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O DIREITO E O TEMPO
-Nada se perpetua no tempo, nem mesmo o Direito deve ter esta pretensão.
- O tempo traz para o Direito a perspectiva histórica e evolutiva.
* Limites de tempo:
* A partir de quando, e até quando, vale uma Norma Jurídica?
* Que acontece com atos anteriores / posteriores?
Lei A Lei B
Ato (ultratividade A)
Não aplica a lei posterior em ato existente, se existir algum destes elementos de
ultratividade.
.Retroatividade
Case 2: Código Civil de 2002, art. 1331: Abrigos para veículos (…) não
poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo
autorização expressa na convenção de condomínio. (Lei 12.607, 4-abr-2012)
Proprietário de vaga de garagem adquirida antes de 04/04/2012 pode alugá-la?
Case 1:
“Médicos devem fazer todo o possível para tratar seus pacientes, mas, nos casos em que a
cura não é mais viável, vale a pena tentar um procedimento que trará dor, desconforto e
apenas mais algumas semanas de vida? A resposta para essa pergunta é não, de acordo com
o novo Código de Ética Médica, que entra em vigor no país na próxima terça-feira (13).
O documento, que descreve os princípios, os direitos e os deveres do profissional de medicina,
substitui a versão anterior, de 1988. O texto foi publicado no Diário Oficial da União em 24
de setembro de 2009, mas passa a valer apenas agora, 180 dias depois. "A maior parte
das novidades já havia sido aprovada por meio de resoluções, mas o Código tem uma força
maior", afirma o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d'Avila, que
coordenou o grupo responsável pelo atualização.”
Os 180 dias mencionados na matéria é o que chamamos de vacatio legis. Vacatio legis ou algo
como “ausência da lei”, é o espaço de tempo entre uma norma ser aprovada e ela entrar
em vigor.
Imagine que o Congresso aprove uma nova lei que proíba as pessoas de usarem o carros que
poluam demais. Aquelas pessoas que possuem carros que poluam muito vão ter de encontrar
formas alternativas de transporte ou comprar novos carros que poluam menos. Mas elas não
vão conseguir fazer isso de um dia para o outro. É por isso que as pessoas têm um
determinado período de tempo para se adaptarem a essa nova lei. Esse tempo para a
adaptação é o vacatio legis.
As normas, via de regra, estabelecem qual o tempo que as pessoas terão para se adaptarem.
O vacatio legis quase sempre está contido no último ou penúltimo artigo da norma.
“Art. 3º O Código anexo a esta Resolução entra em vigor cento e oitenta dias
após a data de sua publicação e, a partir daí, revoga-se o Código de Ética
Médica aprovado pela Resolução CFM n.º 1.246, publicada no Diário Oficial da
União, no dia 26 de janeiro de 1988, Seção I, páginas 1574-1579, bem como
as demais disposições em contrário”
A lei pode estabelecer que ela entrará em vigor em uma data (por exemplo,
“essa lei entra em vigor no dia tal do mês tal do ano tal”), ou um determinado
prazo depois de sua publicação (hoje a forma mais comum, como no caso
acima, 180 dias), ou quando um determinado outro fato ocorrer (por exemplo,
quando outra norma for aprovada).
E se ela não estabelecer um prazo, o prazo padrão será de 45 dias a partir de sua
publicação.
Existe, contudo, uma exceção muito importante à essa regra dos 45 dias:
-E.C. - As emendas constitucionais não possuem vacatio legis. Isso porque uma
constituição só é mudada em casos muito importantes, pois ela é a norma mais importante do
país. Ora, se o assunto é tão importante para forçar uma mudança na Constituição, ele
certamente não pode esperar para passar a ser regulado. Logo, se a própria emenda não
dispuser em contrário, elas entram em vigor tão logo publicadas, e não 45 dias depois.
-MP – Medidas provisórias possuem vigência imediata, salvo se houve disposição do executivo
para sua vigência.
Tem vigência imediata mas temporária, porque se em 120 dias o congresso não validar a MP e
transformar em lei, a MP perderá sua vigência.
O DIREITO NO ESPAÇO
b) águas marítimas:
Domínio aéreo
ARTIGO 7º Cabotagem
Cada um dos Estados contratantes dos demais Estados
contratantes permissão para tomar em seu território, contra
remuneração ou frete, passageiros, correio ou carga destinados a
outro ponto do seu território. Cada um dos Estado contratantes se
compromete a não estabelecer acordos que especificamente
conceda tal privilégio a título de exclusividade a qualquer outro
Estado ou a uma empresa aérea de qualquer outro Estado, e se
comprometer a não obter de qualquer outro Estado privilégio
exclusivo dessa natureza.
As regras de direito são deduzidas mediante abstração das relações da vida (Jhering):
• Fatores religiosos
• Fatores econômicos
• Fatores políticos
Conforme Miguel Reale, o Direito é considerado um fenômeno que reúne três aspectos:
– FATO: existe como realidade histórico social e cultural;
– VALOR: é sempre o reflexo dos valores adotados pela sociedade;
– NORMA: é um conjunto de regras, uma ordenação.
FATO
VALOR NORMA