Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A despeito de a obra Espírito das Leis, de Montesquieu, ser uma das mais famosas a
tratar do controle da administração pública, ao estabelecer o sistema de freios e
contrapesos, outras obras, mais antigas, já vislumbravam essa sistemática, como, por
exemplo, A Política, de Aristóteles, e Segundo Tratado sobre o Governo Civil, de John
Locke.
IMPORTANTE:
Nenhuma lei pode criar uma modalidade inovadora de controle externo não prevista
constitucionalmente.
Verdadeiro. Item bem interessante. Sabemos que os poderes são harmônicos e
independentes entre si. Mas, para manter a harmonia, temos o sistema de freios e
contrapesos, ou seja, sistema de controle recíproco entre os poderes. Por isso, inviável
que um instrumento do lado de fora da CF crie novas formas de controle entre os
poderes.
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração
de nulidade (ou seja, a lei fala tanto em anulação como em nulidade) de atos lesivos ao
patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades
autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de
sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de
empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para
cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de
cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao
patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de
quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.
"Art. 19. (...) § 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e
suscetíveis de recurso, poderá recorrer qualquer cidadão e também o Ministério
Público."
MANDADO DE SEGURANÇA:
(...)
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 7o desta Lei, o juiz
ouvirá o representante do Ministério Público, que opinará, dentro do prazo
improrrogável de 10 (dez) dias."
12) É incabível mandado de segurança que tem como pedido autônomo a declaração de
inconstitucionalidade de norma, por se caracterizar mandado de segurança contra lei em
tese. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 TEMA 430)
Súmula 266/STF:
“No RMS 28.204, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou a
jurisprudência no sentido de que os atos administrativos da comissão examinadora
do concurso público só podem ser revistos pelo Judiciário em situações
excepcionais, para a garantia de sua legalidade – o que inclui, segundo o colegiado, a
verificação da fidelidade das questões ao edital.
JULGADOS:
O art. 32 da Lei nº 9.656/98 prevê que, se um cliente do plano de saúde utilizar-se dos
serviços do SUS, o Poder Público poderá cobrar do referido plano o ressarcimento que
ele teve com essas despesas.
QUESTÃO INTERESSANTE:
A responsabilidade civil do Estado apoia-se em dois fundamentos: teoria do risco
administrativo e repartição dos encargos sociais.
IMPORTANTE:
Sobre o tema, esclarece Rafael Oliveira que, em relação à responsabilidade civil do
Estado, a regra é a sua configuração na hipótese de atos ilícitos. A doutrina,
contudo, tem admitido a responsabilidade civil do Estado por ato lícito em duas
situações:
1) expressa previsão legal (ex.: responsabilidade da União por danos provocados por
atentados terroristas contra aeronaves de matrícula brasileira, na forma da Lei
10.744/2003); e
2) sacrifício desproporcional ao particular (ex.: ato jurídico que determina o
fechamento permanente de rua para tráfego de veículos, inviabilizando a continuidade
de atividades econômicas prestadas por proprietários de postos de gasolina ou de
estacionamento de veículos).
(OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende de. Curso de Direito Administrativo. 8ª ed. rev.
e atual. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2020. E-book. P.1137)
IMPORTANTE:
A responsabilidade primária pelo ressarcimento de danos decorrentes da
prestação é do concessionário, cabendo ao Estado concedente responder em
caráter subsidiário. Além de direta (primária), a responsabilidade do concessionário é
objetiva na medida em que o pagamento da indenização não depende da comprovação
de culpa ou dolo."
Neste caso, a responsabilidade civil é da concessionária, de forma objetiva,
independentemente de a vítima ser ou não usuária de serviço público, conforme
posicionamento do STF no RE 591.874. No entanto, se a empresa não tiver condições
de reparar o dano, em virtude de eventual falência, o município poderá responder
subsidiariamente, conforme entendimento firmado pelo STJ no REsp 1.135.927."
Concessionários de serviços públicos : Responsabilidade objetiva (vítima ser ou não
usuária de serviço público)
Estado responsável SUBSIDIÁRIO: Responsabilidade SUBSIDIÁRIA: cobra
primeiro da concessionária, e em caso de impossibilidade de pagamento, cobra-se do
Estado.
JULGADO IMPORTANTE:
Responsabilidade Civil em caso de danos causados por notários e registradores:
O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que,
no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso
contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade
administrativa.
O Estado possui responsabilidade civil direta, primária e objetiva pelos danos que
notários e oficiais de registro, no exercício de serviço público por delegação, causem a
terceiros. STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019
(repercussão geral) (Info 932)
Atos jurisdicionais
Regra geral: irresponsabilidade do Estado.
OBS: não é aplicável quando estivermos diante da prática de um ato administrativo por
agentes do Poder Judiciário, exercendo a função administrativa em caráter atípico.
Nesse caso, ocorre a responsabilidade do Estado, na modalidade risco administrativo.
Exceções:
- erro judiciário na esfera penal: o Estado indenizará aquele que foi vítima de erro
judiciário (CF, art. 5º, LXXV), respondendo de maneira objetiva, na modalidade risco
administrativo.
- preso além do tempo fixado na sentença: responsabilidade objetiva, na
modalidade risco administrativo.
- conduta dolosa do magistrado que cause dano a terceiro: o magistrado agir com
dolo ou fraude, causando danos a terceiros, o Estado será chamado a indenizar o
particular, civilmente. Além disso, nestes casos, consoante prevê o art. 143 do Código
de Processo Civil (CPC), o magistrado será chamado a responderregressivamente
perante o Estado.
IMPORTANTE:
O Estado não deve indenizar prejuízos oriundos de alteração de política econômico-
tributária caso não se tenha comprometido previamente por meio de planejamento
específico.
No caso concreto, com finalidade extrafiscal, Portaria Ministerial, ao diminuir para 20%
a alíquota do imposto de importação para os produtos nela relacionados, provocou
impacto econômico-financeiro sobre a produção e a comercialização de mercadorias
pelas sociedades empresárias. Tal alteração da alíquota de tributos decorre do risco da
atividade próprio da álea econômica de cada ramo produtivo, não havendo, portanto,
direito subjetivo quanto à indenização.
Não se verifica o dever do Estado de indenizar eventuais prejuízos financeiros do setor
privado decorrentes da alteração de política econômico-tributária, no caso de o ente
público não ter se comprometido, formal e previamente, por meio de determinado
planejamento específico. (inf. 634 STJ)
IMPORTANTE: O Estado não precisa aguardar que o particular ingresse com ação
judicial para pagar indenização em caso de responsabilidade civil. Inclusive, é muito
comum os acordos administrativos prévios ao ingresso no judiciário. Veja o exemplo
fatídico da Escola de Realengo, Tarso da Silveira. Várias das famílias decidiram receber
a indenização diretamente do município, abrindo mão da ação judicial. E no mundo
ideal, se o Estado reconhece seu erro, é muito melhor para todos, afinal o Estado
também gasta recursos em se defender no Judiciário.
IMPORTANTE:
STJ:
Nomeação tardia a cargo público por decisão judicial NÃO tem direito a indenização.
TEM que trabalhar pra receber.
STF:
Nomeação tardia aprovados no concurso público, por meio judicial, eficácia retroativa,
TEM direito à indenização (remunerações durante o tempo que deviria estar trampando.
MASSSS para promoções ou progressões funcionais só se tivesse trabalhado, não se
resolve apenas em deixar o tempo passar )
Tem que ter cumprido o Estágio probatório e preencher de outras condições indicadas
na lei.