Idade:

Na verdade, àqueles que desejarem concorrer ao cargo de VEREADOR deverão comprovar a idade
mínima (18) até a data limite para o registro de candidatura, ou seja, 15 de agosto do ano das
eleições. Conforme artigo 11, § 2º da lei 9504: a idade mínima constitucionalmente estabelecida
como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse, salvo quando
fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o pedido de registro.

Propaganda:

Moto-táxi: Os ônibus, táxis e mototáxis não podem fazer propaganda eleitoral, como usar adesivos
nos veículos, disponibilizar material de campanha de partidos e candidatos (cartazes ou panfletos,
por exemplo), entre outros. A proibição é da legislação eleitoral, pois estes veículos são bens de uso
comum e dependem de concessão, permissão ou autorização do poder público - no caso, das
prefeituras, conforme Lei nº 9.504/1997, art. 37, § 4º. • Res. TSE n. 23.551/17, art. 14, §2º.

Showmício: Conforme artigo 12 Resolução TSE n. 23.551/2017, são proibidas a realização de

showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos e a apresentação, remunerada ou
não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral, respondendo o infrator pelo
emprego de processo de propaganda vedada e, se for o caso, pelo abuso do poder (Lei nº
9.504/1997, art. 39, § 7º; Código Eleitoral, arts. 222 e 237; e Lei Complementar nº 64/1990, art.
22).

Distribuição de camisas: É proibido, conforme a resolução TSE n. 23.551/17, art. 13 , são vedadas
na campanha eleitoral confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua
autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros
bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor, respondendo o infrator, conforme o
caso, pela prática de captação ilícita de sufrágio, emprego de processo de propaganda vedada e, se
for o caso, pelo abuso do poder (Lei nº 9.504/1997, art. 39, § 6º; Código Eleitoral, arts. 222 e 237; e
Lei Complementar nº 64/1990, art. 22).

Inegibilidade reflexa tio:

Por ser o tio de Bia parente de 3° grau, não incide a vedação do artigo 14, § 7º da CF de 1988, o
qual trata da inegibilidade reflexa, a saber: São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato à reeleição.

Limite de gasto em campanha:

Conforme a Portaria TSE nº 704, de 1 de julho de 2016, o limite de gasto para campanha de
vereador no município de Brejo seria de até R$ 10.803,91. Assim, Bia não poderia gastar R$
150.000,00 em sua campanha.

Domicílio Eleitoral:

Para o TSE, o conceito de domicílio eleitoral envolve, além do local da residência ou moradia do
eleitor, o vínculo político, familiar, afetivo, profissional, patrimonial ou comunitário do eleitor com
a localidade onde pretende exercer o direito de voto. Entretanto, no caso de Bia, além de não residir
em Brejo, não possui nenhum vínculo específico com o município, sendo sua única ligação o fato
de seu primeiro namorado residir na cidade. Desse modo, entendemos que Bia não poderia
concorrer ao cargo de vereadora no citado município, uma vez que não possui domicílio eleitoral na
cidade, o que é uma condição de elegibilidade, conforme art. 14, § 3º, IV.

Filiação Partidária

Não possuindo filiação partidária, Bia não é elegível para o cargo de vereadora, conforme artigo 14,
§ 3º, inc. V. A Lei n. 9.540/97, ao regulamentar o dispositivo constitucional atinente a tal condição
de elegibilidade, estabeleceu em seu art. 9º um prazo mínimo de filiação partidária: a filiação deve
estar deferida pelo Partido com pelo menos um ano de antecedência em relação à eleição.

Condenação em condomínio:

Apesar de Bia ter sido condenada por promover uma baderna no condomínio onde vivia com sua
família, esta condenação não tem efeito jurídico nenhum no que se refere a elegibilidade de Bia.
Uma vez que não se trata de condenação criminal transitada em julgado, Bia não teve suspensos
seus direitos políticos.