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Resumo de Direito Constitucional - 2ª Parte

Permissões do Processo Legislativo (art. 59) - O processo legislativo compreende a elaboração de:
emendas à Constituição; leis complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas provisórias;
decretos legislativos; e resoluções.

Da Emenda à Constituição (art. 60) - A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: de um
terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do Presidente da
República; ou de mais da metade das assembléias legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 

Das Leis (art. 61) - A iniciativa das leis complementares (que disciplinam e regulamentam mandamentos
constitucionais) e das leis ordinárias (que regulamentam outros mandamentos sem previsão de
regulamentação no texto constitucional) cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional; ao Presidente da República; ao Supremo
Tribunal Federal; aos Tribunais Superiores; ao Procurador-Geral da República; e aos cidadãos, na forma
e nos casos previstos na Constituição. 

Medidas Provisórias (art. 62) - Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá
adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
As medidas provisórias perderão eficácia, desde a sua edição, se não forem convertidas em lei no prazo
de sessenta dias, prorrogável, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por
decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. Se a medida provisória não for apreciada em
até quarenta e cinco dias, contados de sua publicação, entrará em regime de urgência,
subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se
ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. Aprovado
o projeto de lei de conversão, alterando o texto original da medida provisória, esta se manterá
integralmente em vigor até que seja sancionada ou vetada. 

Leis Delegadas (art. 68) - As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional. Não serão objeto de delegação os atos de competência
exclusiva do Congresso Nacional; os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado
Federal; a matéria reservada à lei complementar; nem a legislação sobre: - organização do Poder
Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; - nacionalidade, cidadania,
direitos individuais, políticos e eleitorais; - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 

Decretos Legislativos (art. 59, inciso VI) – São da competência do Congresso Nacional, não estando
sujeitos a veto ou sanção do Presidente. Têm efeitos externos, previstos no artigo 49 (que trata da
competência exclusiva do Congresso Nacional). 

Resolução (art. 59, inciso VII) – Ato de competência do Congresso, para disciplinar questões internas,
nos casos previstos nos artigos 51 e 52 da Carta Magna. 

Direitos e Garantias Individuais – São os direitos fundamentais e indispensáveis à aferição da


igualdade entre os cidadãos de um Estado. 

Características 

Historicidade: os diretos fundamentais podem ser produtos de uma evolução histórica ou humana,
surgindo junto com a sociedade para amparar suas necessidades. 
Inalienabilidade: são intransferíveis e inegociáveis. Imprescritibilidade: o seu não-uso não causa a sua
inexigibilidade. 
Irrenunciabilidade: não é licito aos cidadãos abrir mão de seus direitos, haja vista a impossibilidade do
ato. 
Universalidade: os direitos fundamentais são dirigidos a todos os cidadãos, sem exceção. 
Limitabilidade: os direitos fundamentais têm limitação, no caso de choque com outros direitos e
garantias. 

Controle de Constitucionalidade – Ato de verificação e fiscalização de uma lei ou ato normativo em face
da Constituição Federal. Dois pressupostos básicos devem ser observados quando do controle de
constitucionalidade: os requisitos de caráter formal e os de caráter material. 

Requisito de Caráter Formal – Ocorre quando não se observam os preceitos contidos nas normas
constitucionais, para a criação de uma lei, o que de imediato traz a possibilidade de enfrentamento da
norma, pelo judiciário, pela sua clara inconstitucionalidade. 
Vício Formal Subjetivo – Ocorre quando, na fase introdutória do processo legislativo, não é observada a
capacidade de iniciativa para apresentação do projeto de lei. 

Vício Formal Objetivo – Ocorre durante as fases do processo legislativo, denominadas elaboração e
aprovação da norma. O vício se caracteriza pela inobservância de aspectos objetivos, tais como número
de turnos e quorum para votação. 

Vício Material – Ocorre quanto ao conteúdo da norma frente às limitações impostas pelo texto
constitucional. Nesse caso, não existe ocorrência de vício objetivo, mas de vício insanável e
inconstitucional. 

Vício Material Total – Ocorre quando a inconstitucionalidade contida na norma contamina todo o seu
texto, impedindo o aproveitamento de partes deste. 

Vício Material Parcial – Apenas parte da norma está contaminada pela inconstitucionalidade, podendo o
restante da norma ter eficácia após a retirada da parte tida como inconstitucional.

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