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Audiência Criminal de Custódia 01

Trata-se de um caso de prisão em flagrante por suposto envolvimento em tráfico de


drogas e atividades correlatas.

Durante a audiência de custódia, houve análise da legalidade do flagrante e da


necessidade de manutenção da prisão. Foi determinado o cumprimento integral das
decisões judiciais proferidas durante o plantão, incluindo a cópia da decisão da
audiência de custódia e do mandado de prisão nos autos principais. Esta
comunicação foi incluída no relatório conforme indicado na Resolução 66 do
Conselho Nacional de Justiça.

No flagrante, há evidências que apontam para a autoria do crime e provas materiais


relacionadas à infração atribuída aos detidos. Contrariando a argumentação da
Defensoria Pública, não se justificou a liberação de Larissa Cristina de Oliveira
Candido. Embora ela não tenha tido a oportunidade de informar alguém de sua
família sobre sua prisão - algo que não foi confirmado neste momento -, essa
irregularidade não invalida a custódia nem exige sua libertação. Especialmente
porque, na ocasião, ela mencionou quem gostaria de notificar sobre sua situação e
terá essa oportunidade. Por essa razão, o flagrante foi homologado.

Conforme o artigo 310 do Código de Processo Penal, foi proferida uma decisão
quanto à manutenção da custódia cautelar ou à concessão da liberdade para o
detido. Com base no artigo 313 do mesmo código, a prisão preventiva foi admitida
para crimes dolosos com pena superior a 4 anos, condenações prévias por delitos
semelhantes, envolvimento em casos de violência doméstica ou familiar, ou em
situações de dúvida sobre a identidade civil. No caso em questão, os acusados
possuem antecedentes criminais relevantes que recomendam a manutenção da
prisão como medida para preservar a ordem pública. Foi ressaltado que,
aparentemente, os acusados já cumpriram ou estão cumprindo pena por outros
crimes. Portanto, com base nessas razões, o flagrante de Larissa Cristina Oliveira
Candido e Flávio João Correa Moura foi convertido em prisão preventiva.
Esta decisão reflete uma interpretação estrita do Código de Processo Penal e
ressalta a preocupação com a possível reincidência dos acusados. No entanto, é
crucial considerar se as circunstâncias individuais foram avaliadas com a devida
profundidade e se outras alternativas à prisão preventiva foram devidamente
ponderadas, visando à garantia dos direitos individuais dos acusados, sem
comprometer a segurança pública.

Audiência Criminal de Custódia 02

A audiência de custódia trata do caso em que o acusado foi preso em flagrante,


supostamente pelo crime de furto qualificado com destruição ou rompimento de
obstáculo (art. 155, § 4º, CP). Presentes na audiência estavam o promotor de
justiça, o acusado e seu advogado. Não houve queixas de violência policial. Durante
a audiência, o acusado solicitou que sua prisão fosse comunicada à sua tia,
mencionou ter um filho dependente dele para viver e afirmou ter arritmia cardíaca.

Após a exposição do Ministério Público, este requereu a validação do flagrante e a


decretação da prisão preventiva, alegando a presença dos requisitos estabelecidos
nos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal. O promotor justificou sua
solicitação com base nos diversos antecedentes criminais do acusado e no histórico
de evasão.

Por sua vez, a defesa solicitou a liberdade provisória sem fiança, argumentando que
o crime atribuído ao acusado não ultrapassa uma pena de 4 anos, sugerindo que
não havia justificativa para mantê-lo sob custódia durante o processo.

Após considerar os argumentos apresentados, o juiz decidiu homologar o flagrante e


converter a prisão em flagrante para prisão preventiva. O magistrado fundamentou
sua decisão destacando os antecedentes relevantes do acusado, incluindo casos
anteriores de evasão de custódia legal. Embasou-se no artigo 313 do CPP, que
permite a prisão preventiva em casos de crimes dolosos com penas superiores a 4
anos e em situações de condenações prévias por crimes do mesmo tipo, o que era
aplicável ao acusado em questão.
Ao não identificar mais medidas a serem tomadas durante a audiência, o juiz a
encerrou.

Essa decisão reflete uma interpretação rigorosa dos critérios legais para prisão
preventiva e uma avaliação da probabilidade de reincidência do acusado. No
entanto, é importante questionar se foram consideradas alternativas à prisão
preventiva, levando em conta as circunstâncias individuais do acusado, e se os
argumentos da defesa foram devidamente ponderados antes da decisão final ser
tomada.

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