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CONTROLE DE

CONSTITUCIONALIDADE
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Vou trazer uma abordagem que envolve Direito Constitucional, direitos fundamentais,
jurisprudência e atualidade. O tema que seria interessante da vez seria censura. A
temática que viralizou nos últimos dias foi se houve ou não censura na decisão do TSE
em relação à Jovem Pan. Não será tratado do viés político, somente faremos análise com
o controle de constitucionalidade.

É importante que se faça uma análise a partir daquilo que foi decidido.

Houve um pedido da coligação do PT pedindo um direito de resposta. Sem problemas.


A Jovem Pan abordou uma temática dizendo que o Lula era ladrão, ex-presidiário. O PT
pediu direito de resposta. Até aqui, nada de mais, o direito de resposta é um direito
constitucional.

Então de forma inédita o TSE criou uma resolução dizendo que as fake news o TSE
poderia retirar do ar, mesmo de ofício.

A resolução do TSE repercutiu no processo eleitoral, mas ela entra em vigor naquele
momento, mas só teria aplicabilidade depois de um ano. A retirada dessa fake news se
configuraria uma censura?

Muitas pessoas não se atentaram a norma eleitoral.

Na Lei das Eleições 9504/97, no artigo 45 ele vai tratar da situação.

Art. 45. Encerrado o prazo para a realização das convenções no ano das
eleições, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação
normal e em seu noticiário: (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)

III - veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a


candidato, partido, coligação, a seus órgãos ou representantes; (Vide ADIN
4.451)

IV - dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;

O que o TSE entendeu é que como a Rádio Jovem Pan é uma concessão e como qualquer
rádio e TV não pode privilegiar candidato A ou candidato B. Não poderia traçar opinião
no período eleitoral.

Não que não possa fazer, mas o TSE disse que a rádio não estaria cumprindo as normas
eleitorais, o que não configura censura. Apesar da Rádio Jovem Pan ser bolsonarista.
A mesma coisa seria se a Globo propusesse situações que causasse desproporcionalidade
entre os candidatos.

O advogado do PT disse uma coisa interessante.

Observe, o Lula é um ex-presidiário, e não há mentira nisso. O Bolsonaro na época do


exercito também foi preso, também é ex-presidiário.

Por isso não houve proporcionalidade.

A lei eleitoral proíbe a opinião de favorecimento. A rádio se posicionou de forma


extremamente favorável a um candidato em detrimento do outro, proíbe neste
momento eleitoral.

As fake news estão tão presentes que o judiciário não dá conta de resolver todas as
situações.

A liberdade de expressão não é um salvo conduto para condutas que sejam criminosas.
Nossas ações gerem responsabilidades.

A princípio não vejo como censura, muito mais um descumprimento da lei eleitoral.

Professor, essa resolução poderia ser objeto de ação de controle de constitucionalidade?

A priori não, pois essa resolução não seria no sentido legislativo, é um ato administrativo,
a não ser que repercuta em um direito fundamental…

Todo tipo de censura deve ser rechaçada, mas particularmente não vejo como censura,
somente aplicabilidade da Lei. Na verdade houve uma aplicabilidade no que prevê o
artigo 45 da Lei das Eleições.

Mas as pessoas começam a misturar Lei com brincadeira, memes, ai vira uma bagunça.
Liberdade de expressão tem limites constitucionais e não se configura censura.

Controle de Constitucionalidade

Conceito: É o procedimento de verificar se uma lei ou ato normativo (norma


infraconstitucional) está formalmente e materialmente de acordo com a Constituição.
Controlar significa verificar.

Obs.: hoje em razão da ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), é


possível controlar outros atos do Poder Publico (exemplo: sentenças e atos normativos).
Por isso vamos começar com o conceito de controle: controlar nada mais é do que um
procedimento no qual verificamos se as leis ou atos normativos estão de acordo com a
Constituição. Então, é apenas verificar se o ato normativo está formalmente e
materialmente de acordo com a Constituição, assim se para fosse substituir a palavra
controle, substituiria pela palavra verificação.
O controle nada mais é que uma espécie de um crivo, uma peneira: o que ficar na
peneira, não é constitucional.
Temos o chamado bloco de constitucionalidade, como a Constituição, a ADCT e a
novidade que pode estar:
A emenda 45 de 2004 altera a CF, emenda da reforma do Poder Judiciário, modifica o
art. 5º, trazendo inovação que um tratado internacional de direitos humanos que for
aprovado em dois turnos em cada casa por quórum de 3/5, será equivalente a uma
emenda constitucional.
Um desses parâmetros então também são esses tratados.

O preâmbulo da Constituição serve de parâmetro para o controle de


constitucionalidade?
Não. Pois não tem sequer valor normativo. É uma introdução à CF.

Objetos
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
Aqui já está o objeto da ação de controle de constitucionalidade:
Pergunta: Uma lei Complementar ou ordinária pode ser objeto? Pode. Medida
provisória, pode? Pode. Lei Orgânica? Pode.
Súmula Vinculante?
Não é lei, não é norma, é decisão reiterada de Tribunal.
O remédio é a reclamação judicial.

Os objetos de uma ação de controle de constitucionalidade → são as leis ou atos


normativos. Mas é possível por meio de ADPF controlar atos do poder público, no
entanto a regra é que o objeto do controle seja a lei ou ato normativo;
Uma dica é observar o art. 59 da Constituição, pois lá estão quais são as espécies
normativas que compõem o processo legislativo constitucional.
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação,
alteração e consolidação das leis.
Temos Nesse artigo 7 espécies: Emendas, lei complementar, lei ordinária, leis delegadas,
medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. Observe que a medida
provisória pode ser objeto de controle, pois apesar de não ser lei, tem força de lei e é
um ato normativo.

O controle de constitucionalidade será no aspecto formal(nomodinâmica), quando as


normas não observarem o processo legislativo para sua formação. Por exemplo, a
emenda constitucional precisa ser aprovada em cada casa do congresso com três
quintos dos votos e em dois turnos, caso esse trâmite não seja observado, essa emenda
será formalmente inconstitucional. A inconstitucionalidade formal pode ser também
subjetiva, quando quem a propõe não era legitimado para tratar daquele assunto.

Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

A lei complementar que foi aprovada por maioria simples, é formalmente


inconstitucional, pois não obedeceu a forma estabelecida em Constituição.
É possível criação de novos casos de inelegibilidade?
Resp.: Sim, art. 14, §9º, mas deve ser por lei complementar, caso tenha sido criado por
outra espécie normativa, essa norma será formalmente inconstitucional.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos
de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para
exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso
do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)

EC pode ser inconstitucional?


Pode. Ex: erro no quórum de aprovação.

Pressupostos do Controle

Feitas essas considerações iniciais sobre o controle passaremos para outro aspecto que
são os pressupostos sobre o controle.
Existem três pressupostos de controle: supremacia da Constituição, rigidez da
Constituição, e existência de um órgão com competência para efetuar o controle de
constitucionalidade de leis ou atos normativos.
A nossa Constituição possui um processo muito mais rigoroso para sua alteração do que
o exigido para as leis infraconstitucionais.
A Supremacia da Constituição está ligada à sua rigidez, já que, se a constituição possuísse
a mesma forma de alteração que as demais leis, ela não poderia ser considerada norma
superior.
De acordo com o art. 102, I, a) da CRFB/88, o STF é o órgão competente para exercer o
controle de constitucionalidade, portanto é o órgão guardião da Constituição Federal.
Observo que os Tjs são os guardiões das constituições estaduais.
O Brasil utiliza controle de constitucionalidade misto, podemos afirmar que o sistema
do Brasil é híbrido, pois adotamos tanto o controle difuso quanto o concentrado.
A título de curiosidade, o controle originário adotado no Brasil foi o controle difuso,
decorrente da influência norte americana, que teve como “linden case” o caso Madison
v. Marbury, em 1803, quando duas normas conflitantes se aplicavam ao litígio, e uma
delas era norma constitucional, essa, por ser superior, foi aplicada em detrimento da
outra. Tal forma de controle está presente em nosso ordenamento desde a Constituição
Provisória de 1890, que inspirou a Constituição de 1891.

Controle difuso x controle concentrado

DIFUSO CONCENTRADO

caso concreto em abstrato


é nominado, é, por
exemplo, o caso do não é nominado, é o caso dos professores do Brasil
professor Cristiano
via de exceção via Direta de ação
extunc (regra na ADI) e exnunc (regra na ADC) Mas pode haver
exnunc (regra) modulação dos efeitos lei 9868/99 art. 27. Nessa modulação de
efeitos STF pode modular, inclusive para o Futuro
qualquer
interessado pode a legitimidade é taxativa Artigo 103
mover ação
STF no âmbito da Constituição Federal, e no âmbito das
proposta em
constituições estaduais os legitimados são os Tribunais de Justiça
qualquer juízo
dos Estados
erga omnes - Efeito vinculante Para os demais órgãos do Poder
Judiciário E para o poder executivo ( mas não vincula o próprio STF,
em regra o efeito é
Pois de acordo com a lei a decisão que encontra os demais órgãos
inter partes
do Poder Judiciário). A decisão do STF não vincula o poder
legislativo em sua função precípua de legislar.

A decisão do STF em ação de controle de constitucionalidade possui efeito vinculante.


O que é isso?
A decisão do Supremo vincula os demais órgãos do poder judiciário e vincula a
administração pública de todas as esferas.
Ela é auto-vinculante?
Não. Pode ter um posicionamento, mas pode alterar de acordo com as realidades
sociais.
A Poder Legislativo não pode ser limitado, engessado em sua função de legislar (típica).
Outro aspecto importante é a modulação.
Modulação dos efeitos da sentença.
Em regra o efeito do Supremo possui efeito ex tunc ou ex nunc?
Depende da ação.
Regra numa ADI é que o efeito seja retroativo, ex tunc.
Em uma ação declaratória de inconstitucionalidade é que o entendimento passe a valer
daquele momento em diante (ex nunc).
Pergunta:
Pode o STF modular o momento da sentença?
Pode.
Lei 9868/99. Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo,
e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social,
poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus
membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha
eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a
ser fixado.
“Quem ganhou, ganhou, quem não ganhou não ganha mais”
Reserva de Plenário
Ainda no que se refere ao controle difuso, o artigo 97 fundamenta a chamada a reserva
de plenário:
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. (Vide Lei nº
13.105, de 2015) (Vigência)
A esse respeito o STF editou a súmula vinculante nº 10:
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão
fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua
incidência, no todo ou em parte.
Aqui estabelece que a decretação de inconstitucionalidade NÃO pode ser dada por
órgão fracionário. Uma câmara ou turma do tribunal não podem declarar a
inconstitucionalidade de ato ou texto de lei, no máximo podem repetir a decretação de
inconstitucionalidade já proferida pelo STF, pelo Plenário do Tribunal ou pelo órgão
especial do próprio tribunal.
Recentemente tivemos um episódio em que foi utilizada essa súmula, bem como a
previsão do art. 97 da CRFB/88, para cassar a decisão do TST a respeito da inclusão na
fase de execução de empresa pertencente a grupo econômico e que não houvera
participado da fase de conhecimento.

CONTROLE CONCENTRADO

Também chamado pela via de ação. É realizado em âmbito Federal, só pelo STF. A
CF/88, em seu art. 125 estabelece que os TJ (tribunais de justiça) também podem fazer
controle concentrado de constitucionalidade. No STF, o controle concentrado é feito por
meio de seguintes ações

ADI – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

Base normativa constitucional artigo 102, I, a da CRFB:


Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal;
Observem que o objeto é a lei ou ato normativo Federal ou estadual.
Tendo como parâmetro a CF, uma Lei Municipal pode ser objeto de Ação Direita de
Inconstitucionalidade?
Não.
Atente-se para a pegadinha: as provas costumam igualar os objetos das ADI e ADC, mas
para esta última, não está inserido como objeto o ato normativo estadual.
Quanto à legitimação ativa, está prevista no artigo 103 da CRFB/88 e artigo 2º da lei
9868/99 que fundamenta ADI, ADC e ADO.
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação
declaratória de constitucionalidade:(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004);
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito
Federal;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito
Federal;
V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
No artigo 103 temos um rol TAXATIVO dos legitimados para propor ação direta de
inconstitucionalidade. Para melhor memorização basta pensar em 3 pessoas, 3 mesas,
3 entidades.
3 pessoas => PR; Governador e PGR;
3 mesas => mesas do Senado, da Câmara e das Assembleias Legislativas ou da Câmara
do DF;
3 entidades => CFOAB; Partido Político com representação no CN e confederação
sindical.
Dentre os legitimados encontramos os que possuem legitimidade universal e os
legitimados especiais. Os primeiros não precisa demonstrar a pertinência temática, já o
legitimado especial deve demonstrar a pertinência temática.
São legitimados especiais os encontrados nos incisos IV; V e IX:

IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito


Federal;
V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Pergunta:
Partido político com representação no Congresso Nacional tem que ter representação
nas duas casas? Ou basta que seja em uma?
Apenas em uma já basta.
Pergunta:
Se tem apenas um representante (PCL por exemplo) no Senado. É possível entrar com
ADI?
Sim.
Mas no decorrer do andamento da ação o político falece. Perdeu a representação no
Congresso Nacional. A ação prossegue ou não?
Supremo: entende a superveniência não retira a legitimidade o partido político, ela é
comprovada no momento da propositura ação.
Pergunta: Cabe litisconsórcio ativo no controle concentrado de constitucionalidade?
Resp.: Sim, STF entende que não há obstácula desde que os dois ou três que estejam
litigando nesta ação de inconstitucionalidade pertence ao mesmo rol.
Pergunta: E a intervenção de terceiro, será possível?
Não.
Lei 9.868/99.
Art. 7º. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de
inconstitucionalidade.

Cabe desistência?

Lei 9.868/99.
Art. 5º Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.

Amicus Curie

Lei 9.868/99. Art. 7º.


§ 2º. O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos
postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo
fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.

Atuação do PGR e do AGU

PGR atua em todos os processos de competência do STF:

CF, art. 103, §1º. Atua como órgão interveniente ou como ainda prefere alguns
‘custos legis’. Procurador-geral da República exerce o papel de advogado da
Constituição, imparcialmente interessada exclusivamente na defesa da ordem
constitucional.

CF/88. Art. 103.


§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações
de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo
Tribunal Federal.

AGU:
CF, art. 103, §3º. Segundo o Supremo Tribunal Federal, o Advogado Geral da
União é curador da presunção de constitucionalidade da norma impugnada -
defensor legis. O advogado-geral da União defende as normas, federais ou
estaduais, cuja inconstitucionalidade é arguida.
CF/88. Art. 103.
§3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em
tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral
da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO


Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, temos que o objeto é um pouco
diferente. aqui não pretendemos atacar a atuação, mas sim a omissão do Poder Público
(omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever
constitucional - legislar ou adotar providências de índole administrativa) que deveria
ser editar para tornar a norma constitucional plenamente eficaz.

CUT tem legitimidade para propor ações de inconstitucionalidade?

Não. Pela sua natureza heterogênea.

Quem julga? STF

AGU é obrigado a participar? Não necessariamente, pois se o AGU defende a lei ou ato,
e não temos no caso da ADO, mas pode participar de forma facultativa.

No entanto, no artigo 12, E, § 2º da Lei 9868/99:

Art. 12-E. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade


por omissão, no que couber, as disposições constantes da Seção I do Capítulo
II desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

§ 1o Os demais titulares referidos no art. 2o desta Lei poderão manifestar-se,


por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados
úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como
apresentar memoriais. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

§ 2o O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União,


que deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei
nº 12.063, de 2009).

Ele poderá. Faz sentido? Pode ser que essa omissão seja parcial. Então é interessante
ele se manifestar.

O PGR será previamente ouvido e o AGU será previamente citado.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Ação declaratória de constitucionalidade pode ser entendida como ação de controle


concentrado que visa declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal,
objeto de controvérsia judicial relevante sobre sua aplicação. Tornando a presunção de
constitucionalidade da lei ou do ato normativo de relativa para absoluta.

Somente lei ou ato normativo federal.


Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

Lei 9868/99. Art. 13. Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade


de lei ou ato normativo federal: (Vide artigo 103 da Constituição Federal)
I - o Presidente da República;
II - a Mesa da Câmara dos Deputados;
III - a Mesa do Senado Federal;
IV - o Procurador-Geral da República.

Na lei 9882, art. 1º, § 4º


Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não
for o caso de argüição de descumprimento de preceito fundamental, faltar
algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta.
§ 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental
quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.

Para que serve a ADPF?

Declarar a constitucionalidade ou inconstitucionalidade? Tanto faz, naquilo que a ADI e


a ADC não consegue. A ADPF é uma ação subsidiária das demais, quando não couber
nenhuma das outras ações de constitucionalidade.

Art. 4º A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não
for o caso de arguição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum
dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta.
§ 1º Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental
quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
§ 2º Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de
cinco dias.

É a única que resolve inconstitucionalidade de lei municipal ou estadual.

E quando a Lei for federal?


ADI ou ADPF?

Pelo ano da Lei.

A ADPF pega norma antes da CF.

Ex: A lei 123/97 contraria a CF. Que ação?

ADI.

Mas se falar a Lei federal de 1987?

ADFP.

O que é preceito fundamental?

A jurisprudência diz:

Os princípios fundamentais, direitos fundamentais, princípios da Administração Pública


e as cláusulas pétreas.

O STF confirmou essas quatro classes e acrescentou uma quinta: os princípios


constitucionais sensíveis.

O que é? O que chora?

Não, os que estão previstos no artigo 34, VII, da CF.

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