Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conforme Anna Cândida da Cunha Ferraz citada por Pedro Lenza, o poder
derivado decorrente:
Neste sentido Dau-Lin (Apud, Pádua, p. 41- 43) entende que existem dois
tipos de mutações constitucionais, as mutações formais e a materiais. O
primeiro tipo correspondem às mutações que mesmo investindo contra o texto
da Constituição, não ataca o sistema constitucional, entenda-se a idealização
ordenatória idealizada na Lex Matter. A segunda modalidade de mutação, os
materiais, são assim denominadas por que afrontam o sistema constitucional
como um todo.
Pode-se perceber claramente que as mutações formais são desejáveis à
ordem jurídica, pois não contrariam o sistema constitucional e prestam
valiosos serviços à manutenção da ordem jurídica, adequando a norma à
realidade. Por outro lado, as mutações materiais, ainda que violem a intenção
do legislador constituinte não podem ser impedidas, pois em nome do bem
maior – manutenção da ordem estatal – a norma acaba tombando como
consequência da forma da realidade.
“1. Mutação da Constituição por meio de uma prática estatal que não
viola formalmente a Constituição.”
Dessa forma, pode-se dizer que o estudo desse tema tem sido cada vez mais
frequente no cenário nacional, sendo que cada vez mais autores brasileiros
abordam sobre o tema mutação constitucional, buscando-se ainda um
aprofundamento no estudo do poder constituinte difuso, destaca-se nesse
estudo o professor Uaide Lammego Bulos um dos primeiros a publicar obra
especifica sobre o assunto intitulada Mutação Constitucional São Paulo:
Saraiva, 1997. O presente trabalho teve como objetivo principal possibilitar a
reflexão do fenômeno da mutação constitucional. Foram analisados os
aspectos históricos, conceito, terminologias utilizadas, suas espécies e
limitações, sua utilização por meio da interpretação judicial e das sentenças
manipulativas. Além disso, foi feita uma análise do posicionamento do STF
sobre o tema e um comparativo em relação ao princípio da separação de
poderes. Quanto ao conceito, conclui-se que a mutação corresponde a um
processo informal de mudança em que é dado um novo sentido à norma sem
modificação do texto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. 17ª ed. rev. atual. amp. São Paulo: Ltr, 2013.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25ª ed. rev. atual. São Paulo:
Atlas. 2