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2ª RODADA DE QUESTÕES NC-UFPR

Direito Administrativo e Direito Constitucional

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2ª RODADA DE QUESTÕES NC-UFPR
Direito Administrativo e Direito Constitucional

Renato Borelli
Juiz Federal do TRF1. Foi Juiz Federal do TRF5. Exerceu a advocacia privada e pública. Foi servidor público
e assessorou Desembargador Federal (TRF1) e Ministro (STJ). Atuou no CARF/Ministério da Fazenda como
Conselheiro (antigo Conselho de Contribuintes). É formado em Direito e Economia, com especialização em
Direito Público, Direito Tributário e Sociologia Jurídica.

Disciplinas: Direito Administrativo e Direito Constitucional


Cargo: Delegado de Polícia
Banca organizadora: NC-UFPR

DIREITO ADMINISTRATIVO

1. (TJ-PR/2019/NC-UFPR/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – RE-


MOÇÃO/ADAPTADA) Segundo Cristiana Fortini, “as concessões de serviço público são
espécies de contratos administrativos, embora o conceito presente no art. 2º, inciso II, da
Lei n. 8.987 assim não diga. Por meio deles, transfere-se a empresa particular ou a con-
sórcio de empresas a execução e a exploração de certo serviço” (FORTINI, 2009).

Com relação ao assunto, julgue como certo ou errado o item abaixo:


Os serviços de notário e registrador não podem ser enquadrados no conceito acima de
concessões de serviço público delegadas a particular.

2. (TJ-PR/2019/NC-UFPR/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – RE-


MOÇÃO/ADAPTADA) “De todo modo, mesmo que se discorde da fundamentação nor-
mativa expressa (art. 3º, IV, e art. 66, parágrafo 1º, da CF), a inexistência de um dispo-
sitivo expresso e específico na Constituição brasileira de 1988 que se refira ao dever da
Administração Pública de servir ao “interesse público” jamais poderia significar ausência
de amparo normativo ao princípio da supremacia do interesse público” (HACHEM, 2011).
Levando em consideração a posição do autor, assinale a alternativa correta.
a. A supremacia do interesse público é um princípio da Administração Pública explícito na
Constituição da República de 1988, ainda que possa haver discordâncias sobre essa
afirmação por parte de intérpretes.
b. A supremacia do interesse público é na realidade uma regra implícita no sistema cons-
titucional brasileiro que, por vezes, é considerada regra expressa pelos intérpretes.
c. O princípio da supremacia do interesse público é inexoravelmente um princípio
expresso da Administração Pública brasileira na Constituição da República.
d. O princípio da supremacia do interesse público pode ser considerado ou não um prin-
cípio regente do regime jurídico administrativo, dependendo da interpretação dos ope-
radores jurídicos.

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e. Não há como saber ao certo no Brasil se o princípio da supremacia do interesse público


é um princípio constitucional.

3. (ITAIPU BINACIONAL/2019/NC-UFPR/PROFISSIONAL DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO JR


– DIREITO) A Lei da Ação Popular dispõe que são nulos os atos lesivos ao patrimônio
das entidades públicas nos casos de incompetência, vício de forma, ilegalidade do objeto,
inexistência dos motivos e desvio de finalidade. Com relação ao assunto, assinale a alter-
nativa correta.
a. A incompetência se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
b. O vício de forma se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fun-
damenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resul-
tado obtido.
c. A ilegalidade do objeto se verifica quando o resultado do ato importa em violação de
lei, regulamento ou outro ato normativo.
d. A inexistência dos motivos consiste na omissão ou na observância incompleta ou irre-
gular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato.
e. O desvio de finalidade se verifica quando o ato não se incluir nas atribuições legais do
agente que o praticou.

4. (UF-PR/2013/NC-UFPR/ESTATÍSTICO) José é servidor público efetivo da Universidade


Federal do Paraná, que possui natureza jurídica de autarquia. Candidatou-se, nas elei-
ções de 2012, para o cargo de vereador do município de Curitiba. Logrou êxito e foi eleito.
Em que condições o servidor poderá exercer o mandato de vereador?
a. José deverá se afastar do cargo na Universidade a partir do dia em que passar a exer-
cer o mandato de vereador, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
b. José deverá se afastar do cargo na Universidade a partir do dia em que passar a exer-
cer o mandato de vereador, e receberá, cumulativamente, as remunerações dos dois
cargos, da UFPR e de vereador.
c. Havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibi-
lidade, será afastado do cargo, emprego ou função, percebendo somente a remunera-
ção do cargo de vereador.
d. Havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibi-
lidade, ser-lhe-á vedado exercer o cargo de vereador.

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e. Havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego


ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibili-
dade, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração.

5. (UF-PR/2013/NC-UFPR/ESTATÍSTICO) Sobre a responsabilidade civil do Estado, assina-


le a alternativa correta.
a. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de servi-
ços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causa-
rem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa.
b. O Estado é responsável por danos causados a terceiros por ato praticado por servi-
dor público efetivo; atos praticados por servidor público ocupante de cargo em comis-
são não resultam responsabilidade do Estado, mas apenas pessoal, do servidor que
causou o dano.
c. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos não responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem
a terceiros.
d. O Estado é responsável por danos causados a terceiros, sendo obrigação dos preju-
dicados pelos atos do Estado comprovar o dolo ou a culpa do agente estatal que deu
causa ao dano.
e. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado exploradoras de atividade
econômica responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável, independentemente
da existência de culpa.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

1. (PREFEITURA DE MATINHOS-PR/2019/NC-UFPR/FISCAL DE TRIBUTOS) No que se


refere à Organização dos Poderes, conforme a Constituição Federal, considere as seguin-
tes afirmativas:
1) O Poder Legislativo é exercido pelo congresso Nacional, composto pela Câmara dos
Deputados e Senado Federal.
2) O Senado Federal compõe-se de quatro representantes de cada Estado e do Distrito
Federal.
3) Compete ao Poder Executivo, entre outras atribuições, sancionar, promulgar e fazer
publicar as leis, bem como dispor sobre a organização e funcionamento da adminis-
tração pública.
4) Compete ao Supremo Tribunal Federal, órgão que compõe o Poder Judiciário, pre-
cipuamente a guarda da Constituição.

Assinale a alternativa correta.


a. Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b. Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d. Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d. Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e. Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

2. (PREFEITURA DE MATINHOS-PR/2019/NC-UFPR/ADVOGADO) Com relação ao Supre-


mo Tribunal Federal (STF), responsável precipuamente pela guarda da Constituição da
República, assinale a alternativa correta.
a. O STF é composto de onze Ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de trinta e
menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
b. Compete ao STF processar e julgar, originariamente, o litígio entre Estado estrangeiro
e Estado da Federação.
c. Compete ao STF julgar, em recurso ordinário, o habeas corpus decidido pelos Tribu-
nais de Justiça, se denegatória a decisão.
d. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF, nas ações diretas de incons-
titucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia
contra todos e efeito vinculante, inclusive para o próprio STF, que não poderá rever
tais decisões.
e. Os Ministros do STF serão nomeados pelo Presidente da República, depois de apro-
vada a escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

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3. (PREFEITURA DE MATINHOS-PR/2019/NC-UFPR/ADVOGADO) Com relação aos direi-


tos políticos elencados na Constituição da República, identifique como verdadeiras (V) ou
falsas (F) as seguintes afirmativas:
 (  ) O plebiscito e o referendo são formas de exercício da soberania popular.
 (  ) O alistamento e o voto são facultativos para os maiores de sessenta anos.
 (  ) Não podem se alistar como eleitores os analfabetos, os estrangeiros e, durante o
serviço militar obrigatório, os conscritos.
 (  ) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos manda-
tos até seis meses antes do pleito.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.


a. F – V – V – V.
b. V – V – F – F.
c. F – F – V – V.
d. V – F – F – V.
e. V – F – V – F.

4. (PREFEITURA DE MATINHOS-PR/2019/NC-UFPR/ADVOGADO) Pompônio nasceu na


Áustria, de pai austríaco e mãe brasileira, a qual lá estava a serviço da República Fe-
derativa do Brasil. Quanto à nacionalidade de Pompônio, nos termos da Constituição da
República, é correto afirmar que ele:
a. é brasileiro nato.
b. será brasileiro nato se vier a residir no Brasil e optar, após a maioridade, pela naciona-
lidade brasileira.
c. poderá se tornar brasileiro naturalizado, se residir no Brasil por mais de dez anos inin-
terruptos e possuir idoneidade moral.
d. será brasileiro nato se for registrado na repartição competente e vier a residir no Brasil.
e. será brasileiro nato se residir no Brasil por um ano ininterrupto e não possuir condena-
ção criminal transitada em julgado.

5. (FPMA/2019/NC-UFPR/ADVOGADO) A organização do Estado brasileiro é tema comple-


xo, tendo em vista que todas as entidades da Federação (União Federal, Estados, Distrito
Federal e os Municípios) possuem atribuições e competências legislativas. A respeito do
assunto, considere as seguintes afirmativas:
1) Compete aos Municípios manter, com a cooperação técnica e financeira da União
e do respectivo Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental.

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2) O Estado poderá intervir em seus Municípios quando não tiver sido aplicado o
mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e
nas ações e serviços de saúde, assistência e previdência social.
3) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar.
4) O Distrito Federal e os Territórios não podem ser divididos em Municípios.

Assinale a alternativa correta.


a. Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
b. Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
c. Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
d. Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e. As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

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GABARITO
DIREITO ADMINISTRATIVO
1. C
2. a
3. c
4. e
5. a

DIREITO CONSTITUCIONAL
1. d
2. b
3. d
4. a
5. b

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GABARITO COMENTADO

DIREITO ADMINISTRATIVO

1. (TJ-PR/2019/NC-UFPR/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – RE-


MOÇÃO/ADAPTADA) Segundo Cristiana Fortini, “as concessões de serviço público são
espécies de contratos administrativos, embora o conceito presente no art. 2º, inciso II, da
Lei n. 8.987 assim não diga. Por meio deles, transfere-se a empresa particular ou a con-
sórcio de empresas a execução e a exploração de certo serviço” (FORTINI, 2009).

Com relação ao assunto, julgue como certo ou errado o item abaixo:


Os serviços de notário e registrador não podem ser enquadrados no conceito acima de
concessões de serviço público delegadas a particular.

Certo.
Os serviços de notário e registrador, por expressa determinação constitucional, serão dele-
gados a um particular. Nesse sentido, art. 236 da CF:

Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do
Poder Público.

De fato, não podem ser enquadrados no conceito de concessões de serviço público dele-
gadas a particular narrado no enunciado da questão. Isso porque os serviços notariais e
de registro submetem-se ao regime jurídico disciplinado na Lei n. 8.935/1994, sendo objeto
de uma delegação sui generis concedida somente a pessoas naturais, após habilitação em
concurso público de provas e títulos. No sentido oposto, a concessão de serviço público é
regida pela Lei n. 8.987/1995 e se dá em favor apenas de pessoa jurídica ou consórcio de
empresas, mediante prévio e necessário processo licitatório na modalidade concorrência.

Observe:

Lei n. 8.935/1994, art. 14. A delegação para o exercício da atividade notarial e de registro depende
dos seguintes requisitos:
I – habilitação em concurso público de provas e títulos;
II – nacionalidade brasileira;
III – capacidade civil;
IV – quitação com as obrigações eleitorais e militares;
V – diploma de bacharel em direito;
VI – verificação de conduta condigna para o exercício da profissão.

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Lei n. 8.987/1995, art. 2º. Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, me-
diante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;

2. (TJ-PR/2019/NC-UFPR/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – RE-


MOÇÃO/ADAPTADA) “De todo modo, mesmo que se discorde da fundamentação nor-
mativa expressa (art. 3º, IV, e art. 66, parágrafo 1º, da CF), a inexistência de um dispo-
sitivo expresso e específico na Constituição brasileira de 1988 que se refira ao dever da
Administração Pública de servir ao “interesse público” jamais poderia significar ausência
de amparo normativo ao princípio da supremacia do interesse público” (HACHEM, 2011).
Levando em consideração a posição do autor, assinale a alternativa correta.
a. A supremacia do interesse público é um princípio da Administração Pública explícito na
Constituição da República de 1988, ainda que possa haver discordâncias sobre essa
afirmação por parte de intérpretes.
b. A supremacia do interesse público é na realidade uma regra implícita no sistema cons-
titucional brasileiro que, por vezes, é considerada regra expressa pelos intérpretes.
c. O princípio da supremacia do interesse público é inexoravelmente um princípio
expresso da Administração Pública brasileira na Constituição da República.
d. O princípio da supremacia do interesse público pode ser considerado ou não um prin-
cípio regente do regime jurídico administrativo, dependendo da interpretação dos ope-
radores jurídicos.
e. Não há como saber ao certo no Brasil se o princípio da supremacia do interesse público
é um princípio constitucional.

Letra a.
Tenha bastante cuidado, pois o examinador foi explícito ao indicar que queria saber qual
seria a resposta correta “levando em consideração a posição do autor”. Assim, conforme
trecho extraído da obra “Princípio constitucional da supremacia do interesse público”, é pos-
sível inferir que o autor (Daniel Wunder HACHEM) defende que a supremacia do interesse
público é um princípio da Administração Pública explícito na Constituição da República de
1988, ainda que possa haver discordâncias sobre essa afirmação por parte de intérpretes.
Data venia, é preciso apontar que se trata de um posicionamento minoritário, prevalecen-
do na doutrina que a supremacia do interesse público é princípio implícito na Constituição
Federal de 1988.

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3. (ITAIPU BINACIONAL/2019/NC-UFPR/PROFISSIONAL DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO JR


– DIREITO) A Lei da Ação Popular dispõe que são nulos os atos lesivos ao patrimônio
das entidades públicas nos casos de incompetência, vício de forma, ilegalidade do objeto,
inexistência dos motivos e desvio de finalidade. Com relação ao assunto, assinale a alter-
nativa correta.
a. A incompetência se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
b. O vício de forma se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fun-
damenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resul-
tado obtido.
c. A ilegalidade do objeto se verifica quando o resultado do ato importa em violação de
lei, regulamento ou outro ato normativo.
d. A inexistência dos motivos consiste na omissão ou na observância incompleta ou irre-
gular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato.
e. O desvio de finalidade se verifica quando o ato não se incluir nas atribuições legais do
agente que o praticou.

Letra c.
A questão está fundamentada no art. 2º da Lei da Ação Popular (Lei n. 4.717/1965). Antes
de analisarmos as alternativas, é essencial fazer a leitura do dispositivo legal.

Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior,
nos casos de:
a. incompetência;
b. vício de forma;
c. ilegalidade do objeto;
d. inexistência dos motivos;
e. desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:

a. a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente
que o praticou;
b. o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalida-
des indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c. a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regula-
mento ou outro ato normativo;
d. a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fun-
damenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
e. o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.

a. Errada! Narrou o conceito de desvio de finalidade, e não o de incompetência.


b. Errada! Narrou o conceito de inexistência dos motivos, e não o de vício de forma.

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c. CERTA! Está de acordo com o art. 2º, parágrafo único, c.


d. Errada! Narrou o conceito de vício de forma, e não o de inexistência dos motivos.
e. Errada! Narrou o conceito de incompetência, e não o de desvio de finalidade.

4. (UF-PR/2013/NC-UFPR/ESTATÍSTICO) José é servidor público efetivo da Universidade


Federal do Paraná, que possui natureza jurídica de autarquia. Candidatou-se, nas elei-
ções de 2012, para o cargo de vereador do município de Curitiba. Logrou êxito e foi eleito.
Em que condições o servidor poderá exercer o mandato de vereador?
a. José deverá se afastar do cargo na Universidade a partir do dia em que passar a exer-
cer o mandato de vereador, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
b. José deverá se afastar do cargo na Universidade a partir do dia em que passar a exer-
cer o mandato de vereador, e receberá, cumulativamente, as remunerações dos dois
cargos, da UFPR e de vereador.
c. Havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibi-
lidade, será afastado do cargo, emprego ou função, percebendo somente a remunera-
ção do cargo de vereador.
d. Havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibi-
lidade, ser-lhe-á vedado exercer o cargo de vereador.
e. Havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibili-
dade, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração.

Letra e.
Segundo o art. 94, III, da Lei n. 8.112/1990, e o art. 38, III, da CF:
• Havendo compatibilidade de horários, José perceberá as vantagens de seu cargo,
emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; e
• Não havendo compatibilidade de horários, José será afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

Vejamos:

Lei n. 8.112/1990, art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes
disposições:
III – investido no mandato de vereador:
a. havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo;
b. não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração.

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Art. 38 da CF. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-
tado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo,
e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse
regime, no ente federativo de origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)

5. (UF-PR/2013/NC-UFPR/ESTATÍSTICO) Sobre a responsabilidade civil do Estado, assina-


le a alternativa correta.
a. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de servi-
ços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causa-
rem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa.
b. O Estado é responsável por danos causados a terceiros por ato praticado por servi-
dor público efetivo; atos praticados por servidor público ocupante de cargo em comis-
são não resultam responsabilidade do Estado, mas apenas pessoal, do servidor que
causou o dano.
c. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos não responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem
a terceiros.
d. O Estado é responsável por danos causados a terceiros, sendo obrigação dos preju-
dicados pelos atos do Estado comprovar o dolo ou a culpa do agente estatal que deu
causa ao dano.
e. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado exploradoras de atividade
econômica responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável, independentemente
da existência de culpa.

Letra a.
a. CERTA! Está de acordo com o art. 37, § 6º, da CF:

Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
gurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

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b. Errada! A expressão “agentes”, utilizada no § 6º do art. 37 da CF, “tem conteúdo abran-


gente e engloba toda e qualquer pessoa física no exercício da função pública: agentes
públicos de direito (agentes políticos; servidores públicos estatutários, celetistas e temporá-
rios; e particulares em colaboração) e de fato (putativos e necessários).” 1
Logo, o Estado será responsável por danos causados a terceiros por ato praticado por ser-
vidor público efetivo, bem como por atos praticados por servidor público ocupante de cargo
em comissão.
c. Errada! Como visto na explicação da alternativa “a”, as pessoas jurídicas de direito públi-
co e as de direito privado prestadoras de serviços públicos RESPONDERÃO pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros.
d. Errada! O prejudicado pelo ato praticado por agente estatal NÃO tem a obrigação de
comprovar que a conduta foi realizada a título de dolo ou a culpa, pois a responsabilidade
do Estado é objetiva, isto é, independe de dolo ou culpa.
No § 6º do art. 37 da CF, duas espécies de responsabilidade foram previstas:
uma de natureza objetiva, dirigida ao Estado, que tem o dever de reparar os danos

provocados a terceiros por seus agentes, independentemente do exame de dolo
ou culpa; e
• outra de natureza subjetiva, dirigida ao agente estatal causador do dano, que
somente poderá ser acionado pelo Estado em ação regressiva se tiver atuado com
dolo ou culpa.
e. Errada! Observe que o § 6º do art. 37 da CF atribuiu responsabilidade objetiva apenas às
pessoas jurídicas de direito público e às pessoas jurídicas de direito privado prestadoras
de serviços públicos, não citando as que exploram atividade econômica.
Reveja:

Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
gurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Deveras, no que tange às empresas estatais exploradoras de atividade econômica, a


sua responsabilidade, via de regra, será de natureza subjetiva, “pois, além de não ser
aplicável o art. 37, § 6 º, da CRFB, deve ser observado o mesmo regime jurídico aplicável
às empresas privadas em geral (art. 173, § 1º, II, da CRFB). Eventualmente, as estatais eco-
nômicas poderão responder de maneira objetiva com fundamento na legislação infracons-
titucional, por exemplo, quando firmarem relações de consumo (arts. 12 e 14 do CDC)”.  2
Destarte, as pessoas jurídicas de direito privado exploradoras de atividade econômica NÃO
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros.
1
OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
2
OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

1. (PREFEITURA DE MATINHOS-PR/2019/NC-UFPR/FISCAL DE TRIBUTOS) No que se


refere à Organização dos Poderes, conforme a Constituição Federal, considere as seguin-
tes afirmativas:
1) O Poder Legislativo é exercido pelo congresso Nacional, composto pela Câmara dos
Deputados e Senado Federal.
2) O Senado Federal compõe-se de quatro representantes de cada Estado e do Distrito
Federal.
3) Compete ao Poder Executivo, entre outras atribuições, sancionar, promulgar e fazer
publicar as leis, bem como dispor sobre a organização e funcionamento da adminis-
tração pública.
4) Compete ao Supremo Tribunal Federal, órgão que compõe o Poder Judiciário, pre-
cipuamente a guarda da Constituição.

Assinale a alternativa correta.


a. Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b. Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d. Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d. Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e. Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Letra d.
Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras!
Afirmativa 1: verdadeira! Está de acordo com o art. 44 da CF:

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.

Afirmativa 2: falsa! O Senado Federal compõe-se de TRÊS representantes de cada es-


tado e do Distrito Federal, e não de quatro representantes, conforme o art. 46, § 1º, da CF.

Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos,
alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.

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Afirmativa 3: verdadeira! A assertiva indicou competências privativas do Presidente da


República, que é o Chefe do Poder Executivo Federal. Tais atribuições estão positivadas
no art. 84, IV e VI, a, da CF, aplicando-se, por simetria, aos Chefes do Poder Executivo dos
estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros
de Estado.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para
sua fiel execução;
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a. organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despe-
sa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b. extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Afirmativa 4: verdadeira! É o que preceitua o art. 102, caput, da CF:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, ca-
bendo-lhe: (...)

2. (PREFEITURA DE MATINHOS-PR/2019/NC-UFPR/ADVOGADO) Com relação ao Supre-


mo Tribunal Federal (STF), responsável precipuamente pela guarda da Constituição da
República, assinale a alternativa correta.
a. O STF é composto de onze Ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de trinta e
menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
b. Compete ao STF processar e julgar, originariamente, o litígio entre Estado estrangeiro
e Estado da Federação.
c. Compete ao STF julgar, em recurso ordinário, o habeas corpus decidido pelos Tribu-
nais de Justiça, se denegatória a decisão.
d. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF, nas ações diretas de incons-
titucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia
contra todos e efeito vinculante, inclusive para o próprio STF, que não poderá rever
tais decisões.
e. Os Ministros do STF serão nomeados pelo Presidente da República, depois de apro-
vada a escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

Letra b.
a. Errada! Para ser Ministro do STF, o cidadão deve ter mais 35 anos (e não mais de 30
anos!), conforme o art. 101 da CF.

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Direito Administrativo e Direito Constitucional
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos
com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e
reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

b. CERTA! É o que determina o art. 102, I, e, da CF.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
e. o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito
Federal ou o Território;

c. Errada! Compete ao STF julgar, em recurso ordinário, o habeas corpus decidido em


única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.

Nesse sentido, art. 102, II, a, da CF:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe:
II – julgar, em recurso ordinário:
a. o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos
em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

d. Errada! Quanto ao efeito vinculante, ele ocorre apenas em relação ao Poder Execu-
tivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário, não atingindo o próprio STF, que, em deter-
minadas hipóteses, poderá rever suas decisões.

É valido apontar que também não atingirá o legislador o qual, em tese, poderá editar uma
nova lei com conteúdo material idêntico ao do texto normativo considerado inconstitucional. O
tema está tratado no art. 102, § 2º, da CF:

Art. 102, § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas
ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário
e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

e. Errada! Compete ao SENADO FEDERAL (e não ao Congresso Nacional!) aprovar por


maioria absoluta o nome indicado pelo Presidente da República para ocupar o posto de Mi-
nistro do STF.

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Art. 101, parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presi-
dente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

3. (PREFEITURA DE MATINHOS-PR/2019/NC-UFPR/ADVOGADO) Com relação aos direi-


tos políticos elencados na Constituição da República, identifique como verdadeiras (V) ou
falsas (F) as seguintes afirmativas:
 (  ) O plebiscito e o referendo são formas de exercício da soberania popular.
 (  ) O alistamento e o voto são facultativos para os maiores de sessenta anos.
 (  ) Não podem se alistar como eleitores os analfabetos, os estrangeiros e, durante o
serviço militar obrigatório, os conscritos.
 (  ) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos manda-
tos até seis meses antes do pleito.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.


a. F – V – V – V.
b. V – V – F – F.
c. F – F – V – V.
d. V – F – F – V.
e. V – F – V – F.

Letra d.
A sequência correta, de cima para baixo, é V – F – F – V!
Afirmativa I: verdadeira! De acordo com o art. 14 da CF:

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.

Afirmativa II: falsa! O alistamento e o voto serão facultativos para os maiores de 70 anos
(art. 14, § 1º, II, b, da CF):

Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:


I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a. os analfabetos;
b. os maiores de setenta anos;
c. os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

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Afirmativa III: falsa! A Constituição Federal, art. 14, § 2º, dispõe que não podem se alistar
como eleitores os estrangeiros e, durante o serviço militar obrigatório, os conscritos. Os
analfabetos, por seu turno, podem se alistar como eleitores, muito embora esse alista-
mento seja facultativo, de acordo com o art. 14, § 1º, a, da CF.

Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:


II – facultativos para:
a. os analfabetos;
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.

Afirmativa IV: verdadeira! Está de acordo com o art. 14, § 6º, da CF:

Art. 14, § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de


Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis
meses antes do pleito.

4. (PREFEITURA DE MATINHOS-PR/2019/NC-UFPR/ADVOGADO) Pompônio nasceu na


Áustria, de pai austríaco e mãe brasileira, a qual lá estava a serviço da República Fe-
derativa do Brasil. Quanto à nacionalidade de Pompônio, nos termos da Constituição da
República, é correto afirmar que ele:
a. é brasileiro nato.
b. será brasileiro nato se vier a residir no Brasil e optar, após a maioridade, pela naciona-
lidade brasileira.
c. poderá se tornar brasileiro naturalizado, se residir no Brasil por mais de dez anos inin-
terruptos e possuir idoneidade moral.
d. será brasileiro nato se for registrado na repartição competente e vier a residir no Brasil.
e. será brasileiro nato se residir no Brasil por um ano ininterrupto e não possuir condena-
ção criminal transitada em julgado.

Letra a.
Tendo em vista que a mãe de Pompônio estava na Áustria a serviço da República Fede-
rativa do Brasil, ele deverá ser considerado BRASILEIRO NATO, enquadrando-se na
hipótese contemplada no art. 12, I, b, da CF. Vejamos:

Art. 12. São brasileiros:


I – natos:
a. os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;

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Direito Administrativo e Direito Constitucional
b. os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c. os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem,
em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;

5. (FPMA/2019/NC-UFPR/ADVOGADO) A organização do Estado brasileiro é tema comple-


xo, tendo em vista que todas as entidades da Federação (União Federal, Estados, Distrito
Federal e os Municípios) possuem atribuições e competências legislativas. A respeito do
assunto, considere as seguintes afirmativas:
1) Compete aos Municípios manter, com a cooperação técnica e financeira da União
e do respectivo Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental.
2) O Estado poderá intervir em seus Municípios quando não tiver sido aplicado o
mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e
nas ações e serviços de saúde, assistência e previdência social.
3) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar.
4) O Distrito Federal e os Territórios não podem ser divididos em Municípios.

Assinale a alternativa correta.


a. Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
b. Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
c. Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
d. Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e. As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Letra b.
Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras!
Afirmativa 1: verdadeira! Está de acordo com o art. 30, VI, da CF:

Art. 30. Compete aos Municípios:


I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem preju-
ízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públi-
cos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de
educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.
53, de 2006)
VII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento
à saúde da população;

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Direito Administrativo e Direito Constitucional
VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e contro-
le do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação
fiscalizadora federal e estadual.

Afirmativa 2: falsa! É hipótese que autoriza o Estado a intervir em seus Municípios a não
aplicação do mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços de saúde, NÃO englobando a assistência e previdência
social. Trata-se da hipótese de intervenção estadual e federal (quando a União intervir nos
Municípios localizados em Territórios Federais) estampada no art. 35, III, da CF.

Vejamos:

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, exceto quando:
I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desen-
volvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 29, de 2000)
IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de prin-
cípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de deci-
são judicial.

Obs.: o rol consagrado no art. 35 é taxativo!

Afirmativa 3: verdadeira! Está de acordo com o art. 23, VIII, da CF:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

Afirmativa 4: falsa! A alternativa está errada porque os Territórios podem ser divididos
em Municípios, segundo o art. 33, § 1º, da CF.

Art. 33, § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que
couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.

Quanto ao Distrito Federal, é realmente vedada a sua divisão em Municípios pelo


art. 32 da CF.

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Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, vota-
da em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legis-
lativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

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