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DICAS PROFÉTICAS

OAB DE BOLSO
A 1ª fase do Exame de Ordem tem muitas peculiaridades e é
sempre muito difícil termos certeza se estamos caminhando
É dica que você quer? pelo caminha correto.

temos! Pensando em ajudar-lhe, trouxemos DICAS PROFÉTICAS para


a sua 1ª fase ser incrível. Vamos lá?
DIREITO
CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL
a) A capacidade eleitoral ativa representa o direito de alistar-se como eleitor (alistabilidade) e o direito de votar,
já a capacidade eleitoral passiva representa o direito de ser votado e de se eleger para um cargo público
(elegibilidade). Os estrangeiros e os conscritos não são elegíveis, porque são inalistáveis (o alistamento eleitoral é
condição de elegibilidade), quanto aos analfabetos, podem votar, de modo facultativo, mas não podem ser
votados.

b) Em controle de constitucionalidade, lembrar que os tribunais somente podem declarar a inconstitucionalidade


de lei ou ato normativo do Poder Público pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou do seu órgão especial,
é a chamada “cláusula de reserva de plenário” (art. 97, CF ) e que há violação dessa cláusula quando órgão
fracionário de tribunal, embora não declarando expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo,
afasta a sua incidência, no todo ou em parte (Súm. Vinc. 10).

c) O ordenamento jurídico brasileiro admite a “inconstitucionalidade por arrastamento”, que acontece quando o
STF declara a inconstitucionalidade da norma objeto do pedido na ADIn e também de um outro dispositivo ou de
uma outra norma, que não tenha sido objeto do pedido, devido a uma relação de dependência entre ambas as
normas ou dispositivos.
DIREITO CONSTITUCIONAL
d) Conforme entendimento do STF na ADI 145/CE em junho de 2018, ainda que tenha havido mudança na norma
constitucional que serviu de referência para o ajuizamento da ADI, o STF terá de analisar se a lei estava violando o
parâmetro à época da propositura da ADI, isto é, a corte terá de verificar se realmente a Lei em questão violava a
Constituição antes de a Carta Magna ser modificada.

e) A Constituição Federal não previu prerrogativa de foro para os vereadores, todavia, a constituição estadual
pode estabelecer, devido ao art. 125, §1º, da CF/88. Porém, de acordo com o STF, a competência do tribunal do júri
prevalece sobre foro por prerrogativa de função previsto exclusivamente em constituição estadual (Súm. Vinc. 45).

f) As normas constitucionais originárias, isto é, aquelas constantes no texto da Carta Magna promulgado em
05/10/88, não podem ser consideradas inconstitucionais, dessa forma, não podem sofrer qualquer controle de
constitucionalidade. É oportuno destacar que as emendas constitucionais, são normas constitucionais derivadas e,
por isso, poderão ser objeto de controle de constitucionalidade.
DIREITO CONSTITUCIONAL
g) A interceptação telefônica é tema submetido a reserva de jurisdição, logo, a CPI não poderia decretá-la. Não
confundir com a quebra de sigilo telefônico, que é o acesso aos dados passados, o registro das ligações recebidas e
feitas. Essa, a CPI pode fazer, desde que motivadamente, mas não a interceptação telefônica. Então lembre:
quebra de sigilo sim, interceptação não!

h) A competência dos Estados-membros que não foi atribuída ao Distrito Federal é a competência estadual para
organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério Público, polícia civil, polícia militar e corpo de bombeiros
militar, pois no DF, cabe à União organizar e manter tais instituições.

i) É possível a União autorizar os entes federativos a legislarem sobre matéria privativa, desde que edite lei
complementar e tal autorização seja genérica, abrangendo todos os Estados-membros e o DF.

j) Por fim, regra geral, a decisão do Tribunal de Justiça no âmbito do controle abstrato de constitucionalidade, é
irrecorrível; não há que se falar nem mesmo em recurso para o STF. Todavia, existe uma possibilidade de recurso
extraordinário para o STF, cabível quando o parâmetro constitucional for norma de reprodução obrigatória pelos
Estados-membros.
DIREITO
ADMINISTRATIVO
DIREITO ADMINISTRATIVO
a) O órgão não possui personalidade jurídica própria – é um elemento despersonalizado, basicamente é o que lhe
diferencia da entidade, que possui personalidade jurídica própria. Em virtude disso, em regra, os órgãos não
possuem capacidade processual, contudo, a jurisprudência reconhece a capacidade processual de certos órgãos
públicos autônomos (aqueles que se situam na cúpula da Administração, logo abaixo dos independentes) e
independentes (aqueles previstos diretamente na CF, representando os três Poderes) para a impetração de
mandado de segurança na defesa de suas prerrogativas e competências (só neste tipo de caso), quando violadas
por ato de outro órgão.

b) A Administração Indireta compreende as seguintes categorias de entidades: Autarquias (pessoas jurídicas de


direito público), Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (pessoas jurídicas de direito privado),
Fundações Públicas (podem ser tanto de direito público quanto de direito privado) e, ainda, os consórcios públicos
de direito público, constituídos sob a forma de associações públicas.

c) Nas empresas públicas o capital é totalmente público, mesmo que de entes federativos ou pessoas
administrativas diferentes e sua forma jurídica é qualquer configuração admitida no direito. Já as sociedades de
economia mista o capital é público e privado, de forma conjugada, mas a maioria do capital votante deve ser
necessariamente público e sua forma jurídica é de uma sociedade anônima.
DIREITO ADMINISTRATIVO
d) As agências reguladoras são autarquias em regime especial, entretanto, têm algumas peculiaridades. Os seus
dirigentes são nomeados pelo Presidente da República, sob a aprovação do Senado para exercício de mandato a
prazo certo. Além disso, a nomeação é livre pelo Presidente, mas a exoneração não, pois o mandato é fixo.
Importante não confundir com agência executiva. As agências reguladoras são pessoas jurídicas, autarquias
criadas para esse fim. Já a agência executiva é uma denominação, uma qualificação que pode ser dada a uma
autarquia ou Fundação Pública já existente para se estabelecer um contrato de gestão (plano de metas) com o
Poder Público.

e) As entidades do Terceiro Setor (Serviços sociais autônomos, Organizações sociais, Organizações sociais da
sociedade civil) não integram à administração pública, nem a direta, nem a indireta, por isso são chamadas de
“paraestatais”.

f) Regra geral, os que exercerem mandato eletivo no executivo e no legislativo (deputados, senadores, etc.), se for
servidor, deverá se afastar do cargo ou emprego público e exercerá apenas o mandato eletivo, percebendo tão
somente o subsídio decorrente do mandato. Todavia, no caso de prefeitos e vereadores a regra é diferente. No
primeiro caso, o servidor também será afastado do cargo ou emprego público para exercer apenas o mandato
eletivo de prefeito, porém, ele poderá optar entre receber a remuneração do seu cargo ou emprego público ou o
subsídio decorrente do mandato eletivo.
DIREITO ADMINISTRATIVO
No segundo caso, dos vereadores, o servidor poderá acumular o cargo ou emprego público com as funções do
mandato, desde que haja compatibilidade de horários. Se não houver essa compatibilidade, será aplicada a
mesma regra dos prefeitos.

g) Quando o Estado tem o dever legal de assegurar a integridade de pessoas ou coisas que estão sob seu poder
(posição de garante), a omissão é específica, decorre de um dever específico de proteção. Sendo assim, aplica-se a
teoria do risco administrativo, respondendo o Estado objetivamente, conforme jurisprudência pacificada do STF.

h) Em relação à remarcação de teste de aptidão física em razão de problema temporário de saúde, é preciso ficar
atento ao caso da questão. Se for por doença ou razões de força maior, o entendimento do STF é que não pode
remarcar, salvo se houver previsão no edital autorizando. Porém, se o caso for de gravidez, o entendimento atual é
que cabe a remarcação, independentemente da previsão expressa em edital de concurso (RE 1058333), e que isso
não afronta a isonomia.

i) No exercício do poder de polícia, a administração poderá tomar medidas coercitivas, sem a necessidade de
recorrer ao judiciário, pois esse poder detém o atributo da autoexecutoriedade. Porém, atenção a exceção: as
multas. A cobrança delas não pode se dar de maneira forçada, devendo ser feita por meio de processo judicial,
caso não ocorra o pagamento administrativamente.
DIREITO ADMINISTRATIVO
j) Quando ocorre a descentralização administrativa, a administração cria entidades com personalidade jurídica
própria, já na desconcentração, a administração cria órgãos sem personalidade jurídica própria.

k) Após 3 anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público adquirem estabilidade, é isso que está no caput do art. 41, da CF. Agora, muito cuidado com o §4º
do art. 41, da CF, pois essa estabilidade não é automática, ela tem como condição a aprovação em avaliação
especial de desempenho.

l) O exercício do poder regulamentar não pode inovar na ordem jurídica, estabelecendo, de maneira originária,
direitos ou obrigações, estando sempre limitado à lei. Excepcionalmente, o Presidente da República poderá editar
decretos autônomos, que são aqueles que podem tratar de matérias não previstas em lei. Porém, é uma exceção
que está restrita às hipóteses do art. 84, inciso VI, da CF/88.

m) A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza precária, insuscetível de retenção
ou indenização por acessões e benfeitorias (Súm. 619, STJ de 2018).
DIREITO ADMINISTRATIVO
n) Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a instauração de
processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela
imposto à Administração (Súm. 611, STJ).

o) Por fim, o STF entende que a OAB é um serviço independente não integrante da Administração Pública. Uma
entidade ímpar, sui generis, que possui algumas características típicas de uma autarquia, mas que não se confunde
com um conselho fiscalizador de profissão regulamentada.
DIREITO
PROCESSUAL
PENAL
DIREITO PROCESSUAL PENAL
a) O delegado de polícia nunca poderá mandar arquivar autos de inquérito (o candidato deve ter muita atenção a
essa vedação, pois, apesar de ser simples, é muito cobrada pela FGV).

b) O arquivamento do inquérito policial faz coisa julgada formal, em regra, o que permite o seu desarquivamento
em casos de fatos novos, porém, existe exceção, como o arquivamento por atipicidade da conduta.

c) Nada impede a persecução criminal no caso de denúncia anônima, desde que a autoridade policial promova
diligências para averiguar os fatos denunciados (HC 99490).

d) A ação penal, em regra, será pública incondicionada, só sendo privada ou pública condicionada à
representação, quando o código dispuser de maneira expressa.

e) O prazo para o menor de 18 anos representar ou oferecer a ação penal privada, só começa a contar quando ele
atingir a maioridade.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
e) Para que a queixa seja ajuizada por procurador, é necessário que a procuração possua poderes especiais para
isso.

f) Em entendimento recente, o STF, na ADPF 395 e na ADPF 444, decidiu que é inconstitucional o uso de condução
coercitiva de investigados ou réus para fins de serem interrogados. Diante disso, os ministros reconheceram que a
expressão “para interrogatório” presente no artigo 260 do CPP não foi recepcionada pela constituição.

g) A decisão do STF na AP 937 restringiu o foro por prerrogativa de função, que somente será aplicado aos crimes
cometidos durante o exercício do cargo e relacionados a função desempenhada. Além disso, nessa decisão, o STF
também determinou o momento para a fixação definitiva da competência da Suprema Corte e o limite fixado foi a
conclusão da instrução processual, que se dá com a publicação do despacho de intimação para apresentação de
alegações finais. Após esse marco, mesmo que o réu deixe de ocupar o cargo público, por qualquer motivo, o STF
permanece competente para julgar a ação penal. Da mesma forma se o processo estiver tramitando no primeiro
grau, se após esse marco ele passar a ocupar cargo público que goze de foro privilegiado, o processo não subirá
para o STF, permanecendo no juízo de 1º grau.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
h) A Lei 13.769/18, de dezembro de 2018, acrescentou os artigos 318-A e 318-B ao CPP, para estabelecer a
substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar da mulher gestante ou que for mãe ou responsável por
crianças ou pessoas com deficiência e para disciplinar o regime de cumprimento de pena privativa de liberdade de
condenadas na mesma situação. Já a Lei 13.721/18 acrescentou um parágrafo único ao art. 158 do CPP afirmando
que deverá ser dada prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva: I-
violência doméstica e familiar contra mulher e II- violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com
deficiência.

i) Por fim, a ação penal privada subsidiária da pública só é cabível quando houver inércia do MP, se o membro do
MP requerer o arquivamento do IP, o ofendido não poderá oferecer a peça subsidiária.
DIREITO
PENAL
DIREITO PENAL
a) A diferença entre culpa consciente e dolo eventual é a seguinte: na primeira o agente prevê o resultado, mas o
afasta, pois acredita sinceramente que ele não ocorrerá, já no segundo o agente prevê o resultado e assume o risco
de produzi-lo, não se importando se este ocorrerá ou não.

b) Na desistência voluntária o agente, podendo prosseguir na execução do crime, desiste de fazê-lo


voluntariamente, ou seja, ele ainda não esgotou o iter criminis. Já o arrependimento eficaz ocorre quando o agente
já esgotou toda a execução e, após terminar os atos executórios, mas sem consumar o fato, impede a ocorrência
do resultado. Em ambas, o agente só vai responder pelos atos já praticados (se forem típicos). O arrependimento
posterior ocorre quando o agente, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, repara o dano
ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou queixa, sendo a pena reduzida de um a dois terços. Cuidado
com pegadinha neste ponto, pois é até o RECEBIMENTO e não OFERECIMENTO da denúncia ou queixa!

c) O entendimento consubstanciado na súmula 587, publicada em 18/09/2017 pelo STJ, é no sentido de que, para
a incidência da majorante prevista no art. 40, V, da Lei 11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de
fronteiras entre estados da Federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o
tráfico interestadual.
DIREITO PENAL
d) Atenção à súmula 589 do STJ. Ela dispõe que o princípio da insignificância é inaplicável nos crimes ou
contravenções praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas.

e) Os institutos despenalizadores da Lei 9.099 (como, por exemplo, a suspensão condicional do processo) não
são aplicáveis quando o delito envolver violência doméstica e familiar contra à mulher.

f) A Lei 13.772/18 acrescentou o capítulo I-A ao Código Penal tratando da exposição da intimidade sexual,
estando dentro do título VI (Crimes contra a dignidade sexual). A nova Lei trouxe um novo tipo penal, o crime de
registro não autorizado da intimidade sexual, art. 216-B do Código Penal: Produzir, fotografar ou registrar, por
qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem
autorização dos participantes. Detenção, de seis meses a um ano, e multa. Como se pode perceber, o tipo penal
não exige uma finalidade específica do agente, por isso, ainda que a intenção dele não seja divulgar, a intimidade
da vítima foi violada do mesmo jeito, até porque a conduta de divulgar as imagens é tipificada em outro artigo, o
art. 218-C, do CP.
DIREITO PENAL
g) A lei 13.718/18 trouxe o crime de importunação sexual, amparado no novo artigo 215-A do CP. O crime se
configura quando o agente pratica contra alguém (pode ser homem ou mulher) e sem a sua concordância, ato
libidinoso com objetivo de satisfazer a própria lascívia (prazer sexual, carnal) ou a de terceiro. A pena é de um a
cinco anos, se o ato não constitui crime mais grave. A lei veio amparar um delito cada vez mais comum,
especialmente nos transportes públicos.

h) É importante lembrar do que dispõe o art. 225 do CP, acrescentado pela Lei 13.718/18, de que todos os crimes
sexuais são agora de ação penal pública incondicionada.

i) Lembre-se de que poderá haver crime de roubo ainda que não haja violência ou grave ameaça, pois o artigo
157 fala em redução por qualquer meio da possibilidade de resistência da vítima. Quando o agente, percebendo
que a vítima foi ao banheiro, tranca a porta por fora, impedindo que ela saia, e aproveita para levar todos os
pertences dela, nesse caso houve roubo. Perceba que ele não tocou na vítima, nem a ameaçou. Todavia, ele
reduziu a possibilidade de resistência. A FGV já cobrou exatamente esse exemplo em exames passados.
DIREITO PENAL
j) Conforme entendimento da súmula 511 do STJ, é possível que haja furto privilegiado-qualificado desde que
estejam presentes os requisitos do §2º do art. 155 e a qualificadora seja de natureza objetiva. Destaca-se, que a
única qualificadora de ordem subjetiva é o abuso de confiança (§4º, inciso II, art. 155), as demais são de ordem
objetiva.

k) Quando ocorre aberratio ictus ou erro na execução, o agente atinge pessoa diversa da pretendida, por errar na
hora de executar o crime, respondendo como se tivesse atingido a pessoa alvo, considerando as qualidades desta.
Quando o agente atinge a vítima que ele não queria e também a que ele queria, deverá responder pelos dois crimes
em concurso formal, conforme disposição do artigo 73 do CP.

l) De acordo com a Súmula 711 do STF, a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado e permanente, se a
sua vigência é anterior a cessação da continuidade ou da permanência. Isso não fere o princípio da irretroatividade
da lei penal mais gravosa, pelo simples fato de que a lei não está retroagindo, ela está sendo aplicada a uma
conduta que ainda está acontecendo no momento em que ela entra em vigor.
DIREITO PENAL
m) Conforme mudança estabelecida pela Lei 13.654/18, o aumento da pena no delito de roubo não está mais
relacionado ao uso de arma branca, pois, conforme a nova redação do art. 157, §2º-A, I, precisa ser “arma de fogo”
para majorar a pena.

n) Por fim, no erro de tipo o agente ou não possui, ou possui de maneira falsa o conhecimento dos elementos
que caracterizam o tipo penal. É a chamada falsa representação da realidade. Já no erro de proibição o agente tem
plena noção da realidade, ou seja, ele sabe o que faz, só não sabe que aquilo é proibido. O equívoco recai sobre a
ilicitude da conduta praticada e não sobre os elementos do tipo. Consequência: a) Erro de tipo inevitável – exclui
dolo e culpa (fato atípico); b) Erro de tipo evitável – exclui o dolo, mas é punível a título de culpa; c) Erro de
proibição inevitável – isenção de pena, pois há exclusão da culpabilidade; e d) Erro de proibição evitável –
diminuição da pena (de 1/6 até 1/3).
DIREITO
PROCESSUAL
CIVIL
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
a) O primeiro ponto a destacar é que a ação é considerada proposta no momento em que a petição inicial for
protocolada, mas o candidato não pode confundir o momento em que a ação é proposta com o momento em que
ocorre a formação da triangulação do processo, que se dá com a citação válida. A extinção do processo dar-se-á
por sentença, porém, antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte
oportunidade para, se possível, sanar o vício.

b) Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for caso de improcedência liminar do pedido, o
juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 dias, devendo ser citado o
réu com pelo menos 20 dias de antecedência, podendo ocorrer mais de uma sessão de conciliação ou mediação
desde que não exceda 2 meses da data da realização da primeira sessão.

c) Não é impugnável por ação rescisória a decisão que julga procedente pedido formulado em ação direta de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo ou em ação declaratória de constitucionalidade.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
d) Quando o interesse único do autor se satisfaz com a concessão da tutela antecipada liminarmente e o réu não
oferece o recurso cabível, ocorrerá a estabilização da tutela. Nesse caso, o processo será extinto sem resolução de
mérito e a tutela concedida continuará produzindo seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada.

e) O indeferimento da tutela cautelar não impede o ajuizamento da ação principal, exceto no caso de
reconhecimento de prescrição ou decadência. Nesse caso, se o autor intentar demanda formulando pedido
principal, após reconhecida a prescrição na tutela de urgência de natureza cautelar, o Juiz da causa deve julgar
extinto o processo, sem resolução do mérito, haja vista o óbice da coisa julgada material.

f) Embora a regra seja a de que a competência territorial é relativa, tratando a ação de direito de propriedade,
vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova, a competência territorial será
absoluta. E, ainda, tratando-se de ação possessória imobiliária, como é o caso da ação de reintegração de posse,
deverá ela, obrigatoriamente, ser proposta no foro de situação da coisa, haja vista ser essa também uma regra de
competência absoluta. Assim, caso uma ação de reintegração de posse distribuída na comarca onde o autor é
domiciliado tenha recebido um juízo positivo de admissibilidade, deve o réu suscitar o vício de incompetência
absoluta, como preliminar de contestação.
DIREITO
CIVIL
DIREITO CIVIL
a) A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida (Teoria Natalista). Contudo, a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro.

b) A disposição gratuita do próprio corpo, para depois da morte, é válida com objetivo altruístico ou científico,
podendo o ato de disposição ser revogado a qualquer tempo.

c) Ocorre o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família,
de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa, já a lesão ocorre quando
uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente
desproporcional ao valor da prestação oposta, sendo ambos causa de anulabilidade do negócio jurídico. Fiquem
atentos para diferenciá-los, pois no estado de perigo o risco é pessoal (situação de perigo), já na lesão o risco é
patrimonial (necessidade econômica).
DIREITO CIVIL
d) A decadência tem por efeito extinguir o direito em si, enquanto a prescrição extingue a pretensão à ação. O
prazo de decadência pode ser estabelecido pela lei ou pela vontade convencional das partes, já o prazo de
prescrição é fixado por lei para o exercício da ação que o protege. Tanto a decadência (se estabelecida por lei)
quanto a prescrição serão reconhecidas de ofício pelo juiz, independente da arguição do interessado.

e) Prescrição é a perda da faculdade de exercício de um direito em razão da inércia de seu titular. Regra geral, o
prazo é de 10 anos (art. 205). As exceções a esse prazo estão no artigo 206, que prevê hipóteses de prescrição que
vão de 1 a 5 anos. Todos os demais prazos previstos no Código Civil são decadenciais. Vale lembrar algumas
diferenças entre prescrição e decadência. A prescrição pode ser impedida, suspensa ou interrompida, enquanto a
decadência não pode. Desde que consumada e que não haja prejuízos a terceiros, a prescrição admite renúncia, já
a decadência legal não admite renúncia.

f) Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins
econômicos ou comerciais, esse é o entendimento da súmula 403 do STJ.
DIREITO CIVIL
g) Mesmo a lei prevendo a retomada do nome de solteiro apenas no caso de divórcio, também será possível se o
vínculo conjugal for rompido em decorrência do falecimento, conforme entendimento do STJ (REsp 1.724.718-MG,
julgado em 22/05/2018).

h) A súmula 596 do STJ prevê que a obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária,
somente se configurando no caso de impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais.

i) É presumida a necessidade de percepção de alimentos do portador de doença mental incapacitante, devendo


ser suprida nos mesmos moldes dos alimentos prestados em razão do poder familiar, independentemente da
maioridade civil do alimentando, conforme entendimento do STJ.

j) Entendeu o STF que o Transexual pode alterar seu prenome e gênero no registro civil mesmo sem fazer a
cirurgia de transgenitalização. O direito dos transexuais à retificação do prenome e do sexo/gênero no registro civil
não é condicionado à exigência de realização da cirurgia de transgenitalização.
DIREITO CIVIL
k) Em recente entendimento, o STF declarou que cônjuge e companheiro herdam nas mesmas condições,
conforme previsão do art. 1.829, do CC.

m) É possível a decretação de morte sem que haja prévia decretação de ausência: nas situações de morte
provável de quem estava em perigo de vida (atenção ao enunciado, não é qualquer situação); se desapareceu em
campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado em até dois anos após o término da guerra.

n) A renúncia e a aceitação da herança são atos irrevogáveis, entretanto, a renúncia só pode ser expressa,
enquanto que a aceitação pode ser confirmada por qualquer ato que a evidencie.

o) O direito real de laje vale também para o subsolo, ao contrário do que possa parecer pelo nome. Além disso, se
aplica tanto a terrenos privados quanto a terrenos públicos.
DIREITO DO
TRABALHO
DIREITO DO TRABALHO
a) Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação,
não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados
em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os
aeronautas, regidos por legislação própria.

b) A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada gera o direito ao recebimento apenas do
período suprimido com adicional de 50%. Este pagamento terá natureza indenizatória e, portanto, não repercutirá
nas demais verbas.

c) É possível a celebração de contrato de trabalho em teletrabalho, de modo que a prestação de serviços ocorra,
preponderantemente, fora das dependências do empregador. A prestação de serviços nesta modalidade deve
constar expressamente no contrato individual de trabalho e especificar as atividades a serem desempenhadas.
Vale lembrar que o comparecimento do empregado às dependências do empregador não descaracteriza o regime
de teletrabalho.

d) É garantido às empregadas gestantes a estabilidade provisória desde a confirmação do estado de gravidez até
5 (cinco) meses após o parto. Também goza desta estabilidade o empregado adotante ao qual tenha sido
concedida guarda provisória para fins de adoção.
DIREITO DO TRABALHO
e) Na terceirização é possível que a empresa contratada para realização de serviços, subcontrate outra empresa
para suprir sua demanda junto à contratante, é o que a doutrina chama de “Quarteirização”.

f) Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem
sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia,
integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.

g) O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento
físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a frequência à escola.

h) As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos os fins, não havendo
necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo
de trabalho para sua efetivação.
DIREITO
EMPRESARIAL
DIREITO EMPRESARIAL
a) A sociedade de advogados é uma sociedade de natureza simples, ou seja, não é uma sociedade empresária.

b) O registro do exercente de atividade rural não é obrigatório, mas caso resolva se registrar na junta comercial,
ficará equiparado ao empresário.

c) Atenção à sociedade cooperativa, pois sempre será uma sociedade de natureza simples, em que pese seja
registrada na junta comercial, o que é uma exceção.

d) O Juiz, membro do Ministério Público e Servidor Público da Ativa não podem ser empresários individuais, mas
eles podem ser sócios de sociedade empresária, desde que não exerçam a administração. Eles podem ser
acionistas ou cotistas, mas não empresário individual.

e) O incapaz não pode iniciar uma sociedade, mas ele poderá continuar uma já existente, no caso de sucessão
hereditária ou incapacidade superveniente, desde que esteja devidamente assistido ou representado e com
autorização judicial.
DIREITO EMPRESARIAL
f) A EIRELI é uma pessoa jurídica de direito privado, constituída por um único titular de respondabilidade
limitada.

g) Para constitui-la, é necessário um capital mínimo de 100 salários-mínimos devidamente integralizado (capital
todo pago).

h) O capital social da limitada divide-se em quotas, que podem ser cedidas por seus titulares, seja para outro
sócio ou para terceiro. Se o cessionário for outro sócio, dispensa-se a autorização dos demais sócios, porém, se o
cessionário for terceiro, a cessão ocorrerá desde que não haja oposição dos sócios que representem mais de ¼ (um
quarto) do capital social.

i) A Lei 13.792/19 alterou o §1º do art. 1.063 do CC para modificar o quórum de deliberação no âmbito das
sociedades limitadas, no que tange a destituição de sócio nomeado administrador no contrato. Antes era, no
mínimo, 2/3 do capital social e, agora, mais da metade do capital social.

j) Sobre títulos de crédito deve o candidato saber o seguinte: segundo preceitua o Código Civil, é nulo o endosso
parcial, bem como é vedado o aval parcial; e, nos títulos de crédito ao portador, a prestação é devida ainda que o
documento tenha entrado em circulação contra a vontade do emitente.
DIREITO
TRIBUTÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO
a) Não incide ITBI quando do registro de promessa de compra e venda do imóvel, não ocorrendo fato típico para
incidência do imposto nessa situação.

b) IPVA, imposto estadual, cobra-se mediante lançamento de ofício e 50% da receita pertence ao município do
licenciamento do veículo.

c) O ISS não pode ser cobrado com alíquota superior a 5% (esse teto vale para todos os serviços e se aplica para
todos os municípios do país).

d) É possível a penhora do bem de família em sede de execução fiscal por dívidas de tributos ligadas ao imóvel.
Se após inscrito em dívida ativa o contribuinte aderir regime de parcelamento, a certidão fiscal que fará jus obter é
a certidão positiva do débito com efeito de negativa.

e) Existem 3 taxas que são inconstitucionais em razão da indivisibilidade do serviço público: taxa de limpeza
pública, segurança pública e iluminação pública.
DIREITO TRIBUTÁRIO
f) Em regra, os tributos são criados através de uma lei ordinária, porém, existem cinco hipóteses que devem ser
criados através de lei complementar: 1) empréstimos compulsórios; 2) Impostos Residuais; 3) Contribuições
residuais de seguridade social; 4) Imposto sobre grandes fortunas (IGF); e 5) Instituição de Imposto de Transmissão
Causa Mortis e Doações – ITCMD (em uma hipótese específica: quando vem através de alguém que tem domicílio
no exterior para alguém que esta no Brasil) – art.155, §1ª,III CF/88.

g) IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS: Conforme o art. 153, §3º, I c/c art.155, §2º, X, ‘a’ da CF/88, não incide IPI e nem ICMS
nas exportações. Os exportadores são imunes a esses dois impostos indiretos. Logo, se por um lado pode incidir o
ICMS e o IPI na importação, os mesmos NÃO INCIDEM NA EXPORTAÇÃO.

h) ISENÇÕES: as isenções (que são causas de exclusão do crédito tributário) NÃO ATINGEM AS MULTAS E NEM
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS, promovendo exclusivamente a DISPENSA DE OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO DO TRIBUTO.
ÉTICA
ÉTICA
a) O candidato deve ficar atento às recentes alterações que ocorreram no Regulamento Geral da OAB em seu art.
18, que trata do desagravo público. O desagravo público é um instrumento de defesa dos direitos e das
prerrogativas da advocacia, é uma medida efetivada na defesa do advogado que tenha sido ofendido no exercício
da profissão ou em razão dela. Será promovido pelo Conselho competente, de ofício, a pedido do próprio
advogado ou de qualquer outra pessoa. Neste último caso, independe de concordância do advogado ofendido
para que o pedido de desagravo seja formulado. Ademais, o prazo máximo para que o desagravo seja decidido será
de 60 dias, sendo que a sessão de desagravo deve ocorrer em, no máximo, 30 dias. Por fim, cumpre salientar que o
pedido de desagravo pode ser arquivado quando o relator constatar que a ofensa foi pessoal, não esteve
relacionada com o exercício da profissão ou das prerrogativas ou configura crítica de caráter doutrinário, político
ou religioso.

b) Incompatibilidade é a proibição total do exercício da advocacia, já o impedimento é a proibição parcial. O


candidato deve lembrar que a incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de
exercê-lo temporariamente. Por fim, não se incluem na incompatibilidade aqueles que exercem a administração
acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico e não se incluem no impedimento os docentes de
cursos jurídicos de universidades públicas, prestem atenção, pois deve ser professor de Direito (docentes jurídicos)
e atuar em uma universidade - cursinhos preparatórios ou outros cursos livres não vale!
ÉTICA
c) O artigo 34 do estatuto trata sobre as infrações disciplinares, já o art. 35 define as modalidades de sanções
cabíveis diante de tais infrações. Dentre os vários incisos dispostos no artigo 34 podemos destacar o inciso XXII,
que afirma constituir infração disciplinar reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em
confiança. Nesse caso, o advogado poderá sofrer penalidade de suspensão, conforme art. 37, I e multa.

d) O art.35 do Estatuto dispõe sobre as penalidades aplicadas às infrações do art. 34. As sanções disciplinares
consistem em censura, suspensão, exclusão e multa. A censura é a repreensão oficial da conduta do infrator, mas
sem publicidade ou divulgação que extrapole os órgãos da OAB. A suspensão gera a interdição do exercício
profissional pelo prazo de 30 dias a 12 meses, em regra. A exclusão ocasiona o cancelamento da inscrição do
profissional. Por fim, a multa não pode ser aplicada isoladamente por ser penalidade acessória às penas de
censura e suspensão, também não pode ser cumulada com a exclusão.
ÉTICA
e) O tema “atividade de advocacia” é disciplinado tanto no Estatuto como no Regulamento Geral da OAB. Aquele
define quais são as atividades privativas de advocacia: consultoria, assessoria, direção jurídicas e a postulação a
órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais. No entanto, algumas exceções legais dispensam a necessidade
de a postulação em juízo ser realizada por advogado: a) Habeas Corpus; b) Juizado Especial Cível (até 20 salários
mínimos); c) Juizado Especial Federal Cível (até 60 salários mínimos); d) ação de alimentos; e) defesa em sede de
Processo Administrativo Disciplinar (S.V. nº 05 do STF); f) Jus postulandi na seara trabalhista (art. 791 da CLT c/c
Súm. 425 do TST). Observem que é necessária a representação por advogado, quando estivermos diante de ação
de Habeas Data, Mandado de Segurança e Revisão Criminal, ou seja, nestas hipóteses, a atividade postulatória do
advogado é imprescindível! Por fim, lembrem que ao advogado é proibido funcionar no mesmo processo,
simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. Igualmente, é vedada a divulgação da
advocacia em conjunto com outra atividade.
ÉTICA
f) Destaca-se, ainda, que os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da
Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e
das respectivas entidades de administração indireta e fundacional se submete ao Estatuto da OAB, não sendo
impeditivo o fato de estarem submetidos a regime próprio da Administração Pública. Observem que os integrantes
da advocacia pública são elegíveis e podem integrar qualquer Órgão da OAB. Por fim, destacamos o recente
entendimento da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, no RHC 61.848/PA acerca do tema: "Os defensores
não são advogados públicos, possuem regime disciplinar próprio e têm sua capacidade postulatória decorrente
diretamente da Constituição Federal". "Em conclusão, o art. 3º, §1º, da Lei 8.906/1994 merece interpretação
conforme à Constituição para obstar a necessidade de inscrição na OAB dos membros das carreiras da Defensoria
Pública, não obstante se exija a inscrição do candidato em concurso público. Ademais, a inscrição obrigatória não
pode ter fundamento nesse comando em razão do posterior e específico dispositivo presente no art. 4º, §6º, da Lei
Complementar 80/1994".
ÉTICA
g) Em relação aos honorários advocatícios, importante lembrar que o advogado é obrigado a cobrar os valores
mínimos fixados na tabela organizada pelo conselho seccional da OAB. Uma exceção a essa regra é a advocacia pro
bono (art. 30 NCED), podendo ser exercida para entidades sem fins lucrativos ou em favor de pessoas naturais que,
igualmente, não dispuser de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado. Outra
importante observação é que, se o contrato advocatício for omisso em relação à forma de pagamento, um terço
dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final
(trânsito em julgado).
DIREITO
HUMANOS
DIREITO HUMANOS
a) A Constituição determina que alguns tratados e convenções internacionais têm força de emenda
constitucional, atendidos os seguintes requisitos: a) devem tratar de direitos humanos; e b) devem ter sido
aprovados de acordo com o rito próprio das emendas constitucionais: três quintos dos membros de cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos de votação. Já os tratados sobre direitos humanos que não são aprovados por
esse rito especial têm hierarquia supralegal, situando-se abaixo da Constituição e acima da legislação interna,
conforme entendimento do STF.

b) Dentro do assunto direito à vida tratado no Pacto de San José da Costa Rica, o artigo 4º foi claro em
determinar que não houve a abolição da pena de morte, uma vez que é admitida nos países que já a previam para
os crimes mais graves. De toda forma, em nenhuma hipótese a pena de morte será aceita para: delitos políticos ou
conexos, para menores de 18 anos quando da prática do ato infracional, para maiores de setenta anos e para
mulheres grávidas. Por fim, os países que tenham abolido a pena de morte não poderão restabelecê-la.
DIREITO HUMANOS
c) No que tange aos mecanismos de fiscalização, a Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de
Discriminação contra a mulher prevê tão somente o mecanismo de relatórios, os quais deverão ser encaminhados
a cada 4 anos e sempre que o Comitê solicitar. Porém, existem outros mecanismos para exigir o cumprimento das
normas da Convenção, que estão previstos no Protocolo Facultativo, quais sejam: petições individuais e
investigações in loco. Por intermédio das petições individuais a vítima de direitos humanos aciona o Comitê para
análise e processamento do Estado Violador, já em caso de grave ou sistemáticas violações de Direitos Humanos, é
possível ao Comitê, após autorização do Estado-parte, enviar pessoa para investigar in loco a violação denunciada.
Por fim, o Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher será composto por 23 peritos, que atuarão
a título próprio, sendo indicados e escolhidos pelos Estados-parte para um mandato de 4 anos.
DIREITO
INTERNACIONAL
DIREITO INTERNACIONAL
a) A soberania é composta por três elementos: território, população e forma de governo não subordinada a
terceiros.

b) São formas de exclusão do estrangeiro do território nacional: Deportação - medida administrativa, em que o
estrangeiro não comete crime, apenas entra ou permanece no país de maneira irregular sendo possível seu
retorno; Extradição - retirada compulsória do estrangeiro a partir da requisição de outro país; e Expulsão - forma
de punição ao estrangeiro que, no Brasil, atentar contra os interesses nacionais.

c) Em águas internacionais, a lei aplicável é a do país da bandeira ou pavilhão do navio (idem para aeronaves).
Quanto aos tratados internacionais, importante esclarecer que a denominação "tratado" é ampla, genérica, mas
levando-se em consideração o seu conteúdo, sua forma, o seu objeto ou o seu fim, podem ser adotadas diferentes
denominações, quais sejam: convenção, declaração, protocolo, convênio, acordo, ajuste ou compromisso.
DIREITO DO
CONSUMIDOR
DIREITO DO CONSUMIDOR
a) Importante destacar a diferença entre dois institutos do código de defesa do consumidor: vício e defeito. Os
vícios são meras anomalias, ou seja, quando o produto ou serviço está impróprio para ser utilizado ou consumido.
No caso do defeito, este só é visualizado quando, em decorrência do vício do produto ou serviço, o consumidor
vem a sofrer danos de ordem material e/ou moral (acidentes de consumo).

b) Importante consignar que a diferença principal entre decadência (art. 26) e prescrição (art. 27) é a seguinte: a
primeira trata da perda do direito pelo seu não exercício dentro do prazo fixado, enquanto a segunda se refere a
perda da pretensão (demandar em juízo). Na decadência há dois prazos, quais sejam, 30 dias para
produtos/serviços não duráveis e 90 dias para serviços/produtos duráveis, já na prescrição o prazo é de 5 anos,
contados a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.

c) Tratando-se de vício oculto em produtos duráveis, o prazo decadencial de 90 dias inicia-se no momento em
que ficar evidenciado o defeito. O vício oculto é aquele que ocorre de forma mediata, não sendo visto pelo
consumidor e que, tende a aparecer na maioria das vezes, após o término da garantia.
DIREITO DO CONSUMIDOR
d) Por fim, o CDC garante ao consumidor o direito de arrependimento de compras feitas pela internet, no prazo
de 07 (sete) dias, contados da data da assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto ou serviço.
Nesse caso, poderá o consumidor desistir da contratação feita, recebendo de imediato todos os valores
eventualmente pagos (produto, embalagem, frete), atualizados monetariamente.
FILOSOFIA DO
DIREITO
FILOSOFIA DO DIREITO
a) Para Norberto Bobbio, a situação de normas incompatíveis entre si é uma dificuldade tradicional frente à qual
se encontraram os juristas de todos os tempos, e teve uma denominação própria característica: antinomia.

b) A Teoria Tridimensional do Direito desenvolvida por Miguel Reale apresentou uma nova visão da realidade
jurídica, compreendido pelo fato, valor e norma. De acordo com seu entendimento, o ponto de partida da norma é
o fato, a chegada são os valores. Deste modo, o direito não é só norma, como quer Kelsen; direito não é só fato,
como rezam os marxistas ou economistas do direito; o direito não é somente valor, como rezam os adeptos do
direito natural, porque ao mesmo tempo o Direito é norma, é fato e é valor.

c) Por fim, a lógica do razoável compreende um conceito lógico reunido em algo justo e razoável, sendo
imparcial e correto, levando em consideração sempre as características sociais, econômicas e legais do problema
posto em discussão. É uma forma de interpretação que coloca o raciocínio jurídico dentro de uma formalização,
evitando a quebra dos valores defendidos pelo Direito.
DIREITO
AMBIENTAL
DIREITO AMBIENTAL
a) No âmbito do Direito Ambiental existem várias formas de se responsabilizar aqueles que cometem dano
ambiental ou descumprem as normas tuteladoras da matéria, a doutrina tem chamado de tríplice
responsabilização ambiental, que consiste na responsabilidade civil, administrativa e penal, conforme dispõe o art.
225, §3° da CF/88. Importante frisar que os três tipos de responsabilidade são autônomos e independentes entre si,
o que significa dizer que com uma única ação ou omissão a pessoa pode cometer os três tipos de ilícitos e, desta
forma, também receber as sanções cominadas.

b) Compensação ambiental é um instrumento previsto no art. 36 da Lei 9.985/00, que obriga o empreendedor a
apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação, nos casos de licenciamento ambiental de
empreendimentos que causem significativo impacto ambiental, com fundamento no EIA/RIMA. A lei estabeleceu
em seu texto original, que o montante de recursos a ser destinado as unidades de conservação pelo empreendedor
não poderia ser inferior a 0,5% dos custos totais de implementação do empreendimento, sendo o percentual
fixado pelo órgão ambiental licenciador de acordo com o grau de impacto causado pelo empreendimento. Porém,
o Supremo declarou a inconstitucinalidade da expressão “não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais
previstos para a implantação do empreendimento.”(STF. ADI 3.378-DF). Dessa forma, hoje não temos mais um
piso! O órgão ambiental fixará o montante de acordo com o grau de impacto causado, com fundamento no
EIA/RIMA. Por fim, observem que a decisão do STF declarou inconstitucional apenas o piso de 0,5%, já a
compensação ambiental é constitucional e continua em vigor.
ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
ECA
a) Um dos temas de maior incidência na prova da Ordem em Direito da Criança e do Adolescente são as
chamadas “medidas socioeducativas”, aplicáveis a adolescentes autores de atos infracionais e que estão
disciplinadas no art. 112 e ss. do ECA. Segundo o art. 103 do referido Estatuto, ato infracional é a conduta descrita
como crime ou contravenção penal, sendo que, à criança que comete este ato, aplicam-se apenas as medidas de
proteção previstas no art. 101. No mais, as medidas socioeducativas previstas no ECA são as seguintes:
advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, regime de
semiliberdade e internação.

b) Os arts. 20 a 23 do ECA arrolam algumas regras muito importantes que, com frequência, são cobradas em
prova. Dessa forma, iremos destacar aquilo que você não pode esquecer para a prova! Obrigações dos pais no que
diz respeito ao direito à convivência familiar e comunitária: a) os filhos tidos dentro ou fora do casamento ou por
adoção têm os mesmos direitos; b) o poder familiar é exercido em igualdade de condições pelos pais; c) ambos os
pais têm o dever de sustento, guarda e educação; d) ambos os pais possuem direitos, deveres e responsabilidades
iguais no cuidado e na educação dos filhos; e) a falta de recursos, por si só, não é impeditivo para o exercício do
poder familiar; f) a condenação criminal não gera perda automática do poder familiar, a não ser que o crime
praticado esteja sujeito à pena de reclusão e seja contra o filho.
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