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22 de Fevereiro

Alterações à CRP
Distinção entre poder constituinte, poder de fazer a Constituição, e poderes
constituídos, poderes que a própria constituição institui.
O poder constituinte subdivide-se em poder constituinte orginário, poder de criar a
constituição, e poder constituinte derivado, poder de atuar sobre a constituição,
mas que já nasce dentro do próprio quadro da constituição. O poder derivado é
condicionado por limites definidos pelo poder constituinte orginário.
Vicissitudes constitucionas: eventoss e alterações à Constituição que podem ser de
tipo diverso. Em Portugal, a quando da revolução de 74 estava em vigor uma
Constituição de 33 que sofreu um vicissitude que levou à sua extinção e
substituição por uma nova, esta viccistude designa-se por revolução.
Já no ano passado, um partido tomou a iniciativa de rever a Constituição, esta
designa-se de revisão constitucional.
Quando falamos de vicissitudes temos de adoptar, para as distinguir, um critério
formal, em função da forma que se processou e material, a importância que teve
aquela alteração.
Quanto ao formal distinguimos uma alteração expressa, que se traduz na
modificaação e criação de normas, mas também algumas alterações tácitas, onde,
não havendo modificaçõa do texto, há uma alteeração da normatividade
constitucional, pois podemos ter o mesmo texto que ao longo dot empo assume
diversos contextos, o TC, por exemplo, pode alterar o modo como a interpreta uma
certa norma, alterando a normatividade sem alteração do texto. Isto pode ocorrer
simplesmente ao longo do tempo, devido a evoluções de concepções na sociedade.
Por exemplo, o princípio da igualdade consagrado constitucionalmente pode estar
em vigor durante séculos, mas nos EUA, no século XIX isto não era incompatível
com escravatura, bem como a segregação racial na primeira metade do séc. XX.
Hoje, mantendo-se o texto, este princípio é incompatível com escravatura e
segregação, sendo que se alterou a realidade normativa, mas manteve-se o texto.
No domínio das alterações expressas vamos distinguir por uma lado, aqueleas que
são feitas respeitando a constituição em vigor, e por outro lado, aquelas que não o
fazem, atendendo apenas à forma. Uma revisão constitucional é uma alteração
expressa da constituição que respeitam a normas da constituição. A revolução, por
outro lado, não respeita essas normas de alteração da Constituição. Quando as
constituições respeitam a forma prevista, aquilo que resulta em termos materiais
pode resultar em várias consequências. Numa revisão constitucional é típico que
esta não resulte na criação de uma constituição muito diferente da anterior.
Contudo, há alterções constitucionais que mudam de tal forma a constituição que
criam uma nova, isto é uma transição constitucional. Ambas respeitam as normas
estabelecidas para a alteração da Constituição, o que as distingue é o grau com que
modificam a Constituição.
Por sua vez, dentro das modalidades que não respeitam a normas estabelecidas
para a alteração constitucional, além das revoluções. Por vezes, temos alterações
que não as respeitam, mas não têm uma extensão tão grande como uma revolução,
esta é uma ruptura revolucionária. Nos casos em que essas alterações são ainda
menores falamos em rupturas não revolucionárias.
Os limites da revisão constitucional. Nos artigos 284º CRP e seguintes ditam
como pode ser feitaa revisão constitucional.
Nem todas as Constituições têm limite de revisão o que distingue constituições
rígidas e flexíveis. As constituições flexíveis podem ser alteradas a qualquer
momento de forma normal e pelas maiorias normais, o processo é relativamente
simples, como se faz uma lei ordinária. Uma constiuição rígida tem limites de
revisão, um requisito mais exigente do que aquele que é exigido para aprovar uma
lei ordinária. A AR não pode aprovar uma revisão a qualquer momento como uma
lei ordinária. Os limites têm tipos variados. A CRP tem no artigo 284 estabelece
um requisito de 5 anos entre revisões ordinárias, há aqui um limite temporal. Em
Portugal a última revisão foi em 2005 e a última ordinária em 2004. A AR pode
assumir poderes de revisão extraordinária com o voto a favor de 4/5 dos deputados
em efetividade de funções.
O artigo 285º CRP diz a competência da revisão é dos deputados e estabelece um
prazo para todos os projetos serem apresentados até 30 dias após a manifestação da
iniciativa. Este limite é de naturaza formal, pois é mais exigente do que aqueles
estabelecidos para a aprovação de leis ordinárias que pode ter projetos
apresentados pelo Governo, grupos de cidadãos e assembleias regionais.
O artigo 286º CRP estabelece que a aprovação de uma revisão implica uma
votação a favor de 2/3 dos deputados da AR, outro limite de revisão constitucional
formal.
24 de fevereiro
Hipótese: No ano de 2023 é publicada uma lei de revisão constitucional. Em 2025,
a AR assume poderes de revisão extraordinária e aprova alterações à CRP às quais
votam 180 deputados a favor. Quid iuris.
Neste caso, não se verifica uma inconstitucionaliade, já que a maioria para a
aprovação de revisões é sempre de 2/3 de acordo com o artigo 286º, nº1, CRP.
O número 3 do artigo 286º CRP diz que o PR não pode recusar a promulgação de
uma lei de revisão. Este é um limite basatante relevante já que o PR é obrigado a
promolgar a lei de revisão, o que significa que o TC não será envolvido neste
processo que será da exclusiva responsabilidade dos deputados da AR.
O artigo 289º CRP apresenta limites circunstanciais em que não pode ser praticado
um ato de revisão constitucional, sendo estes limites um Estado de sítio ou de
emergência.
Há ainda limites materiais no 288º CPR. As leis de revisão terão de respeitar estes
limites, mas este artigo não é bastante claro. Por exemplo, não é possível limitar os
direitos fundamentais? A uma lei ordinária pode fazê-lo? Coloque-se a hipótese de
a AR aprovar uma lei que impõe o arrendamento compulsório, limitando o direito
de propriedade. Independentemente de o TC a declarar inconstitucional, uma lei
ordinária já limitou direitos fundamentais, pelo que seria absurdo que uma lei de
revisão de constitucional não o podesse fazer. Logo, que consequências tem esta
alínea? Muito poucas. Este artigo, na prática, não introduz um rigidez que se
pensou que introduziria.
Tese da relevância relativa dos limites materiais ou do duplo processo de revisão
(Jorge Miranda): os limites impostos pelo poder Consstituinte originiário têm de
ser respeitados. Mas, eles têm de ser respeitados como qualquer outra norma
constitucional enquanto estiverem em vigor. A pergunta que se coloca é se este terá
de permanecer em vigor para sempre, o legislador pode suprimi-lo? Miranda diz
que sim. Numa revisão os deputados teriam de o respeitar, mas também o poderiam
alterar, para que numa revisão consequente esse artigo não se oposse, por exemplo,
à consagração de uma monarquia constitucional em Portugal, mas nunca numa
mesma revisão. Isto distingue esta tese da tese da dupla revisão em que proponha a
possibilidade de alterar este artigo e instaurar uma monarquia na mesma revisão.
Nem todos os países têm tantos limites como a portuguesa, pelo que se pode dizer
que a nossa Constituição é rígida, as suas alterações ficam carentes de cumprir
certos requisitos para se verificarem, enquanto que em países com constituições
flexíveis podem vê-la alterada pelo mesmo processo que se aprova uma lei
ordinária.
1 de março
Requisitos de qualificação de uma lei de revisão. Pode ser considerada uma lei de
revisão qualificada se cumprir uma série de critérios e requistios. Entre esses
requisitos enocntramos, por exemplo, a maioria de 2/3. Já por exemplo, se numa lei
de revisão se restringem muit fortemente os direitos fundamentais, pode aí o PR
opor-se fundamentando que a revisão vai contra os limites materiais? Aqui estamos
num plano diferente, em que é admitida a discussão, sendo que a discussão, no
entanto depende da AR. Só em casos objetivos é que tal poderá acontecer.
A Constituição de 76, aprovada apóss a revolução de 74 pela assembleia
constituinte, teve desde então várias revisões constitucionais. Tantas até que se
pode levantar a questão se a nossa Consituição corresponde àquela de 76, A
resposta é sim, porque os princípios fundamentais consagrados em 76 continuam
em vigor hoje. Portugal continua a ser estado de direito democrático social, é um
república, é um estado unitário com regiões autónomas, tem um sistema
semipresidencialista, tem o mesmo sistema eleitoral e até o sistema de partidos,
num plano jurídico-constitucional, se mantém.
No entanto, se compararmos a constituição atual e a aprovada logo em 76, há
diferenças substânciais entre a terminologia então usada e a hoje presente, pois a
ideologia presente na sociedade de 76 são anacrónicas com o que hoje se considera
como dominante na sociedade. Esse tipo de terminologia só se mantém no
preâmbulo da Constituição que não tem conteúdo normativo.
Após a Constituição de 76 ter sido aprovada, esta terminologia era alvo de debate
e falava-se de uma querela constitucional em Portugal e desde essa altura há pessoa
que ainda conservam essa ideia de que a CRP é muito diferente dos nossos
vizinhos. Essas pessoas negam as consequentes revisões da CRP que consagram
Portugal como um estado de direito, uma democracia representativa.
Isto leva ao surgimento de dois núcleos da vigência da CRP, até 2005, em que foi
revista 7 vezes, em que havia uma espécie de obrigação de rever a CRP de 5 em 5
anos que acabaram por alterar quase todos os artigos da CRP, e de 2005 até agora,
marcado por uma grande estabilidade que até ver não resultou numa única revisão.
Começemos por analisar a revisão de 1982, muito falada no 1º semestre a
propósito do sistema de Governo e talvez a mais emblemática e que originou mais
discussão. O intuíto principal desta revisão era o de extinguir o Conselho da
Revolução. Quando a CRP foi aprovada num período de transição. Como a
revolução de 74 foi feita por militares formaram-se acordos entre os partidos e o
MFA, pactos esses que o primeiro período após a aprivação da CRP seria um
período de transição em que os militares compartilhariam o poder durante 4 anos,
período esse em que se mantinham órgãos de poder político-militar, sobretudo o
Conselho de Revolução.
Neste período, a nossa CRP era diferente das outras democracia representativas
devido à influência dos militares na governação. A revisão de 82 serviu para acabar
com esta influência. Havia quem temesse que este período não fosse simplesmente
transitório e que os militares não iriam abdicar do poder. Se tal tivesse ocorrido as
coisa teriam sido mais complexas e até se poderia dizer que CRP tinha sofrido uma
transição constitucional. Havia quem dissesse que sem a revisão de 82, ter-se-ia
assistido a uma transição constitucional.
Como previsto, a revisão de 82 procedeu às alterações antecipadas, extinguindo o
Conselho da Revolução que possuía competências legislativas, de aconselhamento
do PR e fazia a fiscalização da constitucionalidade. Todas estas funções tinham de
ser repartidas por outros órgãos. Criou-se então o Conselho de Estado que passou a
ter as funções consuultivas do PR. As funções deexercício político-militar, no diz
respeito à competência legislativa, passou para o Governo e PR. Já a competência
de fiscalização da CRP passou parao aí criado TC.
Mas como é que o Conselho de Revolução, composto de militares, decidia sobre
matérias jurídicas. Estes eram auxilidos pela Comissão Constitucional composto
por juristas. Em 82, este órgão também foi exttinguido. Instaura-se um democracia
plena, reestruturando as relações entre os órgãos políticos, e redifinindo a
fiscalização da constitucionalidade.
Noutro domínio, nesta revisão desapareceu muita da terminologia revolucionária
que foram alteradas ou suprimidas e, pelo contrário, colocou-se uma outra que não
exisitia expressamente anteriormente, o princípio de que Portugal é um Estado de
Direito. Estes são os principais aspetos a salientar nesta revisão, essencialmente
necessária.
Assim também se provou a revisão de 89, resultantante de alguns princípio da
política económica que era conflituosos com alguns preceitos das comunidades
europeias. O grande objetivo foi, assim, harmonizar padrões nacionais com
princípios europeus. Por exemplo, desapareceu o princípio da coletivização dos
meios de produção. Um outro princípio, na altura muito controverso, dizia que
todas as nacionalizações verificadas no período do pós-revolução não podiam ser
revertidas e essas empresas privatizadas. Este princípio também desapareceu. A
parte segunda, económica da CRP, sofreu as principais alterações desta revisão.
Num plano dos direitos fundamentais e do sistema político também foi alterado de
forma simples, como através da consagração do referendo nacional com muitas
cautelas. Também se verificou a criação de um círculo eleitoral nacional. Hoje,
temos círculos eleitorais distritais, mas a partir daqui há a permissão de círculos
eleitorais nacionais. Relativamente aos direitos fundamentais, verificou-se o fim do
monopólio da televisão, os canais televisivos foram abertos à iniciativa privada.
Também no plano ideológico, as fórmulas ideologicamente carregadas também
desapareceram nesta revisão.
Pode-se dizer que ambas estas revisões foram indespensáveis, sem as quais
Portugal não se podia afirmar como democracia representativa e parte integrante
das comunidades europeias.
A revisão de 97 altera, praticamente, quase todos os atigos da CRP, inclusivé a
numeração, e é a alteração mais extensa. É difícilm estabelecer um objetvo para
esta revisão, apesar da sua extensão. Coloca-se a questão se estas eram assim tão
necessárias. Veremos se estas modificações são assim tão significativas.
3 de marco
Uma distincao feita as revisoes anteriores, a diferenca e que as anteriores a 97
tinham sido absolutamente necessarias, mas em certa altura em Portugal criouse a
nocao que chegado o tempo de tinha de fazer uma revisao, ao que nao se entende
muito bem o que esta revisao trouxe de principal, nao se pode dizer o que e
decisivo.
No entanto, ha certos pontos importantes como a consagracao de referendo a nivel
nacional, alteracoes ao papel do TC, ente outras. Ha ate pontos negativos no
dominio da regionalisazao administrativa, nao ha aqui autonomia politica mas sim
autonomia autarquico/administrativa, que estavam na CRP, mas nunca chegam a
ser criadas, nao sao levadas a pratica e a revisao de 97 pode explicar isso. Esta
revisao introduziu um forma de regionalizacao das autarquias quase impossivel de
criar a nivel da propria criacao, que deveria ser feita por uma lei, e a sua instituicao
em concreto, instituicao essa que se procede por um referendo nacional em que os
portugueses tinham de responder favoravelmente a criacao em concreto a nivel
nacional e a sua insituicao em concreto na zona onde vivam. Contudo, mesmo que
houvesse um resposta afirmativa no algarve esta podia ser renegada pela resposta
negativa a nivel nacional. Em termos praticos , so pode haver regionalizacao em
Portugal alterando a necessidade de fazer referendo, o que nao parece provavel nos
proximos tempos.
Outra alteracao significativa na atividade da fiscalizacao da constitucionalidade e
a seguinte, os mandatos do TC eram de seis anos e os juizes podiam ser eleitos por
2 mandatos, isto foi alterado pois os juizes tendiam nao se manifestar contra os
partidos que apoiaram a sua candidatura pois contrarialos no primeiro mandato
podia prejudicalos na obtencao do segundo. Depois da revisao, passam a haver
mandatos unicos de 9 anos, permitindo lhes decidir as qeustoes de
constitucionalidade com uma menor influencia da vida politica e partidaria.
Depois temos outra revisao ordinaria em 2004 que foi a ultima revisao ordinaria.
Esta, apesar de ser evisao ordinaria, nao se traduziu em muitas alteracoes. Houve
alteracoes na integracao da UE, nomeadamente, no artigo 8 CRP que dispoem que
as normas aprovadas pela UE no ambito das suas comeptencias valem na ordem
juridica interna, mesmo que contrariem a CRP, a propria CRP preve que as normas
europeias tenham um valor superiror as normas constitucionais, acolhese a
supremacia do direito europeu, colocandose apenas uma reserva no numero 4 deste
artigo que dita que deve haver o respeito pelos principios fundamentais do Estado
de Direito e que funciona como uma valvula de escape, ainda que seja uma pouca
provavel de ser usada.
No ambito das regioes autonomas, autonomia administrativa e politica, ha alguma
controversia, ja que as regioes querem sempre mais autonomia o que encontra
resistencia na AR. Isto envolve muitas vezes o TC que tem de averiguar se uma
norma regional viola ou nao CRP, ao que o TC responde muitas vezes que sim. Isto
leva a que em todas as revisoes ordinarias tem servido para dar mais autonomia as
regioes autonomas que utilizam estas oportunidades para reclamar por mais
autonomia. Quando olhamos para a CRP de hoje e a de 76 vemos que a
competencia legislativa das regioes autonomas e muito mais forte hoje do que na
altura.
Limites a autonomia das regioes, Tudo aquilo que a CRP reserve aos orgaos de
soberania so pode ser legislado pelo orgaos de soberania. A CRP original tambem
dizia que devia haver uma necessidade de interesse especifico regional para as
regioes poderem legilsar. Todavia, como este limite era muito vago,
progressivamente, este veio a ser alterado. Relativamente ao primeiro limite,
concedeuse a possibilidade de legislarem em materias reservadas a AR com a sua
respetiva autorizacao. Permitiuse que legislacem de forma diferente da legislacao
nacional, mas deveria seguir as leis gerais da republica. Entendem se estas como as
leis cuja razao de ser implicam a sua aplicacao a todo o territorio nacioanal, tem
que afirmar que sao leis gerais da republica. Hoje as regioes autonomas podem
igonorar o dispsoto pelas leis gerais da republica desde que mantenham os seus
principios gerais. Hoje, ate o criterio do interesse especifico desapareceu, o que
queria uma discussao entre as regioes que acham poder legislar sobre todas as
materia e o TC que diz que nao. O que revisao de 2004 diz que desde que a materia
em quest\ao venha convencionada nos estatutos da regiao autonoma, entao esta
pode legislar sobre a materia em questao, podem contrariar as leis da republica,
nao podem ver as suas leis contrariadas pela AR, e so nao podem legislar nas
materias reservadas aos orgaos de soberania.
8 de março
A certa altura, quando se falou da revisão de 82 que tencionava fechar o período
de transição, o Prof diz que se essa revisão não tivesse sido feita isso ia contra o
projeto revolucionário da época: instaurar um Estado democrático de Direito, mas
com um periodo de transição com a participação dos militares. Sem a extinção do
Conselho da Revolução e o regresso dos militares aos quartéis, poder-se-ia
classificar esta vicissitude como uma transição cosntitucional, pois perder-se-ia a
ideia existene de que a participação dos militares no exercício do poder era apenas
transitória e temporária.
Outra dúvida sobre esta fase respeita à relação entre TC e as RA. Disse-se que um
dos aspetos presentes em várias revisões foi o reforço da autonomia regional que se
refletiu na competência legislativa destas. Originalmente, estas só podiam legislar
em matéria de interesse específico e tinha de respeitar as chamadas lei gerais da
República. Haviam muitos limites para esta competência legislativa, que era
agravada por um ação do TC em que nos casos de dúvidas sobre a possibilidade
das RA poderem legislar ou não a resposta do TC tendiam a ser negativas. Desde
aí, houve uma evolução pronuncida neste tema, sendo que desde de 2004, os
limites à competência legislativa das RA quase desapareceram. Estas não podem
legislar sobre uma matéria reservada aos órgãos de soberania, mas outros limites
do interesse específico e das leis gerais desapareeram. Hoje é facil saber se as RA
podem legislar sobre uma matéria, é só olhar aos estatutos. Ainda assim, hoje, o TC
continua a fazer um controlo muito apertado desta competência, já que a CRP diz
que as RA podem legislar sobre matérias não reservadas aos órgãos de soberania e
fora dos estatutos, sendo que o TC faz uma interpretaçaõ muito ampla do primeiro
critério.
Funções do Estado
As funções do Estado serão os conjuntos de atividades contínuas e duradoras que
os órgãos do Estado desenvolvem sempre com o objetivo de realizar os fins do
Estado que são, num estado de direito, garantir a segurança dos cidadãos, a
liberdade, a democracia, etc. Para realizar estes fins o Estado desenvolve várias
funções que terão as suas características específicas.
Há uma grande divergência na classificação de funções do Estado, mas podemos
desde já avançar a função política, administrativa e jurisdicional. A primeira será a
definição dos objetivos a prosseguir, trata-se de uma definição de objetivos de
realização política que serão estabelecidos, por um lado, pelo Governo que dentro
desta função assume a noção de função governativa e, por outro lado, a AR que
assume uma função legislativa, de novo, dentro da função política. Esta é a função
primária, pelo que tudo o resto vai depender destas aprovações de políticas
públicas, pois toda a administação do Estado vai ter de seguir as orinetações
definidas pelo Govverno e pelas leis.
Na segunda, a administração irá aplicar à realidade as políticas definidas, tem uma
natureza diferente da função política à qual está subordinada. A administração do
Estdao não vai inovar na ordem jurídica, mas sim o que foi estabelcido pela função
política que lhe dá um carácter executivo que se concretiza por atos concretos e
pontuais (ATOS ADDMINISTRATIVOS), mas também mais
gerais(REGULAMENTOS ADMINISTRATIVOS). A diferença entre os atos e os
regulamentos prende-se no facto de que enquanto a lei define objetivos, a função
administrativa aplica a lei e os obejtivos que esta traça. Esta subordinação da
administração à lei é consagrada pelo princípio da legalidade da administação, a
administração não pode atuar contra a lei, só pode fazer o que a lei lhe diz para
fazer. Aqui desaparece o carácter criador, inovativo em favor deste princípio. A
administração segue o interesse público, mas seguindo a lei.
O mesmo sucede com a função jurisdiconal. Aqui, o que se faz é dizer qual o
direito que vigora, mais especificamente, resolver porblemas jurídicos concretos de
acordo com a lei em vigor. No estado de direito liberal dizia-se que o juíz é a boca
que pronuncia a palavra da lei. Hoje, se a AR aprova uma lei, o poder judicial pode
afastar a lei e adquiriu um poder que não tinha à um século passado. Na forma de
atuar, há diferenças grandes entre a administrativa e a jurisdicional. Por exemplo,
um juíz considera que uma lei é inconstitucional e não a aplica, mas também não a
pode revogar. A função jurisdicional é assim passiva, pois o juíz tem aguardar que
a questão seja colocada a um órgão com iniciativa para a revogação de uma lei
inconstitucional.
A primeira coisa a tratae na função legislativa são os vários sentidos que a lei pode
ter, apesar de não ser muito importante. Podemos falar de lei no aspeto orgânico e
formal, ou seja, o ato legislativo elaborado e aprovado pela a AR. Neste sentido
orgânico e formal, lei refer-se ao ato legislativo aprovado pelo AR. É por isso que
nos referimos aos atos legislativos do Governo por outro nome, decret-lei. Mas
também nos podemos referir a lei quanto a todos os atos legislativos. Quando
dizemos que a administação, de acordo com o princípio da legalidade, referimo-
nos a todos os atos legislativos Fala-se também muito do sentido material de lei
que tem importância para sabermos se, por exemplo, a AR pode utilizar a forma de
lei para fazer o que bem entender ou a lei deve cumprir certos requisitos
materiais? A lei em sentido material deve recorrer à forma de lei para cumprir a sua
função legislativa, mas não deve recorrer à lei para resolver um conflito concreto
entre dois particulares, o que não obstante ocorre e levanta problemas. Por
exemplo, numa situação em que houve um concurso a uma Universidade e a lei
definia um certo número de vagas para a mesma. Entretanto houve uma situação
complexa e abriram-se novas vagas e isso resolveu-se. Mas como o Governo que o
fez era minoritário teve oposição na AR, sendo que a oposição aprovou uma lei a
abrir mais vagas a meio do ano escolar. O que se colocava era se resolver um
problema desta natureza cabia dentro das funções legislativas da AR.
10 de março
Princípio da Tipicidade dos Atos legislativos: são atos legislativos só aqueles que
são definidos na CRP, o primeiro artigo a consultar é o 112º CRP, o número 1
conjugado com o 5. Isto significa que, por sua vez, os órgãos legilativos serão
aqueles com competência para aprovar leis, decretos-lei e decretos legislativos
regionais. A competência legisaltiva da AR vem prevista no artigo 161, alínea c),
CRP, a do governo no 198º CRP. Ambos têm uma competência legislativa
genérica, pois à partida cada um pode legislar sobre qualquer matéria. Temos ainda
os decretos legislativos regionais que são aprovados pelas assembleias legislativas
regionais e vêm previstos no 112º, nº4, CRP e 232º CRP. O último faz a
distribuição de competências entre a asssembleia e o governo regional, atribuindo a
exclusiva competência legislativa à assembleia e ao Governo regional mera
competência regulamentar. A competência legislativa das assembleias regionais
não é genérica, mas é limitada, só podem legislar sobre matéria enunciada no seu
próprio estatuto que é elaborado pela AR. A CRP fixa outro limite, as assembleias
regionais também não podem legislar matérias reservadas aos órgãos de soberania.
A CRP diz que o Governo tem como matéria reservada aquela que respeite à sua
organização e funcionamento, artigo 198º, nº2, CRP. Isto permite-nos concluir que
a competência legislativa da AR é quase total, pelo que é este o principal órgão
legislativo em Portugal.
Os artigos 161, 164 e 165 CRP estabelece a matéria que é reservada à AR. O 165º
CRP estabelece uma reserva relativa, na meidada em que a AR pode autorizar o
Governo a legislar sobre as matérias nele contidas. As matérias com reserva
absoluta do 164º CRP estabelece que só a AR pode legislar nas matérias nele
contida. Através do artigo 111º, nº2, CRP podemos também concluir que as
competências da AR no 161º CRP também são de reserva absoluta.
Relações entre atos legislativos
A matéria resercada aos órgãos de soberania está contida no 161, 164, 165, 198,
nº2. Sobre estas matérias as assembleia regionais não podem, salvo excepções do
165, legislar sobre nenhuma destas matérias.
Porém, o TC julga que além destas há outras matérias que pela sua natureza,
entendem os juízes, só devem ser legisladas pelos órgãos de soberania, o que abre
dúvidas em relação a esta matéria.
Há uma ideia de que as leis da AR serão mais fortes do que os decretos-lei do
Governo. Esta é uma ideia errada, porque o 112º, nº2, CRP estabelece que, regra
geral, estes têm o mesmo valor. Isso significa que a AR pode aprovar uma lei hoje,
e amanhão o Governo pode aprovar um decreto que a contrarie. Ainda assim, a AR
é o principal órgão legislativo que se percebe através de vários sintomas: aquilo
reservado à AR, em número e importância, é muito mais do que aquilo reservado
ao Governo, manifesta-se a supremacia legislativa da AR; outro sintoma verifica-se
no regime do veto presidencial, quando o PR veta um decreto da AR para ser
promulgado como lei, a AR pode superar o veto que não é absoluto desde que a AR
junte uma maioria qualificada, só em alguns casos a maioria de 2/3 é exigida, mas
o veto presidencial é absoluto se incidir sobre um decreto-lei do Governo; o facto
de a AR poder condicionar a legislação do Governo, quer através da aprovação de
leis de bases ou de leis de autorização legislativa.
15 de abril
A AR como principal órgão legislativos, a supremacia, e porque esta é o principal
órgão legislativo.
A AR, sendo diretamente eleita pelo povo, esta tem uma maior legitimidade
democrática. Quando o Governo legisla, hoje, é só um partido, uma força polítca
que está a legislar. No caso da AR são várias forças políticas que pelo menos
podem participar. Outro argumento será a publicidade do que se procede, quando o
Governo quer fazer alguma coisa que não se quer que saiba fá-lo em Conselho de
Ministros entecipadamente, quando não tem resrvas este pode apresentar a
legislação à AR. Todavia, todos sabem sempre o que a AR está a fazer. Por estes
argumentos, a AR é órgão legislativo soberano. Isto não significa que a AR seja o
órgão que mais produza matéria legislativa, mas veremos como se demonstra esta
supremacia do AR.
Nas sociedades atuais são muitas vezes atuais respostas imediatas e que não
podem ser remetidas para a AR, o que justiffica a competência legislativa ampla do
nosso Governo, mas mais tarde se verá isso.
Em primeiro lugar, a AR tem um competência legislativa genérica, mas para além
disso as matérias mais importantes são da reserva absoluta da AR. Outra marca da
superioridade da AR prende-se com o regime do veto presidencial que pode ser
ultrapassado pela AR por maioria absoluta, excepto nas matérias mais importantes
que requerem 2/3 de aprovação, o veto presidencial neste caso é suspensivo. Já o
Governo não pode ultrapassar o veto da AR. O artigo 136, nº2 CRP , 134, alínea b)
CRP diz que o PR tem poder de promulgar os decretos-lei do Governo e por
inferência tem o poder de vetá-los. Como na CRP não há um artigo que diga que o
Governo possa ultrapassar o veto, então o decreto-lei pode ser vetado e colocar um
fim ao processo legislativo, a não ser que o Governo apresente uma iniciativa igual
para aprovação pela AR.
A AR pode conceder ao Governo autorizações legislativas para que esse possa
legislar sobre matéria de reserva relativa da AR, apresentado-lhe uma proposta de
autorização legislativa. Se a AR a autorizar, então o Governo ficará condicionado
por aquilo que é estabelecido na lei de autorização. A AR pode apreciar os
decretos-lei.
A AR também exerce suprmeacia sobre as RA: a AR aprova as matérias sobre as
quais as Assembleias Regionais vão legislar. A AR pode autorizar sobre algumas
matérias as regiões a legislar. Pode chamar os decretos que a Asembleia Regional a
escrutínio parlamentar.
Competência Legislativa do Governo
A partir do artigo 198º CRP conclui-se que o Governo tem uma competência
legislativa exclusiva, as matérias que digam repeito à sua organização,
concorrencial, à matérias em que legisla em paralelo com a AR, e tem uma
competência dependente, quando legisla com a autorização legislativa ou
obedecendo às leis de bases.
17 de março
Competência legislativa do Governo
O artigo chave desta é o artigo 198º CRP. Podemos designar uma competência
legistiva concorrencial em que o Governo pode legislar sobre todas as matérias que
não sejam da reserva da AR e sobre as quais a AR também pode legislar. Há uma
competência exclusiva que compreende as matérias de organizaçãoe
funcionamento do Governo, as leis orgânicas do Governo não se confundem com
as leis orgânicas da AR.
A AR pode chamar a apreciação todos os decretos-lei do Governo, excepto aqueles
emitidos em uso da competência exclusiva.
Decretos-lei feito em função da autorização legislativa e de desenvolvimento das
leis de bases.
166º CRP, utilizamos este artigo para averiguar quais são os vários tipos de lei da
AR. Por exemplo, as leis de base são aqueleas em que o legislador não desenvolve
tudo, mas trata dos grandes princípios das estruturas principais, das grandes bases.
Estes vão ser desenvolvidos por outros diplomas, decretos-lei de desenvolvimento
de bases. Há esta relação de dependência, quando o Governo faz um destes
decretos, esse não serve para revogar as bases, se o fizer vai para além das suas
competências de acordo com 112, nº2, CRP, caso em que se apresenta um vício de
ilegalidade, que também consiste numa inconstitucionalidade indireta. O nº3 do
artigo 198º CRP diz que os decretos-lei feitos sobre autorização legislativa ou de
desenvolvimento da lei de bases o Governo tem de referir a lei de autorização ou
de bases que está em causa, o que permite identificar se o Governo faz algo que
não deve e esclarece potenciais dúvidas dos intérpretes. O primeiro artigo de uma
proposta de lei de autorização o Governo dirá que 'O Governo fica autorizado a
legislar sobre a matéria x e y' e muitas vezes o Governo envia o decreto-lei que
pretende fazer à AR.
Comptência Legislativa Regional
Aqui começamos sempre pelo artigo 112º,nº4, CRP. As regiões autónomas podem
legislar sobre matéria de âmbito regional e sobre matérias pevistas nos estatuos
político-administrativos que não sejam da competência exclusiva de outros órgãos
de soberania (161, 164, 165 e 198, nº2). Para a aprovação dos estatutos pela AR
ver o artigo 168, nº6, alínea f), CRP.
O TC, porém, cosnidera que o âmbito regional e as matérias de reserva de órgãos
de soberania, além destes, há materias que pela razão de ser não devem ser
legisladas pelas assembleias legislativas, devem ser aplicadas a o todo o território.
Há uma diferença entre a letra do 112, º4 e o 227º CRP e a interpretação que o TC
faz dela.
Relação entre lei da república e decreto legislativo regional.
Havendo dois diplomas que legislem sobre a mesma matéria e em sentidos
diferentes, qual deles prevalece? Primeiro temos de ver se a região autónoma pode
legislar sobre a matéria em questão. De acordo com 228, nº2, se não houver
decreto-legislativo sobre uma matéria em que as RA podem legislar, etnão irão
aplicar-se as leis da República, mas se houver legislação regional esta prevalece.
Lei Aprovada pela AR
O artigo 166º CRP trata da forma dos atos da AR.
22 de março
Diferentes tipos de leis ordinárias aprovadas pela AR (Leis com Valor Reforçado)
O artigo fundamental neste domínio é o 166º CRP. Neste artigo distinguímos leis
constitucionais, de revisão constitucional, e leis ordinárias, todas as outras. Mas
podemos fazer leis ordinárias comuns e de valor reforçado.
Segundo o artigo 112º, nº3, as leis orgânicas têm valor reforçado e também as que
carecem de aprovação por maioria de dois terço e as que sãao pressuposto
normativo necessário de outras leis (leis de bases e de autorização legislativa). Nas
matérias de reserva relativa, o Governo pode pedir leis de autorização legislativa
para poder legislar sobre essas matérias. Se o decreto-lei contrariar a lei de
autorização legislativa então temos uma ilegalidade, desconformidade entre duas
leis, e inconstitucionalidade indireta, porque o que foi contrariado diretamente foi a
lei de autorização, mas o 112ºCRP, nº2, constitui inconstitucionalidade indireta.
Este artigo também ocorrre quando o Governo aprovar um decreto-lei que conrarie
leis de base. São ainda leis de valor reforçado as leis que por força do CRP devam
ser respeitadas (estatutos das regiões autónomas).
As lei orgânicas têm um processo de aprovação especial que está previsto no
artigo 168, nº5, CRP. Como disposto neste artigo, estas devem ter uma aprovação
por maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções. O PR pode vetar as
leis orgânicas, sendo que para ultrapassar o veto, a AR necessita de uma maioria de
2/3 dos deputados em efetividade de funções. O artigo 278º CRP estabelece uma
modalidade em que o regimede fiscalização preventiva da constitucionalidade
estabelece que só o PR pode pedir a fiscalização, mas se estivermo na presença de
uma lei orgâanica também o PM e um quinto dos deputados em efetividade de
funções também podem requerer a apreciação do TC.
Diz o artigo 112º que as leis que precisam de maioria para serem aprovadas
carecem de maioria de 2/3, que são, segundo o artigo 168, nº6 CRP.
No 112º, nº2, CRP e 165º CRP remetem-nos para as leis de autorização legislativa,
dentro das leis que são pressuposto normativo de outras leis. Na proposta de
autorização legislativa, o Governo diz que sobre o objeto, o sentido, o alcance e
por quanto tempo pede a autorização. Se o Governo não o fizer ou a AR não a
definir, então temos uma inconstitucionalidade. Duração da autorização: a AR fixa
um período de 6 meses que terminava no dia 31 de maio e o Governo aprovou o
decrteo-lei no dia 20 de maio, vai para promulgação pelo PR e este só o faz no
final de junho.
O PR vetou durante este periódo, indicou as razões e em função dessas o Governo
aprova um novo decreto que é promulgado.
24 de março
Saber quando é que o Governo legisla segundo autorização legislativa é da
máxima importância, na medida em que temos de saber se está conforme a lei de
auorização e saber se esta é usada mais doo que uma vez.
Na primeira possibilidade da aula passada, considera-se que o Governo legisla
com a aprovação no Conselho de Ministros. Há uma segunda hipótese em que a
autorização legislativa é utilizada com a promulgação pelo PR. Há ainda outra data
que poderia ser teoricamente defendida, a data da publicação do decreto-lei.
Excluímos a publicação, pois segundo o artigo 119º, nº2, CC, a não publicidade de
um decreto-lei implica a sua ineficácia jurídica, porque o decreto-lei já existe a
quando da publicação. Mas partir de que momento é que este existe? A este
respeito a CRP diz no artigo 137 que o decreto-lei é inexistente juridicamente até
ser promulgado, por isso é que se diz que quando a AR aprova uma «lei» este tem
a forma de decreto da AR até ser promulgado. Há aqui uma indicação muito forte
para considerarmos o momento-chave em que se considera que o Governo legisla.
Mas isto pode penalizar o Governo, pois a promulgação não é uma ato do
Governo e estes podem cumprir o prazo de autorização legislativa e o PR pode não
cumprir o parazo. Todavia, o PR sabe que tem 40 dias para promulgar. Numa
situação em que o Governo só envia o decreto para promulgação no fim do
período, então este deve pedir a prorrogação pela AR. Esta posição não é unânime.
O Governo aaprova hoje um decreto-lei sobre a autorização legilativa que dura até
30 de junho, aprova e envia no mesmo dia. A 2 de abril o PR veta o diploma.
Tendo em conta o que o PR diz, o Governo eenvia outro decreto a 20 de abril.
Segundo a posição do curso, pode fazer-se o segundo decreto, porque o PR vetou,
não o promulgou. Mas quem defendesse a posição em Conselho de Minsitros,
então o Governo teria de pedir uma nova autorização legislativa.
As leis de bases, lendo 112º, nº3 e 198, nº3, percebemos que há dependência entre
os decretos de desenvolvimento e as leis de bases, lei que consagra os princípios
gerais. Os primeiros estão sujeitos aos segundos.
Por força da CRP, os estatutos das RA devem ser respeitadas pelas outras leis e
dependem de uma aprovação especial prevista no 226º CRP. A iniciativa é
exclusiva das RA , elas apresentam a proposta à AR, se esta introduzir-lhe
alterçãoes, deve parecer de novo à RA, mas em última instância é a AR que
aprova. Esta lei é orgânica, não precisa de aprovaçãoe special, excepto em certas
normas específicas, aquelas que dizem respeito às matérias sobre as quais podem
legislar. Os estatutos têm valor reforçado sobre todos os outros diploma ordinários
de acordo com 280, nº2, alínea b).

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