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CONSTITUCIONALIDADE
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Vou trazer uma abordagem que envolve Direito Constitucional, direitos fundamentais,
jurisprudência e atualidade. O tema que seria interessante da vez seria censura. A
temática que viralizou nos últimos dias foi se houve ou não censura na decisão do TSE
em relação à Jovem Pan. Não será tratado do viés político, somente faremos análise com
o controle de constitucionalidade.
É importante que se faça uma análise a partir daquilo que foi decidido.
Então de forma inédita o TSE criou uma resolução dizendo que as fake news o TSE
poderia retirar do ar, mesmo de ofício.
A resolução do TSE repercutiu no processo eleitoral, mas ela entra em vigor naquele
momento, mas só teria aplicabilidade depois de um ano. A retirada dessa fake news se
configuraria uma censura?
Art. 45. Encerrado o prazo para a realização das convenções no ano das
eleições, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação
normal e em seu noticiário: (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
O que o TSE entendeu é que como a Rádio Jovem Pan é uma concessão e como qualquer
rádio e TV não pode privilegiar candidato A ou candidato B. Não poderia traçar opinião
no período eleitoral.
Não que não possa fazer, mas o TSE disse que a rádio não estaria cumprindo as normas
eleitorais, o que não configura censura. Apesar da Rádio Jovem Pan ser bolsonarista.
A mesma coisa seria se a Globo propusesse situações que causasse desproporcionalidade
entre os candidatos.
As fake news estão tão presentes que o judiciário não dá conta de resolver todas as
situações.
A liberdade de expressão não é um salvo conduto para condutas que sejam criminosas.
Nossas ações gerem responsabilidades.
A princípio não vejo como censura, muito mais um descumprimento da lei eleitoral.
A priori não, pois essa resolução não seria no sentido legislativo, é um ato administrativo,
a não ser que repercuta em um direito fundamental…
Todo tipo de censura deve ser rechaçada, mas particularmente não vejo como censura,
somente aplicabilidade da Lei. Na verdade houve uma aplicabilidade no que prevê o
artigo 45 da Lei das Eleições.
Mas as pessoas começam a misturar Lei com brincadeira, memes, ai vira uma bagunça.
Liberdade de expressão tem limites constitucionais e não se configura censura.
Controle de Constitucionalidade
Objetos
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
Aqui já está o objeto da ação de controle de constitucionalidade:
Pergunta: Uma lei Complementar ou ordinária pode ser objeto? Pode. Medida
provisória, pode? Pode. Lei Orgânica? Pode.
Súmula Vinculante?
Não é lei, não é norma, é decisão reiterada de Tribunal.
O remédio é a reclamação judicial.
Pressupostos do Controle
Feitas essas considerações iniciais sobre o controle passaremos para outro aspecto que
são os pressupostos sobre o controle.
Existem três pressupostos de controle: supremacia da Constituição, rigidez da
Constituição, e existência de um órgão com competência para efetuar o controle de
constitucionalidade de leis ou atos normativos.
A nossa Constituição possui um processo muito mais rigoroso para sua alteração do que
o exigido para as leis infraconstitucionais.
A Supremacia da Constituição está ligada à sua rigidez, já que, se a constituição possuísse
a mesma forma de alteração que as demais leis, ela não poderia ser considerada norma
superior.
De acordo com o art. 102, I, a) da CRFB/88, o STF é o órgão competente para exercer o
controle de constitucionalidade, portanto é o órgão guardião da Constituição Federal.
Observo que os Tjs são os guardiões das constituições estaduais.
O Brasil utiliza controle de constitucionalidade misto, podemos afirmar que o sistema
do Brasil é híbrido, pois adotamos tanto o controle difuso quanto o concentrado.
A título de curiosidade, o controle originário adotado no Brasil foi o controle difuso,
decorrente da influência norte americana, que teve como “linden case” o caso Madison
v. Marbury, em 1803, quando duas normas conflitantes se aplicavam ao litígio, e uma
delas era norma constitucional, essa, por ser superior, foi aplicada em detrimento da
outra. Tal forma de controle está presente em nosso ordenamento desde a Constituição
Provisória de 1890, que inspirou a Constituição de 1891.
DIFUSO CONCENTRADO
CONTROLE CONCENTRADO
Também chamado pela via de ação. É realizado em âmbito Federal, só pelo STF. A
CF/88, em seu art. 125 estabelece que os TJ (tribunais de justiça) também podem fazer
controle concentrado de constitucionalidade. No STF, o controle concentrado é feito por
meio de seguintes ações
Cabe desistência?
Lei 9.868/99.
Art. 5º Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
Amicus Curie
CF, art. 103, §1º. Atua como órgão interveniente ou como ainda prefere alguns
‘custos legis’. Procurador-geral da República exerce o papel de advogado da
Constituição, imparcialmente interessada exclusivamente na defesa da ordem
constitucional.
AGU:
CF, art. 103, §3º. Segundo o Supremo Tribunal Federal, o Advogado Geral da
União é curador da presunção de constitucionalidade da norma impugnada -
defensor legis. O advogado-geral da União defende as normas, federais ou
estaduais, cuja inconstitucionalidade é arguida.
CF/88. Art. 103.
§3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em
tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral
da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
AGU é obrigado a participar? Não necessariamente, pois se o AGU defende a lei ou ato,
e não temos no caso da ADO, mas pode participar de forma facultativa.
Ele poderá. Faz sentido? Pode ser que essa omissão seja parcial. Então é interessante
ele se manifestar.
Art. 4º A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não
for o caso de arguição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum
dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta.
§ 1º Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental
quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
§ 2º Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de
cinco dias.
ADI.
ADFP.
A jurisprudência diz: