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Conforme o artigo 310 do Código de Processo Penal, foi proferida uma decisão
quanto à manutenção da custódia cautelar ou à concessão da liberdade para o
detido. Com base no artigo 313 do mesmo código, a prisão preventiva foi admitida
para crimes dolosos com pena superior a 4 anos, condenações prévias por delitos
semelhantes, envolvimento em casos de violência doméstica ou familiar, ou em
situações de dúvida sobre a identidade civil. No caso em questão, os acusados
possuem antecedentes criminais relevantes que recomendam a manutenção da
prisão como medida para preservar a ordem pública. Foi ressaltado que,
aparentemente, os acusados já cumpriram ou estão cumprindo pena por outros
crimes. Portanto, com base nessas razões, o flagrante de Larissa Cristina Oliveira
Candido e Flávio João Correa Moura foi convertido em prisão preventiva.
Esta decisão reflete uma interpretação estrita do Código de Processo Penal e
ressalta a preocupação com a possível reincidência dos acusados. No entanto, é
crucial considerar se as circunstâncias individuais foram avaliadas com a devida
profundidade e se outras alternativas à prisão preventiva foram devidamente
ponderadas, visando à garantia dos direitos individuais dos acusados, sem
comprometer a segurança pública.
Por sua vez, a defesa solicitou a liberdade provisória sem fiança, argumentando que
o crime atribuído ao acusado não ultrapassa uma pena de 4 anos, sugerindo que
não havia justificativa para mantê-lo sob custódia durante o processo.
Essa decisão reflete uma interpretação rigorosa dos critérios legais para prisão
preventiva e uma avaliação da probabilidade de reincidência do acusado. No
entanto, é importante questionar se foram consideradas alternativas à prisão
preventiva, levando em conta as circunstâncias individuais do acusado, e se os
argumentos da defesa foram devidamente ponderados antes da decisão final ser
tomada.