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2ª RODADA DE QUESTÕES NC-UFPR
Direito Administrativo e Direito Constitucional
Renato Borelli
Juiz Federal do TRF1. Foi Juiz Federal do TRF5. Exerceu a advocacia privada e pública. Foi servidor público
e assessorou Desembargador Federal (TRF1) e Ministro (STJ). Atuou no CARF/Ministério da Fazenda como
Conselheiro (antigo Conselho de Contribuintes). É formado em Direito e Economia, com especialização em
Direito Público, Direito Tributário e Sociologia Jurídica.
DIREITO ADMINISTRATIVO
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
DIREITO CONSTITUCIONAL
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
2) O Estado poderá intervir em seus Municípios quando não tiver sido aplicado o
mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e
nas ações e serviços de saúde, assistência e previdência social.
3) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar.
4) O Distrito Federal e os Territórios não podem ser divididos em Municípios.
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
GABARITO
DIREITO ADMINISTRATIVO
1. C
2. a
3. c
4. e
5. a
DIREITO CONSTITUCIONAL
1. d
2. b
3. d
4. a
5. b
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
GABARITO COMENTADO
DIREITO ADMINISTRATIVO
Certo.
Os serviços de notário e registrador, por expressa determinação constitucional, serão dele-
gados a um particular. Nesse sentido, art. 236 da CF:
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do
Poder Público.
De fato, não podem ser enquadrados no conceito de concessões de serviço público dele-
gadas a particular narrado no enunciado da questão. Isso porque os serviços notariais e
de registro submetem-se ao regime jurídico disciplinado na Lei n. 8.935/1994, sendo objeto
de uma delegação sui generis concedida somente a pessoas naturais, após habilitação em
concurso público de provas e títulos. No sentido oposto, a concessão de serviço público é
regida pela Lei n. 8.987/1995 e se dá em favor apenas de pessoa jurídica ou consórcio de
empresas, mediante prévio e necessário processo licitatório na modalidade concorrência.
Observe:
Lei n. 8.935/1994, art. 14. A delegação para o exercício da atividade notarial e de registro depende
dos seguintes requisitos:
I – habilitação em concurso público de provas e títulos;
II – nacionalidade brasileira;
III – capacidade civil;
IV – quitação com as obrigações eleitorais e militares;
V – diploma de bacharel em direito;
VI – verificação de conduta condigna para o exercício da profissão.
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
Lei n. 8.987/1995, art. 2º. Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, me-
diante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
Letra a.
Tenha bastante cuidado, pois o examinador foi explícito ao indicar que queria saber qual
seria a resposta correta “levando em consideração a posição do autor”. Assim, conforme
trecho extraído da obra “Princípio constitucional da supremacia do interesse público”, é pos-
sível inferir que o autor (Daniel Wunder HACHEM) defende que a supremacia do interesse
público é um princípio da Administração Pública explícito na Constituição da República de
1988, ainda que possa haver discordâncias sobre essa afirmação por parte de intérpretes.
Data venia, é preciso apontar que se trata de um posicionamento minoritário, prevalecen-
do na doutrina que a supremacia do interesse público é princípio implícito na Constituição
Federal de 1988.
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Letra c.
A questão está fundamentada no art. 2º da Lei da Ação Popular (Lei n. 4.717/1965). Antes
de analisarmos as alternativas, é essencial fazer a leitura do dispositivo legal.
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior,
nos casos de:
a. incompetência;
b. vício de forma;
c. ilegalidade do objeto;
d. inexistência dos motivos;
e. desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
a. a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente
que o praticou;
b. o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalida-
des indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c. a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regula-
mento ou outro ato normativo;
d. a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fun-
damenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
e. o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
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Letra e.
Segundo o art. 94, III, da Lei n. 8.112/1990, e o art. 38, III, da CF:
• Havendo compatibilidade de horários, José perceberá as vantagens de seu cargo,
emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; e
• Não havendo compatibilidade de horários, José será afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
Vejamos:
Lei n. 8.112/1990, art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes
disposições:
III – investido no mandato de vereador:
a. havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo;
b. não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração.
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Art. 38 da CF. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-
tado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo,
e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse
regime, no ente federativo de origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
Letra a.
a. CERTA! Está de acordo com o art. 37, § 6º, da CF:
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
gurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
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Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
gurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Letra d.
Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras!
Afirmativa 1: verdadeira! Está de acordo com o art. 44 da CF:
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos,
alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros
de Estado.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para
sua fiel execução;
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a. organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despe-
sa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b. extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, ca-
bendo-lhe: (...)
Letra b.
a. Errada! Para ser Ministro do STF, o cidadão deve ter mais 35 anos (e não mais de 30
anos!), conforme o art. 101 da CF.
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Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos
com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e
reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
d. Errada! Quanto ao efeito vinculante, ele ocorre apenas em relação ao Poder Execu-
tivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário, não atingindo o próprio STF, que, em deter-
minadas hipóteses, poderá rever suas decisões.
É valido apontar que também não atingirá o legislador o qual, em tese, poderá editar uma
nova lei com conteúdo material idêntico ao do texto normativo considerado inconstitucional. O
tema está tratado no art. 102, § 2º, da CF:
Art. 102, § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas
ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário
e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
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Art. 101, parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presi-
dente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
Letra d.
A sequência correta, de cima para baixo, é V – F – F – V!
Afirmativa I: verdadeira! De acordo com o art. 14 da CF:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
Afirmativa II: falsa! O alistamento e o voto serão facultativos para os maiores de 70 anos
(art. 14, § 1º, II, b, da CF):
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Afirmativa III: falsa! A Constituição Federal, art. 14, § 2º, dispõe que não podem se alistar
como eleitores os estrangeiros e, durante o serviço militar obrigatório, os conscritos. Os
analfabetos, por seu turno, podem se alistar como eleitores, muito embora esse alista-
mento seja facultativo, de acordo com o art. 14, § 1º, a, da CF.
Afirmativa IV: verdadeira! Está de acordo com o art. 14, § 6º, da CF:
Letra a.
Tendo em vista que a mãe de Pompônio estava na Áustria a serviço da República Fede-
rativa do Brasil, ele deverá ser considerado BRASILEIRO NATO, enquadrando-se na
hipótese contemplada no art. 12, I, b, da CF. Vejamos:
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b. os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c. os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem,
em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
Letra b.
Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras!
Afirmativa 1: verdadeira! Está de acordo com o art. 30, VI, da CF:
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VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e contro-
le do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação
fiscalizadora federal e estadual.
Afirmativa 2: falsa! É hipótese que autoriza o Estado a intervir em seus Municípios a não
aplicação do mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços de saúde, NÃO englobando a assistência e previdência
social. Trata-se da hipótese de intervenção estadual e federal (quando a União intervir nos
Municípios localizados em Territórios Federais) estampada no art. 35, III, da CF.
Vejamos:
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, exceto quando:
I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desen-
volvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 29, de 2000)
IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de prin-
cípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de deci-
são judicial.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
Afirmativa 4: falsa! A alternativa está errada porque os Territórios podem ser divididos
em Municípios, segundo o art. 33, § 1º, da CF.
Art. 33, § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que
couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
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Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, vota-
da em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legis-
lativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
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