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GESTÃO DE CUSTOS,
RISCOS E PERDAS
Custos totais dos modais de transporte
APRESENTAÇÃO
Os critérios para a escolha de modais devem sempre considerar aspectos de custos por um lado e
características de serviços por outro. Em geral, quanto maior o desempenho em serviços, maior
tende a ser o custo destes. As diferenças de custo e preço entre os modais tendem a ser bem
significativas. Tomando como base um transporte de carga fechada a longa distância, verifica-se
que, em média, os custos e os preços mais elevados são os do modal aéreo, seguido pelo
rodoviário, ferroviário, dutoviário e aquaviário.
No Brasil, os preços relativos dos diferentes modais têm a mesma ordenação encontrada nos
Estados Unidos, ou seja, aéreo, rodoviário, ferroviário, dutoviário e aquaviário. Nesta escolha
estratégica de modais, também é fundamental considerar a qualidade dos serviços oferecidos,
conhecendo aspectos importantes da intermodalidade e da multimodalidade.
Bons estudos.
DESAFIO
INFOGRÁFICO
O gestor precisa conhecer os conceitos e os benefícios que podem vir por meio da utilização
da multimodalidade e da intermodalidade. Isso pode auxiliá-lo a reduzir custos, além
de melhorar o nível do serviço oferecido na gestão da entrega ao cliente.
Neste Infográfico, você vai ver os principais modais de transporte, bem como os pontos
importantes do uso da multimodalidade e da intermodalidade.
CONTEÚDO DO LIVRO
Dentro desse contexto, e tendo conhecimento das dificuldades do transporte brasileiro, gerenciar
esses custos de forma eficaz é fundamental para ter êxito na sua gestão, pois cada modal tem
suas características e seus custos.
No capítulo Custos totais dos modais de transporte, do livro Gestão de custos, riscos e perdas,
base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre os custos totais dos
modais de transporte, assim como os custos da intermodalidade e da multimodalidade, para que
o gestor possa optar pelo método mais adequado ao negócio.
Boa leitura.
GESTÃO DE
CUSTOS, RISCOS E
PERDAS
Introdução
Atualmente, o transporte representa, em média, 60% dos custos logísticos
no Brasil (PRESTEX, 2018). Isso faz os interesses se voltarem para decisões
estratégicas e decisões operacionais. O transporte, como um todo, é
a área que movimenta mercadorias e posiciona estoques, e pode ser
classificado de acordo com os seus modais. Os modais de transporte
são: transporte aquaviário, transporte rodoviário, transporte ferroviário,
transporte aéreo e transporte dutoviário. Cada um desses modais tem
as suas particularidades, que os tornam mais ou menos vantajosos. As
condições geográficas e de infraestrutura de cada local, o que será trans-
portado (natureza da carga, volume, etc.), o ambiente comercial existente,
os custos operacionais, entre outros atributos e condições, definem se
um modal será mais ou menos adequado para determinada situação.
Assim, neste capítulo, você vai estudar sobre os modais de transporte,
verificando questões estratégicas e operacionais e analisando os custos
logísticos da organização. Você também vai identificar e analisar os custos
relacionados à intermodalidade e à multimodalidade.
2 Custos totais dos modais de transporte
Entende-se que essas decisões vão impactar diretamente nos custos totais
da organização. Dias (2015), Gonçalves (2015) e Novaes (2015) afirmam que
a escolha do modal depende de fatores como:
Custo
unitário
Aéreo
Rodoviário
Ferroviário
Aquaviário
Tempo de viagem/
volume de carga
Figura 1. Relação entre custos de frete, o tempo de viagem e o volume da carga.
Fonte: Adaptada de Wanke (2012).
Cada um dos modais citados, segundo Ching (2014), Dias (2015), Novaes
(2015), Gonçalves (2015), entre outros autores, possui custos e características
operacionais próprias, que os tornam mais adequados para certos tipos de
operações logísticas. Reduzir custos no setor de transportes, segundo esses
autores, demanda do gestor análises de custos e preços, além de outros fatores
que sejam adequados a cada situação; por exemplo, se a frota será própria
ou terceirizada, qual a distância da rota, qual a quantidade de carga, entre
outras avaliações.
Resumidamente, ao analisar os custos totais por modal de transporte,
segundo Ching (2014) e Novaes (2015), pode-se desenvolver a relação de
custos exemplificada no Quadro 1, em que CF significa custos fixos e CV,
custos variáveis.
6 Custos totais dos modais de transporte
Custos de intermodalidade
Para Dias (2015), na intermodalidade, a empresa contratada (operador logís-
tico) faz toda a documentação e apenas transporta a carga; todo o processo de
desembaraço é de responsabilidade única e exclusivamente do cliente. Como o
nome sugere, esse método consiste na integração entre mais de um modal. Nesse
sentido, na intermodalidade, é preciso que se gere um documento por modal.
Ching (2014) e Novaes (2015) destacam como principais vantagens do
transporte intermodal:
importantes pelo contratante. Nota-se que, muitas vezes, esses custos passam
despercebidos e não são avaliados pelo gestor, mas são considerados um dos
principais fatores para a organização decidir sobre a contratação de serviços
terceirizados, de um modo geral. A intermodalidade, se trabalhada de forma
errônea, pode gerar mais custos de transação.
Custos de multimodalidade
Segundo Dias (2015) e Nazário (2000), a multimodalidade é um modelo no
qual a organização contrata uma única empresa para agilizar todo o processo,
e esta, denominada operador logístico, é a responsável por todos os trâmites.
Assim, é necessário apenas um documento (conhecimento) para todos os
modais. Como benefícios em potencial do transporte multimodal (no qual
um operador logístico é responsável por todas as combinações de modais),
os autores destacam:
Sabe-se que o gestor precisa avaliar junto com sua equipe as possibilidades
relacionadas à multimodalidade. Por isso, conhecer os benefícios dessa opção
auxilia a empresa na tomada de decisão.
No Brasil, nota-se que existem entraves complexos que impedem a aplicabi-
lidade e a operacionalização da legislação aplicada ao transporte multimodal.
Com relação a esses entraves, Reis, Fonseca e Silva (2006) apontam o seguinte:
ARVIS, J. F. et al. Connecting to compete: trade logistics in the global economy. Wa-
shington: The World Bank, 2014. Disponível em: https://openknowledge.worldbank.
org/bitstream/handle/10986/20399/904190WP0LPI0R00Box385316B00PUBLIC0.
pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 15 abr. 2019.
CHING, H. Y. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada: supply chain. 4. ed.
São Paulo: Atlas, 2014.
CNT. Anuário CNT do transporte 2018: estatísticas consolidadas. CNT, Brasília, 2018. Dis-
ponível em: http://anuariodotransporte.cnt.org.br/2018/Inicial. Acesso em: 15 abr. 2019.
DIAS, M. A. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 2015.
GONÇALVES, P. S. Administração de materiais: obtendo vantagens competitivas. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2015.
14 Custos totais dos modais de transporte
Avaliar a operação logística mais adequada para a organização não é uma tarefa fácil para um
gestor, ainda mais quando é necessário decidir entre usar intermodalidade e multimodalidade.
Nesta Dica do Professor, você vai ver a diferença entre transporte intermodal e multimodal,
envolvendo questões de legislação, emissão de documentos e responsabilidade sobre os modais
de transporte.
EXERCÍCIOS
Sendo assim, nas escolhas estratégicas sobre os modais de transporte, o gestor precisa
definir pontos importantes relacionados:
D) multimodalidade ou intermodalidade.
NA PRÁTICA
É possível proporcionar aos gestores maior agilidade e, por consequência, melhorar o serviço de
entrega, proporcionando ao cliente um atendimento mais eficaz e eficiente. A multimodalidade
aplicada, juntamente com a construção de um centro de distribuição (CD), pode reverter este
quadro.
Este estudo apresenta um investimento realizado por uma empresa de ferramentas elétricas que
estava em um processo de expansão e buscava mais agilidade na sua entrega. A empresa estava
preocupada em perder vendas por não conseguir atender seus clientes nos prazos solicitados.
Veja a seguir:
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
O transporte marítimo, para um país com dimensão continental como o Brasil, é uma solução
logística sustentável e que possibilita a utilização mais eficiente e eficaz dos demais modais de
transporte, melhorando a intermodalidade em todo o processo logístico, entre origem e destino,
visando a redução ou a eliminação das emissões de gases poluentes, do uso otimizado dos
modais de transporte, das operações portuárias sustentáveis logisticamente e do uso da inovação
nas operações.
APRESENTAÇÃO
A elaboração do preço de venda de um produto pode ser considerada um fator crítico para o
sucesso de uma organização neste contexto competitivo no qual as empresas estão inseridas.
Entretanto, esse assunto traz muitas dúvidas aos gestores, principalmente os que estão iniciando
as empresas. A formação do preço de venda, por ser um ponto crítico, precisa de dedicação para
não ser elaborada sem critérios, de forma aleatória.
O gestor precisa obter informações corretas sobre as tributações e os custos que compõem o seu
preço de venda para poder analisar e tomar uma decisão assertiva dentro da competitividade do
mercado e do avanço da concorrência.
Bons estudos.
DESAFIO
A análise dos custos aponta que quanto menor for o custo em relação aos preços pagos pelo
cliente, maior será a capacidade de fornecimento por parte da organização. É importante que os
gestores que compreendem os custos de seus produtos e serviços possam formar preços
atrativos, assim como obter retornos operacionais desejáveis.
Auxilie Pedro a finalizar o seu plano de negócios, ajudando-o a descobrir qual é o valor que ele
precisa cobrar por hora de serviço prestado. Explique quais dados usou para chegar ao
resultado.
INFOGRÁFICO
Autores de destaque, como Biagio (2012), Souza e Moraes (2018), entre outros, apontam a
importância dos gestores estarem atentos a formação dos seus preços de venda, para que
consigam cumprir suas obrigações e, simultaneamente, obter lucros para a sua organização.
Neste Infográfico, você vai ver os pontos relevantes que um gestor precisa para se manter atento
ao formar o preço de venda de um produto.
CONTEÚDO DO LIVRO
Dentro de uma formação de preço de venda, o gestor precisa considerar uma análise financeira e
de mercado, ou seja, avaliar os seus custos e, simultaneamente, comparar com os preços
praticados pelos seus concorrentes, comparando também a qualidade que os concorrentes
oferecem.
Outro ponto importante a ser considerado nessa análise é o peso da marca, o tempo de mercado
e o volume de vendas, pois esses itens também impactam na formação do preço de venda.
Sendo assim, formar o preço de venda de produtos e serviços de uma organização é um desafio
grande, pois entende-se que a formação do preço de venda está relacionada a fatores internos e
externos relacionados à empresa.
No capítulo Formação do preço de venda, da obra Gestão de custos, riscos e perdas, base
teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as questões relacionadas ao preço de
venda, as quais visam a auxiliar o gestor na análise crítica relacionada à formação desse valor, o
qual envolve inúmeras variáveis. A partir desse entendimento, torna-se possível tomar decisões
mais assertivas na aplicação de preços nos produtos.
Boa leitura.
GESTÃO DE CUSTOS,
RISCOS E PERDAS
Introdução
Formar o preço de venda de produtos e serviços de uma organização é
um desafio grande, pois entende-se que a formação do preço de venda
está relacionada a fatores internos e externos à empresa. Além disso,
existe a necessidade de acompanhar preços praticados pelo mercado,
o que vai de encontro ao cálculo do preço de venda baseado em custos
e margem de lucro.
Desse modo, entende-se que as decisões de preço de venda fazem
parte das atividades gerenciais das organizações. Os gestores precisam
levar em conta a natureza dos produtos e serviços, os seus custos e as suas
despesas, a influência dos impostos e tributos, bem como a situação do
mercado e os objetivos organizacionais, para, então, avaliar um método
de cálculo que seja adequado à empresa.
Neste capítulo, você vai estudar as questões relacionadas ao preço
de venda, que visam a auxiliar o gestor na análise crítica relacionada à
formação desse valor, que envolve inúmeras variáveis. A partir desse en-
tendimento, torna-se possível tomar decisões mais assertivas na aplicação
de preços nos produtos.
2 Formação do preço de venda
Crepaldi (2018) e Martins (2018) destacam que o processo eficaz de gestão de custos
passa, necessariamente, pela eficiência e eficácia dos processos de planejamento,
execução e controle, para, assim, possibilitar a formação do preço de venda de forma
adequada.
estrutura de custos;
valor percebido pelo cliente;
produtos alternativos;
concorrência;
tecnologia aplicada;
valores intangíveis, como marca, confiabilidade, localização, entre outros.
PIS COFINS
Entre os impostos não recuperáveis, destacam-se: ICMS e IPI, Imposto Sobre Serviços
de Qualquer Natureza (ISS), Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU), Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA),
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) e outros (SOUZA; MO-
RAES, 2018). Esses tributos (não recuperáveis) também formam despesa ou custo
para as organizações. Assim, sobre o valor do custo de produção, incide a margem
de lucro da empresa e todos os tributos e contribuições incidentes sobre o valor
da receita bruta da empresa.
Simples Nacional;
Lucro Presumido;
Lucro Real.
Para Souza e Moraes (2018), o gestor precisa entender que os tributos são
custos diretos e variáveis, que são apurados de acordo com o regime tributário
escolhido e que, em cada produto ou serviço ofertado, deve-se agregar esse
custo e, assim, manter a boa adimplência tributária e a lucratividade do em-
preendimento. Vejamos a seguir um exemplo de formação de preço de venda.
Em uma organização, o produto tem um custo unitário total de R$ 137,50.
Suponha que:
Com base nesses cálculos, é possível perceber o quanto o valor dos tributos
“pesam” na formação do preço de venda da organização.
Percebe-se que, para conseguir vender seus produtos no mercado brasileiro,
que encontra-se retraído e sem condições econômicas e financeiras para de-
senvolver grandes volumes de compras, muitas organizações têm se obrigado
a reduzir sua margem de lucro drasticamente, o que possibilita a redução do
preço de venda. A excessiva carga tributária do Brasil dificulta muito a redução
do preço aplicado e, por sua vez, a comercialização dos produtos, conforme
apontam Souza e Moraes (2018).
No meio contábil, é comum o uso dos termos “cálculo por dentro” e “cálculo por fora”
aplicados ao IPI e ao ICMS, sendo que o IPI seria calculado "por fora", enquanto o ICMS
seria calculado "por dentro". Nesse sentido, apresenta-se que:
O IPI é calculado “por fora” porque a alíquota é aplicada sobre o valor da venda,
sendo acrescido a ele, gerando o preço final. Por exemplo: na venda de um
Formação do preço de venda 13
produto por R$ 100,00, submetido ao IPI pela alíquota de 10%, o preço final será
de R$ 110,00 (R$ 100,00 do produto + R$ 10,00 de IPI). Por isso, o nome “por fora”,
pois os R$ 10,00 relativos ao IPI são acrescidos a partir do preço inicial, ou seja,
“fora” do preço base.
Já no ICMS é realizado o cálculo “por dentro” — um pouco mais complicado.
Vamos usar o mesmo exemplo: uma venda de mercadoria no valor de R$ 100,00.
Como o ICMS é calculado "por dentro", ou seja, integra sua própria base de cálculo,
apresenta-se um cálculo mais complexo, veja:
Se a alíquota do ICMS é 17%, os R$ 100,00 correspondem não à base de cálculo (sobre
a qual seria aplicada a alíquota), mas a 83% dessa base (sem o ICMS, que corresponderá
aos 17% remanescentes), aplicando-se, assim, uma regra de três:
R$ 100,00 está para 83%, assim como "×" está para 17%.
R$ 100,00 ----- 83%
× ----------------- 17%
× = 1700/83
× = R$ 20,48
Desse modo, note que o IPI com alíquota de 10% incidente sobre a venda a R$ 100,00
gera um preço final de R$ 110,00; já o ICMS, pela alíquota de 17%, incidente sobre uma
venda que, sem o imposto, seria feita no valor de R$ 100,00, gera um preço final de
R$ 120,48. Nessa análise, o cálculo do tributo "por dentro" faz com que a alíquota real
seja superior à aparente, ou seja, nesse exemplo, o tributo termina por corresponder
a mais de 20%, e não a 17%.
Fonte: Adaptado de Machado (2008).
A formação do preço de venda tem suas dificuldades em função de muitos fatores, os quais são
apontados no contexto da empresa brasileira: quesitos relacionados a tributos, à concorrência, às
expectativas dos clientes e aos custos dispendidos pela empresa.
Sendo assim, o gestor precisa estar ATENTO, principalmente no início de um negócio, para
conseguir praticar preços competitivos no mercado e, consequentemente, obter lucro
Veja a seguir.
EXERCÍCIOS
A) o gestor analisa os custos, auxiliando a formação do preço de venda, porém, isso não tem
um impacto competitivo relevante.
C) o gestor entende que um grande diferencial concentra-se em dominar a análise dos custos
logísticos, porém, isso não pode afetar o planejamento estratégico da organização.
D) na gestão dos custos logísticos, concentra-se uma grande ênfase na proteção das estratégias
produtivas.
E) na gestão dos custos, o processo eficaz passa pela eficiência e pela eficácia dos processos
de planejamento, execução e controle.
A) os clientes têm poder de barganha junto à empresa, porém, isso não afeta o preço de
vendas, pois quem paga essa diferença é o comércio.
4) O Gestor deve levar em conta que uma das tarefas mais difíceis na gestão é a
formação do preço de venda, quando se avalia o impacto que os tributos sobre vendas
podem influenciar os preços de venda dos produtos e/ou serviços.
Ciente desta situação, o gestor ao realizar o cálculo do preço de venda sobre esta
ótica deve considerar que tipo de ação estratégica?
Entretanto, observamos que esta prática usual de mercado possui fragilidade em sua
concepção. Quais seriam os motivos desta fragilidade empresarial?
A) Falta a mensuração da carga tributária incidente;
NA PRÁTICA
Formar preços de venda competitivos é uma tarefa que exige o conhecimento de todos os itens
que compõem o preço do produto. Analisar estruturas de custos é fundamental para o
administrador tomar decisões coerentes sobre a formação do preço de vendas.
Este Na Prática apresenta uma empresa que oferece serviço de tecnologia da informação (TI)
para que o cliente possa armazenar os seus arquivos na nuvem. Por meio dessa análise, foi
possível avaliar as informações que a empresa utiliza para a tomada de decisões relativas aos
preços de venda, além de contribuir para a compreensão da estimativa de custos na atividade
neste segmento.
O grande impasse da empresa está em analisar a formação do seu preço de venda, visto que o
serviço, em muitos momentos, é difícil de mensurar e de comparar com a concorrência.
Veja a seguir:
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Gestão de capital de giro e formação do preço de venda praticado pelas micro e pequenas
empresas
Leia este artigo, o qual tem por objetivo verificar se os gestores das micro e pequenas empresas
conhecem e utilizam o gerenciamento do capital de giro e a precificação de produtos,
mercadorias e serviços.
Este estudo tem como objetivo aplicar o método de estruturação de problema Value-Focused
Thinking (VFT) na determinação do preço de venda. Essa avaliação visa a identificação das
implicações estratégicas da abordagem VFT na definição do preço de venda, propondo uma
forma alternativa de tratar o problema, além de identificar novas estratégicas no processo de
precificação dos insumos.
APRESENTAÇÃO
Sabe-se que os níveis logísticos procuram manter o fluxo dos serviços com um padrão de
qualidade adequado à demanda do cliente, visto que a logística busca constantemente melhorar
o nível do atendimento de diversas formas, é fundamental monitorar se os serviços oferecidos
atendem ao proposto. Segundo Dias (2015), os estoques representam um papel essencial no dia
a dia das organizações. Sendo assim, seja para a obtenção de lucros e vantagens competitivas ou
como fonte de prejuízo, sua gestão e seu planejamento são importantes, por isso é significativo
identificar a visibilidade dos custos logísticos para que seja possível avaliar estratégias de
planejamento tributário que possam ser aplicadas na logística.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará conceitos para compreender melhor sobre os
custos provenientes dos níveis de serviço que a empresa pretende apresentar. Além disso, verá o
que é necessário para auxiliar um gestor na sua tomada de decisão quanto à oferta do serviço.
Bons estudos.
DESAFIO
A gestão de custos dos custos logísticos busca avaliar os níveis de serviço logístico,
identificando a visibilidade dos serviços prestados e, com isso, desenvolver um planejamento
tributário, possibilitando um aumento de lucratividade. Alguns gestores de logística procuram
constantemente equilibrar o nível de serviços adequado ao que o cliente precisa, com uma
estrutura adaptada a sua realidade e reduzindo custos. Para tanto, uma das alternativas é
desenvolver um planejamento tributário logístico que traz ao gestor condições de reduzir esses
custos, dentro do permitido pela legislação.
Neste Infográfico, você verá alguns pontos importantes da gestão de custos logísticos. Dentro
desse contexto, é essencial observar o nível de serviço prestado pela logística, assim como ter
visibilidade das possibilidades logísticas e preparar de forma estruturada um planejamento
tributário logístico.
CONTEÚDO DO LIVRO
Na gestão dos custos logísticos identifica-se como um dos principais desafios gerenciar a
relação entre custo e nível de serviço. Nota-se que o cliente está exigente, pedindo níveis de
serviço mais confiáveis e ágeis, sem pagar mais por isso. Diante disso, o preço se torna um
qualificador, e o nível de serviço um diferenciador para o mercado.
No capítulo Gestão dos custos logísticos, da obra Gestão de custos, riscos e perdas, base teórica
desta Unidade de Aprendizagem, você vai ver conceitos para auxiliá-lo na análise dos custos
logísticos, permitindo a tomada de decisões eficazes, adaptadas à realidade de sua organização.
Bons estudos.
GESTÃO DE CUSTOS,
RISCOS E PERDAS
Introdução
Conforme leciona Dias (2015), os estoques representam um papel fun-
damental no dia a dia das organizações. Ching (2014) aponta que, no
início, a gestão de estoques era vista como um meio de reduzir custos
totais associados com a aquisição e a gestão de materiais. Porém, as
organizações, agora, exigem estratégias mais proativas, porque passam
a ser baseadas nas necessidades dos clientes.
Desse modo, sejam eles fontes de lucros e vantagens competitivas ou
de prejuízos, a gestão e o planejamento dos estoques são de fundamental
importância. Destaca-se que a gestão de custos logísticos se relaciona
com o gerenciamento de estoques e tudo o que envolve essa concepção.
Assim, torna-se significativo identificar a visibilidade dos custos logísticos,
para que seja possível avaliar estratégias de planejamento tributário que
possam ser aplicadas na logística.
Neste capítulo, você vai estudar conceitos relacionados aos custos
oriundos dos níveis de serviço que a empresa busca apresentar. Você
vai verificar a visibilidade dos custos logísticos e analisar a aplicação do
planejamento tributário em logística.
2 Gestão de custos logísticos
Com base nesse exemplo, surge uma dúvida: por que é necessário manter
os estoques? Respondendo a essa pergunta, Viana (2012) e Gonçalves (2013)
explicam que é importante para a empresa ter estoques para melhorar o nível
de serviço relacionado a determinados aspectos. Veja exemplos a seguir.
Com a difusão das compras via Internet, percebe-se que melhores níveis
de serviço logísticos, com custos reduzidos, tornam-se uma exigência dos
consumidores. Para atender a essas demandas da logística, as organizações
classificam os estoques que podem dar um suporte adequado, conforme a
necessidade da empresa. Veja, a seguir, os tipos de estoques mais utilizados,
segundo a visão de Gonçalves (2013), Caxito et al. (2014) e Dias (2015):
Outro tópico que merece atenção é o fato de que o estoque inicial do dia
01 de cada mês será o estoque final do dia 31 do mês anterior, mas, durante o
mês, ocorrem oscilações, conforme o consumo dos estoques. Perceba que a
intensidade dessa oscilação, segundo Viana (2012) e Gonçalves (2013), depende
da estratégia da empresa (maiores ou menores compras) e das demandas do
mercado. Por esse motivo, uma previsão adequada das vendas pode garantir
o correto processo logístico de suprimento de matérias-primas, produção e
armazenagem de produtos acabados.
Caxito et al. (2014) e Novaes (2015) destacam que, com a difusão das
compras via Internet, os clientes têm dado preferência para a comodidade e a
facilidade nos processos de aquisição de produtos e serviços. Por isso, os autores
salientam que é preciso que as organizações, para se manterem competitivas,
avaliem rapidamente quais aspectos os seus clientes, tanto atuais como em
potencial, consideram como importantes nos serviços logísticos oferecidos,
para que se possa desenvolver estratégias proativas, que estejam alinhadas às
necessidades desses consumidores.
Caxito et al. (2014) e Novaes (2015) apontam algumas ações que vêm sendo
apresentadas para solucionar essas questões. Com destaque, apontam-se os
acordos de níveis de serviço (ANS), que são utilizados para avaliar de forma
mais detalhada os indicadores e níveis de serviço firmados entre os clientes
e os vendedores.
Outra questão importante para o gestor avaliar sobre a gestão dos custos
está ligada à utilização de centros de distribuição na operação logística.
Sua proposta possibilita a entrega dos pedidos de forma ágil. Desse modo,
segundo Novaes (2015), o gestor aproveita a sua localização privilegiada para
facilitar o acesso aos clientes. Essa alternativa auxilia na descentralização
do gerenciamento das entregas em diversas unidades, onde os produtos são
armazenados e, na sequência, despachados para o consumidor, conforme sua
necessidade.
Nesse contexto, o gerenciamento dos custos logísticos é importante, con-
forme aponta Gonçalves (2013) e Novaes (2015), para que a organização possa
tornar seus processos mais enxutos e, ao mesmo tempo, rentáveis. Isso porque
o gerenciamento influencia na formação do preço dos serviços, atraindo mais
clientes para a empresa. Essa boa administração auxilia a garantir não só a
continuidade da organização, mas também o seu sucesso perante o cliente.
Pelo viés do planejamento organizado, entende-se que é possível utilizar meios legais
para reduzir o pagamento de tributos, enquadrando a organização e as operações em
condições favoráveis, entendendo e tirando proveito dos benefícios que a legislação oferece.
Com os estudos dos gestores sobre esses aspectos estando bem alinhados,
é possível, segundo Dias (2015) e Novaes (2015), obter a redução dos custos,
ao mesmo tempo em que se otimizam as operações, pois as ações necessárias
são tomadas sob o ponto de vista não só da logística, mas também das obri-
gações fiscais. Novaes (2015), Souza e Moraes (2017) observam que existem
gerenciamentos de logística inadequados, no qual os gestores não possuem
informações adequadas sobre as questões fiscais para tomar decisões com
segurança. Nesses casos, algumas oportunidades de se obter isenções e outras
estratégias tributárias podem passar despercebidas.
Nesse sentido, os autores destacam que é preciso reunir as áreas de logística
e fiscal para fazer o planejamento em conjunto, obtendo decisões mais acertadas
e, a partir disso, elaborar um plano de ação futuro, pois algumas mudanças
nas obrigatoriedades podem ocorrer ao longo do tempo. São exemplos dessas
situações as trocas de documentos físicos pelos eletrônicos e digitais — como
CTe, MDFe e CIOT —, bem como a possibilidade de haver aumento na co-
brança de algumas taxas.
Desse modo, Souza e Moraes (2017) salientam que um dos focos do plane-
jamento tributário é garantir que a organização consiga elaborar avaliações,
antecipar-se às ameaças e às oportunidades e se programar para tomar decisões
adequadas e agir conforme a legislação — que constantemente é atualizada.
Com essa perspectiva, entende-se a necessidade de formar uma equipe com
profissionais qualificados, para conhecer tanto a complexidade das operações
logísticas como o funcionamento do regime tributário aplicado à organização.
Nessa equipe, precisam estar envolvidos gestores, contadores, advogados e,
até mesmo, alguns consultores, se for necessário.
Souza e Moraes (2017) destacam que o planejamento tributário bem estru-
turado pode trazer resultados benéficos para as operações organizacionais.
Entretanto, é preciso avaliar com cuidado para não cometer erros ou aproveitar
os benefícios utilizando métodos equivocados, pois isso pode levar a multas
severas. Por outro lado, se bem planejado e executado, o planejamento tributário
pode garantir os benefícios elencados a seguir.
Nesta Dica do Professor, você vai ver questões relacionadas ao planejamento tributário para que
o gestor possa entender os regimes tributários existentes e como ele poderá utilizar essas
informações para obter resultados positivos para a organização, conhecendo os principais
benefícios de um planejamento tributário eficaz.
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EXERCÍCIOS
Nesse sentido, entre os níveis de serviços logísticos consideram-se como alguns dos
indicadores importantes:
2) Na gestão dos custos logísticos, uma previsão adequada das vendas pode garantir o
correto processo logístico. Mediante a isso, a logística tem um papel importante e
decisivo para a manutenção dos clientes; como destaque, sabe-se que é preciso
mensurar o nível de serviço logístico, e isso incide em:
B) avaliar o ciclo do pedido, analisando desde a recepção do pedido até a entrega ao cliente.
4) Para se obter uma visibilidade maior na estruturação dos custos logísticos é possível
fazer uma divisão por área.
A) a diminuição dos prejuízos, uma análise na composição dos custos totais do processo
produtivo e do processo de vendas.
B) redução dos custos operacionais, tomada de decisão mais acertada, aprimoramento dos
resultados e possibilidade de gerar novos investimentos.
D) proporciona o aumento dos tributos que são influenciados pela diversificação dos produtos
e processos.
NA PRÁTICA
Um grande desafio para os gestores de logística está em mensurar os resultados logísticos para
que sejam tomadas decisões estratégicas que proporcionem para a empresa agilidade,
mantendo os padrões de qualidade no qual a empresa se propõe.
Neste Na Prática, você vai ver o meio de redução de custos que proporcionou agilidade para a
loja de departamentos ACME, por meio de uma movimentação de produtos de vestuário mais
adequada e ágil. O gestor, ao acompanhar a agilidade proporcionada pelo investimento,
percebeu que é preciso desenvolver ações com uma visibilidade de longo prazo, as
quais proporcionem melhores resultados logísticos para a organização.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
O objetivo deste artigo é investigar como ocorre a mensuração dos custos logísticos em uma
indústria gráfica que reestruturou sua área de logística. Os principais achados indicam que
a reestruturação da área de logística realizada pela empresa demandou o mapeamento das
atividades e a mensuração dos respectivos custos.
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
O Balanced Scorecard (BSC) tem como objetivo desenvolver indicadores que sejam coerentes
com as necessidades da empresa. Neste sentido, as perspectivas importantes apresentadas por
Kaplan e Nortan (2008) avaliam questões financeiras, de aprendizado, de processos internos e
do cliente.
Você faz parte da equipe de Andreia e, ao saber da notícia, quais dos indicadores financeiros
apresentados você consideraria importante para a empresa utilizar? Justifique a sua resposta.
INFOGRÁFICO
Dentro desse processo, as organizações podem utilizar o Balanced Scorecard (BSC) para gerir e
nortear sua equipe nas suas tomadas de decisões. Ao avaliar e interpretar as perspectivas do
BSC, o gestor, juntamente com a equipe, obterá um domínio diferenciado, identificando qual, ou
quais, das perspectivas precisam de ações estratégicas.
Neste Infográfico, você vai ver a união dos indicadores logísticos e o BSC.
CONTEÚDO DO LIVRO
Boa leitura.
GESTÃO DE CUSTOS,
RISCOS E PERDAS
Introdução
A gestão da logística como um todo é sempre desafiadora, pois envolve
as gestões interna e externa, abrangendo tanto o atendimento interno
da organização quanto as ações externas, isto é, a entrega e a satisfação
do consumidor final.
Nessa busca por gerenciar a logística de forma eficaz, desenvolvem-se
inúmeras melhorias, a partir da análise de dados relevantes para essa gestão.
Nesse ponto, surgem os indicadores de desempenho focados na logística,
que vão mensurar e refletir as ações de logística da empresa. O gestor, ao
monitorar essas informações, consegue identificar gargalos, limites, ações
supérfluas e ações que são importantes para agilizar o nível de serviço,
mantendo a qualidade oferecida ao cliente.
Neste capítulo, você vai estudar quais são os indicadores de desem-
penho relacionados à logística e qual é a sua importância, verificando
também o conceito de balanced scorecard (BSC) e os indicadores rela-
cionados a essa metodologia.
Entre autores como Viana (2012), Gonçalves (2015), Ching (2014), Dias
(2015) e Novaes (2015), percebe-se que há um consenso em afirmar que os
indicadores de desempenho da logística são fundamentais para o gerenciamento
dos negócios, desde que estejam focados nas necessidades da organização.
Balanced scorecard
A estruturação do planejamento estratégico organizacional requer a utili-
zação de ferramentas apropriadas para a sua efetiva execução. Nesse sentido,
uma das mais reconhecidas e utilizadas é a metodologia BSC, que organiza o
planejamento em uma relação de causa e efeito em quatro grandes perspectivas,
idealizadas por Kaplan e Norton (2008). Trata-se de uma ferramenta técnica
que estabelece a integração e o balanceamento dos principais indicadores de
desempenho de uma empresa.
Desse modo, o BSC foi desenvolvido para que o financeiro seja conse-
quência de outras perspectivas, que focam no cliente, para o atendimento da
missão e da visão organizacional. Por meio de metas e indicadores tangíveis,
esse modelo tem o propósito de traduzir a missão e a estratégia das organiza-
ções, conforme apontam Kaplan e Norton (2008). Nesse sentido, os autores
salientam que as medidas representam o equilíbrio entre os indicadores de
satisfação externa (voltados para acionistas e clientes) e as medidas internas
dos processos-chave de negócios empresariais, como a inovação, o aprendizado
e o crescimento.
6 Indicadores de desempenho na logística
BEZERRA, F. Balanced score card (BSC): análise e aplicação. Portal Administração, 2014.
Disponível em: http://www.portal-administracao.com/2014/03/o-que-e-balanced-
-scorecard-bsc.html. Acesso em: 10 abr. 2019.
CAXITO, F. et al. Logística: um enfoque prático. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
CHING, H. Y. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada: supply chain. 4. ed.
São Paulo: Atlas, 2014.
DIAS, M. A. Administração de materiais: uma abordagem logística. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2015.
GONÇALVES, P. S. Administração de materiais: obtendo vantagens competitivas. Rio de
Janeiro: Elsevier-Campus, 2015.
HERRERO FILHO, E. Balanced scorecard e a gestão estratégica: uma abordagem prática.
Rio de Janeiro: Alta Books, 2018.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A execução premium. Rio de Janeiro: Elsevier-Campus, 2008.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação
e avaliação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier-Campus, 2015.
SARDINHA, J. C. Formação de preço: uma abordagem prática por meio da análise custo.
São Paulo: Atlas, 2013.
SILVA, R. Balanced Scorecard: gestão do ensino superior, gestão profissionalizada e
qualidade de ensino para instituições de ensino superior privado. Curitiba: Juruá, 2012.
VIANA, J. J. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 2012.
BSC - Balanced Scorecard. Disponível em: http://www.gcom.com.br/cloud/Home/
BSC.aspx#. Acesso em: 06 de Jun. 2020.
DICA DO PROFESSOR
As decisões sobre os indicadores adequados para a empresa estão atreladas ao tipo de negócio
no qual a organização está inserida. O gestor precisa pesquisar, conhecer e entender sobre
indicadores, para então tomar a decisão de quais são importantes para a sua avaliação e,
simultaneamente a isso, monitorá-los e utilizá-los como norteadores das suas tomadas de
decisões.
Nesta Dica do Professor, você vai ver alguns direcionadores importantes para o bom
acompanhamento do gestor sobre os indicadores.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
D) o favorecimento da segurança.
C) a perspectiva financeira é uma ferramenta que traduz o ponto de equilíbrio por meio de
objetivos, metas e indicadores, buscando a interação e o equilíbrio entre os principais
indicadores de desempenho da empresa.
D) a perspectiva de processos internos oferece a base que possibilita atingir os objetivos das
demais perspectivas.
E) a perspectiva de clientes alinha medidas para o alcance de resultados identificando
segmentos específicos de clientes e mercado.
A) Clima organizacional, pois mede a satisfação do cliente em relação à empresa, mas não
aponta métodos de gestão satisfatórios.
NA PRÁTICA
Uma pesquisa realizada por estudantes do The Logistics Institute da Georgia Tech University,
avaliou 139 empresas americanas, apontando que um dos principais desafios na gestão
do Centro de Distribuições nos Estados Unidos está relacionado ao alto turnover (rotatividade)
da mão de obra, que alcançou uma média de 16%.
Nessa pesquisa, participaram empresas como Avon, BAX Global, Coca-Cola, DHL Solutions,
Direct TV, Disneyland, Eagle Global Logistics, Fuji Photo Film, GlaxoSmithKline, Intel,
Lucent, Merial, Mobil, Novartis, Pernod Ricard, UPS, etc.
Neste Na Prática, você vai ver os indicadores logísticos aplicados em um centro de distribuição
no Brasil.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Este trabalho objetiva mostrar como funciona um programa de desempenho, baseado nas teorias
do Balanced Scorecard e KPIs (Key Performance Indicators). Esta pesquisa contém dados que
mostram o desempenho das unidades, em que, mês após mês, estabelecem-se metas
desafiadoras, objetivando a melhoria contínua nos processos e na satisfação do cliente.
APRESENTAÇÃO
A TIC não é um privilégio apenas da logística, então, é preciso optar por um sistema que
permita a integração com os demais sistemas da empresa e dos parceiros da cadeia logística.
Bons estudos.
DESAFIO
INFOGRÁFICO
O sistema de gerenciamento de armazenagem WMS atua como um banco de dados, no qual toda
a movimentação de produtos dentro de um armazém é registrada instantaneamente.
Neste Infográfico, você vai ver algumas das principais funções do WMS.
CONTEÚDO DO LIVRO
Em um mercado tão acirrado, fica quase impossível ter sucesso sem o uso de tecnologia de
informação e comunicação (TIC). Felizmente, as TICs não são um privilégio apenas para as
grandes corporações, visto que a cada dia cresce o número de micro e pequenas empresas, as
quais investem em tecnologia da informação.
Boa leitura.
GESTÃO DE
CUSTOS, RISCOS
E PERDAS
Isis Boostel
Tecnologias de informação
e comunicação (TICs)
aplicadas à gestão de custos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
A indústria está vivenciando mais uma grande revolução, graças aos avanços
em tecnologia e comunicação. Essas mudanças impactam significati-
vamente a maneira de se fazer e gerenciar a logística. Hoje, é possível
acompanhar em tempo real todos os processos logísticos, inclusive aqueles
que são realizados externamente, como o transporte de cargas. Os gestores
contam com ferramentas poderosas, que transmitem informações com alta
confiabilidade e agilidade para auxiliá-los na gestão logística.
Neste capítulo, você vai estudar as principais tecnologias de informa-
ção e comunicação aplicadas à logística. Você também vai identificar os
principais custos na implantação dessas tecnologias e vai avaliar como
elas podem otimizar os custos da logística.
recebimento e conferência;
armazenagem e separação;
movimentação;
reabastecimento;
expedição
Canuto e Giuzio Junior (2009, p. 77) dizem que “[...] para proceder à es-
colha de um fornecedor de software temos que imaginar uma analogia com
um casamento, porque o custo de implementação ou mesmo a troca de um
fornecedor, é incalculável”.
Por fim, é preciso avaliar os custos da implantação do sistema. Entre
eles, podemos destacar os seguintes.
redução de estoques;
consolidação de entregas.
(Continua)
8 Tecnologias de informação e comunicação (TICs) aplicadas à gestão de custos
(Continuação)
Em 2005, grandes empresas como Procter & Gamble (P&G), Grupo Pão de Açúcar,
Chep, Gillette e Accenture, a fim de atestar a tecnologia, executaram um piloto para
análise da RFID nas suas operações. A RFID foi aplicada nas plantas produtiva dessas
empresas, que estão localizadas nas margens da via Anhanguera, no estado de São
Paulo. Para a operação, 1.000 paletes foram equipados com tags de RFID para estudo.
Na Figura 3, você pode analisar a localização das plantas produtivas das empresas
envolvidas na operação.
Blockchain na logística
O blockchain é uma tecnologia que permite acesso a um banco de dados, em
que as informações, ao serem lançadas, não podem ser modificadas. Essa
tecnologia é verificada no uso de criptomoedas (bitcoin), mas hoje já existem
também aplicações para vários segmentos da economia.
Segundo Ribeiro ([2017]), blockchain é um sistema que atua de modo
descentralizado, com uma base de dados que atua de forma descentralizada,
visando a garantir a segurança e a confiabilidade do dado, que não pode ser
alterado. Os envolvidos têm a responsabilidade de armazenar as informações.
Na logística não é diferente; todos os dias, milhares de operações de trans-
porte acontecem envolvendo várias organizações e transações de dados.
Gerenciar os dados e ter a segurança da informação permite a redução de
custos. As operações de produção podem ser beneficiadas com a segurança do
dado para abastecer as plantas produtivas, bem como o varejo, ao ter certeza
do abastecimento de sua operação.
12 Tecnologias de informação e comunicação (TICs) aplicadas à gestão de custos
DONG, Y.; DRESNER, M.; YAO, Y. Beyond information sharing: an empirical analysis of
vendor-managed inventory. Production and Operations Management, [s. l.], v. 23, nº. 5,
p. 817–828, 2014.
KELEPOURIS, T.; PRAMATARI, K.; DOUKIDIS, G. RFID-enabled traceability in the food
supply chain. Industrial Management & Data Systems, [s. l.], v. 107, nº. 2, p. 183–200, 2007.
MOURA, R. A. Sistema e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. 6. ed.
São Paulo: Iman, 2008.
PILOTO RFID/EPC Brasil: a cadeia de suprimento do futuro. Rio de Janeiro: CDB — Pão
de Açúcar, 2005. Disponível em: http://doczz.com.br/doc/451703/piloto-rfid-epc-brasil--
-a-cadeia-de-suprimento-do-futuro. Acesso em: 10 abr. 2019.
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística.
7. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
RIBEIRO, S. L. Tecnologia Blockchain: aplicações e iniciativas. Campinas: CPQD, [2017].
SILVA, G. R. Desenvolvimento de um modelo de simulação para avaliação do desempenho
de uma cadeia de suprimentos do ramo de mineração através da adoção da parceria VMI
(Vendor Managed Inventory). 2010. 218 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de
Sistemas Logísticos) — Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
YU, Y. et al. Optimal selection of retailers for a manufacturing vendor in a vendor
managed inventory system. European Journal of Operational Research, [s. l.], v. 225, p.
273–284, 2013.
Leitura recomendada
SERAPICOS, R. O impacto de Blockchain na cadeia de valor logística. Revista Logística
& Supply Chain, São Paulo, 2018. Disponível em: https://www.imam.com.br/logistica/
noticias/tecnologia-da-informacao/3273-o-impacto-de-Blockchain-na-cadeia-de-
-valor-logistica. Acesso em: 10 abr. 2019.
DICA DO PROFESSOR
Nesta Dica do Professor, você vai ver operações com as tecnologias ligadas à indústria 4.0.
EXERCÍCIOS
Assinale a alternativa correta referente aos cuidados que devem ser tomados ao
escolher um fornecedor de software.
A) Deve-se optar por empresas novas no mercado, de preferência com menos de 2 anos de
atuação.
B) É mais indicado encontrar um fornecedor com poucos clientes, assim, ele dará mais
suporte para a sua empresa.
C) Fazer contato com clientes ajuda a avaliar os principais passos para a implementação do
sistema.
E) Evite fornecedores que já atendem empresas do mesmo ramo de negócio que o da sua
empresa.
A) V, F, F.
B) V, V, V.
C) F, F, F.
D) F, F, V.
E) V, F, V.
A) 1, 2, 3.
B) 3, 2, 1.
C) 3, 1, 2.
D) 2, 1, 3.
E) 1, 3, 2.
NA PRÁTICA
Graças ao uso da tecnologia da informação e comunicação, as empresas recebem informações
relevantes aos seus processos logísticos em tempo real. Dentro da logística, a aplicabilidade das
TICs vem se tornando indispensável, principalmente para as grandes empresas; os benefícios em
implantar a tecnologia são gigantescos, podendo destacar a melhora no atendimento ao cliente e
a redução de custos com processos logísticos.
A Ambev, maior cervejaria do mundo, vem investindo anualmente em soluções de TICs para
melhorar os processos de logística da empresa.
Neste Na Prática, você vai ver alguns dos sistemas implantados que permitem reduzir custos na
distribuição de produtos e melhorias no serviço prestado aos clientes, além de reduzir o número
de acidentes de trabalho nos armazéns.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Grandes operadores logísticos globais usam tecnologias como drones para inovar a entrega de
mercadorias. Veja a seguir.
TIC é um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das
funções de hardware, software e telecomunicações, a automação e a comunicação dos processos
de negócios, da pesquisa científica e de ensino-aprendizagem.
APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender a identificar quais são os custos inerentes à
gestão logística, verá a importância da qualidade das informações e das boas práticas de
gerenciamento das informações sobre custos.
Bons estudos.
DESAFIO
Esse controle é baseado em informações obtidas por meio de auditorias e relatórios que
fornecem dados referentes à eficiência do sistema logístico e às metas estabelecidas para atingir
um desempenho satisfatório.
Baseado nestas informações, qual seria a sua estratégia para alavancar novamente as vendas e
aumentar a lucratividade da empresa?
INFOGRÁFICO
Os custos logísticos são variáveis de acordo com o segmento da empresa, porém existem
aspectos comuns a todas as organizações. Estes elementos vão desde o processamento do pedido
ao estoque da empresa.
Veja neste Infográfico todos os elementos dos custos logísticos.
CONTEÚDO DO LIVRO
Uma das principais dificuldades de um gestor é alocar corretamente os custos das operações e
compreender se estes custos são fixos ou variáveis, diretos ou indiretos. É nesse momento que a
qualidade da informação se torna imprescindível para uma análise acertada e um gerenciamento
de risco correto.
No capítulo Custos logísticos, do livro Gestão de Custos, Riscos e perdas, base teórica desta
Unidade de Aprendizagem, você aprenderá a identificar quais são os custos inerentes à gestão
logística, explicar a importância da qualidade das informações na gestão logística e reconhecer
as boas práticas de gerenciamento de informações sobre custos.
GESTÃO DE
CUSTOS, RISCOS E
PERDAS
Isis Boostel
Custos logísticos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
No passado, a logística era vista com uma atividade de apoio para uma
empresa. Porém, nos últimos anos, identificou-se que a logística pode
ser empregada como diferencial da empresa, uma vez que os custos
com armazenamento e distribuição de produtos são elevados — então,
quando bem administrados, geram vantagem competitiva. O bom ge-
renciamento dos custos logísticos é fundamental para se obter eficiência
nos processos e garantir uma lucratividade adequada, visando a manter
a competitividade da empresa perante o mercado.
Neste capítulo, você vai estudar os custos da logística, verificando
a importância da qualidade das informações para a gestão logística e
identificando as boas práticas de gerenciamento de custos na logística.
Trade-off significa o ato de escolher uma coisa em detrimento de outra. Ele consiste
em uma ação econômica que visa à resolução de um problema, mas dá origem a outro,
acarretando uma escolha. Ocorre quando se abre mão de algum bem ou serviço para
se obter outro bem ou serviço.
O petróleo, por exemplo, é insumo fundamental na logística e seu valor tem como
referência o mercado internacional. Temos também a oscilação das moedas estrangeiras
que impactam diretamente na economia brasileira.
10 Custos logísticos
Leituras recomendadas
FARIA, A. C.; COSTA, M. F. G. Gestão de custos logísticos. São Paulo: Atlas, 2005.
MOURA, R. A. Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. São
Paulo: Imam, 1998.
PORTER, M. E. A vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior.
Rio de Janeiro: Campus, 1989.
DICA DO PROFESSOR
Nesta Dica do Professor você verá como é feita a gestão para que não ocorra este custo.
EXERCÍCIOS
C) A tomada de decisão deve levar em conta apenas o elemento com maior custo.
D) A tomada de decisão deve levar em conta apenas o elemento com menor custo.
3) Existem vários métodos para o gerenciamento mais eficaz dos custos logísticos,
porém, nos últimos anos, o método ABC de custeio baseado na atividade tem sido
muito utilizado. Assinale a alternativa correta referente a este método de custeio.
D) A eficácia deste método é maior porque trata o custo logístico como um todo, ou seja, sem
desmembrá-lo em cada etapa do processo.
E) No método ABC, cada atividade agrega um centro de custo, permitindo assim determinar
qual atividade gasta mais recursos.
B) Não basta avaliar apenas os custos com logística de outras empresas, sendo importante
avaliar também o nível de satisfação do cliente.
C) O menor custo com logística de uma empresa sempre indicará que a gestão da mesma é
mais eficiente.
Veja o caso desta empresa de transportes que reduziu seus custos utilizando o ERP.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Existem interferências internas e externas que impactam diretamente nos custos logísticos e que
podem comprometer a competitividade de uma empresa.
Os custos com logística operacional são diferentes entre uma empresa e outra e dependem de
uma série de fatores, porém, existem aspectos em comum em todas as empresas.
Comparado com outros países, o custo com logística no Brasil é um dos mais elevados do
mundo. E você sabe o porquê deste alto gasto das empresas com logística?
APRESENTAÇÃO
Você já parou para pensar na quantidade de riscos e problemas que podem acontecer entre a
saída de uma carga do remetente até chegar ao destinatário? O transporte de carga é uma
atividade complexa que oferece vários riscos. É necessário desenvolver ações para garantir que
a carga chegue ao destino final em perfeitas condições e dentro do prazo.
Bons estudos.
DESAFIO
Imagine que você é o gerenciador de risco de uma transportadora de médio porte que atua na
região Sudeste. No último ano, houve três ocorrências de acidentes envolvendo a frota da sua
transportadora. As investigações apontaram que um acidente foi ocasionado por imprudência do
motorista, o qual estava trafegando com excesso de velocidade; outro ocorreu devido a uma
falha nos freios do veículo; e um terceiro acidente aconteceu porque um motorista dormiu ao
volante.
Sendo assim, responda: quais são as estratégias que você irá implantar para reduzir o índice de
acidentes com a frota da sua empresa, sabendo que a empresa não conta com sistemas
tecnológicos para monitoramento do motorista?
INFOGRÁFICO
Cerca de 60% dos transportes de carga no Brasil são realizados por meio do modal rodoviário.
Os acidentes envolvendo veículos de carga são, na maioria das vezes, de grande proporção,
causando danos na carga, além de prejuízo para a transportadora e para os clientes, assim
como danos a terceiros e impacto no trânsito.
Neste Infográfico, você vai ver as principais causas de acidentes envolvendo veículos de carga.
CONTEÚDO DO LIVRO
Chegar com carga ao destino final tem sido um grande desafio devido a fatores internos e
externos. Como se não bastassem os altos índices de acidentes, principalmente no modal
rodoviário, a criminalidade tem dado muita dor de cabeça para gestores e empresários. Nos
últimos anos, o índice de roubos de carga cresceu assustadoramente, obrigando as empresas a
investirem em tecnologia para coibir essas ações.
No capítulo Logística e gerenciamento de risco, da obra Gestão de custos, riscos e perdas, base
teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai ver como as transportadoras gerenciam os
riscos no transporte de cargas. Além disso, vai aprender a importância da contratação de um
seguro de cargas. Por fim, vai conhecer boas práticas para se ter um gerenciamento de riscos
eficiente.
Boa leitura.
GESTÃO DE CUSTOS,
RISCOS E PERDAS
Isis Boostel
Logística e gerenciamento
de riscos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O gerenciamento de riscos no transporte de produtos é fundamental,
pois os veículos de carga estão expostos constantemente a riscos que
podem ser controlados ou, até mesmo, a riscos imprevisíveis — nesse
caso, deve ser adotado um plano de ação para minimizar o impacto.
Neste capítulo, você vai estudar como as transportadoras gerenciam
riscos, verificando alguns seguros obrigatórios e facultativos nos trans-
portes de cargas e identificando algumas ferramentas utilizadas para
gerenciar riscos.
Acidentes de trânsito
Há vários fatores que contribuem para o grande número de acidentes envol-
vendo veículos de carga nas estradas brasileiras:
excesso de carga;
imprudência do motorista;
condições das estradas;
condições dos veículos;
uso de drogas.
Para saber mais sobre a Lei nº. 13.103/2015, acesse o link a seguir.
https://goo.gl/bmTT8r
O prejuízo para a indústria não para por aí. Uma vez que a carga roubada
é comercializada, as empresas deixam de fazer vendas legais. Ainda, o alto
índice de roubo de cargas roubadas impacta diretamente nos custos logísticos,
principalmente no frete. Segundo Barros (2017, documento on-line):
Avarias e atrasos
As avarias durante o transporte de produtos também devem ser apontadas no
gerenciamento de riscos. Carga mal acondicionada e desrespeito às informações
das embalagens são os principais motivos para danos aos produtos transportados.
Outro item que deve ser contemplado no gerenciamento de riscos é o atraso
nas entregas, pois pode comprometer contratos e resultar em perda de clientes.
As causas de atrasos na entrega dos produtos são inúmeras, e algumas estão
listadas a seguir.
Figura 1. Valores em milhões de reais dos produtos mais roubados em São Paulo em 2015.
Fonte: Quais... (2016, documento on-line).
8 Logística e gerenciamento de riscos
Outra boa prática consiste no uso de escolta armada, muito utilizado com
o intuito de redução de roubos de cargas. O investimento no recrutamento
e na seleção de trabalhadores envolvidos no transporte de carga também é
uma boa prática e reduz o risco decorrente de má conduta ou não cumprimento
das normas e procedimentos operacionais da empresa. É importante, também,
capacitar periodicamente os profissionais envolvidos na distribuição e no
transporte de produtos, em um movimento de melhoria contínua.
Veja, a seguir, em que consiste o processo de seleção dos motoristas.
Leituras recomendadas
CNT. Rodoviário. Brasília: CNT, [2018]. Disponível em: http://www.cnt.org.br/Modal/
modal-rodoviario-cnt. Acesso em: 14 mar. 2019.
IDADE média da frota de caminhões é de 12 anos. ABTC, Brasília, DF, 2018. Disponível
em: http://www.abtc.org.br/index.php/noticias/noticias-do-setor/item/4982-idade-
-media-da-frota-de-caminhoes-e-de-12-anos. Acesso em: 14 mar. 2019.
MARTINS, R. O seguro de frete rodoviário é obrigatório? Cargox, [s. l.], 2018. Disponível
em: https://cargox.com.br/blog/o-seguro-de-frete-rodoviario-e-obrigatorio. Acesso
em: 14 mar. 2019.
DICA DO PROFESSOR
Toda carga transportada, seja em modal rodoviário, ferroviário, aéreo ou aquaviário, precisa
estar segurada, independentemente do transporte ser realizada por uma empresa ou por um
profissional autônomo. É importante frisar que existem seguros obrigatórios e facultativos, e
cada um deles oferece uma determinada cobertura.
Nesta Dica do Professor, você vai ver um pouco mais sobre o seguro Responsabilidade Civil
Transportador Rodoviário de Cargas (RCTR-C), o seguro de Transporte Nacional (TN) e a
Responsabilidade Civil Facultativa do Transportador Rodoviário por Desaparecimento de Carga
(RCF-DC).
EXERCÍCIOS
B) O maior percentual no aumento de carga roubada ocorreu entre os anos de 2016 e 2017.
E) O aumento do percentual de carga roubada em 2017 comparado com o de 2016 foi maior
que o aumento em 2015, comparando com o de 2014.
E) RCTR-C, RR e RCF-DC.
Das alternativas a seguir, qual delas indica uma ferramenta que auxilia o condutor
quanto às condições da via e da velocidade de manobra?
A) Rotograma falado.
B) GPS.
C) Computador de bordo.
D) Telemetria.
E) DVR veicular.
D) a roteirização deve ser realizada com base no horário de funcionamento dos clientes.
NA PRÁTICA
O uso de tecnologia é fundamental para o aumento da segurança nas rodovias brasileiras. Graças
a sistemas de monitoramento, é possível acompanhar a movimentação do meio de transporte e,
assim, obter o controle absoluto da forma de condução do motorista, além de rastrear o
caminhão durante toda a rota.
Neste Na Prática, você vai quais são os meios que a transportadora Patrus utiliza para monitorar
o transporte de cargas.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Você sabe o que é o prêmio do seguro? O prêmio, ao contrário do que muitos pensam, não é o
valor que você recebe da seguradora. No vídeo a seguir, você vai ver como a Insert Seguros
calcula o prêmio do seguro de cargas.
Conheça um pouco mais sobre a telemetria e como ela pode auxiliar o gestor de frotas a alcançar
uma gestão mais segura e econômica.
Boletim estatístico
Veja o último boletim estatístico da Confederação Nacional de Transportes (CNT). Esse boletim
traz informações sobre a infraestrutura dos principais modais de transportes utilizados no Brasil.
APRESENTAÇÃO
A logística atual é tratada como um setor estratégico para o sucesso de um negócio, e o custo
desse processo representa uma parcela significativa no custo total de uma empresa. Nas
operações de logística, a armazenagem e o transporte de produtos são as etapas de maior custo.
Bons estudos.
DESAFIO
É possível dizer que não existe uma fórmula específica para o bom gerenciamento, assim como
para a redução dos custos dos processos logísticos, afinal, as estratégias para a melhoria da
eficiência dependem de muitas variáveis, entre elas as características dos produtos. Dentro da
logística, as embalagens têm um papel fundamental para reduzir o tempo com movimentação de
produtos, além de proporcionar proteção e conservação das mercadorias.
Sendo assim, responda:
c) Qual seria a estratégia para aumentar as vendas e reduzir os danos nas embalagens de 5kg?
INFOGRÁFICO
Neste Infográfico, você vai ver os quatro tipos de movimentadores de carga mais comuns nos
armazéns. Além disso, vai conhecer as principais vantagens e desvantagens de cada um deles.
CONTEÚDO DO LIVRO
Reduzir custos sem comprometer os níveis de serviço aos clientes é um dos maiores desafios de
um gestor de logística. Entre os processos logísticos, armazenar, movimentar e transportar
produtos são as principais etapas e, quanto maior a eficiência nessas fases, maior será a
competitividade da empresa. A boa gestão de qualquer processo de uma empresa depende da
qualidade das informações recebidas, sendo possível destacar o levantamento de custos como
um norte para a tomada de decisões.
Boa leitura.
GESTÃO DE CUSTOS,
RISCOS E PERDAS
Isis Boostel
Custos de armazenagem
e movimentação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
A necessidade de se manterem competitivas no mercado exige que as
empresas compreendam os custos de cada etapa dos seus processos.
É dever do gestor controlar esses custos para que, se possível, fiquem
conforme o planejado, sem comprometer a qualidade do produto ou
serviço.
A logística não é mais vista apenas como uma atividade de apoio.
Nos últimos anos, observou- se a relevância dos custos com as operações
de armazenamento e transporte, e a redução desses custos passou a
proporcionar o destaque das empresas no mercado.
Neste capítulo, você vai estudar sobre os principais custos envolvidos
nos processos de armazenagem e transporte. Você vai também compre-
ender a importância das embalagens na logística e vai identificar como
o gerenciamento de riscos pode reduzir os custos com armazenagem,
movimentação e transporte de produtos.
2 Custos de armazenagem e movimentação
proteção;
transporte e movimentação;
segurança;
4 Custos de armazenagem e movimentação
conservação;
informação;
marketing.
A Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010, e a Lei nº. 7.802, de 11 de julho de 1989,
regulamentam o retorno das embalagens de óleos lubrificantes e agrotóxicos.
6 Custos de armazenagem e movimentação
TKU significa “toneladas por quilometro útil”. Esse cálculo consiste no produto do peso
da carga, em toneladas, pela distância percorrida, em quilômetros.
Leitura recomendada
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2006.
DICA DO PROFESSOR
Nesta Dica do Professor, você vai aprender sobre as principais funções da embalagem e como
seu uso contribui para os processos logísticos.
EXERCÍCIOS
1) Em média, os custos com transportes são os mais relevantes entre os custos logísticos,
podendo representar mais de 60% dos custos totais. Entre os principais custos com
transportes, destacam-se os custos com combustível, mão de obra, depreciação,
manutenção, taxas e impostos.
( ) É possível citar os gastos com encargos sociais como custo de mão de obra.
B) F, F, F.
C) V, F, V.
D) F, F, V.
E) V, V, F .
Assinale a alternativa correta sobre ao uso das embalagens para melhor eficiência no
transporte e armazenamento de produtos.
I. Os valores com indenizações vêm aumentando nos últimos anos, apesar da redução
do número de ocorrências.
II. As empresas estão encontrando dificuldades para a renovação do seguro.
III. Quanto maior o nível de segurança que as empresas adotam, menor será o custo
com seguro.
A) F, V, V.
B) V, V, V.
C) F, V, F.
D) F, F, F.
E) V, F, V.
NA PRÁTICA
Neste Na Prática, você vai ver que as empresas de transporte de produtos do estado de São
Paulo enfrentaram o problema devido a restrições de trânsito de caminhões em horário de pico,
transformando uma ameaça em economia.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
No Brasil, os custos logísticos são bem mais elevados se comparados a países de primeiro
mundo ou até mesmo aos emergentes. Uma das razões para esse custo elevado é a falta de
infraestrutura nos outros modais de transportes que causam uma dependência do modal
rodoviário para distribuir produtos. A reportagem a seguir demonstra que o transporte
rodoviário no Brasil é um dos mais caros e ineficientes do mundo, e que os transportes
ferroviário e aquaviário são bem mais baratos e eficientes.
APRESENTAÇÃO
No Brasil, o modal rodoviário continua sendo o mais utilizado, mas apresenta problemas que
precisam ser sanados, tanto em relação à infraestrutura precária quanto a assaltos e a outras
adversidades.
Dentro desse contexto, a logística de transporte de cargas é uma das maiores preocupações dos
gestores de frotas e de gestores de empresas em geral.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver algumas legislações básicas aplicáveis na
logística, identificando os impostos e os tributos utilizados. É importante salientar que antes de
transportar uma carga é preciso conferir, junto aos órgãos competentes, a regulamentação da
logística, principalmente relacionando-se às cargas para evitar transtornos futuros.
Bons estudos.
DESAFIO
Você faz parte da equipe gerenciada por Carlos, desse modo, pesquise e auxilie o grupo a
identificar quais são os fatos geradores importantes para a emissão de nota fiscal para que se
efetue uma gestão de compras eficaz?
INFOGRÁFICO
Para realizar o cálculo da MVA, segundo Crepaldi (2018), a Receita Federal se fundamenta em
pesquisas de mercado, que conferem o acréscimo no valor do produto ao sair do fornecedor e
chegar para a venda ao consumidor final. Nota-se que as pesquisas que são realizadas não levam
em conta os descontos praticados nas negociações com os consumidores.
No capítulo Logística tributária, da obra Gestão de custos, riscos e perdas, base teórica desta
Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer um pouco mais sobre os conceitos relacionados a
esse tema.
Boa leitura.
GESTÃO DE
CUSTOS, RISCOS
E PERDAS
Introdução
No Brasil, o modal rodoviário continua sendo o mais utilizado pela cadeia
de transportes, mas apresenta problemas, relacionados tanto à infraestru-
tura precária quanto a assaltos e outras adversidades, que precisam ser
sanados. Nesse contexto, a logística de transporte de cargas gera grandes
apreensões por parte dos gestores de frotas e gestores de empresas em
geral. É fundamental, portanto, encontrar formas eficazes de minimizar
riscos e contornar esses problemas.
As regulamentações de cargas buscam disciplinar, qualificar e profis-
sionalizar o setor. Além disso, procuram implementar exigências e algu-
mas restrições que promovam a redução da competitividade desleal e a
prestação dos serviços com maior segurança e eficiência, reconhecendo,
assim, a margem de valor agregado do serviço prestado.
Neste capítulo, você vai estudar algumas legislações básicas aplicá-
veis na logística, destacando conceitos fundamentais e identificando os
impostos e tributos utilizados. Você vai verificar que, antes de transportar
uma carga, é preciso conferir nos órgãos competentes a regulamentação
daquela carga específica, para evitar transtornos futuros. Assim, além de
verificar as principais legislações logísticas, você também vai identificar os
documentos necessários e exemplos de infrações frequentes, podendo
avaliar o impacto dos impostos e tributos nos custos logísticos.
2 Logística tributária
https://goo.gl/G1ofLp
Sob essa ótica, a logística tributária pode se tornar uma medida preventiva,
segundo Souza e Moraes (2018), sendo empregada no sentido de reduzir os
custos em todos as áreas e ajudando as empresas a economizarem.
Nota-se que as pesquisas que são realizadas não levam em conta os descontos
praticados nas negociações com os consumidores.
Nesse sentido, conforme aponta Crepaldi (2018), o critério do governo é
simples: pesquisa-se o valor de venda praticado pelos lojistas e, com base no
valor declarado à Sefaz pelos fabricantes, chega-se ao percentual a ser aplicado
na MVA. Antes da realização da pesquisa, todos deveriam ser alertados para a
forma de cálculo da MVA, principalmente os lojistas, para não sobrecarregarem
o preço ao consumidor final. Observa-se que, se a MVA estiver adequadamente
calculada, ou seja, se o preço que se presume que será pago pelo cliente final
estiver certo, em que pese o quanto a ST é trabalhosa e o quanto ela interfere
no fluxo de caixa, nenhum imposto maior será pago.
Para complementar, faz-se necessário explicar que a ST foi criada pelo
governo por meio da Constituição Federal (BRASIL, 1988), art. 150, § 7º,
para que o processo de arrecadação e supervisão do pagamento dos impostos
fosse simplificado. Mediante esse artigo, que, em alguns casos, é de difícil
compreensão pelos gestores, pode-se compreender o que é ST e como funciona,
para que a organização não pague mais do que o necessário, ou, ainda, pague
a menos e fique em débito com a União, ou não cumpra essa obrigatoriedade.
Martins (2018) destaca que, com o processo da ST alinhado, é possível
recuperar receita para a organização. O autor sintetiza e leciona que a ST é
o recolhimento antecipado dos impostos referentes às operações seguintes
do processo, ou seja, antes da circulação da mercadoria em questão. Assim,
trata-se de um meio de o governo simplificar a ação e, em vez de recolher
os impostos um de cada vez, recolher antes mesmo de o produto ser vendido
ao consumidor final. Resumidamente, o imposto é arrecadado apenas do
responsável pela primeira etapa do processo do produto, que geralmente é o
fabricante. Nota-se que a ST não interfere no valor da mercadoria, mas faz a
somatória do preço inicial com o valor do imposto.
Portanto, de acordo com Souza e Moraes (2018), a indústria vende a mer-
cadoria com o valor de todos os impostos já embutidos, os quais o centro de
distribuição e o comércio pagariam ao longo do processo. O valor, dessa forma,
é considerado o preço normal da operação e do produto mais a ST, e isso é
cobrado na revenda. Porém, conforme destacam os autores, não são todos os
produtos industrializados que sofrem as normas da ST. Geralmente, o foco
dessa aplicação se detém em produtos de difícil fiscalização, aqueles sujeitos
à comercialização informal, como é o caso de cigarros e carnes.
Para saber se o produto que a organização comercializa deve cumprir essa
obrigação, o Confaz (BRASIL, 2007) disponibiliza uma lista e a atualiza
constantemente. É sempre importante consultar se o produto comercializado
8 Logística tributária
autopeças;
bebidas alcoólicas, exceto cerveja e chope;
cervejas, chopes, refrigerantes, águas e outras bebidas;
cigarros e outros produtos derivados do fumo;
cimentos;
combustíveis e lubrificantes;
energia elétrica;
ferramentas;
lâmpadas, reatores e starters;
materiais de construção e congêneres;
materiais de limpeza;
materiais elétricos;
medicamentos de uso humano e outros produtos farmacêuticos para
uso humano ou veterinário;
papéis, plásticos, produtos cerâmicos e vidros;
pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha;
produtos alimentícios;
produtos de papelaria;
produtos de perfumaria e de higiene pessoal e cosméticos;
produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos;
rações para animais domésticos;
sorvetes e preparados para fabricação de sorvetes em máquinas;
tintas e vernizes;
veículos automotores;
veículos de duas e três rodas motorizados;
venda de mercadorias pelo sistema porta a porta.
queda na lucratividade;
endividamento por falta de recursos;
comprometimento do fluxo de caixa.
Leitura recomendada
MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Fazenda. Tarifa externa comum: Brasil. Diário
Oficial da União, Brasília, 2015. Disponível em: https://www.sefaz.mt.gov.br/portal/
download/arquivos/Tabela_NCM.pdf. Acesso em: 14 mar. 2019.
DICA DO PROFESSOR
É um desafio para os gestores administrarem os gastos das empresas com taxas, tarifas e afins.
No Brasil, temos uma grande variedade de tributos federais, estaduais e municipais que sofrem
mudanças constantes, dificultando ainda mais esse gerenciamento.
Por isso, é fundamental criar estratégias focadas na gestão de impostos, que precisam ser
planejadas, assim como qualquer outra operação do negócio. Então, aproveite nossa Dica.
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EXERCÍCIOS
C) no estado, tanto organizações formais como informais são obrigadas a pagar IPI.
E) no âmbito federal, o IPI é um tributo federal que está entre as obrigações fiscais das
empresas que agem somente sobre produtos nacionais.
2) A margem de valor agregado (MVA) aplicada na logística tributária é um indicador
que mostra o preço final que o consumidor pagará por uma mercadoria. Como fatos
importantes relacionados à MVA, destacamos que:
B) As secretarias dos estados brasileiros não veem necessidade de trabalhar com softwares
simuladores de cálculo de MVA, por isso não disponibilizam qualquer auxílio para o
cálculo.
C) A Receita Federal realiza pesquisas internacionais para averiguar como outros países
calculam a MVA para aplicar o mesmo método no Brasil.
D) A Receita Federal confere os cálculos aplicados pelo ICMS, sendo responsabilidade desse
órgão o acréscimo no valor do produto ao sair do fornecedor e chegar para a venda ao
consumidor final.
3) Não são todos os produtos industrializados que sofrem as normas da ST. Dessa
forma, é preciso considerar que:
D) o CONFAZ sugere que cada fabricante informe se o seu produto deve estar dentro da lista
de produtos que precisam de cálculo da MVA.
E) entre os produtos que devem estar na lista do MVA constam móveis e roupas.
C) A terceirização dos serviços logísticos é uma tendência que tem contribuído muito para a
redução dos custos.
C) não há uma gestão adequada pela Receita Federal, o que impacta nesses fatores negativos,
pois considera questões relacionadas à manufatura.
D) proporciona a diminuição dos tributos que são influenciados pela diversificação dos
produtos e dos processos.
NA PRÁTICA
Este estudo pretende demonstrar vários cenários fiscais nos quais o operador logístico pode
realizar as suas operações, além da utilização de alternativas tributárias que podem contribuir no
desenvolvimento de novos negócios ou de serviços complementares.
Atestará, também, que um estudo prévio é necessário para escolher a melhor alternativa fiscal
em cada projeto de armazenagem, de transporte e demais operações logísticas para avaliar o
impacto tributário em cada caso.
Nesse contexto, este Na Prática apresenta uma reflexão sobre o tema em questão. Veja o
seguinte estudo:
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Este trabalho buscou explicar os custos de cada item que compõe um frete rodoviário, com o
objetivo de compreender o porquê de seu alto valor. Concluindo-se a veracidade de todos os
valores que englobam o frete rodoviário: a manutenção, a mão de obra, o gerenciamento, os
pedágios, o combustível, os pneus, os encargos e o seguro da mercadoria.
Veja este estudo que apresenta uma comparação dos custos logísticos entre as principais rotas de
transporte de uma cooperativa de Santa Catarina. Os custos identificados por quilômetro rodado
(entre as cinco rotas de origem e nove de destino). Os resultados evidenciam que o lucro por
quilômetro rodado tem variação de acordo com a rota estabelecida, destacando a importância da
análise e da gestão dos custos logísticos para o acompanhamento dos resultados, tanto para a
entidade cooperativa, quanto para as empresas transportadoras de cargas que prestam este
serviço.
Impacto dos tributos sobre o transporte rodoviário de cargas no estado de Mato Grosso –
um estudo de caso
Confira este estudo que faz uma análise do impacto dos tributos sob a ótica dos principais
regimes de tributação aplicáveis às empresas do setor de transporte rodoviário de cargas. Os
resultados apontam que a modalidade Transportador Autônomo como a mais vantajosa.
Entretanto, embora tenham ficado claro as vantagens dessa modalidade de tributação, é preciso
analisar os objetivos do empresário para então fazer a opção quanto ao regime de tributação
mais adequado levando em conta seu custo/benefício.
APRESENTAÇÃO
O risco está presente em qualquer processo de uma empresa, e na logística não é diferente. Esses
riscos podem ser causados por agentes internos ou externos, além de comprometer o processo de
reabastecimento e distribuição de produtos, gerando prejuízos para a organização. Conhecer os
riscos é fundamental para traçar estratégias de minimização de impacto destes. Vale a pena
lembrar que um bom gerenciamento de risco pode transformar uma ameaça em oportunidade.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará os principais riscos na logística, bem como os
passos necessários e a importância de gerenciá-los.
Bons estudos.
DESAFIO
As cadeias de suprimentos têm se tornado cada vez mais complexas devido a fatores como a
globalização. O aumento dos riscos e das rupturas dessa cadeia é diretamente proporcional a
essa complexibilidade.
Imagine que você é o novo gestor de uma empresa produtora de suco de laranja. Seu único
fornecedor fica a 5km de distância da empresa e, atualmente, ele supre todas as necessidades de
fornecimento da empresa, inclusive tem interesse em fornecer mais laranja, porém, sua empresa
já está operando com o máximo da capacidade produtiva. Sua empresa não faz o gerenciamento
dos riscos, mas você decidiu mudar esse contexto.
Sendo assim, responda:
INFOGRÁFICO
O gerenciamento de risco deve considerar a característica do produto para definir a maneira que
esses produtos serão dispostos, além de determinar estratégias de monitoramento destes.
Neste Infográfico, você vai ver algumas características que precisam ser consideradas no
momento de armazenar ou expor produtos.
CONTEÚDO DO LIVRO
Muitos gestores pecam por pensar que medidas devem ser tomadas apenas quando um risco
aparece. Nos últimos anos, observou-se que as empresas passaram a considerar a gestão de
riscos como uma ferramenta vital para a sustentabilidade do negócio.
No capítulo Gerenciamento de riscos, da obra Gestão de custos, riscos e perdas, base teórica
desta Unidade de Aprendizagem, você vai ver o que é e qual a importância do gerenciamento de
riscos. Além disso, vai aprender sobre os principais passos para gerenciá-los.
Boa leitura.
GESTÃO DE
CUSTOS, RISCOS E
PERDAS
Isis Boostel
Gerenciamento de riscos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O risco pode ser traduzido como a incerteza de um resultado e pode ter
reflexos positivos (oportunidades) ou negativos (ameaças). Os riscos podem
ocorrer internamente, ou seja, dentro da estrutura de uma empresa, ou
externamente — nesse caso, podem fugir ao controle dos gestores. O
gerenciamento de riscos na logística tem como objetivo identificar possíveis
falhas e adotar medidas adequadas para eliminar ou minimizar esses riscos.
Neste capitulo, você vai estudar os principais riscos na logística, bem
como os passos necessários e a importância de gerenciá-los.
Conceitos fundamentais
Toda empresa deve estar atenta aos riscos internos e externos que podem
comprometer a sua operação. Os riscos internos são aqueles que ocorrem
mediante erros nos processos e deficiência no gerenciamento em diversas
áreas da empresa. Já os riscos externos são aqueles que não são controlados
pela organização. Por exemplo, um desastre natural, como um terremoto,
pode danificar todo o estoque de uma empresa; um atentado terrorista pode
comprometer toda a cadeia de suprimentos.
Felizmente, esses fenômenos naturais e atentados não são comuns no
Brasil; porém, temos outros fatores externos que comprometem os elos da
cadeia de suprimentos. Por exemplo, a greve dos caminhoneiros, ocorrida
em 2018, provocou desabastecimento em praticamente todos os setores da
economia nacional.
2 Gerenciamento de riscos
O agronegócio brasileiro é um dos setores que mais sofre com fatores ex-
ternos. O impacto maior é sentido pelo pequeno produtor. Podemos citar como
exemplo a falta de recursos financeiros para investir em sistemas de irrigação,
não tendo, assim, uma estratégia definida para suprir a ausência de chuvas.
Definir a estratégia de estoque é uma tarefa árdua, que pode ser facilitada
quando o gestor se mantém informado sobre as condições econômicas e de
mercado. Reduzir o estoque diminui o risco de o produto se tornar obsoleto
e reduz as perdas por depreciação e queda na demanda. Porém, em caso de
ruptura na cadeia de suprimentos, a empresa vai perder vendas ou não con-
seguirá cumprir contratos.
perecibilidade;
inflamabilidade;
valor;
tendência a explodir;
facilidade em ser roubado.
https://goo.gl/ZWouUz
ABNT. ISO 31000: gestão de riscos — princípios e diretrizes. 2009. Disponível em: https://
gestravp.files.wordpress.com/2013/06/iso31000-gestc3a3o-de-riscos.pdf. Acesso em:
21 mar. 2019.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2006.
GRANT, D. B. Gestão de logística e cadeia de suprimentos. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
DICA DO PROFESSOR
Um gerenciamento de risco bem estruturado permite que a empresa reduza suas perdas e
aproveite melhor as oportunidades. Uma decisão errada pode comprometer toda a história de
uma empresa, mesmo esta sendo uma gigante de um determinado segmento.
Nesta Dica do Professor, você vai ver que toda tomada de decisão oferece prós e contras. Veja a
seguir o caso de uma empresa líder de mercado que tomou uma decisão errada. Além disso, vai
ficar por dentro da próxima revolução que já está batendo na porta das empresas.
EXERCÍCIOS
1) Gerenciar os riscos é um dos pilares para o sucesso de uma empresa, o que consiste
em identificá-los e determinar planos de ações para amenizá-los. Os riscos podem ser
internos ou externos.
A) Roubo de carga.
B) Incêndio em um armazém.
C) Furacão.
D) Variação do câmbio.
E) Falência de um fornecedor.
Assinale a alternativa que indica como a demanda pode interferir nos processos de
uma empresa.
4) Uma das estratégias para reduzir riscos causados por estoque é realizar compras por
consignação. Essa estratégia é muito utilizada por grandes varejistas e por revendas
de carros usados.
5) Todo bom gestor precisa gerenciar os riscos para tomar decisões que minimizam os
impactos causados por alguma ruptura na cadeia de abastecimento e distribuição de
produtos.
Das alternativas a seguir, qual indica uma boa prática para o gerenciamento de
riscos?
C) Práticas just-in-time.
NA PRÁTICA
Ataque terrorista é um bom exemplo de risco externo que pode impactar na logística de uma
empresa. O ataque de 11 de setembro nos Estados Unidos impactou milhares de empresas
americanas e de outras nacionalidades.
Neste Na Prática, você vai ver como a montadora Chrysler gerenciou os riscos e diminuiu o
impacto causado por esse ataque.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
As operações logísticas envolvem riscos tanto às cargas quanto às pessoas, podendo gerar sérios
problemas à organização. Você sabe identificar os riscos que as cargas oferecem na sua
operação logística? No vídeo a seguir, você vai ver quais são os sete riscos das cargas nas
operações logísticas.
Veja a seguir um artigo sobre a importância da análise de riscos para a cadeia logística
internacional, a qual apresenta os conceitos que servem como base para a análise de riscos, além
da melhor forma de iniciar esse processo.
APRESENTAÇÃO
É importante que o gestor conheça os apontamentos dos custos da sua empresa para elaborar
adequadamente a estruturação dos custos e, assim, poder elaborar ações estratégicas que
auxiliem na competitividade da organização, mantendo-a com um diferencial competitivo
assertivo. Dessa forma, você deve conhecer os métodos de custeio por absorção e direto, bem
como o sistema de custeio ABC, de acordo com alguns autores, os quais apresentam vantagens e
desvantagens entre os métodos abordados.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer conceitos sobre análise de custos. Além
disso, você também irá estudar algumas ferramentas gerenciais que auxiliam os gestores na
coordenação e nas tomadas de decisões relacionadas à avaliação de custos.
Bons estudos.
DESAFIO
Os gestores precisam avaliar as propriedades específicas de cada sistema de custeio para optar
por aquele que mais se adequa à realidade da organização.
Imagine que você é o gestor de uma empresa que comercializa dois componentes eletrônicos.
No início da semana, o diretor o chama e diz que precisa de informações mais detalhadas acerca
dos custos e das despesas da empresa. Ele solicita que você explique como diferenciar despesas
e custos na prática. Para isso, ele convoca uma reunião com todos os coordenadores,
objetivando o esclarecimento de dúvidas que possam gerar problemas na contabilidade.
Diante desse contexto, responda às dúvidas dos demais líderes e do diretor:
a) No que se refere ao prédio onde a produção está localizada, deve-se considerar a depreciação
do imóvel como um custo fixo indireto para cada produto? É preciso ser acrescido ao valor do
estoque pelo método de custeio variável?
b) E quanto aos gastos relacionados à propaganda específica dos dois tipos de produtos: podem
ser considerados custos fixos diretos e compõem o valor do estoque pelo método de custeio por
absorção?
INFOGRÁFICO
O capítulo Sistemas de apuração dos custos logísticos, da obra Gestão de custos, riscos e
perdas, aborda os métodos de custeio por absorção e direto, bem como o sistema de custeio
ABC. São apresentadas, também, vantagens e desvantagens dos métodos abordados.
Boa leitura.
GESTÃO DE CUSTOS,
RISCOS E PERDAS
Introdução
Segundo Martins (2018), a contabilidade de custos possibilita o entendimento
da estrutura de custos da empresa, colaborando de forma estratégica para
a organização e sendo um diferencial de competitividade, tendo como
função avaliar o estoque, dentre outras atribuições administrativas. Diante
disso, os sistemas de custeio são constituídos de acordo com as necessidades
dos usuários e segundo a natureza das atividades e operações da entidade.
Este capítulo tem como escopo contribuir para o entendimento de
alguns conceitos e ferramentas gerenciais aplicadas na análise de custos
e preços de venda de inúmeras empresas. Neste estudo, enfatiza-se que
as ferramentas gerenciais apresentadas se aplicam nas organizações inde-
pendentemente do porte ou da atuação, com adaptações consideráveis.
Desse modo, você vai estudar os métodos de custeio por absorção e
custeio direto e o sistema de custeio ABC, de acordo com alguns autores,
verificando as vantagens e desvantagens dos métodos abordados.
Conforme aponta Crepaldi (2017), a gestão de custos contábeis tem como uma de
suas finalidades oferecer aos gestores informações que são imprescindíveis para uma
boa gestão, bem como auxiliar na tomada de decisões, principalmente diante do
atual cenário globalizado e da forte concorrência, que exigem a redução de custos
para maximizar os lucros.
Se essa empresa aumentar sua produção para 25 mil pares por mês sem
alterar o seu custo fixo, o cálculo do seu custeio ficará:
Sapato
Sandália
Sapato
Sandália
Para melhor entendimento, suponha uma empresa fictícia que fabrica chocola-
tes, a empresa XYZ. Imagine que, em um determinado mês, essa organização
está planejando vender 10.000 unidades de trufas e 10.000 unidades de bom-
bons, a R$ 3,00 e R$ 2,00 cada unidade, respectivamente. Esse volume de
vendas vai gerar para a empresa um faturamento de R$ 50.000,00, conforme
apresentado no Quadro 1.
Vendas
Custo variável
Total R$
24.000,00
Segundo Crepaldi (2017), os cálculos feitos pelo custeio ABC não são aceitos pela
legislação societária e fiscal; dessa forma, eles só podem ser usados para a gestão e o
controle interno da organização. No entanto, também podem auxiliar no gerenciamento
orçamentário e na prestação de contas.
O exemplo utilizado aqui se refere a uma fábrica de roupas. Suponha que nessa
fábrica de roupas são produzidas camisetas e camisas, e são desenvolvidas,
entre tantas outras, as atividades de comprar materiais, cortar e costurar.
Aplicando o método de custeio ABC para essa fabricação, pode-se identificar
quanto o produto camiseta usa da atividade de comprar materiais, por exemplo.
No Quadro 3, apresentam-se os produtos, a produção mensal, o valor uni-
tário e o total das vendas (faturamento) da fábrica de roupas. Para o cálculo,
foi considerado que tudo o que foi produzido foi vendido.
Camisetas Camisas
Aluguel R$ 15.000,00
Total R$ 33.000,00
Departamentos Atividades
Custos indiretos
Departamentos Atividades + despesas
Total R$ 33.000,00
Direcionadores
Departamentos Atividades de atividades
Comprar os materiais
Cortar e costurar
4. Demonstrar os resultados.
Quadro 11. Resumo dos custos de produção com base no custeio ABC
(Continua)
16 Sistemas de apuração dos custos logísticos
(Continuação)
Quadro 11. Resumo dos custos de produção com base no custeio ABC
o custo direto não é aceito pela auditoria externa das empresas que têm
capital aberto, nem pela legislação do imposto de renda e por uma par-
cela significativa de contadores. A razão disso é que o custeio direto ou
variável atinge os princípios fundamentais de contabilidade, em especial
os princípios da realização da receita, da confrontação e da competência;
o valor do estoque não mantém relação com o custo total;
isoladamente, não se aplica para formação do preço de venda.
Mediante o exposto até o momento, com base nos autores Meglioni (2012),
Crepaldi (2017) e Martins (2018), para decidir sobre um sistema de custeio, os
gestores devem buscar um conjunto de princípios, classificados entre si, que
atenda à organização, seja funcional e respeite o princípio da relação custo-
-benefício. Assim, deve-se avaliar as vantagens da implantação de um sistema
de custeio muito detalhado, no qual as informações geradas não justificam os
valores gastos para implementá-lo, por exemplo.
CREPALDI, S. A. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade de custos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MARTINS, E.; ROCHA, W. Métodos de custeio comparados: custos e margens analisados
sob diferentes perspectivas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
MEGLIONI, E. Custos. São Paulo: Makron Books, 2012.
NOVAES, A. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: Elsevier,
2016.
PAULA, G. B. Guia completo do método de custeio por absorção × método de cus-
teio variável: qual o melhor. Treasy, 2016. Disponível em: https://www.treasy.com.br/
blog/metodo-de-custeio-por-absorcao-x-metodo-de-custeio-variavel/. Acesso em:
20 mar. 2019.
DICA DO PROFESSOR
Na gestão de uma organização, quando falamos de custos, todo o gestor tem dificuldades em
saber onde são aplicados seus gastos. Por isso, os métodos de custeio foram desenvolvidos para
auxiliar nessa análise.
Nesta Dica, você vai estudar mais sobre as metodologias relacionadas ao custeio por absorção,
custeio direto e custeio baseado em atividade para que você possa avaliar e aplicar na sua
empresa o procedimento mais adequado ao seu módulo de trabalho.
EXERCÍCIOS
A) o custeio direto é o mais antigo dos sistemas, já o custeio por absorção se apropria de todos
os custos de produção.
C) o custeio direto promove estoques altos, já o custeio por absorção, por analisar o todo da
produção, pode trazer prejuízos.
D) o custeio de absorção é aceito pelo fisco e o custeio direto considera os custos variáveis do
processo produtivo.
E) no custeio direto pode-se observar uma certa desorganização por não haver detalhamento
do processo produtivo; já no custeio por absorção, há uma avaliação mais criteriosa.
A) a grande dificuldade está na alocação dos custos indiretos, pois é um trabalho que envolve
aspectos subjetivos e eventuais.
B) o sistema de custeio por absorção avalia somente os custos variáveis da área de fabricação.
C) na análise por absorção, os custos, tanto fixos como variáveis, são concentrados nas áreas
de apoio.
C) não auxilia na formação de custos dos estoques, pois as implicações dos custos são
somente operacionais.
B) O custeio ABC surgiu para suprir as necessidades das organizações por informações mais
detalhadas.
C) Mantém uma avaliação dos custos pelo método tradicional, pois considera questões
relacionadas à manufatura.
NA PRÁTICA
Este estudo apresenta a análise na implantação do sistema de custeio ABC em uma organização
de serviços. Os principais resultados evidenciam uma crítica em relação às dificuldades
apontadas para a implementação e o conhecimento do custeio ABC. Para o gestor, é
fundamental conhecer esses problemas para que, ao trabalhar o sistema de custeio ABC no seu
ambiente de trabalho, se detenha nas possíveis dificuldades.
Nesse contexto, este Na Prática apresenta uma reflexão sobre o tema em questão. Veja, a seguir,
o estudo realizado pela Universidade Federal do Paraná:
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Este artigo mostra o que a literatura científica internacional apresenta acerca do tema de
Avaliação de Desempenho de Custos Logísticos. O objetivo é que, por meio deste estudo, seja
possível evidenciar gaps e oportunidades de pesquisa.
Este estudo tem como objetivo analisar a redução de custos, nos âmbitos logísticos e de matéria-
prima, por meio da inovação no projeto do produto: antenas/torres para redes de telefonia.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Alocação dos custos diretos e indiretos
relacionados à logística
APRESENTAÇÃO
Existem gastos gerais e específicos para cada setor, em cada estilo de negócio. Desse modo,
entende-se que a alocação correta desses custos dentro das empresas é importante para a gestão
de uma boa estratégia, visto que todas as organizações focam seus esforços na redução de
gastos, buscando evitar diminuição do faturamento e da rentabilidade, ou, ainda, o possível
fechamento da empresa.
Bons estudos.
DESAFIO
Um grande desafio apontado ao gestor está relacionado justamente com a alocação correta dos
custos diretos e indiretos da organização, e sua ênfase nos custos logísticos.
Na sequência, na alocação dos custos é importante pensar na separação adequada dos custos e
despesas para desenvolver uma estratégia assertiva no ciclo produtivo e, dentro do setor
contábil, alocar criteriosamente custo do quilômetro rodado, custo por caminhão, por transporte,
entre outros.
CONTEÚDO DO LIVRO
Segundo Novaes (2016), sob o ponto de vista de transportes, os custos logísticos são todos os
gastos relacionados às atividades de movimentação de matérias-primas e mercadorias de um
negócio, tais como a manutenção da frota, a armazenagem dos produtos, os gastos para
viabilizar o transporte e a folha de pagamento referente à contratação de motoristas.
Leia o capítulo Alocação dos custos diretos e indiretos relacionados à logística, da obra Gestão
de Custos, Riscos e perdas, base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura!
GESTÃO DE CUSTOS,
RISCOS E PERDAS
Introdução
Observa-se que, tanto em organizações relacionadas ao comércio quanto
em indústrias, existem gastos gerais e específicos para cada setor. Assim,
surge a necessidade de que cada setor elabore seu próprio planejamento,
para que a alta gestão compreenda e discuta de forma mais efetiva os
seus gastos e classifique-os corretamente. Dessa forma, o orçamento
pode ser alocado da forma apropriada e os recursos podem ser mais
bem direcionados.
Nota-se que a alocação adequada das despesas dentro das organiza-
ções é fundamental para a elaboração de uma boa estratégia, pois todas
as empresas focam seus esforços na redução de gastos, justamente para
evitarem a diminuição do faturamento e da rentabilidade ou, ainda, o
possível fechamento da empresa.
Diante do exposto, neste capítulo, você vai estudar a alocação ade-
quada relacionada à logística, que visa a gerenciar assertivamente os
gastos da empresa. Você vai verificar os conceitos de custos diretos e
indiretos e vai identificar os critérios de alocação dos custos diretos e os
critérios de rateio dos custos indiretos.
2 Alocação dos custos diretos e indiretos relacionados à logística
Definições iniciais
Os autores da área contábil afirmam que existem diferentes termos que no-
meiam e caracterizam as movimentações dos recursos de uma organização.
No entanto, os termos contábeis mais comuns, de acordo com Ribeiro (2017)
e conforme apresentado na Figura 1, são gasto, despesa e custo. Veja, a seguir,
o conceito de cada um desses termos.
Gasto: esforço financeiro que a empresa assume para obter bens (produ-
tos) ou serviços, relacionado à obrigação de entrega de ativos (geralmente
dinheiro). Gasto é um termo genérico, que pode representar tanto um
custo como uma despesa.
Despesa: gasto que incide na redução do patrimônio. É o bem ou serviço
consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receita.
Custo: gasto relacionado a um bem ou serviço empregado na produção
de outros bens ou serviços.
A alocação das despesas contribui para que a alta gestão identifique qual
setor está sendo mais lucrativo e qual está dando maior prejuízo, se for o caso.
Entende-se que a organização pode segmentar seus serviços com o objetivo
de melhorar o atendimento, direcionando-se especificamente para atender
às necessidades do cliente. Nesse caso, são desenvolvidos sistemas cujo foco
principal é o atendimento a clientes específicos.
Gonçalves (2013) observa que, em um serviço segmentado e diferenciado,
é possível deter-se facilmente sobre o nível de retorno rentável de cada cliente
e, ainda, avaliar se todos regularmente proporcionam algum tipo de lucro. Para
determinar esse ponto, existem, comumente, dados conjuntos relacionados a
gastos com transporte, armazenagem, estoques, entre outros. O autor salienta
que a baixa qualidade de informações pode comprometer a análise da coorde-
nação, fazendo com que esta considere, de um modo geral, todos os clientes
como rentáveis. Diante do exposto, a tomada de decisões será prejudicada por
informações estratégicas insuficientes ou inadequadas.
Na maioria das organizações, o setor contábil foca nas informações fiscais e
produtivas e, por isso, pode não analisar criteriosamente a distribuição de gastos,
esquecendo o custo de oportunidade e os critérios para avaliar a depreciação.
Ainda é observado, conforme Ribeiro (2017), que o plano de contas também
pode ser mal elaborado, misturando as despesas de diferentes categorias.
MC = PV – GV
onde:
MC = margem de contribuição;
PV = preço de venda;
GV = gastos variáveis.
MC = PV – GV
salários;
encargos sociais, como os encargos trabalhistas;
água, energia elétrica, telefone;
aluguel;
8 Alocação dos custos diretos e indiretos relacionados à logística
Alocação por custos diretos: sabe-se que, nessa forma de análise, são
priorizados os gastos diretos, que incidem diretamente sobre a produ-
ção e variam conforme ela varia. Na logística, por exemplo, pode-se
considerar o quanto cada caminhão afetou diretamente as operações
de produção e vendas e, depois, definir esse percentual no rateio de
custos. O valor financeiro aplicado em um veículo geralmente é focado
em combustível, manutenção, pneus e assim por diante.
Alocação por custos indiretos: nessa situação, o cálculo pode ser feito
aplicando-se parcelas proporcionais dos gastos indiretos sobre o valor
de cada produto. Destaca-se que eles são mais complicados de calcular.
Um critério que geralmente é aplicado para rateio é a remuneração
fixa dos empregados para fazer a distribuição dos gastos. Também
é possível calcular a margem de contribuição e extrair da fórmula os
valores associados às despesas indiretas.
Alocação dos custos diretos e indiretos relacionados à logística 9
Zanluca (2012) destaca que os custos diretos têm como característica serem
claramente mensuráveis de maneira objetiva. Eles são compostos por todos
os elementos de custo individualizáveis relacionados ao produto ou serviço;
10 Alocação dos custos diretos e indiretos relacionados à logística
distância;
dificuldades de acesso;
12 Alocação dos custos diretos e indiretos relacionados à logística
urgência de entrega;
tipos de carga.
A alocação correta das despesas relacionadas aos produtos, segundo Grant (2017),
envolve não só medir a sua rentabilidade, mas também a dos clientes. Desse modo,
entende-se que é possível aplicar indicadores de desempenho para avaliar a eficaz
participação de cada item no faturamento mensal, como a curva ABC.
Alocação dos custos diretos e indiretos relacionados à logística 13
ATRILL, P.; MCLANEY, E. Contabilidade gerencial para tomada de decisão. São Paulo:
Saraiva, 2017.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2015.
GONÇALVES, P. S. Administração de materiais: obtendo vantagens competitivas. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2013.
GRANT, D. B. Gestão de logística e cadeia de suprimentos. São Paulo: Saraiva, 2017.
NOVAES, A. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. 4. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. (Série em Foco).
VIANA, J. J. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 2012.
ZANLUCA, J. C. Manual de contabilidade de custos. Curitiba: Marp, 2012.
DICA DO PROFESSOR
Muitas empresas optam por repassar parte dos custos de entrega para os clientes e cobram uma
taxa de frete, que é acrescentada ao valor final das compras. Porém, essa decisão deve ser
avaliada criteriosamente para uma gestão mais eficaz do processo!
EXERCÍCIOS
D) Apropriação aos produtos – custos diretos e indiretos e ao nível de atividade – custos fixos
e variáveis.
2) Sabe-se que existe uma dificuldade gerencial na alocação dos custos de forma correta,
e saber alocar com assertividade é considerado uma estratégia a fim de que ela possa
continuar seu ciclo produtivo. Sendo assim, destaca-se que:
A) para desenvolver uma análise assertiva, é preciso uma avaliação do setor contábil.
B) o setor de produção é o mais adequado para gerenciar a avaliação dos custos logísticos.
C) a alocação dos custos de uma empresa deve ser feita pelo setor administrativo.
D) as empresas não alteram suas práticas operacionais em função da análise dos custos.
A) o tempo de entrega.
B) a estabilidade econômica.
C) as implicações dos custos operacionais para auxiliar uma melhor estratégia produtiva,
baseada no suporte financeiro.
E) os estoques que nem sempre são bem administrados, podendo gerar prejuízos.
4) O gestor precisa conhecer que nos custos diretos são priorizados os gastos diretos,
que incidem diretamente sobre a produção e variam conforme ela varia. Na logística,
por exemplo, pode-se citar como custos diretos:
A) Formação do preço de venda.
D) Curva ABC.
5) Na análise gerencial, o rateio dos custos indiretos por tipos de veículos aplica-se
principalmente na gestão de frota, para as organizações que têm frota própria. Neste
sentido, quando se trata de calcular frete, o tipo de veículo pode influenciar
consideravelmente, como, por exemplo:
B) um modelo maior pode transportar mais cargas e fazer mais entregas em uma só viagem.
NA PRÁTICA
Veja a seguir um estudo de caso em uma empresa do setor alimentício da região Sul do país:
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
A logística tem sido reconhecida como uma atividade relevante para o sucesso dos negócios.
Um elemento de sua avaliação encontra-se na gestão de custos decorrentes dessa atividade.
Diante disso, o objetivo deste estudo é investigar como ocorre a mensuração dos custos
logísticos em uma indústria gráfica que reestruturou sua área de logística. Veja o
desenvolvimento deste estudo.
Comércio tradicional versus comércio eletrônico: um estudo de caso sob o olhar da gestão
dos custos logísticos
O objetivo deste estudo é verificar como uma empresa brasileira de grande porte do setor
varejista efetua a mensuração e a análise dos custos logísticos, tanto das suas operações físicas
(comércio tradicional) quanto das suas operações virtuais (comércio eletrônico). Nota-se que
tanto as operações da loja virtual quanto as operações das lojas físicas compartilham da mesma
estrutura logística. Custos logísticos adicionais no comércio eletrônico são compensados pela
maior margem praticada nesse modelo de negócios. Veja esta análise.
Trata-se de um estudo de caso com o objetivo de apurar e demonstrar a estrutura dos custos
logísticos, mais especificamente, aplicando-se a análise no setor de transporte de uma empresa
especializada no setor de saúde animal e vegetal. Sendo assim, verificou-se que a movimentação
da empresa, no período analisado, apresentou que a terceirização seria a melhor opção,
resultando em um custeio menor do que o custo fixo do departamento. Certamente, conclui-se
que estudos dessa natureza contribuem e beneficiam as tomadas de decisões com o foco no setor
logístico. Veja as observações apontada pelos autores.
APRESENTAÇÃO
O planejamento ideal da rede logística sempre foi um grande desafio, pois não há uma fórmula
exata para o sucesso desse setor. Integrar o processo logístico com outros processos se torna
primordial para a empresa alcançar resultados positivos e se manter competitiva. Portanto, saber
distribuir bem os recursos logísticos e, principalmente, administrar bem os estoques são pilares
para garantir a saúde do negócio.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver um pouco mais sobre o projeto de rede logística,
além de conhecer os conceitos de posição de estoque e coordenação e, por fim, aprender
algumas boas práticas de alocação de recursos em logística.
Bons estudos.
DESAFIO
Canais de distribuição são os conjuntos de pessoas ou empresas interligadas que garantem que
determinado produto certo chegue ao destino final no momento certo. Há três tipos de canais de
distribuição que dominam o mercado: o direto, o indireto e o híbrido.
No Infográfico a seguir, você vai compreender como se dá o fluxo em cada um desses canais de
distribuição.
CONTEÚDO DO LIVRO
Você já refletiu sobre os desafios da logística no Brasil? Por se tratar de um país de dimensão
continental, as empresas são obrigadas a estudar e planejar a melhor localização para fábricas,
armazéns e centros de distribuição para o atendimento da demanda.
Para compreender melhor esse assunto, é essencial que você leia o capítulo Configuração da
rede logística, da obra Gestão de custos, riscos e perdas, no qual você vai estudar o projeto de
rede logística, conhecer os conceitos de posição de estoque e coordenação e, ainda,
aprender algumas boas práticas de alocação de recursos em logística.
Boa leitura.
GESTÃO DE
CUSTOS, RISCOS
E PERDAS
Isis Boostel
Configuração da
rede logística
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Há vários segredos para o insucesso de uma empresa; entre eles, pode-
mos destacar o mau gerenciamento de operações logísticas. O estoque,
quando não administrado de forma eficiente, gera gastos excessivos por
conta de compras realizadas acima do volume necessário e problemas no
atendimento ao cliente, dentre outros motivos. Vivemos em um mercado
cada vez mais disputado, em que as empresas devem enxugar ao máximo
seus custos operacionais, sem prejudicar a expectativa do cliente durante
o processo de compras.
Neste capítulo, você vai estudar o projeto de rede logística e vai ava-
liar o conceito de posição de estoque e coordenação. Por fim, você vai
identificar algumas boas práticas de alocação de recursos em logística.
Para saber mais sobre simuladores de operações logísticas, acesse o artigo disponível
no link a seguir, que apresenta soluções que melhoraram o desempenho dos processos
logísticos de empresas de transporte, armazenagem e movimentação de cargas,
operadores logísticos, portos, entre outras.
https://goo.gl/LpGC6W
Armazenagem
O processo de armazenagem costuma ser complexo, principalmente para
pequenas e médias empresas, que não contam com o aporte de investimentos
em máquinas, equipamentos e tecnologia para gerenciar um estoque. A má
gestão dos processos resulta em prejuízos e, muitas vezes, pode decretar a
falência de uma empresa.
Os custos de armazenamento são significativos para uma empresa. Além
do investimento elevado na construção da edificação, em compras de equi-
pamentos de movimentação e no software para gerenciamento do armazém,
existem os custos operacionais, que envolvem, principalmente, mão de obra
e manutenção da instalação e do maquinário, despesas com seguros, IPTU,
água, energia elétrica, limpeza e segurança.
A terceirização dos armazéns é uma boa saída, principalmente para as
empresas de menor poder de investimento em tecnologia e menor conhe-
cimento de gestão de um armazém. É uma boa opção até mesmo para as
grandes corporações; afinal, repassar a responsabilidade de distribuição para
um operador logístico especializado representa economia de recursos imobi-
lizados com estrutura física, máquinas, equipamentos e mão de obra. Além
disso, proporciona à empresa contratante a possibilidade de concentração de
recursos em setores mais estratégicos, como a produção.
Transporte
É imprescindível definir e monitorar o correto cumprimento da rota que o
meio de transporte deverá fazer, para assegurar que o tempo e a distância
percorrida sejam os menores possíveis, garantindo, assim, um menor custo com
o transporte de produtos. Esse procedimento é conhecido como roteirização e
visa a aperfeiçoar as entregas em função de uma série de informações impor-
Configuração da rede logística 9
A distribuidora Paulistana foi convidada a usar uma versão piloto do roteirizador Rota
Plan. Segundo Marcelo Camargo, responsável pelo setor de transportes da Paulistana,
a empresa aumentou em 25% o número médio de entregas por veículo e reduziu em
32% as entregas não realizadas por falta de tempo (MUNDO LOGÍSTICA, 2014).
Gestão de estoque
O bom gerenciamento do estoque proporciona maior confiabilidade no processo
de comercialização e distribuição de produtos e oferece informações relevantes
quanto ao giro de produtos no armazém e à previsão de demanda, com base
no histórico de saída dos produtos. Graças a essas informações, é possível
determinar o momento de adquirir e produzir novos produtos, ou até mesmo
finalizar a produção de um artigo que não ofereça rentabilidade para a empresa.
A má gestão de estoque é comum principalmente no varejo. Se a empresa
compra produtos em excesso, há um risco de que os produtos fiquem parados
no estoque, resultando em perda de validade para produtos perecíveis. Esse
produto pode também ficar obsoleto, ou seja, ultrapassado e, dessa forma,
não ser mais tão atrativo aos consumidores. Já no caso de compras em menor
quantidade, o resultado principal é a perda de vendas.
Os principais benefícios do bom gerenciamento de estoque são:
comum também obter dados sobre a avaliação dos clientes nas compras
realizadas por e-commerce. As redes sociais também são ferramentas
poderosas para avaliar a qualidade dos produtos e serviços ofertados.
Acesse o link a seguir para saber mais sobre como a marca de fastshop Renner investiu
em tecnologia para melhorar o seu desempenho logístico.
https://goo.gl/pnGuuj
Leituras recomendadas
CONHEÇA 5 melhores práticas de operação logística para adotar. Blog Logística, [s.l.],
26 jan. 2017. Disponível em: https://www.bloglogistica.com.br/mercado/conheca-5-
-melhores-praticas-de-operacao-logistica-para-adotar/. Acesso em: 21 fev. 2019.
DINO. Problemas na gestão de estoque podem causar falência de empresas. Exame,
Rio de Janeiro, RJ, 27 fev. 2018. Disponível em: https://exame.abril.com.br/negocios/
dino/problemas-na-gestao-de-estoque-podem-causar-falencia-de-empresas/. Acesso
em: 21 fev. 2019.
12 Configuração da rede logística
SEBRAE. Como definir os canais de distribuição do seu produto. Sebrae Nacional, Brasília,
DF, 4 out. 2016. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/
como-definir-os-canais-de-distribuicao-do-seu-produto,bfbe7e0805b1a410VgnVCM1
000003b74010aRCRD. Acesso em: 21 fev. 2019.
SOLUÇÃO aumenta produtividade de distribuidora. Revista Logística & Supply Chain,
São Paulo, SP, 2 mai. 2014. Disponível em: https://www.imam.com.br/logistica/noticias/
transportes/1781-solucao-aumenta-produtividade-de-distribuidora. Acesso em: 21 fev. 2019.
DICA DO PROFESSOR
Uma boa gestão de estoques possibilita a entrada correta de matéria-prima por meio do
planejamento de compras. Deve-se planejar a produção para garantir o fluxo de produtos.
Afinal, no que se refere ao estoque, é preciso administrar tanto a matéria-prima quanto os
produtos acabados.
Para ajudar nesse processo, existe o conceito de estoque de segurança. Veja na Dica do
Professor a importância de manter esse tipo de estoque.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
5) Diversos fatores devem ser levados em consideração quando uma empresa determina
a melhor forma de gerenciamento de um estoque. Dentre as alternativas abaixo,
indique a opção que se refere a uma boa prática na gestão do estoque.
B) Apenas quando a quantidade de produto em estoque for zerada, deve-se fazer novo pedido
para reposição.
C) Quanto maior for o fluxo de produtos em um estoque, maior será a quantidade de produtos
estocados.
NA PRÁTICA
Confira neste Na Prática por que a empresa Zara instalou um sistema de radiofrequência para
otimizar o gerenciamento de seu estoque.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
A maioria das organizações tem como jargão atender seus clientes na hora certa e com a
quantidade certa. De fato, para obter vantagem competitiva sólida, surge a necessidade de
agilidade e prontidão na distribuição das mercadorias. Diante desse contexto, a maior parte dos
estoques gera alguns benefícios que são importantes para melhorar o serviço ao cliente,
facilitando, inclusive, o suporte para a área de marketing concretizar as vendas e favorecendo a
economia de escala. Afinal, os custos são normalmente menores quando o produto é fabricado
continuamente e em quantidades constantes.
Bons estudos.
DESAFIO
Você sabe o que são os custos de estocagem? São todas as despesas que incidem sobre a
organização em função do volume de estoque mantido.
Alguns importantes autores como Viana (2012), Gonçalves (2013) e Dias (2015) observam que
a maioria das organizações concentram-se no atendimento aos seus clientes na hora certa e com
a quantidade certa. Então, para ser competitivo no mercado, os estoques devem ser bem
administrados.
No Infográfico a seguir você vai saber mais sobre os custos de manutenção dos estoques,
conhecimento indispensável para administrar corretamente esse setor da empresa.
CONTEÚDO DO LIVRO
Neste momento contemporâneo, o aumento da competitividade entre as empresas, faz com que
as organizações procurem constantemente manter-se ativas na busca de estratégias aplicadas ao
seu tipo de negócio. Desse modo, a busca pela redução dos custos em todos os níveis da cadeia
de suprimento passou a ser uma variável muito importante para obtenção de resultados positivos
de uma organização.
Para se fazer uma análise desses custos a fim de reduzi-los, Viana (2012), Gonçalves (2013)
e Dias (2015) salientam a importância do conceito de valor agregado, que representa o valor
adicionado ao produto, isto é, o valor da mão de obra direta, custo indireto e custo de estoque do
produto acabado que é agregado à matéria-prima no seu processo produtivo.
Boa leitura.
GESTÃO DE
CUSTOS, RISCOS
E PERDAS
Introdução
O gerenciamento dos custos de manutenção de estoque está diretamente
relacionado ao desempenho da empresa. No cenário atual, a busca pela
redução dos custos em todos os níveis da cadeia de suprimentos passou
a ser uma variável muito importante para a obtenção de resultados
positivos para a organização. A adequada gestão do estoque pode trazer
benefícios, como melhora do serviço prestado ao cliente, economia de
escala e maior precisão do setor de marketing, bem como proteção
contra mudanças de preços em períodos inflacionários, incertezas na
demanda e no tempo de entrega e contingências adversas. Além disso,
esse cuidado com o estoque agrega valor ao produto, no momento em
que o cliente recebe um melhor atendimento.
Neste capítulo, você vai estudar conceitos importantes relacionados
à correta análise dos custos dos estoques, identificando os custos de
estocagem e os seus riscos associados, bem como verificando os con-
ceitos de just in case (JIC) e just in time (JIT), bem como a composição do
custo total de estoque.
Viana (2012) também destaca outras razões para a existência dos estoques,
como as dificuldades de se ter os materiais em mãos no momento em que as
demandas acontecem e o benefício obtido em função das variações dos custos
unitários, principalmente em períodos inflacionários. Nesses períodos, a
manutenção de elevados estoques de materiais estratégicos poderá, em limites
ponderados, beneficiar as organizações.
4 Custos de manutenção do estoque
JIT JIC
Controle de perdas
Viana (2012) destaca que todos os tamanhos de empresas que possuem estoque
passam por um problema clássico: ao analisar os resultados do inventário de
mercadorias do estoque e conferir com os relatórios gerenciais, a coordenação
percebe que há uma diferença significativa entre o que consta no sistema e a
quantidade real. Trata-se das perdas de estoque.
Viana (2012), Gonçalves (2013) e Dias (2015), entre outros autores,
salientam que prevenir perdas de estoque é um importante controle também
para os pequenos empreendedores, principalmente porque eles trabalham
com quantidades menores de produtos e, muitas vezes, além do prejuízo,
também encontram dificuldades em não atender com presteza os seus
clientes.
Desse modo, destaca-se que a prevenção é um método de diminuir as
perdas com estoque. A seguir, são apresentados os principais fatores que
causam perdas e como preveni-las, conforme lecionam Viana (2012), Gonçalves
(2013) e Dias (2015).
Furtos
Os furtos, conforme menciona Viana (2012), podem ser cometidos tanto por
uma pessoa da equipe da empresa quanto por terceiros (parceiros que tenham
acesso ao ambiente de depósito e intrusos) e ocorrem quando há vulnerabilidade
de segurança e pouco controle de entrada e saída de mercadorias. Exemplo
comum: furtos de objetos pequenos que cabem em bolsos. Em uma empresa
de botões, por exemplo, houve casos de funcionários que saíam com botões
dentro de bolsos falsos nas calças. Esses botões depois eram revendidos sem
se observar os valores corretos e eram comprados por pessoas que corroboram
com esse mercado ilegal.
6 Custos de manutenção do estoque
Para gerenciar essa dificuldade, sugere-se que haja, por parte da organi-
zação, um controle do acesso tanto de pessoas internas quanto externas. Essa
é uma das formas mais eficientes de prevenção de furtos e pode ser feita por
meio de sistemas de segurança, com integração com catracas e monitora-
mento de vídeo. Além disso, é importante ter um controle rígido de estoque
para inibir ações de furto, uma vez que os funcionários se conscientizam de
que há contagem constante dos produtos no estoque. A realização periódica
de inventários, bem como o registro adequado de tudo o que é adquirido e
vendido, portanto, são ações fundamentais.
Avarias
Esta é uma situação muito comum em logística, conforme aponta Dias (2015).
As avarias acontecem quando um produto é danificado parcial ou integralmente.
Geralmente, o estrago acontece antes mesmo de a mercadoria chegar ao estoque,
durante o transporte e manuseio feito pelo fornecedor. Um exemplo comum:
transporte de luminárias e de vidros — itens que são facilmente danificados. Em
muitos casos, o seguro da carga chega a ser maior em função das avarias, ou,
ainda, existem transportadoras que não fazem o transporte de produtos frágeis.
Existem também casos em que os danos acontecem dentro da empresa, por
problemas de organização do espaço físico onde os produtos são estocados,
com exposição excessiva à luz solar ou a falta dela, por exemplo. Podem ocorrer
problemas como esse também devido à falta de equipamentos que facilitem
a localização e o manuseio dos produtos (carrinhos de carga, equipamentos
de transporte de paletes, entre outros).
Essa dificuldade pode ser administrada criando-se uma política de boas
práticas de manuseio de produtos em estoque e conferindo de forma minu-
ciosa os produtos recebidos do fornecedor. Também é importante investir em
equipamentos, para que a equipe empregue pouco esforço físico e concentre
sua atenção em não cometer erros que possam causar danos aos produtos.
Falhas gerenciais
Falhas operacionais
A seguir, complementando essa análise, você verá dois custos que Viana
(2012) aponta como importantes.
Custos de pedido
Custos de manutenção
Custo de capital
Custo de armazenagem
Custo de falta
Os custos de falta são as despesas que incorrem quando ocorre a falta de itens
após o pedido do cliente. Para o varejo, essa despesa também pode incluir
Custos de manutenção do estoque 15
Leitura recomendada
RITZMAN, L. P.; KRAJEWSKI, L. J. Administração da produção e operações. São Paulo:
Pearson, 2007.
DICA DO PROFESSOR
Você sabia que um erro operacional comum é a venda de produtos que entraram em estoque
depois, ou seja, deixar de lado produtos mais antigos e que podem ser perdidos devido ao prazo
de validade? Como não cometer esse ou outro erro que irá prejudicar a empresa?
Na Dica do Professor, saiba quais são esses itens e como colocá-los em prática.
EXERCÍCIOS
1) O just in time (JIT) é uma abordagem muito utilizada pelos gestores que procuram
trabalhar com estoques reduzidos. Já o just in case (JIC) aponta um estilo de
gerenciamento que se propõe a manter estoques maiores. Sob essa concepção, é
possível afirmar que:
D) as empresas não precisam gerenciar a cadeia de valor, pois ela se autogerencia por meio da
gestão de cada empresa individualmente.
D) Mesmo que os produtos sejam estocados por muito tempo, não passam do prazo de
validade e, mesmo que estejam acondicionados de forma errada, não estragam.
E) Estoques altos não ocupam grandes espaços, pois podem ser compactados.
5) Para gerenciar os estoques com mais eficácia, podem ser considerados os seguintes
custos de manutenção:
Na evolução dos estudos, foi possível perceber que, para uma empresa ser bem-sucedida, é
necessário que o gestor saiba como monitorar os custos dos seus estoques. Nesse contexto, é
fundamental que sejam estabelecidas as orientações organizacionais antes mesmo de definir os
processos e os métodos de uma determinada função ou um fluxo operacional.
Agora, você vai conhecer o caso da Sodexo Brasil. Veja como a gestão de estoques da empresa
trabalhou para manter a manutenção dos estoques sob controle.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
O artigo a seguir, produzido para o site Manutenção em Foco fala sobre os principais custos
para manter o estoque.
APRESENTAÇÃO
Muitas pessoas definem a palavra logística apenas como o transporte de produtos, porém, o
verdadeiro conceito abrange muito mais do que a movimentação de mercadorias. O Brasil é um
país de dimensões continentais e cabe ao governo investir ou atrair investidores em
infraestrutura para escoar e receber produtos. O custo com logística corresponde a uma
significativa parcela no custo final de um produto, portanto, uma logística bem gerenciada
representa uma grande ferramenta de competitividade, tanto no custo de vendas dos produtos
quanto na satisfação e no atendimento ao cliente.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá o conceito de logística. Além disso, verá
como a logística funciona no Brasil. Por fim, estudará os custos logísticos com o atual cenário
econômico brasileiro.
Bons estudos.
• Conceituar logística.
• Reconhecer o funcionamento da logística no Brasil.
• Relacionar custos logísticos com o atual cenário econômico brasileiro.
DESAFIO
O maior desafio da logística é garantir que o produto certo chegue ao cliente da forma mais
rápida possível e com o menor custo. Um dos segredos do sucesso na distribuição de produtos
está na excelência em gestão de estoque.
Você foi contratado por uma empresa que se encontra em um momento crítico.
Sendo assim, responda:
INFOGRÁFICO
Neste Infográfico, você vai ver as principais vantagens e desvantagens dos principais modais de
transporte utilizados no Brasil.
CONTEÚDO DO LIVRO
No capítulo Logística na economia atual, da obra Gestão de custos: riscos e perdas, base teórica
desta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar o conceito de logística e sua importância para
a economia de um país. Você também vai conhecer como a logística funciona no Brasil e em
que estágio de atuação ela se encontra em relação ao mundo.
Boa leitura.
GESTÃO DE
CUSTOS, RISCOS
E PERDAS
Isis Boostel
Logística na economia atual
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Conceituar logística.
Explicar como funciona a logística no Brasil.
Relacionar custos logísticos com o atual cenário econômico brasileiro.
Introdução
A logística é uma ciência complexa que envolve várias atividades ligadas
à armazenagem, ao estoque, à movimentação de cargas, aos transportes
e ao monitoramento de todos esses processos com o uso de diversas
tecnologias. Como nenhuma cidade é autossuficiente na produção de
todos os insumos e produtos para abastecer as necessidades dos con-
sumidores, faz-se necessária uma integração das atividades logísticas
em nível global.
Neste capítulo, você vai estudar o conceito de logística e sua impor-
tância para a economia de um país. Você também vai conhecer como a
logística funciona no Brasil e em que estágio de atuação ela se encontra
em relação ao mundo.
Conceito de logística
A logística é responsável pelo gerenciamento dos recursos utilizados para o
deslocamento de materiais do ponto A ao ponto B, ou seja, desde o recebimento
de matéria-prima até a destinação final dos artigos produzidos. Portanto, a
logística envolve operações de compras, armazenamento, transporte e dis-
tribuição. Segundo Ballou (2010), a logística trata de todas as atividades
que facilitam o fluxo de produtos, assim como os fluxos de informação, que
colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis
de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.
2 Logística na economia atual
Transporte rodoviário
O modal rodoviário é responsável por mais de 60% do escoamento de carga no
país. Ele tem como vantagem poder transportar uma carga de ponta a ponta sem
a necessidade de intercalar outro modal de transporte. Segundo o Ministério da
Infraestrutura, em 2017, o Brasil detinha 1.563,6 mil quilômetros de rodovias.
Em distâncias de até 500 quilômetros, esse modal se mostra bastante
competitivo, e, como temos uma grande malha rodoviária, fica mais fácil
o deslocamento de cargas. No entanto, segundo estudos da Confederação
Nacional de Transporte (CNT) de 2018, mais de 40% das rodovias apresentam
algum tipo de problema em relação à condição e à segurança da via (CNT,
2018a). Outro aspecto que vale destacar é o volume de cargas; nesse modal,
não é possível transportar grandes volumes. Portanto, ele ainda é considerado
um modal mediano em relação a custo e competitividade.
Transporte ferroviário
O modal ferroviário representa mais de 21% do volume de cargas transportado
no Brasil. Ele é considerado um modal com valor de frete baixo, já que é pos-
sível locomover grande volume de carga. Infelizmente, no país, a quantidade
de malha ferroviária é bem inferior à de malha rodoviária; de acordo com a
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) (BRASIL, [2015]), o
Brasil conta com 30,576 mil quilômetros de ferrovias, contra mais de 1,5 milhão
de quilômetros de rodovias, segundo pesquisa da CNT (2018a). O número
de ferrovias, aliado ao maior tempo de deslocamento de carga, coloca esse
modal em 2º lugar em representatividade no deslocamento de cargas no país.
Transporte dutoviário
O modal dutoviário é caraterizado pelo grande volume de insumo transportado,
pois sua operação acontece 7 × 24 (7 dias por semana e 24 horas por dia).
De acordo com o site da ANTT, a dutovia tem como características a baixa
flexibilidade — pois não podemos alterar o tipo de produto transportado, como
ocorre em outros modais —, a agilidade e a segurança (BRASIL, [2015]).
10 Logística na economia atual
Transporte aquaviário
O Brasil tem uma grande vantagem quanto ao modal aquaviário, pois detém
8,5 mil quilômetros navegáveis de costa. Essa condição permite que o Brasil
faça grande uso desse modal para as operações de exportações e importações
de suas cargas pelo mar.
Como vantagens desse modal, podemos destacar o grande volume e a
variedade de cargas para transporte e, consequentemente, um valor mais
competitivo de frete, quando comparado ao modal rodoviário. No entanto,
quando analisamos o quesito tempo, esse modal tem desvantagem em relação
aos modais aéreo e rodoviário. Além disso, um dos grandes problemas rela-
cionados a esse modal é a infraestrutura dos portos brasileiros — não temos
capacidade instalada para receber grandes cargueiros.
Transporte aéreo
O transporte aéreo é considerado o modal mais veloz em detrimentos dos
outros. Essa é uma grande vantagem — imagine quantas cargas precisam ser
movidas com rapidez para atender aos requisitos dos clientes. No transporte
de passageiros, temos visto crescer mundialmente o número de empresas de
transporte aéreo de baixo custo, que permitem maior acesso das pessoas a
esse modal. Nas cargas, ele é geralmente usado para documentos, frutas, joias,
dentre outros produtos. Sua vantagem na velocidade não é representada no
custo, já que este é o modal com maior valor de operação, tendo em vista o
menor volume de cargas que pode transportar.
De acordo com o estudo do plano de transporte da CNT (2018b), para que o
país atue de forma integrada no transporte, faz-se necessário um investimento
de 1,7 trilhão nos modais e terminais de armazenagem e movimentação de
cargas. As regiões Sul e Sudeste ainda são as áreas mais bem servidas no que
tange à estrutura de rodovias e portos. No entanto, há muito o que se fazer
para resolver problemas ligados à infraestrutura das regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste, essa última altamente produtiva em commodities e que necessita
escoar o insumo de forma mais rápida e com menor custo.
Logística na economia atual 11
Vale a pena ressaltar que países como Rússia, Estados Unidos e China, que
apresentam dimensões geográficas parecidas com o Brasil, apresentam uma
distribuição de cargas nos modais de forma diferente, conforme aponta a Figura 8.
Você pode perceber que a matriz de transporte brasileira, pela sua dimensão
geográfica, poderia ter o seu fluxo de mercadorias diluídos em modais que
representam menor custo de operação, como o ferroviário e o aquaviário. O
custo logístico do Brasil deve ser ponto de atenção do governo e da iniciativa
privada, pois, para que o País seja competitivo, ele precisa ter uma infraestru-
tura condizente com os padrões internacionais e um custo logístico em nível
de comparação de economias que apresentam dimensões geográficas como a
nossa. Deficiências ligadas à infraestrutura logística no país fazem com que
nosso custo para escoar a mercadoria seja muito alto.
O Brasil, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (BRA-
SIL, 2018b), teve uma das maiores safras de soja, o que o coloca como maior
produtor do grão no mundo. De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços (MDIC), em 2018, a balança comercial brasileira apresentou
superávit comercial, isto é, a diferença entre exportação e importação teve
14 Logística na economia atual
CNT. Anuário CNT do transporte 2018: estatísticas consolidadas. Brasília, DF, 2018b. Dis-
ponível em: http://anuariodotransporte.cnt.org.br/2018/. Acesso em: 14 fev. 2019.
CNT. Pesquisa CNT de rodovias 2018. Brasília, DF, 2018a. Disponível em: http://pesquisa-
rodovias.cnt.org.br/. Acesso em: 14 fev. 2019.
NOVAES, A. G. (org.). Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia,
operação e avaliação. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
PANORAMAS ILOS. Custos logísticos no Brasil. Brochura em PDF. ILOS, Rio de Janeiro, RJ,
[2017]. Disponível em: http://www.ilos.com.br/DOWNLOADS/PANORAMAS/Nova_Bro-
chura%20_CustosLog2017.pdf. Acesso em: 14 fev. 2019.
PORTER, M. E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior.
Rio de Janeiro: Campus, 1989.
Leituras recomendadas
BRASIL. Safra de grãos: Brasil deve virar maior produtor mundial de soja no mundo em
2018. Governo do Brasil, Brasília, DF, 10 mai. 2018. Disponível em: http://www.brasil.gov.
br/noticias/economia-e-financas/2018/05/brasil-deve-virar-maior-produtor-mundial-
-de-soja-no-mundo-em-2018. Acesso em: 14 fev. 2019.
CUSTOS logísticos no Brasil: edição 2017. ILOS, Rio de Janeiro, RJ, [2018?]. Disponível
em: http://www.ilos.com.br/web/analise-de-mercado/relatorios-de-pesquisa/custos-
-logisticos-no-brasil/. Acesso em: 14 fev. 2019.
CUSTOS logísticos. ILOS, Rio de Janeiro, RJ, [2019]. Disponível em: http://www.ilos.com.br/
web/solucoes-por-tema/solucoes-por-tema-custos-logisticos/. Acesso em: 14 fev. 2019.
FDC. Núcleo de Logística, Supply Chain e Infraestrutura. Custos logísticos no Brasil
2017. Apresentação em PDF. Brasília, DF, 2017. Disponível em: https://www.fdc.org.br/
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pdf. Acesso em: 14 fev. 2019.
SANTOS, G. Gastos com logística consomem 12,37% do faturamento das empresas. Veja,
São Paulo, 19 abr. 2018. Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/gastos-com-
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WORLD BANK GROUP. Doing business 2018: reforming to create Jobs. 15. ed. Washington
DC: World Bank, 2018. Disponível em: http://portugues.doingbusiness.org/content/
dam/doingBusiness/media/Annual-Reports/English/DB2018-Full-Report.pdf. Acesso
em: 14 fev. 2019.
DICA DO PROFESSOR
A boa gestão de custo é vital para a sustentabilidade de um negócio. O Brasil é um país que
oferece barreiras para o bom andamento dos processos logísticos, pois a infraestrutura para a
distribuição dos produtos necessita de uma maior atenção, além de investimentos imediatos.
Nesta Dica do Professor, você vai ver como a logística e seus custos são importantes na
competitividade do Brasil no mercado internacional.
EXERCÍCIOS
Das alternativas a seguir, qual indica uma atividade de apoio da cadeia de valor?
A) Operações.
B) Aquisição.
C) Marketing e venda.
D) Logística interna.
E) Logística externa.
D) Ações que aumentem a performance dos produtos e serviços quando do uso de tecnologia.
C) A segunda fase é definida pela mudança na oferta de produtos com variação de cores e
modelos.
4) Um estudo feito pelo instituto Ilos em 2016 mostra que o Brasil apresenta um grande
desequilíbrio quanto ao uso de sua matriz de transporte.
De acordo com esse estudo, assinale a alternativa correta.
D) O custo do modal rodoviário é o menor, por isso a maioria dos produtos é distribuída por
meio desse modal.
5) Outra pesquisa realizada pela Ilos relaciona o custo logístico em relação ao Produto
Interno Bruto (PIB).
A Natura é uma das maiores empresas de cosméticos no Brasil, a qual distribui produtos por
todo o território nacional, além da América Latina, portanto, o sucesso dos processos logísticos
é fundamental para a satisfação dos clientes.
Neste Na Prática, você vai ver o caminho percorrido pelos produtos da Natura, desde o
fornecimento da matéria-prima até o consumidor final.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Neste vídeo você vai ver a opinião de especialistas sobre investimentos na infraestrutura
logística brasileira.
Veja a seguir como o uso da ferrovia não é o diferencial entre o transporte brasileiro e o
europeu.