uma maça, porém personagens. Além disso, as
possui uma corrente entre a empunhadura e o situações de combate se tornam
mais emocionantes quando
peso de metal, que muitas vezes possui cravos de
utilizadas de maneiras
metal. Extremamente eficiente contra armaduras, climáticas, ao invés serem
uma vez que, ainda que elas resistam a ser usadas como eventos mundanos.
destroçadas, a força do impacto é suficiente para
causar concussões letais no corpo. Ainda assim, há grupos que
podem ter preferência por
situações de combate. Se for
Machado de Batalha: Um cabo de madeira ou esse o caso, o Mestre pode
metal, com uma lâmina forte e afiada. Alguns trabalhar sobre as regras de
modelos possuem uma lâmina dividida em um combate, aumentando ou
dos lados, ou então uma lâmina de cada lado, ou diminuindo valores, ou
até mesmo uma ponta de metal projetando-se do removendo ou acrescentando
lado oposto da lâmina, quando esta estiver detalhes, de forma a tornar os
presente em apenas um lado. É considerada uma combates menos letais para os
personagens dos jogadores.
arma de impacto, pois embora possua uma
lâmina, o que causa o dano é a força empregada,
que produz uma lesão corto contundente, ou seja,
sua lâmina não é utilizada para cortes sutis
decorrentes do atrito, o corte que o machado
causa é proveniente do impacto contra o corpo
do inimigo. Possui uma grande potência para
rasgar até mesmo as armaduras mais resistentes.

Machado de Arremesso: Versão diminuta do

machado, cujo tamanho a torna ineficiente para
sem empunhada, entretanto, devido à sua lâmina
afiada, ao seu cabo de madeira que proporciona
]

73
]

74
leveza, e a seu pequeno tamanho, atinge grandes
distâncias ao ser arremessado e quase sempre é
fatal ao atingir áreas vitais do corpo.
Martelo de Batalha: Um martelo cuja função é
esmagar corpos e armaduras. Consiste em um
cabo médio de madeira ou metal e uma cabeça
(geralmente feita de metal, embora alguns
modelos utilizem pedra) cujo formato pode ser
retangular, com metade do tamanho projetada
para cada lado, ou então arredondado e liso de
um dos lados, com uma ponta se projetando do
lado oposto. Muito eficaz contra armaduras,
devido ao poderoso impacto de seus golpes.
Indivíduos que possuam grande força física
podem até mesmo ser bem sucedidos ao
arremessar um martelo de batalha contra um
oponente.
Lança: Uma haste contendo uma ponta afiada
em uma de suas extremidades. Eficaz para atacar
os inimigos a uma distância segura. Pode ser
arremessada.
Alabarda: Uma ponta de metal que se projeta
para cima, fundida a uma lâmina semelhante à de
um machado, porém menor e mais fina, que se
projeta para frente, sobre uma haste de madeira
de cerca de 1,90 metros de altura. Eficaz para
ataques à distância, contra inimigos montados,
sendo também muito eficiente contra armaduras.
Foice: Uma lâmina curvada e afiada sobre uma
haste, da qual se projetam dois cabos, um para
cada mão, de forma a permitir golpes horizontais
com a lâmina.
Tridente: Três dentes metálicos pontudos sobre
uma haste de metal ou madeira. Útil para atingir
a distância, podendo também ser arremessado.
Bastão: Uma haste de madeira, cuja superfície
pode ser lisa ou trabalhada, com ou sem adornos.
Uma arma simples, mas que permite movimentos
rápidos e acrobáticos. Porém seus golpes não
possuem muita força, sendo mais eficazes contra
inimigos sem armadura.
Arco Longo: Possui um corpo de madeira de
estrutura lisa e não muito curvada, cujas
extremidades são ligadas pela corda, dando à
arma o formato da letra “D”. Leve de manejar e
fácil de construir.
Arco Composto: Trata-se de um arco cujo corpo
é criado pela sobreposição de diferentes espécies
de madeira tensionada. Sua potência é maior do
]
75
que a do arco longo e é extremamente eficiente
para arqueiros montados. Sua única desvantagem
é o tempo exigido para sua construção.
Besta: É uma arma de disparo que consiste no
corpo de um arco um pouco menor, disposto
horizontalmente sobre uma base retangular com
um gatilho, que aciona a corda para disparar. Sua
munição consiste de setas, rápidas e de grande
impacto, mas de tamanho menor do que as
flechas, Pode ser acoplada a certos assessórios,
como pequenas aljavas de setas que garantem a
recarga automática da munição.
Balista: Também chamada de besta pesada, é
uma versão maior da besta. Seus projéteis são
maiores e mais grossos do que flechas, causando
enorme dano não apenas ao corpo e às armaduras
como também a estruturas de madeira. Devido a
seu tamanho e peso não pode ser sustentada
manualmente, devendo ser apoiada em alguma
superfície. Por isso, acaba sendo usada quase que
exclusivamente para a defesa de muralhas ou
então como artilharia em campos de guerra.
Funda: Uma tira de couro ou corda, em cujo
centro reforçado é colocado uma pedra, de forma
que após girar a tira unindo as extremidades, a
pedra é arremessada com força. Não atinge
distâncias enormes, nem possui tanta eficiência,
embora seja uma arma extremamente fácil de
carregar e também de abastecer, posto que pedras
são sua munição primária.
Pistola: Uma arma de fogo, alimentada por
pólvora. Dispara um projétil com tamanha força
e velocidade que atravessa armaduras, tornando-
as inúteis perante seu poder. Dependendo do
nível de fantasia desejado em seu jogo, cabe ao
Mestre decidir se permitirá tais armas ou não.
As armas apresentadas neste capítulo são
apenas um exemplo da vastidão de armamentos
medievais existentes. Sinta-se à vontade para
incluir outros tipos de armas, cuja mecânica de
jogo pode se basear nas armas de espécie
semelhantes apresentadas aqui.
Danificando e reparando
A estrutura das armas
O valor da estrutura de uma arma indica sua
resistência ao desgaste sofrido durante os
combates. Sempre que uma arma colide com
 Dano das Armas
Nome Tipo Dano Estrutura Alcance

Adaga† Lâmina Curta 1d6-3* 9 Corpo-a-corpo

Facão Lâmina Média 1d6-2* 9 Corpo-a-corpo
Espada Curta Lâmina Média 1d6-1* 9 Corpo-a-corpo
Espada Longa Lâmina Longa 1d6 14 Corpo-a-corpo
Montante Lâmina Longa 1d6+3 18 Corpo-a-corpo
Claymore Lâmina Longa 1d6+2 17 Corpo-a-corpo
Maça Impacto 1d6+1 12 Corpo-a-corpo
Mangual Impacto 1d6+2 13 Até Meio metro
Martelo Bat. Impacto† 1d6+3 14 Corpo-a-corpo
Machado Bat. Impacto 1d6+2 14 Corpo-a-corpo
Machado Arre. Arremesso 1d6-2* 9 Até 1,5 metros/ponto de Força

Alabarda Haste 1d6+2 11 Média 1,90 metros

Lança Haste† 1d6 11 Média 1,90 metros
Foice Haste 1d6+1 8 Média 1 metro
Tridente Haste† 1d6+1 10 Média 1,90 metros
Bastão Haste 1d6-3 8 Média 1,90 metros
Arco Longo Disparo 1d6 7 Média 200 m.
Arco Comp. Disparo 1d6+1 7 Média 200 m.
Besta Disparo 1d6+2 9 Média 250 m.
Balista Disparo 2d6+2 19 Média 300 m.
Funda Arremesso 1d6-3 4 Até 10 metros/ponto de Força

Pistola Disparo 1d6+5 14 Média 250 m.

Luta Desarmada - 1d6-3 - Corpo-a-corpo

* Armas que possuem um número negativo no valor do dano jamais

poderão ter o valor do dano inferior a 1. Portanto sempre que o valor
negativo do dano for subtraído do resultado do dado e o resultado final for 0
ou menos, o valor do dano será 1.
† Essas armas podem ser arremessadas, neste caso a perícia utilizada para o
ataque será a apropriada para armas de arremesso.

76
uma armadura ou apara o golpe de outra arma ela aparados.
sofre pequenos danos em sua estrutura, que com
o tempo acabam por causar sua quebra. Nesse caso, ao invés do teste de Reflexo
Inevitavelmente as armas utilizadas para golpear para evitar ser atingido, o personagem fará um
diretamente os inimigos estão sujeitas a danos teste de perícia baseado na arma utilizada. Em
estruturais a cada golpe. Já as armas de disparo, e caso de sucesso a aparada é bem sucedida e ele
também a funda, só sofrerão danos estruturais não recebe dano. Em caso de falha, o dano é
caso alguém desfira um ataque diretamente aplicado normalmente (levando o valor da
contra elas, do contrário permanecerão intactas, armadura em consideração).
uma vez que os projéteis que tais armas lançam é
que colidem contra os inimigos e suas defesas.
Sempre que um ataque atingir o
adversário e o dano não for capaz de superar sua Ambidestria
armadura, por ser inferior ao seu valor, a arma do
atacante receberá 1 ponto de dano em sua
estrutura. Também nas situações em que o valor
do dano for igual ao valor da armadura, a
estrutura da arma também sofrerá uma avaria de
Personagens que possuam pelo menos 5
pontos em Reflexo podem fazer uso de uma
1 ponto em sua estrutura.
arma em cada mão, desde que a arma se encaixe
No momento em que a estrutura da arma
na categoria lâmina curta ou lâmina média.
tiver chegado a 0 pontos, a arma estará quebrada.
Também é possível que a arma pertença à
Uma arma quebrada pode ser reforjada.
categoria lâmina longa, desde que seja de uma
Há, porém, um meio de evitar que a arma
mão (como no caso da espada longa).
se quebre, que é reparando a arma danificada
antes que o valor de sua estrutura chegue a 0.
Utilizar uma arma em cada mão exige
Para isso basta que o responsável pelo reparo
maior esforço e atenção nos ataques, o que causa
realize um teste de Ferraria, cuja dificuldade é 5
uma penalidade de -2 nas rolagens de ataque para
mais o valor de pontos de estrutura que a arma
ambas as armas.
perdeu. Uma arma reparada recupera todos os
pontos de estrutura até seu limite.
Outros tipos de arma que podem ser utilizados
dessa forma incluem: Machado de Arremesso e
Aparando com a arma Pistola.

Uma opção para evadir ataques inimigos, ao Armadura

invés de utilizar esquiva (Reflexo), é tentar
aparar seus ataques com a arma.
Tal técnica, entretanto, só funciona com
laminas e armas de haste.
Em relação às lâminas, estas só podem
ser utilizadas para aparar outra lâmina de
tamanho igual ou menor.
Quanto as armas de haste, elas podem ser
usadas para aparar outras armas de haste ou
então lâminas médias ou pequenas (incluindo a
espada longe).
Porém, aparar um ataque tem seu custo
para ambos os lados, uma vez que tanto a arma
do atacante quanto a do defensor sofrerão 1
ponto de dano estrutural a cada dois ataques
]
Quando os reflexos do personagem falham, a
única coisa que irá se colocar entre seu corpo e a
arma focada em tirar-lhe a vida é sua armadura.
A armadura consiste em uma proteção
física sobreposta ao corpo do personagem e pode
ser encontrada em várias espécies, cada uma
possuindo maior ou menor grau de proteção e
sendo voltadas para as mais variadas situações.
Em contrapartida a proteção oferecida, o
peso e o formato das armaduras acabam por
prejudicar o movimento de seus usuários,
causando penalidades no seu Reflexo.
Dentre as espécies de armadura
encontram-se:

77
Gibão de Pele: Uma proteção confeccionada da
pele de animais de pelagem espessa, como ursos,
carneiros, etc. Tem o aspecto de uma manta,
protegendo o torso e por vezes o braço. Ainda
assim, podem existir gibões que possuem
capuzes, sendo também possível a confecção de
proteções de pele para as pernas, para ser usadas
em conjunto com o gibão. Apesar de manter o
usuário sempre aquecido, não oferece boa
proteção.
Corselete de Couro: Proteção confeccionada em
couro. Em sua forma comum, fornece proteção
ao torço e braços, porém proteções para as
pernas e para a cabeça (gorro) também podem
ser confeccionadas do mesmo material e
combinadas ao corselete. É mais confortável do
que as armaduras metálicas, mas não oferece boa
proteção perante quaisquer armas que não sejam
lâminas curtas e bastões.
Cota de Malha: Trata-se de uma malha
confeccionada a partir da junção de várias
argolas de ferro. Sua principal peça é um
camisão de mangas longas que se estende até o
joelho. Outras partes da armadura de malha
incluem uma coifa (uma espécie de capuz) e
calças. Eficaz contra cortes, porém não apresenta
muita resistência a impactos ou perfurações.
Cota de Placas: Consiste em placas de ferro
presas na parte de dentro de uma proteção de
couro em forma de colete. Oferece boa proteção,
mas limita-se a proteger o torso, por isso
geralmente é usada em conjunto com partes de
outras armaduras. Pode ser utilizada sobre a cota
de malha, adicionando sua proteção (e
penalidade de Reflexo) à da cota de malha na
área do torso.
Armadura de Placas: O ápice das armaduras.
Muitas vezes referida como “armadura
completa”, é uma armadura fechada, composta
de placas metálicas unidas de forma a cobrir todo
o corpo, a famosa “armadura de cavaleiro”. As
partes que a constituem são: Elmo: a proteção da
cabeça; Couraça ou Peitoral: placa metálica que
protege o torso e a cintura; Ombros: conjunto de
placas, ou então peça articulada que protege os
ombros; Braços: manga metálica composta, a
parte que protege o braço e a que protege o
antebraço são ligadas pela cotoveleira com
articulações de rebites; Manopla: as “luvas” da
armadura; Pernas: assim como os ombros é uma
peça composta, com articulações rebitadas na
peça sobre o joelho, cobre alguns centímetros
abaixo do joelho; Grevas: peça que se situa logo
]
78
abaixo das pernas, protegendo do joelho ao
tornozelo; Escarpe: o “sapato” da armadura.
Esse modelo de armadura é o mais
eficaz, garantindo excelente proteção contra
armas cortantes e perfurantes, mas ainda assim,
tem sua eficácia reduzida contra armas de
impacto, cuja forma dos golpes, quando não
amassa ainda pode se projetar por sua estrutura
ferindo seu usuário. Porém sua proteção tem um
custo, uma vez que devido a seu peso e
complexidade ela torna seu usuário menos ágil.
Além disso, devem ser feitas sob medidas para
que se encaixem perfeitamente no corpo.
escudos
Escudos podem ser utilizados em conjunto
com as armaduras, e ambos os valores serão
somados. A proteção do escudo se estende para
todas as partes do corpo (com exceção do
broquel), uma vez que o personagem pode erguê-
lo ou abaixá-lo com um simples movimento do
braço durante o combate. Assim, quando um
personagem portando um escudo for atingido,
assume-se que embora seu reflexo para desviar
do golpe tenha falhado, ele ao menos foi capaz
de deslocar o escudo para proteger a área do
corpo a qual a arma do atacante foi dirigida.
Os escudos podem pertencer às seguintes
espécies:
Broquel: Um escudo pequeno de formato
redondo, que pode ser de madeira ou metal, que
é encaixado em um dos braços. Por um lado, seu
pequeno tamanho faz com que o braço em que
está sendo utilizado não tenha a agilidade
prejudicada, permitindo o rápido bloqueio de
golpes na altura do torso e cabeça. Mas por outro
lado, o torna menos resistente, além de fazer com
que seja incapaz de bloquear golpes nas pernas,
mesmo com o braço abaixado. Portanto, o bônus
de armadura concedido por essa espécie de
escudo só se aplica à cabeça, torso e braços.
Escudo Oval: Um escudo elaborado para a
defesa de combatentes com pouca ou nenhuma
armadura. Fornece cobertura de quase toda a
altura do corpo. Possui esse nome por possuir a
extremidade superior arredondada, enquanto que
seu formato vai se afinando até terminar em uma
ponta na extremidade inferior. Possui boa
capacidade de defesa e pode ser feito de madeira
ou metal, sendo mais comum a primeira
]

79
hipótese, por vezes possuindo reforço metálico
nas bordas.
Escudo Médio: Mais voltado para usuários de
armaduras pesadas. É uma versão menor, porém
mais ágil do escudo oval. Sua forma é triangular,
possuindo a extremidade superior reta, com a
extensão se afinando até formar uma ponta
levemente arredondada na extremidade inferior.
Geralmente é constituído de madeira, com as
bordas reforçadas com metal, mas pode vir a ser
completamente metálico.
Escudo Torre: Um largo escudo que cobre
completamente o corpo do usuário, podendo até
mesmo ser fincado no chão de forma a atuar
como uma “parede” protetora. Não é indicado
para combate corpo a corpo, uma vez que seu
peso e tamanho limitam os movimentos, além de
tornar quase impossível o manejo das armas. Seu
maior uso reside em permitir que o usuário se
esconda de projéteis, ou use-o como uma barreira
de proteção enquanto recarrega armas de disparo
ou realiza outras tarefas. O corpo é de madeira
grossa com as bordas de metal reforçado,
podendo ser inteiramente feito de metal.
Limitações pelo uso de
escudo
Todos os escudos possuem um detalhe em
comum: ocupam, pelo menos, um dos braços de
seu usuário. Por isso, com exceção do broquel,
todos os modelos impõem alguma espécie de
limitação (além da penalidade no Reflexo, se
houver) aos movimentos de ataques de seus
portadores.
Como limitação decorrente do uso do
Escudo Oval ou do Escudo Médio, está a
incapacidade do uso da ambidestria, uma vez que
o braço que porta o escudo não terá liberdade
para realizar os movimentos de ataque de uma
arma extra. Ainda assim, é perfeitamente
possível que o usuário dessas espécies de escudo
maneje uma arma de duas mãos, isso porque
essas espécies de arma não necessitam de
movimentos muito complexos, mas sim da força
produzida por ambos os braços.
Por sua vez a limitação oferecida pelo
Escudo Torre é quase completa. Indivíduos
carregando um desses escudos podem apenas
]
80
utilizar armas de uma mão, e ainda assim sofrem
uma penalidade de -4 nas rolagens de ataque.
Armadura natural
Algumas espécies possuem o que se pode
chamar de armadura natural. Trata-se de uma
resistência anatômica de seus corpos, que os
torna menos vulneráveis a ferimentos.
O valor da armadura natural (se houver)
será somado ao total da armadura que o
personagem estiver utilizando. A armadura
natural, entretanto, não é suscetível de danos
estruturais, e não causa penalidades no reflexo do
personagem, por maior que seja seu valor.
Armadura e partes do
corpo
Observando os valores referentes a cada tipo
de armadura, e também ao lidar com as
armaduras em jogo (por exemplo, ao adquirir
uma armadura), assume-se que cada tipo já
inclua as proteções de seu modelo para todas as
partes do corpo (quando houver).
Por exemplo, ao se adquirir uma Cota de
Malha, deve-se assumir que estejam inclusos o
camisão, as calças e a coifa. O mesmo ocorreria
com um Gibão de Pele, que já incluiria calças de
pele, manta, capuz, e também com a Armadura
de Placas, que contaria com todas as suas peças,
etc. A única exceção óbvia é a Cota de Placas,
que por sua natureza oferece proteção apenas ao
torso.
Exceções óbvias para essas situações
ocorrem quando for indicado explicitamente que
o personagem adquiriu apenas uma parte da
armadura, ou que o Mestre, ao descrever uma
cena especifique que apenas determinada parte
da armadura este disponível, de acordo com o
contexto da cena e com as intenções do Mestre.
 Proteção das Armaduras
Tipo Normal* Impacto Penalidade Reflexo.‡ Estrutura
Gibão de Pele 1 0 0 5
Cors. De Couro 2 0 0 6
Cota de Malha 3 1 -1 10
Cota de Placas 2 1 0 12
Arm. De Placas 5 3 -2 18
Broquel 1 0 0 11
Escudo Oval 2 2 -1 12
Escudo Médio 3 2 0 13
Escudo Torre 4 3 -2 15
* Inclui os seguintes tipos de armas: Lâminas curtas, médias e longas,
Arremesso, Disparo. Ou seja, todas não sejam de impacto ou a Pistola.

† Os valores de proteção de cada armadura são os mesmos para cada uma de

suas partes. Logo a coifa de uma Cota de Malha oferece proteção 3 para a
cabeça, sua túnica oferece proteção 3 para o torso e braços, suas calças oferecem
proteção 3 para as pernas, e assim por diante.
‡ Personagens que utilizem escudo e armadura terão o valor da penalidade de
ambos somado.

COMBINando armaduras comparado ao valor da armadura utilizada na

parte atingida.
O valor da penalidade de Reflexo, para
essas situações, será o da armadura que estiver

E perfeitamente possível que um

no sendo utilizada no torso.

personagem venha a combinar partes de

diferentes armaduras nas diferentes áreas de seu Danificando e reparando
corpo. Ele poderia, por exemplo, utilizar um
elmo de uma Armadura de Placas, com a túnica Estrutura de armaduras
de uma Cota de Malha em seu torso, assim como
as calças, entre outras combinações.

Nesses casos, o valor da armadura do

personagem será diferente para cada parte do
corpo, de acordo com a peça utilizada. Assim,
sempre que uma determinada parte do corpo for
atingida em combate, o valor do dano será
]
Assim como ocorre com as armas, as
armaduras também sofrem avarias durante o
combate.

81
 Quando o dano do ataque for inferior ao Combate mágico
valor da armadura, esta receberá 1 ponto de dano
estrutural.

Também é possível que os combates sejam

Sempre que o valor do dano recebido for
igual ao valor da armadura, ela receberá 2 pontos
de dano estrutural. realizados através do uso exclusivo de magia, ou
então combinando o uso de magia com ataques
E, por fim, quando o valor do dano for físicos.
superior ao valor da armadura, o dano
estrutural será a metade do valor do dano O funcionamento detalhado de
total. confrontos que se apoiam no uso de magia será
explicado no capítulo seguinte: Magia.
Vale ressaltar que tanto os escudos
quanto as armaduras sofrerão o mesmo valor de
dano a estrutura. Por exemplo, um personagem
trajando uma cota de malha e portando um
escudo, que por ocasião de um ataque, tenha sua
armadura danificada, terá o mesmo valor de dano
de estrutura aplicado à estrutura da armadura e à
do escudo. Assim, em uma situação em que a
estrutura da armadura sofra a título ilustrativo, 1
ponto de dano na estrutura, o mesmo valor de
dano será aplicado à estrutura do escudo.

O método utilizado para reparar e

reforjar armaduras é idêntico ao das armas
(incluindo os valores de dificuldade).

]
]

83
Em IMAGINÆRY, a Magia manifesta-se
através de runas mágicas. Por isso muitos leigos
se referem a ela como “Energia Rúnica”.
Entretanto, para que sua manifestação
seja devidamente compreendida é preciso que
antes sejam explicados alguns conceitos:
O que é Magia: Trata-se de uma energia capaz
de influenciar na existência, criando, destruindo
e alterando o estado de todas as coisas. Tal
energia se origina no cerne dos indivíduos, sua
alma, e é canalizada pela manifestação do
pensamento até as mais obscuras profundezas da
mente, de forma que só pode ser percebida e
liberada por aqueles que possuem o Sentido
Arcano, juntamente com o devido treinamento
referente ao seu uso.
O que é uma Runa Mágica: A runa mágica é
um símbolo que se manifesta nas profundezas
ocultas da mente do usuário de magia sempre
que ele canaliza a energia para produzir um
efeito mágico. Cada um dos infinitos efeitos
mágicos possíveis se manifesta através de uma
runa diferente, o que faz com que o número de
runas existente seja infinito. Ou seja, a runa
referente a uma magia que tem por finalidade
gerar uma chama de 3 metros a partir do chão
será diferente da runa de uma magia que tem por
fim criar uma chama de 2 metros a partir do
mesmo local, e assim por diante. Além disso, o
aspecto de uma runa também pode variar com
base em um aspecto pessoal, de forma que
diferentes praticantes de magia possam
manifestar uma runa diferente para produzir o
mesmo efeito.
As razões pelas quais a magia se
manifesta através de uma runa são a simplicidade
e a precisão de seus efeitos. Isso porque o efeito
mágico emana da vontade do indivíduo, portanto
ele deve se concentrar naquilo que deseja
produzir através da magia. Logo, se a sua
concentração se baseasse na mentalização de
palavras simples, isso não apenas consumiria
uma maior quantidade de tempo, como exigiria
também, dependendo do efeito, uma quantidade
enorme de palavras e explicações. O mesmo
ocorreria se o indivíduo baseasse sua
concentração na mentalização de imagens, pois
cada efeito exigiria a imaginação de imagens
complexas demais, que facilmente resultariam
em um efeito indesejado.
Dessa forma, a vontade que o indivíduo
]
84
imprime sobre a energia mágica para que ela
produza efeitos, assume o aspecto de uma
linguagem única, a runa mágica, na qual cada
ideia em particular, por menores que sejam as
diferenças entre si, se manifestará uma runa de
formato único, através da qual a energia mágica
será projetada. Um método mais rápido, preciso
e simples do que a mentalização de cenas
complexas ou textos longos, isto é, se esses
outros meios não fossem totalmente incapazes de
produzir efeitos mágicos.
O que são os Graus de Efeitos Mágicos: São os
parâmetros utilizados para medir o poder de um
efeito mágico, e dividem-se em simples, médios
e grandiosos.
Agora que esses conceitos básicos foram
explicados, torna-se mais fácil a visualização do
funcionamento da magia, que ocorre da seguinte
forma: O usuário (que deve possuir o Sentido
Arcano) se concentra, focando sua mente no
efeito que deseja produzir. Este ato irá canalizar
a energia mágica do indivíduo para o propósito
desejado, tal energia irá então se manifestar na
forma de uma runa mágica representando o
efeito escolhido. A runa, por sua vez,
permanecerá oculta na mente do indivíduo, em
uma região obscura e quase inacessível de seu
subconsciente. Para que possa visualizar a runa
ele deverá utilizar a perícia Conhecimento
Sobre Magia para vasculhar a própria mente até
o local onde a runa se encontra, enxergando sua
forma graças ao Sentido Arcano.
Uma vez que o usuário da magia
enxergue a runa em sua mente, ele deverá
exteriorizá-la, seja traçando o formato da runa no
ar com os dedos (ou caso não possa ou não
deseje utilizar as mãos, mentalizando o formato
da runa sendo traçado no ar), ou então gravando-
a em alguma superfície.
Dessa forma a energia mágica será
liberada através da runa, produzindo o efeito
desejado.
Utilizando a magia
O funcionamento teórico da magia já foi
devidamente explicado. Resta agora abordar os
detalhes de como funcionam as regras referentes
ao uso da magia.
 Para lançar uma magia, o personagem
deverá realizar um teste da perícia “Canalizar
Runa”. As dificuldades recomendadas para os
testes são as seguintes:
8 para efeitos simples;
12 para efeitos médios;
16 para efeitos grandiosos.
Porém, recomenda-se que o Mestre
avalie, de acordo com seus critérios, em qual
grau de complexidade cada efeito se encaixe,
assim como a dificuldade ideal para cada grau.
Caso o alvo do efeito mágico
seja um objeto inanimado e
magicamente desprotegido, ele
será automaticamente atingido
pelo efeito. O mesmo ocorrerá
se os alvos do efeito forem
personagens que
conscientemente aceitem
receber o efeito da magia.
Nos casos em que o
alvo for um adversário, ou
algum personagem que resista
ao efeito mágico, este deverá
realizar um teste (cuja dificuldade
é o valor obtido pelo usuário no
teste de “Canalizar Runa”) para
evitar sofrer o efeito da magia.
Se o efeito mágico se basear
no disparo de alguma espécie de
energia contra o alvo, ele deverá realizar um
teste de Reflexo para desviar da magia. Falhando
no teste, o alvo é atingido e o dano será
calculado normalmente, em face das proteções
que ele possui. A maioria das formas de energia
(ou efeitos que lancem objetos físicos contra o
alvo) terá seu dano calculado em face da
amadura do alvo, causando 2 pontos de dano
estrutural na armadura, independentemente do
dano causado ao adversário. Entretanto, quando
o ataque mágico se basear em fogo, eletricidade
ou ácido, a proteção da armadura será
reduzida ao valor que possui contra armas de
impacto, além de receber 4 pontos de dano
estrutural, independentemente do dano causado
ao adversário.
Em relação aos efeitos que atuem
diretamente sobre o alvo (como por exemplo,
magias que atuem sobre a mente, ou então que
drenem a vitalidade, entre outras), caberá ao
alvo, caso não seja um usuário de magia, realizar
]
85
um teste de Saúde, para resistir ao efeito. Se o
resultado do teste for igual ao valor da
dificuldade, o alvo da magia receberá metade do
dano, ou caso não haja dano referente à magia, o
efeito durará metade do tempo. Caso o resultado
do teste seja superior ao valor da dificuldade o
efeito da magia falha completamente, mas o
usuário da magia ainda sofre os efeitos do
desgaste mágico. E caso o teste falhe a magia
funciona normalmente.
Nos casos em que o alvo de uma magia
(seja qual for seu efeito) também for usuário de
magia, ele terá à sua disposição outros meios de
defesa, que será abordado mais adiante
no item “Combate Entre Usuários de
Magia”.
Perícias
mágicas
As perícias mágicas
são utilizadas para a quase
totalidade dos testes
envolvendo a prática, a
percepção e a compreensão da
magia.
O número de perícias conhecidos e
a quantidade de pontos disponíveis
para ser distribuídos entre elas no
momento da criação do personagem
será determinado pelo valor do atributo
Disciplina. Obviamente o número de perícias e
seus valores serão baixos no momento da
criação, mas poderão ser aumentados conforme o
personagem adquirir aprendizado.
Canalizar runa
E a perícia utilizada para a realização das
magias. Sempre que um personagem lançar uma
magia, deverá ser realizado um teste desta
perícia, cujo resultado deverá ser igual ou
superior à dificuldade relacionada ao grau do
efeito mágico desejado.
O uso desta perícia representa o processo
descrito anteriormente, no qual o personagem se
concentra no efeito mágico, e em seguida busca a
runa arcana em sua mente para então
exteriorizá-la, produzindo o efeito. E embora
esse procedimento pareça complexo, em termos
de jogo ele demora não mais do que uma rodada
(cerca de 30 segundos) para efeitos simples,
podendo se estender um pouco mais para a
produção de efeitos médios e grandiosos.
Ler runa
Permite que o personagem, ao se deparar
com uma runa diferente, consiga ler e
compreender seu significado, descobrindo assim
qual o efeito mágico que ela produz. Quanto
maior e mais complexo for o efeito mágico
simbolizado pela runa, maior será a dificuldade
da leitura. Obviamente, caso a runa seja familiar
ao personagem, não haverá a necessidade de um
teste de leitura para descobrir seu significado.
Sentir magia
Perícia voltada para a percepção de efeitos
mágicos em uma determinada área, criatura ou
objeto. Através de um teste bem sucedido, o
personagem poderá sentir a energia mágica (se
houver) emanando da área de atuação da magia.
Quanto mais forte for o efeito mágico em ação,
mais facilmente ele será sentido.
Contra mágica
Um usuário de magia pode usar suas magias
para combater um efeito mágico produzido por
outro indivíduo. A perícia será utilizada nos
testes em que o personagem resolver tomar esta
medida. Caso o teste seja bem sucedido, ele agiu
de forma rápida o suficiente para lançar sua
contra mágica, do contrário ele falha e a magia
adversária surtira efeito.
A contra mágica pode funcionar de duas
formas. A primeira serve para anular
completamente o efeito adversário, fazendo-o
desaparecer por completo. A segunda forma
consiste em lançar outra magia, que tem por fim
colidir com a magia adversária, fazendo com que
]
86
ela não atinja o alvo..
Sustentar efeito mágico
Algumas magias possuem efeitos que podem
ser mantidos. Para isso, o personagem deve
concentrar seu esforço mental e suas energias
mágicas para que o efeito perdure. Esta é a
perícia utilizada para os testes que envolvem a
sustentação de um efeito mágico, que deverão ser
realizados sempre no turno do personagem que
estiver sustentando o efeito, enquanto ele quiser
que o efeito persista. A cada vez que o teste for
realizado, sua dificuldade aumentará em 2
pontos, o que simboliza a fadiga causada no
personagem devido à contínua canalização de
energia.
Resistir à magia
Usuários de magia possuem um trunfo além
dos outros personagens, pois podem através
desta perícia resistir aos efeitos mágicos lançados
contra eles, além de poderem optar por resistir
aos efeitos mágicos da mesma forma que os
outros personagens. A dificuldade do teste de
resistência é igual ao valor obtido no teste de
“Canalizar Runa” do adversário.
Saúde mental
Os personagens possuem uma capacidade
limitada para o uso de magias. Quando eles
utilizam magias além dessas capacidades, ou
então que produzam efeitos muito complexos e
grandiosos, suas mentes ficam sujeitas aos
efeitos nocivos decorrentes do uso exagerado da
magia. Para ver o quanto a mente do personagem
consegue resistir, ele deverá realizar um teste
cada vez que utilizar uma magia além do limite
(com uma dificuldade de valor médio, que
aumenta em 5 pontos para cada nova magia
utilizada além do limite, mais 1 ponto para a
graduação de efeito da magia realizada). Nas
 Regra Opcional: Limitando o Uso de Magia

É possível impor uma maior limitação ao uso da magia, fazendo com que, além da
capacidade medida pelo sentido Arcano, os personagens ainda tenham um número
limitado de magias conhecidas, medidas pelo seu valor no atributo Disciplina.
Essa limitação opcional pode ocorrer de duas formas:

A primeira ocorre se as magias forem divididas por áreas, neste caso o valor de
Disciplina indicará o número de áreas de magia conhecidas, e o número de magia
conhecida em cada área. Por exemplo, um personagem com disciplina 3, conhecerá três
áreas de magia, e três magias dentro de cada uma dessas áreas.

A segunda hipótese aplica-se nos casos em que o Mestre optar por não dividir as magias
por área. Assim, para determinar o número de magias conhecidas neste caso, o valor de
Disciplina deverá ser multiplicado por ele mesmo, para determinar o número de magias
conhecidas. Logo um personagem com Disciplina 4 conheceria 16 magias (4
multiplicado por si mesmo = 16), de forma que não haveria desequilíbrio entre este
método e o método que utiliza a divisão de magias por áreas.

As magias conhecidas deverão ser escolhidas da lista apresentada neste capítulo, e

também entre as magias criadas pelo Mestre (ou pelos personagens se for o caso). O
personagem poderá utilizar suas magias conhecidas quantas vezes desejar até esgotar a
capacidade medida pelo Sentido Arcano.

Ou seja, o número de magias diárias seria global, embora suas magias estivessem
organizadas de acordo com suas respectivas áreas. Assim como a primeira opção, é um
método recomendado, pois não limita o acesso dos personagens somente algumas áreas
de magia e também permite uma melhor organização delas.

situações em que o personagem tentar realizar indicadas, embora nada impeça que o Mestre
um efeito mágico que seja considerado poderoso opte por utilizar esta perícia para as duas
demais, o mestre deve sentir-se livre para situações.
estipular a dificuldade com base no efeito.
Para mais informações sobre outras
situações em que esta perícia se aplica, consulte Divisão das magias e
o item: Efeitos Nocivos do Uso de Magia. capacidade mágica

Conhecimento(_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ )

A critério do Mestre as magias podem ou

Trata-se de conhecimentos práticos
relacionados à magia. Para conhecimentos
teóricos (como fatos históricos, nomenclaturas,
etc.) as perícias intelectuais são as mais
]
não ser classificadas por áreas de atuação.
Uma das opções de classificação é
dividir as magias de acordo com a área de efeito,
o que não teria nenhum efeito prático dentro do
jogo, porém ajudaria a dividir as magias de uma

87
forma mais organizada. Outra forma é não
utilizar divisão alguma, uma vez que muitos
efeitos semelhantes poderiam ser criados tanto
em uma área quanto em outra.
A chamada capacidade mágica normal
de um indivíduo é representada pela sua
pontuação no Sentido Arcano. Ou seja, sempre
que utilizar uma magia, o valor da graduação do
efeito da magia e questão será subtraído de seus
pontos no Sentido Arcano.
cobrarão a vida do usuário da magia como preço.
Para uma melhor organização, as magias
apresentadas neste item serão listadas de acordo
com as classificações de áreas de atuação.
Os Mestres que não optarem por
classificar as magias de acordo com as áreas de
atuação devem desconsiderar as áreas
mencionadas adiante.

Quando o valor dos pontos se esgotar,

sua capacidade normal (a tolerância de seu
corpo e mente) de utilizar magias terá
Magias sagradas: Magias que
acabado. Isso não o impedirá totalmente de
utilizar magias, porém trará consequências produzem efeitos de cura.
nocivas. A utilização de magias além da
capacidade e suas consequências serão
explicadas mais adiante. curar

Descrição do Efeito: Cura 1d6-1 (no mínimo1)

pontos de vitalidade do alvo.
Descrição Graduação do Efeito: Efeito Simples.

das magias Tempo Necessário: 1 turno.

Cura ampliada

Neste item serão apresentadas as descrições Descrição do Efeito: Cura 1d6+2 pontos de
vitalidade, de um único alvo. Também pode ser
de várias espécies de magias. Tenha em mente
utilizada para curar vários alvos. Neste caso o
que essas descrições simbolizam apenas uma
pequena parcela de todos os (praticamente resultado da cura será dividido (arredondado para
cima) entre o número de alvos.
infinitos) efeitos que podem vir a ser produzidos
através do uso da magia. Cabe ao Mestre,
portanto, fazer uso de sua criatividade para Graduação do Efeito: Efeito Médio.
elaborar os demais efeitos que podem ser
produzidos através da magia, lembrando que os Tempo Necessário: 1 turno.
efeitos devem ser elaborados com cautela uma
vez que efeitos muito fortes poderiam
desequilibrar o jogo com muita facilidade. Restaurar
Assim, o Mestre tem a palavra final sobre o
Descrição do Efeito: Cura todos os pontos de
funcionamento de um efeito, seu grau de
vitalidade de um alvo. Note-se, porém, que
classificação, o desgaste que ele causa, e até
mesmo a restauração de todos os pontos de
mesmo se tal efeito é possível de ser produzido
vitalidade não restaura membros decepados.
ou não.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Como argumento para a falha de efeitos
muito poderosos, pode-se alegar que estes podem
Tempo Necessário: 1 turno.
superar os limites de meros mortais, provando-se
incapazes de ser realizados, ou ainda que
alguém, com muito esforço e treino, consiga
realizá-los, seus resultados se manifestarão de
forma inesperada e catastrófica e geralmente
]

88
REGENERAR
Descrição do Efeito: Regenera um membro
decepado, fazendo com que seja reanexado ao
local, ou então que cresça de novo, dependendo
da situação. Trata-se de um efeito complexo,
desgastante e demorado.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
Tempo Necessário: 7 turnos.
Ressurreição
Descrição do Efeito: Traz um alvo de volta à
vida, canalizando seu espírito novamente em seu
corpo. Por motivos óbvios, o corpo do indivíduo
deve estar presente (ainda que lhe faltem
membros, ele deve possuir pelo menos tronco e
cabeça). Caso o espírito não deseje voltar à vida,
deverá realizar um teste para resistir ao efeito.
Trata-se de uma magia extremamente trabalhosa
e complexa, por isso, poucos são os que ousam
tentar realizar tal efeito, e quando o fazem
cobram um altíssimo preço. Além disso, a magia
possui um terrível efeito colateral: seu efeito
deve ficar ativo permanentemente para que o ser
ressuscitado continue vivendo, portanto, para que
a vida do usuário da magia não seja exaurida é
preciso que uma fonte de energia (muitas vezes
outro ser vivo) seja vinculada à existência do ser
revivido. Caso não morra de forma violenta, por
enfermidade ou de forma acidental, a vida do
alvo durará até que a fonte de energia se esgote,
ou então atinja o limite de sua vida física natural
(morrendo de velhice, na idade que deveria
morrer naturalmente) o que ocorrer primeiro.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
Tempo Necessário: 2 dias.
PURIFicar
Descrição do Efeito: Remove efeitos de doenças
ou venenos.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso para
doenças ou venenos letais; Efeito Médio para
doenças ou venenos médios; Efeito Simples para
doenças ou venenos fracos.
Tempo Necessário: 1 turno.
89
Magias Profanas: São aquelas
cujos efeitos causam a deterioração da vida,
seja propagando doenças, causando a
decadência de tecidos vivos, drenando
energias vitais, entre outros efeitos.
Envenenar
Descrição do Efeito: Envenena um ser vivo ou
faz com que um objeto (que pode também ser
alimento ou bebida) seja contaminado com o
veneno escolhido. Assim que o veneno agir
sobre uma vítima o efeito mágico terminará e o
objeto voltará ao seu estado normal.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso para
venenos letais; Efeito Médio para venenos
médios; Efeito Simples para venenos fracos.
Tempo Necessário: 1 turno
INFECTAR
Descrição do Efeito: Infecta um ser vivo ou faz
com que um objeto (que pode também ser
alimento ou bebida) seja contaminado com a
doença escolhida. Assim que a doença agir sobre
uma vítima o efeito mágico terminará e o objeto
voltará ao seu estado normal.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso para
doenças letais; Efeito Médio para doenças
médias; Efeito Simples para doenças fracas.
Tempo Necessário: 1 turno.
Roubar vida
Descrição do Efeito: Drena 2 pontos de
Vitalidade de um alvo que esteja a até 10 metros
de distância e possa ser visto. O efeito pode ser
mantido por mais turnos, nos quais mais 2 pontos
de Vitalidade serão drenados (a vítima poderá
realizar um novo teste para cada turno que a
magia for sustentada), porém a sustentação da
magia também terá os efeitos colaterais óbvios
sobre o usuário da magia.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
Tempo Necessário: 1 turno.
DRenar vitalidade
Descrição do Efeito: Semelhante ao efeito de
“Roubar Vida”, porém os pontos de vitalidade
drenados do alvo recuperam o mesmo valor de
pontos que o usuário da magia tenha perdido.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
Tempo Necessário: 1 turno (ou quantos o
usuário desejar sustentar).
CONTAMINAr
Descrição do Efeito: Apodrece todos os líquidos
e alimentos dentro de 3 metros cúbicos da área
em que o efeito for focado.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.
CRiar miasma
Descrição do Efeito: Cria uma atmosfera densa,
impregnada por uma neblina cinzenta, dentro de
uma área de 20 metros cúbicos. O usuário da
magia decide quem será ou não afetado pelo
miasma. As vítimas que permanecerem 5 turnos
dentro do campo deverá realizar um teste de
Saúde, com dificuldade média, ou se sentirão
nauseadas
] e receberão -3 de penalidade em todos
90
os testes. Caso as vítimas nauseadas permaneçam
mais 5 turnos dentro do miasma, deverão realizar
um novo teste de Saúde, de dificuldade média,
para evitar contrair uma doença fraca.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 4 turnos.
Visão cadavérica
Descrição do Efeito: Permite que o usuário da
magia enxergue pelos olhos de um cadáver que
ele tenha visto pessoalmente. O usuário deverá
manter-se concentrado, sem se mover, falar ou
fazer qualquer esforço mental, enquanto desejar
que a visão continue.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.
Controlar cadáver
Descrição do Efeito: Anima um cadáver, que
pode ser desde um corpo intacto até um
esqueleto. O usuário da magia terá total controle
sobre as ações do cadáver, manipulando-o com a
mente, como se fosse um boneco. O cadáver não
se movimenta por conta própria, nem possui
inteligência. Controlar o cadáver exige toda a
concentração do usuário, logo ele não poderá
realizar nenhuma outra ação. Assim que parar de
se concentrar a magia se encerra e o cadáver cai
inerte.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
Tempo Necessário: 2 turnos.
MAGIAS ELEMENTAIS: Realizam a
manipulação dos elementos para causar os
mais variados efeitos.
CRIAR ELEMENTO
Descrição do Efeito: Cria uma quantidade do
elemento escolhido referente a palma de sua
mão. O contato com o elemento não causa nem
um mal ao usuário da magia. Os elementos
criados podem ser arremessados contra um alvo.
No caso do fogo em particular, o dano será 1d6.
O efeito dessa magia pode ser mantido por
diversos turnos, gerando uma nova quantidade
do elemento a cada turno (e consequentemente
drenando a capacidade mágica do usuário). Caso
esse procedimento seja utilizado para lançar uma
quantidade maior de fogo sobre um alvo, utilize
as regras referentes a dano por queimadura
apresentadas no capítulo anterior.
Elementos criados através de magia tem
maior resistência a elementos normais, logo fogo
mágico levará 2 turnos para ser apagado por água
normal, enquanto que água mágica levará menos
tempo e necessitará de menos quantidade para
apagar fogo normal, e assim por diante.
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 1 turno (ou quantos o
usuário desejar sustentar).
Resistir aos elementos
Descrição do Efeito: Proporciona ao alvo da
magia uma resistência a um elemento em
particular. O valor da resistência é 2, que contará
como valor de armadura contra o elemento
escolhido. Assim o dano de um elemento que
cause, por exemplo, 3 pontos de dano, causará
apenas 1, devido ao valor da proteção que será
subtraído do valor do dano.
O efeito dura 2 turnos, e pode ser
sustentado ao critério do usuário.
]
91
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 1 turno (ou quantos o
usuário desejar sustentar).
PERCEBER ELEMENTO
Descrição do Efeito: Faz com que o usuário da
magia perceba se, em um perímetro de 10 metros
em todas as direções a partir de sua localização,
existe algum resquício do elemento procurado. O
elemento será encontrão, ainda que exista nas
menores proporções possíveis, ou que esteja em
ouras formas (gelo, por exemplo, seria
identificado como água em forma sólida).
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 1 turno.
ALTERAR ESTADO
Descrição do Efeito: Pode ser utilizada tanto
para alterar o estado físico de um elemento,
como para mesclar elementos ou alterar a forma
pela qual se manifesta. Assim, é possível
transformar água em gelo, vapor em água, ou
então produzir vapor, magma, poeira, ar quente,
ou mesmo fazer o ar se manifestar através de
bolhas na água ou fazer com que o fogo se
manifeste através de brasas, entre outros efeitos.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.
ELIMINAR ELEMENTO
Descrição do Efeito: Elimina a existência de um
determinado elemento em uma área de 3 metros
cúbicos. O fogo se apaga, deixando apenas uma
fumaça negra, a terra transforma-se em cinzas, a
água evapora e o ar perde suas propriedades,
parando de soprar e perdendo o oxigênio.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
Tempo Necessário: 2 turnos.
MAGIAS MENTAIS: Englobam desde
aquelas que permitem a canalização da força
mental do usuário para mover (e de forma
geral agir sobre) objetos, magias cujos efeitos
permitem a leitura de pensamentos alheios e o
controle mental de outros indivíduos e até
mesmo ilusões.
ILUSÃO MENTAL
Descrição do Efeito: Cria uma ilusão que afeta a
mente de um indivíduo. Todos os outros
indivíduos presentes não serão afetados pela
ilusão, uma vez que ela só se manifesta na
imaginação da vítima. Quanto mais complexa e
detalhada for a ilusão, maior será a graduação do
efeito da magia.
Graduação do Efeito: Efeito Simples para
ilusões com poucos detalhes e imóveis; Efeito
Médio para ilusões com movimentos mais
elaborados e mais detalhes; Efeito Grandioso
para ilusões com inúmeras imagens em
movimento e detalhes minuciosos.
Tempo Necessário: De 2 a 6 turnos,
dependendo da complexidade da ilusão.
ILUSÃO SENSORIAL
Descrição do Efeito: Semelhante à “Ilusão
Mental”, porém afeta os sentidos de todos os
presentes. A ilusão pode ser sentida de todas as
formas, embora não cause danos.
Graduação do Efeito: Efeito Simples para
ilusões com poucos detalhes e imóveis; Efeito
Médio para ilusões com movimentos mais
elaborados e mais detalhes; Efeito Grandioso
para ilusões com inúmeras imagens em
movimento e detalhes minuciosos.
Tempo Necessário: De 2 a 6 turnos,
dependendo da complexidade da ilusão.
TELEPATia
Descrição do Efeito: Permite a comunicação
mental entre o usuário da magia e outro
indivíduo.
Graduação do Efeito: Efeito Simples para
comunicação até 20 metros; Efeito Médio para
comunicação até 50 metros; Efeito Grandioso
para comunicação até 1 quilômetro.
Tempo Necessário: 2 turnos.
ESCUDO MENTAL
Descrição do Efeito: Protege a mente do usuário
ou de um alvo escolhido contra ataques mentais,
]
92
adicionando o valor de +3 na dificuldade de
magias mentais hostis.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.
INVADIR A MENTE
Descrição do Efeito: Invade a mente de um
indivíduo contra sua vontade, podendo dessa
forma comandá-lo, adicionar, alterar ou apagar
ideias ou compartilhar qualquer tipo de
informação mental.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
Tempo Necessário: 4 turnos.
PERTURBAR A MENTE
Descrição do Efeito: Implanta um sentimento de
medo ou loucura na mente do alvo. O efeito dura
um dia completo, desaparecendo completamente
no dia seguinte.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 3 turnos.
CONTROLAR OS SONHOS
Descrição do Efeito: Pode enviar sonhos a um
alvo enquanto ele dorme, ou então causar
alterações nos sonhos que ele esteja vivenciando.
Graduação do Efeito: Efeito Simples para
sonhos com poucos detalhes; Efeito Médio para
sonhos nítidos; Efeito Grandioso para sonhos
muito complexos.
Tempo Necessário: 5 turnos.
LEITURA DE PENSAMENTOS
Descrição do Efeito: Descobre os pensamentos
que se passam pela mente do alvo no momento
da realização da magia.
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 1 turno.
MOVER OBJETOS INVOCAR ALIADO

Descrição do Efeito: Move mentalmente um Descrição do Efeito: Invoca um indivíduo que

objeto dentro de um raio de 20 metros. possua um laço de amizade com o usuário da
magia. O aliado deverá concordar com a
Graduação do Efeito: Efeito Simples para invocação.
objetos que pesem até 10 quilos; Efeito Médio
para objetos que pesem até 30 quilos; Efeito Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Grandioso para objetos que pesem até 65 quilos.
Tempo Necessário: 2 turnos.
Tempo Necessário: 2 turnos.
INVOCAR PESSOA
MAGIAS DE inVOCAÇÃO: Tais
magias têm por fim invocar magicamente Descrição do Efeito: Invoca um ser humanoide
criaturas para servir seu invocador, inteligente, que deve concordar em ser invocado.
retornando ao local de origem ao fim da
magia (seres inteligentes podem optar Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
permanecer no local). Animais e outras
criaturas irracionais podem ser invocados sem Tempo Necessário: 2 turnos.
o direito de recusa. Seres inteligentes não
podem ser invocados a não ser que concordem
INVOCAR GRUPO
em atender ao chamado.

Descrição do Efeito: Invoca de 1 a 3 seres

INVOCAR PEQUENOS ANIMAIS humanoides inteligentes, que devem concordar
em ser invocados.
Descrição do Efeito: Invoca de 1 a 5 animais
pequenos, ou um enxame de insetos. Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.

Graduação do Efeito: Efeito Simples. Tempo Necessário: 3 turnos.

Tempo Necessário: 2 turnos. MAGIAS DE ORÁCULO: São

utilizadas para a obtenção de informações.
INVOCAR CRIATURAS
SELVAGENS
DETECTAR VENENO

Descrição do Efeito: Invoca de 1 a 3 animais

Descrição do Efeito: Faz com que o usuário de
selvagens de tamanho médio.
magia perceba se existe veneno ou alguma
substância venenosa em um raio de 10 metros.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 2 turnos.
Tempo Necessário: 1 turno.
INVOCAR GRANDE BESTA
PERCEBER MENTIRA
Descrição do Efeito: Invoca uma criatura Descrição do Efeito: Revela se uma informação
bestial. Se inteligente, a criatura poderá resistir a que acabou de ser revelada (ou que será revelada
invocação. logo após a utilização da magia) pelo alvo da
magia é verdadeira.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 4 turnos.
Tempo Necessário: 1 turno.

93
IDENTIFICAR ORDEM OU
CAOS
Descrição do Efeito: Identifica o quanto a
índole de uma pessoa pende para a ordem ou
para o caos. O usuário da magia apenas fica
sabendo para qual dos dois lados o alvo pende,
ou se possui ambos equilibrados.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.
ADIVINHAR MAGIA
Descrição do Efeito: Percebe qual o efeito da
magia que outro indivíduo está realizando, antes
mesmo do efeito se manifestar.
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 1 turno.
SINAL
Descrição do Efeito: Permite
que o usuário tenha uma
intuição dos resultados de
uma determinada ação. O
sinal se manifesta em sua
mente avisando-o se o
resultado da ação tem
maiores chances lhe
proporcionar bons
resultados ou não.
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 1 turno.
ESPELHO LÍQUIDO
Descrição do Efeito: Em um recipiente
contendo líquido, a imagem de um local distante
se manifesta, e pode ser espionado pelo usuário.
Esse efeito pode ser bloqueado por locais
magicamente protegidos, e indivíduos
espionados podem tentar resistir ao efeito da
magia, evitando que suas imagens se manifestem
no líquido. Caso o alvo falhe em resistir ao
efeito, ele não terá consciência de que alguém o
está observando.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
Tempo Necessário: 3 turnos.
]
94
ESPIONAGEM MENTAL
Descrição do Efeito: Observa uma pessoa ou
um local distante com a mente. Enquanto
observa o usuário deverá estar concentrado, e
não poderá realizar nenhuma ação. O indivíduo
ou local espionado deve ser conhecido pelo
usuário, e poderão resistir ao efeito/estar
protegido magicamente. Caso o alvo falhe em
resistir ao efeito ele não terá consciência de que
está sendo observado.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 2 turnos.
MAGIAS DO TEMPO: Influem na
percepção do tempo, e no fluxo do tempo.
IMPRESSÕES DO PASSADO
Descrição do Efeito: Enxerga
imagens translúcidas do que
aconteceu durante o passado
no local em que o usuário se
encontra.
Graduação do Efeito:
Efeito Médio para eventos
ocorrido até 2 anos no
passado; Efeito Grandioso
para eventos ocorridos de
2 a 500 anos no passado.
Tempo Necessário:
Depende do quanto for observado. Observar
eventos ocorridos há séculos atrás
pode levar meses de observação, e
consequentemente causará efeitos colaterais
decorrentes do extenso uso da magia.
ACELERAR
Descrição do Efeito: Faz com que os sentidos e
movimentos de um indivíduo sejam acelerados
alguns segundos em relação aos outros
indivíduos, o que concede um bônus de +2 em
Reflexo, e em todas as ações envolvendo
movimentos, ou então voltadas para observar
movimentos alheios.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.
DESACELERAR
Descrição do Efeito: Seu efeito é o inverso de
“Acelerar”. Diminui a velocidade de um alvo,
em relação aos demais indivíduos, aplicando-lhe
uma penalidade de -2 em Reflexo, e em todas as
ações envolvendo movimentos, ou então
voltadas para a observação de movimentos
alheios.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.
MAGIAS NATURAIS: São todas
aquelas que produzem efeitos relacionados
com a natureza. Seus efeitos incluem a
comunicação, a compreensão, o controle e a
manipulação de animais e plantas, até
percepções e manipulações climáticas.
VOZ DO VENTO
Descrição do Efeito: Permite ao
usuário ouvir sons distantes,
fazendo com que o vento traga
os sons até seus ouvidos.
Graduação do Efeito: Efeito
Simples.
Tempo Necessário: 2 turnos
ou mais, dependendo da
distância do som.
ESPIONAR PELOS
ANIMAIS
Descrição do Efeito: Permite que o usuário
enxergue através dos olhos de um animal. O
efeito dura pelo tempo que o usuário permanecer
concentrado, período no qual não poderá realizar
qualquer outra ação. O animal pode se afastar até
1 quilômetro.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.
CONVERSAR COM ANIMAIS
Descrição do Efeito: O usuário torna-se capaz
de se fazer compreender pelos animais, e
também de compreendê-los. Os animais possuem
]
95
instinto, logo não é possível conduzir uma
conversa, mas apenas entender o que sentem e o
que desejam, e fazer-se entender da mesma
forma.
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 1 turno.
GERMINAR
Descrição do Efeito: A partir de uma semente
ou qualquer pedaço de uma planta, faz com que a
planta germine e cresça em grande velocidade
(em 1 hora a planta estará na metade de seu
tamanho máximo). Além disso, permite que o
crescimento da planta ocorra em qualquer
ambiente ou solo.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 2 turnos para
fazer a planta brotar a 1 hora para
fazê-la adquirir o tamanho médio.
CONVERSAR COM
PLANTAS
Descrição do Efeito: Assim
como “Conversar com
Animais”, o efeito desta magia
permite que as plantas possam
ser compreendidas pelo
usuário, e que este possa
também fazer com que elas
compreendam suas sensações
e sentimentos.
Graduação do Efeito: Efeito
Simples.
Tempo Necessário: 1 turno.
COMANDAR ANIMAIS
Descrição do Efeito: Comanda um animal.
Animais extremamente agressivos podem resistir
ao efeito através de um teste de Instinto (atributo
dos animais que substitui o atributo Inteligência).
O efeito dura por 10 turnos.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 2 turnos.
COMANDAR PLANTAS
Descrição do Efeito: Comanda uma planta,
permitindo que ela mova galhos e outras partes
(permanecendo enraizada) para realizar o
comando. O efeito dura por 10 turnos.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 2 turnos.
RAIO
Descrição do Efeito: Libera um raio elétrico na
direção inimigo. Atingindo o alvo causa 1d6+1
pontos de dano.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.
CASCA DE ÁRVORE
Descrição do Efeito: Faz com que uma
resistente casca de madeira cubra uma superfície
por 10 turnos. Pode inclusive ser utilizada para
cobrir o corpo, agindo com uma armadura, ou
então para reforçar a superfície de uma
armadura. O bônus de proteção oferecido pela
casca de madeira é +2.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 3 turnos.
ALTERAR CLIMA
Descrição do Efeito: Altera o clima dentro de
um raio de 200 metros, para o clima escolhido
pelo usuário, pelo período de 2 horas.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
Tempo Necessário: 10 turnos.
MAGIAS DE ENCANTAMENTO:
Tais magias conferem um determinado efeito
ao seu alvo. Tal efeito pode oferecer uma
vantagem, uma desvantagem ou atuar de
forma neutra.
] mental é até mesmo possível que a experiência
96
AVISO
Descrição do Efeito: Marca um local ou objeto
com uma mensagem. As situações para que o
efeito da magia seja ativado é escolhida pelo
usuário ao realizar o encantamento (por exemplo,
quando alguém pelo local, ou se um determinado
indivíduo tocar o objeto, ou ainda mediante a
pronúncia de uma senha). A forma pela qual a
mensagem será transmitida (uma voz, uma
imagem mental, etc.) também será determinada
pelo usuário.
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 2 turnos.
RESPIRAR SEM AR
Descrição do Efeito: Permite que um indivíduo
consiga respirar em situações em que não haja
oxigênio, como por exemplo, sob a água, fora da
atmosfera, e outros locais.
A duração do efeito é de 2 horas, e pode
ser prolongado pelo mesmo período enquanto a
capacidade mágica do usuário suportar, o que
obviamente causará efeitos colaterais.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.
GRAVAR SENSAÇÃO
Descrição do Efeito: A magia atinge uma
determinada sensação no momento em que ela
está sendo sentida, ou então a memória que o
indivíduo tem dela (neste caso a sensação
gravada será mais fraca). As sensações gravadas
podem ser referentes a qualquer um dos sentidos,
ou então referentes a uma determinada emoção.
Após a sensação escolhida ser magicamente
gravada, o “dono” daquela sensação poderá
senti-la sempre que desejar, como se estivesse
passando pela mesma experiência novamente.
Por exemplo, um indivíduo que gravar um
determinado cheiro, poderá senti-lo quantas
vezes quiser, ou poderá então gravar um
sentimento agradável e senti-lo posteriormente, e
assim por diante. Se utilizada para gravar visões,
o personagem enxergará a cena gravada, como se
fosse real.
Com o uso de certas magias de efeito
seja compartilhada com outros indivíduos. pedir um teste de Intuição para que o jogador
possa pressentir uma presença invisível.
Esta magia necessita de um objeto físico
no qual a sensação em questão ficara gravada, Graduação do Efeito: Efeito Médio.
por meio de uma runa arcana.
Tempo Necessário: 1 turno.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
ALTERAR
Tempo Necessário: 1 turno.
Descrição do Efeito: Altera a aparência de uma
LEVITAR/VOAR criatura. É possível optar por alterar somente os
traços faciais, cor dos olhos e cabelos, ou então
causar alterações mais drásticas, como alterar o
Descrição do Efeito: Permite que uma criatura
tamanho, peso, formato do corpo, etc.
ou objeto levite. O alvo do efeito pode direcionar
As alterações duram por 1 hora.
sua vontade e alçar voo, controlando seus
movimentos no ar e se movimentando para a
Graduação do Efeito: Efeito Médio para
direção desejada. A altura máxima de voo se
alterações faciais; Efeito Grandioso para
limita até o momento em que o ar ficar tão
alterações do formato do corpo.
rarefeito e frio que o indivíduo não possa mais
respirar ou comece a congelar.
Tempo Necessário: 4 turnos.
Para levitação, a altura máxima é de 20
metros acima do solo. TRANCAR

O efeito dura por 2 horas, mas pode ser Descrição do Efeito: Sela magicamente uma
prolongado (com as consequências negativas) de fechadura, que não poderá ser aberta pelo uso da
acordo com a vontade do usuário. força empregada diretamente sobre si.

Graduação do Efeito: Efeito Médio. Graduação do Efeito: Efeito Simples.

Tempo Necessário: 1 turno. Tempo Necessário: 1 turno.

COMPREENDER LINGUAGEM DESTRANCAR

Descrição do Efeito: Permite que o alvo da
magia compreenda, fale e escreva qualquer
linguagem, por 2 horas.
Graduação do Efeito: Efeito Simples para
linguagens contemporâneas; Efeito Médio para
línguas perdidas ou mortas há séculos.
Tempo Necessário: 1 turno.
INVISIBILIDADE
Descrição do Efeito: Torna um objeto ou uma
criatura invisível por 30 minutos (a criatura pode
voltar a ser visível antes do término pela simples
manifestação da vontade).
Descrição do Efeito: Destranca uma fechadura
selada magicamente.
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 1 turno.
AGUÇAR SENTIDO
Descrição do Efeito: Torna um Sentido mais
aguçado, dando ao alvo um bônus de +2 no
Sentido escolhido por 15 minutos.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.

Esse efeito torna o alvo indetectável para

o Sentido Visão, porém, um ser invisível ainda
pode ser detectado por outros Sentidos, com
Olfato, Audição ou ainda caso o Mestre decida
]

97
SUPRIMIR SENTIDO
Descrição do Efeito: Faz com que um dos
Sentidos do alvo seja prejudicado, aplicando-lhe
uma penalidade de -2 pontos no Sentido
escolhido por 15 minutos.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 1 turno.
INSERIR PODER
Descrição do Efeito: Emprega energia mágica
em uma arma, que faz com que seu dano se torne
mais letal. O poder permanece na arma por 3
turnos, e durante esse tempo a arma não sofrerá
danos estruturais, a não ser que atinja outra arma
com o mesmo benefício ou então uma armadura
sob o efeito de “Proteger” (veja a magia
adiante).
Graduação do Efeito: Efeito Simples para
bônus de +1; Efeito Médio para bônus de +2;
Efeito Grandioso para bônus de +3.
Tempo Necessário: 2 turnos.
PROTEGER
Descrição do Efeito: Atribui proteção mágica a
um indivíduo ou a uma armadura. Caso a
proteção seja atribuída a uma armadura, ela se
tornará imune a danos estruturais causados por
armas normais (sem os efeitos de “Inserir
Poder”), e além do bônus de proteção sua
estrutura aumentará em 2 pontos. O efeito dessa
magia dura 3 turnos. Caso o efeito seja atribuído
a um indivíduo, ele será considerado como uma
armadura natural, no valor do bônus.
Graduação do Efeito: Efeito Simples para
bônus de +1 na proteção da armadura; Efeito
Médio para bônus de +2 na proteção da
armadura; Efeito Grandioso para bônus de +3 na
proteção da armadura.
Tempo Necessário: 2 turnos.
INCORPORAR
Descrição do Efeito: Trata-se de uma magia
diferenciada. Sua finalidade é fazer com que
certos encantamentos durem com certa
permanência sobre os objetos ou criaturas aos
]
98
quais são aplicados. Embora seu efeito em si seja
simples, existe um custo referente ao desgaste de
energia mágica pelo usuário para que o efeito
dure por um longo prazo ou talvez até
indefinidamente, uma vez que ele deve retirar a
energia mágica que o sustenta de algum lugar.
Para mais detalhes sobre o
funcionamento da Incorporação de Efeitos leia o
item “Criando Efeitos Permanentes” ao fim da
descrição das magias.
Graduação do Efeito: Efeito Simples. Note-se
que, embora o efeito seja simples, o custo para
mantê-lo é excessivo e desgastante, e poucos
teriam condições de sustentá-lo. Além disso,
aqueles capazes de fazê-lo só tomariam tal
atitude se realmente necessário, ou em face de
enormes pagamentos.
Tempo Necessário: 1 hora.
MAGIAS DE TRANSPORTE: São
voltadas para o transporte de objetos ou seres
vivos, de um local a outro. Também incluem a
criação de portais, que permitem a viagem de
um grande número de indivíduos entre locais
diversos.
TRANSPORTAR CRIATURA
Descrição do Efeito: Transporta uma criatura
para um local conhecido pelo usuário. Caso a
criatura não deseje ser transportada poderá tentar
resistir ao efeito.
Graduação do Efeito: Efeito Médio.
Tempo Necessário: 3 turnos.
TRANSPORTAR VÁRIAS
CRIATURAS
Descrição do Efeito: Idêntico a “Transportar
Criatura”, mas pode transportar até 3 criaturas
de uma vez, para o mesmo destino.
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.
Tempo Necessário: 4 turnos.
TRANSPORTAR OBJETO

Descrição do Efeito: Transporta um objeto para

um local conhecido.

Graduação do Efeito: Efeito Médio.

Receptáculos
Tempo Necessário: 2 turnos.
Outra opção de fonte de
sustentação de efeitos
TRAZER OBJETO
mágicos é a criação de
receptáculos, que podem
Descrição do Efeito: Transporta até o usuário consistir em pedras
um objeto que esteja em um local distante. O preciosas, ou outros
usuário deve ter ao menos uma vez na vida objetos, nos quais um
tocado o objeto. usuário de magia, no
decorrer do tempo,
insere um pouco de sua
Graduação do Efeito: Efeito Grandioso. capacidade mágica. No
dia em que a energia
Tempo Necessário: 6 turnos. mágica for inserida, o
personagem gastará o
PORTAL número de pontos de
sentido Arcano que for
armazenado, porém,
Descrição do Efeito: Cria um portal, uma esses pontos irão se
abertura no espaço, conectando dois locais acumular no receptáculo
distantes, permitindo a passagem de indivíduos ao longo do tempo, e
de um lugar ao outro instantaneamente. O portal poderá posteriormente
permanece aberto por 10 minutos, mas o efeito ser usados para a
pode ser mantido, o que custará ao usuário os sustentação de algum
efeitos nocivos decorrentes da prolongação de efeito.
efeitos mágicos.

Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.

Tempo Necessário: 7 turnos.

MAGIAS DE ESSÊNCIA: São os que protege o usuário ou um alvo escolhido

efeitos constituídos de energia mágica pura.
DISPARO DE ENERGIA
Descrição do Efeito: Dispara uma fagulha de
energia mágica contra um alvo. É possível ao
alvo desviar do disparo, porém, se atingido, a
energia ignorará sua armadura (salvo se possuir
proteções mágicas) e causara dano direto de 1d6-
3.
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 1 turno.
contra efeitos mágicos disparados contra ele. O
escudo permanece ativo por 10 turnos.
Graduação do Efeito: Efeito Simples.
Tempo Necessário: 1 turno.
DETURPAR RUNA
Descrição do Efeito: Transforma uma runa
inscrita na runa de outra magia, canalizando a
energia da runa de outro indivíduo para produzir
um efeito mágico à escolha do usuário, da
mesma graduação do efeito da runa alterada.

ESCUDO DE ENERGIA Graduação do Efeito: Efeito Grandioso.

Tempo Necessário: 2 turnos.

Descrição
] do Efeito: Cria um escudo de energia

99
ANULAR MAGIA
Descrição do Efeito: Acaba com um efeito
mágico a escolha do usuário.
Graduação do Efeito: Efeito Médio para anular
efeitos simples; Efeito Grandioso para anular
efeito médio; Efeito Grandioso para anular efeito
grandioso.
Tempo Necessário: 1 turno.
Jamais se esqueça de que as magias
apresentadas acima são apenas um pequeno
exemplo. O número de efeitos mágicos possíveis
é ilimitado, sendo possível tudo aquilo que a
imaginação permitir. Assim, cabe ao Mestre (e
aos Jogadores) a elaboração dos efeitos
desejados, sendo da competência do Mestre
atribuir as graduações de efeitos e tempos
necessários a cada magia criada, de acordo com
seu julgamento sobre a complexidade do efeito
que cada magia produz.
Criando efeitos
permanentes
E possível fazer com que efeitos mágicos
sejam atribuídos a objetos ou mesmo a certos
locais (mediante a gravação da runa
representando a magia em questão) por um
período prolongado ou até mesmo
permanentemente.
Para isso é utilizada a magia
“Incorporar” (ou outra magia desenvolvida
para realizar tal efeito), que será responsável por
“fixar” o efeito sobre o objeto, ou gravar a runa
sobre o local escolhido.
Sabe-se, porém que a magia é a
manifestação de uma energia que existe no cerne
do indivíduo, e para que um efeito mágico seja
mantido, ele precisará de energia, que será
drenada do usuário da magia, ou de alguma outra
fonte. O custo para manter um efeito equivale
à metade do valor consumido pela graduação
do efeito da magia, que será drenado do sentido
Arcano do personagem, enquanto o efeito durar.
Ou seja, o indivíduo que fornecer sua energia
mágica para sustentar um efeito terá o valor do
seu Sentido Arcano reduzido enquanto o efeito
persistir, o que obviamente diminuirá sua
] àquela do efeito incorporado.
100
capacidade mágica de forma considerável (senão
total).
Por isso, raros são os usuários de magia
que se arriscam a atribuir efeitos de longa
duração ou permanentes. E mesmo quando o
fazem geralmente optam por retirar a energia
mágica para a sustentação do efeito de outros
indivíduos (nem sempre voluntários), ou então
de outras fontes, que podem ser grandes reservas
naturais (uma vez que árvores solitárias e
pequenos animais acabariam morrendo), como
vulcões, cataratas, entre outras, ou mesmo de
espíritos dispostos a colaborar, e tudo aquilo que
o mestre permitir, sem se esquecer de que a
utilização de energia em excesso tem um efeito
desgastante.
Em relação a inscrição de runas
simbolizando magias, as consequências e seu
funcionamento se dá de forma que, se tocada ou
lida (dependendo da vontade de quem a criou), a
runa liberará a magia que representa.
Criação de Objetos
Místicos
Objetos Místicos (que vão desde objetos
comuns, ornamentados ou não, a armas ou
armaduras), são aqueles imbuídos de efeitos
mágicos permanentes.
A forma mais “simples” de criar um
desses objetos é aplicando a ele um efeito
mágico através da magia “Incorporar” (note-se
que nem todos os efeitos mágicos seriam
adequados para objetos), e depois vincular a
duração desse efeito a uma fonte de energia
natural, ou mediante uma vida (voluntária ou
não). Alguns objetos lendários podem ter como
sua origem o próprio sacrifício de seu criador.
O ritual para tal criação leva de várias
horas a dias, dependendo da graduação do efeito
mágico incorporado.
Outros meios de criação podem incluir
atos de divindades ou consequências de grandes
batalhas ou catástrofes mágicas.
Objetos Místicos não sofrem dano
estrutural, a não ser que o mesmo venha de outro
Objeto Místico, ou magia de graduação superior
DESGASTE POR EFEITO
A utilização das magias causa desgaste nos
usuários. Esse desgaste ocorre nos pontos que o
personagem possui no Sentido Arcano,
simbolizando a energia mágica que ele consegue
retirar de seu âmago se esvaindo. Quanto maior
for o efeito da magia utilizada, maior será o
desgaste que ela causará, de acordo com a tabela
a seguir:
Efeito da Magia Valor cobrado do Sentido Arcano
Simples 1 ponto
Médio 2 pontos
Grandioso 3 pontos
Ao sustentar um efeito mágico o valor do
efeito será cobrado novamente para cada turno
que o usuário o sustentar, até que pare ou seus
pontos no Sentido Arcano acabem.
Nos casos em que o usuário criar um
efeito permanente ou duradouro sobre um item
ou inscrevendo uma runa em algum local, o
custo para sustentar o efeito, como já foi dito,
será a metade do custo da graduação da magia,
arredondado para cima (sempre um número
inteiro). Tal valor estará indisponível ao uso pelo
personagem enquanto o efeito durar
(demonstrando a gravidade de criar um efeito
eterno). Note, porém, que a indisponibilidade dos
pontos de Sentido Arcano gastos com o uso de
magias só conta para fins de capacidade do uso
de magias, enquanto que, no que tange a
realização de testes do sentido arcano será
sempre utilizado o valor total de pontos nele
possuídos, independentemente de quantos
tenham sido gastos com a utilização de magias e
atribuição de efeitos permanentes a objetos e
locais.
A recuperação dos pontos gastos ocorre
ao prazo de 1 ponto recuperado automaticamente
por dia, com o adicional de 3 pontos caso o
personagem tenha 12 horas de descanso.
Por fim, por mais que o fato de todos os
efeitos mágicos encontrarem-se abertos ao uso
pelos personagens possa preocupar o Mestre, ele
deve levar em conta que para que um
personagem realize um efeito grandioso ele
deverá possuir uma boa quantidade de pontos no
Sentido Arcano, do contrário, por mais que
magias poderosas estejam ao seu alcance, sua
pontuação não permitirá que ele utilize nenhuma
]
101
dessas magias ou então lhe permitirão realizar
um único efeito grandioso antes de ter seu
potencial esgotado. Logo, não há necessidade de
manter nenhuma preocupação quanto a
personagens iniciantes desequilibrarem o jogo
utilizando efeitos grandiosos.
Efeitos nocivos do uso de
magia
O já mencionado desgaste mágico é uma
consequência natural do uso de magia, porém
não se trata de uma consequência nociva, desde
que seus limites não sejam ultrapassados de
forma exagerada. Entretanto, se o usuário passar
a utilizar mais energia mágica do que sua mente
e corpo conseguem canalizar naturalmente de
forma exagerada, algumas consequências
nocivas poderão ocorrer.
Como foi explicado na descrição da
perícia “Saúde Mental”, quando os personagens
esgotam sua capacidade mágica (utilizando todos
os pontos do sentido Arcano), e ainda assim
tentam utilizar magias, eles deverão realizar um
teste da respectiva perícia. É com base no
resultado desse teste que será determinado se o
personagem sofrerá alguma consequência
negativa por conta de seu exagero, e em caso
positivo, qual será essa consequência.
A seguir serão listados os possíveis
resultados do teste de Saúde Mental e suas
consequências, se houver:
Uma falha no teste de Saúde Mental: O
personagem falha em produzir o efeito, e como a
magia sequer se manifestou, ele não sofre
nenhum efeito negativo.
Mais de uma falha no teste de Saúde Mental:
Se após o personagem falhar em produzir o
efeito além de suas capacidades, e tentando
produzi-lo novamente, obter novas falhas, ele
receberá 2 pontos de dano em sua vitalidade,
uma vez que a cada falha suas energias vitais
estarão sendo drenadas em seus esforços
exagerados de utilizar magias além do seu limite.
Um sucesso no teste de Saúde Mental: Tendo
sido bem sucedido no teste o personagem
consegue realizar o efeito, porém deverá realizar
outro teste de Saúde Mental (dificuldade
média), para evitar adquirir um Vício Arcano
(veja descrição adiante).
Três sucessos no teste de Saúde Mental: Se por
três vezes no mesmo dia o personagem conseguir
utilizar magias além de suas capacidades, ele
correrá o risco de desequilibrar permanentemente
suas energias mágicas. Ele deverá realizar um
teste de Saúde Mental (dificuldade média ou
maior) para evitar contrair a Corrosão Arcana
(veja descrição adiante).
Vício arcano
Devido ao uso exagerado de magia o
personagem chega muito perto de desequilibrar
suas energias mágicas, ficando viciado no uso de
magia. Sempre que se deparar com uma situação
mundana, que possa ser realizada com o uso de
magia, como por exemplo, escrever uma carta,
pegar um objeto a alguns metros de distância,
entre outras, o personagem deverá realizar um
teste de Saúde Mental para resistir a realizar a
simples tarefa pelo uso de magia.
]
102
Corrosão arcana
Trata-se de uma doença mágica que pode vir
a afetar indivíduos que por inúmeras vezes
seguidas utilizem magias além de suas
capacidades. Seus efeitos consistem em
manifestações de magia incontrolável
irrompendo involuntariamente do indivíduo (o
efeito causado será decidido pelo Mestre), que
podem ocorrer duas vezes por dia. Isso significa
que o personagem que for vitimado por essa
doença deverá realizar dois testes de Saúde
Mental, de dificuldade média ou maior ao dia
(nos momentos determinados pelo Mestre) para
evitar manifestar os sintomas.
Caso o personagem não disponha de
capacidade mágica no momento em que os
efeitos incontroláveis se manifestarem, eles ainda
assim ocorrerão e o personagem receberá 2
pontos de dano em sua Vitalidade, simbolizando
a deterioração de seu corpo físico devido à
grande quantidade de energia consumida para a
manifestação da magia.
Curando Vício Arcano e teste de Reflexo para decidir quem será o
Corrosão Arcana primeiro a realizar o ataque. Tal teste não tem
sentido em um combate que só envolva magia,
portanto o mais indicado é que seja realizado um

Fica a critério do Mestre se existe ou não um

meio de curar essas condições, e qual seria ele. O
tema poderia render várias aventuras ou mesmo
uma campanha completa.
EFEITOS
teste de Canalizar Runa, para que seja
determinado qual personagem começou a
concentrar-se primeiro para realizar um efeito
contra o oponente. Ainda assim, deve ser levado
em conta que, por mais rápido que um
personagem seja para começar se concentrar, a
complexidade e o tempo necessário da magia de
cada um é que realmente determinará de quem
partirá o primeiro ataque.

MÁGICOS E Demais considerações

TEMPO
Ao observar as magias contidas como
exemplo neste capítulo, pode-se notar que cada
magia possui um tempo de execução. Embora
não exista uma regra específica para determinar
o tempo necessário de cada magia, utiliza-se o
pressuposto de que, quanto maior a graduação do
efeito, e mais importante, quanto mais complexo
ele for, mais tempo será necessário para realizar
a magia (levando também em conta que sua runa
assumirá uma forma mais complexa do que a de
uma magia de efeito mais simples).
Quando se fala de Resistência à Magia, no
caso de uma resistência bem sucedida, quando o
efeito mágico for voltado para ataques de
energia/elementos, que visem causar dano ao
alvo, este receberá apenas metade do dano (caso
falhe em um teste de Reflexo ou deixe de
realizá-lo).
Efeitos que mirem a mente ou que
causem outras consequências que não resultem
em dano por impacto de magia são resistidos e,
portanto, falham.

Recomenda-se, portanto, ao Mestre que Em relação à Regra Opcional de

utilize esse critério ao calcular o tempo Divisão de Magias por Áreas, a subtração da
necessário para cada magia que ele ou seus capacidade do Sentido Arcano ocorre apenas
Jogadores criarem. para o cálculo de magias utilizáveis e não afeta o
valor do Sentido para demais usos.

Combate
mágico
E possível que dois (ou mais) personagens
se enfrentem somente mediante o uso de magias.
Uma situação desse tipo se baseia nas
informações contidas na descrição das perícias
mágicas. Os adversários podem escolher
esquivar os efeitos mágicos (quando esses
consistirem no disparo de alguma forma de
energia), ou então (na maioria das vezes) tentar
neutralizar a magia inimiga para evitar que o
efeito o atinja.

Em um combate normal, é realizado um

]

103
]

104
]

105
As informações descritas nos capítulos
anteriores são suficientes para a criação de
personagens e para o conhecimento de toda a
mecânica do sistema, porém, o trabalho do
mestre não se resume ao conhecimento e uso das
regras. Muito pelo contrário, seu principal
trabalho envolve a criação de histórias que
entretenham e cativem os Jogadores.
Este capítulo tem por objetivo oferecer
dicas ao mestre sobre a criação de histórias,
métodos de narrativa, interpretação de
personagens, e todos os demais elementos
importantes para que os jogos transcorram de
maneira cativante e divertida para todos os
envolvidos.
Estruturando
e conectando
histórias
E fundamental decidir como transcorrerão as
histórias em seu jogo, e como (ou se) essas
histórias serão interligadas entre si. Para que essa
tarefa possa ser realizada de forma fácil e
organizada, serão apresentados adiante os
conceitos referentes à criação de histórias dentro
do RPG, suas divisões, os elementos que as
compõe e dicas de como criá-las de forma
atrativa.
Aventura
Aventura é o termo mais utilizado para se
referir à história que se passa durante um jogo de
RPG. Dessa forma, pode-se conceituar uma
aventura como sendo uma história na qual os
personagens participam e enfrentam situações
dramáticas e desafiadoras
. ligadas entre si, dentro de uma mesma
Uma aventura pode estar interligada a
outras aventuras, ou seja, fazer parte de uma
sequência de histórias vividas pelos mesmos
personagens, ou então pode ser uma história
única, cujo começo meio e fim ocorre durante
]
106
um único jogo, neste caso sendo popularmente
conhecida como aventura “one-shot”, devido ao
fato da história se resumir a uma única sessão de
jogo.
cena
Uma cena é um determinado momento de
uma aventura. Pode-se dizer que uma aventura é
composta de várias cenas interligadas, cada uma
simbolizando uma determinada situação dentro
da aventura. Por exemplo, os personagens se
encontram em um teatro lotado, assistindo a uma
peça, quando o lustre despenca. Dentro da
aventura esse evento simbolizaria uma cena. Em
seguida, quando os personagens conversam com
o dono do teatro para tentar descobrir o que
poderia ter causado a queda do lustre, trata-se de
uma nova cena, pois um evento diferente está
ocorrendo.
Mas, no fim, a divisão das cenas
funciona mais como um método de organização
para o Mestre fazendo com que ele tenha em
mente os diversos acontecimentos dentro da
aventura, do que uma separação clara entre os
diversos momentos que a compõe. Por isso, no
transcorrer da aventura muitas vezes não se
percebe a transição de uma cena para outra
(especialmente entre os jogadores), podendo
haver a sensação de um segmento único
englobando toda a história. Entretanto essa
percepção das cenas tende a variar de acordo
com o ritmo de narrativa e com os eventos que
ocorrem na aventura em questão.
Campanha
Muitas vezes também chamada de crônica,
saga, ou qualquer outro nome que o Mestre achar
apropriado (uma vez que trata-se apenas de uma
nomenclatura descritiva), trata-se de uma grande
história sequencial, composta de várias aventuras
ambientação e vivida pelos mesmos
personagens.
Uma forma simples de entender o
funcionamento de uma campanha é enxergá-la
como uma novela, ou um seriado de televisão.
Onde cada aventura representa um capítulo da
história (nesse caso, da campanha), e onde os
personagens avançam suas histórias, presenciam
as consequências de seus atos, ao passo em que a
história do mundo e de seus habitantes também
progride.
Uma campanha pode se estender pelo
tempo que o Mestre desejar, sendo possível
conduzi-la por vários anos de tempo real (e
muito mais do que isso no tempo dentro do
jogo), neste caso, geralmente englobando uma
enorme quantidade de aventuras. Ou então se
estendendo por pouco tempo, e sendo composta
por um número pré-determinado de aventuras.
A duração que a campanha tiver em
tempo real nem sempre será equivalente a
passagem de tempo dentro do jogo. Isso
dependerá da forma com que o Mestre conduzir a
passagem de tempo dentro do jogo, e também da
frequência de jogos. É perfeitamente possível
que em uma campanha que dure dois anos de
tempo real, apenas um mês tenha transcorrido em
tempo de jogo, caso os jogadores e o Mestre
sigam a frequência de um jogo a cada dois
meses, por exemplo, e as aventuras tenham
durado um único dia em tempo de jogo, sem
qualquer espaço de tempo entre si.
Também é possível o oposto. Uma
campanha que possua apenas um mês de tempo
real pode ter avançado vários anos em tempo de
jogo, caso o Mestre decida avançar uma grande
quantidade de tempo entre uma aventura e outra,
ou caso cada aventura englobe mais de um dia de
tempo de jogo.
Essa explicação serve para demonstrar
que a passagem do tempo e a quantidade de
aventuras na campanha são detalhes livres, para
que o Mestre trabalhe sobre eles de acordo com
seus gostos e necessidades.
Finalizando a campanha
No RPG não existe uma regra que determine
quando uma campanha deve acabar, ou mesmo
uma determinando que uma campanha deva
sequer acabar. Assim, o Mestre pode decidir
manter uma campanha indefinidamente, ou pode
]
107
preferir por dar um desfecho à grande história
encerrando a campanha em determinado
momento. Seja qual for a decisão do Mestre, ele
deve estar atento ás expectativas de seus
Jogadores, afinal, é essencial que todos os
envolvidos tenham grandes e divertidos
momentos com o jogo.
Para alguns Jogadores pode ser
entediante jogar por anos e anos com o mesmo
personagem, sem que seus objetivos jamais
finais sejam alcançados, e as tramas e mistérios
da campanha resolvidos, neste caso, não seria
uma boa ideia, nem daria certo, prolongar a
história além do desejo dos jogadores de
continuar com o jogo. Há aqueles, porém, que
preferem continuar jogando indefinidamente com
seus personagens, seja por apego, ou pelos mais
diversos motivos.
E por fim, há a visão do Mestre em
relação à campanha. Se para ele estiver tudo bem
em continuar mestrando a mesma campanha,
sem um desfecho planejado, para suprir o desejo
dos Jogadores em continuar com seus
personagens, então não haverá problema algum.
Entretanto, é possível que o Mestre possa ter
planejado algum grande final para sua campanha,
e não seria justo que ele fosse obrigado a
continuá-la além de sua vontade apenas para que
os Jogadores mantenham seus personagens. Uma
solução para essa questão seria o Mestre terminar
a atual campanha e iniciar uma nova campanha,
que tenha laços com a anterior, permitindo que
os Jogadores continuem com seus antigos
personagens, ou mesmo que joguem com os
filhos deles.
Definindo o estilo da
campanha
A abordagem da campanha pode ser
qualquer uma que Mestre desejar. Ele pode ter
preferência por uma campanha séria, densa e
brutal, ou então por uma campanha cujo tema
seja o horror, com grandes doses de mistério e
muita investigação. Ou ainda uma campanha
com doses de humor, mais descontraída, ou
qualquer outra forma de abordagem de seu
interesse.
Da mesma forma, a ambientação da
campanha é ilimitada. Como foi dito na
introdução deste livro, a história pode se passar
em qualquer cenário imaginável, em qualquer
época. Ela pode ser ambientada na idade média,
na era mitológica, em uma cultura oriental, ou
em diversas outras, seja em nosso mundo, ou em
um mundo fantástico criado pelo Mestre. Mas
não pense que as opções de campanha se
restringem apenas à fantasia medieval, pois
embora este livro aborde exclusivamente os
elementos voltados para tal ambientação, com
um pouco de trabalho, especialmente no que
tange a criação das regras para armas modernas,
é possível conduzir uma campanha em qualquer
época, até mesmo com uma temática futurista e
altamente tecnológica.
Descrevendo
uma cena
A melhor maneira de fazer com que os
Jogadores capturem o clima do jogo e sintam-se
dentro dos eventos do jogo, como se estivessem
realmente na pele de seus personagens, é
proporcionar uma boa descrição da cena.
Algumas dicas de como descrever uma
]
uma cena de maneira cativante são:
- Descreva os locais em detalhes;
- Transmita a atmosfera do local através da
narrativa, descrevendo tudo que os personagens
podem sentir no local, como os cheiros,
sensações, temperatura e sons;
- Represente alguns dos sons, e trabalhe o
volume da voz de acordo com a natureza da
cena. Por exemplo, mantenha a voz baixa e
misteriosa ao narrar uma cena de suspense,
levantando a voz repentinamente quando algo
quebrar o silêncio. Em cenas rápidas e
desesperadoras, uma boa forma de transmitir o
desespero da situação aos jogadores é narrar os
eventos de forma rápida, impulsionando-os a
agir rapidamente, sob a pressão dos eventos;
- Por vezes, trilhas sonoras ajudam a passar o
clima de uma cena.
Com o uso das dicas de narrativa
descritas acima, o Mestre terá mais facilidade
para fazer com que os Jogadores sintam-se na
pele dos personagens, como se estivessem
realmente vivenciando os eventos.
Para ilustrar a situação, observe as duas
cenas descritas a seguir:
Descrição 1: “Vocês adentram a sala.”
Descrição 2: “Vocês sobem três degraus de
pedra e abrem a porta de madeira podre.
Adiante, encontra-se uma sala escura, de
tamanho médio. O chão de assoalho podre range
a cada passo, levantando uma densa poeira que
aumenta ainda mais o cheiro de mofo do local.
Sob a fraca iluminação, vocês podem ver o que
parecem ser dois móveis encostados na parede a
direita cobertos por panos brancos empoeirados,
e fora isso, a sala parece estar vazia.”
A primeira descrição não captura tanto a
atenção quanto a segunda e sequer transmite a
sensação adequada do local. Enquanto que a
segunda descrição é capaz de fazer com que os
Jogadores imaginem seus personagens em uma
sala decadente e abandonada, sentindo-se
envolvidos pelo ar de decadência e mistério que
paira sobre o local.
Não se esqueça, entretanto, de que a
descrição em exagero pode tornar o jogo
entediante aos Jogadores e atrasar o andamento
do jogo. Ela deve ser utilizada em cenas
relevantes à história e à interação dos
personagens, mas não em momentos vagos, que
não possuam importância alguma para o
desenvolvimento da aventura.
Não existe a necessidade, por exemplo,
de descrever detalhadamente cada metro
percorrido durante uma viajem.
Descreva apenas os acontecimentos
importantes no decorrer da jornada, e ignore o
resto, informando aos jogadores que eles
passaram determinado tempo viajando, e siga
para o próximo evento relevando da aventura.
Não se esqueça também de dar um espaço de
tempo durante viagens, cenas e diversos
momentos em que nada urgente esteja
acontecendo, para que os personagens possam
manter diálogos entre si. É sempre bom encorajar
esses diálogos, de forma que os Jogadores
tenham a oportunidade de trabalhar a
mentalidade de cada personagem e também para
trocar informações.
]
109
Representando
personagens
A descrição da aparência dos personagens do
Mestre e sua representação possuem tanta
importância quanto a descrição dos detalhes de
uma cena.
Ao introduzir um personagem, dê sua
descrição, descreva a cor de seu cabelo, de sua
pele, o modo como está vestido, e outros
aspectos que os personagens possam notar no
momento. Uma técnica interessante é não
descrever os personagens indicando suas raças, e
sim suas características físicas, e deixe os
personagens com suas suposições sobre a
natureza do indivíduo. Por exemplo, ao invés de
dizer “Vocês avistam um minotauro”, diga
“Vocês avistam uma criatura alta, cuja cabeça
se assemelha a de um touro com dois grandes
chifres negros. Uma pelagem marrom e espessa
cobre tanto seu torso, que se assemelha ao de
um homem, como suas pernas de aspecto
bovino, terminadas em cascos”. Essa técnica
ajuda os jogadores a deixar de lado os
estereótipos, e também é útil quando o Mestre
pretender introduzir algum personagem com
características únicas, pois surpreenderá os
jogadores que acreditarem que conhecem tudo
sobre o indivíduo pelo simples fato de
acreditarem que ele pertença a uma determinada
espécie.
Não deixe de utilizar também a descrição
dos personagens quando for introduzir um novo
personagem Jogador ao restante do grupo, ou
então peça que o Jogador do personagem o
descreva aos outros jogadores.
E por fim, em relação à representação
dos personagens, trabalhe com a questão da voz,
dos trejeitos e da forma com que o personagem
se comporta. Mude a voz para imitar sua fala
quando ele for conversar com os personagens,
descreva seus tiques (um determinado
personagem poderia ter a mania de girar uma
moeda entre os dedos quando fica agitado) e
represente cada personagem de um modo
diferente. Desta forma você criará personagens
únicos e inesquecíveis, que fornecerão uma
ótima contribuição para a campanha.
Lidando com o Embora não seja raro que um jogador
inesperado estabeleça que o objetivo de seu personagem se
resuma a obtenção de riquezas, não se
recomenda que este seja foco da campanha em

Muitas vezes os Jogadores podem se desviar

do caminho planejado pelo Mestre durante a
aventura.
Ao invés de simplesmente empurrar o
grupo no caminho desejado, o Mestre deve estar
disposto e preparado para improvisar os eventos
do caminho escolhido pelos Jogadores. Isso lhes
passará a sensação de liberdade, mostrando que
as atitudes dos seus personagens realmente
possuem efeito no mundo em que vivem.
É claro que, ao se desviarem do
caminho, mais tarde terão de lidar com as
consequências de suas escolhas (e omissões). E
isso faz com que o mundo pareça vivo.
Se os Jogadores deixaram de impedir um
tirano, mais tarde descobrirão que ele conquistou
seus objetivos, e que o mundo se tornou um
lugar mais sombrio, tanto para aqueles que eles
deixaram de auxiliar, quanto para eles próprios.
Uma técnica que pode auxiliar o Mestre
nessa questão é, ao invés de planejar cada passo
da aventura, simplesmente planeje as intenções
dos PNJs (antagonistas ou não), e faça com que
elas aconteçam no plano de fundo caso os
personagens decidam se desviar do caminho.
si, uma vez ele não seria o suficiente para unir o
grupo em um objetivo comum relevante e
também tornaria as aventuras demasiadamente
limitadas, além do que, há uma vastidão de
assuntos interessantes nos quais a história pode
se basear.
Os meios pelos quais os personagens
podem obter riquezas incluem: pagamentos
recebidos por trabalhos realizados durante as
aventuras, roubos de fortunas dos inimigos,
venda de objetos adquiridos durante o decorrer
da campanha, trabalho honesto em tempos livres,
entre outros.
Tenha em mente, porém, que o dinheiro
não se resume a moedas de metais preciosos.
Dependendo da ambientação escolhida pelo
Mestre, é possível que existam outras formas de
obtenção de mercadorias e serviços. Algumas
delas incluem:
- Escambo, ou seja, a troca de mercadorias
por outras mercadorias ou por serviços;
- Produtos raros ou alimentos;
- Pedras preciosas ou barras de metais
preciosos;

Lembre-se que o improviso depende de - Moedas (geralmente fundidas por alguma

uma rica criação do mundo e conhecimento dos nação ou império) feitas de metais preciosos
elementos do cenário por parte do Mestre. (ouro ou prata);

Dinheiro e
custos

Assim como em nosso mundo, no jogo o

dinheiro também representa uma necessidade,
pois independentemente de qual for o tema da
campanha, os personagens terão despesas com
serviços e equipamentos, sem contar os gastos
decorrentes das necessidades básicas como
alimentação, impostos, etc.

110
- A mistura de duas ou mais espécies descritas
acima.

A escolha do funcionamento do
comércio (assim como as tabelas de preços) e da
forma de moeda (no sentido amplo) utilizada Utilizando Moedas
caberá ao Mestre. de Prata
Por ser um metal
Dinheiro e equipamento mais comum que o
ouro, muitas culturas
inicial
podem optar por
utilizar
exclusivamente a

Os personagens, no momento de sua criação

prata como moeda.
O valor de uma
recebem uma pequena quantia de dinheiro (o moeda de prata é
valor recomendado é de 200 moedas de ouro), metade de uma
que poderá ser utilizada para a compra de seu moeda de ouro,
equipamento inicial. portanto, para
converter a tabela de
Também é possível que além do dinheiro preços para valores
os personagens possam possuir um ou dois itens em moedas de prata,
comuns (geralmente uma arma e algum item basta duplicar o
comum). Há também a opção de diminuir o valor valor dos itens.
do dinheiro inicial, caso o personagem já comece
com algum item, ou então fazer com que o
Jogador apresente uma justificativa plausível
para que seu personagem possua o item em
questão, que deverá ser um item comum, sem
nenhum tipo de encantamento.

111
 A tabela de equipamentos a seguir apresenta os valores em moedas de ouro, portanto,
caso o Mestre decida utilizar outro sistema de valores, basta substituir pela
quantidade equivalente da moeda utilizada, ou alterar os valores da forma como
preferir (aumentando relativamente o dinheiro inicial dos personagens).

Item/Quantidade Valor
Cavalo 50 moedas de ouro
Roupas 02 moedas de ouro
Roupas Finas 05 a 10 moedas de ouro
Comida 01 moeda de ouro
Tochas (05 unidades) 01 moeda de ouro
Corda (30 metros) 01 moeda de ouro
Livro em Branco 01 moeda de ouro
Adaga 05 moedas de ouro
Facão 07 moedas de ouro
Espada Curta 15 moedas de ouro
Espada Longa 50 moedas de ouro
Montante Cerca 100 m. de ouro
Claymore Cerca 100 m. de ouro
Maça 45 moedas de ouro
Mangual 50 moedas de ouro
Martelo de Batalha 45 moedas de ouro
Machado de Batalha 60 moedas de ouro
Machado de Arremesso 10 moedas de ouro
Alabarda 80 moedas de ouro
Lança 05 moedas de ouro
Foice 04 moedas de ouro
Tridente 10 moedas de ouro

Bastão 02 moedas de ouro

112
 Item/Quantidade Valor
Arco Longo 05 moedas de ouro
Arco Composto 07 moedas de ouro
Besta 20 moedas de ouro
Balista Cerca 1000 m. ouro
Funda 01 moeda de ouro
Pistola Cerca 500 m. ouro
Gibão de Pele (armadura) 10 moedas de ouro
Corselete de Couro (armadura) 30 moedas de ouro
Cota de Malha (armadura) Cerca 70 m. ouro
Cota de Placas (armadura) Cerca 65 m. ouro
Armadura de Placas (armadura) Cerca 1000 m. ouro
Broquel 13 moedas de ouro
Escudo Oval 30 moedas de ouro
Escudo Médio 40 moedas de ouro
Escudo Torre Cerca 100 m. ouro
Flechas (20 unidades) 05 moedas de ouro
Setas de Besta (20 unidades) 20 moedas de ouro
Flechas para Balista (05 unidades) 80 moedas de outo
Pólvora e Munição para Pistola (10 unidades) 100 moedas de ouro

113
]

114
]

115
Neste capítulo serão apresentadas algumas
criaturas que podem representar perigos e
desafios aos personagens. Não espere, porém,
encontrar uma enorme lista de aberrações
monstruosas, pois o sistema IMAGINÆRY não
é voltado a combates infindáveis contra
monstros, mas sim à interação entre as raças
inteligentes que habitam o mundo. Mas ainda
que as criaturas abordadas aqui pareçam seres
simples, tenha em mente que elas podem
representar uma ameaça caso os personagens
cruzem seu caminho.
Não se esqueça que lista de criaturas
apresentada adiante é meramente
exemplificativa, descrevendo um número
limitado de espécies, portanto, sinta-se à vontade
para expandi-la, caso seja necessário.
Termos descritivos
A descrição de algumas criaturas contém
alguns termos específicos, são eles:
Instinto: Atributo que substitui o atributo
Inteligência nas criaturas irracionais.
Especialidades: Criaturas irracionais não
aprendem perícias, porém seu instinto as torna
especialistas em certas formas de auto defesa e
ataques, utilizados para garantir sua
sobrevivência. Em outras palavras, as
Especialidades substituem as perícias nas
criaturas irracionais.
Aparência: O valor da aparência nas criaturas
não deve ser interpretado no sentido da atração
física, mas sim no sentido de que uma criatura
com boa aparência aparenta ser mansa, amigável
e inofensiva, o que nem sempre é verdade.
Alternativamente também serve para indicar que
a criatura possui uma presença imponente e
majestosa.
Aprendizado: Nas criaturas irracionais,
demonstra a capacidade de adestramento (como
por exemplo, comandos simples, etc.), assim
como sua capacidade de aprender certas ações e
compreender o funcionamento de determinadas
características de seu meio ambiente. Por
exemplo, descobrir que forçando uma maçaneta
para baixo fará uma porta se abrir.
Já em relação às criaturas racionais
]
116
(como os dragões), o Aprendizado funciona da
mesma forma que com os personagens.
Ao lidar com danos em criaturas cujas
formas não sejam humanoides, ignore a rolagem
para determinar a parte do corpo atingida
.
No caso de criaturas que tenham os
membros identificáveis, como quadrúpedes, por
exemplo, substitua braços e pernas pelas patas
traseiras e dianteiras.
E finalmente, devido a sua natureza,
algumas criaturas não possuem certos atributos.
Lobo feroz
Força: 4 Reflexo: 3 Instinto: 5
Psique: 2 Mediunidade: 1Saúde: 2
Aparência: 3 Carisma: 3 Aprendizado: 3
Caos/Ordem: 2/2
Vitalidade: 6 Armadura Natural: 1/0 (contra
armas de immpacto).
Visão: 4 Audição: 3 Tato: 2
Olfato: 4 Paladar: 3 Intuição: 1
Etéreo: 1
Especialidades: Atacar com Ataques Naturais
(Presas ou Garras): 4; Enxergar Espíritos: 1;
Esconder-se: 3; Farejar presa: 3.
Dano: 1d6-4 garras/1d6-3 presas.
Aparência
Lobos Ferozes fazem com que os lobos
comuns pareçam pequenos cães inofensivos em
comparação ao seu tamanho. Como se sua
estatura já não fosse o suficiente para lhes dar
um ar de nobreza e poder, sua pelagem vasta,
longa e macia varia entre tons de cinza, prata,
neve, negro profundo e até mesmo vermelho ou
dourado, denotando mais realeza do que os
mantos de muitos reis.
Embora sejam criaturas selvagens,
violentas e ferozes, sua pelagem está sempre em
bom estado, como se tivesse acabado de ser
 são uma espécie à parte, que migrou para
diferentes regiões do mundo, enquanto há
aqueles que acreditem que eles são proles
aberrantes de lobos comuns, que passaram a
procriar ente si e ao longo do tempo formaram
uma espécie a parte. E há por fim quem lhes
atribua origens mais místicas.

Aranha
gigante
Força: 2 Reflexo: 4 Instinto: 3
Psique: 1 Saúde: 2
Caos/Ordem: 2/2
Vitalidade: 4 Armadura Natural: 1/0 (contra
armas de impacto).
Visão: 2 Tato: 2 Paladar: 1
Especialidades: Atacar com Ataques Naturais
(Mordida): 2; Emboscada: 2; Esconder-se: 2;
escovada, seus dentes são brancos e afiados e
Construir Teia: 3 (inimigos presos na teia
seus olhos são de um azul ou prateado vívido e
cativante. Devido a esse trato impecável, muitos recebem penalidade de –3 nos testes de Reflexo).
tolos imaginam que esses animais sejam dóceis e Dano: 1d6-4 mordida, e veneno, que pode ser de
meigos, não enxergando sua ferocidade. Por qualquer tipo, dependendo da espécie de aranha.
outro lado, isso (somado às suas habilidades de
caça) também faz com que os lobos ferozes
sejam uma das escolhas preferidas para
adestradores, e caçadores (estes últimos
geralmente acabam se arrependendo de sua
escolha).

Ecologia

Organizam-se em matilhas de 5 ou 6 AParência

indivíduos, compostas por números equilibrados
de machos e fêmeas, ambos os sexos exercendo
papéis iguais. Apesar disso, tendem a ser
individualistas, especialmente em relação à caça, Os tipos de aranhas gigantes são tão variados
e só dividem o alimento caso haja escassez. quanto suas espécies “comuns”. Qualquer
espécie conhecida de aranha pode ser encontrada
Entre os lobos ferozes não existe um no tamanho gigante, que pode possuir até cinco
alfa, pois toda a matilha considera seus membros vezes o tamanho natural da espécie.
como iguais, entretanto, não é uma situação
incomum que um lobo feroz solitário acabe ECOLOGia
tornando-se o alfa de uma matilha de lobos
comuns. Isso pode ocorrer até mesmo com as

Aranhas de tamanhos descomunais são

fêmeas, mas neste caso, elas raramente se
sujeitam a procriar com lobos de estatura menor.
comuns em áreas selvagens isoladas e
] Alguns especulam que os lobos ferozes inexploradas. Especialmente em cavernas

117
milenares ocultas em selvas intocadas. Ecologia
Mas nem todas elas são criaturas de origem
natural. Algumas surgiram através de
experimentos mágicos e muitas vezes são
controladas por mentes inteligentes e cruéis, para Em sua forma natural, são encontrados em
servir como guardiãs ou assassinas. áreas remotas, especialmente locais quentes, e
arenosos, ou então em ruínas há muito
abandonadas. Já as espécies criadas por magia
costumam guardar os refúgios de seus criadores.
Escorpião
gigante Morcego
assassino
Força: 3 Reflexo: 4 Instinto: 3
Saúde: 2 Caos/Ordem: 2/2
Força: 2 Reflexo: 5 Instinto: 3
Vitalidade: 5 Armadura Natural: 2/1 (contra Saúde: 2 Caos/Ordem: 1/1
armas de impacto).
Vitalidade: 4 Armadura Natural: 0/0 (contra
Visão: 3 Tato: 3 Paladar: 2 armas de impacto).
Especialidades: Atacar com Ataques Naturais Audição: 5 Tato: 2 Olfato: 4
(Pinças ou Ferrão): 3; Esconder-se: 3. Paladar: 3 Intuição: 3
Dano: 1d6-5 pinças/1d6-4 ferrão, e veneno, que
Especialidades: Ataccar com Ataques
pode ser de qualquer tipo, dependendo da espécie
Naturais (Presas): 3; Guiar-se por Sonar: 5.
de escorpião.
Dano: 1d6-4 presas.

Aparência

Morcegos três vezes maiores que os

morcegos comuns, de pelagem marrom ou preta.
Aparência
ECOLOgia

Assim como ocorre com as aranhas gigantes,

os escorpiões gigantes existem nas mais variadas
espécies, possuído até cinco vezes o tamanho
normal da espécie.
]
Os morcegos assassinos recebem esse nome
por se alimentarem de sangue, porém o nome é
de certa forma exagerado, pois essas criaturas
dão preferência ao sangue de pequenos

118
mamíferos, como bois, ovelhas, e outras criaturas Aparência
do gênero. Entretanto, devido a seu tamanho
avantajado, eles podem muito bem se alimentar

As águias celestiais superam suas

de criaturas humanoides e não hesitarão em fazê-
lo caso estejam famintos, ou encontrem-se em
vantagem numérica dentro de uma área isolada.
semelhantes em tamanho, possuindo uma
envergadura de asa que pode chegar a 6 metros.
A cor de suas penas também é incomum, sendo

Águia
que as que cobrem o peito podem ser de cor
prateada ou dourada, e as que cobrem as demais
partes possuem coloração cobre ou avermelhada.
celestial Já seus olhos podem variar entre azul ou
prateado e seu bico forte e afiado possui
coloração dourada ou prateada.

Força: 3 Reflexo: 4 Instinto: 5 Ecologia

Saúde: 2 Aparência: 1

Essa espécie de águia possui tal nome por

Caos/Ordem: 2/2

Vitalidade: 5 Armadura Natural: 1/0 (contra fazer seus ninhos nos picos mais altos existentes
armas de impacto). no mundo, onde o gelo se aglomera o ano inteiro
e o ar é extremamente rarefeito.
Visão: 5 Audição: 4 Tato: 2
Olfato: 4 Paladar: 3 São seres carnívoros, porém evitam
Intuição: 2 descer até o nível do solo, preferindo caçar
animais montanheses ou indivíduos que se
Especialidades: Atacar com Ataques Naturais aventurem a escalar as encostas próximas a seus
(Bico ou Garras): 4; Observar: 3; Manobras de ninhos. Muitos acreditam que os picos nos quais
as águias celestiais constroem seus ninhos
Voo: 3; Carregar Presa: 3 (Um ser humanoide
escondem a passagem para o mundo dos deuses,
consegue se libertar com um teste de Força ou alguma conexão com o mundo espiritual.
contra a criatura).
Dano: 1d6-2 bico/1d6-4 garras.
Serpente
marinha

Força: 5 Reflexo: 4 Instinto: 5

Saúde: 3 Caos/Ordem: 3/3

Vitalidade: 8 Armadura Natural: 4/3 (contra

armas de impacto).
Visão: 5 Tato: 1 Paladar: 4
Intuição: 1

Especialidades: Atacar com Ataques Naturais

(Abocanhar): 5; Observação: 2; Espreitar
Embarcações: 3.
Dano: 1d6+3 mandíbula.

119
 mar.
Criaturas solitárias, as serpentes
marinhas se unem a um membro do sexo oposto
somente para acasalar, uma vez a cada década,
separando-se logo em seguida. Quando chega a
hora da desova, as fêmeas mergulham até os
abismos marinhos mais profundos, onde
depositam os ovos, e então seguem seu caminho.

Cefalópode
gigante
Aparência

A serpente marinha possui um corpo Força: 4

Saúde: 3
Reflexo: 3 Instinto: 4
Caos/Ordem: 1/1
extremamente longo, que pode chegar a 30
metros de comprimento, cujo grande diâmetro
vai se afinando a partir de seu meio até terminar Vitalidade: 7 Armadura Natural: 1/1 (contra
em uma nadadeira pontuda. Escamas espessas, armas de impacto).
de coloração azul escura, verde escura, marrom Visão: 4 Tato: 4 Paladar: 3
ou preta o recobrem por completo.

Além de uma nadadeira espinhosa Especialidades: Atacar com Ataques Naturais

superior, que acompanha a posição de sua (Tentáculos ou Triturar): 5;
espinha, criatura possui guelras, que se
encontram centímetros antes de sua cabeça, esta, Dano: 1d6-2 Esmagar com Tentáculos (Teste de
por sua vez, ostenta duas barbatanas espinhosas Força para se libertar)/1d6 Triturar com os
nas laterais, olhos negros e malévolos, além de Dentes (se a criatura conseguir levar a vítima até
sua boca, sua principal forma de ataque, que sua boca).
possui dentes enormes e pontudos, visíveis
mesmo quando fechada, e cuja mandíbula possui
uma abertura impressionante.

Ecologia

A criatura habita mares agitados, geralmente

aqueles onde as águas são escuras e profundas.
Costuma ir até a superfície somente à noite,
especialmente durante tempestades, quando o
número de naufrágios é mais comum. Não tolera
águas gélidas, nem muito quentes.

A dieta das serpentes marinhas baseia-se

na carne em geral, sendo que enquanto estão
submersas alimentam-se dos maiores peixes que
conseguem encontrar, porém a carne humana é
sua predileta, por isso estão sempre espreitando
navios, geralmente planejando atacá-los à noite,
ou então esperando que os navios naufraguem na
tempestade para devorar os corpos à deriva no
]

120
Aparência
Seu aspecto é idêntico ao dos cefalópodes
comuns (polvos, lulas, etc.), mas seu tamanho é
muito maior, podendo alcançar até vinte vezes o
tamanho de espécimes comuns.
Ecologia
Esses seres habitam as áreas mais profundas
dos oceanos, e são extremamente agressivos.
Alimentam-se de praticamente qualquer criatura
viva, mas têm preferência por aquelas de maior
tamanho, pois são mais fáceis de prender com
seus tentáculos e mais “volumosas” para triturar
com suas bocas redondas repletas de fileiras de
dentes pontudos.
Seu comportamento faz com que não
tenham receio algum quanto a atacar criaturas de
tamanho maior, por isso não é incomum que, ao
nadarem próximo da superfície, acabem atacando
navios. Quando isso ocorre, os cefalópodes
gigantes envolvem as embarcações com seus
tentáculos (e por vezes os tripulantes), tentando
parti-las em pedaços, para em seguida devorar os
destroços.
Hidra
Força: 6
Psique: 3
Reflexo: 4
Saúde: 5
Instinto: 5
Aprendizado: 3
Caos/Ordem: 3/3
Vitalidade: 11 Armadura Natural: 5/4 (contra
armas de impacto).
Visão: 8 Audição: 7 Tato: 4
Olfato: 7 Paladar: 6 Intuição: 3
Etéreo: 1
Especialidades: Atacar com Ataques Naturais
(Presas): 6; Enxergar Espíritos: 2; Farejar
Presa: 4.
Dano: 1d6+2 presas. A hidra pode realizar um
ataque com cada cabeça por turno, entretanto,
para cada cabeça adicional atacando, a criatura
receberá uma penalidade de -3 no ataque, uma
]
121
vez que as chances dela se confundir serão
maiores.
Aparência
Hidras possuem o corpo de um enorme
réptil, coberto por rígidas escamas. Porém, a
maior característica dessa criatura encontra-se na
parte superior de seu peito, pois a partir de lá,
estendem-se de sete a nove longos pescoços,
cada um terminando em uma cabeça diferente.
Suas cabeças possuem olhos amarelos ferozes e
mandíbulas letais, com dentes fortes e afiados, e
são coroadas por membranas recobertas de
escamas e espinhos. Todas elas são controladas
de forma a trabalhar em perfeita sincronia,
permitindo que a criatura enxergue e alcance
todas as direções.
Ecologia
Não se sabe quantas criaturas dessa espécie
existem no mundo, mas sabe-se ao menos que
seu número é bem reduzido e que não são
capazes de se reproduzir. A crença comum é que
esses seres foram criados pelos deuses para
proteger algum tesouro, ou como uma punição
talvez para alguma civilização há muito
esquecida. Os usuários de magia, por sua vez
acreditam que as hidras possuem origens
mágicas, e dentro dessa corrente de pensamento,
alguns especulam que elas são criadas a partir de
dragões alterados magicamente.
Independentemente de qual seja a
verdadeira teoria, o perigo que essas criaturas
representam, e seu comportamento destrutivo,
continuam sendo fatos imutáveis, responsáveis
pelo surgimento de vários mitos envolvendo a
criatura. Um desses mitos prega que a única
forma de se matar uma hidra é cortando suas
cabeças, o que é totalmente infundado, uma vez Dragão
que a criatura está sujeita à mesma fisiologia de
outros seres, e morrerá caso seu coração ou
outros órgãos vitais sejam atingidos, além do
que, decepar uma de suas cabeças poderá causar Força: 8 Reflexo: 5 Inteligência: 7
uma hemorragia fatal, sem contar que a morte de Psique: 6 Saúde: 7 Aprendizado: 5
um de seus cérebros seria capaz de causar a Crença: 4 Disciplina: 6 Carisma: 5
falência de seus órgãos. Aparência: 5 Mediunidade: 5
Caos/Ordem: Variável
Outro mito equivocado diz respeito à
crença de que cada cabeça tem vontade própria, Vitalidade: 30 Armadura Natural: 6/6 (contra
pois embora elas possam ser direcionadas para armas de impacto).
lados opostos, e comandadas a realizar diversas
ações, a mente da criatura é uma só, e poderá se Visão: 8 Audição: 7 Tato: 5
confundir ao tentar fazer várias coisas de uma só
Olfato: 8 Paladar: 6 Intuição: 6
vez.
Etéreo: 5 Arcano: 7
Nota: Ao enfrentar hidras, trate acertos nos
braços e pernas como cabeças. Perícias*: Atacar com Ataques Naturais
(Presas, Garras, Cauda, ou Baforada): 6;
Enxergar Espíritos: 5; Falar com Espíritos: 4;
Esconder-se: 6; Farejar Presa: 5; Manobras
de Voo: 7; Conhecimento: 7 (Dragões possuem
vários conhecimentos nas mais diversas áreas).

* Dragões podem possuir quaisquer perícias

disponíveis aos personagens e muitas outras.

]
Dano: 1d6+4 garras/1d6+4 presas/1d6 ata que
com cauda /1d6+7 baforada (três vezes/dia,
adulto).
Nota: A informação acima se aplica a dragões
adultos, e pode variar entre diferentes indivíduos,
e também de acordo com a idade).
Aparência
Dragões são répteis colossais dotados de
poderosas asas, quatro patas terminadas em
poderosas garras, e uma longa e forte cauda.
Seus corpos podem apresentar espinhos ósseos
nas extremidades das asas, seguindo a posição da
coluna até o fim da cauda, e também chifres das
mais variadas espécies que adornam suas
cabeças.
Possuem um olhar penetrante,
intimidador e orgulhoso, que demonstra a sua
inteligência sobrepujante.
A mandíbula de um dragão, sua mais
famosa “arma”, é capaz de abocanhar um ser
humano inteiro, e seus dentes enormes e
pontiagudos podem perfurar uma armadura como
se esta fosse uma casca de ovo.
Em relação às cores das escamas, os tons
de vermelho, azul, verde, branco, preto, dourado,
marrom e prateado são os mais comuns, embora
seja possível encontrar dragões com escamas em
uma infinidade de outras cores.
Ecologia
Dragões são seres que mesclam o fantástico,
a perspicácia, a inteligência e a fúria.
Como se sua força e inteligência não
fossem o suficiente para torná-los uma ameaça
terrível, eles ainda contam com um sopro de
fogo, natural. Dragões de todas as cores cospem
fogo, com exceção dos brancos, que sopram um
ar tão gélido capaz de causar queimaduras de
frio.
Independentemente de sua coloração, os
dragões podem apresentar as mais variadas
índoles, alguns sendo extremamente cruéis ou
então gananciosos, outros agindo com
benevolência perante criaturas menores e mais
fracas, sem jamais perder sua pose de grandeza e
]
123
orgulho.
Geralmente escolhem construir seus
refúgios em locais remotos e de acesso quase
impossível para as outras raças. Nesses locais
costumam guardar tesouros e todos os
conhecimentos que possuem, e de lá observam
através de magia (no uso da qual são
extremamente habilidosos), as diversas regiões
do mundo.
São criaturas ovíparas, e seu
acasalamento independe da cor das escamas.
Caso dragões de cor diferente acasalem, os ovos
serão metade de cada cor, podendo também
apresentar uma nova tonalidade.
Os filhotes recebem cuidados e educação
dos pais, até decidirem viver por conta própria na
puberdade (que ocorre em torno dos 50 anos).
Apesar da separação, caso possuam índoles
compatíveis, pais e filhos costumam manter um
bom relacionamento.
Dragões vivem milhares de anos, e
alguns acreditam que são imortais, morrendo
apenas se assim decidirem.
Vampiro
Força: +3* Reflexo: +3* Inteligência: *
Psique: * Saúde: -- Aprendizado: *
Crença: * Disciplina: * Carisma: *
Aparência: * Mediunidade: +1*
Caos/Ordem: +1*/*
Vitalidade: +5 Armadura Natural: 2/2 (contra
armas de impacto).
Visão: +5* Audição: +5* Tato: *
Olfato: * Paladar: * Intuição: +3*
Etéreo: +1* Arcano: *
*Vampiros mantém os mesmos Atributos e
Sentidos que possuíam em vida (somando-se
os bônus aplicáveis). Uma vez que são mortos-
vivos, eles não possuem o Atributo Saúde.
Perícias*: Atacar com Ataques Naturais
(Presas ou Garras): 4; Enxergar Espíritos: 1;
Falar com Espíritos: 1; Esconder-se: 6;
Farejar Presa: 5; Ver no Escuro: 2
Conhecimento: 5.
* Vampiros podem possuir todas as perícias
disponíveis aos personagens, e muitas outras.
Dano: 1d6+1 garras/1d6+1 presas.
Nota: Vampiros tendem a se tornar mais
poderosos conforme envelhecem.
Aparência
Vampiros possuem a mesma aparência de
quando vivos, porém sua pele se torna muito
mais pálida com veias visíveis. Os olhos podem
adquirir coloração amarela ou vermelha.
Vampiros mais antigos tendem a manter hábitos
e estilos de vestimenta de sua época mortal.
Ecologia
Vampiros são mortos-vivos que se
alimentam de sangue, tendo como preferência o
sangue humano. O processo de transformação
consiste no vampiro criador sugando sua presa
]
124
quase até a morte e depois alimentando-a com
seu próprio sangue.
O sol é sua maior fraqueza, causando
1d6 de dano por turno de exposição. Um golpe
de estaca no peito é capaz de paralisa-los (ataque
bem sucedido na região do torso).
Tais criaturas possuem aptidão natural
para magia, portanto, mesmo que não viessem a
possuir o Sentido Arcano em vida, podem
facilmente aprendê-lo após a transformação.
Licantropos
Força: +4* Reflexo: +3* Inteligência: *
Psique: * Saúde: -- Aprendizado: *
Crença: * Disciplina: * Carisma: *
Aparência: * Mediunidade: *
Caos/Ordem: +1*/*
Vitalidade: +4 Armadura Natural: 2/2 (contra
armas de impacto)**.
Visão: +4* Audição: +4* Tato: *
Olfato:+4 * Paladar: * Intuição: +1*
Etéreo: * Arcano: *
*Licantropos mantém os mesmos Atributos e
Sentidos possuídos em sua forma humana,
além dos bônus aplicáveis.
Perícias*: Atacar com Ataques Naturais
(Presas ou Garras): 4; Farejar Presa: 6; Ver no
Escuro: 3.
* Licantropos podem possuir todas as perícias
disponíveis aos personagens e quaisquer
outras.
Dano: 1d6+2 garras/1d6+3 presas.
Aparência
Licantropos, quando transformados,
assumem uma grande forma humanoide com
pelagem e características do animal de sua
licantropia. A transformação leva 1 turno.
 Ecologia

Mortos-vivos são cadáveres reanimados por

magia a fim de servir propósitos nefastos.
Desprovidos de alma, simplesmente obedecem
os comandos de seus criadores ou vagam sem
rumo, causando terror e destruição.

Alguns mortos vivos também podem se

erguer por vontade do espírito que habitava seus
corpos. Nestes casos, embora a criatura não
mantenha a consciência, nem seja habitada pelo
espírito, pode vagar em busca de um objetivo
(como, por exemplo, vingança).

Ecologia

A licantropia é uma doença (ou maldição, de

acordo com algumas fontes) que afeta humanos.
Ela faz com que se transformem em bestas
sanguinárias durante a lua cheia e percam o
controle.

Existem licantropos de praticamente

todas as espécies de animais encontrados na
natureza, porém os lobisomens são os mais
comuns.
**Lobisomens só podem ser feridos ou mortos
Zumbi
por armas de prata, e ao morrerem revertem para
sua forma humana.

Força: 3 Reflexo: 2 Inteligência: 0

Caos/Ordem: 3/0
Mortos-vivos Vitalidade: 5 Armadura Natural: 2/2 (contra
armas de impacto).
Especialidaeds: Atacar com Ataques Naturais
Aparência (Presas ou Garras): 2
Dano: 1d6 garras/1d6 presas.
Cadáveres nos mais diversos estágios de
decomposição.

125
esqueleto Seres angelicais e
demoníacos

Os espíritos, quando vistos, geralmente se

Força: 2 Reflexo: 3 Inteligência: 0
Caos/Ordem: 3/0
Vitalidade: 5 Armadura Natural: 2/0 (contra apresentam na forma que possuíam em vida. Mas
armas de impacto). alguns podem optar por assumir outras formas, o
que acaba gerando mitos de anjos e demônios.
Especialidades: Ataque com Arma: 3 Há, inclusive, aqueles que, não totalmente
conscientes de sua condição, acabam acreditando
Dano: Pela arma.
que realmente sejam alguma criatura do tipo.

Lembre-se, porém, que esta é apenas

espíritos uma sugestão (assim como a descrição de todas

as demais criaturas apresentadas), e que o Mestre
deve sentir-se livre caso queira incluir Anjos e
Demônios como uma espécie verdadeira.
Não possuem Atributos ou Sentidos físicos.
Os demais Atributos possuem os mesmos
valores de quando em vida.

Espíritos são a essência dos indivíduos. A

força inteligente e eterna que anima seus corpos.
Uma vez livres do corpo físico partem para o
mundo espiritual, porém, podem ainda se
comunicar com seres vivos que possuam
Mediunidade.
Um espírito só pode se manifestar no
mundo físico através de um médium, pelo qual
pode falar, e até mesmo causar efeitos físicos,
como utilizar magia ou mover objetos.

Fantasmas

Fantasmas nada mais são do que espíritos

que permanecem apegados ao mundo físico por
alguma questão não resolvida. Embora os
espíritos não possam interagir com o mundo dos
vivos (consequentemente não podendo ser
feridos ou destruídos), podem se utilizar de um
médium (voluntária ou involuntariamente) a fim
de causar efeitos materiais.

126
]

127

Marcas do
orgulho e
da ambição
Esta é uma aventura pronta que o Mestre
pode utilizar para introduzir iniciantes ao
jogo. Com algumas modificações ela
pode ser encaixada em uma campanha
já em andamento ou pode, por si só,
ser expandida e transformada em uma
campanha completa.
Formato
A aventura não será apresentada
de forma a detalhar passo a passo cada
evento, pois assim, as tramas que a
compõe ficarão mais abertas para que
o Mestre possa trabalhar sua
criatividade sobre as ideias apresentadas.
Primeiramente será apresentado
um resumo da aventura e da história por trás
dela, e em seguida serão listadas ideias de como
introduzir os personagens na aventura. Mais
adiante, os eventos principais da trama serão
enumerados, cabendo ao Mestre (e aos
Jogadores, através das ações de seus
personagens) preencher o espaço entre eles, o
que também poderá alterar a ordem ou a
ocorrência de um ou mais eventos, dependendo
das decisões tomadas durante o jogo.
Por fim, algumas ideias sobre como
expandir a aventura e transformá-la em uma
campanha serão fornecidas.
Resumo da aventura
Um antigo aprendiz do mago que criou a
espécie dos Moldados decide trazer seu mestre
de volta para que possa aprender seus
conhecimentos mágicos, ou em último caso
]
128
absorver suas energias, na esperança de aumentar
seus poderes.
Para concretizar seu objetivo ele precisa
obter determinadas runas, as marcas de nascença
possuídas pelos moldados, que deverão ser
removidas de seus corpos, em um procedimento
que lhes causará a morte.
Entretanto, não será necessário que ele
remova as marcas de todos os moldados vivos,
pois ele necessita apenas de cinco runas
específicas, cujos símbolos unidos ele acredita
que formará o símbolo necessário para
canalizar o espírito de seu mestre.
No início da aventura o antagonista
(Vorham) já terá identificado quem
são os moldados que possuem as
runas que ele busca e já terá
removido a primeira e a segunda.
Nesse ponto, após a morte
misteriosa de dois moldados cuja
marca de nascença foi removida, os
personagens se envolverão nos
eventos (veja ideias de como
introduzir os personagens na
história no tópico a seguir) com o
objetivo de descobrir quem é o
responsável por trás das mortes, e
impedi-lo de fazer mais vítimas.
Caso não consigam impedir Vorham de
obter as cinco runas, restará aos
personagens tentar frustrar o ritual voltado para
tentar trazer o criador dos moldados de volta.
Introduzindo os
personagens
As ideias a seguir demonstram diversos
meios de introduzir os personagens na aventura,
sem fazer com que sua participação nos eventos
soe arbitrária e inverossímil, e também sem se
apegar a clichês.
- Caso um dos personagens dos Jogadores
pertença à espécie dos moldados, ele teria
motivos de sobra para investigar as mortes. O
restante do grupo poderia auxiliá-lo em nome
da amizade, ou então mediante uma troca de
favores;
- O grupo pode ter algum aliado entre os
membros da espécie que lhes peça para
investigar a situação, podendo em troca
oferecer algum favor (ou cobrar isso em nome
de algum favor do passado) ou pagamento;
- Os personagens, dependendo de sua índole,
podem possuir algum interesse moral nos
eventos. Ao ouvir sobre as mortes (o que terá
grande repercussão, devido ás circunstâncias),
personagens de índole boa poderão sentir-se
impulsionados a impedir a ocorrência de
novos crimes. Personagens de índole maligna,
por outro lado, podem ser guiados por uma
curiosidade mórbida, e futuramente buscar
obter algum poder através das cinco runas;
- O dever profissional também pode ser uma
razão para que os personagens se dediquem a
perseguir o assassino. Talvez eles sejam
soldados, ou façam parte das tropas da
nobreza local. É possível também que algum
superior dos personagens tenha interesse nos
eventos ordene que eles investiguem os
eventos. Ou então se os personagens atuarem
como mercenários, um moldado atemorizado
ou qualquer outro possível interessado possa
contratá-los para impedir o responsável.
- Um ou mais personagens podem ter
presenciado uma das mortes, porém, o
assassino foge, e o personagem acaba sendo
acusado pelo crime. Ou então, o criminoso
armou uma situação para que alguma possível
testemunha (no caso os personagens) acabasse
por ser incriminada, de forma a desviar
atenções indesejadas que poderiam
comprometer seu objetivo.
- Os personagens acordam na prisão,
acusados de matar o moldado, porém, outro
moldado morre nas mesmas circunstâncias
enquanto o grupo está preso. Os governantes
locais chantageiam o grupo, prometendo
libertá-los e retirar as acusações caso eles
encontrem o assassino.
Ordem dos eventos
Os eventos principais da trama se
desenrolarão na ordem apresentada aqui,
entretanto, dependendo das ações dos
personagens alguns eventos poderão ser
]
129
impedidos, ou ter sua ordem alterada.
- Vorham localiza o moldado que possui uma
das marcas e o mata na calada da noite. Ele
arranca o pedaço de pele contendo a runa, e
deixa o corpo no mesmo local. Ao amanhecer, as
autoridades encontram o corpo e iniciam a
busca pelo criminoso;
- A segunda morte ocorre no dia seguinte, em
uma área isolada (o assassino prefere aguardar
até que as vítimas estejam sozinhas, em horários
de pouco movimento). Caso o grupo já esteja
investigando, eles podem já ter descoberto
alguma pista (seja através de testemunhas,
rastros ou com o uso de magia), o que levará
Vorham a ser mais cauteloso.
- A terceira morte ocorrerá nas mesmas
circunstâncias das duas primeiras, entretanto,
caso o assassino perceba que o grupo o está
perseguindo, ele poderá agir em horários e
locais diferentes. No fim, Vorham possui
capacidades mágicas razoáveis, e não hesitará
em utilizá-las para obter o que deseja.
- Embora prefira obter as duas últimas runas em
dias separados, para não se desgastar
demasiadamente, o assassino poderá decidir
matar os dois moldados restantes em um único
dia, caso perceba que o cerco está se fechando
contra ele.
- Caso consiga obter as cinco runas, Vorham
realizará a magia que ele acredita que trará seu
mestre, o criador dos moldados, de volta. Ele
preparará um local isolado, provavelmente o
pico de uma montanha de difícil acesso. A magia
que ele pretende realizar é extremamente
complexa, e levará inúmeras horas, dando ao
grupo tempo de encontrá-lo e tentar impedi-lo. E
ainda que a magia seja realizada, seus efeitos
podem se manifestar de forma diversa da
pretendida por Vorham.
Conclusão
O término da aventura ocorre quando os
personagens impedirem Vorham.
Isso pode acontecer em qualquer
momento após a primeira morte, caso o grupo
consiga encontrá-lo e entregá-lo às autoridades,
ou matá-lo. Se não for possível impedir que ele
obtenha as cinco runas, o desfecho da aventura
se dará com os personagens impedindo a
realização da magia ou então com a magia sendo
realizada e produzindo seus efeitos, sejam eles
quais forem.
Expandindo
apresentada neste capítulo em uma campanha.
Caso o Mestre deseje inserir essa aventura no
meio de uma campanha já existente, basta criar
uma ligação entre o antagonista e algum
personagem de outras aventuras. Talvez fazendo
com que ele pertença a algum grupo inimigo dos
personagens, ou então determinando que ele
possua alguma informação que o grupo
necessite, entre muitas outras hipóteses.

Sem maiores dificuldades essa aventura

pode facilmente ser expandida em uma
campanha. Para isso, basta que sejam
adicionados elementos que sirvam de gancho
entre seus eventos e os eventos de aventuras
futuras. Sinta-se à vontade para desenvolver os
ganchos que achar conveniente, ou então utilizar
as ideias apresentadas a seguir:

- Vorham consegue escapar. Embora os

personagens tenham frustrado seu plano, ele irá
pensar em um meio alternativo de trazer seu
mestre de volta, e ainda se dedicará a fazer com
que o grupo pague pelos problemas causados;

- O ritual deu certo, porém seus resultados

trouxeram um grande mal ao mundo, e agora
cabe ao grupo (talvez com o auxílio de Vorham,
arrependido com seu erro) impedir esse mal;

- Uma sociedade secreta estava manipulando

Vorham o tempo todo, sem que ele mesmo se
desse conta. Ao fim do ritual, tenha sido ele bem
sucedido ou não, o verdadeiro inimigo é
descoberto, assim como parte de um terrível
plano por ele arquitetado, que deve ser impedido
a todo custo;

- Um grupo de espíritos malignos fica sabendo

das intenções de Vorham. Esses seres adentram
o mundo na forma de feéricos obscuros de
formas esverdeadas, com corpos grandes e
curvados, pele pustulenta, narizes pontudos e
olhos negros. Essas criaturas formam uma
“sociedade” dedicada a servir algum ser
extremamente maligno do mundo espiritual, e
planejam obter as cinco runas para a realização
de um ritual voltado para trazer seu mestre ao
mundo. Eles pretendem impedir o ritual de
Vorham, roubar as runas e realizar seu próprio
ritual, e para isso irão se colocar entre o grupo e
o mago.

Essas são apenas algumas dentre as

vastas]maneiras de transformar a aventura

130
]

131
Este capítulo apresenta o exemplo de um
cenário de campanha, ou seja, um mundo pronto,
para que o Mestre utilize como pano de fundo de
suas histórias.
O cenário apresentado neste exemplo é o
mundo que abriga as espécies asvarath e dkheld,
juntamente com os Humanos. Essas três, dentre
todas as espécies apresentadas neste livro, são as
únicas espécies inteligentes a habitar o mundo.
Mas não se engane, pois embora este possa
parecer um número demasiadamente reduzido,
tais espécies se apresentam em diversas etnias,
que combinadas com o grande número de
localizações fantásticas que compõem o mundo,
fornecem um número quase ilimitado de ideias e
possibilidades.
Apenas duas localidades serão
apresentadas no exemplo a seguir, porém, o
mundo completo será apresentado em todos os
seus detalhes em uma obra futura.
O mundo
“Um mundo que se tornou três.
Três mundos que se tornaram um.”
Desde os primórdios de sua história os
humanos habitavam seu próprio mundo, sendo a
única espécie inteligente a ocupá-lo. O mesmo se
dava com os asvarath e com os dkheld, cada um
ocupando tal posição em seus respectivos
mundos, sem sequer suspeitar da existência uns
dos outros.
Mas em apenas um segundo, em um
fatídico dia, tudo isso mudou. Os três mundos se
uniram, não através de uma colisão, mas de
forma a se fundirem, como se três substâncias
gasosas fossem sobrepostas, para em seguida
tornarem-se sólidas, formando uma única
substância com características dos três elementos
que se uniram. E embora ninguém saiba explicar
o que causou essa junção, nem por quais meios
ela ocorreu, o resultado foi que o mundo dos
asvarath e o mundo dos dkheld se sobrepuseram
ao dos humanos, fazendo com que os três se
tornassem um só mundo, possuindo as
características de todos eles.
]
132
Para os habitantes, o processo da união
dos mundos não foi perceptível, e eles só se
deram conta do que havia ocorrido quando as
paisagens dos outros mundos surgiam misturadas
às de seu mundo (por vezes formando paisagens
fantásticas que desafiam as leis da natureza), e
quando criaturas inconcebíveis surgiram nas
cidades (algumas destas sobrepondo-se a cidades
dos outros mundos) e em diversos outros locais.
No início houve pânico e caos, uma vez
que nenhuma das espécies sabia o que havia
ocorrido, nem o que eram, e muito menos o que
pretendiam os estranhos membros das outras
espécies, que haviam surgido num piscar de
olhos. Além disso, havia o fato de cidades e
locais terem se fundido, ocasionando catástrofes
terríveis.
Durante os primeiros anos, todas as
espécies tiveram que se esforçar, e por vezes
travar verdadeiros conflitos para que se
adaptassem uns aos outros e ao “novo mundo”
que haviam passado a habitar.
Com a passagem de séculos, a
convivência já havia se estabilizado
relativamente e a vida voltou a seguir com certa
normalidade, embora a existência de vários
indivíduos entre cada uma das espécies que não
toleram os outros povos, além daqueles que
criam ideologias voltadas a difundir e praticar
tais intolerâncias, por vezes tenha gerando
situações tensas e conflitos entre nações, e
também entre os membros das três espécies.
Hoje, embora cada espécie tenha
encontrado um lugar no mundo, ainda é preciso
lutar para manter a estabilidade, pois a ameaça
de um conflito paira constantemente no ar.
Campos do perpétuo
escarlate
Paisagem
Trata-se de um vasto campo localizado em
um planalto elevado, cujo céu é
permanentemente avermelhado, lembrando um
eterno fim de tarde, sendo esta característica a
responsável pelo nome do local.
 Os campos do perpétuo escarlate são
totalmente cobertos por uma grama curta, que
assume uma coloração marrom alaranjada,
devido à iluminação do lugar, possuindo árvores
e plantas esporádicas espalhadas por todo seu
território, além de um riacho de águas límpidas
que corta horizontalmente toda sua extensão.
As poucas edificações existentes na área
resumem-se a pequenos casebres isolados, feitos
de madeira, e seus habitantes não passam de um
punhado de humanos com mentalidades
perturbadoras e um ou outro asvarath ou dkheld
isolado.
História
Quando os mundos se uniram, um dos
mundos trouxe consigo um pequeno corpo
celeste, semelhante a uma diminuta esfera de
magma.
Ao aproximar-se do mundo dos
humanos, esse corpo celeste acabou sendo
]
atraído pela gravidade do planalto, devido à
posição elevada que este ocupa na superfície do
planeta. Essa atração gravitacional, embora não
tenha sido forte o suficiente para fazer a esfera
colidir com o planeta, foi capaz de mantê-la
fixada fora da atmosfera, sobre o planalto,
fazendo com que seja arrastada pelo movimento
de rotação do planeta e consequentemente
iluminando perpetuamente o local com sua luz
avermelhada.
Se observado da superfície, esse “micro
sol” não passa de um diminuto ponto vermelho,
quase invisível a olho nu.
O constante entardecer que recobre o
planalto é uma bela visão para os viajantes,
porém faz com que a estadia por longos períodos
no local seja uma experiência perturbadora, uma
vez que a mente (especialmente a humana)
considere difícil suportar a claridade de forma
ininterrupta.
A exposição elevada aos raios de luz fez
com que algumas das espécies de plantas locais
adquirissem propriedades únicas. Algumas
dessas plantas emitem calor, outras produzem luz
em um ambiente escuro, e algumas delas
(incluindo uma espécie de arbusto) são capazes Sugestão de Aventura: o
de se refrigerar, apresentando uma temperatura estranho médium
gélida ao toque, e proporcionando uma sensação
refrescante se carregadas junto ao corpo.

Informações relevantes
Por algum motivo os personagens precisam
encontrar e se comunicar com um determinado
espírito, porém nenhum médium tem obtido
sucesso nessa tarefa. Portanto, os personagens
deverão ir até os Campos do Perpétuo Escarlate,
Os rumores que envolvem o local falam em busca desse misterioso asvarath médium, na
esperança de que ele possa ajudá-los a se
sobre um asvarath de aparência distorcida e
comunicar com o espírito, ou então utilizar seus
decadente, que habita uma pequena cabana
vastos poderes para mandar o grupo em forma
próxima a margem do rio. Uma das versões alega
que ele é um grande médium que vive sozinho, etérea para o mundo espiritual, para que eles
possam encontrar o espírito que procuram.
evitando a companhia dos vivos, enquanto a
versão mais conhecida, que também o retrata
como um grande médium, diz que ele vive com as wernahiss
um estranho grupo de humanos, dedicados a
realização de alguma atividade obscura
envolvendo os espíritos.
paisagem

As Wernahiss são uma cadeia de montanhas

]
localizadas quase ao extremo sul do continente. Sugestão de Aventura:
Essas montanhas são formadas de uma cordeiros em pele de
substância rara e incomum chamada melcad.
lobo
Trata-se de uma rocha maleável que possui a
capacidade de se reconstituir caso suas lascas
sejam colocadas em contato umas com as outras,

Por algum motivo (obter informações,

fazendo dela um material com grandes
aplicações em construções.
A cadeia de montanhas forma um
semicírculo, cuja “parede” é voltada para o leste,
e abriga uma vila no vale que se forma em seu
interior, a oeste. Todas as construções da vila são
feitas de melcad, e até mesmo o solo do local,
constituído dessa rocha, foi nivelado e esculpido.
O emprego do melcad é vital para que os
habitantes possam se proteger do frio
característico da região.
assassinar alguém, etc.), o grupo deve se infiltrar
na corte do Kaulut sob algum disfarce. A tarefa
não é fácil, uma vez que o senhor das Wernahiss
não gosta de ser desafiado, além de possuir um
humor instável e uma corte formada de
mercenários, brutos e assassinos com uma
personalidade tão perigosa e arrogante quanto a
sua.

Ao leste da vila se localiza um mar de

águas gélidas, coberto por uma constante
neblina. Fora esse detalhe, acredita-se que o
corpo de água não possua nada incomum, porém,
alguns dkheld mantém para si a crença de que,
durante a junção dos mundos, um dos locais de
seu mundo original surgiu nessa mesma região.
Se isso for verdade, existe uma grande chance de
que algo misterioso exista sob essas águas
gélidas e escuras.

Informações relevantes

O governo local baseia-se em uma espécie

de feudalismo hereditário. O senhor absoluto
dessas terras (e consequentemente seus
habitantes) é um jovem nobre violento e
autoritário que habita um forte localizado entre a
vila e o mar, que utiliza o título de “O Kaulut”.
Em tempos passados, esse foi o título que seus
ancestrais deram a si próprios, que os indicava
como os governantes locais, usando-o em
precedência a seus nomes. Porém, o Kaulut atual
deixou de lado seu nome verdadeiro e adotou
este título como seu único nome, sendo chamado
apenas dessa forma.

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Leandro zerbinatti de oliveira Diego silva lisboa

Leandro Zerbinatti de Oliveira nasceu em Diego Silva Lisboa é musicista e professor de

02/05/1983 e trabalha como advogado. música. Fanático por videogames, jogos de
Apaixonado pela fantasia desde jovem, conheceu estratégia e exímio enxadrista.
os RPGs aos 9 anos, quando começou a Mestrar.
Vive com um exército de cães e gatos.

Floriana Redondo cadioli Ilca stelmokas

Floriana Redondo Cadioli tem 38 anos e é de São Ilca Stelmokas é formada em História e
Paulo, casada há quase 20 anos com Diego. Arqueologia. Adora a fantasia em todos os
tipos de mídia.
Viciada em leitura, devora fantasia e ficção
científica e nunca fica longe de um livro. Vive com suas 2 gatas.
Também é apaixonada por seus animais de
estimação e por plantas de todo tipo.
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137
Licença imaginativa das partes;
livre B) Somente o material publicado pelos autores
do sistema de RPG IMAGINÆRY (ou dos
detentores dos direitos sobre o sistema) será
CLÁUSULA 1 considerado oficial (incluindo eventos ocorridos
em eventuais cenários de campanha), exceto se
A) A presente licença permite a criação de for expressamente declarado o contrário pelos
material utilizando as regras do sistema de RPG autores do sistema de RPG IMAGINÆRY (ou
IMAGINÆRY; dos detentores dos direitos sobre o sistema);
B) Por material entende-se (mas não se limita a): CLÁUSULA 4
suplementos, personagens, aventuras, cenários,
aventuras, expansões de regras, etc.; A) Os criadores de conteúdo que falharem em
adequar seu material aos termos da presente
C) O material não pode conter o sistema de licença serão solicitados para que o façam e, caso
regras em si, mas apenas fazer menção ao não cumpram a adequação dentro do prazo
mesmo; fornecido, considerar-se-á a licença revogada,
referente ao material não adequado;
D) É permitido o uso de estatísticas e termos,
espécies e criaturas apresentados neste livro; B) A responsabilidade pelo conteúdo (incluindo
divulgação, comercialização e distribuição) do
E) Não é permitida a cópia do texto ou arte deste
material produzido por meio desta licença é de
livro, mas tão somente a menção das mecânicas,
total responsabilidade dos criadores, isentando-se
termos e espécies;
os autores do Sistema de RPG IMAGINÆRY
F) O material criado deve conter na capa a de qualquer responsabilidade sobre o mesmo;
seguinte indicação: “Para uso em conjunto com
CLÁUSULA 5
livro Sistema de RPG IMAGINÆRY”;
A) Para todo e qualquer material criado por meio
CLÁUSULA 2
desta licença, a licença é irrevogável, irretratável
A) Todo material criado por meio desta licença é e perpétua, com exceção do caso mencionado na
de total propriedade dos criadores, nada sendo CLÁUSULA 4, item “A” (material que não
devido ou pertencendo aos autores do Sistema de respeita os termos da licença).
RPG IMAGINÆRY;
B) O material criado por meio desta licença pode
ser distribuído livremente pelos seus criadores,
Os Autores. Maio de 2023.
tanto a modo gratuito como comercial, por meio
físico ou digital, pelos meios que preferirem;
C) Nenhuma espécie de royalty é devida aos
autores do sistema de RPG IMAGINÆRY,
pelos lucros obtidos mediante a comercialização
de material criado por meio desta licença;
CLÁUSULA 3
A) Tanto os autores do Sistema de RPG
IMAGINÆRY quando os criadores de
conteúdo, usuários desta licença concordam que,
em caso de coincidências criativas, pelo qual se
entende material oficial e material criado através
da licença, que contenham coincidências
criativas não oriundas de qualquer prática ilícita,
nenhum tipo de compensação, royalties,
indenização ou restrição será devido a nenhuma
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