Você está na página 1de 42

HISTORICIDADE:

ROMA:

VERBAL E SEM FORMA:


A princípio, os contratos eram verbais, realizados sem forma pelos clãs. Trocavam bens de consumo
entre si.
As vontades individuais prevaleciam sobre a necessidade formal, mas esbarravam na vontade do
imperador.
ESCRITO E FORMAL:
Com a intervenção do pretor, mais a influência positivada da igreja com o objeitvo de tiriar a
concentração de poderes do Imperador, as vontades individuais começaram a surgir. As práticas
medievais evoluíram para a entrega de documentos. A forma escrita passa a predominar.
A igreja passou a formalizar os contrastos, que eram dotados de rigor formalista.
Para cada operação havia uma fórmula que deveria ser seguida para que essa operação tivesse a
proteção estatal. O mero acordo de vontades não era suficiente para criar as obrigações.
O contrato era instrumento para criar obrigações e não para modificá-las ou extingui-las.
Além disso, era comum, ao se celebrar um contrato, fazer um juramento com motivos religiosos para dar
força àquele contrato.
VERBAL E FORMAL:
A partir das grandes navegações, veio o mercantilismo e seus documentos sempre escritos.
Entre 1.550 a 1.600 percebeu-se que se perdia muito tempo formalizando, voltando aos primórdios. Os
costumes mercantis, dinamizaram as relações.

FRANÇA:

1.600 à 1.700 em diante.


A partir da Revolução Francesa. Primeira vez que um código é ridigido sobre vontade das partes. Não
havia contrato, mas cláusulas.
Culto a liberdade e a propriedade, pois Napoleão negociou com as pessoas que entrassem na guerra, em
troca de títulos e propriedade.
Desse modo, houve o ponto máximo do individualismo. Autonomia da vontade. Sem estar sob o julgo
do imperador.

ALEMANHA:

Surgimento da burguesia, rotas comerciais em torno dos Burgos(castelos).


Em 1.857 a Alemanha é o primeiro país no mundo, a criar um Código Civil com contratos nominais.
A criação da categoria geral do negócio jurídico abarcaria qualquer relação entre sujeitos destinada a
produzir efeitos jurídicos, assim, não só os contratos seriam negócios jurídicos, mas também, as relações
não patrimoniais. Essa categoria mais abstrata e geral do contrato afirmou com mais vigor o mito da
vontade inviolável e da igualdade das pessoas perante a lei. Ou seja, com a criação dessa figura –
negócio jurídico – a proibição da intervenção estatal na liberdade e vontade individual, não se daria
somente nos contratos ou na propriedade, mas em qualquer negócio jurídico, ou seja, nas relações
estabelecidas pelas vontades livres destinadas a produzirem efeitos jurídicos.

-CRISE DO CONTRATO:

Na verdade, não existe a chamada "Crise do Contrato". A crise é social. Se trata de uma grande de
quantidade de pessoas precisando ser atendida ao mesmo tempo, para a realização de contratos. O
Estado Democrático de Direito que é o responsável por igualizar essa relação, não dá conta.
Aí entra a figura do Dirigismo Contratual, as direções que o Estado dá as práticas contratuais. Conjunto
de normas que regulamentam tais práticas.
CONTRATAÇÃO EM MASSA:
O Estado passou a delimitar socialmente em igualde de condições, tanto o acesso ao contrato, quanto a
prática contratual a todos.
A autonomia da vontade privada, do indiviidual, para a ideia da vontade coletiva.
Contratos sempre impessoais e padronizados, proporcionando agilidade.

MODALIDADES:

A - CONTRATO DE ADESÃO:
Contrato onde a parte hipersufuciente elabora e a parte hiposuficiente adere. Conseguindo controlar a
crise social.
Proporciona grande volume de contratos, possui modelos padronizados, gera redução de custos,
racionaliza, expande e potencializa empresas.

B - CONTRATO DE TIPO:
Parece o Contrato de Adesão.
Se aplica somente em pares previamente conhecidos, com contratantes habituais. Suas cláusulas já
foram pacificadas em outras relações. Evitam novas negociações. Atende em massa.

C - CONTRATO COLETIVO:
Acordo entre em vontade de duas pessoas jurídicas de Direito Privado, objetivando um consenso.

D - CONTRATO COATIVO:
O máximo possível do exercício do dirigismo contratual.
Todo bem contratado é indispensável à vida. Tanto quem oferece, quanto quem adquire, não tem de
quem comprar e nem pra quem vender.
O fornecedor não pode ser negar a contratar, pelo fato de ser um bem substancial.
E- CONTRATO DIRIGIDO:
Há mais coerção que o anrerior, porém:
O bem não é substancial e por mais que não contrate, está sob a tutela do contrato.
Não é só de interesse à quem contrata, mas à quem não contrata também.
Por trás da necessidadede contratar, não há obrigatoriedade, mas se houver uma eventualide, a
condição já está determinada.

F - ACORDO DE CAVALHEIROS:
Proporciona mais quantidade de trocas econômicas, celeridade, menor onerosidade.
Como se não contratasse formalmente, mas fizesse um simples acordo.

PRINCÍPIOS:

A - AUTONOMIA DA VONTADE:

Vontade para contratar. Desde Roma até os dias de hoje.


A vontade não é mais privada. É coletiva, mas com a mesma nuância. Se for viciada, o negócio jurídico é
nulo.
A liberdade contratual de dá:
-CONTRATOS TÍPICOS: Modelos contratuais constantes no ordenamento - Não precisam estar no Código.
Podem ser leis autônomas.
-CONTRATOS ATÍPICOS: Modelos contratuais criados de acordo com a necessidade das partes - Se não
houver ilicitude, a vontade é válida.
Feitos diante de fatos novos, ou a junção de vários juntos contratos juntos.

NORMAS COGENTES: As partes não podem alterar. Como textos de leis.


NÃO COGENTES: As partes podem alterar por mera vontade das partes.

B - FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS:

Pacta sunt servanda - "O acordo de vontades faz lei entre as partes".
O contrato confere a parte, instrumentos judiciários para obrigar o contratante a cumprir o contrato ou
indenizar pelas perdas e danos. (Eficácia Social).
Em regra, os contratos são intangíveis. A não ser que haja concordância da outra parte, mesmo que seja
para favorecê-la.
EXCEÇÕES A ESSE PRINCÍPIO - ART 480 E 478:
-Onerosidade excessiva para uma das partes
-Onerosidade excessiva + imprevisibilidade + extraordinariedade - TEORIA DA IMPREVISÃO - Rebus Sic
Stantibus - "Como as coisas deveriam ser".
A diferença de uma pra outra, é que se acontecer a mesma coisa, não é mais extraordinário, aí se alega
somente a onerosidade.
C - RELATIVIDADE DOS CONTRATOS:

Em regra, o contrato só vincula diretamente aqueles que naquele, participam.


Já na função social, no adimplemento ou inadimplemento, atinge demais.

-EXCEÇÕES DIRETAS PARA AUTORES QUE NÃO CITAM EFEITOS INTERNOS\EXTERNOS:

1- ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO - ART 436 ao 438:


Quando as partes(estipulante + promitente) estipulam em favor de um terceiro(beneficiário) que não se
vincula ao contrato, só se beneficia. Mesmo que tenha certa obrigação, caso não faça, não sofre
penalidades por não ter sido signatário direto. Cláusula expressa proíbe substituição do terceiro.
Cláusula expressa proíbe intereferência do terceiro.
Sui Generes - Único, especial.
-ESTIPULANTE X PROMITENTE:
O Estipulante pode exonerar o Promitente quando no contrato não houver cláusula à favor do terceiro.
Ou seja, o estioulante tem toda liberdade de alterar o Promitente, desde que expressamente esteja no
contrato, que o terceiro não pode interferir.
Pode exigir ao Promitente que pague o terceiro após a sua morte, assim como revogar o contrato assim
que quiser.
-ESTIPULANTE X TERCEIRO:
O Estipulante pode substituir o terceiro, desde que expressamente em contrato. A proibição do terceiro
inteferir.
-PROMITENTE X TERCEIRO:
Fase de execução. Onde o terceiro pode exigir o cumprimento da prestação. Ou seja, depois da morte do
Estipulante.

2 - PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO - ART 439 e 440: - DOUTRINA FALANDO Q Ñ É EXCEÇÃO


Ao contrário do anterior onde o terceiro é beneficiário, aqui ele é DEVEDOR.
O Estipulante contrata com o Promitente para que este providencie alguém que cumpra a obrigação.
Desse modo, o Terceiro assina o contrato, exonerando o Promitente da obrigação e colocando-se como
responsável por ela.
No caso de descumprimento do terceiro, o Promitente se responsa pelas perdas e danos, uma vez que se
antecipou, tomou a responsabilidade para si.
PARÁGRAFO ÚNICO DO ART 439 - CASO DE FIANÇA EM CASAMENTO COM COMUNHÃO PARCIAL DE
BENS:
Estipulante pede ao Promitente casado, que seja seu fiador. O mesmo promete a assinatura da esposa. -
Se trata de um exemplo de Promessa de Fato de um Terceiro.
O banco naturalmente nega a fiança, enquanto não houver anuência do cônjuge. Se ele consegue a
assinatura e há inadimplemento do Estipulante, o patrimônio do casal, será escutido.

3 - CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR


Um instrumento vinculando três partes. Estipulante + Promitente + Terceito(Pessoa a declarar). Assim
que aparece a pessoa, o Promitente sai e fica somente o Estipulante + o Terceiro.
REGRAS: A substituição(apresentação do Terceiro) deve ocorrer obrigatoriamente até 5 dias antes da
efetivação contrato. As partes podem combinar para mais. Nunca para menos.

C - BOA FÉ DOS CONTRATOS - ART 421 e 422:

As partes devem agir de forma correta antes, durante e depois do contrato.


-BOA FÉ OBJETIVA: Cumprimento dentro das regras do negócio jurídico.
-BOA FÉ SUBJETIVA: Cumprimento mesmo que em parte. Sem intuito de lesar.
-MA FÉ: Realizar o negócio jurídico já com objetivo de não cumprimento do negócio jurídico.

ARRAS - 417 ao 420:

Sinal dado para confirmar o Negócio Jurídico. Em dinheiro, ou em bens móveis.

-ARRAS CONFIRMATÓRIAS OU ASSECURATÓRIAS:


Visa a plena consecução do negócio. É abatido do valor real.

Por vezes, o negócio acaba por não ser realizado. Por culpa de quem presta as Arras, ou de quem recebe.

-ARRAS PENITENCIAIS:
1- Quem deu e desistir do negócio, perde as Arras.
2- Se foi quem recebeu, devolve as Arras + o equivalente.

Aqui, a Cláusula Penal, são as próprias Arras prestadas. É o limite máximo da penitência, porém, quando
houver um dano suplementar, além das Arras, haverá uma exceção para um plus indenizatório. - ART 419

-DIREITO DE ARREPENDIMENTO:
Quando as partes podem de comum acordo, incluir uma cláusula dizendo que se algum deles der causa,
haverá o direito de arrependimento.
*Quando não haver a cláusula, mas se houver a desistência de ambas as partes, tbm não haverá
punibilidade.

CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS:

-BILATERAL:
Obrigação para as duas partes

-UNILATERAL:
Obrigação para uma parte
Ex: Doação. A entrega do patrimônio consiste na realização unilateral da obrigação. Independente do
consentimento do donatário, pois consentimento não se caracteriza como obrigação. Ao contrário da
doação onerosa, que gera obrigação para ambas as partes.

-PLURILATERAL:
Várias partes e várias obrigações.
Esse ato precisa de um coletivo para sobreviver. As partes avençam entre si.
Ex: Consórcio.

-COMUTATIVO:
Quando o objeto for individualizado, quando as partes contratam uma unicidade.
Ex: Compra de um carro Palio, preto, ano 2000, banco de couro, placa ahv7812.

-ALEATÓRIO - ART 458 e 459


Se o bem é inderteminado, não individualizado.
Ex: Compra da produção da Honda do dia 24/08.
Aqui não se sabe quantos carros serão produzidos.

"EMPTIO SPEI" - ALEATORIEDADE PLENA OU ABSOLUTA:


Não tem limite para o que se vai negociar.
Ex: Compra de toda uma safra futura de café.
Não há limitador de quantidade para os grãos.

"EMPTIO SPEI SPERATAE" - ALEATORIEDADE LIMITADA:


Possui limite para o que vai negociar.
Ex: EM FAVOR DO COMPRADOR: Compra de toda uma safra futura de café, se o produtor tiver colhido
no mínimo 800 toneladas. Se for menos que isso, deverá o fornecedor comprar o restante de outro
produtor, ou devolver parte do dinheiro.
EM FAVOR DO VENDEDOR: A outra parte também pode limitar, dizendo que se colher mais que 800
toneladas, o Excesso de produção será seu.

-ONEROSO:
Diferente de ter preço que você paga para obter um bem. Preço é conteúdo econômicamente apreciado
patrimonialmente de uma relação jurídica.
Quando numa relação jurídica, o conteúdo econômico é isonômico, equilibrado. Ônus e bônus para
ambas as partes.

-GRATUITO:
Quando numa relação jurídica, o conteúdo econômico é discrepante. Oneroso só para uma parte.

-PRINCIPAL E ACESSÓRIO(BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERÁVEIS)


PRINCIPAL:
Contrato principal.
-ACESSÓRIO:
Só existe em virtude do principal.

-TÍPICO - ART 425:


Prescrito em lei.

-ATÍPICO:
Não prescrito em lei, mas não proibido.
Vontade das partes.
*Vários Típicos unidos num só, que ainda não possui legislação própria, cria-se um Atípico.

-SOLENE:
Aquele que guarda forma máxima.
Resguardados por um excesso de formas.
*Leis podem determinar Solenidade. Serão Contratos Por si Solenes.

-NÃO SOLENES:
Meramente não formais. Ou o mínimo de forma.
*Pode haver contratos Não Solenes que podem por vontade das partes, proporem Solenidade. Gera
segurança jurídica, entretanto, gera burocracia.

-CONSENSUAl:
Contratos firmados pela mera manifestação de vontade.
Gera responsabilidade civil mesmo que o contrato ainda nem tenha sido efetivado.

-REAL:
Não basta consentir, tem que fazer a tradição. Entregar o objeto.

-DETERMINADO:
Diz respeito ao tempo. Sabe o dia final do contrato.
Ex: Contrato acadêmico.

-INDETERMINADO:
Não sabe o dia final.
*Um contrato pode nascer Determinado e tornar-se indeterminado, diante de uma cláusulo.
Ex: "Após trinta dias, o contrato renovarse-a, por período indeterminado".

*DENÚNCIA(NOTÍCIA) CHEIA OU DENÚNCIA VAZIA:


Existe um fenômeno dentro do mundo jurídico, que é uma espécie de notificação inter partes, para pôr
fim ao contrato.
Vários contratos trazem no texto da própria lei que os regulamenta, que o contratante é proibido de
terminar o contrato antecipadamente.
Não é que não pode acabar antes. Não pode acabar antes, NAQUELAS CONDIÇÕES ASSINADAS! Mas
existem possibilidades, mesmo com multa, de se finalizar o contrato em igualdade de condições.

DENÚNCIA CHEIA:
Ato de comunicação contratual que tem por escopo colocar fim ao contrato e obrigatoriamente, deverá
ser motivado. Cabendo a parte que propuser o término, pagamento proporcional indenizatório.
Só aplica em Contratos Determinados.
Motivada, fundamentada com os motivos aos quais a pessoa quer terminar o contrato.

DENÚNCIA VAZIA:
Ato de comunicação contratual que tem por escopo colocar fim ao contrato realizado por prazo
indeterminado. Sendo assim, desnecessária qualquer indenização. A mesma não precisa ser
fundamentada.
Só aplica em Contratos Indeterminados.
Para contrato sem prazos de término, consequentemente, não possuem multa, nem perdas e danos.
Ex: A pessoa alugou uma casa para 30 dias, com cláula de que por silêncio ou omissão, se renovaria por
período indeterminado. Resolve cancelar com 50 dias.
Faze-se uma Denúncia Vazia, sem fundamento.

-INSTANTÂNEO:
Contratos de duração.
Se esgota num único ato.
Ex: Compra de um pão de queijo.
Não pode ser Determinado ou Indeterminado, pois se esgota num ato só.

-DURAÇÃO:
Se prolongam no tempo.
Ex: Compra de um carro em 60 parcelas.
Também pode ser Determinado ou Indeterminado.

-CIVIS:
Ente privado
Só será Civil, se em ambos os polos, as partes forem de direito privado.

-ADMINISTRATIVO:
Ente público.
Só será Administrativo, se em alum polo houver um ente público.

-PARITÁRIO:
As partes discutem as cláusulas em igualdade de condições.
Ex: Seguro. Normamente é de Adesão, mas pode ter outras finalidades que o transforma em Paritário.
Ex: Seguro de parte do corpo humano.

-ADESÃO:
A parte hipersuficiente elabora e a parte hiposuficiente assina. Sem discussão de cláusulas.

-INDIVIDUAIS:
As partes negociam entre si e extraem um resultado comum.

-COLETIVOS:
Várias partes nos dois vértices contratuais. Cada um quer uma coisa. Desse modo, elegem-se
representantes para que negociem em favor de cada parte.
Ex: Dicídio dos sindicatos.

-DERIVADOS OU SUB-CONTRATOS:
Serve para distribuir responsabilidades.
Quando se assina o "Contrato Mãe", nele deve haver a autorização para o Sub-contrato. E essa
autorização, é em virtude da lei.
Diferente de Principais e Acessórios, onde os Acessórios não guardam identidade com o contrato
principal. As partes podem celebrar por vontade, ou por lei que determine.
Aqui, guardam identidade obrigatória com o contrato que o gera. Terá sempre a mesma espécie do
"contrato mãe". Somente através de lei que determine.
Existem dois: Locação de imóveis urbanos e Empreitada.

-CAUSAIS:
Se originam na manifestação de vontade das partes.

-ABSTRATOS:
Contratos que você faz sem querer. Sem vontade.
Ex: Fiança.

-PESSOAIS:
Personalíssimo. Não pode ser cumprido por terceiro.
Ex: Prestação de serviço.

-IMPESSOAIS:
Qualquer um pode cumprir a Obrigação.
As partes podem expressamente, afastar essa imposição.

-AUTO-CONTRATO: - ESTUDAR MAIS


Ficção jurídica.
Não existe uma pessoa contratando com ela mesma.
Se trata de uma excepcionalidade ao ART 685, que fala do Mandato - Contrato que gera procuração.
Procuração não é contrato. Procuração é um instrumento de exercício do contrato de mandato.
O ART 685 se refere ao "mandato em causa própria".
Quando há a procuração, pode sser favorável ao polo passivo, como no exemplo do mandatário que
compra a casa do mandante.
Quando não há a necessidade de procuração, pode ser favorável ao polo ativo, como no caso de um
advogado que adviga em causa própria.

-MISTO:
Fusão de naturezas contratuais, formando um outro contrato, que já existe no ordenamento.
Diferente do Contrato Atípico, que não existe no ordenamento.
Leasing, franquia

-PURO:
Um contrato que existe em sua unicidade.
Ex: Compra e venda, locação.
Uma natureza contratual

-CONTRATO PRELIMINAR - 462 ao 466:

Fase de formalçao do contrato. As partes são as mesmas.


Gera responsabilidade civil.
*Diferente de negociação preliminar. Ato preparatório. Não gera responsabilidade civil.
Serve para confirmar o negócio. Para postergarmos a efetivação do contrato definitivo.
Ex: Assinatura de contrato na planta.
Tem como objeto a assinatura do contrato definitivo. Está contratando a hipótese de contratar
definitivamente. O objeto do contrato efetivo, é o bem.
ART 104 - "Forma prescrita ou não defesa em lei" - Aqui, O pré contrato deve ter forma mínima. Essa
forma não é informada qual é, mas deve ser no mínimo escrita, pois tal contrato em tese, deve ser
registrado em cartório.
*Duas grandes diferenças entre o Contrato Preliminar e o Contrato Definitivo: Forma e objeto.
* SÚMULA: Não precisa mais de registro, apesar de previsto em lei.
Pode haver cláusula de Direito de Arrependimento.
É personalíssimo. Quem assina o Pré, vai assinar o definitivo.
Trata-se de uma promessa Unilateral - Enquanto o outro não assinar, está de um lado só. Nasce
Unilateralmente. Havendo o adimplemento, passa a ser Bilateral.

-NEGOCIAÇÃO PRELIMINAR:

Ato preparatório de contratar o objeto. Não gera responsabilidade civil. Mera especulação.
Aqui visa o objeto, enquanto o Contrato preliminar visa o Contrato definitivo.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS - 427 ao 435

-NEGOCIAÇÃO PRELIMINAR:
Para haver vículo jurídico, após a ideia(Negociação Preliminar), tem que ter Proposta e tem que ter
aceitação.
São convenções prévias. Atos preparatórios.
Muitas vezes você assina o Contrato Preliminar antes, para garantir o Contrato Definitivo, só que você
não se inteirou 100% das bases do Negócio. Nada impede que depois de contratar preliminarmente,
você comece a discutir as bases do Contrato Definitivo(Negociação Preliminar). Não é mais indicado.

-PROPOSTA:
Traduz vontade real de contratar.
Aqui já muda de figura. Já começa a vincular ao objeto. Ao contrário do Pré Contrato, que vincula a
exigibilidade do Contrato Definitivo.
Proposta é declaração de vontade dirigida unilateralmente à outra parte.
PROPONENTE - Quem propõe - POLICITANTE
PROPONENTE QUE ACEITA OU NEGA - OBLATO
Oblato sempre seguir as regras do Policitante. A aceitação deve seguir as regras da Proposta.
Para seguir tais regras, tem alguns requisitos:

1- LUGAR - art 435:


Olhar se as pessoas estão presentes ou ausentes.
PRESENTES:
O lugar do Contrato será onde o Policitante de encontra.
AUSENTES:
-Oblato em outro lugar dentro, mas do Brasil: Lugar do Contrato será onde o Policitante propôs.
-Oblato fora do país: Lugar do Contraro será no domicílio do Policitante.

2- TEMPO:
-PRESENTES:
Aceitação deve ser imediata ou Instantáneo.
-AUSENTES:
De acordo com o que o Policitante fixar.
-Com prazo: Deve aceitar dentro do prazo fixado.
-Sem prazo: A lei determina que se utilize dos usos e costumes do local, das noções básicas da natureza
do objeto.
*O problema é que isso gera insegurança, pois tais costumes variam de lugar para lugar. Fora que a
natureza do objeto também pode influenciar no prazo.
De alguma forma, deve-se garantir uma Segurança Jurídica. Aí que entra a Teoria da Aceitação.

-TEORIA DA ACEITAÇÃO:
"Teoria da Expedição" - Caput art 434 -
REGRA - Conta a data da expedição da resposta.

-COM PRAZO: Até o último dia da expedição do documento pelo Oblato.


Ex: Hoje é dia 28. Policitante deu prazo de 10 dias. Chegou para o Oblato no dia 01. Conta-se 10 dias
desde o conhecimento dele. Então ele tem até dia 10, para por a carta no Correio. Se ele enviasse no 11º
dia, não vincularia mais o Policitante.
-SEM PRAZO: Até os usos ou costumes do lugar onde o Oblato se encontra, hábito contratual, natureza
do objeto. Causando uma enorme insegurança.
Desse modo, existe em favor das suas partes, o Direito de Arrependimento, Destrato ou Direito de
retratação.

-DIREITO DE ARREPENDIMENTO(Somente em Propostas sem prazo):

1- PARA O POLICITANTE:
Significa o Policitante olhar para o Oblato que não responde devido a falta de prazo, tornando o prazo
rígido, através de uma nova notificação informando que ele não recebeu a Aceitação até determinado
dia, e que daqui pra frente, ele não mais reputa como válida a sua proposta.
*Se no meio do caminho, o Oblato já tiver expedido sua Aceitação dentro do prazo médio, já era. O
Policitante está vinculado.

EXCEÇÕES NOS INCISOS:


É possível que as partes contem sem ser de acordo com a expedição da resposta.
-INCISO 1º - RECEPÇÃO:
Se as partes quiserem que não conte a data da expedição, mas que conte a data da recepção da carta.

*A Teoria da Expedição está vinculada à Subteoria da Agnição.


Se o Oblato respondeu, é porque quer. Nem seria necessário abrir a carta. A Teoria da Agnição, é a aqui
impera, mas nada impede que se vá às exceções dos incisos e combinem que o que vai vincular, é a
Teoria da Recepção, com a data do recebimento, com a Subteoria da Cognição - O Policitante quando
receber a aceitação, deve abrir e ler o conteúdo(em regra, não teria), pois se o Oblato tiver alterado a
proposta. Desse modo inverte-se as partes - NOVA PROPOSTA - ART 431.

2- PARA O OBLATO:
Quando logo após sua aceitação, ele desite.
Desde que ele emita o Destrato e este chegue antes da Aceitação ou no máximo conjuntamente.
*Não pode ser instrumento de forma Instantânea. Email, telefone...

-OFERTA AO PÚBLICO E POSSIBILIDADE DE REVOGAÇÃO - ART 429:

Quando a proposta é endereçada publicamente.


Ex: Jornalzinho de supermercado, propaganda. Não fica em aberto. No máximo "enquanto durarem os
estoques'', "cem peças por lojas".
A única diferença é que na Aceitação acima, oferta/proposta gera Responsabilidade Civil, mas aqui, a
força obrigatória se retira.
Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na
oferta realizada.

VÍCIO REDIBITÓRIO - ART 441 ao 446:

1-Um dano material grave.


2-Defeito que torna a coisa imprópria ao uso ou diminua seu valor.
3-Coisa oriunda de Contrato Comutativo ou Doação Onerosa.
4-Preexistente no momento da celebração do Contrato.
5-Defeitos oculto, não visto pelo homem médio.
Atinge a todos. Não é fracionado. Havia uma corrente de que se a pessoa fosse especialista em
determinado assunto, não se aplicaria a ele. Mas se aplica ao homem médio.

-TEORIA DA GARANTIA:
Quem deve dar garantia, é o vendedor(alienante). Ele sempre é o culpado.
Tanto faz a boa ou má fé. Se for de má fé, além da devolução da quantia, mais perdas e danos.

-FORMAS DE SOLUÇÃO - Doutrinas - O comprador escolhe baseado na Teoria da Garantia:


Substituição da coisa por outra de mesmo gênero, quantidade e qualidade.
Devolução do dinheiro.
Abatimento proporcional ao preço do objeto, para levá-lo à assistência técnica.
Vendedor mandar o objeto para assistência técnica.
Levar para assistência mais indenização.

-PRAZOS - ART 445 - CAPUT:


Contados a partir da tradição.

A - 30 dias para bens móveis


B - 1 ano para bens imóveis
Segunda parte do dispositivo:
C- Conta-se da entrega efetiva. Se já está na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzida à metade.

PARÁGRAFO 1º:
Quando o vício se manifestar mais tarde, será contado 180 dias para móveis a partir do conhecimento do
vício e 365 dias para imóveis, tbm a partir do conhecimento do vício.
EVICÇÃO:

EVICTOR: Proprietário
ALIENANTE: Quem vende o bem
EVÍCTO: Quem compra o bem

Não é um vício do objeto, material, como no caso do Vício Redibitório, mas sim, um vício de direito.
Um confusão no ato da formação, cumprimento e do término contratual. O vício recai sobre a relação
das partes.
Alguém foi vencido num pleito relativo a coisa adquirida de um terceiro.
Interveniência de um terceiro que inocentemente ou não, entra numa relação em que outras duas
pessoas já estavam e acaba adquirindo um bem em negociação pelas partes já existentes na relação.

Aqui tbm se aplica a Teoria da Garantia. O vendedor(alienante) é sempre o culpado.


Esse terceiro entra na relação por culpa do alienante, que já tinha uma relação inicial com outra pessoa.
Tanto faz a boa ou má fé. Se for de má fé, além da devolução da quantia, mais perdas e danos.

A vende um carro para B. Este só pode vender o bem, depois da última parcela quitada.
Acontece que B perde o emprego e decide vender o bem para C. Ele pede a A para sair da relação e que
A passe a cobrar as parcelas de C.
Se A aceita, não acontece a possível Evicção e a relação se limitará entre A e C.
Se A se nega, e B faz um "Contrato de Gaveta com C, que compra o veículo sem o conhecimento de A.
A e C não se conhevem, nem nunca se viram. Mas se C honrar as parcelas até o fim, para Am quem está
pagando é B e desse modo, não haveria problema nenhuma.
O problema surge quando C fica inadimplente. Ou então C até pagava, mas B embolsava o dinheiro.
Até que A decide entrar com uma ação de Busca e Apreensão contra o carro.

Só acontece a Evicção quando C não assume o risco expressamente, acontece a sentença judicial de
Busca e Apreensão e Denúciação à lide.
Tanto faz C ter tido consciência ou não, o alienante(B) é sempre o culpado.

O processo de Evicção é uma tentatia de resolver o problema das três partes, numa ação só.
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS - Celeridade e Economia Precessual.

-É a perda da coisa por força de decisão judicial - C perdeu o carro


-Fundada em motivo jurídico anterior que a confere a outrem, seu verdadeiro dono - O contrato de A e
B.
-Com reconhecimento em juízo de ônus sobre a mesma coisa - Ele não finalizou o pagamento, o carro é
de A
-Não denunciado oportunamente no contrato - B até tentou, mas A não deixou C entrar no contrato.
-REQUISITOS DA EVICÇÃO:

1- Contrato oneroso que apresente vício na sua formação.


2- Quem sofre a Evicção é C. Perda total ou parcial da posse ou propriedade do bem, por força judicial.
3- Sentença judicial transitada em julgado - Se for transitado em julgado, nenhum incidente processual
que altere a decisão.
4- Anterioridade da causa. - O contrato entre A e B. Por ele que o vício surge com C.
5- Denunciação à Lide. - Antes obrigatório. Hoje pode ser de forma autônoma.

-EXCLUSÃO DA GARANTIA - TEORIA DA GARANTIA:

1- Cláusula expressa
Se C aceitasse expressamente os riscos dessa possível Evicção. Em caso de inadimplência, ele viraria o
único culpado.
O "Contrato de Gaveta" é livre. Se B tivesse exposto expressamente os riscos de Evicção com a aceitação
de C, estaria desonerado da relação.
2- Ação dolosa por parte de C
3- Se C souber que que a coisa era alheia ou litigisa. Processo é público!

-OBS:

* Art 456 - revogado em em 2015 pelo novo CPC - Não é mais obrigatória a Denunciação à Lide.
Isso pode acontecer autônomamente pelo Evicto e o juiz aceitar. Melhor ainda se denunciar.

*Era possível Evicções sucessivas. Um passando o bem para outro infinitamente.


Novo CPC diz que só é possível uma Denunciação e além dela, uma sucessiva. Os demais litígios, serão
resovidos por leis autônomas. Não podem integrar a mesma relação devido a celeridade e economia.

*Também não pode mais: Denunciação Saltada ou Denunciação Perssalto - Se G de alguma forma
chegasse a B, poderia denunciá-lo à Lide.
Por carência de agir e falta de interesse. Nem se conhecem. Não tem relação jurídica. A única afinidade,
é o objeto.

-DIREITOS DO EVICTO:

*ART 450 - P.U: O preço da coisa é o da época da Evicção.


1- Valor dos frutos que teve de restiuir
Ex: Se o Evicto coloca um som no carro, o Evictor não mandará que ele retire para "tomar menos
prejuízo". Ele entrega tudo.
2- Prejuízos do contrato.
3- Custas judicias pagas pelo Evicto.
4- Valos das benfeitorias necessárias ou úteis não abandonadas ou abonadas ao Evicto.
Ex: O Evicto colcou 4 pneus novos. Evictor leva o carro com tudo.

*Se o Evicto tiver tido vantagem de benfeitoria necessária ou útil, realizada pelo Alienante, ela deverá
ser descontada do montante que ele reembolsar ao Evicto. - ÚNICA VANTAGEM DO ALIENANTE.

EXTINÇÃO DOS CONTRATOS:

1- Resolução
2- Resiliçao
3- Rescisão
4- Cessação

A- Nulo
B- Anulável
C- Condição resolutiva ou expressa
D- Direito de arrependimento, so quando expresso

ART 476 e 477:


-Exceptio non Adimplenti Contractus - Exceção de contrato não cumprido:
Quebras contratuais recíprocas em virtude de uma parte não ter cumprido. Em juízo, a parte lesada
pode pedir que o juiz lhe conceda a suspensão do dever de cumprimento do Contrato, em face do
descumprimento do outro.

-Exceptio non Rit Adimplenti Contractus - Exceção de contrato parcialmente não cumprido:
Uma parte cumpre parcialmente, mas pelo descumprimento do outro, pode pedir que o juiz lhe conceda
a suspensão do dever de cumprimento do Contrato, em face do descumprimento do outro.

-Solve et repet - Solver o pagamento:


Faculdade da parte de cumprir tudo mesmo com o não cumprimento do outro e no fim, cobrar em juizo.

-RESOLUÇÃO:

As partes somente resolvem o Contrato, quando acionam o Poder Judiciário.


Em regra, a parte lesada ingressa em juízo. Primeiramente ele não pede pra resolver o Contrato, ele
pede para que se cumpra, se não for possível, que se resolva.
Voluntariamente uma parte age e lesa a outra. Gera um desequilíbrio. O causador se torna
hipersuficiente e o lesado, hiposuficiente - Ele entra em juízo pedindo o cumprimento. Não deu, pede
indenização. Se com má fé, além da infenização, perdas e danos.
A- ONEROSIDADE EXCESSIVA
Onerosidade para uma das partes.
O lesado alega o ART 480. Cobra o equílbrio da relação ou indenização com perdas e danos, se for o
caso.
B- TEORIA DA IMPREVISÃO ART 478 - Rebus sic standibus
Um dos elementos é a própria Onerosidade Excessiva.
Para alegar essa teoria, precisa de 3 requisitos:
1- Além de Onerosidade Excessiva.
2- Extraordinariedade do fato.
3- Imprevisibilidade do fato.

*Quando possível provar a Teoria Da Imprevisão, é imediata a decisão do juiz favorável. São tres
elementos muito rígido de provas.
Se não puder usá-la, tem a Onerosidade Excessiva.
*O Rebus sic standibus é capaz de relativisar a Pacta sunt servanda.

-RESILIÇÃO:

Nunca em juízo. Somente por vontade das partes.


Opera em vias administrativas pelas partes.

DISTRATO: Resilição Bilateral


Quando essa proposta de encerrar o Contrato partir só de um e o outro aceitar, deixa de ser
Bilateral(Distrato) e passa a ser Unilateral.
REVOGAÇÃO: Quando o lado ativo encerra. Unilateral.
RENÚNCIA: Quando o lado passivo encerra. Unilateral.

*Caberia Denúcia cheia ou Denúncia Vazia!

-RESCISÃO:

Só ocorre em juízo.
Igual a Resolução, mas tem que haver uma lesão suplementar causada por um fato não cumprido no
Contrato, não previsto nele, por má fé.
Será cobrado o dano contratual + suplementar.
Só se rescinde, quando há a ocorrência de um dano alienígena.
Só não se usa a Rescição, se não for possível fazer provas do Dano Suplementar. Caso contrário, pede-se
a Resolução e recebe aquilo que está no Contrato, enquanto Cláusula Penal.

-CESSAÇÃO:

Em regra geral, a morte extingue a Obrigação contratual. Exceto em algumas exceções as quais pode
manter as obrigações aos descentendes.
No Contrato que não disser nada, morreu, acabou. Ao passo que aquele contrato que disser que em caso
de morte, a Obrigação passa aos herdeiros, não haverá Cessação, pois a lei não desautoriza a passar aos
herdeiros.
*Contratos por natureza Intuitu personae - Nunca passará a terceiros, pois é personalíssimo. Só a pessoa
pode cumprir.

COMPRA E VENDA:

481 AO 504
*****DO 481 500 - BOA TARTE JÁ FOI DISCUTIDA AO 504

ELEMENTOS/REQUISITOS ESSENCIAIS - ART 104:

-Capacidade
-Objeto
-Forma
-Autonomia da vontade
-Preço - Todo contrato deve ter. Deve ser definido pelas partes em igualdade de condições. Em espécie
ou ou documento representativo. Outro bem, é troca ou permuta. Prestação de serviço é atípico.
Se não chegar num consenso de preço, pode-se como parâmetro, os usos e costumes do local, a
natureza do objeto, ou um árbitro para definir. Em último caso, o juiz fixa.
-Consentimento - prestado viciosamente, é nulo. Só não tornará quando a lei disser que é anulável.
Incapazes não podem consentir.
Consentimento Marital. Antiga ''Outorga Uxória''.
Mesmo com comunhão parcial de bens, se prejuducar o núcleo familiar, precisa da assinatura do
cônjuge. Se um cônjuge negar a assinatura sem justificativa, o juiz pode interferir.
Descendente que vender para ascendente e não tiver assinatura da esposa e dos demais irmãos, a venda
é anulada. Para evitar fraude ou privilégio de um em detrimento dos demais.
Tutor, curador, testamenteiro, leiloeiro, juízes, servidores públicos, locador(inquilino), não podem tirar
proveito de suas condições para obterem vantagem na compra viciosa de um bem.
Condomínio - A venda deve ser oferecida primeiro pra outro outro condômino.

-ACESSÓRIOS:

Preço dos acessórios só estarão vinculados, quando compactuados no Contrato - ART 233
Até a tradição ônus e bônus do objeto, do vendedor. Depois da tradição, ônus e bônus do objeto, do
comprador. Ou vice e versa, basta expressamente compactuar.

-ELEMENTOS ACIDENTAIS:

Disciplinam a vontade das partes.


Tudo aquilo que não for Elemento Essencial.

-ELEMENTOS NATURAIS:

Focar no objeto.
Analisar se é natural ou não ter uma cláusula especificando algo sobre o objeto.

-ELEMENTOS DE ESTILO:

"Brocardos Jurídicos"
Serve para descrever algo que precisaria de muita explicação para dar clareza. Como se fossem ditos
populares.

"Ad Corpus" - Todo o corpo:


Compactua o preço sobre toda a coisa fechada.
É tolerável uma diferença entre o que está pagando e o que está vendo, até a 20º parte da coisa. Caso
contrário, deverá o que ficou lesado, receber o equivalente.
Vigésima parte é você dividir o valor da coisa, por vinte. O resultado é a porcentagem limite da margem
de erro.

"Admensura" - Aquilo que é devidamente medido:


Tudo é milimetricamente medido, pesado, somado e com preço real apurado.
Muito mais seguro.

-ELEMENTOS IMPERATIVOS:

Requisitos com poder de império.


Poder de determinação de impôr.
Ex: Quando o contrato obriga o consentimento marital. É obrigatório.

-COMPLEMENTARES:

Anexos contratuais. Informações, descrições, fotos, documentos postadas fora das cláusulas.
Serve para organizar.

-CONSEQUÊNCIAS JURÍDIAS:

É possivel Resilir(Resilição) por inadimplência com a Exceptio non Adimplenti Contractus - Exceção de
contrato não cumprido.
Pode haver Vício Redibitório e Evicção
Até a tradição ônus e bônus do objeto, do vendedor, após do adquirente. - Pode ser ajustado.
Acessório, frutos, pertenças...
-CLÁUSULAS ESPECIAIS - 505 ao 532(4 beneficiam o vendedor):

RETROVENDA(Benefício ao vendedor) - Só se aplica a bens imóveis.


Vender de volta. Beneficia o vendedor originário.
Em qlq momento dentreo de 3 anos, o comprador deve vender o bem de volta.
Comprador não é Proprietário Pleno, tem Propriedade Resolúvel. Condição suspensiva. Até os três anos,
ou se resolve em favor do vendedor, ou do comprador.
Se o comprador não vender o bem de volta, o Vendedor pode depopsitar o valor juízo e pedir
reintegração de posse.
Prazo menor que 3 anos é válido. Vontade das partes.
Retrovenda vai registrado na escritura do imóvel.
Comprador deve restaurar danos.
Não pode haver tranferência interpartes. Mas herdeiros do vendedor podem beneficiar da Cláusula de
Retrovenda.
Valores seguem valorizações atuais. Benfeitorias podem ser úteis ou necessárias.
Pode haver em Contrato de Condomínio.

-VENDA A CONTENTO(Beneficia o comprador):

À escolha do comprador.
Condição suspensiva.
Cabe sobre móvel e imóvel.
Prazo escolhido livremente entre as partes.
É cláusula que subordina o contrato a uma condição suspensiva do negócio ficar desfeito, se não for do
agrado do comprador.
É personalíssmo, intransferível.

SOMENTE A ESCOLHER: À contento


EXPERIMENTO: Sujeito a prova
Ex: Test drive, Activia, Yakult...
"Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta".

-PREEMPÇÃO(Beneficia o vendedor):

Preferência especial, que só ocorre na Compra e Venda e sempre para o 1º comprador.


Pode ser bem móvel ou imóvel.
Comprador fica com a Obrigação de oferecer a coisa a quem lhe vendeu. Itima-se o alienante inicial para
que este se quiser, exerça a preferência.
Prazos para o vendedor responder: De 180 dias móveis, 2 anos imóveis. Doutrina entendeu que os
prazos estão longos. Agora são 3 dias para móveis e 60 dias para imóveis, quando apenas expresso em
contrato: "As partes avençam Preempção". As partes podem estipular prazos menores.
Preempção não é obrigado a estar no registro como na Retrovenda.
Não sendo dado o direito de preferência, responde por perdas e danos.

-RESERVA DE DOMÍNIO(Beneficia o vendedor):

Mantém a propriedade do bem, até o final do pagamento.


Só em bens móveis infungíveis.
Venda parcelada cuja propriedade é apenas depois da quitação. Primeiro se entrega a posse. Se não
pagar, o vendedor pode pegar o bem de volta. Lançado no contrato e registrado em cartório.
Só faz sentido se quando vender, tranferir diretamente a posse do bem. Ou seja, "Emitir na Posse" -
Qualquer sinal de inadimplência, autoriza o vendedor a tomar de volta, pois ele reservou o
Domínio(propriedade) a ele.
Não precisa de cláusula, se o bem for entregue só no término das parcelas.
Garantir ao vendedor, que com o adimplemento do comprador, ele libera a propriedade, entrega a posse
e emite o comprador da posse. Vai ao vai ao Cartório, dá baixa à Cláusula de Domínio.

-VENDA SOBRE DOCUMENTOS(Beneficia o vendedor):

Quando se coloca essa cláusula, o comprador ao assinar está dizendo: "Mesmo que você não me
entregue o objeto, eu te pago. Você me entrega depois".
O que se entrega no lugar do objeto são os documentos representativos desse objeto. Nota fiscal, via do
contrato, orçamento...
O objeto pode não estar pronto. Pode ser impossível de se entregar na hora.
Essa cláusula força o comprador a pagar pro vendedor, sem receber o objeto.
Ex: Seguro - Recebe-se um recibo antes da apólice.
Local do foro: Onde for expresso, ou onde os documentos forem trocados.

-TROCA E PERMUTA:

"Barganha, "escambo", "Troca", "permuta" ou de "dupla compra e venda".


Bilateral, oneroso, comutativo, consensual.
Seguir todas as regras de Compra e Venda com pequenas modificações.
Somente objetos, senão atípicos.
Objetos que estão no comércio.
Ascendente para descente de bens com valores diferentes, deve-se pegar assinatura do cônjuge e dos
demais descendentes. Somente quando o bem tiver valor diferente. Ou se bem do descendente for mais
valioso que o do ascendente.
Bens devem ter identidade de valor. Se não forem iguais, muito próximos. Jurisprudência aceita 10, 12
%...
Cabe falar de Evicção, Vício Redibitório.
Custas, despesas: Dividido entre as partes. Tributos: Depois de Permutado, cada um fica com o tributo
do bem que pegou.
-CONTRATO ESTIMATÓRIO:

"Consignação"
Pessoa(CONSIGNANTE/ESTIMANTE) coloca seu carro(CONSIGADO) para ser vendido numa
concessionária(CONSIGNATÁRIA/ESTIMATÁRIA), durante o tempo que as partes resolverem no Contrato.
Por trás desse contrato, tem uma Compra e Venda.
Tem que ter um motivo para fazê-lo, senão faz a Compra e Venda e não paga comissão.
Formas de pagamento: Consignante pode estipular valor e dizer que o que a Concessionária conseguir
vender a mais, é dela. É livre.
Bens móveis.

DOIS PROBLEMAS NOS PARES CONTRATUAIS:

1- Tem gente que fala que esse Contrato é Consensual(Contratos firmados pela mera manifestação de
vontade) e tem gente que fala que é Real(Não basta consentir, tem que fazer a tradição. Entregar o
objeto).

*Quando o possível comprador for comprar o carro, ele vai à Concessionária e o carro não está lá? Como
pode ser Consensual? Tem que fazer a tradição. O carro tem que estar com a Concessionária.
Depois que o Contrato Estimatório é feito, o Consignante não pode jamais vender o carro, pq senão gera
uma insegurança caso a concessionária vende tbm. Somente se ele cancelar o Contrato Estimatório para
poder pegar o bem de volta. Então se ele pode pegar o bem de volta, signifa que foi feita a tradição.

2- Tem gente que fala que ele é Comutativo(Quando o objeto for individualizado, quando as partes
contratam uma unicidade) e tem gente que fala que é Aleatório(Se o bem é inderteminado, não
individualizado).

*Aqui não basta olhar o objeto. Preço - Existe mas é impreciso. E partes.
Qual o sentido de levar para a Concessionária vender? Se vc tem alguém para comprar direto, vc não
paga comissão.
O que está em risco de ter ou não ter? O carro? Não, ele existe. O comprador e o preço.
"Alea" sobre a pessoa e o preço.

RESPONSABILIDADE:

Depois do objeto entregue à Consignatária, toda a responsabilidade é dela.

FORMAS DE TÉRMINO CONTRATUAL:

1- Vendeu, acabou
2- Não vendeu e o prazo acabaou - Devolução do carro.
3- Consignatário pode comprar o carro do Consignante.
4- Se o Consignatário repara um dano, pode o Consignante obrigá-lo a comprar.

*Em caso de penhora, se a execução recai sobre o Consigante, a justiça pode pegar. Do contrário, não.

DOAÇÃO - art 538 à 564:

Contrato que uma pessoa por liberalidade, transfere do seu patrimônio bem ou vantagens para o de
outra, que os aceita.
Unilateral, formal, gratuito(em regra).
Prestação de serviço de maneira gratuita, é favor. Doação é dar coisa certa com caráter patrimonial.

ELEMENTOS:

1- Subjetivo:
Intenção de doar.
"Animus Donandi" - Ânimo de dar do doador.

2- Objetivo:
Efetiva entrega do bem ou vantagem.
Contrato de Doação não transfere propriedade. Precisa da ocorrência da tradição e registro.

CARACTERÍSTICAS:

Negócio Jurídico Bifronte. Admite ser Oneroso e Gratuito.

1- ONEROSO, COM ENCARGO OU MODAL(NÃO PURA E NÃO SIMPLES):


Doação condicional, com encargo.
Terá caráter bilateral. Com prestação do Doador e contraprestação pelo Donatário.
Encargo - Art´s 136 e 137. Uma contraprestação em prol do Doador ou finalidade específica para a
Liberalidade. Encargo não suspende nem a aquisição, nem o exercício do Direito ao qual se refere, salvo
se esse Enacargo vir como Condição Suspensiva. Art 136
Este encargo pode ser em benefício do próprio Doador, terceiro determinado, da coletividade ou até
mesmo do Donatário. Se estipulado em prol o Donatário, deve ser visto como mero conselho. Art 553.
Art 553, P.U - Se o Doador não tiver exigido o cumprimento do Encargo para terceiros até sua morte, o
MP pode exigir.

2- GRATUITO(PURA E SIMPLES):
Sem nenhum encargo ou obrigação.
Terá caráter unilateral. Com prestação apenas para o Doador.
A- Doação com reserva de usufruto para o Doador, não tem nenhum Encargo ao Donatário, logo é Pura e
Simples.
B- Encargo ilícito ou impossível, será considerado não escrito, não afetando a validade quanto ao
restante da Doação, se tornando uma Doação Pura e Simples. Art 137.

3- CONSENSUAL:
Se aperfeiçoa pelo mero acordo de vontade entre as partes. A entrega da coisa é seu exaurimento.

4- FORMAL:
Demanda instrumento escrito. Público quando a lei assim exigir, ou particular.
Art 541 - Verbal será exceção, que possuirá 3 requisitos:
A- Bens móveis
B- Pequeno valor
C- Tradição ocorra de imediato

ACEITAÇÃO DO DONATÁRIO:

Ele não terá obrigação se a doação for gratuita, mas isso não quer dizer que ele não terá que consentir
com a Doação. Enseja o aprfeiçoamento da Doação.
Aceitação deve ser expressa. Excepcionalmente haverá a Aceitação de maneira presumida.
Hipóteses:

1- Doação Pura e Simples que o Doador estipulou prazo para Aceitação e Donatário ficou em silêncio. Art
539 conjugado com 111.
2- Quando em hipótese de Doação Pura e Simples, Donatário for absolutamente incapaz. Ele será
agraciado. Art 543.
3- Em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa.
A efetivação do matrimônio, servirá como Aceitação. Condição Suspensiva. Art 546.

NASCITURO - Art 542:

Não pode fazer Doação, pois não tem Personalidade Jurídica(ainda não é titular de direitos e deveres na
esfera cívil), mas pode ser Donatário. A Aceitação é feita pelo seu representante legal. Para isso há uma
Condição Suspensiva para manter a Eficácia. É preciso nascer com vida.
Acabou de nascer, é absolutamente incapaz. Art 543.
Anencéfalo - Preencheu o fato de eficácia(nasceu com vida). Morrendo depois, haveria sucessão.

CLÁUSULA DE REVERSÃO - Art 547:

Doador pode solicitar o bem de volta caso o Donatário morra antes dele, mesmo que ele tenha
herdeiros.
1- Essa cláusula deve ser expressa.
2- Essa cláusula não pode favorecer um terceiro que não seja o Doador. Caráter perssonalíssimo.
Caso contrário aconteceria um Fideicomisso Em Vida -- A possibilidade do no testamento, o testador
dispor a respeito de um bem, por mais de uma pessoa. O que em vida, é proibido.
Art 1.951

ESPÉCIES:

DOAÇÃO REMUNERATÓRIA:
Aquela feita como forma de retribuição de serviços prestados pelo Donatário, quando este por qlq razão
não puder exigir os valores correspondentes ao serviço. Art 540.

DOAÇÃO A TERMO:
Tira a condição de Pura e Simples. A mera fixação de data, estabelece espectativa do Donatário em
receber.

DOAÇÃO SOB FORMA DE SUBVENÇÃO PERIÓDICA(DOAÇÕES CONTINUADAS):


Estipulam forma de pagamento em períodos sucessivos.
Partes fixam um período.

MÚTUAS:
Partes são doadoras e donatárias doam ao mesmo tempo, no mesmo contrato.
Hoje é proibido, pois não se pode revogar. Se houver essa necessidade, precisaria da assinatira de
ambos.

CONJUNTIVA:
Dois Doadores e um Donatário. Tbm proibido hoje, pelo mesmo motivo anterior anterior.

CONDICIONAL:
Depende de um acontecimento futuro e incerto.

MODAL:
Com encargo. Doador impõe ao Donatário o cumprimento de alguma obrigação.

DOAÇÃO DE BENS FUTUROS:


Promessa de Doação. Pode ter por objeto bens presentes e bens futuros. No caso de bens futuros, ele
pode não vir a existir. Essa existência é um fator de Eficácia. Condição Suspensiva. Promessa será inválida
quando envolver objeto a herança de pessoa viva. Art 426.

REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO:

Por inexecução do Encargo , Art 562 ou Ingratidão - 555.


1- Puras e simples:
Somente ocorrerá em casos de ato de Ingratidão cometidos pelo donatário contra o Doador, seus
descendentes, ascendentes e cônjuges(Homicídio, tentativa de homicídio, lesão corporal, crimes contra a
honra em juízo ou fora dele e alimentos não pagos) - Art 557.
Fora alimentos que não é crime, segundo a doutrina, a Condenação Penal é condição para a exigir a
Revogação. Esta Revogação só poderá acontecer dentro de um ano após o Trânsito em Julgado. Art 559.
Ato exclusivamente do Doador em se perdoar ou revogar, enquanto vivo, ou de seus herdeiros depois de
morto. Se ele iniciar a ação, os herdeiros continaum depois de morto. Se morrer sem revogar e os
herdeiros tomarem conhecimento do motivo da morte, podem revogar. Art 559,560,561.
Se houver perdão expresso em cartório, não haverá Revogação pelos herdeiros.
Entretanto não pode ser revogado por Ingratidão: Remuneratórias, oneradas com encargo cumprigo, por
cumprimento de obrigação natural, feita para determinado casmento. Art 564.

2- Onerosas:
Encargo não cumprido - A lei autoriza o Doador a Revogar a Doação diante do não cumprimento do
Encargo. O mais técnico seria a Resolução do contrato em virtude de inadimplemento.
Do ponto de vista da efetividade, é possível que o Doador solicite a Tutela Específica do Encargo. Art 562
e 475. Se não houve prazo específico para cumprimento, o Doador notifica juducialmente ou
extrajudicialmente o Donatário para que seja constituído em Mora, dando-lhe prazo razoável para que
cumpra a Obrigação.
Somente poderão ser revogadas quando do descumprimento do respectivo ônus nela contido.
As Doações Não Puras e Não Simples, jamais se revogam por atos de ingratidão se o Donatário tiver
cumprido o encargo. Se o encargo não foi cumprido, será revogado por esse motivo e não por ingratidão.

VÍCIOS DA DOAÇÃO - Art 544,48,49:

Abrange todos os vícios de parte geral. Inclusive, em casos de contratos onerosos, Vício Redibitório e
Evicção - Art 441 PU e 447.
A- Donatário que cumprir o Encargo, poderá exigir a garantia aos vícios.

DOAÇÃO UNIVERSAL:
Teoria Do Patrimônio Mínimo.
Proteção da pessoa que por dele está por trás. Dignidade que titulariza esse patrimônio.
Códico Civil estabeleceu que temos direito um patromônio mínimo existencial.
No âbito da Doação, é vedada a doação de todos seus bens, salvo se houver renda suficente que garanta
a subsistência.
É proibido doar todo o patrimônio ou volume patrimonial doado que impede o doador de manter o
mesmo padrão de vida.

QUANDO HOUVER PREJUÍZO A CREDORES:


Ação pauliana. Art 161

NA PARTE QUE VULNERA A LEGÍTIMA:


Se tiver herdeiros necessários, só pode doar até 50% do patromônio. Resguardar a Legítima.
DOAÇÃO INOFICIOSA - A Doação se torna nula naquilo que exceder a Legítima, ou seja, ultrapassa os
limites estabelecidos pela Legítima. Deve-se fazer a colação do excesso ao patrimônio do doador. Ação
de Redução - Visa declarar a nulidade da parte excedente. Art 549.
BEM INDIVISÍVEL - Retorno do bem ao patrimônio do Doador.
Se comprovada má fé do Donatário, além de devolver a diferença, não terá direito a divisão da mesma.
"Ato de sonegador." Se esse for o único bem, não ganha nada.
É permitido o adiantamento da Legítima, desde que não ultrapasse o limite de cada um.
Exemplo: Patrimônio de um milhão. Três herdeiros, sendo que um recebeu 600 mil. A Legítima de cada
um é 163. Esse que recebeu a doação em excesso, não precisa descolar. Na divisão, ele ficará com o
excesso e pegará a difererença faltante.
Para a doutrina majoritária, inclusive STJ, a verificação da Inoficiosidade do montante doado, deve ser
feita no momento da liberalidade e não na morte do Dosdor. Art 640 CPC.

DOAÇÃO DO CÔNJUGE ADÚLTERO À CÚMPLICE:


Se o(a) amante sabe, a doação é nula.

DOAÇÃO ENTRE CÔNJUGES NO REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS:


Se gostaria que os bens se comunicassem, que tivessem se casado em comunhão universal.
Caso contrário, não faz sentido a Doação. Pode haver indício de fraude.

DOAÇÃO ENTRE CÔNJUGES NO REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL:


É impossível o objeto. Já é tudo do casal.

CONTRATO DE LOCAÇÃO DE COISAS - Art 565 ao 578:

1- Imóveis urbanos em zonas urbanas e para residência ou domicílio, ou finalidade comercial, no máximo
vaga de garagem(pois é imóvel) - Lei 8.245/91.

2- Móveis e imóveis em zona rural e não for para finalidade residencial e comercial - Locação de coisas
no Código Civil. É Mais amplo.
Móveis: Equipamento para construção, roupas, carros.
Imóveis: Nem pra fins de residência ou domicílio, nem fim comercial e estiver em zona urbana ou rural.
Para fins atruísticos, culturais.

O Código Civil se estende somente a entes privados. Quando uma parte é um ente público, deverá usar a
Lei 8.245/91, ou se para finalidades atruísticas e culturais para ente público, um atípico. Exemplo dos
imóveis da Praça da Liberdade.

No Código Civil de 2016, não tinha somente Locação de Coisas. Haviam outros dois contratos que
perseveravam em se locar. Locação de serviços ou de obra e empreitada. Atualmente temos Prestação
de Serviço no lugar de Locação de Serviços e Empreitada no lugar de Locação de Obra.
Era comum misturar o contrato do predeiro com o andaime.
A tentativa hoje é acabar com a confusão. Locação é de coisa e não de pessoa.

*Prédio rústico = Prédio em zona rural.

LOCATIO AD POMPAM ET OSTENTATIONEM:

A regra é bem infungível. O código diz que não é naturais coisas móveis fungíveis, pois elas se perdem.
Ou tem sua estrutura alterada.
É admitido quando seu uso tenha sido cedido para fins de ornamentação.

ARRENDAMENTO:

Para trabalhar ou auferir renda. Nesse caso não se usa a locação, pois se explora e devolve o que restou.
Não dá pra ser locação pois o bem não seria infungível.
Exemplo: Aluguel de caminhonetes pela Vale. Ela não adquire a propriedade dos bens. Paga um aluguel
como se locação fosse.

CLASSIFICAÇÃO:

BILATERAL:
Obrigação para todas as partes. Por essa razão, cabe:

ART 476 e 477:


-Exceptio non Adimplenti Contractus - Exceção de contrato não cumprido:
Quebras contratuais recíprocas em virtude de uma parte não ter cumprido. Em juízo, a parte lesada
pode pedir que o juiz lhe conceda a suspensão do dever de cumprimento do Contrato, em face do
descumprimento do outro.

-Exceptio non Rit Adimplenti Contractus - Exceção de contrato parcialmente não cumprido:
Uma parte cumpre parcialmente, mas pelo descumprimento do outro, pode pedir que o juiz lhe conceda
a suspensão do dever de cumprimento do Contrato, em face do descumprimento do outro.

-Solve et repet - Solver o pagamento:


Faculdade da parte de cumprir tudo mesmo com o não cumprimento do outro e no fim, cobrar em juizo.

ONEROSO:
Tanto imóveis, quanto coisas.

CONSENSUAL:
Não é Real. Não preciso assinar um contrato de aluguel e estar imediatamente no apartamento. Já gerou
responsabilidade civil.
COMUTATIVO:
Normalmente

NÃO SOLENE:
Pode ser extramemtne Solene.

DE TRATO SUCESSIVO OU EXECUÇÃO CONTINUADA:


Se prolonga no tempo de acordo com a natureza do bem.

ELEMENTOS:

Três na lei - Art 104. Capacidade, objeto(móvel deve ser infungível, pois se for fungível será Contrato de
Mútuo) e forma.
Dois fora da lei - Preço e consentimento

QUEM LOCA:

Em regra, o dono. Mas pode ser outra pessoa de posse de uma procuração.
Pode haver a figura da Evicção. Todavia, o proprietário Evictor, tem a faculdade de manter o Locatário
mediante novo arrendamento.

PREÇO:

Todo contrato deve ter. Deve ser definido pelas partes em igualdade de condições. Em espécie ou ou
documento representativo.
Se não chegar num consenso de preço, pode-se como parâmetro, os usos e costumes do local, a
natureza do objeto, ou um árbitro para definir. Em último caso, o juiz fixa.
Se não hover, é Comodato.
O preço não pode ser ínfimo pois ensejará ficção.
Não se pode estipular em moeda estragenira ou em salário mínimo. Vigora o Princípio Do Vernáculo.
Idioma pátrio.
Aluguel pode ser pago metade em dinheiro, frutos do trabalho, frutos do próprio imóvel, prestação de
serviço.
Imóvel para temporada - No máximo 90 dias de locação. 50% adiantado.

CONSENTIMENTO:

Tácito ou expresso.
Representate legal sucessório em caso de inventário, pode pegar o valor de aluguéis para manter os
mesmos.
Locatário não pode locar para si mesmo.
Condômino não pode locar sozinho, coisa comum. Deve oferecer primeiro para outro condômino. Se for
de fora, precisa da anuência da maioria simples.
Não há limite temporal para a duração do contrato(Coisas e imóveis urbanos). Se houver estipulado,
locador só pode reaver a coisa, pagando perdas e danos e locatário se devolver, paga proporcionalmente
a multa prevista no contrato. Art 571.
DIREITOS E DEVERES - Art 566:

1 - Obrigação do Locador entregar a coisa alugada.


2- Obrigação do Locador manter a coisa no mesmo estado, pelo tempo de contrato.
3- Obrigação do Locador em garantir o uso pacífico. Locador não deve perturbar o Locatário e garantir
que não seja alvo de embaraços de terceiros.
4- Obrigação do Locador (SE EM CLÁUSULA CONTRATUAL), oferecer a venda do imóvel ao Locatário em
primeiro lugar. Diferente de Prepmção - Compra e Venda.
5- Caso a venda seja feita para terceiro e não tiver nenhuma cláusula protegendo a permanência do
Locatário no imóvel, este pode ser retirado pelo novo dono, a qlq momento, desde que além da cláusula,
tbm esteja registrado em cartório. Art 576.

OBRIGAÇÕES DO LOCATÁRIO - Art 569:

1- A servir-se da coisa alugada para os usos convencionados ou presumidos, conforme a natureza dela e
as circunstâncias, bem como tratá-la com o mesmo cuidado como se sua fosse.
2- A pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do
lugar.
3- A levar ao conhecimento do locador as turbações de terceiros, que se pretendam fundadas em direito
- Evicção - Chamar o Locador o quanto antes para intervir e sanar qlq tipo de demanda.
4- A restituir a coisa, finda a locação, no estado em que a recebeu, salvas as deteriorações naturais ao
uso regular.
Se a coisa for devolvida com desgaste natural, tudo bem. A não ser por uso diverso.

BENFEITORIAS:

Parte geral dos Direitos da Obrigações.

---> Se Locador ficar, ele


indeniza.

NA LOCAÇÃO DE COISAS:
Permanece a regra.
1- Benfeitoria Necessária - Locador obrigado a pagar.
2- Úteis - Tbm desde que comprovada a utilidade.
3- Voluptuárias - Locador escolhe se fica com e ela e indeniza, ou se permite ao Locatário, levantar.
IMÓVEIS URBANOS:
1- Locatário nunca poderá fazer benfeitorias(nenhuma) se não tiver cláusula autorizando.
Muito comum nos contratos haver cláusulas dizendo que o Locador ciente dos riscos comuns que podem
acontecer, autorizar a realização de determinadas benfeitorias, até certo valor.

*Regra para pagamento do Locador ao Locatário, quando este realizar benfeitorias: Abatimento do valor.

DIREITO DE RETENÇÃO:

Em favor do Locatário.
Quando em ambos os casos(Locação De Coisas e Imóveis Urbanos), o Locatário realiza benfeitorias e o
Locador não indeniza, paga ou abate, ou até mesmo não pode abater pois já está no último mês de
vigência do contrato.
Pode reter a própria coisa ou bens do imóvel, proporcional ao valor da benfeitoria.
Proporção só perde sentido, se não houver outro bem a ser retido. A Retenção Tbm deve ser de
imediato.

Locatário não deve reter e ficar com a coisa, para evitar Apropriação Indébita, furto...
Deve reter e ajuizar uma Ação De Depósito.

PRAZOS NA LOCAÇÃO:

Não existe prazo fixo na lei para ambos.


Prazo é livre, combinado entre as partes. Proporcional e de acordo com a natureza do objeto.

Art 574 - Se fina o prazo, o Locatário continua na posse da coisa alugada E SEM OPOSIÇÃO do Locador,
presumir-se-á prorrogada a Locação pelo mesmo aluguel, mas sem o prazo determinado.

Art 573 - A Locação por tempo determinado cessa em pleno direito findo prazo estipulado,
independentemente da notificação ou aviso.

EMPRÉSTIMO - Art 579 ao 592:

*Ver Denúncia cheia e vazia

Contrato em que uma das partes recebe para uso, coisa que depois de certo tempo deve ser restituída
ou dar outra do mesmo gênero(Diferente de espécie), quantidade e qualidade.

Emprestante e Emprestário(Desuso) - Comodante e Comodatário, Mutuante e Mutuário.

Art 579 - O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do
objeto.

COMODATO:
Bem infugível. Não se transfere propriedade, apenas posse. Existe gratuidade ao comodatário no
contrato. Unilateral para ele.
Bens móveis e imóveis.
Real. Temporário, se não seria Doação.
Típico. Paritário ou de adesão.
Comutativo ou aleatório. Prazo determinado ou indeterminável(Condição ou Encargo).
Não Solene, mas pode ser extremamente Solene.
PRAZO: Livre.
DESPESAS: Por conta e risco do Comodatário.

DIREITOS E DEVERES DAS PARTES(COMODATO):

1- Comodante deve entregar o bem ao Comodatário.


2- Comodante deve respeitar o prazo do contrato.
Art 581 - Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso
concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz,
suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine
pelo uso outorgado. - Se prazo a Termo, Comodante jamais poderá reaver o bem antes do prazo.
Se sob Condição ou Encargo, Comodante pode ajuizar uma ação provando prejuízo se não tiver o bem
antes do prazo.

1- Comodatário deve usar a coisa conforme a sua natureza.


2- Comodatário conservar a coisa como se fosse sua.
3- Comodatário deve devolver a coisa no prazo sob pena de Constiuição Em Mora ou de Deterioração Ou
Perda Da Coisa.
DETERIORAÇÃO OU PERDA: Quando o Comodatário dá destinação inversa. Isso pode cancelar o contrato
antes do tempo.
CONSTITUIÇÃO EM MORA: Se Comodato feito por prazo certo e a coisa não for entregue até a data
limite, já está em Mora automaticamente, sem necessidade de notificação.
Porém, se termina com uma Condição ou Encargo, o Comodante é obrigado a notificá-lo e constituí-lo
em Mora.
Se Comodatário em mora, todo e qualquer problema envolvendo a coisa, é de sua responsabilidade.
ALUGUEL: Comodante cobrará(faculdade) aluguel depois do prazo vencido e da não devolução da coisa.
Poderá arbitrar o valor do aluguel. Art 582.
Valor abusivo poderá ser requerido em juízo pelo Comodatário.
4- Se Comodato conjunto. Um Comodante entregando para vários Comodatários, ele obrigatoriamente
será solidário. Não pode dividir a responsabilidade.

FORMAS DE TÉRMINO DO COMODATO:

As mesmas da parte geral.

1- Advento de prazo - Adimplemento.


2- Resolução por inexecução - Voluntária(dolo ou culpa) ou involuntária(Onerosidade excessiva e Teoria
da Imprevisão).
As partes somente resolvem o Contrato, quando acionam o Poder Judiciário.
Em regra, a parte lesada ingressa em juízo. Primeiramente ele não pede pra resolver o Contrato, ele
pede para que se cumpra, se não for possível, que se resolva.
Voluntariamente uma parte age e lesa a outra. Gera um desequilíbrio. O causador se torna
hipersuficiente e o lesado, hiposuficiente - Ele entra em juízo pedindo o cumprimento. Não deu, pede
indenização. Se com má fé, além da infenização, perdas e danos.
A- ONEROSIDADE EXCESSIVA
Onerosidade para uma das partes.
O lesado alega o ART 480. Cobra o equílbrio da relação ou indenização com perdas e danos, se for o
caso.
B- TEORIA DA IMPREVISÃO ART 478 - Rebus sic standibus
Um dos elementos é a própria Onerosidade Excessiva.
Para alegar essa teoria, precisa de 3 requisitos:
- Além de Onerosidade Excessiva.
- Extraordinariedade do fato.
- Imprevisibilidade do fato.
3- Resilição(Témino nunca em juízo. Somente por vontade das partes)Unilateral - Pelo
Comodante(Revogação) não pode, pois Art 581 veda que ele pegue o bem de volta antes do término do
prazo, salvo se contrato por Encargo ou Condição em que fique provado em juízo prejuízo ao Comodante
. Ou seja, em regra, somente pela parte Resilição Passiva(Renúncia).
4- Resilição Bilateral(Distrato).
5- Cessação - Morreu, acabou.
Em regra geral, a morte extingue a Obrigação contratual. Exceto em algumas exceções as quais pode
manter as obrigações aos descentendes.
No Contrato que não disser nada, morreu, acabou. Ao passo que aquele contrato que disser que em caso
de morte, a Obrigação passa aos herdeiros, não haverá Cessação, pois a lei não desautoriza a passar aos
herdeiros.
*Contratos por natureza Intuitu personae - Nunca passará a terceiros, pois é personalíssimo. Só a pessoa
pode cumprir.

MANDATÁRIO:

Outro pode dar em Comodato, por Procuração - Contrato de Mandato.


Mandante dá Procuração para Mandante agir a seu em seu nome. Mas para disponibilizar bens em
Comodato, É NECESSÁRIO PODERES ESPECIAIS, Não somente poderes genéricos e abstratos.
Terceiro não é obrigado a acatar Procuração, SALVO NOS CASOS EM QUE A LEI OBRIGA.

RISCOS DO NEGÓCIO JURÍDICO:

O Comodante suporta os riscos do Negócio Jurídico. O ônus é dele.


Exceção:
1- Em caso de Constituição em Mora do Comodatário.
Se algo acontece com ele nesse espaço de tempo, o ônus é dele.
2- Destinação diversa sobre a natureza do bem.
3- Risco conjunto aos bens do Comodante. Em situação de risco, Comodatário deve dar preferência em
salvar bens que estiver em Comodato.

MÚTUO:
Bem fungível. Transfere propriedade. Contrato oneroso.
Bens móveis e imóveis.
Empréstimo para consumo. É devolvido outra coisa do mesmo gênero(não é espécie), quantidade e
qualidade. Pode até devolver o mesmo, basta o Mutuante aceitar.
*Comodato de bens imóveis é muito comum de acontecer, mas Mútuo é bem difícil, a Locação de Coisas
e Imóveis Urbanos se enquadram melhor, pois é Empréstimo de bem consumível.
-UNILATERAL - MÚTUO TRADICIONAL: Assim como os juros meramente compensatórios, pessoa natural
pode fazer. Mutuante assim como no Comodato, não pode cancelar o contrato antes do prazo. O juro é
compensatório. Ou seja, mesmo assim ele só tem ônus.
-BILATERAL - MÚTUO FENERATÍCIO: Bilateral, pois equipara ônus e bônus - Juros não meramente
compensatórios. Bancos ou financeiras que ganham a vida com juros, autorizados pelo Banco Central.
-BILATERAL IMPERFEITO: Quando os juros extrapolam pra cima contra o mutuário, ele tbm deixa de ser
Bilateral.
Oneroso, Formal ou não, solene ou Não Solene.
Contrato Real - Com Tradição
Típico
Paritário ou de Adesão
Normamente Comutativo

OBRIGAÇÕES DO MUTUÁRIO - Art 586 ao 592:

1- Devolver coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.


2- Pagar juros se o Mútuo for Feneratício.

DIREITOS DO MUTUANTE:

1- Extinguir/Exigir a Garantia de restiuição. - Não equivale ao direito do Mutuário, pois ele pode manter
a Garantia. Não é obrigado a extinguir.
2- No caso do Mútuo, é expresso em lei e não por ato de vontade. Art 592 - Exigir a restituição de coisa
equivalente. Ex: Próxima colheita, Mútuo Feneratício com pelo menos 30 dias, tempo médio
considerando a natureza do NJ.
3- Cobar juros no Mútuo Feneratício.

FORMAS DE TÉRMINO DO MÚTUO:

As mesmas de parte geral.


1- Advento de prazo - Adimplemento.
2- Resolução por inexecução - Voluntária(dolo ou culpa) ou involuntária(Onerosidade excessiva e Teoria
da Imprevisão).
As partes somente resolvem o Contrato, quando acionam o Poder Judiciário.
Em regra, a parte lesada ingressa em juízo. Primeiramente ele não pede pra resolver o Contrato, ele
pede para que se cumpra, se não for possível, que se resolva.
Voluntariamente uma parte age e lesa a outra. Gera um desequilíbrio. O causador se torna
hipersuficiente e o lesado, hiposuficiente - Ele entra em juízo pedindo o cumprimento. Não deu, pede
indenização. Se com má fé, além da infenização, perdas e danos.
A- ONEROSIDADE EXCESSIVA
Onerosidade para uma das partes.
O lesado alega o ART 480. Cobra o equílbrio da relação ou indenização com perdas e danos, se for o
caso.
B- TEORIA DA IMPREVISÃO ART 478 - Rebus sic standibus
Um dos elementos é a própria Onerosidade Excessiva.
Para alegar essa teoria, precisa de 3 requisitos:
- Além de Onerosidade Excessiva.
- Extraordinariedade do fato.
- Imprevisibilidade do fato.
3- Resilição(Témino nunca em juízo. Somente por vontade das partes)Unilateral - Pelo
Comodante(Revogação) não pode, pois Art 581 veda que ele pegue o bem de volta antes do término do
prazo, salvo se contrato por Encargo ou Condição em que fique provado em juízo prejuízo ao Comodante
. Ou seja, em regra, somente pela parte Resilição Passiva(Renúncia).
4- Resilição Bilateral(Distrato).
5- Cessação - Morreu, acabou.
Em regra geral, a morte extingue a Obrigação contratual. Exceto em algumas exceções as quais pode
manter as obrigações aos descentendes.
No Contrato que não disser nada, morreu, acabou. Ao passo que aquele contrato que disser que em caso
de morte, a Obrigação passa aos herdeiros, não haverá Cessação, pois a lei não desautoriza a passar aos
herdeiros.
*Contratos por natureza Intuitu personae - Nunca passará a terceiros, pois é personalíssimo. Só a pessoa
pode cumprir.
6- Hipóteses do Art 592 - Próxima colheita, Mútuo Feneratício com pelo menos 30 dias, tempo médio
considerando a natureza do NJ.

MÚTUO A INCAPAZ - Art 588:

A lei diz "menor", mas o STJ consolidou como Absolutamente Incapaz. Até pq os atos dos Relativamente
Incapazes, são anuláveis.
Não se pode cobrar nem dos Absolotuamente Incapazes, nem de seus fiadores, uma vez que fiança é
acessório. Acessório segue o principal e o principal é nulo.
EXCEÇÃO - Art 589:
I - se a pessoa, de cuja autorização necessitava o mutuário para contrair o empréstimo, o ratificar
posteriormente - No caso, o Relativamente Incapaz.
II - se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o empréstimo para os seus
alimentos habituais - Pais que se ausentam, deixam os filhos sem alimento. - Nesse caso os pais serão
cobrados.
III - se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho. Mas, em tal caso, a execução do credor não lhes
poderá ultrapassar as forças - Qlq exercício de profissão. Ex: Sandy e Júnior.
IV - se o empréstimo reverteu em benefício do menor. - Caso ele acumule montante o suficiente para
pagar.
V - se o menor obteve o empréstimo maliciosamente. - Exemplo do menor que de posse de RG
falsificada, adquire empréstimo no banco. Banco pode reaver o dinheiro até a importância que se pode
cobrar, dentro do próprio mútuo.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO - Art 593 ao 609:

Nunca confundir com Empreitada.


Art. 593. A prestação de serviço, que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, reger-se-á
pelas disposições deste Capítulo.
Art. 594. Toda a espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser contratada
mediante retribuição.

-Unilateral
-Oneroso
-Consensual
-Típico
-Não Solene
-Temporário:
Art. 598. A prestação de serviço não se poderá convencionar por mais de quatro anos, embora o contrato
tenha por causa o pagamento de dívida de quem o presta, ou se destine à execução de certa e
determinada obra.- Passou de 4 anos, o trabalho de Prestador se torna análogo ao trabalhador. Deve
cancela o contrato e fazer um novo de mais 4 anos. Ou pegar o termo inicial e colocar que ele tem
duração de 4 anos, podendo as parte convalidá-lo por quantas vezes mais for necessário.
-Trabalhador Autônomo:
Que não lei específica. O código Civil rege.
Ex: Barbeiro, carpinteiro, marcineiro, bombeiro...
Tem caráter de não subordinação. Não tem hierarquia.

CONTRATANTES:

Podem ser Pessoas Naturais ou Jurídicas.

OBJETO DO CONTRATO:

Tudo aquilo que é lícito e o prestador se diz apto a fazer.


Se ele se apresenta como ESPECIALISTA, ele tem que entregar exatamente o prometido. Se não, ele pode
entregar qualquer coisa e o Contratante tem que pagar.
Por mais que ele tenha mentido e entregou qualquer coisa, se o Contratante aufere vantagens, algum
valor ele deve ao Prestador, sob risco de enriquecimento ilícito.
Prestação de Serviço Geral:
Art. 601. Não sendo o prestador de serviço contratado para certo e determinado trabalho, entender-se-á
que se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com as suas forças e condições.

DIFERENÇA PARA EMPREITADA:

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS:

Art 593 e 594:


1- Na Prestação de Serviços, a Obrigação é de meio.
2- Você não contrata com valor certo, no dia certo...O que está em voga é a execução.
Não força contratual de entregar com dia certo.
3- A Responsabilidade Civil recai sobre o Contratante, já a execução, sobre o Prestador.
4- Intuitu Personae - Só o contratado pode fazer.
5- É genérioco. Pode-se falar em vários tipos de atuação, ou Negócios Jurídicos. Área física, intelectual ou
material.

EMPREITADA:

1- Na Empreitada, a Obrigação é de fim.


2- Tem força contratual de entregar no dia certo, sob cláusula de multa.
3- Nenhuma Responsabilidade recai sobre o Contratante. Sempre sobre o Empreiteiro.
4- Não é Perssonalíssimo.
5- Na prática, não é genérico. É pontual. Duas áreas: Cpntrução Civil, desenvolvimento de hardweres ou
softweres.

REMUNERAÇÃO:

Art. 597. A retribuição pagar-se-á depois de prestado o serviço, se, por convenção, ou costume, não
houver de ser adiantada, ou paga em prestações.
Pode ser combinado entre si.

CÁLCULO:

Art. 599. Não havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da natureza do contrato, ou do costume
do lugar, qualquer das partes, a seu arbítrio, mediante prévio aviso, pode resolver o contrato.
Parágrafo único. Dar-se-á o aviso:
I - com antecedência de oito dias, se o salário se houver fixado por tempo de um mês, ou mais;
II - com antecipação de quatro dias, se o salário se tiver ajustado por semana, ou quinzena;
III - de véspera, quando se tenha contratado por menos de sete dias.

Tem que dar Aviso Prévio com ou sem justa causa.


Deve dar indenização naquilo que ele já fez e mais metade do período faltante. Com justa causa, ele não
recebe o que ainda iria fazer.

Art. 603. Se o prestador de serviço for despedido sem justa causa, a outra parte será obrigada a pagar-
lhe por inteiro a retribuição vencida, e por metade a que lhe tocaria de então ao termo legal do contrato.

ANTIGAMENTE: O Prestador deveria receber aquilo que já cumpriu, mais a metade do período faltantes.
HOJE: Ele recebe aquilo que já cumpriu, mais a metade do período cumprido.
Se por justa causa: Recebe só o que já cumpriu, não ganha a indenização da metade do período
cumprido e ainda tem o prejuízo do Contratante, descontado.

*As vezes o período trabalhado foi tão grande, que a indenização sai mais cara que mantê-lo no
trabalho.

DECLARAÇÃO DE FIM DO CONTRATO:

Art. 604. Findo o contrato, o prestador de serviço tem direito a exigir da outra parte a declaração de que
o contrato está findo. Igual direito lhe cabe, se for despedido sem justa causa, ou se tiver havido motivo
justo para deixar o serviço.

O Contratante deve intregar uma das vias de Recisão do contrato ao Prestador.


Normalmente, se o contratante não faz, é porque esconde algo.

EXTINÇÃO DO CONTRATO:

1- Cessação
2- Adimplemento
3- Rescisão - Mediante aviso prévio
4- Resolução - Inadimplemento de qlq uma das partes
5- Resilição, Rescisão ou Resolução - Impossibilidade da continuação do contrato motivada.
6- Por força maior - Pode levar a Teoria da Imprevisão, Onerosidade Excessiva.

ALICIAMENTO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO - Art 608:

Art. 608. Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço a outrem pagará a
este a importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito, houvesse de caber durante dois
anos.

Ato praticado por alguém que retira o Prestador na constância do contrato de Prestação, daquele ex
adverso contratual, por debaixo dos panos.
Se feito as claras, legalmente, não é Aliciamento.
Aliciante será obrigado a pagar ao Aliciado, o equivalte a 2 anos de salário do Prestador. Sem contar a
punição ao Prestador.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM ZONA RURAL - Art 609:

Art. 609. A alienação do prédio agrícola, onde a prestação dos serviços se opera, não importa a rescisão
do contrato, salvo ao prestador opção entre continuá-lo com o adquirente da propriedade ou com o
primitivo contratante.

Quando o proprietário vende a propriedade, na constância da Prestação de Serviço com o Prestador.


Quem escolhe é o Prestador.
Se quiser sair, recebe o que trabalhou mais metade dos dias trabalhados.
Se escolhe continuar, recebe o que tem que receber,cfaz um novo contrato com o novo proprietário. Só
não recebe a metade do que cumpriu, pq passa a ganhar o mesmo valor com o novo Contratante.
Entendimento da doutrina,

EMPREITADA - Art 610 ao 626:

Partes: Empreitante e Empreitado, ou Contratante e Empreiteiro.

Parece muito com Prestação de Serviço. Mas há pelo mens 6 diferenças:

1- Na Empreitada, a Obrigação é de fim.


2- Tem força contratual de entregar no dia certo, sob cláusula de multa.
3- Nenhuma Responsabilidade recai sobre o Contratante. Sempre sobre o Empreiteiro. Por isso é mais
caro.
4- Não é Perssonalíssimo.
5- Na prática, não é genérico. É pontual. Duas áreas: Construção Civil, desenvolvimento de hardweres ou
softweres.
6- Pagamento só quando a coisa estiver pronta e previamente estipulado.

ESPÉCIES:

1- Simples - "De Lavor" - Só Obrigação de fazer.


2- Mista - Além de trabalhar, Empreiteiro compra os materiais. Ou no preço total ele cobra a execuão e
materiais.

EXTINÇÃO DA EMPREITADA:

1- Adimplemento
2- Cessação - NÃO TENDO SIDO intuitu personae(em regra), transmitem-se aos herdeiros.
3- Resilição Bilateral - Distrato
4- Resilição unilateral
5- Rescisão
6- Onerosidade excessiva
7- Perecimento da coisa
8- Falência do Empreiteiro(desde que requirido e decretado em juízo)/Insolvência do proprietário
9- Diante da responsabilidade entre o vulto e a natureza da obra as modifiicações exigidas pelo seu
dono, a critério do Empreiteiro.

DEPÓSITO - art 627 ao 652:

Contrato pelo qual uma das partes contraentes(depositário), recebendo de outra um bem
móvel(Depositante), se obrigada a guardá-lo temporária e gratuitamente , para restituí-lo na ocasião
convencionada , ou quando lhe for exigido.

DEPOSITÁRIO INFIEL:

Art. 652. Seja o depósito voluntário ou necessário, o depositário que não o restituir quando exigido será
compelido a fazê-lo mediante prisão não excedente a um ano, e ressarcir os prejuízos.

Não se tem mais prisão civil a não ser por alimentos, desde o Pacto São José da Costa Rica.
Hoje, sanção pecuniária.

*Não existe prisão de coisa, só pessoa.

RESBONSABILIDADE CIVIL:

Completamente do Depositário, ainda que por força maior, desde que devidamente comprovado.
Responde por tudo.
NATUREZA:

1- Real
2- Gratuito - Há exceções.
Voluntário - Acordo entre as partes - Gratuito ou não. Eles podem combinar uma remuneração.
Necessário - Lei tabula - Onerosos ou não - Art 647
3- Unilateral - Há exceções. Se Bilateral, será Comutativo. Obrigações proporcionais e conhecidas.
4- Personalíssimo - Morreu acabou
Herdeiros continuam com dever de guarda, mas não tem titulação própria. São sugêneres.
Filhos não se tornam Depositários, mas tem a obrigação de guardar e comunicar ao Depositante o
quanto antes, para que ele:
A- Pegue a coisa de volta
B- Constitua os filhos como novos Depositários
C- Constitua um terceiro como Depositário

DEPOSITÁRIO INCAPAZ:

Art. 641. Se o depositário se tornar incapaz, a pessoa que lhe assumir a administração dos bens
diligenciará imediatamente restituir a coisa depositada e, não querendo ou não podendo o depositante
recebê-la, recolhê-la-á ao Depósito Público ou promoverá nomeação de outro depositário.

Gera os mesmos efeitos que a morte.

DÍVIDA VENCIDA DISPUTADA POR CREDORES:

Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir,
poderá qualquer deles requerer a consignação

RECOLHER A COISA A DEPÓSITO PÚBLICA:

Antigamente havia espaço público pra isso. Hoje, no novo CPC, atrui-se a terceiros o depósito.
Para minimizar esse ônus, quando no polo passivo, a parte tiver que pagar e não pagou, ele se torna o
próprio depositário.

*Em regra, Depósito é para bens móveis, mas pode caber em bens imóveis, quando a lei estipular
dependendo do elevado valor. Existem bens móveis que podem ser hipotecados.

PRAZOS:

Termo, condição ou encargo. Pode ser a termo.


Se oneroso e depositante pedir o bem de volta antes do tempo, ele deve devolver, mas pode haver
cláusula de multa. Cabe direito de retenção.

Você também pode gostar