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2ª Fase OAB – Administrativo

Ações de Conhecimento pelo Rito


Comum

Prof. Alvaro Akinaga

@trintaesetecaput
A empresa XPTO, vencedora de um Pregão
Eletrônico promovido pela União, cujo objeto era a
prestação de serviços de Segurança Patrimonial,
foi impedida de contratar em razão de ter sido
penalizada, há um ano, com a suspensão
temporária de participação em licitação e
impedimento de contratar com a Administração,
pelo prazo de 2 (dois) anos, sem ao menos ter a
possibilidade de apresentar a sua defesa prévia
administrativa.
Vale ressaltar que a mencionada empresa possui
todas as provas que contrariam a punição que lhe
foi arbitrariamente atribuída, de modo que a
suposta inexecução do contrato não se sustenta.
Na qualidade de advogado da empresa XPTO,
promova a ação judicial cabível.
Quem é o cliente?

O que ele deseja (objeto)?

Por que? Tema central?

Inicial ou recurso?

É urgente?

Tutela Provisória: Urgência (art. 300)/Evidência


(art. 311)?
Qual é a medida judicial para o caso?

- Mandado de Segurança?

- Recurso Administrativo?

- Ação Anulatória?
Vale ressaltar que a mencionada empresa possui
todas as provas que contrariam a punição que lhe
foi arbitrariamente atribuída, de modo que a
suposta inexecução do contrato não pode se
coadunar!
Na qualidade de advogado da empresa XPTO,
promova a ação judicial cabível.
Preâmbulo:

Autor:____________________

Réu:_____________________

Nome da
peça:________________________________

Fundamento: ______________
Do Direito:

- Violação de algum princípio?

- Há lei específica sobre o tema?


ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. PENA DE
IMPEDIMENTO DE LICITAR COM A UNIÃO.
AUSÊNCIA DE DEFESA PRÉVIA NO PROCESSO
ADMINISTRATIVO. NULIDADE.
Não é cabível a imposição da penalidade de
impedimento de licitar e contratar com a administração
antes de garantido o direito à defesa prévia do
licitante no processo administrativo, sob pena de
ofensa às garantias previstas nos artigos 5º, inciso
LIV, da Constituição Federal, 87 da Lei 8.666/93 e 2º
e 3º da Lei 9.784/99.
(TRF–4ªRegião- APELAÇÃO CÍVEL Nº 2003.71.00.029410-
4/RS;Relator:ALEXANDRE GONÇALVES LIPPEL)
DOS PEDIDOS:

- Liminar/Tutela
- Citação
- Procedência
- Custas e Honorários (ver art. 25 da Lei 12.016/09)
- Audiência de conciliação
- Produção de Provas
- Valor da Causa!
AÇÃO INDENIZATÓRIA / REPARAÇÃO DE DANOS

Responsabilidade Objetiva do Estado (Nexo Causal)

Art. 37º CF - § 6º - As pessoas jurídicas de direito público


e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa
AÇÃO INDENIZATÓRIA / REPARAÇÃO DE DANOS

Responsabilidade Objetiva do Estado (Nexo Causal)

O legislador constituinte só cobriu o risco administrativo


da atuação ou inação dos servidores públicos; não
responsabilizou objetivamente a Administração por atos
predatórios de terceiros, nem por fenômenos naturais
que causem danos aos particulares.
“RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - Marido e
genitor dos autores que é baleado e morto na rua -
Alegação de que, devido à falta de segurança de nossas
ruas, que se afigura como dever do Estado, cumpre à
Fazenda Pública indenizar os autores, em virtude de tal
tragédia - Inexistência, contudo, de responsabilidade
civil do Estado advinda de ato de terceiro, a teor do
disposto no art. 37, § 6o, da Constituição Federal -
Precedentes jurisprudenciais - Ação julgada
improcedente em primeiro grau - Recurso negado.”
(TJ-SP 4093095000 SP, Relator: Wanderley José Federighi, Data de
Julgamento: 15/10/2008, 12ª Câmara de Direito Público, Data de
Publicação: 06/11/2008)
AÇÃO INDENIZATÓRIA / REPARAÇÃO DE DANOS

Responsabilidade Subjetiva do Estado:

Omissão do Estado.

A vítima terá de demonstrar o dolo ou a culpa


(negligência, imprudência e imperícia) da Administração
“RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - Danos morais -
Agente Penitenciário que permaneceu refém de presos
amotinados em penitenciária - Alegação de omissão,
"faute du service", negligência e culpa da
Administração, o que caracteriza responsabilidade
subjetiva que obriga a vítima a provar a falta de
serviço, o que não ocorreu no caso - Prescrição - Art.
206, § 3o, V, do CC - Recurso não provido.”
(TJ-SP - 384945720098260053 SP, Relator: Francisco
Vicente Rossi, Data de Julgamento: 13/12/2010, 11ª
Câmara de Direito Público, Data de Publicação:
06/01/2011)
AÇÃO INDENIZATÓRIA / REPARAÇÃO DE DANOS

Responsabilidade Subsidiária do Estado:

Prejuízos causados a terceiros pelas concessionárias e


permissionárias de serviço público.

A Administração responderá pelos prejuízos após o


exaurimento do patrimônio das empresas
concessionárias e permissionárias do serviço público.
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER OU DE NÃO FAZER

Ex.: Necessidade de fornecimento de medicamentos


gratuitos

Fundamentos:

- Artigo 196 CF: “a saúde é direito de todos e dever do


Estado”

- Hipossuficiência e Receituário Médico


“AÇÃO ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER -
FORNECIMENTO DE REMÉDIO - DEVER DO MUNICÍPIO.
Fornecimento de remédios a munícipe hipossuficiente.
Obrigação dos entes públicos integrantes do SUS,
inclusive dos municipais formadores da rede de saúde
pública, a atender as necessidades médico-hospitalares,
inclusive farmacêuticas, em cumprimento ao preceito
constitucional do art. 196 da Carta Fundamental
regulamentado pela Lei nº 8.080/90...”
(TJ-RJ - APL: 00088097720038190063 RIO DE JANEIRO TRES RIOS
2 VARA, Relator: REBELLO HORTA, Data de Julgamento:
31/01/2005, QUINTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
22/02/2005)

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