1 – Introdução
Pode-se falar em vício de iniciativa nos casos em que a Constituição reserva aquela à
determinada autoridade ou Poder. Neste artigo discorrer-se-á sobre o vício de iniciativa no
âmbito federal, ou seja, em que o Presidente da República tenha exclusividade, mas o Poder
Legislativo assume esta obrigação.
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a
organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade,
remuneração, reforma e transferência para a reserva.”
3 – Jurisprudência do STF
Contrariando os autores Luiz Galloti e José Afonso da Silva, a decisão do STF foi
acertada. Estes autores acreditavam que a possibilidade de veto por parte do Presidente,
tornaria o vício de iniciativa apenas um detalhe que poderia ser sobreposto. Afonso da Silva
e Galloti, porém, não se ativeram ao caráter formal enseado pela Constituição.
Outra falha dos autores em suas análises e, talvez, mais importante, foi a questão
política. Afirmando que o Presidente tem poder de veto, eles se limitaram ao caráter
constitucional da possibilidade e não decorreram sobre a possibilidade de haver pressão
popular para a adoção da medida prevista no projeto de lei inconstitucional. Vamos ao
exemplo: o processo legislativo é deflagrado com vício de iniciativa e é aprovado, conforme
os ditames constitucionais, no Congresso e apoiado por metade da população. Então o
presidente tem o dever de sancionar ou vetar o projeto. Mesmo que o presidente seja
contra a medida, ele sofrerá enorme pressão popular para aceitar o projeto e o fará para
manter sua aceitação naquela parte da população.
Destarte, um projeto de lei que não poderia ter sido proposto pelo Poder Legislativo
terá enorme papel no governo do Presidente, influenciando suas decisões e os efeitos na
sociedade.
A afirmação dos dois autores citados tem falha em outro aspecto: o poder de veto do
presidente não é absoluto. Tenhamos como exemplo o caso citado alhures com a diferença
que o Presidente da República veta o projeto de lei. A partir disto, os parlamentares
apreciam o veto e conseguem quórum capaz de o sobrepor. Destarte o projeto de lei será
promulgado sem a concordância do Presidente, que perderá apoio popular e parlamentar.
5 – Conclusão
6 – Referências
WADY, Ariane Fucci. A sanção do chefe do Executivo tem o condão de suprir vício de
iniciativa a projeto de lei? Disponível em: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/253219/a-
sancao-do-chefe-do-executivo-tem-o-condao-de-suprir-vicio-de-iniciativa-a-projeto-de-lei-
ariane-fucci-wady. Acesso em dezembro de 2015.