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AUTORIA:
José Machado Resende – Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de
Goiás; Bacharel em Direito pela UNI-Anhanguera; Corretor de Imóveis; Especialista em
Ciências Imobiliárias pela Universidade Estácio de Sá; Pós-graduado em Docência
Universitária pela Universidade Salgado de Oliveira; Advogado militante nas áreas de
Direito Civil, com ênfase em Direito Imobiliário e Empresarial; Professor do Instituto
Solus; Autor do livro Operações Imobiliárias, AB Editora, 2001; Árbitro da 8ª. Corte de
Conciliação e Arbitragem de Goiânia; Presidente da 1ª. Câmara Julgadora do Conselho
Regional dos Corretores de Imóveis da 5ª. Região. Membro da Comissão de Direito
Imobiliário Urbanístico da OAB/GO.
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CONTRATOS
EMENTÁRIO: Teoria geral dos contratos e dos contratos em geral. As várias espécies de
contratos, classificação. Formação dos contratos. Efeitos Particulares do Contrato.
Interpretação dos Contratos. Alteração e Extinção dos Contratos. Da Compra e Venda de
Bens Imóveis. Cláusulas Especiais da Compra e Venda. Particularidades de Certos
Contratos de Compra e Venda. Compromisso de Compra e Venda ou Pré-Contrato.
Requisitos da Compra e Venda e do Compromisso de Compra e Venda. Modelos de
Contratos de Compromisso de Compra e Venda.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
AZEVEDO, Álvaro Villaça. Teoria Geral das Obrigações. São Paulo: RT, 2001.
DINIZ, Maria Helena. Tratado Teórico e Prático dos Contratos. 5 vols. SP: Saraiva, 2003.
FIÚZA, Cezar, Direito Civil – Curso Completo. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.
FRANCO, Antonio Celso Pinheiro e Franco, Celina Raposo do Amaral Pinheiro. Prática de
Contratos e Instrumentos Particulares. São Paulo: RT, 2010.
GOMES, Orlando. Contratos. Rio: Forense, 2000.
LOTUFO, Renan, Código Civil Comentado, vol.3. São Paulo: Saraiva, 2003.
PARIZATTO, João Roberto. Manual de Prática dos Contratos. São Paulo: 2010.
PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituições de Direito Civil, vol. III. Rio: Forense, 2005.
RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. Rio: Forense, 2005.
TEPEDINO, Gustavo. Obrigações e Contratos, 6 vols. São Paulo: RT, 2011.
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3.3f Contratos Instantâneos e Continuados
3.g Contratos Paritários e por Adesão
4. Efeitos Particulares do Contrato
4.a Arras
4.b Vícios Redibitórios
4.c Evicção
5. Da Interpretação dos Contratos
6. Da Alteração e Extinção dos Contratos
7. Da Compra e Venda de Bens Imóveis
8. Das Cláusulas Especiais da Compra e Venda
8.a A Retrovenda
8.b Preempção ou Preferência
9. Particularidades de Certos Contratos de Compra e Venda
9.a Aquisição de Imóveis por Estrangeiros
9.b Venda de Ascendente a Descendente
9.c Incapacidade Especial ou Impedimento para Comprar
9.d Venda “ad corpus” e “ad mesuram”
10. Compromisso de Compra e Venda ou Pré-Contrato
11. Requisitos da Compra e Venda e do Compromisso de Compra e Venda
12. Da Cláusula Compromissória
13. Proposta
14. Responsabilidade do corretor perante o Código Civil
15. Responsabilidade do corretor perante o Procon
16. Modelos de Contratos de Compromisso de Compra e Venda
1.- NOÇÕES
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Os contratos devem ser reconhecidos pela norma jurídica, para que
assim, possam surtir seus efeitos entre as partes neles envolvidas. De natureza
patrimonial temos como exemplos a compra e venda, a permuta, a contratação
de serviços para execução de uma obra, etc. São exemplos de contratos de
natureza não patrimonial, o casamento, as sociedades de fins filantrópicos e
todas aquelas que não têm uma conotação pecuniária.
A capacidade – requer agente capaz, entendido este como todo aquela pessoa
(física ou jurídica) dotado de personalidade jurídica e apta a adquirir e exercer
direitos e cumprir obrigações e que, por razões de ordem moral ou de ordem
pública não encontrem impedidos de fazê-los. Com efeito, não permite a lei
que, diretamente, participem de uma relação contratual os incapazes a não ser
quando representados ou assistidos conforme o caso, assim como aquelas
pessoas que, por enfermidade ou deficiência mental e psíquica, não são
capazes de fazer o discernimento dos atos praticados.
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tanto, necessário sua individualização ou que contenha os elementos capazes
de ser individualizado desde sua celebração e concretizado quando de seu
cumprimento.
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O instrumento público, dá-se naqueles contratos em que a lei, para
reconhecer a sua eficácia, exige uma forma especial ou solene, tendo como
objetivo, garantir a sua autenticidade, confiabilidade e validade com relação a
terceiros, perpetuando documentalmente o que foi avençado. São exemplos de
contratos que obrigatoriamente têm de ser celebrados por instrumento público:
contratos translativos de direitos reais; contratos antenupciais.
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Para o exercício deste poder deverão ser observados os princípios gerais
que regem os contratos, tais sejam:
I) unilaterais e bilaterais;
II) gratuitos e onerosos;
III) comutativos e aleatórios;
IV) consensuais, formais e reais;
V) nominados e inominados;
VI) instantâneos e continuados;
VII) paritários e por adesão.
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Como já frisado, existem muitas formas de classificação dos contratos,
segundo a esfera do direito e da ótica em que se deseja estudá-los. Por
exemplo, podem ser divididos em contratos públicos (que envolvem somente
entes de direito público) e contratos privados (que envolvem pessoas de direito
privado, tanto pessoa física como pessoa jurídica). Também, podem os
contratos ser classificados em razão dos seus objetivos. Neste caso teremos os
contratos que se classificam quanto:
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“Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a
recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou desempenhe
certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido.
“Art. 855. Quem quer que, nos termos do artigo antecedente, fizer o serviço,
ou satisfizer a condição, ainda que não pelo interesse da promessa, poderá
exigir a recompensa”.
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poderá a parte inocente se precaver, conforme prescrevem os artigos 476 e
477 do Código Civil:
“Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes
contratantes diminuição em seu patrimônio, capaz de comprometer ou tornar
duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à
prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê
garantia bastante de satisfazê-la.
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do que foi acordado, não se podendo antecipar o montante da prestação que
receberá em função que foi fornecido. Depende de um risco futuro e incerto. O
acontecimento futuro é que irá determinar a perda ou ganho para uma das
partes. Exemplo: No contrato de seguro de veículo, o segurado poderá vir a
receber determinada indenização se ocorrer algum sinistro com o caro
segurado. Entretanto, nada acontecendo, a seguradora teve um ganho porque
nada FOI despendido durante a vigência do contrato, que só pode ser assim
considerado, após expirado o último minuto do prazo de vigência da apólice
objeto do contrato.
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3.e - CONTRATOS NOMINADOS E INOMINADOS
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certa quantidade de mercadoria a ser entregue mensalmente, sendo entretanto
o pagamento feito antecipadamente.
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Como bem acentua César Fiúza “Tarefa árdua é conceituar o instituto
das arras, porque podem não desempenhar o mesmo papel no desenvolvimento
de uma relação obrigacional” (obra citada, pág. 357).
Vejamos algumas definições:
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uma das partes não o cumprir, poderá a outra o direito de desfazer o
negócio e retendo as arras ou exigindo a sua devolução, conforme
preceitua o artigo 418:
“Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por
desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá
quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o
equivalente ............”
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c) Seres vivos: A compra de um touro com fins de reprodução e que na
verdade era estéril.
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Constatada a existência do vício na coisa adquirida, pode o
adquirente rejeitar a coisa ou reclamar abatimento do preço. É a garantia dada
pelo art. 442: “Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode
o adquirente reclamar abatimento no preço”. Esta alternativa se faz através de
ações diferentes, sendo uma chamada “redibitória” e a outra “quanti minoris”.
§ 1º. Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o
prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo
de 180 (cento e oitenta) dias, em se tratando de bens móveis; e de 1 (um)
ano, para os imóveis
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Assim como o alienante tem o dever de entregar a coisa vendida, tem
também a obrigação de garantir ao comprador, o uso e gozo, defendendo-o
contra a pretensão de terceiros quanto ao domínio da coisa vendida,
resguardando-o dos riscos da evicção, uma vez que, pode acontecer que o
adquirente venha a perder a propriedade ou a posse do bem, seja total ou
parcialmente, em decorrência de uma decisão da justiça, e tendo como
fundamento uma causa anterior. Daí resulta a definição de evicção como
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“Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se
der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não
soube do risco da evicção, ou, dele informado, o não assumiu”.
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Pode ocorrer que as partes, por livre negociação ou acordo, resolvam
que além das cláusulas usuais, outras sejam inseridas para aumentar, diminuir
ou transferir algum tipo de obrigação ou responsabilidade. Vejamos alguns
exemplos:
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VII – assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do
tabelião ou seu substituto legal, encerrando o ato
Sendo o contrato uma declaração de vontade das partes, exige que essa
manifestação seja feita de forma clara e precisa. Entretanto, nem sempre isso
acontece, pois muitas vezes as palavras são mal colocadas dentro do texto, não
exprimindo com fidelidade o que se pretendeu efetivamente avençar.
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“quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou
contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao
aderente”.
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12) no que concerne ás cláusulas do contrato, estas deverão ser interpretadas uma pelas
outras, quer sejam seguintes umas ás outras, isto é, dever-se-á considerá-las em
conjunto e não isoladamente (RF, 86:113; RT, 147:194; AJ, 61:253);
13) nas cláusulas inscritas nas condições gerais do contrato, formulada por um dos
contratantes, como ocorre nos contratos por adesão, interpretar-se-á, havendo
dúvida, em favor do aderente (RT, 237:654, 546:106; AJ, 105:375; RF, 90:681);
14) nos contratos gratuitos, a interpretação deve proceder-se no sentido de faz nos
contratos gratuitos, a interpretação deve proceder-se no sentido de fazê-lo o menos
pesado possível para o devedor, e, nos onerosos, no de alcançar um equilíbrio
eqüitativo entre os interesses das partes;
15) na dúvida sobre gratuidade ou onerosidade do contrato, presumir-se-á esta e não
aquela (AJ, 88:291);
16) nas convenções que tiverem por objeto uma universalidade de coisas,
compreendem-se nela todos os bens particulares que a compõem, mesmo aqueles de
que os contraentes não tiverem conhecimento;
17) nos contratos que contiverem expressões que de modo algum possam ter qualquer
sentido, estas deverão ser rejeitadas como se nunca tivesse sido escritas;
18) nas cláusulas expressas no plural, dever-se-á entender, ás vezes, que se decompõem
em cláusulas singulares;
19) no contrato de locação que apresentar dúvidas, será mister resolve-las contra o
locador (RT, 200:306, 204:173);
20) na dúvida entre cláusula impressa e datilografada, prevalecerá a segunda;
21) na hermenêutica contratual, não há recurso extraordinário, apesar do contrato
produzir entre as partes efeitos idênticos aos da lei, porque a indagação da vontade
dos contraentes é mera questão de fato (Súmula 454 do SFT; RF, 139:170, 141:184;
AJ, 110:157, 120: 337);
22) no contrato, dever-se-á interpretar contra o estipulante que, podendo ser claro, não o
foi (RT,178:277, 182:283 , 185:839 , 194;709, 214:436; RF, 147:262);
23) no contrato, a melhor interpretação é a que atende á conduta dos contraentes, ou
seja, ao modo pelo qual eles o vinham executando anteriormente, de comum acordo,
pois a observância do ato negocial é uma das melhores formas de demonstrar a
interpretação autêntica da vontade das partes, servindo de guia para solucionar as
dúvidas levantadas por qualquer delas (RT, 166:815; RF, 82:138);
24) no contrato seguido de outro, que modifica parcialmente, a interpretação deverá
considerar ambos como um todo orgânico (AJ, 88:455);
25) na interpretação em que o juiz possa entender como inválida certa cláusula do
contrato de locação estandardizado, o contratante terá de demonstrar que ela
contraria sua intenção inequívoca em sentido oposto (RT, 494:143);
26) na cláusula suscetível de dois significados, interpretar-se-á em atenção ao que pode
ser exeqüível;
27) o contrato por adesão deve ser interpretado contra aquele que estipulou (RT,
546:106)
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Uma vez firmado o contrato, pode ocorrer que em sua vigência surjam
fatos que justificam a sua alteração, sem entretanto invalidar a sua eficácia.
São exemplos:
b) Pode ocorrer por força de lei, como no contrato de locação, em que a lei
prorroga por prazo indeterminado o contrato por prazo determinado e
que uma vez vencido, não há a manifestação das partes;
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todavia, que a parte causadora do dano, aceite a rescisão amigável do contrato,
dispensando dessa forma o caminho judicial quando então ocorre a resilição.
Código Civil. Art. 473. “A resilição unilateral, nos casos em que a lei
expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à
outra parte”.
Código Civil. Art. 475. “A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a
resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em
qualquer dos casos, indenização por perdas e danos”.
Código Civil. Art. 476. “Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes,
antes de cumprida sua obrigação pode exigir o implemento do outro”.
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O SUBCONTRATO
Para Galvão Telles “há um contrato celebrado entre duas pessoas, que
chamaremos primeiro e segundo contraente. Depois, o segundo contraente, à
sombra dos poderes que lhe confere o contrato anterior, celebra um novo
contrato. Este segundo contrato diz-se subcontrato” (Manual dos Contratos em
Geral, Coimbra Editora, 1965).
A compra e venda de bem imóvel é um contrato, pelo qual uma das partes
se obriga a transferir o domínio de determinado imóvel, e a outra, a pagar-lhe
o preço devido. Daí temos que a compra e venda é um contrato em que além
dos seus três elementos essenciais – o bem, o preço e o consentimento, deve
também ser:
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Além das conseqüências principais do contrato, que são a obrigação do
vendedor de entregar o bem, e a do comprador, que é o de pagar o preço, o
contrato de compra e venda traz ainda certas conseqüências secundárias ou
acessórias e impostos por lei quando se trata de imóveis, no sentido de dar
maior segurança para ambas as partes. Assim, o vendedor tem a obrigação de
entregar o bem vendido acompanhado de seus acessórios e pertences, de
responder pela evicção, pelos vícios redibitórios, pela conservação do imóvel
até a sua entrega ou até a data em que o mesmo ficou á disposição do
comprador.
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Quanto ao contrato propriamente dito, além da legislação especifica
para as escrituras, vem também disciplinando nos artigos 481 e seguintes do
Código Civil.
a) A retrovenda;
b) A preempção;
8.a – RETROVENDA:
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A retrovenda é disciplinada pelo Código Civil, nos artigos 505 a 508 e
que consiste em reconduzir os contratantes a uma situação anteriormente
existente ao contrato. A retrovenda é exclusiva nas operações imobiliárias, não
sendo admitida em nenhuma outra forma de contrato. Pode ser definida como
um pacto, inserido no contrato, como cláusula, pela qual o vendedor se reserva
o direito de recobrar, em certo prazo, o imóvel que vendeu, restituindo o
preço, mais as despesas feitas pelo comprador, considerando estas como as
despesas de escritura, registro impostos e o valor das benfeitorias, até o limite
da valorização que essas benfeitorias trouxeram ao imóvel.
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Disciplinada nos artigos 513 a 520 do Código Civil, a preempção,
também chamada de direito de preferência, tem como objetivo garantir a
preferência do vendedor em readquirir o bem vendido quando o comprador se
dispuser a vendê-lo. Naturalmente que esse direito em adquirir o imóvel no
caso de ser colocado á venda tem um tempo limite.
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A lei 5.709/71 regulada pelo Decreto 74.965/74, cuidam exclusivamente
desse assunto, cuja preocupação primordial é impedir ou limitar a ocupação
indiscriminada de imóvel rural, resguardando tão somente os interesses
nacionais na defesa de seu território, na justa distribuição da propriedade e na
sua efetiva produção.
O Art. 3º da Lei 5.709 diz que nenhuma pessoa física estrangeira poderá
adquirir imóvel rural com área superior a 50 módulos de exploração
indefinida, em área contínua ou descontínua e, o Art. 5º referindo-se ás
pessoas jurídicas só admite a aquisição quando os imóveis rurais destinam-se
implantação de projetos agrícolas, pecuários, industriais ou de colonização,
vinculados aos objetivos estatutários.
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9.b – VENDA DE ASCENDENTE A DESCENDENTE:
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I) pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens
confiados à sua guarda ou administração;
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abatimento do preço, proporcional aos 10m2 que faltaram. Tal princípio se
aplica em imóveis urbanos, rurais, construídos e qualquer outro, cuja medida
conste do contrato.
A venda “Ad Corpus” por sua vez é aquela em que a coisa é vendida tal
como foi vista e aceita pelo comprador, sendo as medidas meramente como
caracterizadoras. Diz o parágrafo 3º do art. 500 que:
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MODELO DE CLÁUSULA AD MENSURAM
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O compromisso contém os mesmos elementos da compra e venda,
porém, por alguma situação de conveniência ou impossibilidade temporária,
os contratantes não efetuam de imediato o contrato definitivo. O compromisso
de compra e venda gera uma obrigação de dar, que é a entrega do imóvel e
assumida pelo vendedor no momento da assinatura do contrato; uma
obrigação de fazer, que é a conclusão do contrato com a transmissão do
domínio que se caracteriza pela escritura registrada; e, uma vez inscrito, gera
um direito de entrar com ação para a adjudicação compulsória, obtendo assim
os direitos reais e a posse do mesmo para usa-lo e fruí-lo. Vale ressaltar o teor
dos artigos 639 e 641 do Código de Processo Civil:
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O compromisso de compra e venda poderá ser celebrado por
instrumento público ou particular, entretanto, a eficácia dos direitos
prometidos ou cedidos e contra terceiros está condicionada á sua inscrição no
registro imobiliário, devendo ainda, revestir-se de forma escrita e contendo
todas as cláusulas previstas em lei quanto ás partes e ao imóvel exigidas para o
contrato definitivo de compra e venda (escritura).
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Quitado ou com algum tipo de gravame ou ônus (financiamento, hipoteca, usufruto, etc)
Permutas simples
Permutas de terreno por área construída
Objetos de contratos:
Casas
Apartamentos
Lotes
Áreas
Geminados, etc
I - COMPRADOR:
Nome completo e do cônjuge quando for casado
Estado civil, Nacionalidade, Profissão
Endereço residencial ou comercial
Carteira de Identidade; CPF
II - VENDEDOR:
Os mesmos dados do comprador
IV - SUBSTABELECIMENTO:
Os mesmos dados da procuração (observar se a procuração confere direitos
de substabelecer)
V - DESCRIÇÃO DO IMÓVEL:
Descrição com suas características principais (medidas, áreas, benfeitorias,
etc)
Endereço completo do imóvel objeto do contrato
VI - DOCUMENTOS DE PROPRIEDADE:
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Número da matrícula e do registro
Zona da circunscrição onde o imóvel está matriculado
Se é livre e desembaraçado de ou se é gravado com ônus (havendo ônus ou
gravame, constar o nº do registro ou da averbação)
VII - GRAVAME:
Havendo gravame, pormenorizar o tipo de ônus (prazo, encargo mensal,
data do gravame, forma de transferir o gravame para o adquirente,
favorecido ou agente financeiro)
IX - TRANSMISSÃO:
Da posse (se vinculada a algum pagamento ou cumprimento de outra
obrigação)
Se é de imediato ou futuro
Do domínio (data e requisitos em que será transmitido)
X - ACESSÓRIOS:
Detalhar os acessórios que acompanham o principal (benfeitorias,
equipamentos, etc)
XI - EVICÇÃO DE DIREITOS:
A venda deve ser sempre boa, firme e valiosa, respondendo o vendedor
pela evicção de direitos, salvo se, expressamente houver a renúncia deste e
a concordância do comprador.
XII - CERTIDÕES:
Declaração do vendedor de que é senhor e legítimo proprietário a justo
título (ou o equivalente quando não tiver o domínio pleno)
Responsabilidade do vendedor para que as certidões sejam negativas
(constar quem arcará com o ônus financeiro para que as mesmas sejam
tiradas junto aos órgãos respectivos)
XIII - DESPESAS:
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Quem arcará com as despesas de escritura, registro e imposto de
transmissão (Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura,
registro e imposto a cargo do comprador)
Quem pagará a comissão de corretagem pela intermediação do negócio.
XIV - MULTAS:
Pelo desfazimento de negócio (se houver essa hipótese prevista no
contrato)
Por inadimplência no cumprimento de qualquer obrigação
Por execução do contrato
XV - FECHAMENTO:
As declarações usuais (foro para resolver as questões oriundas do contrato)
Local da assinatura do contrato (cidade e estado)
Data da assinatura (dia, mês, ano)
12 - DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA
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competente para solucionar eventuais descumprimento de obrigações
celebradas.
Detalhe importante e que muitas vezes traz sérios transtornos para a parte
postulante refere-se à necessidade da assinatura do aderente na própria
cláusula que institui a arbitragem. Nem sempre tal princípio é observado. A
conseqüência prática dessa ausência da assinatura é que, caso seja feita a
reclamação junto à Corte Arbitral, a parte reclamada não está obrigada a
comparecer na audiência de conciliação e ainda, mesmo que compareça, pode
recusar a instituição do juízo arbitral. Disto resulta que a reclamação será
extinta e o reclamante obrigado a buscar as vias judiciais normais na busca de
sua pretensão.
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comparecimento se der por parte do autor, sem justo motivo, o processo será
extinto sem julgamento do mérito.
13 – PROPOSTA
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jurídico, o contrato se forma quando o oblato (aquele que recebeu a proposta)
confirma a sua aceitação.
14 - RESPONSABILIDADE DO CORRETOR
PERANTE O CÓDIGO CIVIL
Art. 722 – Pelo contrato de corretagem, uma pessoa não ligada a outra em virtude de
mandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a
obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas.
Parágrafo Único – Sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao
cliente todos os esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio, das alterações
de valores e de outros fatores que possam influenciar nos resultados da incumbência
(Incluído pela Lei n° 12.136, de 2010).
Art. 724 – A remuneração do corretor, se não estiver em lei, nem ajustada entre as
partes, será arbitrada segundo a natureza do negócio e os usos locais.
Art. 725 – A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o
resultado previsto no contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive em virtude de
arrependimento das partes.
Art. 727 – Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o
corretor, e o negócio se realizar posteriormente, como fruto da sua mediação, a corretagem
lhe será devida; igual solução se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do
prazo contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor.
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Art. 728 – Se o negócio se concluir com a intermediação de mais de um corretor, a
remuneração será paga a todos em partes iguais, salvo ajuste em contrário.
Art. 729 – Os preceitos sobre corretagem constantes deste Código não excluem a
aplicação de outras normas de legislação especial.
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16 –MODELOS DE CONTRATOS DE COMPROMISSO DE COMPRA
E VENDA
MODELO 02 Apartamento quitado com sinal de negócio e restante com uso do FGTS.
Posse após recebimento total do preço.
MODELO 07 Imóvel em nome dos filhos, sendo um de menor. Gravado com usufruto a
favor dos pais. Assinam a escritura como intervenientes renunciantes.
MODELO 08 Venda de imóvel ocupado por locatário e que permanecerá no imóvel após a
transação. Assina como testemunha no compromisso de compra e venda. Sinal de
negócio, escritura imediata e restante com nota promissória vinculada.
MODELO 09 Imóvel quitado construído em um lote e tendo anexado parte de uma viela
(setor sul). Duas escrituras dos terrenos. Escritura no último pagamento.
MODELO 11 Venda com sinal de negócio e o restante com financiamento a ser conseguido e uma
parte com notas promissórias corrigidas mensalmente pelo IGP-M. Posse imediata.
MODELO 12 Imóvel financiado pela CEF. Ágio a vista e prazo para transferência ou
quitação do saldo devedor. Prazo para transmissão de posse.
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MODELO 14 Contrato de permuta de terreno por área construída no mesmo local. Outorga
escritura
no ato da assinatura do contrato sem garantia de que o construtor vá cumprir o
contrato.
MODELO 17
Venda de imóvel gravado com garantia de terceiros com o primeiro pagamento
feito diretamente ao credor para quitação da dívida e liberação do gravame Entrou
um carro como parte de pagamento e parte com notas promissórias vinculadas à
outorga da escritura.(caso concreto).
MODELO 18
Permuta em que os incorporadores tem somente um ante projeto para o
local e negociação somente viável se igualmente for celebrado idêntica
permuta com o proprietário do terreno vizinho.(caso concreto).
PROMITENTE COMPRADOR:
PROMITENTE VENDEDOR:
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Pelo presente INSTRUMENTO PARTICULAR DE COMPROMISSO DE COMPRA
E VENDA, as partes acima identificadas, qualificadas e doravante denominadas respectivamente de
PROMITENTE COMPRADOR e PROMITENTE VENDEDOR, têm entre si justos e contratados
o presente compromisso e o fazem mediante os seguintes termos e condições, em Cláusulas em que
ambas as partes aceitam e se obrigam a fielmente observar e cumprir, tanto quanto contém:
a) Que o referido imóvel acha-se livre e desembaraçado de quaisquer duvidas e ônus reais,
inclusive hipotecas, mesmo legais;
b) Que o imóvel foi adquirido da BONTIJOLO S.A. – Engenharia, Comércio e Industria
em ..../..../....., através de Escritura Pública de Compra e Venda lavrada às fls. 789/791, do
livro 69, no 5º Tabelionato de Notas local, devidamente registrada no Cartório de Imóveis
da 7ª Circunscrição desta cidade sob o nº R.1, matrícula nº 330.143, de ordem e cadastrado
na Prefeitura Municipal de Uberlândia sob o nº 105.255.0031.000-8;
c) Que encontra-se cadastrado na Prefeitura Municipal de Uberlândia/MG sob n° ...........;
PREÇO:
CONDIÇÕES:
PARÁGRAFO ÚNICO: Fica estipulado o prazo máximo de 10 (dez dias) para que o
PROMITENTE VENDEDOR exiba em cartório os documentos para outorgar a escritura e receber
o que lhe é devido. Uma vez de posse dos documentos necessários, o PROMITENTE VENDEDOR
deverá comunicar ao PROMITENTE COMPRADOR para comparecer no dia, hora e Cartório de
Notas por ele determinado, para receber a escritura e efetuar o pagamento. Qualquer das partes que
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não cumprir com sua obrigação dentro do prazo aqui fixado, será constituído em mora no percentual
de 10% (dez por cento) ao mês calculados pro rata dia até o cumprimento da obrigação, pelo que,
desde já manifestam sua total concordância, inclusive quanto ao direito da parte inocente em
promover a execução deste instrumento pelas vias judiciais cabíveis, incluindo a reivindicação por
perdas e danos devidamente comprovados, seja em função da não apresentação dos documentos
para outorga da escritura, seja pelo não comparecimento em Cartório para recebê-la e efetuar o
pagamento;
CLÁUSULA QUINTA: Não sendo o imóvel entregue na data retro mencionada por culpa
do PROMITENTE VENDEDOR, concorda este, desde já com o pagamento de R$ 100,00 (cem
reais) por dia de atraso, não podendo todavia esse atraso ser superior a 15 dias, sob pena de dar ao
PROMITENTE COMPRADOR o direito de executar o presente Instrumento e reivindicar perdas e
danos que a inadimplência venha a lhe causar;
CLÁUSULA OITAVA: A parte que por inadimplência der causa a execução deste
contrato, ficará sujeita a uma multa equivalente a 10% (dez) por cento de seu valor (R$ 47.000,00)
mais as despesas decorrentes de custas judiciais, honorários de advogado e todas aquelas
decorrentes da lide;
CLÁUSULA NONA: Fica eleito o foro de Uberlânia/MG, com renúncia a qualquer outro
para, por meio dele e de ação competente, serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões
resultantes da interpretação deste instrumento;
1
FECHAMENTO: E por estarem assim mutuamente acordados, assinam o presente
instrumento em três vias de igual teor e forma na presença das testemunhas legais.
__________________________________________________
PROMITENTE COMPRADOR e CÔNJUGE
_________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR e CÔNJUGE
TESTEMUNHAS:
_________________________
CPF:
________________________
CPF:
PROMITENTE COMPRADOR:
PROMITENTE VENDEDOR:
1
Pelo presente INSTRUMENTO PARTICULAR DE COMPROMISSO DE COMPRA E
VENDA, as partes acima identificadas, qualificadas e doravante denominadas respectivamente de
PROMITENTE COMPRADOR e PROMITENTE VENDEDOR, têm entre si justos e contratados
o presente compromisso e o fazem mediante os seguintes termos e condições, em Cláusulas em que
ambas as partes aceitam e se obrigam a fielmente observar e cumprir, tanto quanto contém:
a) Que o referido imóvel acha-se livre e desembaraçado de quaisquer duvidas e ônus reais,
inclusive hipotecas, mesmo legais;
CONDIÇÕES:
B. R$ 20.000,00 (Vinte mil reais) para serem pagos de acordo com o estabelecido na Cláusula
Quarta;
b) Fica estipulado o prazo de 20 (vinte) dias, contados data da entrega dos documentos ao
Banco, para que o dinheiro fique depositado na conta do PROMITENTE VENDEDOR.
Para determinação da contagem do prazo aqui citado, os contratantes deverão se dirigir em
1
conjunto ao Banco para a entrega dos documentos ou, se for feito por despachante, que o
mesmo faça uma declaração constando a data de tal providência;
e) Caso não seja possível usar o FGTS, qualquer que seja o motivo, o PROMITENTE
COMPRADOR se obriga a usar de outras alternativas para liquidar o débito, no prazo
máximo de 30 (trinta) dias e corrigidos conforme previsto no item “c” desta Cláusula. O
prazo de 30 dias começará ser contado a partir da data em que se comprovar a inviabilidade
do saque do numerário;
CLÁUSULA SEXTA: Não sendo o imóvel entregue na data retro mencionada por culpa do
PROMITENTE VENDEDOR, concorda este, desde já com o pagamento de R$ 100,00 (cem reais)
por dia de atraso, não podendo todavia esse atraso ser superior a 15 dias, sob pena de dar ao
PROMITENTE COMPRADOR o direito de executar o presente Instrumento e reivindicar perdas e
danos que a inadimplência venha a lhe causar;
CLÁUSULA NONA: A parte que por inadimplência der causa a execução deste contrato, ficará
sujeita a uma multa equivalente a 10% (dez) por cento de seu valor (R$ 37.000,00) mais as
despesas decorrentes de custas judiciais, honorários de advogado e todas aquelas decorrentes da
lide;
1
CLÁUSULA DÉCIMA: Fica eleito o foro de Uberlândia/MG, com renúncia a qualquer outro
para, por meio dele e de ação competente, serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões
resultantes da interpretação deste instrumento;
_______________________________________________________
PROMITENTE COMPRADOR e CÔNJUGE
_________________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR
TESTEMUNHAS:
______________________________
CPF:
______________________________
CPF:
PROMITENTE COMPRADOR:
PROMITENTE VENDEDOR:
1
MACHADO DE ASSIS, brasileiro, solteiro, escritor, portador da carteira de Identidade nº
xxxx xx(xxx/xx) e do CPF nºxxx.xxx.xxx.xx, residente e domiciliado nesta capital;
“Lote de terras de nº 01 da quadra F-4, situada na Rua 115, Setor Sul, nesta
capital, com área total de 548,00m2., bem como a casa residencial nele edificada
com a área total construída de 220,42 m².
CONDIÇÕES:
1
VI) R$ 12.000,00 representados por um automóvel conforme descrição na Cláusula
Quinta;
II) Fica estipulado o prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data da entrega dos
documentos ao Banco, para que o dinheiro fique depositado na conta do
PROMITENTE VENDEDOR. Para determinação da contagem do prazo aqui
citado, os contratantes deverão se dirigir em conjunto ao Banco para a entrega
dos documentos ou, se for feito por despachante, que o mesmo faça uma
declaração constando a data de tal providência;
IV) Se o valor do saque do FGTS for inferior à importância a ser paga, compromete-
se o PROMITENTE COMPRADOR a fazer a complementação no prazo
máximo de 3 (três) dias após a data do crédito na conta do PROMITENTE
VENDEDOR. Igualmente este se obriga a devolver ao PROMITENTE
COMPRADOR caso o valor creditado seja superior ao que lhe é devido;
V) Caso não seja possível usar o FGTS, qualquer que seja o motivo, o
PROMITENTE COMPRADOR se obriga a usar de outras alternativas para
liquidar o débito, no prazo máximo de 90 (noventa) dias e corrigidos conforme
previsto no item III desta cláusula. O prazo de 90 dias começará a ser contado a
partir da data em que se comprovar a inviabilidade de saque do numerário;
1
por qualquer situação envolvendo o mesmo até esta data. Igualmente fica o
PROMITENTE VENDEDOR com idêntica responsabilidade a partir da posse
do veículo cujo certificado para a transferência de propriedade é assinado nesta
data;
CLÁUSULA SÉTIMA: Não sendo o imóvel entregue na data retro mencionada por
culpa do PROMITENTE VENDEDOR, concorda este, desde já com o pagamento de R$
100,00 (Cem Reais) por dia de atraso, não podendo todavia esse atraso ser superior a 15
dias, sob pena de dar ao PROMITENTE COMPRADOR o direito de executar o presente
instrumento e reivindicar perdas e danos que a inadimplência venha a lhe causar;
CLÁUSULA DÉCIMA: A parte que por inadimplência der causa a execução deste
contrato, ficará sujeita a uma multa equivalente a 10% (dez) por cento de seu valor (R$
100.000,00) mais as despesas decorrentes de custas judiciais, honorários de advogado e
todas aquelas decorrentes da lide;
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA: fica eleito o foro de Porto Alegre/RS, com renúncia
a qualquer outro para, por meio dele e de ação competente, serem dirimidas quaisquer dúvidas ou
questões resultantes da interpretação deste Instrumento;
1
FECHAMENTO: E por estarem assim justos e contratos , assinam o presente Instrumento
em três vias de igual teor e forma, na presença de duas testemunhas.
_________________________________________________
PROMITENTE COMPRADOR e CÔNJUGE
__________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR
TESTEMUNHAS:
___________________________
CPF:
__________________________
CPF:
PROMITENTE VENDEDOR:
PROMITENTE COMPRADOR:
1
(comprador), brasileiro, solteiro, publicitário, portador da Carteira de Identidade nº
xxx.xxx (SSP/xx) e do CPF nº xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado em Curitiba/PR;
1
CONDIÇÕES:
1
b) Que todo e qualquer obstáculo que venha surgir para a transferência de
propriedade junto ao Detran é de responsabilidade sua, devendo tomar
as medidas necessárias para saná-las;
c) Que responsabiliza-se civil e criminalmente por tudo quanto for devido
ao mesmo até esta data, inclusive com relação a multas de trânsito, que,
se apuradas posteriormente, constituem ônus seu e que deverão ser pagas
tão logo lhe seja comunicado;
CLÁUSULA SÉTIMA: Não sendo o imóvel entregue na data retro mencionada por
culpa do PROMITENTE VENDEDOR, concorda este, desde já com o pagamento de R$
100,00 (Cem reais) por dia de atraso, não podendo todavia esse atraso ser superior a 15
dias, sob pena de dar ao PROMITENTE COMPRADOR o direito de executar o presente
Instrumento e reivindicar perdas e danos que a inadimplência venha a lhe causar;
CLÁUSULA DÉCIMA: A parte que por inadimplência der causa a execução deste
contrato, ficará sujeita a uma multa equivalente a 10% (dez) por cento de seu valor (R$
180.000,00) mais as despesas decorrentes de custas judiciais, honorários de advogado e
todas aquelas decorrentes da lide;
1
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA: A intermediação da presente transação é feita
pela empresa (nome da imobiliaria ou corretor) , cujo pagamento é feito nesta data
pelo PROMITENTE VENDEDOR, no valor total de R$ 9.000,00 (|Nove mil reais). A
Empresa (ou o corretor) não poderá ser responsabilizada pelo não cumprimento de
qualquer das Cláusulas aqui estabelecidas, uma vez que sua participação se restringe à
intermediação na compra e venda do imóvel e na elaboração deste Instrumento, que antes
de assinado é lido por todos e achado de acordo.
_____________________________________________
PROMITENTES VENDEDORES
____________________________________________
PROMITENTE COMPRADOR
INTERVENIENTES:
FLORIPEDES DE BULHÕES ,
CRISTOVÃO DE BULHÕES,
PEDRO DE BULHÕES,
LEOPOLDO DE BULHÕES, devidamente identificados e qualificados no documento de
CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS que constitui parte integrante e inseparável deste
Instrumento;
1
Pelo presente INSTRUMENTO PARTICULAR DE COMPROMISSO DE COMPRA E
VENDA, as partes acima identificadas, qualificadas e doravante denominadas respectivamente de
PROMITENTE VENDEDOR, PROMITENTE COMPARADOR e INTERVENIENTES, têm entre
si justos e contratados o presente compromisso, e que o fazem mediante os seguintes termos e
condições em Cláusulas em que ambas as partes aceitam e se obrigam a fielmente observar e
cumprir tanto quanto contém:
V) Que o imóvel foi havido por seu marido Nuno Bulhões, da Empresa Santa
Maria Engenharia S/A em ....../...../.....;
VI) Que com a morte de seu marido, os seus herdeiros legais cederam-lhe a título
oneroso, seus direitos, vendendo a ela viúva meeira, os quinhões que lhe
cabiam por direito sucessório, constante de 50% (Cinqüenta por cento) do
imóvel acima descrito, conforme CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS
celebrado em ...../...../...... e que passa a fazer parte integrante deste
Instrumento:
VII) Que após o falecimento e dentro do prazo legal, foi providenciado o
arrolamento dos bens, estando em curso na Vara de Família desta capital,
aguardando o despacho do Juiz, em que por força do retro citada Cessão de
Direitos Hereditários, tornou-se proprietária única do bem objeto deste
contrato;
VIII) Que por ainda não ter sido homologado o arrolamento, os herdeiros legais
assinam o presente instrumento na condição de Intervenientes;
IX) Que o imóvel tem a matrícula nº 32.190 do Cartório de Registro de Imóveis
da Oitava Circunscrição de Goiânia datado de ..../..../......, estando inscrito na
Prefeitura de Goiânia sob o nº 123.112.0254.879-0;
CONDIÇOES:
1
CLÁUSULA QUARTA: O pagamento da parcela descrita no Item II da Cláusula anterior
deverá ser feita no ato da outorga da Escritura definitiva de compra e venda. Considerando que dita
escritura só poderá ser outorgada após a homologação do arrolamento, fica estipulado que tão logo
o PROMITENTE VENDEDOR tenha em mãos o despacho homologatório expedido pelo Juiz e
estando com toda a documentação em ordem, comunicará ao PROMITENTE COMPRADOR para
que o mesmo, ou seu representante legal, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis se apresente para
efetuar o pagamento e receber escritura;
CLÁUSULA SÉTIMA: Declara o PROMITENTE VENDEDOR que não existe sobre sua
pessoa nenhuma ação ou impedimento de ordem legal ou judicial que possa impedir ou dificultar a
transmissão pacifica do imóvel, respondendo a qualquer tempo pela evicção de direitos;
CLÁUSULA DÉCIMA: A aparte que por inadimplência der causa a execução deste
contrato ficará sujeita a uma multa equivalente a 10% (dez por cento) de seu valor total (R$
32.000,00) mais os reembolsos pelas perdas e danos comprovadamente existentes, além das custas
judiciais e honorários advocatícios exigidos para a solução da lide;
1
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA: Fica eleito o foro de Goiânia, com renuncia a
qualquer outro para, por meio dele e de ação competente, serem dirimidas quaisquer dúvidas ou
questões resultantes da interpretação deste contrato;
E por estarem assim justos e contratados, assinam o presente instrumento em 03 (três) vias
de igual teor e forma na presença das testemunhas legais.
Goiânia,....de...........de ...........
__________________________________________
PROMITENTE COMPRADOR/JOANETE RAMOS
___________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR/FRANCINETE LIMEIRA
INTERVENIENTES:
FLORIPEDES DE BULHÕES____________________________________
CRISTOVÃO DE BULHÕES_____________________________________
LEOPOLDO DE BULHÕES______________________________________
PROMITENTE VENDEDOR/CEDENTE:
1
PROMITENTE COMPRADOR/CESSIONÁRIO:
III) Que através de “Contrato Particular de Cessão de Direitos”, o imóvel foi adquirido de
MARIA GORETE SALDANHA PIMENTA a qual outorgou-lhe uma procuração com
plenos e totais poderes e isento de prestação de contas cuja cópia autenticada é juntada
ao presente contrato;
IV) Que o imóvel está Registrado no Cartório de Registro de Imóveis através da Matricula
nº xxx.xxx de ...../...... da 1ª Circunscrição de Goiânia;
1
R$ 43.500,00 (Quarenta e três mil e quinhentos reais)
II) CONDIÇÕES:
CLÁUSULA SEXTA: Além dos valores a serem pagos pela CESSÃO DOS DIREITOS o
PROMITENTE COMPRADOR assume também o saldo devedor junto ao BANCO BRADESCO
S/A resultante do financiamento já denunciado no Item III da Cláusula Segunda,cujo valor original
foi de R$ 10.000,00 (Dez mil reais):
1
parcela constante do item II da Cláusula Terceira deste Instrumento obedecida a ressalva dela
decorrente;
CLÁUSULA DÉCIMA: Por estar o bem protegido por seguro contra danos físicos e
pessoais, fica desde já convencionado que no caso de qualquer fato que leve o imóvel a ser quitado
pela seguradora, o PROMITENTE VENDEDOR bem como seus herdeiros e sucessores não
poderão criar nenhum impedimento ou obstáculo para que os benefícios do seguro favoreçam ao
PROMITENTE COMPRADOR;
CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA: A parte que por inadimplência der causa a execução
deste contrato ficará sujeita aa uma multa de 10% (dez) por cento de seu valor total (R$ 48.500,00)
mais os reembolsos pelas perda e danos comprovadamente existentes, além das custas judiciais e
honorários de advogado exigidos para a solução da lide;
1
expressos e como tal, responsabiliza-se pelo seu fiel e total cumprimento, passando o mesmo a fazer
parte integrante e inseparável deste instrumento;
CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA: Fica eleito o foro de Goiânia com renúncia a qualquer
outro para, por meio dele e da ação competente serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões
resultantes da interpretação deste instrumento;
________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR
__________________________________________
PROMITENTE COMPARDOR e CÔNJUGE
TESTEMUNHAS: _________________________ ___________________________
PROMITENTES COMPRADORES:
PROMITENTES VENDEDORES:
1
LEOPOLDINA DIAS XAVIER, brasileira, solteira, maior, estudante, portadora da
Carteira de Identidade nº xxxxxxxxxxx (xxxxxx) e
INTERVENIENTE /ANUENTE
CLÁUSULA PRIMEIRA:
CLÁUSULA SEGUNDA:
I) Que o imóvel foi havido por Escritura Pública de Doação feita por JOSÉ
JOAQUIM XAVIER e sua esposa Da. FLORISBELA DIAS XAVIER conforme
termo lavrado às Fls. 194/196 do livro 807 do Cartório do 11º Oficio de Notas
de Goiânia em ..../...../..... e Matriculado no Cartório de Registro de Imóveis
da ..... Circunscrição de Goiânia/GO com sob nº ...........;
IV) Que está tramitando na ..... Vara de Família da Comarca de Goiânia um pedido
de AUTORIZAÇÃO PARA SUB-ROGAÇÃO DE BEM PERTENCENTE A
RELATIVAMENTE CAPAZ, tendo em vista um dos vendedores encontrar-se
nesta situação, cujo processo leva o nº xxxxxxxxx e protocolado em ...../......./....;
1
CLÁUSULA TERCEIRA:
CONDIÇÕES:
CLÁUSULA QUARTA:
O pagamento a que se refere o item II da cláusula anterior deverá ser feito no ato da outorga
da escritura a favor do PROMITENTE COMPRADOR ou no de quem o mesmo indicar.
Considerando que o imóvel encontra-se gravado com usufruto vitalício, a escritura será outorgada
simultaneamente com o termo de renúncia por Partes dos doadores, conforme teor da cláusula
Quinta:
CLÁUSULA QUINTA:
CLÁUSULA SEXTA:
CLÁUSULA SÉTIMA:
CLÁUSULA OITAVA:
PROMITENTE VENDEDOR declara que não existe sobre o imóvel ou sua pessoa
nenhuma ação ou impedimento legal que possa dificultar ou impedir a sua posse pacífica pelo
PROMITENTE COMPRADOR, respondendo a qualquer tempo pela evicção de direitos;
1
CLÁUSULA NONA:
PARÁGRAFO ÚNICO:
CLÁUSULA DÉCIMA:
A parte que por inadimplência der causa a execução deste contrato, ficará sujeita a uma
multa equivalente a 10% (dez) por cento de seu valor (R$28.0000,00) mais as despesas decorrentes
de custas judiciais, honorários de advogado e todas aquelas decorrentes da lide;
Fica eleito o foro de Goiânia, com renúncia a qualquer outro para, por meio dele e de ação
competente, serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões resultantes da interpretação deste
Instrumento;
_______________________________________________________________
PROMITENTE COMPRADORA e CÔNJUGE
________________________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR
1
________________________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR
________________________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR
_________________________________________________________________
INTERVENIENTE/ANUENTE
_________________________________________________________________
INTERVENIENTE/ANUENTE
TESTEMUNHAS:
___________________________
____________________________
1
PROMITENTE VENDEDOR: FERNANDO HORÁCIO DA SILVA CARDOSO, brasileiro,
casado com MARIA VICENTINA DA SILVA CARDOSO, professor, portador da Carteira de
Identidade nº xxxxxxx (SSP/xx) e do CPF nº xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado nesta capital;
I) Que o referido imóvel acha-se livre e desembaraçado de quaisquer dúvidas ou ônus reais,
inclusive hipotecas, mesmo legais;
II) Que o imóvel foi adquirido de JADER SARAIVA e sua mulher Dª JADE SARAIVA
através de escritura pública de Compra e Venda lavrada em ...../....../...... e matriculado no
Cartório de Registro de Imóveis da 4ª Circunscrição desta capital sob o nº 5.585;
III) Que encontra-se locado para LUIZA MARIA DE OLIVEIRA HERONDINA através de
contrato de locação firmado em ......./......../........ e com vigência até ...../....../....., pelo
aluguel mensal de R$ 600,00 (Seiscentos reais);
CONDIÇÕES:
II) R$ 75.000,00 (Setenta e cinco mil reais) representados por uma Nota Promissória
vencível no dia ...... de ................... de ......., de emissão do Promitente Comprador e
avalizado por sua esposa e obedecido o disposto na cláusula sexta;
1
declara estar plenamente de acordo, inclusive quanto ao estado físico do imóvel, que foi visto antes
da assinatura do presente instrumento;
CLÁUSULA NONA: A parte que por inadimplência der causa a execução deste contrato,
ficará sujeita a uma multa equivalente a 10% (dez) por cento de seu valor (R$ 95.000,00) mais as
despesas decorrentes de custas judiciais, honorários de advogado e todas aquelas decorrentes da
lide;
CLÁUSULA DÉCIMA: Fica eleito o foro de Goiânia, com renúncia a qualquer outro para,
por meio dele e de ação competente, serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões resultantes da
interpretação deste instrumento;
1
FECHAMENTO: E por estarem assim justos e contratados assinam o presente Instrumento
em 3 (três) vias de igual teor e forma, na presença de duas testemunhas.
__________________________________________________
PROMITENTE COMPRADOR/DELFIN ALVES SOBRINHO
_____________________________________________________________
PROMITENTES COMPRADOR/VICENTINA APOLINÁRIO SOBRINHO
_________________________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR/FERNANDO HORÁCIO DA SILVA CARDOSO
______________________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR/MARIA VICENTINA DA SILVA CARDOSO
PROMITENTES VENDEDORES:
1
2) MAURICIA JOSÉ SILVEIRA, brasileira, solteira, servidora pública
municipal, portadora da Carteira de Identidade nº 11.111 (SSP/GO) e do CPF nº
111.111.111-11, todas e domiciliadas na Rua 111 nº 11, Centro nesta capital e
3) BRASIL JOSÉ SILVEIRA, brasileiro, economiário, casado sob o regime de
comunhão parcial de bens com MARIA DAS MERCÊS SILVEIRA, portador
da Carteira de Identidade nº 11.111 (SSP/GO) e do CPF nº 111.111.111-11,
residente e domiciliado na Alameda Vasco da Gama, nº 999, aptº 9 – Setor Bela
Vista, nesta capital ;
PROMITENTES COMPRADORES:
IMÓVEL 01 - “Lote de terras de nº 100, sito à Rua 786-F, no Setor Sul, com a área de
429,00m2., medindo 12,00 metros de frente pela Rua 786-F; 12,60 metros de fundo, com área
verde; 36,40 metros pelo lado esquerdo dividindo com o lote 03; 35,20 metros pelo lado direito,
dividindo com a viela, bem como a casa residencial nele edificado contendo: abrigo para veículos,
hall de distribuição, sala de visita, sala de estar, sala de jantar, dois quartos, duas suítes, banheiro
social, área de circulação lavabo, cozinha, dispensa, área de serviço, quarto e banheiro de
empregada, tendo a área construída de 159,17 m2.;
IMÓVEL 02 - “Lote de terras denominado parte de uma viela, confrontando com o lote
100, da Rua 786-F, Setor Sul, nesta capital, com a área de 205,04m2., com as seguintes
características e confrontações: “Inicia-se no cruzamento da linha de testada do lote com a linha
lateral direita; segue por esta numa extensão de 35,20 metros até encontrar a linha de fundo do lote
segue por esta numa extensão de 12,06 metros até encontrar a linha lateral esquerda; segue pelo
prolongamento desta numa distância de 4,00 metros; deste ponto segue por uma paralela a linha de
fundo do lote numa extensão de 16,06 metros; deste ponto segue por uma paralela a linha lateral
direita do lote numa extensão de 39,20 metros até cruzar com o prolongamento da linha testada do
mesmo e segue por este prolongamento numa distância de 4,00 metros até o ponto inicial do
caminhamento” .
1
1) Que os imóveis estão registrados no Cartório de Registro de Imóveis da 8 a.
Circunscrição de Goiânia, sob números 00.001 e 11.111 respectivamente;
CONDIÇÕES:
c) R$ 60.000,00 (Sessenta mil reais) representados por uma nota promissória vencível
no dia ..../..../....;
d) R$ 5.000,00 (Cinco mil reais) representados por uma nota promissória vencível no
dia ..../...../.......;
1
CLÁUSULA TERCEIRA: O PROMITENTE VENDEDOR faz a transmissão de posse do
imóvel nesta ato. A posse ora transmitida é feita a título precária e assim permanecerá até que se
efetive a total liquidação do débito constante das notas promissórias descritas no item “ C e D” da
Cláusula anterior;
CLÁUSULA OITAVA: A parte que por inadimplência der causa á execução deste
contrato ficará sujeita a uma multa equivalente a 10% (dez) por cento do seu valor, (R$
145.000,00), mais as despesas decorrentes de custas judiciais, honorários de advogado e todas as
demais decorrentes da lide;
CLÁUSULA NONA: Fica eleito o foro de Goiânia, com renúncia a qualquer outro para,
por meio dele e da ação competente, serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões resultantes da
interpretação deste instrumento;
___________________________________________________________________
PROMITENTE COMPRADOR
_________________________________________________________________
PROMITENTE COMPRADOR
1
__________________________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR
__________________________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR
________________________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR
__________________________________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR
DE COMPRA E VENDA
PROMITENTES VENDEDORES:
1
Carteira de Identidade nº 11.111 (SSP/GO) e do CPF nº 111.111.111-11,
residente e domiciliado na Alameda Vasco da Gama, nº 999, aptº 9 – Setor Bela
Vista, nesta capital ;
PROMITENTES COMPRADORES:
1
PREÇO: R$ 105.000,00 (Cento e cinco mil reais)
CONDIÇÕES:
1
CLÁUSULA SEXTA: Serão por conta do PROMITENTE COMPRADOR todas as
despesas de lavratura da escritura, seu registro, imposto de transmissão, bem como todos os
encargos que incidirem sobre o imóvel a partir de sua posse. Ao PROMITENTE VENDEDOR fica
a obrigação de entregar em dia todas as contas de IPTU dos últimos 5 anos incluindo ..........;
CLÁUSULA OITAVA: A parte que por inadimplência der causa á execução deste
contrato ficará sujeita a uma multa equivalente a 10% (dez) por cento do seu valor, (R$
145.000,00), mais as despesas decorrentes de custas judiciais, honorários de advogado e todas as
demais decorrentes da lide;
CLÁUSULA NONA: Fica eleito o foro de Goiânia, com renúncia a qualquer outro para,
por meio dele e da ação competente, serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões resultantes da
interpretação deste instrumento;
_________________________________________________________________
PROMITENTE COMPRADOR/ AFONSINA PENA
_________________________________________________________________
PROMITENTE COMPRADOR/ RONAL RUSSEL e ROSÁRIA RUSSEL
__________________________________________________________________
PROMITENTES VENDEDOR/ FILOMENA DA SILVEIRA
1
__________________________________________________________________
PROMITENTES VENDEDOR/ SILVINHA DA SILVEIRA
_________________________________________________________________
PROMITENTES VENDEDOR/ MARCINHA DA SILVEIRA
__________________________________________________________________
PROMITENTES VENDEDOR/ JOSÉ DA SILVEIRA e MERCÊS MARIA DA SILVEIRA
Testemunhas: ________________________
________________________
PROMITENTE COMPRADOR:
PROMITENTE VENDEDOR:
1
Cláusulas em que ambas as partes aceitam e se obrigam a fielmente observar e cumprir, tanto
quanto contém:
I) Que o referido imóvel acha-se livre e desembaraçado de quaisquer dúvidas, dívidas ou ônus
reais, inclusive hipotecas, mesmo legais;
II) Que o imóvel foi adquirido de JOSÉ MARIA PARANHOS e sua mulher LENE
PARANHOS em ..../....../......, através de Escritura Pública de Compra e Venda lavrada às
fls. 001, do livro 0101 do .....º Tabelionato de Notas local, devidamente registrada no
Cartório de Registro de Imóveis da ....ª Circunscrição desta capital sob o nº R-....., na
matrícula nº ....., de ordem e cadastrado na Prefeitura Municipal de Goiânia sob o nº
111111-11;
CONDIÇÕES:
I) R$ 2.000,00 (Dois mil reais) como sinal de negócio e princípio de pagamento ou arras,
pagos no ato da assinatura do presente instrumento, cujo valor o PROMITENTE
VENDEDOR declara estar recebendo e do qual dá a sua plena quitação;
II) R$ 23.000,00 (Vinte e três mil reais) a serem pagos através de financiamento conforme
descrito na Cláusula Quarta;
III) R$ 63.000,00 (Sessenta e três mil reais) representados por 18 (dezoito) notas promissórias
de R$ 3.500,00 (Três mil e quinhentos reais) cada uma vencíveis no dia .... de cada mês a
partir de ...../...../......;
IV) R$ 15.000,00 (Quinze mil reais) representados por uma nota promissória vencível no
dia ...../...../.....;
V) R$ 15.000,00 (Quinze mil reais) representados por uma nota promissória vencível no
dia ...../...../......;
VI) R$ 18.000,00 (Dezoito mil reais) representados por uma nota promissória vencível no
dia ...../...../.....;
VII) R$ 39.000,00 (Trinta e nove mil reais) representados por uma nota promissória vencível
no dia ...../...../.....
1
PARÁGRAFO ÚNICO: As notas promissórias constantes dos itens III a VII deverão ter seus
valores corrigidos pelo I.G.M. + 1% (hum) por cento, corrigidos mensal e cumulativamente a partir da data
da assinatura do presente instrumento
CLÁUSULA QUARTA: O pagamento a que se refere o Item II da Cláusula anterior deverá ser feito
através de financiamento seguindo o seguinte roteiro:
CLÁUSULA OITAVA: A parte que por inadimplência der causa a execução deste contrato,
ficará sujeita a uma multa equivalente a 10% (dez) por cento de seu valor (R$ 175.000,00) mais as
despesas judiciais decorrentes, honorários de advogado e todas aquelas decorrentes da lide;
1
CLÁUSULA NONA: Fica eleito o foro de Goiânia, com renúncia a qualquer outro para, por
meio dele e de ação competente, serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões resultantes da
interpretação deste instrumento;
_____________________________________________
ARIAN ARANTES DE SOUZA/PROMITENTE COMPRADOR
____________________________________________
ROSA FLORES/PROMITENTE VENDEDOR
PROMITENTE COMPRADOR:
PROMITENTE VENDEDOR:
1
Pelo presente INSTRUMENTO PARTICULAR DE COMPROMISSO DE COMPRA
E VENDA E CESSÃO DE DIREITOS, as partes acima identificadas, qualificadas e doravante
denominadas respectivamente de PROMITENTE COMPRADOR e PROMITENTE
VENDEDOR, têm entre si justos e contratados o presente compromisso e o fazem mediante os
seguintes termos e condições, em Cláusulas em que ambas as partes aceitam e se obrigam a
fielmente observar e cumprir, tanto quanto contém:
PREÇO e CONDIÇÕES:
I - PELOS DIREITOS: R$ 35.000,00 (TRINTA E CINCO MIL REAIS) pagos à vista no ato da
assinatura do presente instrumento, cujo valor o PROMITENTE VENDEDOR declara estar
recebendo e do qual dá a sua quitação;
II - PELO SALDO DEVEDOR: R$ 34.000,00 (Trinta e quatro mil reais) correspondentes ao
saldo devedor e que deverão ser liquidados no máximo até o dia ...../...../...... obedecido o disposto
na Cláusula Quarta ou a fazer a transferência para seu nome do financiamento existente, obedecido
o mesmo prazo;
1
CLÁUSULA QUINTA: Declara o PROMITENTE COMPRADOR ter conhecimento da hipoteca
que grava o imóvel, concordando desde já a assumir o ônus total que sobre ele incide,
principalmente sobre o saldo devedor a ser amortizado conforme cláusulas contratuais de
financiamento, cuja prestação a partir do mês de ................ de ......... passa para sua
responsabilidade;
CLÁUSULA NONA: A posse do imóvel deverá se efetivar até 90 (noventa) dias a partir da
assinatura deste Instrumento Particular de Compromisso de Compra e venda e Cessão de Direitos,
devendo a entrega ser feita com o imóvel no estado em que foi visto, devendo permanecer no
mesmo todos os seus acessórios originais. Não sendo o imóvel entregue na data aqui fixada, ficará o
PROMITENTE VENDEDOR penalizado com a multa de R$ 100,00 (cem reais) por dia de atraso,
não podendo todavia este atraso ser superior a 15 dias, sob pena de dar à PROMITENTE
COMPRADORA o direito de ingressar em juízo para ter a execução deste Instrumento e pleitear
reparos por perdas e danos que a inadimplência lhe causar;
CLÁUSULA DÉCIMA: Declara o PROMITENTE VENDEDOR que não existe sobre sua pessoa e
nem sobre o imóvel, nenhuma ação ou impedimento de ordem legal ou judicial que possa dificultar
ou impedir a transmissão pacifica do bem ora vendido, respondendo a qualquer tempo pela evicção
de direitos.todo e qualquer obstáculo que seja por culpa do PROMITENTE VENDEDOR, deverá
ser por ele solucionado tão logo seja levado ao seu conhecimento;
1
reembolsos pelas perdas e danos comprovadamente existentes, além das custas judiciais e
honorários de advogado exigidos para a solução da lide;
CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA: Fica eleito o foro de Goiânia, com renúncia a qualquer outro
para, por meio dele e de ação competente serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões
resultantes da interpretação deste instrumento;
_____________________________________________
PROMITENTE COMPRADORA
____________________________________________
PROMITENTE VENDEDOR e CÔNJUGE
PROMITENTE VENDEDOR:
PROMITENTE COMPRADOR:
1
ELIAS JOSÉ SILVA, brasileiro, empresário, portador da Carteira de Identidade nº
11.111(SSP/GO) e do CPF nº 111.111.111-11, casado com HELENA GOMES SILVA, residentes
e domiciliados nesta capital na Rua Chapecó, Quadra 97, Lote 14, Setor Azul.
CLÁUSULA PRIMEIRA:
I) Que parte do o imóvel, com a área de 216,73,55 há,. foi havido na partilha dos bens
deixados por herança de seu progenitor João Ferraz cujo inventário se processou na 10 a.
Vara de Família e Sucessões de Goiânia/GO conforme Registro à margem da Matrícula
nº 000.0101 sob nº R-6, datado de ...../...../.....;
II) Que outra parte do imóvel, com área de 128,69,40 ha. foi havido por Escritura Pública
de Doação lavrada às fls. 111/112 do Livro 111 do Cartório de Tabelionato e Notas de
Mossâmedes/GO, datado de ..../...../....., cuja Matrícula original do doador tem o
número 7.777 sob Registro R-8, tendo sido doador, Evangelina Ferraz, progenitora da
PROMITENTE VENDEDORA, Maria Cristina Ferraz;
III) Que a escritura pública de doação foi feita com a anuência de todos os demais filhos da
doadora;
IV) Que pela unificação das duas glebas em uma só Matrícula, tem a mesma o número
12.1212, cujo Registro encontra-se sob nº R-2, Prenotado no Livro de Protocolo sob nº
44.444, Folhas 123 do Cartório de Registro de Imóveis de Mossâmedes/GO;
1
V) Que a reserva legal obrigatoriamente instituída em lei não foi regularizada junto ao
Incra em razão de que na área maior, de 359,35,30 há. anteriormente já fora feita,
conforme teor da Averbação AV.1-12.050 e inspecionado pela Autoridade Florestal, no
que ficou visado uma área de 72,50,00 ha.;
CLÁUSULA TERCEIRA:
Que assim tendo e possuindo dito imóvel, o PROMITENTE VENDEDOR se dispõe a vendê-
lo e o PROMITENTE COMPRADOR se propõe a comprá-lo mediante o seguinte preço e
condições:
CONDIÇÕES:
a) R$ 200.000,00 (Duzentos mil reais) à vista no ato da assinatura do presente instrumento, cujo valor
o PROMITENTE VENDEDOR declara estar recebendo e do qual dá a sua quitação através do
cheque nº 000.000, emitido contra a agência 0000 do Banco Agrário S/A;
b) R$ 48.300,00 (Quarenta e oito mil e trezentos reais) representados pelo cheque nº 000.000, agência
00 – Banco Chase, emitido por Olavo Bilac e endossado por Elias José Silva, para ser depositado no
dia ...../...../........:
c) R$ 150.000,00 (Cento e cinqüenta mil reais) representados pelo cheque nº 000.000, agência 00 –
Banco Agrário S/A, para ser trocado por moeda corrente no dia ...../...../.....;
d) R$ 89.700,00 representados pelo cheque nº 004000, agência 00 – Banco Agrário S/A, para ser
recebido em espécie junto ao PROMITENTE COMPRADOR em ..../...../.......,,, mediante a outorga
da escritura de compra e venda e observado o disposto no item II da Cláusula Quarta e na Cláusula
Sexta;
CLÁUSULA QUARTA:
A outorga da escritura do imóvel rural objeto do presente contrato será outorgada, observando os
seguintes tópicos:
I. A data para a outorga da escritura será no dia ..../...../..... e desde que a parcela constante da letra
“d” da Cláusula anterior seja paga na mesma data. Não havendo interesse do PROMITENTE
COMPRADOR em receber a escritura na data supra, tendo porém efetuado o pagamento,
observar-se-á o disposto na Cláusula Sexta;
II. Caso o PROMITENTE COMPRADOR não deseje receber a escritura na data fixada
(...../...../.....) poderá optar pelo recebimento de uma procuração com amplos e totais poderes
sobre todos os direitos que incidem sobre o bem ora transacionado, ficando todavia ratificado
que, qualquer que seja a data da escritura, a mesma deverá ser lavrada pelo valor real da
transação;
1
CLÁUSULA QUINTA:
Serão por conta do PROMITENTE COMPRADOR todas as despesas de lavratura, seu registro,
imposto de transmissão inter vivos bem como de todos os encargos que incidirem sobre o imóvel a
partir da data da outorga da escritura ou da procuração;
CLÁUSULA SEXTA:
Caso o Cartório de Notas e/ou de Registro de Imóveis coloque qualquer obstáculo para lavrar a
escritura do imóvel rural em decorrência da falta de averbação da Reserva Legal, fica o PROMITENTE
VENDEDOR, desde já obrigado a sanar tal irregularidade, constituindo tal obrigação como mais uma
cláusula deste instrumento, pelo que, manifesta sua total concordância e sujeitando-se a aguardar a
regularização documental para que o cheque constante da letra “d” seja resgatado. Decorridos 90 (noventa)
dias além do prazo previsto para regularizar a Reserva Legal e não tendo sido efetiva, poderá o
PROMITENTE COMPRADOR tomar as providência necessárias para tal fim e deduzir o que for gasto, do
valor total do cheque;
CLÁUSULA SÉTIMA:
b) Não há por parte de qualquer confrontante, nenhuma ação, impedimento ou questionamento sobre
os limítrofes, colocando o PROMITENTE COMPRADOR a salvo de quaisquer situações presentes
ou passadas tendo como objeto o imóvel e a posse ora transmitida, respondendo a qualquer tempo
pela evicção de direitos nos termos do artigo 447 e seguintes do Código Civil Brasileiro;
c) Não há empregado, funcionário ou serviçal que tenha prestado serviços no imóvel e que não existe
qualquer ação ou reclamação trabalhista;
CLÁUSULA OITAVA:
CLÁUSULA NONA:
A parte que por inadimplência der causa a execução deste contrato, ficará sujeita a uma multa
equivalente a 10% (dez) por cento de seu valor (R$ 488.000,00) mais as despesas decorrentes de custas
judiciais, honorários de advogado e todas aquelas decorrentes da lide;
CLÁUSULA DÉCIMA:
Fica eleito o foro de Goiânia, com renúncia a qualquer outro para, por meio dele e de ação
competente, serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões resultantes da interpretação deste instrumento;
1
CLÁLUSULA DÉCIMA PRIMEIRA:
A intermediação da presente transação foi feita pela Empresa A Fazendeira Imóveis e o Corretor João
das Terras, cuja comissão total é fixada em R$ 20.000,00 (Vinte mil reais) pagos à vista neste ato em dois
cheques de R$ 10.000,00 (Dez mil reais) cada um;
FECHAMENTO: E por estarem assim justos e contratados, assinam o presente em quatro vias de
igual teor e forma, na presença das testemunhas legais, com a data e assinaturas após a relação discriminada
dos cheques dados como forma de pagamento.
Goiânia, ......de................de.........
________________________________________________________
MARIA CRISTINA FERRAZ/PROMITENTE VENDEDOR
________________________________________________________
ALBERTO FERRAZ/PROMITENTE VENDEDOR
__________________________________________________________
ELIAS JOSÉ SILVA/PROMITENTE COMPRADOR
___________________________________________________________________
HELENA GOMES SILVA/PROMITENTE COMPRADOR
PRIMEIRO PERMUTANTE:
SEGUNDO PERMUTANTE:
1
CGC nº xxxxxxxxxx/xxxx-xx, neste ato representada por seus sócios JOAQUIM LOLA NEVES e
PIETRO CAMPOS, brasileiros, empresários, portadores das carteiras de Identidade nº xxx.xxx
(xxx/xx) e xxx.xxx e dos CPFs nºs xxx.xxx.xxx-xx e xxx.xxx;xxx-xx, respectivamente, residentes e
domiciliados nesta capital;
CLÁUSULA PRIMEIRA:
CLÁUSULA SEGUNDA:
CLÁUSULA TERCEIRA:
CLÁUSULA QUARTA:
Que assim tendo e possuindo dito imóvel, PRIMEIRO PERMUTANTE propõe dar a área
em permuta para que nela o SEGUNDO PERMUTANTE construa imóveis residenciais, conforme
condições adiante fixadas e aceitas por ambas as partes;
CLÁUSULA QUINTA:
CLÁUSULA SEXTA:
04 (quatro) sobrados se a área total privativa de cada um não ultrapassar de 150 m²; ou
3,5 (três sobrados e meio) se a área total privativa de cada unidade ultrapassar 150,01m²;
1
CLÁUSULA SÉTIMA:
CLÁUSULA OITAVA:
CLÁUSULA NONA:
CLÁUSULA DÉCIMA:
Fica estipulado o prazo de 120 (cento e vinte) dias para que o SEGUNDO PERMUTANTE
dê entrada no projeto de construção junto aos órgãos competentes e o prazo de 36 (trinta e seis)
meses contados a partir da aprovação dos projetos para que o SEGUNDO PERMUTANTE conclua
a construção. Para os casos fortuitos ou de força maior devidamente comprovados, fica fixada a
tolerância de até noventa dias após expirado o prazo de 36 meses. Findo este novo prazo e não
tendo sido entregue ao PRIMEIRO PERMUTANTE o que lhe é devido, terá o mesmo o direito de
cobrar a multa contratual prevista neste Instrumento bem como notificar ao SEGUNDO
PERMUTANTE para constituí-lo em mora;
1
Ocorrendo a situação prevista no item II da Cláusula Sexta, os permutantes decidem desde
já que será aplicada umas das seguintes soluções para o sobrado que pertence por igual às partes:
A parte que por inadimplência der causa a execução deste instrumento ficará sujeita a uma
multa de 10% (dez) por cento do valor total do contrato, aqui fixado em R$ 200.000,00 (Duzentos
mil reais) mais as perdas e danos que comprovadamente venha ocorrer, além de arcar com as custas
judiciais e honorários de advogado necessários para a solução da lide;
Fica eleito o foro de Goiânia, com renúncia a qualquer outro para, por meio dele e de ação
competente serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões resultantes da interpretação deste
instrumento;
A função da DW IMÒVIES LTDA. prende-se tão somente a aproximação das partes, não
podendo em situação alguma ser parte ativa na relação contratual e nem ser responsabilizada pelo
não cumprimento de qualquer das cláusulas por partes do permutantes;
FECHAMENTO:
1
E por estarem assim justos e contratados assinam o presente instrumento em duas vias de
igual teor e forma na presença de duas testemunhas.
Goiânia, ..........de.......................de.............
Testemunhas:
______________________________
______________________________
PRIMEIRO PERMUTANTE:
1
SEGUNDO PERMUTANTE:
1
CLÁUSULA NONA: Os projetos, estilos, modificações e características da construção é
exclusiva do SEGUNDO PERMUTANTE, ficando todavia firmado que constituirá em sobrados
residenciais, tipo geminados e com área privativa de aproximadamente 125,00 m² conforme já
denunciado neste Instrumento;
CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA: A parte que por inadimplência der causa a execução
deste instrumento ficará sujeita a uma multa de 10% (dez) por cento do valor total do contrato, aqui
fixado em R$ 150.000,00 (Cento e cinqüenta mil reais) mais as perdas e danos que
comprovadamente venha ocorrer, além de arcar com as custas judiciais e honorários de advogado
necessários para a solução da lide;
CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA: Fica eleito o foro de Goiânia, com renúncia a qualquer
outro para, por meio dele e de ação competente serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões
resultantes da interpretação deste instrumento;
1
deverão ser pagos no ato da assinatura do presente instrumento pelo SEGUNDO PERMUTANTE
na importância de R$ 7.500,00 (Sete mil e quinhentos reais);
GARANTIA REAL:
Outorga escritura pública de caução para cumprimento de obrigação contratual a ser lavrada
no Tabelionato de Notas de Goiânia e em seguida registrada junto ao Cartório de Registro de
Imóveis do bem a seguir descrito, ficando a cargo do SEGUNDO PERMUTANTE todas as
despesas de lavratura e registro do imóvel caucionado, bem como a sua posterior baixa do gravame;
Área situada no Bairro Vila Maria, nesta capital, constituída pelos lotes de terras
de nº 10 e 11 da Quadra 00 com a área total de 1.000 m2., matriculados no
Cartório de Registro de Imóveis da 0 ª Circunscrição sob números 000.000 e
000.001, atribuindo-se ao imóvel o valor de R$ 150.000,00 (Cento e cinquenta mil
reais);
PARÁGRAFO ÚNICO: a CAUÇÃO prestada terá sua vigência até que a obrigação do
SEGUNDO PERMUTANTE seja cumprida ou até a adjudicação a favor do PRIMEIRO
PERMUTANTE na hipótese de descumprimento do que está sendo pactuado neste instrumento,
pelo que, as partes manifestam a total concordância quanto aos procedimentos legais necessários
para a formalização e regularização documental.
E por estarem assim justos e contratados assinam o presente instrumento em duas vias de
igual teor e forma na presença de duas testemunhas.
________________________________________________________
PRIMEIRO PERMUTANTE e CÔNJUGE
________________________________________________________
SEGUNDO PERMUTANTE
1
ESCRITURA PÚBLICA DE CAUÇÃO PARA GARANTIA
DE CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO
MODELO 16
SIMULAÇÃO de uma Escritura pública a ser lavrada em Cartório de Notas para garantia do
que foi pactuado no Modelo 15
Nota:
1
(Escritura para fazer parte do contrato de permuta – Modelo nº 15)
1
I) Que o imóvel foi havido de BENIO DA SILVA AIRES e sua mulher LUCIA DA
SILVA AIRES, através Escritura Pública de Compra e Venda celebrada em
03/03/1989;
II) Que em 25/10/99 o imóvel foi dado em garantia real a favor do Banco do Estado de
Goiás através de Escritura Pública de Renegociação de Dívida, lavrada às fls.
002/009 do Livro 1723 do 1º Tabelionato de Notas de Goiânia/GO, em dívida
contraída por Universal Parafusos Ltda. e com a ora PROMITENTE
VENDEDORA interveniente dadora do imóvel em garantia real, cuja dívida
confessada e consolidada foi de R$ 86.764,02 (Oitenta e seis mil setecentos e
sessenta e quatro reais e dois centavos);
III) Que a dívida retro garantida foi dividida em 24 parcelas mensais e consecutivas
com vencimentos a partir de 15/10/1999, acrescida dos encargos financeiros de
3,5% ao mês, sendo que a hipoteca constituída prevalecerá até final liquidação da
obrigação;
PREÇO:
CONDIÇÕES:
1
b) R$ 28.000,00 (Vinte e oito mil reais) representados por um veículo tipo
caminhoneta modelo Blazer DLX, ano 96/97, placa HOY-9965 identificada
pelo chassis nº 9BG116CWVC916558-REM e entregue de conformidade
com a Cláusula Quinta;
a) Todo e qualquer débito que houver referente ao veículo, seja de que natureza for, é
de exclusiva responsabilidade do PROMITENTE COMPRADOR, respondendo o
seu proprietário por qualquer situação passada e até o presente;
1
poderá ele optar por uma procuração com plenos e totais poderes sobre o imóvel e isento
de prestação de contas e em caráter irrevogável e irretratável;
CLÁUSULA DÉCIMA: A parte que por inadimplência der causa á execução deste
contrato ficará sujeita a uma multa equivalente a 10% (dez) por cento do seu valor, (R$
118.000,00), mais as despesas decorrentes de custas judiciais, honorários de advogado e
todas as demais decorrentes da lide;
______________________________________________
PROMITENTE COMPRADOR
______________________________________________
1
PROMITENTE COMPRADOR
_______________________________________________
PROMITENTE VENDEDDOR
Testemunhas:
_______________________
CPF:
________________________
CPF:
1
PROMITENTE COMPRADOR: PEDRO PEDRITO SANTOS, brasileiro, fazendeiro,
portador da Carteira de Identidade nº 3.795.132 (SSP/GO) e do CPF nº 000.111.222-33 e
FRANCISCA CHIQUITA DOS SANTOS, brasileira, do lar, portadora da Carteira de
Identidade n° 999.888 (SSP/GO) e do CPF n° 999.999.999-99, casados entre si pelo regime
de comunhão universal de bens, residentes e domiciliados na Rua GVT-129, Quadra 143,
Lote 102, Residencial Granville, nesta capital;
“Uma gleba de terras situada na Fazenda Portal, que ora se denomina de Fazenda
Margem Rio, no Município de Tenente Jamil, com área de 345,42,95 há, ou seja, 71
alqueires e 29 litros de terras, dentro dos seguintes limites e confrontações: Começam no
marco M20, cravado na margem esquerda do rio Meia Ponte, na confrontação de terras de
MAURO SANTAS, daí, segue por este rio abaixo e margeando as águas do reservatório da
represa do Rochedo indo até o marco M20 A, cravado ainda a sua margem esquerda; daí,
segue a direita confrontando coma gleba 2 parte da referida Fazenda Pontal, de
propriedade de CLÁUDIANA SILVA, nos seguintes azimutes verdadeiros e distâncias:
264º03’15’’-1.238,36 metros, 231º13’13’’ – 1.019,31 metros, passando pelo marco M20 B,
indo até o marco M20 C, cravado as margens das águas do reservatório da represa do
Rochedo; daí segue margeando o referido reservatório abaixo indo até o marco M21 B,
cravado ainda a sua margem esquerda; daí, segue confrontando com as terras de
ELYSÉRIO XAVIER no azimute de 04º28’35’’ distância de 1.820,18 metros, indo até o
marco M21 A; daí, segue por cerca de arame, confrontando com as terras de MAURO
SANTAS, no azimute de 89º 37’03’’ distância de 674,46 metros indo até o marco M20
ponto de partida”.
1
d) Que todos os impostos que incidem sobre o imóvel encontram-se pagos, inclusive o
relativo ao exercício de 2011;
CONDIÇÕES:
f) R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) representados por uma nota promissória com
vencimento em 16/06/2011;
g) R$ 1.033.000,00 (um milhão e trinta e três mil reais) representados uma nota
promissória com vencimento em 01/12/2011;
h) R$ 1.033.000,00 (um milhão e trinta e três mil reais) representados uma nota
promissória com vencimento em 01/12/2012;
I.- atraso de até 30 (trinta) dias: multa de 2% (dois por cento) como cláusula penal,
mais os juros moratórios de 1% (um por cento), calculados pro rata dia até o limite de 30
(trinta) dias e calculados sobre o valor do débito vencido;
II.- atraso superior a 30 (trinta) dias e inferior a 60 (sessenta) dias: multa de 10%
(dez por cento), calculados sobre o valor do débito vencido, mais os juros moratórios de 1%
(um por cento), calculados pro rata dia até o limite de 30 (trinta) dias e calculados até a data da
liquidação;
1
PARÁGRAFO ÚNICO: Desejando o PROMITENTE COMPRADOR antecipar o pagamento
final e consequentemente receber a posse do imóvel, fica desde já acertado que deverá
comunicar sua intenção ao PROMITENTE VENDEDOR com antecedência mínima de 120
(cento e vinte) dias, ficando a critério deste, concordar ou não, uma vez que, qualquer
antecipação poderá lhe causar prejuízos com a safra agrícola ou a sua atividade pecuária, salvo
se, por negociação à época, estas pendências sejam resolvidas;
CLÁUSULA SEXTA: A outorga da escritura do imóvel rural objeto do presente contrato será
outorgado, observando os seguintes tópicos:
IV. A data para a outorga da escritura será na mesma data da liquidação da nota promissória
com vencimento em 01/06/2012 e desde que as demais já estejam pagas;
CLÁUSULA OITAVA: Caso o Cartório de Notas e/ou de Registro de Imóveis coloque qualquer
obstáculo para lavrar a escritura ou o seu registro em decorrência da falta de averbação da Reserva
Legal, fica o PROMITENTE VENDEDOR, desde já obrigado a sanar tal irregularidade,
constituindo tal obrigação como mais uma cláusula deste instrumento, pelo que, manifesta sua total
concordância;
1
d) As cercas e confrontações de divisas encontram-se em seus legítimos e devidos lugares;
f) Não deverá haver empregado, funcionário ou serviçal prestando ou que tenha prestado
serviços no imóvel e que não existe qualquer ação ou reclamação trabalhista;
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA: A parte que por inadimplência der causa a execução deste
contrato, ficará sujeita a uma multa equivalente a 10% (dez) por cento de seu valor (R$
3.100.000,00) mais as despesas decorrentes de custas judiciais, honorários de advogado e todas
aquelas decorrentes da lide;
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA: Fica eleito o foro de Goiânia, com renúncia a qualquer
outro para, por meio dele e de ação competente, serem dirimidas quaisquer dúvidas ou questões
resultantes da interpretação deste instrumento;
FECHAMENTO: E por estarem assim justos e contratados, assinam o presente em quatro vias de
igual teor e forma, na presença das testemunhas legais, com a data e assinaturas após a relação
discriminada dos cheques dados como forma de pagamento.
____________________________________________________
PEDRO PEDRITO SANTOS/PROMITENTE COMPRADOR
__________________________________________________
FRANCISCA CHIQUITA DOS SANTOS/PROMITENTE COMPRADOR
1
________________________________________
CIRINEU GOMES/PROMITENTE VENDEDOR
________________________________________________
HELENA GOMES/PROMITENTE VENDEDOR
TESTEMUNHAS:
________________________________
CPF:
________________________________
CPF:
Por meio deste instrumento particular em que figuram de um lado como PRIMEIRAS
PERMUTANTES, doravante assim denominadas:
1
b) SICRANA...................., brasileira, solteira, professora universitária, portadora da
Carteira de Identidade n° ....................... (SSP/GO) e do CPF n° ......................, residente em
Goiânia/GO na Rua 1227 n° 1291, Setor Universitário e, do outro lado, como SEGUNDAS
PERMUTANTES, doravante assim também denominadas,
1
CLÁUSULA QUARTA – DA ORÍGEM DA PROPRIEDADE DO TERRENO DADO
EM PERMUTA
1
CLÁUSULA OITAVA: Cada apartamento tipo do edifício será projetado para atender às
necessidades do mercado conforme pesquisa a ser elaborada, levando-se em consideração a
viabilidade técnica e a demanda por parte do público alvo.
CLÁUSULA NONA - Todos os apartamentos tipo terão seus acabamentos pelo padrão de
construção constante do projeto que for elaborado, com materiais de primeira linha
compatível e dentro das especificações adequadas, mas não incluem lustres, armários
embutidos e divisórias de banheiros (boxes).
1
custas iniciais com projetos, fundações, registro de incorporação, bem como de tudo o mais
que for necessário e exigido até a conclusão total e constituição do condomínio com a
entrega do prédio aos condôminos na Primeira Assembléia convocada para tal fim,
excetuando as despesas constantes da Cláusula Décima Quinta;
PARAGRAFO ÚNICO – Sem prejuízo do já estabelecido entre as partes, cada uma das
PRIMEIRAS PERMUTANTES poderá alienar uma unidade durante a construção do
empreendimento. As demais unidades recebidas em permuta somente poderão ser alienadas
após as SEGUNDAS PERMUTANTES terem vendido o mínimo de 60% (sessenta por
cento) do empreendimento ou que já tenha decorridos 12 (doze) meses contados da data do
início de comercialização do lançamento, prevalecendo o que primeiro ocorrer. O preço de
eventual venda por parte das PRIMEIRAS PERMUTANTES deverá ser compatível com a
tabela vigente à época, podendo sofrer pequenas alterações em razão das particularidades
da negociação;
CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA: Fica fixado o prazo de até 48 (quarenta e oito) meses
contados da data do registro do Memorial de Incorporação (art. 32 da Lei n°
4.591/64) para a D entrega das unidades prometidas em permuta constantes da
Cláusula Décima Primeira, prazo esse contado a partir da data em que for expedido o
Alvará de Construção pela Prefeitura Municipal de Goiânia/GO.
PARAGRAFO ÚNICO: Será admitida uma tolerância de até 180 (cento e oitenta) dias
além do prazo acima estabelecido, por motivos de força maior, casos fortuitos, ou outros
que impeçam o andamento normal das obras, arrolando-se, dentre eles, de forma
meramente enunciativa:
a) greves parciais ou gerais da indústria da construção civil ou que afetem a
mesma;
b) suspensão ou falta de transporte;
c) falta na praça de materiais e mão-de-obra;
d) chuvas prolongadas que impeçam ou dificultem etapas importantes da obra;
e) eventuais embargos provocados por autoridades ou por proprietários dos
terrenos lindeiros e que determinem a paralisação da obra ou sejam impeditivas de
sua execução na forma programada;
1
f) demora na execução dos serviços que são próprios das empresas concessionárias
de serviços públicos;
g) demora dos poderes públicos na concessão do Habite-se por razões
independentes dos serviços e responsabilidades da Promitente Vendedora;
h) falta ou racionamento de água, energia elétrica ou combustível;
i) guerras, revoluções, epidemias ou quaisquer outras calamidades públicas que
impeçam ou reduzam o andamento ou ritmo das obras;
j) indisponibilidade de matérias-primas em decorrência de períodos de
congelamento de preços e/ou disponibilidade das mesmas mediante pagamento de
ágios nos preços;
k) atos ou medidas do poder público que venham a alterar o relacionamento
contratual ou informal entre os contratantes, empreiteiros e empregados,
prejudicando o desenvolvimento normal das obras.
CLÁUSULA DÉCIMA NONA - Para todos os efeitos legais e também deste instrumento
de contrato, os apartamentos serão considerados totalmente edificados com a expedição,
pelo órgão competente, dos seus termos de “Habite-se” e averbação da construção junto ao
Cartório de Registro de Imóveis competente.
a) Ratificar todos os termos do contrato com os aditivos necessários em razão dos estudos
preliminares para a definição do projeto;
b) Fixar prazo, não superior a 6 (seis) meses, além dos primeiros 120(cento e vinte) dias
citados acima para apresentar o projeto completo do empreendimento e o protocolo
comprovando ter entregue ao Cartório de Registro de Imóveis a documentação hábil e
necessária para o registro da incorporação, nos termos do artigo 32 da Lei n° 4.591/64;
c)Receber as escrituras públicas de permuta e outras avenças com o oferecimento da
garantia real de que trata a Cláusula Vigésima Terceira;
1
CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - As PRIMEIRAS PERMUTANTES, no ato da
assinatura das escrituras públicas de permuta, transmitirão a posse indireta dos lotes, da
mesma forma livre e desembaraçada de todos e quaisquer ocupantes ou posseiros.
CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - A parte que por inadimplência der causa à execução
deste instrumento ficará sujeita a uma multa de 10% (dez) por cento do valor total do
contrato, aqui fixado em R$ 3.080.025,00 (Três milhões, oitenta mil e vinte e cinco reais),
mais as perdas e danos que comprovadamente venham a ocorrer, além de arcar com as
custas judiciais e honorários de advogado necessários para a solução da lide.
CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA – Uma vez assinado por todas as partes envolvidas, o
presente contrato torna-se irrevogável e irretratável, obrigando não só as permutantes, bem
como seus herdeiros e sucessores, os quais se obrigam a fielmente observá-lo e cumpri-lo
em todos os seus termos e condições. Conseqüentemente é vedado às partes arrependerem-
se ou desistirem do negócio, direito a que expressamente renunciam.
1
CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - Com renúncia a seus próprios domicílios por mais
especiais que sejam, ou venham ser, as partes elegem o foro da cidade de Goiânia, Capital
do Estado de Goiás, para por meio dele e de ação competente serem dirimidas quaisquer
questões advindas deste documento, mesmo as indiretas.
CLÁUSULA ESPECIAL
K................................................... E................................................
Primeira Permutante Cônjuge
N..........................................
Primeira Permutante
1
Testemunhas:
a) S............................. - CPF: b) M...................... - CPF:
FIM DO MÓDULO DE
CONTRATOS
MÓDULO II
INCORPORAÇÕES IMOBILIÁRIAS E
CONTRATOS DE LOCAÇÃO
INCORPORAÇÕES - EMENTA:
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BAPTISTA, Joaquim de Almeida. Código das Locações Urbanas. SP, Jurídica Brasileira,
1993.
CARNEIRO, Waldir de Arruda Miranda. Anotações à Lei do Inquilinato. SP, RT, 2000.
CHALUB, Melhim Namen. Da incorporação Imobiliária. Rio, Forense, 2003.
DINIZ, Maria Helena. Lei de Locação de Imóveis Urbanos, SP, Saraiva, 2006.
PACHECO, José da Silva. Tratado das Locações, Ações de Despejos e Outras, SP, RT,
2000.
PEREIRA, Caio Mario da Silva. Condomínio e Incorporações. Forense, Rio, 1997.
TEXTOS:
GARCIA, Selemara Berckembrock Ferreira Garcia. Memoriais de Incorporação –
Instituições e Convenções de Condomínios.
CHALUB, Melhim Namen. A afetação das Incorporações Imobiliárias.
LOCAÇÕES – EMENTA:
1
1. Locação de Coisas. 2. Locação Predial Urbana; 3. Do Aluguel; Obrigações do Locador;
Obrigações do Locatário. 4. Direito de Preferência. 5.Das Benfeitorias. 6. Das Garantais
Locatícias. 7. Das Penalidades nas Locações. 8. Locação Residencial; Locação para
Temporada; Locação não Residencial. 9. Prática dos Contratos de Locação
DAS INCORPORAÇÕES IMOBILIÁRIAS
1. Antecedentes
2. A incorporação imobiliária como atividade empresarial
3. O incorporador
4. Da responsabilidade do incorporador
5. Da responsabilidade do corretor de imóveis
6. Da construção em geral
7. Da construção por empreitada
8. Da construção por administração
9. Texto de Selemara Berckembrok Ferreira Costa – Memorial de Incorporação –
Instituições e Convenções de Condomínio
10. Texto de Melhim Namem Chalhub – A afetação das Incorporações Imobiliárias.
1 - Antecedentes
Dentro das questões imobiliárias, um dos tópicos mais importantes diz respeito às
INCORPORAÇÕES IMOBILIÁRIAS. Isto porque, uma incorporação imobiliária implica
em tomar um terreno e sobre ele edificar unidades distintas e independentes entre si, porém
unidas por situações necessárias a fim de atender os objetivos de uma habitação coletiva.
Significa portanto, mobilizar fatores de produção com objetivos definidos para construir e,
antes, durante ou após a conclusão da construção, vender as unidades imobiliárias que
integram a edificação coletiva. Para tanto, há o envolvimento de pessoas e técnicos das
mais variadas especialidades e funções, objetivando levar a cabo o empreendimento até a
sua conclusão, e finalizando todo o processo com a individualização e discriminação de
cada uma das unidades edificadas, fazendo o assentamento no Registro de Imóveis da
circunscrição a que originalmente o terreno encontrava-se matriculado.
Até 1964 a atividade de construção civil era feita de forma desordenada e sem
qualquer legislação específica. Os poucos empresários que de dispunham a construir
prédios condominais se perdiam na própria falta de planejamento e na incerteza da liquidez
de recebimento das unidades vendidas durante a construção. Muitos compradores não
efetuavam os pagamentos e consequentemente, atrasava-se ou inviabilizava-se a conclusão
do empreendimento.
Com a criação do BNH em agosto de 1964 tornou-se imperioso uma legislação
regularizadora da atividade de construção civil voltada para as edificações residenciais.
Assim, neste mesmo ano de 1964, no dia 16 de dezembro é sancionada a Lei nº 4.591,
1
elaborada pelo eminente jurista Caio Mário da Silva Pereira, recebendo o nome de
Condomínio e Incorporações, por dispor sobre “Condomínio em edificações e as
Incorporações imobiliárias”.
A primeira parte da lei (arts. 1 ao 27), cuida das relações condominais, ou seja, a
vida, os direitos e as obrigações dos co-proprietários, normatizando as relações em comum
entre eles. A segunda parte, por sua vez (arts. 28 a 66), se ocupa das edificações ou
conjunto de edificações de prédios residenciais e não residenciais.
Com a entrada em vigor do novo Código Civil, a primeira parte foi quase toda por
ele absorvida. Como já visto na parte I deste trabalho, sob nº 2, não se trata de modificar-
lhe o conteúdo, mas apenas modernizando certas expressões ou adaptando às novas
características de vida em comum das grandes cidades. Uma das significativas inovações
foi a substituição do termo condomínio especial por “Condomínio Edilício”, termo até
então desconhecido pela legislação civil.
Assim, se a primeira parte foi absorvida pelo Código Civil, o mesmo não se pode
dizer da parte II que encontra-se em vigor regendo as incorporações, valendo ressaltar que
o seu artigo 30 foi acrescido dos arts. 30-A até 30-G em razão da Medida Provisória nº
2.221 de 04 de setembro de 2001 incorporando o instituto da afetação (Patrimônio de
Afetação). Esta Medida Provisória foi revogada pela Lei n° 10.931/2004 e introduzindo de
forma definitiva e já incorporada no texto, o Patrimônio de Afetação através dos artigos 31-
A a 31-F. Assim temos que, para bem entender o instituto da afetação é necessário uma
leitura da Lei n° 10.931/2004 em seus artigos 1° ao 10° e da Lei n° 4.591/64 , os já citados
artigos 31-A ao 31-F.
No sentido amplo, incorporar significa incluir, juntar, anexar uma coisa a outra,
dando assim uma nova forma. Essa junção pode se dar de diversas maneiras, como por
exemplo, incorporar o lucro suspenso ao capital de uma empresa; duas ou mais empresas
que são absorvidas por uma terceira, uma edificação que se constrói em determinado
terreno, etc.
No sentido restrito de incorporação imobiliária, diz-se do negócio que tem como
atividade e objetivo mobilizar fatores diversos como de produzir, construir e comercializar,
antes, durante ou após a conclusão, unidades imobiliárias em edificações coletivas com
parte de frações de uso privativo e outras de uso coletivo, seja sob forma de moradia,
(apartamentos), seja para exploração comercial (salas, lojas, etc).
No artigo 28, parágrafo único da referida Lei encontramos o conceito de
incorporação imobiliária:
“Considera-se incorporação imobiliária a atividade exercida com o intuito de
promover e realizar a construção, para alienação total ou parcial, de edificações ou
conjunto de edificações compostas de unidades autônomas”.
1
Orlando Gomes em sua obra “Contratos”, faz importante observação sobre o
aparecimento dos negócios imobiliários:
“A expansão, nos mais adiantados centros urbanos, do mercado imobiliário,
encaminhou para as edificações em condomínio a solução de problemas de
habitação e da concentração comercial, ensejando o exercício de uma atividade
profissional através de relações contratuais tão frequentes e importantes que
determinaram a tipificação do negócio jurídico denominado, na lei, contrato de
incorporação imobiliária” (Orlando Gomes, Contratos, Forense, 17ª ed., pág. 445)
Com o êxodo rural rumo aos grandes centros urbanos que se industrializavam,
surgiu a necessidade de buscar uma solução para a crise da moradia decorrente dessa
expansão. Foi a iniciativa privada que primeiro se manifestou, fazendo-o através da
implantação de uma nova técnica de construção – a moradia multifamiliar em edificações
verticais, originando-se assim as incorporações imobiliárias na figura de uma nova
atividade, a de incorporador.
3 - O Incorporador
1
Aquisição do terreno onde se pretende construir:
Aprovar o projeto nos órgãos competentes;
Memorial de incorporação devidamente registrado no Cartório de Registro de
Imóveis;
Contratação da construção
Comercialização das unidades que compõem o projeto;
Conclusão da obra;
Registro individual no Cartório de Registro de Imóveis de cada unidade
comercializada;
Instalação de constituição do condomínio com entrega do prédio aos
condôminos.
Oportuno reproduzir o art. 32 da Lei 4.591/64 em que são feitas as exigências para que
possa ser feito o arquivamento do memorial de incorporação junto ao Cartório de Registro
de Imóveis, condição essa indispensável para que as unidades possam ser comercializadas:
“Art. 32 – O incorporador. Somente poderá negociar sobre unidades autônomas após
Ter arquivado, no cartório competente de Registro de Imóveis, os seguintes
documentos:
a) título de propriedade de terreno, ou de promessa, irrevogável e irretratável, de
compra e venda ou de cessão de direitos ou de permuta, do qual conste cláusula de
imissão na posse do imóvel, não haja estipulações impeditivas de sua alienação em
fração ideais e inclua consentimento para demolição e construção, devidamente
registrado;
b) certidões negativas de impostos federais, estaduais e municipais, de protesto de
títulos, de ações cíveis e criminais e de ônus reais relativamente ao imóvel, aos
alienantes do terreno e ao incoporador;
c) histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 20 (vinte)
anos, acompanhado de certidão dos respectivos registros;
d) projeto de construção devidamente aprovado pelas autoridades competentes;
e) cálculo das áreas das edificações, discriminando, além da global, a das partes
comuns, e indicando, para cada tipo de unidade, a respectiva metragem de área
construída;
f) certidão negativa de débito para com a Previdência Social, quando o titular de
direitos sobre o terreno for responsável pela arrecadação das respectivas contribuições;
g) memorial descritivo das especificações da obra projetada, segundo modelo a que
se refere o inciso IV, do art. 53, desta Lei;
h) avaliação do custo global da obra, atualizada à data do arquivamento, calculada
de acordo com a norma do inciso III, do art. 53, com base nos custos unitários referidos
no art. 54, discriminando-se, também, o custo de construção de cada unidade,
devidamente autenticada pelo profissional responsável pela obra;
i) discriminação das frações ideais de terreno, com as unidades autônomas que a
elas corresponderão;
j) minuta da futura Convenção de Condomínio que regerá a edificação ou o
conjunto de edificações;
l) declaração em que se defina a parcela do preço de que trata o inciso
II, do art. 39;
1
m) certidão do instrumento público de mandato, referido no §1º do art. 31;
n) declaração expressa em que se fixe, se houver, o prazo de carência (art.34);
o) atestado de idoneidade financeira, fornecido por estabelecimento de crédito que
opere no País há mais de 5 (cinco) anos;
p) declaração, acompanhada de plantas elucidativas, sobre o número de veículos
que a garagem comporta e os locais destinados à guarda dos mesmos.
§ 1º. A documentação referida nestes artigos, após o exame do oficial de registro de
imóveis, será arquivada em cartório, fazendo-se o competente registro.
1
§ 9º. O oficial do registro de imóveis não responde pela exatidão dos documentos
que lhe forem apresentados para arquivamento em obediência ao disposto nas alíneas e, g, h
l e p deste artigo, desde que assinados pelo profissional responsável pela obra.
§ 10º. As plantas do projeto aprovado(alínea d deste artigo) poderão ser
apresentadas em cópia autenticada pelo profissional responsável pela obra, acompanhada
de cópia de licença de construção.
§ 11º. Até 30 de junho de 1966, se, dentro de 15(quinze) dias da entrega ao Cartório
do Registro de Imóveis da documentação completa prevista neste artigo, feita por carta
enviada pelo Ofício de Títulos e Documentos, não tiver o Cartório de Imóveis entregue a
certidão de arquivamento e registro, nem formulado, por escrito, as exigências previstas no
6º. Considerar-se-á de pleno direito completado o registro provisório.
§ 12º. O registro provisório previsto no parágrafo anterior autoriza o
incorporador a negociar as unidades da incorporação, indicando na sua
publicação o número do Registro de Títulos e Documentos referente à remessa
dos documentos ao Cartório de Imóveis, sem prejuízo, todavia, da sua
responsabilidade perante o adquirente da unidade e da obrigação de satisfazer
as exigências posteriormente formuladas pelo Cartório, bem como de
completar o registro definitivo.
4 - Da Responsabilidade do Incorporador
Cada etapa de uma construção requer fiel observação aos preceitos da lei, sob pena
de, não o fazendo, responder o incorporador por danos que venha causar a terceiros. Além
da responsabilidade prevista nos artigos 32 e 43 da Lei 4591/64, enquadra-se ainda o
incorporador:
1
O artigo 618 do Código Civil, que diz: “Nos contratos de empreitada de edifícios ou
outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá,
durante o prazo irredutível de 5 (cinco) anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim
em razão dos materiais, como do solo”.
1
afirmação falsa sobre a constituição do condomínio, alienação de frações ideais ou
sobre a construção das edificações”.
II - o incorporador, o corretor e o construtor, individuais, bem como os diretores ou
gerentes de empresas coletiva, incorporadora, corretora ou construtora que usarem,
ainda que a título de empréstimo em proveito próprio ou de terceiros, bens ou haveres
destinados a incorporação contratada por administração, sem prévia autorização dos
interessados.
Parágrafo 2º - O julgamento destes crimes será de competência do juízo singular,
aplicando-se os arts. 5º, 6º e 7º da lei nº 1.521, de 26 de dezembro de 1951.
Parágrafo 3º - Em qualquer fase do procedimento criminal objeto deste artigo, a prisão
do indiciado dependerá sempre de mandado do juízo referido no § 2º.
Art. 66 – São contravenções relativas à economia popular, puníveis na forma do art. 10
da Lei nº 1.521, de 26 de dezembro de 1951.
I – Negociar o incorporador frações ideais de terreno, sem previamente satisfazer às
exigências constantes desta Lei;
II – Omitir o incorporador em qualquer documento de ajuste, as indicações a que se
referem os arts. 37 e 38 desta Lei;
III – Deixar o incorporador, sem justa causa, no prazo do art. 35 e ressalvada a hipótese
de seus § § 2º e 3º, de promover a celebração do contrato relativo à fração ideal de
terreno, do contrato de construção ou da Convenção do Condomínio;
IV – (vetado)
V – Omitir o incorporador, no contrato, a indicação a que se refere o § 5º do art. 55º
desta Lei;
VI – Paralisar o incorporador, a obra por mais de 30 (trinta) dias, ou retardar-lhe
excessivamente o andamento sem justa causa;
Pena – multa de 5 (cinco) a 20 (vinte) vezes o maior salário mínimo legal vigente no
País.
Parágrafo único – No caso de contratos relativos a incorporação, de que não participe o
incorporador, responderão solidariamente pelas faltas capituladas neste artigo o
construtor, o corretor, o proprietário ou titular de direitos aquisitivos do terreno, desde
que figurem no contrato, com direito regressivo sobre o incorporador, se as faltas
cometidas lhe forem imputáveis.
5 - Da Responsabilidade do Corretor
1
Conforme estatui o parágrafo primeiro do art. 65, o corretor, bem como a
imobiliária que faz a intermediação da comercialização estão sujeitos às mesmas penas
aplicadas ao incorporador por qualquer infração á legislação própria que rege a matéria.
É de se observar que a lei é bastante clara ao estatuir que o “corretor, individual”,
ou seja, independente de estar exercendo a corretagem em caráter individual ou através de
imobiliária, responde pelos danos que venha a causar a seus clientes. Desta maneira, o
profissional do mercado imobiliário que se dispõe a trabalhar com lançamentos imobiliários
precisa estar bastante atento para uma vasta legislação que lhe atribui responsabilidade pelo
negócio que intermedeia ao mesmo tempo que prevê as penalidades a que se sujeita.
Tem assim o corretor que estar atento ao artigo aqui estudado e ainda, o Código
Civil, quando trata dos serviços de corretagem (arts. 722 a 729); o Código de Defesa do
Consumidor em diversos de seus dispositivos e, por último a legislação emanada do
Conselho Federal dos Corretores de Imóveis que também atribui grande responsabilidade e
punibilidade ao corretor no exercício de suas funções.
6 - Da Construção em Geral
1
Para as construções realizadas sem que o incorporador assuma o ônus e o risco do
empreendimento, a Lei 4.591/64, em seu art. 48 disciplina duas modalidades para a
execução de qualquer construção sob a forma de condomínio.
“Art. 48 – A construção de imóveis, objeto de incorporação nos moldes previstos
nesta Lei, poderá ser contratada sob o regime de empreitada ou de administração,
conforme adiante definidos, e poderá estar incluída no contrato com o incorporador,
ou ser contratada diretamente entre os adquirentes e o construtor.
§ 1º - O projeto e o memorial descritivo das edificações farão parte integrante e
complementar do contrato;
§ 2º - Do contrato deverá constar o prazo de entrega das obras e as condições e
formas de sua eventual prorrogação”.
Nas construções feitas sob o regime de empreitada, fica a critério das partes a
definição sobre o preço, que poderá ser fixo ou reajustável. Sendo a construção contratada a
preço fixo, todo o risco de futuras variações de preço constituem ônus do construtor,
quaisquer que sejam as causas determinantes dos aumentos de preço de material ou de mão
de obra. Optando pelo reajustamento do preço, deverá constar do contrato qual o índice
pactuado dentre aqueles permitidos em lei, bem como a forma e a época dos reajustes.
Nesta modalidade de construção, é criada uma Comissão de Representantes com o
fim de fiscalizar o andamento da obra e a obediência aos projetos e às especificações bem
como o cálculo dos reajustamentos dos preços, quando esta for a forma escolhida.
Na publicidade para venda de unidades sob o regime de empreitada em que o preço
é reajustável, obriga-se o construtor a fazer constar explícitamente o preço da fração ideal
do terreno e o preço da construção, com indicação expressa da reajustabilidade., ficando
dispensada tal exigência nos anúncios em jornais, os chamados de “classificados”.(art. 56).
8 - Da Construção por Administração
1
papel de, em nome de todos os condôminos, fazer uma fiscalização constante, rigorosa
quanto ao cumprimento do contrato por parte do construtor, bem como das planilhas de
preços. Para o exercício de tal papel, a Comissão de Representantes deverá ter a outorga
dos poderes necessários para o cumprimento do previsto no art. 61 que assim se expressa:
Art. 61 – A Comissão de Representantes terá poderes para, em nome de todos os
contratantes e na forma prevista no contrato:
a) a) examinar os balancetes organizados pelos construtores, dos recebimentos e
despesas do condomínio dos contratantes, aprová-los ou impugná-los,
examinando a documentação respectiva;
b) b) fiscalizar concorrências relativas às compras dos materiais necessários à
obra ou aos serviços a ela pertinentes;
c) c) contratar, em nome do condomínio, com qualquer condômino, modificações
por ele solicitadas em sua respectiva unidade, a serem administradas pelo
construtor, desde que não prejudiquem unidade de outro condômino e não
estejam em desacordo com o parecer técnico do construtor;
d) d) fiscalizar a arrecadação das contribuições destinadas à construção;
e) e) exercer as demais obrigações inerentes a sua função representativa dos
contratantes fiscalizadora da construção, e praticar todos os atos necessários ao
funcionamento regular do condomínio.
Pedro Elias Avvad e Rafael Augusto de Mendonça Lima fazem importante
observação quanto a uma forma derivada do sistema de construção por administração e
conhecida pelo nome de “Condomínio Fechado”. Pela importância e clareza do tema, vale a
sua reprodução:
“Trata-se de “incorporação” informal – porque dispensa o arquivamento do
memorial de incorporação – usualmente realizada por construtora, interessada, tão-
somente, na execução da obra nessa modalidade de contrato “por administração”,
que “opciona” a compra de um terreno para a realização do “condomínio fechado”.
Esse incorporador informal adquire a propriedade ou promete comprá-la para cessão
aos futuros proprietários, ou ainda, contrata a compra diretamente em nome dos
condôminos, tão logo reunidos em número suficiente para aquisição de todas as unidades.
A rigor, no condomínio fechado não haveria a figura do incorporador porquanto os
adquirentes de frações constituem um condomínio pro indiviso na propriedade do terreno e,
desse mesmo modo, em teoria, executam a obra para, ao final, no momento da averbação
da construção, discriminarem, em conjunto, as unidades que caberão a cada um desses
condôminos e que se vincularão às respectivas frações. Portanto, à primeira vista, os
incorporadores, nesses tipos de empreendimentos, seriam os próprios adquirentes das
1
frações, mas há casos em que será possível se venha a responsabilizar, como incorporador:
o proprietário do terreno se, ao prometer vender as frações, aceitar o pagamento do preço,
no todo ou em parte, em unidades a serem construídas pelos adquirentes das demais
frações(através de permuta no local) ou, então: a própria construtora, que em geral é quem
ajusta a compra do terreno, quando revende o terreno em frações e contrata, ela própria, a
construção, responsabilizando-se pela realização do empreendimento.
No condomínio fechado o pagamento do preço do terreno através de unidades a
serem construídas no local (promessa de permuta de frações retidas pelo proprietário do
terreno) é a forma mais usual de negociação do terreno e viabilização desse tipo de negócio
imobiliário.
No condomínio fechado, os adquirentes das frações contratam a construção pelo
regime da administração e quando obtido o habite-se realizam a averbação da construção de
suas respectivas unidades, juntamente com o registro da convenção do condomínio que for
entre eles aprovada.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Memoriais de
Incorporação –
Instituições e
Convenções de Condomínios. Selemara Berckembrock Ferreira
1
Garcia
RESUMO
Introdução
1
Com o êxodo rural e conseqüente explosão demográfica dos grandes
centros, houve a necessidade de buscar uma nova solução para a crise de
moradia. Como medida para solucionar tal impasse surgiram os edifícios
verticais, uma nova técnica de construção que deu origem às incorporações,
instituição e as convenções de condomínios.
1. Incorporação
1
título de aquisição nascem os direitos e obrigações dos contratantes, ou seja,
o que hoje se denomina convenção.
Em sentido lato sensu é o edifício que se constrói no imóvel para dele fazer
parte, resultando a referida atividade humana da reunião de manifestações de
vontade, exprimíveis muitas vezes em contratos, que mantém uma relação
de unidade entre si.
1
1.2. Elementos essenciais da incorporação
1
julgarem necessárias para efetivar o registro. Em caso de divergência, o
Oficial levantará dúvida, perante o juiz competente, na forma prescrita na lei
processual e, satisfeitas elas, terão o prazo de 15 dias para fornecer certidão.
1
O registro é indispensável para a produção de efeitos reais. O título aparece
como condição para ser feito o registro, de modo que o Direito Real não pré-
existe nem está consubstanciado no próprio título, dependendo sua
existência da realização do registro no Cartório de Registro de Imóveis.
1
imobiliária, caso não tenha sido realizada até a expedição pela autoridade
competente do Auto de Conclusão da Obra ("habite-se"), não estaremos
mais fazendo referência à incorporação imobiliária, mas à instituição de
condomínio.
Para Meireles 7:
1
Destarte, o contrato-promessa de venda de unidade a construir onera o
terreno como direito real preliminar. Enquanto não terminada a construção, a
situação jurídica real é de uma co-propriedade. Nesta sistemática, existe
apenas uma expectativa de direitos. Uma vez construído o edifício
automaticamente o efeito real sobre a unidade autônoma se caracteriza: ao
direito preliminar sucede um direito sobre a unidade e as respectivas partes
comuns que se formalizará com o registro da unidade condominial na
matrícula própria. Requerido o registro dos contratos, far-se-á,
primeiramente a descrição da unidade a ser construída com todos os
caracteres necessários à individuação do imóvel, e, em seguida, o registro
(ou averbação, conforme o caso) desse contrato. O registro das promessas de
aquisição confere aos promitentes adquirentes o direito real de propriedade,
classificado como um direito real sui generis, e com o Registro esse ato de
vontade adquire publicidade, passando a ser oponível erga omnes.
1
1.6.2. Extinção do contrato de incorporação:
2. O Incorporador
1
pena de responsabilidade civil e criminal, a sua exatidão, a que envolve,
desde logo, a operação se não falta à qualidade legal ao que promove o
empreendimento.
1
Podem ser incorporadores: o proprietário do terreno, promitente comprador,
cessionário deste ou promitente cessionário, cujo título, devidamente
registrado, satisfaça os requisitos da alínea "a", do art. 32 da lei 4591/64; o
mandatário do proprietário do terreno, promitente comprador, cessionário
deste ou promitente cessionário deste, desde que outorgado o mandato por
instrumento público, feito com as ressalvas previstas no § 1º, do art. 31,
devendo o incorporador exercer a atividade de construtor ou corretor de
imóveis (alínea "b", do art. 31)
Segundo Cambler8:
1
responsável pelo custeio da construção; a existência de ônus real ou fiscal,
ou ainda, de ocupação do imóvel; o modo de pagamento do preço da
construção e o custo da fração ideal do terreno (arts. 35, § 6º, 37, 38, 39 e
40); dar andamento regular às obras, e, se contratou a entrega da unidade a
prazo e preço certos, terá o dever de: informar os adquirentes, por escrito, no
mínimo de seis em seis meses, do estado da obra; responder civilmente pela
execução da incorporação, indenizando os adquirentes dos danos que
sofrerem por não ter concluído a edificação ou por ter retardado
injustamente a conclusão da obra, cabendo-lhe, porém, ação regressiva
contra o construtor, se este for o culpado; responder subsidiariamente com
seus bens, se vier a falir; não alterar o projeto, exceto se houver permissão
unânime dos interessados ou exigência legal; não modificar as condições de
pagamento, nem reajustar o preço das unidades (art. 43, i a v); se vier, sem
justa causa, a paralisar as obras por mais de 30 dias, o juiz poderá notificá-lo
para que, no prazo mínimo de 30 dias, as reinicie ou torne a dar-lhes o
andamento normal (art. 43, VI da lei 4591/64); Providenciar a averbação da
construção, após a obtenção da "habite-se" (art. 44 e par.).
3. Memorais de Incorporação
1
descrevendo. E, muitas vezes, justificando a sua menção com a juntada ou a
anexação de documentos que os provem.
4. Instituição de Condomínio
1
todos os titulares do condomínio, na hipótese de co-propriedade indivisa, o
instrumento é, ao mesmo tempo, institucional e contratual. Se for declarado
por sentença o ato é a própria sentença judicial.
1
Seja qual for a causa geradora, a propriedade horizontal não é um fato
jurídico natural, sempre dependendo sua existência da vontade específica de
seus instituidores e do cumprimento das exigências legais.
Ao mesmo tempo em que lhes impõe um dever, a lei faz sentir que o registro
é requisito formal "ad substantiam", e que, sem ele, não há condomínio por
unidades autônomas.
4.2. Requisitos
1
3ª) os vários proprietários de um terreno comum desejam construir um
prédio de vários apartamentos, ficando cada qual com uma unidade
condominial isolada. Neste caso, é necessário a lavratura de escritura de
especificação, instituição e convenção de condomínio e divisão amigável,
fazendo-se imperativa a forma pública por se tratar de forma de transmissão
de propriedade, registrando-se, posteriormente, a instituição e especificação
do condomínio, a convenção de condomínio e a divisão, com abertura de
matrículas individuais para cada unidade e lançamento do respectivo
registro.
5. Convenção de Condomínio
1
5.2. Direitos e deveres dos condôminos
5.3 Aprovação
Sua aprovação deve ser dada por 2/3 das frações ideais que compõe o
condomínio, com suas devidas assinaturas, tendo em vista que a convenção
do condomínio estatui restrições à liberdade de ação de cada um, em
benefício da coletividade, e estabelece regras proibitivas e impeditivas, a que
todos se sujeitam.
5.4. Registro
5.5. Requisitos
1
b) Indicação da destinação das diferentes partes e do modo de utilização das
coisas e serviços comuns;
Conclusão
1
de unidade a construir, que está relacionado como coisa futura. A situação
jurídica real é de uma co-propriedade. Esse contrato deve ser registrado às
margens do registro da incorporação para gerar efeitos contra terceiros.
Dentro das disposições legais que devem ser seguidas pelos futuros
condôminos encontram-se a convenção do condomínio. Inicialmente ela é
apresentada como minuta, pelo incorporador, no registro da incorporação, e
futuramente deve ser averbada suas alterações, as quais são realizadas pelos
condôminos em assembléia geral. Essa convenção não é um contrato, ela
tem caráter normativo obrigando a todos aqueles que ingressarem no
universo do condomínio seguirem suas regras.
1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1
Paulo: Revista dos Tribunais, 1983, p. 208. (Par. 1.326, n.3)
4
DINIZ, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro. 3. ed. rev. e atual.
São Paulo: Saraiva, 1985. (v. IV)
5
CAMBLER, Everaldo Augusto. Incorporação Imobiliária. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1993, p. 17.
6
BATALHA, Wilson de Souza Campos. Comentários à lei de registro
público. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1984, p. 570. (n. 6.17.5)
7
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito de Construir. 4. ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1996.
8
CAMBLER, Everaldo Augusto, op. cit., pp. 237-238.
9
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Incorporações e Condomínio. Rio de
Janeiro: Forense, 1969, p. 240.
10
SILVA, De Plácido &, op. cit., pp. 176-177. (v. III)
11
SILVA, De Plácido &, op. cit, p 486. (v. II)
12
SILVA, De Plácido &, op. cit., p.558. (v. I)
13
BATALHA, Wilson de Souza Campos, op. cit., p. 325.
14
LOPES, João Batista. Condomínio. 5. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1996, p.54.
http://www.unimep.br
Telefone: (19) 3124-1520
Fax: (19) 3124-1529
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15
PEREIRA, Caio Mário da Silva, op. cit., p. 130.
A afetação das incorporações imobiliárias. Lei nº 10.931/2004
www.jus.com.br Texto extraído do Jus Navigandi
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7595
Melhim Namem Chalhub - advogado e professor no Rio de Janeiro (RJ)
1
Sumário:1. Introdução. 2. Breve nota sobre a teoria da afetação e sua aplicação às incorporações
imobiliárias. 3. A estrutura normativa do regime de afetação das incorporações. 3.1. Definição
legal, constituição do patrimônio separado e seus efeitos. 3.2. Procedimentos em caso de falência da
empresa incorporadora. 4. Aspectos tributários. 5.
Nota crítica: deficiências, excessos e incongruências. 6. Conclusão.
1. Introdução
A Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, introduz no direito positivo brasileiro um moderno
mecanismo de segregação de riscos, aplicável às incorporações imobiliárias, que constitui, sem
dúvida, atividade de extraordinário alcance econômico e social. A lei resulta do Projeto de Lei nº
2.109/99, que reproduz anteprojeto originário do Instituto dos Advogados Brasileiros, ao qual foi
anexado o Projeto de Lei do Poder Executivo nº 3.065/2004, este reunindo diversas matérias
relativas aos mercados de capitais, financeiro e imobiliário. O regime de afetação preenche
importante lacuna da Lei das Incorporações, pois, apesar de essa lei conter mecanismos de proteção
contratual, não contemplava meios de proteção patrimonial, circunstância que poderia deixar
expostos a risco os adquirentes e demais credores do empreendimento, em caso de frustração do
empreendimento, inclusive em razão de falência do incorporador.
Trata-se de importante mecanismo de resolução extrajudicial de problemas decorrentes do
desequilíbrio econômico-financeiro da incorporação, na medida em que, independente de
intervenção judicial, possibilita aos adquirentes substituir o incorporador na administração do
negócio e prosseguir a obra. Caso venha a ocorrer a falência da incorporadora, os créditos
vinculados à incorporação afetada não estarão sujeitos a habilitação no Juízo da falência, devendo
ser satisfeitos com as receitas da própria incorporação, cuja administração passa a ser conduzida
pela comissão de representantes dos adquirentes, com autonomia em relação ao processo falimentar.
Essa autonomia é ratificada pela recente Lei n° 11.101/2005, que regulamenta a
Recuperação da Sociedade Empresária e do Empresário, ao estabelecer, no inciso IX do art. 119,
que as atividades relacionadas a patrimônios de afetação prosseguirão independente do processo de
falência até que cumpram sua finalidade. A nova estruturação atende às atuais necessidades do
mercado e da sociedade; de uma parte, acrescenta à atividade da incorporação novos elementos, que
poderão revitalizar a credibilidade do negócio perante a clientela; de outra parte, do ponto de vista
jurídico-empresarial, ajusta-se à atual tendência da teoria contratual, assentada nos princípios da
boa-fé e da equidade, ao dar maior nitidez ao negócio, com mecanismos de controle mais eficazes e
novos elementos de equilíbrio do contrato.
2. Breve nota sobre a teoria da afetação e sua aplicação às incorporações imobiliárias –
A afetação encontra justificativa na necessidade de se privilegiar determinadas atividades
merecedoras de tutela especial. Francesco Messineo assinala que a razão de ser da segregação
patrimonial está ligada à idéia de "1) atribuir ou reservar certos bens a uma determinada exclusiva
destinação, de maneira que fique excluída outra destinação, mesmo que não possa ser alcançada; 2)
ou então reservar a um certo grupo de credores um determinado núcleo de bens, sobre os quais
possam eles satisfazer-se com exclusão dos outros, com a conseqüência de que os outros credores
fiquem excluídos e de que, sobre os outros bens, tal grupo de credores não pode alegar direitos ou
que, ao contrário, este grupo pode satisfazer-se só subsidiariamente, e se necessário, sobre os
restantes bens do sujeito (devedor)" [01]
A afetação é, de fato, como registra Caio Mário da Silva Pereira, engenhosa concepção pela
qual determinados bens passam a vincular-se a um fim determinado, são gravados com um encargo
1
ou são sujeitos a uma restrição, de modo que, "separados do patrimônio e afetados a um fim, são
tratados como bens independentes do patrimônio geral do indivíduo." [02]
Temos defendido a aplicação da teoria da afetação para uma série de negócios típicos da
sociedade contemporânea, sobretudo aqueles em que se promove a captação de recursos do público
para contratos de investimento coletivo, como são os casos dos fundos de investimento, das
incorporações imobiliárias e do fornecimento de capital para criação e
comercialização de gado, entre outros, chamando a atenção para a necessidade de expressa previsão
legal para a afetação de bens e direitos, salientando que "a formação desses patrimônios é
submetida ao princípio do ‘numerus clausus’. Assim, para resguardo dos interesses de terceiros, a
lei deve prever expressamente os meios de publicidade da constituição dos patrimônios de
afetação." [03]
Esses princípios estão presentes no trust e constituem elemento essencial dessa figura
jurídica, operando como mecanismo de extrema utilidade para realização de inúmeros negócios e
em múltiplas situações, como, por exemplo, os investment trust. Como se sabe, por efeito da
afetação, os bens que integram a carteira dos fundos de investimento não se confundem nem se
comunicam com o ativo da instituição administradora do fundo, de modo que a eventual falência ou
liquidação extrajudicial dessa instituição não afeta os direitos dos titulares de quotas do fundo;
vindo a administradora a falir, os investidores a substituem, prosseguindo os negócios do fundo com
outra administradora. [04]
A atividade de incorporação imobiliária é naturalmente vocacionada para a afetação, seja
em razão da relativa autonomia do empreendimento, considerado de per si, seja porque o custeio da
obra é, em parte, suportado pelos próprios adquirentes, com os recursos provenientes das prestações
pagas durante a obra, ou por financiamento, com recursos oriundos do Sistema Financeiro da
Habitação-SFH. Dados esses princípios, fica claro que a segregação patrimonial na incorporação
imobiliária se ajusta com perfeição à teoria da afetação. Observe-se a estrutura do negócio
incorporativo, traçada a partir do art. 28 da Lei 4.591/64.
De acordo com o art. 32 da Lei das Incorporações, o incorporador arquiva no Registro de
Imóveis um dossiê composto de documentos que definem por completo o objeto de cada negócio
incorporativo e seu programa financeiro, como que atribuindo-lhe identidade, que o distingue dos
demais empreendimentos e o torna único, inconfundível. No conjunto de elementos desse dossiê, é
possível vislumbrar uma certa autonomia material e financeira da incorporação. O Memorial de
Incorporação fixa o contorno e os elementos do patrimônio que será objeto de afetação. Compõem
esse dossiê o projeto de construção, a descrição e caracterização das futuras unidades imobiliárias
autônomas, a discriminação das frações ideais, o orçamento da obra, além de outras peças
enumeradas pelo art. 32 da Lei n° 4.591/64, tudo isso compondo um conjunto que atribui identidade
própria a cada incorporação e demonstra sua capacidade de geração de receita suficiente para a
completa realização da obra, com autonomia em relação a outras fontes de receita da empresa
incorporadora.
A existência de condições de auto-sustentação financeira viabiliza a segregação patrimonial
de cada incorporação, de modo que ela se desenvolva com suas próprias forças, com relativa
autonomia e, assim, a segregação afasta o risco de pressões decorrentes de compromissos da
empresa incorporadora, estranhos ao orçamento da obra do patrimônio
segregado.
3. A estrutura normativa do regime de afetação das incorporações –
1
Considerados esses pressupostos, a Lei n° 10.931/2004 introduz os arts. 31A a 31F à Lei n°
4.591/64, permitindo a segregação do patrimônio vinculado a cada incorporação imobiliária. Para
esse fim, faculta a criação de um regime de vinculação de receitas visando a completa execução da
obra e dá poderes aos adquirentes para, em caso de paralisação da obra, recuperação da empresa
incorporadora ou falência, prosseguir a obra com autonomia, independente de intervenção do
Judiciário. Para assegurar a eficácia do sistema, a lei torna
incomunicável o acervo da incorporação afetada, protegendo-o, conseqüentemente, contra os riscos
empresariais da incorporadora. O controle do negócio se realiza mediante balancetes e relatórios
trimestrais, demonstrando a movimentação financeira do empreendimento e o andamento da obra,
em cotejo com a programação financeira correspondente. Haverá uma contabilidade própria para
cada incorporação, destacada da contabilidade da incorporadora. A movimentação dos recursos é
feita em conta-corrente bancária específica. Em caso de falência da empresa incorporadora, a
Comissão de Representantes dos adquirentes assumirá a administração da incorporação e
prosseguirá a obra independente dos efeitos da falência, recolhendo à massa falida a eventual sobra,
se houver, depois de concluída a obra.
Trata-se de mecanismo extrajudicial de composição de interesses, dotado de especial
eficácia e extraordinário efeito social e econômico, na medida em que privilegia a continuidade da
atividade econômica, assegurando a circulação de riquezas, a manutenção da fonte de renda dos
trabalhadores e o cumprimento da função social do crédito.
3.1. Definição legal, constituição do patrimônio separado e seus efeitos
Dispõe o art. 31A que, a critério do incorporador, a incorporação poderá ser submetida ao
regime da afetação, "pelo qual o terreno e as acessões objeto da incorporação imobiliária, bem
como os demais bens e direitos a ela vinculados, manter-se-ão apartados do patrimônio do
incorporador e constituirão patrimônio de afetação, destinado à consecução da incorporação
correspondente e à entrega das unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes."
A afetação se efetiva mediante "termo de afetação", que deverá ser averbado no Registro de
Imóveis. A incorporação poderá ser afetada a qualquer momento, mesmo depois de iniciadas as
vendas, e nesse caso o "termo" deverá ser firmado pelo incorporador e pelos adquirentes. Uma vez
afetado, o patrimônio da incorporação é considerado incomunicável em relação aos demais bens,
direitos e obrigações do patrimônio geral da empresa incorporadora, bem como em relação aos
demais patrimônios de afetação que ela tiver constituído. Em conseqüência, cada incorporação-
patrimônio-de-afetação só responde pelas dívidas e obrigações a ela vinculadas.
Cada incorporação afetada tem ativo e passivo próprios, incumbindo ao incorporador
diligenciar a obtenção dos recursos necessários ao pagamento do passivo de cada patrimônio de
afetação. A segregação patrimonial, entretanto, não exclui o acervo da incorporação do patrimônio
geral do incorporador, nem limita sua responsabilidade pela incorporação, de modo que ele é que é
o responsável pela obtenção dos recursos para conclusão da obra e entrega das unidades, mesmo
retirando-os do seu patrimônio geral.
A afetação não atinge o direito subjetivo do incorporador, que, sendo titular do terreno e das
acessões, continua investido dos poderes de livre disponibilidade dos bens integrantes da
incorporação. A afetação, sendo um encargo que vincula esses bens a uma determinada destinação
(conclusão da obra e entrega das unidades aos adquirentes), apenas condiciona o exercício dos
poderes do titular da incorporação, impedindo que ele perpetre atos de desvio de destinação. Por
isso mesmo, os parágrafos 3° ao 8° do art. 31A autorizam o incorporador a constituir garantias reais
sobre os bens e direitos da incorporação, bem como a ceder os créditos oriundos da
1
comercialização, seja em termos plenos ou fiduciários. Mas, coerentemente com o regime de
vinculação de receitas visando a consecução da incorporação, esses dispositivos deixam claro que
(i) a constituição de garantias reais só é admitida em operação de crédito cujo produto seja
integralmente destinado à realização da incorporação, (ii) o produto da cessão de créditos, plena ou
fiduciária, passa a integrar o patrimônio de afetação. Pode o incorporador, entretanto, apropriar-se
"dos recursos financeiros que excederem a importância necessária à conclusão da obra (art. 44),
considerando-se os valores a receber até sua conclusão e, bem assim, os recursos necessários à
quitação de financiamento para a construção, se houver" (§ 8° do art. 31A).
O incorporador tem, assim, assegurado seu direito subjetivo de titular do negócio, mas a lei
lhe impõe determinadas obrigações correspectivas. Assim, a despeito de poder ceder até mesmo a
totalidade dos créditos oriundos da comercialização, ele é obrigado a "preservar os recursos
necessários à conclusão da obra", "manter apartados os bens e direitos objeto de cada
incorporação", manter e movimentar os recursos financeiros em conta de depósito específica para a
incorporação afetada, manter contabilidade separada e fornecer à Comissão de Representantes,
trimestralmente, balancetes e demonstrativos do estado da obra (art. 31D).
O fato de o incorporador ceder seus créditos ou constituir garantias sobre os bens e direitos
da incorporação não importa em transferência para o credor de nenhuma das obrigações ou
responsabilidades do cedente, do incorporador ou do construtor. O controle e a fiscalização do
desenvolvimento da incorporação afetada será feito pela Comissão de Representantes dos
adquirentes, a partir dos relatórios trimestrais que receberá do incorporador, bem como pela
instituição financiadora do empreendimento, mediante mecanismos livremente pactuados no
contrato de financiamento; para esse fim, a lei lhes faculta, às suas expensas, a realização de
auditoria na incorporação (art. 31C), se a situação do empreendimento a justificar. Concluída a
obra, entregues as unidades aos adquirentes e
paga a dívida decorrente do financiamento, se houver, a afetação se extingue. As hipóteses são
cumulativas; assim, se a obra foi concluída e entregues as unidades até então vendidas, mas ainda
há saldo devedor do financiamento, as unidades restantes continuam afetadas até que se complete o
pagamento do saldo devedor. Dá-se também a extinção da afetação em duas outras hipóteses, a
saber: (i) em caso de denúncia da incorporação, depois de restituídas as quantias aos adquirentes, e
(ii) em caso de liquidação da incorporação, deliberada pela assembléia geral.
3.2. Procedimentos em caso de falência –
Em caso de falência da empresa incorporadora, ou insolvência civil do incorporador, se
pessoa física, os efeitos da quebra não atingem os patrimônios de afetação, dispondo a lei,
expressamente, que o terreno, as acessões e demais bens, direitos creditórios, obrigações e encargos
objeto da afetação não podem ser arrecadados à massa falida (art. 31F). O texto legal (art. 31F)
assegura, assim, as condições jurídico-patrimoniais necessárias à continuidade da incorporação e,
afinal, apropriação das unidades por parte dos adquirentes. Fica claro que estão excluídos dos
efeitos da quebra não só o terreno e acessões, mas, também, os direitos creditórios representados
pelo saldo do preço dos contratos de venda das unidades, e essa exclusão é essencial para
cumprimento da destinação definida no art. 31A, pois o montante correspondente às prestações do
saldo do preço é que irá sustentar a conclusão da obra. Dispõe a lei que nos sessenta dias que se
seguirem à decretação da falência ou insolvência civil do incorporador, o condomínio dos
adquirentes, por convocação da Comissão de Representantes, ou, na sua falta, de um sexto dos
adquirentes ou, ainda, por determinação do juiz prolator da decisão, realizará assembléia geral para,
(i) por maioria simples, ratificar o mandado da Comissão ou eleger novos membros, (ii) por 2/3 dos
adquirentes, em primeira convocação, ou por maioria absoluta, instituir o "condomínio da
1
construção" e (iii) por esse mesmo quorum, deliberar pela continuação da obra ou pela liquidação
do patrimônio.
A Comissão de Representantes está investida de mandato legal para adotar todas as
providências necessárias à continuação da obra ou à liquidação do patrimônio, notadamente para
vender as unidades do "estoque" do incorporador ou, caso decidam pela liquidação, vender a
totalidade do acervo. A venda será feita mediante leilão extrajudicial, segundo o procedimento
estabelecido pelo art. 63 da Lei n° 4.591/64.
Aspecto de especial relevância nessa legislação é a rigorosa observância da ordem legal de
preferências dos credores, de modo tal que o produto do leilão será destinado em primeiro lugar ao
pagamento dos créditos trabalhistas, previdenciários e fiscais vinculados ao empreendimento, só
sendo distribuído aos demais credores posteriormente; havendo saldo, a quantia correspondente será
arrecadada à massa falida. As receitas da incorporação afetada destinam-se ao pagamento das suas
próprias obrigações e dívidas, vedado o desvio para qualquer outra finalidade. Assim sendo, a lei
deixa claro que as dívidas trabalhistas, previdenciárias e fiscais a serem satisfeitas com o produto
dos pagamentos feitos pelos adquirentes, bem como com o produto do leilão, são somente aquelas
vinculadas ao empreendimento, ficando "excluídas da responsabilidade dos adquirentes as
obrigações relativas, de maneira direta ou indireta, ao imposto de renda e à contribuição social
sobre o lucro, devidas pela pessoa jurídica do incorporador, inclusive por equiparação, bem como as
obrigações oriundas de outras atividades do incorporador não relacionadas com as incorporações
objeto de afetação" (§ 20 do art. 31F).
Além de não alterar o regime legal de preferências creditícias, a afetação patrimonial dá
maior liquidez aos créditos vinculados à incorporação, na medida em que as receitas provenientes
de cada patrimônio de afetação são mantidas apartadas para satisfação dos créditos a ele vinculados
e não podem ser desviados para outros patrimônios de afetação, ou para o patrimônio geral do
incorporador. Disso decorre que, havendo uma reserva patrimonial para cada grupo de credores,
eles receberão diretamente da Comissão de Representantes, que passará a administrar a
incorporação, estando esses credores, portanto, livres do processo de falência. Caso decidam pela
continuação da obra, "os adquirentes ficarão automaticamente sub-rogados nos direitos, nas
obrigações e nos encargos relativos à incorporação, inclusive aqueles relativos ao contrato de
financiamento da obra, se houver" (§ 11 do art. 31F). Para esse fim, a instituição financiadora
deverá promover o desdobramento do financiamento de modo a atribuí-lo aos adquirentes; a lei não
dispõe sobre o critério de rateio, mas parece razoável que o financiamento seja desdobrado na
proporção dos coeficientes de construção das unidades; se ainda houver saldo do financiamento,
relativo a etapas da obra ainda não executadas, a liberação deverá ser feita em nome dos
adquirentes, proporção que tiver sido feito o desdobramento; para simplificação operacional, a
liberação poderá ser feita mediante depósito na conta-corrente bancária que vier a ser aberta em
nome do condomínio da construção, que será movimentada pela Comissão de Representantes,
sendo certo, todavia, que os valores deverão ser lançados a débito de cada adquirente, na proporção
que lhes couber.
O saldo do preço de compra das unidades deverá ser pago à Comissão de Representantes,
permanecendo afetados os valores correspondentes, até o limite necessário à conclusão da obra.
Para assegurar os meios administrativos e financeiros à conclusão da obra, a lei confere à Comissão
de Representantes poderes para receber as prestações vincendas dos contratos de venda de unidades,
firmar recibo e dar quitação, devendo aplicar as quantias recebidas na conclusão da obra. Depois de
concluída a obra e averbada a construção no Registro de Imóveis, a Comissão de Representantes
deverá arrecadar à massa o saldo que porventura restar, relativo as parcelas do preço de venda das
unidades. Se o produto das vendas não for suficiente para concluir a obra e os adquirentes tiverem
1
completado com pagamentos além do preço de aquisição, deverão habilitar essa diferença como
crédito perante a massa falida.
A par da extraordinária eficácia da afetação, para garantia dos credores, a lei cuidou de
simplificar procedimentos visando facilitar ao máximo a outorga dos direitos aos adquirentes. Nesse
sentido, o § 3° do art. 31F investe a Comissão de Representantes de poderes irrevogáveis para que
outorgar aos adquirentes o contrato definitivo a que estiver obrigado o incorporador, livrando-os do
encargo de ir buscar em Juízo, no processo de falência, alvará para obtenção da escritura
"definitiva". A nova lei simplifica, também, os procedimentos de venda do terreno e acessões a
terceiros, caso a assembléia geral dos adquirentes resolva liquidar o patrimônio de afetação; nesse
sentido, uma vez aprovada, na assembléia geral, a venda, o preço e as condições de pagamento, a
Comissão de Representantes fica investida de poderes para firmar, em nome de todos os
adquirentes, a escritura de alienação; o produto da venda será destinado ao pagamento das dívidas
da
incorporação e o saldo será distribuído entre os adquirentes, depositando-se em Juízo os valores
pertencentes aos condôminos não localizados.
4. Aspectos tributários –
Sob o aspecto tributário, a afetação do patrimônio da incorporação não altera a
responsabilidade tributária da empresa incorporadora ou o sistema de apuração do lucro tributável.
A lei, entretanto, criou um regime especial, opcional, denominado "regime especial tributário do
patrimônio de afetação". Assim, poderá o incorporador manter a incorporação afetada subordinada
ao regime do lucro real ou adotar o regime especial da Lei n° 10.931/2004. Pelo regime especial, a
alíquota é de 7% da receita mensal recebida, e esse pagamento corresponderá ao pagamento
unificado dos seguintes impostos e contribuições:
I – IRPJ – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas – 2,2%;
II – PPIS/PASEP – Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do
Patrimônio do Servidor Público – 0,75%;
III – CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – 1,15%;
IV – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – 3%.
Os recolhimentos devem ser feitos a partir do mês da opção, até o 10° dia do mês
subseqüente àquele em que houver sido auferida a receita. É admitida a compensação, mas somente
por espécie e com o montante devido no mesmo período de apuração, até o limite desse montante.
Pelo regime especial, a incorporação afetada terá um número de inscrição próprio no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ, bem como código de arrecadação próprio. Os débitos do
regime especial não poderão ser parcelados.
Se o incorporador não optar pelo regime especial, continuarão sendo adotados os mesmos
procedimentos de apuração de resultados e oferecimento à tributação, apurando-se o resultado de
cada incorporação e, após, reunindo-se esses resultados no balanço geral do incorporador. Para esse
fim, procede-se à reunião dos resultados de cada uma das incorporações da empresa, somados aos
resultados não-operacionais e às participações, apurando-se o lucro líquido, ajustando-o pelas
adições, exclusões ou compensações, donde de apura o lucro real, que constitui a base de cálculo do
imposto de renda da empresa incorporadora (Regulamento do Imposto de Renda, arts. 219, 246, 248
e 277).
5. Nota crítica: deficiências, excessos e incongruências –
1
Não obstante o grande aperfeiçoamento que a nova lei introduz no sistema de proteção do
adquirente, preservando de forma eficaz seus direitos patrimoniais, restam ainda algumas
deficiências que prejudicam o pleno cumprimento da função social desse importante mecanismo.
Referimo-nos, em primeiro lugar, ao art. 31A, pelo qual a garantia da afetação será prestada por
opção do incorporador. Trata-se de caso esdrúxulo, em que é o devedor quem decide se prestará ou
não prestará garantia do cumprimento de suas obrigações. O dispositivo precisa ser modificado para
tornar compulsória a afetação patrimonial, até porque o que está em jogo é a proteção da economia
popular, e não a conveniência do incorporador.
De fato, a atividade da incorporação imobiliária se caracteriza pela captação de recursos do
público e sua aplicação em determinada obra; ao realizar oferta pública de imóveis a construir o
incorporador está lidando com a economia popular; esses elementos, por si sós, são suficientes para
configurar uma situação merecedora de tutela especial, e um dos propósitos basilares da afetação é
disciplinar essa modalidade de captação de recursos e preservar o patrimônio formado com recursos
dos adquirentes e demais credores. Esse fato, por si só, recomenda que toda e qualquer incorporação
deve ser qualificada como um patrimônio de afetação, independente de qualquer manifestação do
incorporador, bastando para tal o registro do Memorial de Incorporação.
Nada justifica que a afetação seja manejada a critério do incorporador, pois a proteção da
economia popular é matéria de interesse público que, a exemplo do que sucede no âmbito das
relações de consumo, decorre do "reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de
consumo" (Lei n° 8.078/90, art. 4°, I), daí a necessidade de intervenção legislativa "para compensar
eventual desvantagem contratual e garantir a segurança jurídica em favor do contratante mais fraco,
impondo, para tal, regime jurídico próprio para determinadas atividades."
Ao deixar a afetação a critério do incorporador, a Lei 10.931/04 concede vantagem
exagerada ao incorporador, agravando ainda mais a vulnerabilidade dos adquirentes e contrapondo-
se ao fundamento axiológico da norma, expresso na concepção original do anteprojeto do Instituto
dos Advogados Brasileiros e em quatro Projetos de Lei apresentados na Câmara Federal nesse
mesmo sentido, todos eles, unissonamente, caracterizando a incorporação imobiliária como um
patrimônio de afetação.
Outro aspecto que merece revisão é o regime tributário. Com efeito, os arts. 1° a 11 da Lei
n° 10.931/2004 instituem um regime tributário mais oneroso do que o regime do lucro real e do que
o do lucro presumido, circunstância que desestimula sua adoção pelo incorporador, prejudicando,
em última análise, os adquirentes. É que, na medida em que pode importar em aumento,
injustificado, da carga tributária, e sendo a afetação uma opção do incorporador, este preferirá
manter-se no sistema tradicional da incorporação, no qual não existe nenhuma proteção dos direitos
patrimoniais dos adquirentes. Para afastar esse obstáculo, propõe-se que o regime especial tributário
instituído pelos arts. 1° a 11 da Lei n° 10.931/2004 seja estruturado de acordo com os critérios do
regime do lucro presumido.
Nesse contexto ressalta um aspecto de especial relevância, na medida em que imputa
encargos absolutamente injustificáveis aos adquirentes. Com efeito, dispõe o art. 9° da Lei n°
10.931/2004 que, em caso de falência da empresa incorporadora, "perde eficácia a deliberação pela
continuação da obra (...), bem como os efeitos do regime de afetação instituídos por esta lei, caso
não se verifique o pagamento das obrigações tributárias, previdenciárias e trabalhistas, vinculadas
ao respectivo patrimônio de afetação (...), as quais deverão ser pagas pelos adquirentes em até um
ano daquela deliberação, ou até a data da concessão do habite-se, se este ocorrer em prazo inferior."
1
Nos termos em que está redigido, o art. 9° viola, a um só tempo, os princípios da isonomia,
da defesa do consumidor e do devido processo legal. Em primeiro lugar, é absolutamente
dispensável a transferência, para os adquirentes, da obrigação de pagar os encargos vinculados ao
patrimônio de afetação, pois o § 11 do art. 31F da Lei 4.591/64, com a redação dada pelo art. 53 da
Lei 10.931/2004, já contempla sua sub-rogação nos direitos e obrigações da incorporadora,
obrigando-os, portanto, ao pagamento dos débitos fiscais, previdenciários e trabalhistas vinculados
à respectiva incorporação.
Considerando que um dos pressupostos dessa segregação patrimonial é a vulnerabilidade
econômica e técnica dos adquirentes, a lei deveria conceder aos adquirentes condições de
pagamento mais favoráveis do que aquelas que normalmente são asseguradas às empresas, em
geral. Esta á uma das hipóteses em que o princípio constitucional da isonomia se realiza pela
desigualdade de tratamento, pelo qual se dá tratamento privilegiado para as categorias de pessoas
que se encontrem em situação de desvantagem econômica ou técnica, como é o caso dos
adquirentes de imóveis em construção, diante da caótica situação decorrente da falência da
incorporadora. Além disso, o art. 9° suprime direitos anteriormente
assegurados aos adquirentes pela Lei n° 4.591/64, pela qual já era assegurado o prosseguimento da
obra sem necessidade de resgate imediato dos débitos pendentes. A restrição ao exercício dos
direitos dos adquirentes é inadmissível, mesmo se se considerar que eles sejam devedores, ainda
que sejam devedores inadimplentes e mesmo que se mantenham na condição de devedores
inadimplentes, pois, como se sabe, a pendência de débito, mesmo em execução, não priva a pessoa
do uso e da fruição de seus bens ou direitos, mesmo que estes estejam submetidos a constrição
judicial.
A par da arbitrariedade, a proibição é desnecessária, pois os débitos em questão estão
garantidos pelo próprio patrimônio de afetação constituído pelo acervo da incorporação. De fato,
nos precisos termos da definição legal, é o ativo do patrimônio de afetação que responde pelas
obrigações contraídas para cumprimento da sua finalidade, e só ele responde por essas obrigações
(ressalvada, obviamente, a responsabilidade do incorporador pelos prejuízos que causar). De outra
parte, não há que se ter receio de que os adquirentes se esquivem do pagamento, subtraiam bens do
ativo do patrimônio de afetação ou os transfiram para outro local, pois esse ativo é constituído de
pedra e cal, fixo, inarredável. Além dessa estabilidade material, esse ativo é financeiramente
valorizável e o prosseguimento da obra só tende a valorizá-lo ainda mais, aumentando a garantia até
mesmo dos credores a que se refere o art. 9° da Lei 10.931/2004.
De outra parte, a despeito de constituir uma tutela especial que visa compensar a
vulnerabilidade dos adquirentes, a afetação protege, igualmente, os demais credores do
empreendimento, entre eles os trabalhadores, a previdência e o fisco. Assim sendo, além de ser
danoso aos interesses de todos os credores vinculados ao empreendimento, o art. 9° é
particularmente desastroso para os trabalhadores. É que, independentemente de afetação, os
compradores continuam a ter direito de prosseguir a obra, mas se eventualmente vier a ser extinta a
afetação, como prevê o art. 9° , os trabalhadores perdem o direito de receber seus créditos
diretamente do patrimônio de afetação, sendo obrigados a habilitar seus créditos no processo de
falência, devendo aguardar seu encerramento para recebê-los, o que só ocorrerá após a realização do
ativo da massa falida. A tudo isso acresce que essa proibição jamais poderia ser cogitada, pois se
contrapõe à própria finalidade da norma legal, que é facilitar a liberação para que a obra prossiga
sem obstáculos, e não bloqueá-la, como se depreende desse art. 9°.
Por todas essas razões, entendemos que deve ser revogado o art. 9° da Lei n° 10.931/2004.
Há, de outra parte, excessos em alguns mecanismos de controle, que podem contribuir para
emperrar o funcionamento da incorporação e devem, portanto, ser afastados. São os casos da
1
exigência de anuência dos adquirentes no "termo de afetação", de apresentação de balancetes e de
auditoria. A exigência de anuência dos adquirentes é dispensável e pode até tornar inexeqüível a
afetação.
Com efeito, a afetação é uma garantia em favor dos credores, entre eles os adquirentes, que
são beneficiários de uma tutela especial, de modo que a tomada da sua assinatura no "termo"
constitui ato burocrático absolutamente estéril, que pode, até, prejudicar a comunidade de
adquirentes, caso algum deles, por qualquer razão, se recuse a firmar o "termo." Só se justificaria
essa anuência em caso de algum ato que pudesse prejudicar os adquirentes, mas parece paradoxal
exigir sua assinatura para constituir uma garantia em favor deles mesmos, que não lhes impõe
nenhum encargo a não ser em seu próprio benefício, qual seja, o encargo de assumir a
administração da incorporação e dar prosseguimento à obra nos casos que a lei especifica.
Não se pode esquecer que a afetação importa numa restrição ao patrimônio separado do
incorporador, e não ao patrimônio dos adquirentes, sendo certo que essa restrição é instituída
exatamente para assegurar os direitos destes últimos. Na prática já começam a surgir dificuldades
para a tomada de assinaturas de adquirentes, podendo até ocorrer grande demora nessa diligência e,
até, a recusa de algum deles, por qualquer razão. A exigência é uma distorção em relação à garantia
dos adquirentes e pode dar causa a graves prejuízos para estes. De fato, a recusa de algum
adquirente poderá levar a comunidade de adquirentes a sofrer prejuízos de difícil ou impossível
reparação. A lei é omissa quanto às conseqüências dessa falta de anuência, circunstância que pode
gerar dúvidas e incertezas dos operadores. Nesse caso, salvo melhor juízo, o oficial do Registro de
Imóveis poderá suscitar dúvida ao juiz competente; alternativamente, o incorporador ou a comissão
de representantes poderia, diante desse fato, requerer suprimento judicial que assegurasse a
averbação do "termo" mesmo sem assinatura de todos os adquirentes. Em suma, considerando que a
afetação é garantia em favor dos adquirentes, a exigência de anuência poderia causar mais prejuízos
à comunidade de adquirentes do que a dispensa, razão pela qual sugerimos seja reformulada a
redação do art. 31B da Lei 4.591/64, substituindo-se a exigência de "assinatura" dos promitentes
compradores pela sua "cientificação." [05]
A apresentação de balancetes trimestrais e a auditoria são também exigências repetitivas e
excessivas, que tolhem a atuação do incorporador sem trazer nada em benefício dos adquirentes. De
fato, o incorporador é obrigado a apresentar, trimestralmente, um demonstrativo físico e financeiro
do empreendimento, no qual são considerados o estado da obra e sua correspondência com os
recursos captados e com a programação financeira do negócio. Essa demonstração atende as
necessidades de controle dos adquirentes, sendo dispensável o balancete. Parece ter havido certo
exagero do legislador nesse aspecto. De fato, aqueles que confiaram seus recursos ao empresário da
incorporação devem ter assegurado o direito de fiscalizar e acompanhar a incorporação, e é
exatamente nesse sentido que a lei obriga o incorporador a apresentar-lhes trimestralmente um
relatório do estado da obra e de sua correspondência com o prazo pactuado. Se tais informações não
forem suficientes para controle da aplicação dos recursos, aí, sim, seria razoável a busca de outros
documentos e novas informações que complementassem ou esclarecessem aspectos que, no
demonstrativo trimestral do estado da obra, tenham permanecido obscuros. Parece razoável que,
nesses casos, a lei preveja a busca de tais dados caso o incorporador, notificado, não os tenha
entregue tempestivamente.
6. Conclusão –
Em suma, a afetação das incorporações imobiliárias constitui garantia de incomparável
eficácia em favor dos credores vinculados especificamente a cada negócio incorporativo,
beneficiando em especial os adquirentes, na medida em que lhes assegura a preservação das suas
1
aplicações financeiras e lhes outorga o direito de assumir a administração do negócio e prosseguir a
obra com autonomia em relação a eventual falência da empresa incorporadora, prerrogativa essa
que veio a ser reafirmada pelo art. 111 da Lei de Recuperação da Sociedade Empresária e do
Empresário (Lei n° 11.101/2005).
A despeito de a Lei n° 10.931/2004 ter dotado o direito positivo brasileiro de nova e
importante garantia, desviou-se do fundamento axiológico que justifica a afetação patrimonial nas
incorporações, atribuindo-a como opção do empresário e não como garantia
natural daqueles que a ele confiaram suas economias. Urge, portanto, ajustar a lei ao propósito de
proteção dos direitos patrimoniais dos adquirentes, tornando compulsória a aplicação da afetação a
todas as incorporações, única forma de assegurar, na hipótese, a plena realização da função social
do contrato e da propriedade.
Notas
01 MESSINEO, Francesco, Manual de derecho civil y commercial. Buenos Aires:
Ediciones Jurídicas Europa-América, 1971, v. II, p. 265.
02 PEREIRA, Caio Mário da Silva, Instituições de Direito Civil. Rio de Janeiro: Forense,
17. ed., 1995, v. I, pp. 251/252.
03 CHALHUB, Melhim Namem, Negócio fiduciário. Rio de Janeiro: Renovar, 1998, p. 95.
04 CHALHUB, Melhim Namem, Trust – Perspectivas do direito contemporâneo na
transmissão da propriedade para administração de investimentos e garantia. Rio de Janeiro:
Renovar, 2001, pp.172 e seguintes.
05 Sugerimos a seguinte redação: "Art. 31B. Considera-se constituído o patrimônio de
afetação mediante averbação, a qualquer tempo, no Registro de Imóveis, de termo firmado pelo
incorporador e, quando for o caso, pelo proprietário do terreno, bem como por aqueles que tiverem
transmitido seus direitos aquisitivos sobre o mesmo ao incorporador."
"Parágrafo único. A afetação não será obstada pela existência de ônus reais sobre o
terreno e acessões ou de contratos de alienação de unidades integrantes da incorporação, devendo os
adquirentes ser cientificados da constituição da afetação, mediante carta dirigida pelo
incorporador."
________________________________________________________________________
Sobre o autor: Melhim Namem Chalhub é autos dos livros: “Negócio Fiduciário” (Ed. Renovar); Da
Incorporação Imobiliária (Ed. Renovar) e “Direitos Reais” (Ed. Forense).
Sobre o texto:
Texto inserido no Jus Navigandi nº866 (16.11.2005)
Elaborado em 09.2005.
Informações bibliográficas:
Conforme a NBR 6023:2000 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto
científico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma:
CHALHUB, Melhim Namem. A afetação das incorporações imobiliárias. Lei nº
10.931/2004. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 866, 16 nov. 2005.
Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7595>. Acesso
em: 20 maio 2007.
CONTRATOS DE LOCAÇÃO
LOCAÇÕES IMOBILIÁIAS
1
2. Locação de Coisas
3. Locação Predial Urbana
4. Do Aluguel
5. Obrigações do Locador
6. Obrigações do Locatário
7. Direito de Preferência
8. Das Benfeitorias
9. Das Garantais Locatícias
10. Das Penalidades nas Locações
11. Locação Residencial
12. Locação para Temporada
13. Locação não Residencial
14. Prática dos Contratos de Locação
LOCAÇÕES
Existem alguns tipos de locação que são tratados em outros artigos do Código Civil
ou regidos por leis especiais. São os contratos de locação de mão de obra, espaços
publicitários, locação de pastagens, locações rurais (arrendamento), a locação de bens
públicos de propriedade do Município, do Estado ou da União ou pertencentes a Autarquias
1
e Fundações. Também tem tratamento especial as locações de apart-hotéis e hotéis
residências.
A locação predial urbana é regida pela Lei nº 8.245 de 18 de outubro de 1991 com
as alterações impostas pela Lei nº 12.112 de 09/12/2009 que já em seu artigo primeiro
dispõe que “a locação de imóvel urbano regula-se pelo disposto nesta lei”.
Com os mesmos princípios usados pelo Código Civil para a locação de coisas, a
legislação predial urbana é também um contato bilateral, consensual e comutativo, podendo
ser definida como:
Ao se falar em imóvel urbano, dentro das locações, torna-se necessário definir o que
se entende por tal nomenclatura, uma vez que existem certas locações que, muito embora
situadas em zona não urbana, se enquadram dentro da Lei 8.245/91. Assim, o bem objeto
da relação locatícia pode ser um prédio urbano ou prédio rústico. Por prédio urbano
propriamente dito, entende-se aquele que se destina a uso residencial ou não residencial
desvinculado das atividades ligadas ao uso da terra. Já prédio rústico, entende-se aquele
destinado à economia rural em suas diversas possibilidades de exploração agrícola,
pecuária, agroindustrial e de extração. Tal como no direito tributário, o que diferencia o
imóvel rural do urbano não é a sua localização mas sim o seu uso. Não é uma questão
geográfica mas sim de utilidade.
Todas elas têm um tipo comum de regras que as normatizam e que foram muito bem
esquematizadas por Roberto Senise Lisboa:
1
d) equiparam-se aos locatários ou sublocatários os ocupantes de habitações coletivas
multifamiliares.
e) havendo mais de um sujeito em um ou ambos os pólos da relação jurídica, entende-se
que a responsabilidade contratual dos locadores o dos locatários é solidária.
f) o locador pode exigir do locatário uma dessas garantias, se não decidir por exigir o
pagamento do mês vincendo, até o sexto dia útil (art. 42). Com efeito, no artigo 37 vamos
encontrar como modalidade de garantia da locação:
1
(Manual Elementar de Direito Civil, São Paulo, RT. vol. 3, pág. 209).
3.- Do Aluguel
É livre a fixação do aluguel pelo locador, como livre é a sua aceitação pelo
locatário. Entretanto, uma vez pactuado, os seus reajustamentos e alterações passam a ser
regidos pelo que estipular no contrato.
1
b) pintura das fachadas, empenas, poços de aeração e iluminação, bem como
das esquadrias externas;
c) obras destinadas a repor as condições de habitabilidade do edifício;
d) indenizações trabalhistas e previdenciárias pela dispensa de empregados,
ocorridas em data anterior ao inicio da locação;
e) instalação de equipamentos de segurança e de incêndio, de telefonia, de
intercomunicação, de esporte e de lazer;
f) despesas de decoração e paisagismo nas partes de uso comum;
g) constituição de fundo de reserva.
1
X. pagar o prêmio do seguro de fiança;
XI. pagar as despesas ordinárias de condomínio.
§ 2.º O locatário fica obrigado ao pagamento das despesas referidas no parágrafo anterior,
desde que comprovados a previsão orçamentária e o rateio mensal, podendo exigir a
qualquer tempo a comprovação das mesmas.
A notificação poderá ser feita por qualquer meio, desde que comprovadamente
documentado. Uma das maneiras mais seguras é através do Cartório de Títulos e
1
Documentos que terá a contra fé do locatário ou, caso este se recuse a assinar, o Oficial do
cartório fará a declaração, o que, tendo fé pública, validará o ato.
Art.36 – As benfeitorias voluptuárias não serão indenizáveis, podendo ser levantadas pelo
locatário, finda a locação, desde que sua retirada não afete a estrutura e a substância do
imóvel.
I. caução;
II. fiança;
1
III. seguro de fiança locatícia; (Circular n° 347 da SUSEP – Superintendência de
Seguros Privados, de 27/06/2007);
IV. cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento. (acrescentado pela Lei n°
11.196, de 21/11/2005).
Parágrafo único. É vedada, sob pena de nulidade, mais de uma das modalidades de
garantia num mesmo contrato de locação.
Definição de fiança – é um contrato acessório, pelo qual uma ou mais pessoas obrigam-se,
perante o credor, a cumprir a obrigação do devedor, se este não o fizer no prazo e formas
legais. A fiança é uma obrigação acessória, só pode existir atrelada a um ato jurídico
principal, no caso, um contrato de locação.
Assim devemos observar um aspecto relevante, em sendo o fiador casado, qualquer que
seja o regime de bens do casamento, indispensável se torna a outorga uxória, sob pena de
nulidade de fiança, sendo também a recíproca verdadeira. Assim, se fiadora for casada,
imprescindível a outorga marital. De acordo com o artigo 145, inciso IV, do Código Civil,
prescreve que é nulo o ato jurídico quando for preterida alguma solenidade que a Lei
considere essencial a sua validade.
Seguro Fiança Locatícia - Esse seguro poderá ser feito, como garantia contratada pelo
locador que é o segurado, ou pelo locatário, que é o garantido. Sua finalidade é assegurar ao
locador indenização dos prejuízos que possam advir dos riscos pertinentes á falta de
pagamento de alugueis e encargos legais previstos no contrato de locação. O prêmio do
Segurado será pago ao locador após a decretação do despejo do locatário.
§ 1.º A caução em bens móveis deverá ser registrada em Cartório de Títulos e Documentos;
a em bens imóveis deverá ser averbada á margem da respectiva matrícula.
§ 2.º A caução em dinheiro que não poderá exceder o equivalente a 3 (três) meses de
aluguel, será depositado em caderneta de poupança, autorizada pelo Poder Público e por ele
regulamentada, revertendo em benefício do locatário todas as vantagens dela decorrentes
por ocasião do levantamento da soma respectiva.
1
§ 3.º A caução em títulos e ações deverá ser substituída, no prazo de 30 (trinta) dias, em
caso de concordata, falência ou liquidação das sociedades emissoras.
Quanto a caução de bens imóveis, deverá ela ser averbada á margem da matricula, também
para dar publicidade ao ato e ter efeito contra terceiros.
No que diz respeito á caução em dinheiro, que não poderá exceder a três meses de aluguel,
deve ser restituída com os acréscimos legais. Além dessas garantias, o locatário poderá
oferecer outras, como, por exemplo, automóveis, telefone, etc. Mesmo assim, não
aconselhamos a aceitação de garantias que causa muito transtorno na hora de executá-la.
Com a morte cessa automaticamente a fiança, razão pela qual o locador pode e deve
pedir substituição do fiador por outro idôneo, que possua pelo menos um bem de raiz, uma
vez que como já se disse anteriormente, a nova Lei restabelece penhorabilidade do único
imóvel de família quando oferecido em fiança de locação.
A respeito da morte do fiador varão, a mulher que, com o marido, assim qualidade de
fiadora não e mera figurante, mas fiadora, e sua obrigação persiste mesmo após a morte do
marido.
Nos demais casos previstos neste artigo em comentário, o locador poderá exigir do
locatário a substituição do fiador, para que evite ficar sem garantias por longo período,
podendo causar-lhe grandes prejuízos.
No caso de fiança, não pode o fiador exonerar-se unilateralmente do encargo findo o
prazo convencionado, quando assinaram compromisso para vigorar a responsabilidade até a
entrega das chaves.
1
V. prorrogação da locação por prazo indeterminado, sendo a fiança ajustada por
prazo certo;
VI. desaparecimento dos bens móveis;
VII. desapropriação ou alienação do imóvel.
Art. 41. O seguro de fiança locatícia abrangerá a totalidade das obrigações do locatário.
Art. 42. Não estando a locação garantida por qualquer das modalidades, o locador poderá
exigir do locatário o pagamento do aluguel e encargos até o 6.º (sexto) dia útil do mês
vicendo.
Art. 43 – constitui contravenção penal, punível com prisão simples de 5 (cinco) dias a 6
(seis) meses ou multa de 3 (três) a 12 (doze) meses do valor do último aluguel atualizado,
revertida em favor do locatário:
1
As contravenções são punidas com prisão simples ou multa. Cabe ao juiz, escolher a
punição, nos termos do artigo 59 do Código Penal, atendendo á culpabilidade aos
antecedentes, a conduta social, á personalidade do agente, as circunstancias e
conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vitima.
Art. 44. Constitui crime de ação pública, punível com detenção de 3 (três) meses a 1 (um)
ano, que poderá ser substituída pela prestação de serviços á comunidade:
Parágrafo único. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas neste artigo, poderá o
prejudicado reclamar, em processo próprio, multa equivalente a um mínimo de 12 (doze) e
um máximo de 24 (vinte e quatro) meses do valor do último aluguel atualizado ou do que
esteja sendo cobrado do novo locatário, se realugado o imóvel.
Art. 45. São nulas de pleno direito as cláusulas do contrato de locação que visem a elidir os
objetivos da presente Lei, notadamente as que proíbam a prorrogação prevista no artigo 47,
ou que afastem o direito à renovação , na hipótese do artigo 51, ou que imponham
obrigações pecuniárias para tanto.
Pelo sistema civil, o negócio jurídico é anulável nos termos do artigo 145 do Código
Civil. Desse modo, além de a nulidade decorrer de falta de agente capaz, da ilicitude ou
impossibilidade do objeto ou da preterição da forma legal, será nulo o negócio quando a lei
taxativamente o declarara nulo ou lhe negar efeito. No contrato de locação a autonomia da
1
vontade das pares esbarra-se perante normas impostas pelo legislador, que não podem ser
ignoradas pelas partes e por elas não podem deixar de ser cumpridas.
Observa-se que a Lei impõe a nulidade apenas de cláusulas dos contratos e não todo
negocio jurídico. Trata-se de uma nulidade parcial, porque evidentemente o legislador não
pretende a nulidade da locação, já que sua intenção é justamente incentivar sua
manutenção.
Art. 46. Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses, a
resolução do contrato ocorrerá findo o prazo estipulado, independentemente de notificação
ou aviso.
§ 1º Findo o prazo ajustado, se o locatário continuar na posse do imóvel alugado por mais
de trinta dias sem oposição do locador, presumir-se-á prorrogada a locação por prazo
indeterminado, mantidas as demais cláusulas e condições do contrato.
§ 2º Ocorrendo a prorrogação, o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo,
concedido o prazo de trinta dias para desocupação.
Art. 47. Quando ajustada verbalmente ou por escrito e como prazo inferior a trinta meses,
findo o prazo estabelecido, a locação prorroga-se automaticamente, por prazo
indeterminado, somente podendo ser retomado o imóvel:
obs.dji:
I - Nos casos do Art. 9º;
II - em decorrência de extinção do contrato de trabalho, se a ocupação do imóvel pelo
locatário relacionada com o seu emprego;
III - se for pedido para uso próprio, de seu cônjuge ou companheiro, ou para uso
residencial de ascendente ou descendente que não disponha, assim como seu cônjuge ou
companheiro, de imóvel residencial próprio;
IV - se for pedido para demolição e edificação licenciada ou para a realização de obras
aprovadas pelo Poder Público, que aumentem a área construída, em, no mínimo, vinte por
cento ou, se o imóvel for destinado a exploração de hotel ou pensão, em cinqüenta por
cento;
1
V - se a vigência ininterrupta da locação ultrapassar cinco anos.
Esta retomada assume a liderança entre as demais por ser a mais comum, mais utilizada, e
que apresenta muito maior incidência.
Estão legitimado para propor a ação proprietário, o promitente-comprador promitente-
cessionário.
Se o locador reside em prédio alheio, a regra é a presunção de sinceridade do pedido de
retomada para uso próprio, daí não precisa fazer qualquer prova de necessidade. Basta
provar a sua titularidade e ser o locador.
Ação de despejo uso próprio ou de familiares – A lei n° 8.245/41, no artigo 47, inciso III,
pode visar a retomada do imóvel para:
a) o pedido para uso próprio;
b) cônjuge ou companheiro de união estável;
c) para o ascendente ou descendente.
A retomada para uso próprio formulado pelo locador em prédio alheio não precisa
demonstrar a necessidade do pedido por ser ela presumida e pro ser facultada ao locatário
comprovar a insinceridade.
1
Retomada para construção.
Retomada para construção, o inciso IV, do artigo 47, da lei em comentário autoriza a
retomada por dois motivos:
a) pelo desejo do proprietário de demolir o prédio para edificar outro em seu lugar;
b) e o outro decorre da vontade de pedir o imóvel para nele realizar obras de
acréscimos.
Possibilita a lei a extinção do contrato pelo simples decurso do qüinqüênio preenchido tal
requisito temporal, poderá o locador, por mera conveniência sua denunciar o contrato e
reclamar o despejo compulsório, caso o inquilino não desocupe voluntariamente o prédio.
Art. 48. Considera-se locação para temporada aquela destinada à residência temporária do
locatário, para prática de lazer, realização de cursos, tratamento de saúde, feitura de obras
em seu imóvel, e outros fatos que decorrem tão-somente de determinado tempo, e
contratada por prazo não superior a noventa dias, esteja ou não mobiliado o imóvel.
Parágrafo único. No caso de a locação envolver imóvel mobiliado, constará do contrato,
obrigatoriamente, a descrição dos móveis e utensílios que o guarnecem, bem como o estado
em que se encontram.
Art. 49. O locador poderá receber de uma só vez e antecipadamente os aluguéis e encargos,
bem como exigir qualquer das modalidades de garantia previstas no Art. 37 para atender as
demais obrigações do contrato.
Em se tratando de locação para temporada, permite expressamente a cobrança, de
uma só vez e antecipadamente, dos alugueis e encargos.
O pagamento antecipado dos alugueis e encargos não desonera o inquilino, á evidencia, das
demais obrigações decorrentes do contrato, tais como a de devolver o imóvel e os móveis
que o guarnecem no mesmo estado que recebeu, e a reparar imediatamente os danos
verificados no imóvel, ou nas suas instalações, provocados por si, seus dependentes,
familiares, visitantes ou preposto.
Art. 50. Findo o prazo ajustado, se o locatário permanecer no imóvel sem oposição do
locador por mais de trinta dias, presumir-se-á prorrogada a locação por tempo
indeterminado, não mais sendo exigível o pagamento antecipado do aluguel e dos encargos.
1
Parágrafo único. Ocorrendo a prorrogação, o locador somente poderá denunciar o contrato
após trinta meses de seu início ou nas hipóteses do Art. 47.
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a
renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos
escritos seja de cinco anos;
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e
ininterrupto de três anos.
§ 1º O direito assegurado neste artigo poderá ser exercido pelos cessionários ou sucessores
da locação; no caso de sublocação total do imóvel, o direito a renovação somente poderá
ser exercido pelo sublocatário.
§ 2º Quando o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel para as atividades de
sociedade de que faça parte e que a esta passe a pertencer o fundo de comércio, o direito a
renovação poderá ser exercido pelo locatário ou pela sociedade.
§ 3º Dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o sócio sobrevivente
fica sub-rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmo ramo.
1
§ 4º O direito a renovação do contrato estende-se às locações celebradas por indústrias e
sociedades civis com fim lucrativo, regularmente constituídas, desde que ocorrentes os
pressupostos previstos neste artigo.
§ 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano,
no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do
contrato em vigor.
O direito, a que se refere o este artigo 51 da Lei 8.245/91, é o mesmo a que aludiam
os artigos 1° a 4° do Dec. 24.150/34.
Trata-se de direito:
a) cujo sujeito é o locatário;
b) cujo objetivo é a renovação do contrato de locação de imóvel urbano destinado á
atividade empresarial de comércio.
c) Cujos pressupostos ou requisitos para o seu exercício são, cumulativamente, os
arrolados nos diversos incisos do artigo 51 da Lei 8.245/91.
O contrato deve ser de prazo determinado – O contrato deve, também, ser por prazo
determinado. Se for sem prazo ou de tempo indeterminado, igualmente, não se há de
cogitar da Lei 8.245/91.
1
II - o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio
existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge,
ascendente ou descendente.
§ 1º Na hipótese do inciso II, o imóvel não poderá ser destinado ao uso do mesmo ramo do
locatário, salvo se a locação também envolvia o fundo de comércio, com as instalações e
pertences.
§ 2º Nas locações de espaço em shopping centers, o locador não poderá recusar a
renovação do contrato com fundamento no inciso II deste artigo.
§ 3º O locatário terá direito a indenização para ressarcimento dos prejuízos e dos lucros
cessantes que tiver que arcar com mudança, perda do lugar e desvalorização do fundo de
comércio, se a renovação não ocorrer em razão de proposta de terceiro, em melhores
condições, ou se o locador, no prazo de três meses da entrega do imóvel, não der o destino
alegado ou não iniciar as obras determinadas pelo Poder Público ou que declarou pretender
realizar.
O primeiro obstáculo á renovação não parte do locador propriamente dito, e sim do Poder
Público, que impõe o dever de fazer obras necessárias, podendo estas aumentar ou não o
valor do negócio, ou da propriedade, pois, nesse caso, o que está em jogo é o interesse
social, que visa o interesse público e não o privado. A prova de que não pode renovar o
contrato por ter de fazer obras de radical transformação, locador deve fazer com a exibição
da intimação da autoridade administrativa, impondo-lhe a realização das mesmas, bem
como apresentar o projeto aprovado da obra.
1
de esclarecer a razão exceção. Cabe ao locatário, se quiser e puder, produzir prova
em sentido contrario ao da motivação para a não-renovação do contrato, isto é que o
pedido é desprovido de lisura, de sinceridade.
A locação pode não ser renovada se houver terceiro que ofereça ao locador condições
melhores do que as do locatário, se este não puder acompanhar a sua oferta, tendo de lhe
transferir o seu ponto comercial. Isto se justifica porque, ao dar a terceiros, o locador leva
em conta mais o desejo de obter o melhor rendimento para o seu imóvel, sem atentar para o
prejuízo e transtornos que o seu inquilino sofrerá tendo de deslocar o centro de suas
atividades para outro lugar.
Em caso do locatário sofrer prejuízos, perda de clientela, desvalorização do negócio e, ás
vezes até ruína, porque a freguesia habitual se dispersa, debanda, pois nem sempre está
disposta a mudar os seus hábitos deixando de servir-se no local onde durante anos se serviu.
Por todas essas razoes justifica-se impor ao locador o dever de recompensar o locatário,
pagando-lhes as perdas, danos e lucros cessantes decorrentes da diminuição de seus ganhos,
além de suportar as despesas que tiver de fazer com a mudança.
Quando a renovação é negada para:
a) o locador ou de um de seus familiares transferir para o imóvel o seu fundo de
comercio;
b) o fora em razão da necessidade de serem feitas no imóvel as obras determinadas
pelo Poder Público;
c) teve como causa o interesse do locador em fazer obras no prédio, aumentando a sua
capacidade de utilização.
Art. 53. Nas locações de imóveis utilizados por hospitais, unidades sanitárias oficiais,
asilos, estabelecimentos de saúde e de ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder Público,
1
bem como por entidades religiosas devidamente registradas, o contrato somente poderá ser
rescindido: (Alterado pela L-009.256-1996)
I - nas hipóteses do Art. 9º.;
II - se o proprietário, promissário comprador ou promissário cessionário, em caráter
irrevogável e imitido na posse, com título registrado, que haja quitado o preço da promessa
ou que, não o tendo feito, seja autorizado pelo proprietário, pedir o imóvel para demolição,
edificação, licenciada ou reforma que venha a resultar em aumento mínimo de cinqüenta
por cento da área útil.
a) nas hipóteses do artigo 9°, isto é, por mútuo acordo, por infração legal ou
contratual, por falta de pagamento de aluguel e encargos e para realização de obras
urgentes, que não possam ser executadas com permanência de locatário, ou
podendo, recusa-se a consenti-las.
b) Na hipótese de pedir o imóvel para demolição e edificação licenciada ou reforma
que venha a resultar em aumento de, pelo menos, cinqüenta por cento de área
construída. Neste caso, o locador deverá instruir a petição inicial da ação de despejo
com a prova da propriedade do imóvel ou do respectivo compromisso, devidamente
registrado.
No parágrafo 3° do artigo 63, ficou estabelecido que julgava procedente a ação de despejo,
de imóvel utilizado por Hospital, repartição pública, unidade sanitária oficial, asilo e
1
estabelecimento de saúde e de ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, e o
despejo for decretado com fundamentado no inciso IV do artigo 9°, ou no inciso II do
artigo 53, o prazo será de um ano. Contudo quando entre a citação e a sentença de primeira
instância houver decorrido mais de um ano, aquele prazo será de apenas seis meses.
Em se tratando de estabelecimento de ensino, o juiz poderá adaptar esse prazo, de modo
que a desocupação corra nas férias, por força do disposto no parágrafo 2° do artigo 63.
Quando se tratar de contrato de locação de imóvel urbano para ser utilizado por Hospital,
repartição pública, unidade sanitária oficial, asilo e estabelecimento de saúde e de ensino
autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, e o despejo for decretado com fundamento
no inciso IV do artigo 9°, ou no inciso II do artigo 53, o prazo será de um ano. Contudo
quando entre a citação e a sentença de primeira instância houver decorrido mais de um ano,
aquele prazo será de apenas seis meses.
Em se tratando de estabelecimento de ensino, o juiz poderá adaptar esse prazo, de modo
que a desocupação corra nas férias, por força do disposto no parágrafo 2° do artigo 63.
Quando se tratar de contrato de locação de imóvel urbano para ser utilizado por repartição
pública federal, estadual ou municipal, o contrato deve prever as condições e prazo,
aplicando-lhe á falta de regra especial, os artigos 56 e 57.
Não se aplica o artigo, a não ser que tal repartição seja unidade sanitária direta. Julgada
procedente a ação de despejo, aplica-se-lhe o artigo 63, parágrafo 3°.
Art. 54. Nas relações entre lojistas e empreendedores de shopping center, prevalecerão as
condições livremente pactuadas nos contratos de locação respectivos e as disposições
procedimentais previstas nesta lei.
§ 1º O empreendedor não poderá cobrar do locatário em shopping center:
a) as despesas referidas nas alíneas a, b e d do parágrafo único do Art. 22; e
b) as despesas com obras ou substituições de equipamentos, que impliquem modificar o
projeto ou o memorial descritivo da data do habite-se e obras de paisagismo nas partes de
uso comum.
§ 2º As despesas cobradas do locatário devem ser previstas em orçamento, salvo casos de
urgência ou força maior, devidamente demonstradas, podendo o locatário, a cada sessenta
dias, por si ou entidade de classe exigir a comprovação das mesmas.
As partes nesse tipo de locação são, de um lado, como locatário, o lojista, que
tomou de aluguel a loja para o seu uso na exploração comercial de determinado ramo de
negocio; e de outro lado, como locador o empreendedor de Shopping Center.
O empreendedor se obriga a ceder a outra, o lojista por tempo determinado ou não, o uso e
gozo da loja mediante retribuição.
Nesse tipo de contrato prevalece as condições livremente acordadas pelas partes, no
respectivo contrato escrito, mas as despesas cobradas do locatário devem constar de
orçamento.
1
O aluguel, pode não se sujeitar aos dispostos nos artigos 17 a 21, mas sim ao que for
previsto no contrato de comum acordo.
Somente sujeita-se a renovatória se preencher os pressupostos e requisitos dos artigos 51 e
71. A defesa pode ocorrer com pedido de retomada, no caso do artigo 52, inciso I, mas não
na hipótese do artigo 52, inciso II.
Se não preencher os pressupostos dos artigos 51 e 71, obedece o que dispuser o contrato
quanto á denuncia, prazo extintivo, resolução de desocupação.
Por ser ajuizada ação de despejo com base no artigo 59 e seguintes. Pode haver
consignação e revisão.
Pode, também estipular tudo que seja lícito ou não infrinja a Lei, como aluguel variável;
participação nos encargos decorrentes de responsabilidade civil; não mudar de ramo e
respeitar as convenções condominiais e regulamentos internos, considerando extinta a
locação no final do prazo, desde que não contrarie o artigo 51.
Quando a Lei no artigo 54, fala que prevalecem as disposições, significa que o contrato não
pode estipular contra elas, acima delas. As ações em juízo são procedidas na forma
constante dos artigos 58 e seguintes, salvo quando Lei admitir estipulação diversa.
Entretanto, no que não tiver conotação procedimental, prevalecem as estipulações
contratuais que não contrariem o disposto nos artigos 45, 52, parágrafo 2° e 54 da Lei
8.245/91.
As condições do contrato de locação entre lojista e o empreendedor do shopping center para
uso da loja deste por aquele, podem ser estipulada pelas partes, sem óbice, embaraço,
impedimento, ou limite, que não seja a legalidade, a ordem pública e o bem comum.
Art. 55. Considera-se locação não residencial quando o locatário for pessoa jurídica e o
imóvel, destinar-se ao uso de seus titulares, diretores, sócios, gerentes, executivos ou
empregados.
Art. 56. Nos demais casos de locação não residencial, o contrato por prazo determinado
cessa, de pleno direito, findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou
aviso.
Parágrafo único. Findo o prazo estipulado, se o locatário permanecer no imóvel por mais
de trinta dias sem oposição do locador, presumir-se-á prorrogada a locação nas condições
ajustadas, mas sem prazo determinado.
1
Findo o prazo a locação chega ao fim, cessa, independentemente de aviso ou
notificação.
O locador não precisa comunicar com antecedência nem dar prazo para a desocupação. O
locatário pode entregar o imóvel imediatamente após a extinção do prazo e não terá de
pagar mais o aluguel e os encargos.
Se o locatário não restituir o imóvel ou recusar-se a entrega as chaves, pode o locador
propor a ação de despejo, com base no artigo 5°.
Se o locatário permanecer no imóvel, o locatário não precisa avisar o locador.
A permanência com animo de ficar no prédio e continuar a usa-lo, sem disposição faz
presumir a prorrogação.
Prorrogada a locação por prazo indeterminado, a cláusula sobre o tempo, no contrato, não
mais prevalece. As demais, porém continuar a vigorar.
Se o locador, porem propuser a ação de despejo do locatário, com base no artigo 56 e 57,
manifesta inequivocamente, a sua oposição á permanência, com a prorrogação presumida, a
denúncia se houver, há de dar prazo de trinta dias para a desocupação, incidindo o artigo
57.
Art. 57. O contrato de locação por prazo indeterminado pode ser denunciado por escrito,
pelo locador, concedidos ao locatário trinta dias para a desocupação.
O contrato de locação de prazo indeterminado, pode ser denunciado por escrito, pelo
locador, concedidas ao locatário trinta dias para desocupação.
Não é necessário dar os motivos ou justificativas. Trata-se de denuncia vazia. Pode ser por
carta ou recibo de volta, por meio de notificação judicial. Necessária a forma escrita. A lei
exige a notificação, e que fique determinado o prazo de trinta dias para desocupação.
O prazo começa a correr a partir da ciência ou recebimento pelo locatário do aviso. Findo o
prazo concedido, de o locatário não desocupar nem entregar as chaves, poderá o locador
propor ação de despejo.
Art. 4o Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, não poderá o
locador reaver o imóvel alugado. O locatário, todavia, poderá devolvê-lo, pagando a multa
pactuada, proporcionalmente ao período de cumprimento do contrato, ou, na sua falta, a
que for judicialmente estipulada.
1
em localidades diversas daquela do início do contrato, e se notificar, por escrito, o locador
com prazo de, no mínimo, trinta dias de antecedência.
Art. 12. Em casos de separação de fato, separação judicial, divórcio ou dissolução
da união estável, a locação residencial prosseguirá automaticamente com o cônjuge ou
companheiro que permanecer no imóvel.
§ 1o Nas hipóteses previstas neste artigo e no art. 11, a sub-rogação será
comunicada por escrito ao locador e ao fiador, se esta for a modalidade de garantia
locatícia.
Art. 39. Salvo disposição contratual em contrário, qualquer das garantias da
locação se estende até a efetiva devolução do imóvel, ainda que prorrogada a locação
por prazo indeterminado, por força desta Lei.
1
Comentário: A nova redação deste art. 39 trouxe mais clareza com relação aos contratos
de locação prorrogados por força de lei que anteriormente deixava brechas para que as
garantias fossem excluídas. Com efeito, a jurisprudência não era uniforme quanto às
garantias da locação após a sua devolução ou da entrega das chaves. O caput do artigo veio
esclarecer e consolidar o entendimento de que as garantias ofertadas por ocasião do início
do contrato permanecem até a efetiva devolução do imóvel, devendo ser entendido como
“efetiva”, não só a devolução, mas também a aceitação pelo locador.
Art. 40. O locador poderá exigir novo fiador ou a substituição da modalidade de
garantia, nos seguintes casos:
X – prorrogação da locação por prazo indeterminado uma vez notificado o locador
pelo fiador de sua intenção de desoneração, ficando obrigado por todos os efeitos da
fiança, durante 120 (cento e vinte) dias após a notificação ao locador.
Parágrafo único. O locador poderá notificar o locatário para apresentar nova
garantia locatícia no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de desfazimento da locação.
Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo terão o
rito ordinário.
1
§ 1º Conceder - se - á liminar para desocupação em quinze dias, independentemente da
audiência da parte contrária e desde que prestada a caução no valor equivalente a três meses
de aluguel, nas ações que tiverem por fundamento exclusivo:
I -...;
II -...;
III -...;
IV -...;
V -...;
VII – o término do prazo notificatório previsto no parágrafo único do art. 40, sem
apresentação de nova garantia apta a manter a segurança inaugural do contrato;
VIII – o término do prazo da locação não residencial, tendo sido proposta a ação em
até 30 (trinta) dias do termo ou do cumprimento de notificação comunicando o intento de
retomada;
§ 2º ...;
§ 3o No caso do inciso IX do § 1o deste artigo, poderá o locatário evitar a rescisão da
locação e elidir a liminar de desocupação se, dentro dos 15 (quinze) dias concedidos para a
desocupação do imóvel e independentemente de cálculo, efetuar depósito judicial que
contemple a totalidade dos valores devidos, na forma prevista no inciso II do art. 62.
Comentário: Trata-se das hipóteses de liminares nas ações de despejo. Com efeito, a
modificação inserida é importante, no sentido de que, representa a desocupação célere do
imóvel locado em determinadas hipóteses. Assim, o prazo de 15 dias para emissão de
liminar nas ações de despejos agora pode ser solicitado para o disposto no inciso IV do art.
9º (realização de reparos urgentes) e também no artigo 37 (das garantias locatícias).
Anteriormente não havia prazo estabelecido, o que causava em alguns casos, uma grande
demora nos despejos judiciais, beneficiando em muito os locatários mal intencionados que
se aproveitavam da morosidade judiciária para garantir moradia sem ônus para si pelo
maior tempo possível. Já no § 3º o locatário leva ainda leva vantagem, pois a liminar de
despejo emitida por falta de pagamento pode ser derrubada por um depósito judicial
independente de cálculo. Esta liminar de desocupação também será emitida para reparos
urgentes determinados pelo poder público em que não há possibilidade de se fazer o serviço
com locatário ocupando o imóvel, conforme o inciso IV do artigo 9, também pelo prazo
1
notificatório conforme o artigo 40 e também pela falta de pagamento do aluguel e seus
acessórios, quando desprovido de outras garantias previstas no artigo 37. Esta alteração
melhorou em muito a segurança dos locadores de imóveis que hoje tem um garantido um
prazo muito menor para resolução de seus problemas com relação aos locatários maus
pagadores.
Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e
acessórios da locação, de aluguel provisório, de diferenças de aluguéis, ou somente de
quaisquer dos acessórios da locação, observar-se-á o seguinte:
I – o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o pedido de cobrança
dos aluguéis e acessórios da locação; nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao
pedido de rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao pedido de cobrança,
devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito;
III – efetuada a purga da mora, se o locador alegar que a oferta não é integral,
justificando a diferença, o locatário poderá complementar o depósito no prazo de 10 (dez)
dias, contado da intimação, que poderá ser dirigida ao locatário ou diretamente ao patrono
deste, por carta ou publicação no órgão oficial, a requerimento do locador;
V - ...;
VI - havendo cumulação dos pedidos de rescisão da locação e cobrança dos aluguéis, a
execução desta pode ter início antes da desocupação do imóvel, caso ambos tenham sido
acolhidos.
Parágrafo único. Não se admitirá a emenda da mora se o locatário já houver utilizado
essa faculdade nos 24 (vinte e quatro) meses imediatamente anteriores à propositura da
ação.
1
despejo. O inciso III dá clareza de como o locatário será comunicado de que o valor pago
por este não é o valor correto, este aviso será por carta ao locatário ou ao seu patrono ou
publicado em órgão oficial. No inciso IV a diferença se dá apenas pela palavra
“integralmente” no texto, o que serve apenas para não dar margem à dupla interpretação no
texto. No inciso VI a alteração se dá somente em seu parágrafo único, onde o prazo de
admissão do que trata o artigo 62 se dará em um prazo de 24 meses, ou seja, 12 meses a
mais que no texto anterior.
Art. 63. Julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a expedição de
mandado de despejo, que conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupação voluntária,
ressalvado o disposto nos parágrafos seguintes.
§ 1º ...;
a) ...;
b) o despejo houver sido decretado com fundamento no art. 9o ou no § 2o do art. 46.
§ 2° ...;
§ 4° ...;
Comentário: Neste novo texto do artigo 63 o juiz, ao julgar procedente o pedido de despejo
emitirá o mandado de despejo estabelecendo o prazo de 30 dias para a desocupação
voluntária, já no texto antigo o juiz dava o mesmo prazo, porém sem emitir o mandado de
despejo, ou seja, com o novo texto, a não desocupação fará com que o mandado de despejo
seja executado de imediato sem a necessidade de um novo pedido ao juiz, pois o mandado
já foi emitido. No § 3º o prazo passa para 1 ano nos casos especificados neste mesmo §. No
texto anterior este prazo era de apenas 6 meses.
Art. 64. Salvo nas hipóteses das ações fundadas no art. 9o, a execução provisória do
despejo dependerá de caução não inferior a 6 (seis) meses nem superior a 12 (doze) meses
do aluguel, atualizado até a data da prestação da caução.
Comentário: Neste artigo 64 o prazo foi reduzido em seis meses para a caução nas
execuções de despejos. Salvo as fundadas nos incisos I,II e IV do artigo 9º.
Art. 68. Na ação revisional de aluguel, que terá o rito sumário, observar-se-á o
seguinte:
1
I - ...;
II – ao designar a audiência de conciliação, o juiz, se houver pedido e com base nos
elementos fornecidos tanto pelo locador como pelo locatário, ou nos que indicar, fixará
aluguel provisório, que será devido desde a citação, nos seguintes moldes:
a) em ação proposta pelo locador, o aluguel provisório não poderá ser excedente a
80% (oitenta por cento) do pedido;
b) em ação proposta pelo locatário, o aluguel provisório não poderá ser inferior a 80%
(oitenta por cento) do aluguel vigente;
V – o pedido de revisão previsto no inciso III deste artigo interrompe o prazo para
interposição de recurso contra a decisão que fixar o aluguel provisório.
Da Ação Renovatória
Art. 71. Além dos demais requisitos exigidos no artigo 282 do Código de Processo
civil, a petição inicial da ação renovatória deverá ser instruída com:
I - ...;
II - ...;
III - ...;
IV - ...;
V – indicação do fiador quando houver no contrato a renovar e, quando não for o
mesmo, com indicação do nome ou denominação completa, número de sua inscrição no
1
Ministério da Fazenda, endereço e, tratando-se de pessoa natural, a nacionalidade, o estado
civil, a profissão e o número da carteira de identidade, comprovando, desde logo, mesmo
que não haja alteração do fiador, a atual idoneidade financeira;
Art. 74. Não sendo renovada a locação, o juiz determinará a expedição de mandado de
despejo, que conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupação voluntária, se houver
pedido na contestação.
Comentário: Aqui o prazo que era de seis meses para a desocupação na não renovação da
locação, passa a ser de emissão imediata de mandado de despejo, porém com um prazo de
30 dias para a desocupação voluntária, isto se houver pedido na contestação. Neste artigo os
§§ 1º, 2º e 3º foram vetados. Nota-se também que houve o veto dos §§ 1º ao 3º.
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Superintendência de Seguros Privados
CIRCULAR SUSEP No 347, de 27 de junho de 2007.
Art.2o As sociedades seguradoras que desejarem operar com o plano padronizado de que
trata esta Circular deverão utilizar as condições contratuais disponíveis no sítio, bem como,
apresentar à SUSEP, previamente, o seu critério tarifário, por meio de nota técnica atuarial,
observando a estruturação mínima prevista em regulamentação específica.
1
Art.3o É permitida a inclusão de coberturas não previstas nestas condições padronizadas,
bem como eventuais alterações, observadas as demais disposições desta norma e de outros
normativos específicos.
Art. 4o As demais disposições previstas nesta Circular aplicam-se igualmente aos seguros
de fiança locatícia não padronizados.
1
Art. 9o Para as hipóteses em que o garantido não efetue o pagamento do aluguel e/ou
encargos legais no prazo fixado no contrato de locação, a seguradora não poderá
estabelecer um prazo máximo para que o segurado promova a competente medida judicial.
§ 2o Cada uma das partes pagará os honorários dos peritos que tiver escolhido e os do
perito escolhido pelos nomeados serão pagos, em partes iguais, pelo segurado e pela
sociedade seguradora.
§ 3o O prazo para constituição de junta pericial será de, no máximo, 15 (quinze) dias a
contar da data da indicação dos peritos nomeados pelo segurado.
§ 4o A junta pericial deverá apresentar laudo conclusivo no prazo máximo de 10 (dez) dias.
1
Art. 14 Além das disposições desta Circular, os contratos e demais operações de seguro de
fiança locatícia deverão observar a legislação e a regulamentação específica em vigor,
aplicáveis aos seguros de danos.
Art. 16 Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Circular
SUSEP No 45, de 15 de outubro de 1984 e a Circular SUSEP No 01, de 14 de janeiro de
1992.
RENÊ GARCIA JR.
Superintendente
PARTE PRÁTRICA
13 – PRÁTICA DOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO
Considerações gerais
1
Modelo 08 – locação com garantia real (CAUÇÃO com imóveis)
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Observação 01:
A lei locatícia normatiza duas situações quanto aos prazos nos contratos
residenciais. Quando por prazo igual ou superior a 30 meses e quando em prazo inferior a
esse período ou quando ajustada verbalmente. Diz o art. 46 que findo o prazo de 30 meses,
se o locatário continuar no imóvel por mais de trinta dias sem oposição do proprietário,
presumir-se-á prorrogada a locação por prazo indeterminado. A partir daí, o locador poderá
denunciar a locação a qualquer tempo concedendo o prazo de trinta dias para a sua
desocupação. Quando o prazo é inferior a 30 meses, também implica na prorrogação
automática do contrato, todavia a lei exige para a retomada circunstâncias especiais ou o
decurso de 5 anos. Essa diferença de tratamento é de extrema importância na hora de
retomada do imóvel, daí porque, o aconselhável é ainda se utilizar do prazo (30 meses).
Outrossim, pelas regras do Código Civil, (arts. 574 e 575), caso o locador não
tencione continuar a locação, deverá primeiro notificar o locatário dessa intenção,
consignando desde já, o valor arbitrado para o aluguel enquanto não ocorrer a devolução do
imóvel. Somente depois é que seria cabível o despejo. Esse aluguel, muito embora tenha o
caráter de penalidade, deverá ser arbitrado sem excesso. Nessa condição, jamais poderia ser
considerado excesso, o aluguel arbitrado com base nos valores locatícios praticados no
mercado para o local, adicionado da mesma multa prevista no contrato para a
inadimplência, nada impedindo que outros critérios sejam utilizados.
Observação 02:
1
Observação 03:
Observação 04:
Observação 05:
Evitar entregar ao locatário o carnê do IPTU, cuidando para que o valor seja pago
diretamente na administradora que cuidará de sua quitação junto à rede arrecadadora, seja
em parcela única, seja em cotas mensais. Sempre cuidar para que os pagamentos das taxas
condominais sejam estejam em dia, porquanto é do proprietário a responsabilidade pelo
inadimplemento. Não se descuidar da contratação de seguro-incêndio, pois se algum
sinistro ocorrer no imóvel e este não tiver seguro, a administradora será responsável pelo
prejuízo.
05
Observação 06:
“Recebi a primeira via deste, ciente de que disponho do prazo de quarenta e oito (48)
horas para encaminhar à administradora reclamação escrita de qualquer
anormalidade encontrada no imóvel, ou de condições que estejam em desacordo com
1
os termos da presente vistoria, ciente também de que meu silêncio, fará presumir o
aceite das condições aqui mencionadas.
Observação 07:
Observação 08:
A fiança não permite interpretação extensiva. Desta forma, por exemplo, reajustes
de alugueres acima dos índices pactuados, não terão validade para os fiadores, se não
anuírem de forma expressa com esses reajustes. Por isso, sempre que houver qualquer
alteração não prevista no contrato, inclusive extensão do prazo determinado, tomar a
providência de exigir a concordância dos fiadores.
Observação 09:
Cuidar para que a ligação de energia elétrica seja sempre realizada ou transferida
para o nome do locatário, a fim de que a eventual cobrança e a inclusão em cadastro de
inadimplentes não seja feita em nome do locador.
Observação 10:
1
A multa indenizatória sempre será proporcional ao prazo restante do contrato,
conforme entendimento que encontra respaldo no artigo 413 do Código Civil tornando-se
obrigatória a sua obediência conforme artigo 2º da recente Lei 12.112/09 que alterou o
artigo 4º da LI.
MODELOS
PROCURAÇÃO
PODERES:
Amplos e gerais poderes com o fim especial de gerir e administrar a locação do imóvel
acima descrito e objeto do Contrato de Administração firmado nesta mesma data, podendo
para tanto, por instrumento público ou particular, praticar todos os atos necessários para
anunciar, selecionar clientes, estabelecer condições de locação, editar, alterar, retirar,
rescindir, distratar, executar, receber aluguéis, multas e demais débitos de responsabilidade
do LOCATÁRIO e garantidores da locação, passar recibos de quaisquer valores, por si e
por seus prepostos, representar o outorgado em qualquer repartição pública e em sociedades
e empresas de direito público ou de direito privado, em reuniões de condomínio, podendo
votar, discordar, concordar, manifestar-se sobre ordem do dia, podendo ainda agir com
poderes gerais para o foro, constituir advogados para defender os interesses do outorgado
em qualquer foro, instância, juízo ou tribunal em todas as etapas processuais, com poderes
ainda de fazer acordos, transigir, desistir, fazer recebimentos de valores depositados em
juízo ou em decorrência de sentença favorável, receber citação e notificação, enfim,
praticar todos os atos referentes a este mandato e para o seu fiel e integral cumprimento,
inclusive com o direito de substabelecer, com ou sem reserva total ou parcial no que se
referir ao imóvel acima descrito.
Goiânia, .......de.................de........
OUTORGANTE(S)
1
Modelo 02 - Contrato de administração de imóveis
Modalidade simples (aluguel não garantido)
02 - CONTRATADA:
Empresa.........
CNPJ/MF: CRECI nº
Endereço:
03 - OBJETO:
Tipo do imóvel
Endereço:
Descrição:
Dados complementares:
04 - DESTINAÇÃO DA LOCAÇÃO:
Residencial { } Não Residencial { } Outros { }
05 - DOCUMENTOS DE PROPRIEDADE:
Matrícula nº
Cartório de Registro de Imóveis da Zona de
Tipo de aquisição:
1
Encontra-se em nome de:
Inscrição municipal nº
Uso do solo:
06 - PRAZO DA LOCAÇÃO:
Prazo mínimo:
Prazo máximo:
08 - COMISSÃO DA CONTRATADA:
% sobre o valor de cada aluguel recebido
PREÂMBULO
DA MODALIDADE
DO PRAZO
1
imóvel estiver locado para clientes selecionados pela ADMINISTRADORA, prorrogando-
se automaticamente, sempre por igual período e nas mesmas condições aqui ajustadas, de
pleno direito e independentemente de qualquer aviso ou notificação.
DAS OBRIGAÇÕES
CLÁUSULA TERCEIRA
PARÁGRAFO ÚNICO - Nas Ações Judiciais, sempre que se fizerem necessárias, ficará a
cargo da ADMINISTRADORA, prestar Assistência Jurídica. O proprietário, arcará por sua
vez, com as custas judiciais e os honorários advocatícios para tal fim contratado, bem como
pelos honorários de sucumbência e demais gastos que lhe for desfavorável em sentença;
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DAS DESPESAS
DO REPASSE
DA RESPONSABILIDADE
a) Danificação total ou parcial, decorrente de força maior ou caso fortuito, tais como
incêndio, raio, fogo, etc.
b) Má qualidade da construção do imóvel, especialmente quanto ao alicerce, alvenaria,
teto, telhado, piso, instalações hidráulicas, elétricas, sanitárias, esgotos, etc.
c) Desgaste natural, em virtude de decurso do tempo e de uso normal, cujos, casos a
própria lei obriga o inquilino nesse sentido;
d) Depredações e atos de vandalismo ou roubo;
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e) Quando o locatário abandonar o imóvel ou o faça por força de sentença judicial que
decretar seu despejo.
DA REMUNERAÇÃO
DO ALUGUEL
CLÁUSULA DÉCIMA – O valor do aluguel mensal do imóvel será estipulado com base
em avaliação da ADMINISTRADORA no ato da locação, levando-se em conta os fatores
oferta e procura, área construída localização, acabamento, funcionamento do mesmo e
outros com autorização do proprietário.
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todos os seus termos e condições, havendo assim a sub-rogação tanto das obrigações como
dos direitos constantes dos contratos de administração como o de locação.
DA PROCURAÇÃO
DA RESCISÃO
DO SEGURO
DO FORO
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CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA – As partes anuem que todos os conflitos, duvidas,
omissões e qualquer questionamento ou cobranças de qualquer natureza, oriundo do
presente instrumento será dirimido através do foro da Comarca de Goiânia/GO, com
renúncia a qualquer outro.
Goiânia, de de 200...
___________________________________________________
CONTRATADA/ADMINISTRADORA
____________________________ ______________________________
PROPRIETÁRIO CONJUGE
Testemunhas:
__________________________ __________________________
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02 - CONTRATADA:
Empresa.............
CNPJ/MF: CRECI nº
Endereço:
03 - OBJETO:
Tipo do imóvel
Endereço:
Descrição:
Dados complementares:
04 - DESTINAÇÃO DA LOCAÇÃO:
Residencial { } Não Residencial { } Outros { }
05 - DOCUMENTOS DE PROPRIEDADE:
Matrícula nº
Cartório de Registro de Imóveis da Zona de
Tipo de aquisição:
Encontra-se em nome de:
Inscrição municipal nº
Uso do solo:
06 - PRAZO DA LOCAÇÃO:
Prazo mínimo:
Prazo máximo:
08 - COMISSÃO DA ADMINISTRADORA:
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% sobre o valor de cada aluguel devido
PREÂMBULO
DA MODALIDADE
DO PRAZO
DAS OBRIGAÇÕES
CLÁUSULA TERCEIRA
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b) Realizar cadastros, informações e elaborar os contratos e demais atos necessários
para a consolidação do contrato locatício;
c) Fazer os recebimentos dos aluguéis e encargos;
d) Enviar mensalmente ao CONTRANTE a prestação de contas com os detalhes sobre
os recebimentos dos aluguéis e dos encargos pagos pelo LOCATÁRIO;
e) Tomar todas as providências necessárias e de urgência no sentido de proteger o
imóvel e resguardar o proprietário;
PARÁGRAFO ÚNICO - Nas Ações Judiciais, sempre que se fizerem necessárias, ficara a
cargo da ADMINISTRADORA prestar Assistência Jurídica. O proprietário, arcará por sua
vez, com as custas judiciais e os honorários advocatícios para tal fim contratado, bem como
pelos honorários de sucumbência e demais gastos que lhe for desfavorável em sentença;
DAS DESPESAS
DO REPASSE
1
DA RESPONSABILIDADE
a) Danificação total ou parcial, decorrente de força maior ou caso fortuito, tais como
incêndio, raio, fogo, etc.
b) Má qualidade da construção do imóvel, especialmente quanto ao alicerce, alvenaria,
teto, telhado, piso, instalações hidráulicas, elétricas, sanitárias, esgotos, etc.
c) Desgaste natural, em virtude de decurso do tempo e de uso normal, cujos, casos a
própria lei obriga o inquilino nesse sentido;
d) Depredações e atos de vandalismo ou roubo;
e) Quando o locatário abandonar o imóvel ou o faça por força de sentença judicial que
decretar o despejo.
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PARÁGRAFO SEGUNDO – Todos os valores dispendidos pela ADMINISTRADORA e
só recebidos através de ação de cobrança, serão devidos a ela, ainda que a ação seja
ajuizada em nome do LOCADOR.
DA REMUNERAÇÃO
DO ALUGUEL
CLÁUSULA DÉCIMA – O valor do aluguel mensal do imóvel será estipulado com base
em avaliação da ADMINISTRADORA no ato da locação, levando-se em conta os fatores
oferta e procura, área construída localização, acabamento, funcionamento do mesmo e
outros com autorização do proprietário.
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DA PROCURAÇÃO
DA RESCISÃO
DO SEGURO
___________________________________________________
CONTRATADA/ADMINISTRADORA
____________________________ ______________________________
PROPRIETÁRIO CONJUGE
Testemunhas:
__________________________ __________________________
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CPF: CPF:
QUADRO RESUMO
f) Dia de vencimento do aluguel: Todo dia ..... (...................) do mês vencido, podendo ser pago sem
multa até o dia ........ (............);
Os signatários, que contratam nas qualidades indicadas acima, têm entre si ajustados o
presente instrumento em que o LOCADOR dá em locação o imóvel identificado e caracterizado no
Item “c”, ao LOCATÁTIO, que por seu turno o recebe mediante as Cláusulas e condições
seguintes, mutuamente aceitas e outorgadas:
CLÁUSULA SEGUNDA: Para restituição do imóvel, por qualquer que seja o motivo, o
LOCATÁRIO se obriga:
a) A promover a entrega provisória das chaves para a realização da vistoria, com o imóvel já
desocupado;
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b) A acompanhar e assinar o termo de vistoria de entrega para constatação do real estado de
conservação e a avaliação dos reparos a serem feitos;
c) A promover os reparos dos danos constatados na vistoria, utilizando materiais, tintas e
acessórios dentro dos mesmos padrões existentes;
d) Apresentar devidamente quitados os comprovantes de luz e água relativos aos seis últimos
meses, bem como o IPTU correspondente ao período em que ocupou o imóvel;
e) Indicar seu novo endereço e telefones para contato;
f) Apresentar os comprovantes de quitação de todos os encargos de que, contratualmente, são
de sua responsabilidade.
CLÁUSULA QUINTA: Todos os meses em que o aluguel não for pago até a data de seu
vencimento e com atraso máximo de até .....(......) dias, ficará o LOCATÁRIO sujeito ao pagamento
da Cláusula Penal Moratória de 10% (dez) por cento ao mês, calculados pro rata dia. Se esse atraso
for superior a 10 (dez) dias, será a cobrança feita através de advogado, incidindo os juros,
honorários de 10% (dez por cento) e demais despesas decorrentes da inadimplência;
Os pagamentos referentes aos encargos acima deverão ser efetivados em seus vencimentos
diretamente a seus respectivos favorecidos. Toda e qualquer consequência pelo não cumprimento
do que aqui se estipula, é de única e exclusiva responsabilidade do LOCATÁRIO;
CLÁUSULA SÉTIMA: O LOCATÁRIO neste ato declara que recebeu o imóvel nas
condições especificadas na vistoria que assinou e que torna-se parte integrante do presente ajuste,
comprometendo-se a entregá-lo, finda a locação, promovendo pinturas e reparos que forem
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necessários a fim de que o mesmo fique em idênticas condições em que lhe foi entregue,
excetuando os desgastes naturais pelo tempo e as eventuais alterações autorizadas por escrito pelo
LOCADOR;
CLÁUSULA NONA: Não sendo o imóvel reposto nas condições apontadas pela vistoria de
entrada, persistirá a responsabilidade por aluguéis e encargos, ainda que restituídas provisoriamente
as chaves, até a conclusão dos reparos, ocasião em que a entrega se tornará final e definitiva. Sobre
o valor dos reparos pagos pelo LOCADOR e de responsabilidade do LOCATÁRIO, incidirá a
atualização monetária, contados da data do desembolso do numerário até a data do efetivo
reembolso;
a) Servir-se do imóvel locado para o uso convencionado, compatível com a sua natureza e
com os fins a que se destina;
b) Levar ao LOCADOR as ameaças ou turbações de terceiros;
c) Restituir o imóvel, finda a locação, no estado em que o recebeu, conforme discriminado na
vistoria de entrada, salvo as deteriorizações decorrentes de seu uso regular;
d) Não ceder, transferir, emprestar, sublocar total ou parcialmente o imóvel, a não ser com a
autorização escrita do LOCADOR;
e) Pagar a Cláusula Penal Moratória de 10% (dez) por cento do débito no caso de purgação da
mora;
f) No caso de rescisão do contrato por sua culpa, incidirá a Cláusula Penal Compensatória
sobre o valor do contrato (Art. 408 do Código Civil). Idêntico tratamento será dado ao
LOCADOR, se culpado da resolução;
g) Entregar ao LOCADOR todas as intimações ou avisos de autoridades públicas, bem como
guias de impostos ou taxas que não sejam de sua responsabilidade, dentro do prazo, sob
pena de responder por acréscimos ou multas devidos;
h) As obras referentes a conservação de aparelhos sanitários, encanamento, esgoto, torneiras,
chuveiros, ralos, vazamentos, troca de telhas e calhas, parte elétrica, fios, tomadas, relógios
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de luz, hidrômetro, portas, janelas, portões, fechaduras, chaves, vidros, persianas, lustres,
bem como reparos devidos ao uso, constituem sempre ônus do LOCATÁRIO;
i) Pagar pontualmente o aluguel e acessórios da locação no prazo e condições ajustadas;
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das chaves, inclusive do dever de pintar e reparar o imóvel, se necessário, outorgando poderes de
representação para que o LOCATÁRIO, seu afiançado, assine as vistorias de entrada e saída,
vinculando e estendendo a fiança no que toca ao estado do imóvel locado, de elevações de aluguéis
em qualquer índice legal, majorações de taxas, impostos e outros encargos, seguros ou cominações
contratuais. Expressamente os fiadores renunciam ao benefício de ordem bem como ao benefício de
divisão, conforme disposto no artigo 828 do Código Civil;
CLAÚSULA VIGÉSSIMA SEGUNDA: Fica fixada a multa de 10% (dez) por cento, como
Cláusula Penal Especial (artigo 408 do Código Civil), calculada sobre o valor do contrato, devida
pela parte que infringir Cláusula e seja qual for o tempo decorrido do presente contrato e não
compensatória de prejuízos e danos causados ao imóvel. Convencionam os CONTRATANTES
reconhecimento do mencionado valor como quantia líquida, certa e exigível. A aplicação da multa
aqui prevista não poderá ser cumulativa com a Cláusula Penal Rescisória estipulada na Cláusula
Vigésima Quarta;
CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA: Fica fixada em 10% (dez) por cento a multa, como
Cláusula Penal Rescisória, calculada sobre o valor total do contrato e devida a qualquer dos
CONTRATANTES que der causa a seu pedido de rescisão, respondendo ainda pelas perdas, danos
e despesas decorrentes do fato. Estando o contrato por prazo determinado e tendo sido cumprido
parcialmente, a multa aqui prevista deverá ser aplicada somente pelo restante do prazo a ser
cumprido;
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CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA: Com o objetivo de defender o imóvel contra quaisquer
eventualidades, por abandono do LOCATÁRIO e, no intento de acautelar-se à sua integridade
contra possível esbulho, depreciação e outros atos prejudiciais ao bem locado, fica o LOCADOR
autorizado a tomar posse do imóvel, independente de qualquer procedimento judicial prévio,
podendo, se necessário, usar do emprego de força para arrombá-lo, desde que fique comprovado o
abandono do mesmo pelo LOCATÁRIO. Caracteriza-se como abandono a ausência prolongada do
LOCATÁRIO e seus funcionários, testemunhados por vizinhos, bem como a falta de pagamento
dos aluguéis por mais de dois meses, ou ainda pela ausência de qualquer comunicado escrito junto
ao LOCADOR ou seu representante legal;
CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA: A presente locação será regida pelo que dispõe todas as
cláusulas, e aos casos omissos será aplicada a legislação pertinente. Para todos os efeitos, o valor
do contrato será sempre o equivalente a 12 (doze) vezes o aluguel mensal vigente à época do
questionamento, independente de ser o contrato por prazo de 30 (trinta) meses ou de estar por prazo
indeterminado;
_________________________________________________________
LOCATÁRIO
_________________________________________________________
FIADORES
_________________________________________________________
FIADORES
__________________________________________________________
LOCADOR p/p
Testemunhas: ______________________________________
____________________________________________
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Modelo 05 – locação com garantia de fiança bancária
QUADRO RESUMO
a) LOCADOR: (Fulano de tal), neste ato representado por seu PROCURADOR, a
Empresa ................... com endereço nesta capital, na Rua......... nº ......., Setor ..., inscrita no
CGC/MF sob nº .................;
d) GARANTIA: Nos termos do artigo 37, II da Lei nº 8.245/91, é feita a garantia através de
FIANÇA BANCÁRIA a favor do LOCADOR e obedecido o disposto nas Cláusulas Décima Nona e
Vigésima.
Banco Fiador: ................................... Agência..................
Valor da fiança: R$...........
Vencimento da fiança: ......../......./.....
f) Dia de vencimento do aluguel: Todo dia ..... (...................) do mês vencido, podendo ser pago sem
multa até o dia ........ (............);
Os signatários, que contratam nas qualidades indicadas acima, têm entre si ajustados o
presente instrumento em que o LOCADOR dá em locação o imóvel identificado e caracterizado no
Item “c”, ao LOCATÁRIO, que por seu turno o recebe mediante as Cláusulas e condições
seguintes, mutuamente aceitas e outorgadas:
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CLÁUSULA SEGUNDA: Para restituição do imóvel, por qualquer que seja o motivo, o
LOCATÁRIO se obriga:
a) A promover a entrega provisória das chaves para a realização da vistoria, com o imóvel
já desocupado;
b) A acompanhar e assinar o termo de vistoria de entrega para constatação do real estado
de conservação e a avaliação dos reparos a serem feitos;
c) A promover os reparos dos danos constatados na vistoria, utilizando materiais, tintas e
acessórios dentro dos mesmos padrões existentes;
d) Apresentar devidamente quitados os comprovantes de luz e água relativos aos seis
últimos meses, bem como o IPTU correspondente ao período em que ocupou o imóvel;
e) Indicar seu novo endereço e telefones para contato;
f) Apresentar os comprovantes de quitação de todos os encargos de que, contratualmente,
são de sua responsabilidade.
CLÁUSULA QUINTA: Todos os meses em que o aluguel não for pago até a data de seu
vencimento e com atraso máximo de até .....(......) dias, ficará o LOCATÁRIO sujeito ao pagamento
da Cláusula Penal Moratória de 10% (dez) por cento ao mês, calculados pro rata dia. Se esse atraso
for superior a 10 (dez) dias, será a cobrança feita através de advogado, incidindo os juros,
honorários de 10% (dez por cento) e demais despesas decorrentes da inadimplência;
1
Os pagamentos referentes aos encargos acima deverão ser efetivados em seus vencimentos
diretamente a seus respectivos favorecidos. Toda e qualquer consequência pelo não cumprimento
do que aqui se estipula, é de única e exclusiva responsabilidade do LOCATÁRIO;
CLÁUSULA SÉTIMA: O LOCATÁRIO neste ato declara que recebeu o imóvel nas
condições especificadas na vistoria que assinou e que torna-se parte integrante do presente ajuste,
comprometendo-se a entregá-lo, finda a locação, promovendo pinturas e reparos que forem
necessários a fim de que o mesmo fique em idênticas condições em que lhe foi entregue,
excetuando os desgastes naturais pelo tempo e as eventuais alterações autorizadas por escrito pelo
LOCADOR;
CLÁUSULA NONA: Não sendo o imóvel reposto nas condições apontadas pela vistoria de
entrada, persistirá a responsabilidade por aluguéis e encargos, ainda que restituídas provisoriamente
as chaves, até a conclusão dos reparos, ocasião em que a entrega se tornará final e definitiva. Sobre
o valor dos reparos pagos pelo LOCADOR e de responsabilidade do LOCATÁRIO, incidirá a
atualização monetária, contados da data do desembolso do numerário até a data do efetivo
reembolso;
1
f) No caso de rescisão do contrato por sua culpa, incidirá a Cláusula Penal Compensatória
sobre o valor do contrato (Art. 408 do Código Civil). Idêntico tratamento será dado ao
LOCADOR, se culpado da resolução;
g) Entregar ao LOCADOR todas as intimações ou avisos de autoridades públicas, bem como
guias de impostos ou taxas que não sejam de sua responsabilidade, dentro do prazo, sob
pena de responder por acréscimos ou multas devidos;
h) As obras referentes a conservação de aparelhos sanitários, encanamento, esgoto, torneiras,
chuveiros, ralos, vazamentos, troca de telhas e calhas, parte elétrica, fios, tomadas, relógios
de luz, hidrômetro, portas, janelas, portões, fechaduras, chaves, vidros, persianas, lustres,
bem como reparos devidos ao uso, constituem sempre ônus do LOCATÁRIO;
i) Pagar pontualmente o aluguel e acessórios da locação no prazo e condições ajustadas;
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CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA: Poderá o LOCADOR exigir a realização de reparos dos
danos ocasionados pelo mau uso do imóvel. Esses reparos serão feitos com obediência às normas
legais e ao que se convencionou no presente ajuste. Quando os reparos necessários forem de
responsabilidade do LOCADOR, deverá o LOCATÁRIO permitir que se realizem tais obras;
CLAÚSULA VIGÉSSIMA TERCEIRA: Fica fixada a multa de 10% (dez) por cento, como
Cláusula Penal Especial (artigo 408 do Código Civil), calculada sobre o valor do contrato devida
pela parte que infringir Cláusula e seja qual for o tempo decorrido do presente contrato e não
compensatória de prejuízos e danos causados ao imóvel. Convencionam os CONTRATANTES
reconhecimento do mencionado valor como quantia líquida, certa e exigível. A aplicação da multa
aqui prevista não poderá ser cumulativa com a Cláusula Penal Rescisória estipulada na Cláusula
Vigésima Quarta;
CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA: Fica fixada em 10% (dez) por cento, a multa, como
Cláusula Penal Rescisória, calculada sobre o valor total do contrato e devida a qualquer dos
CONTRATANTES que der causa a seu pedido de rescisão, respondendo ainda pelas perdas, danos
e despesas decorrentes do fato. Estando o contrato por prazo determinado e tendo sido cumprido
parcialmente, a multa aqui prevista deverá ser aplicada somente pelo restante do prazo a ser
cumprido;
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CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA: No caso de desapropriação do imóvel locado, ficará o
LOCADOR desobrigado por todas as Cláusulas deste contrato, ressalvando ao LOCATÁRIO tão
somente o direito de haver do poder público desapropriante a indenização a que tiver direito;
CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA: A presente locação será regida pelo que dispõe todas
as cláusulas, e aos casos omissos será aplicada a legislação pertinente. Para todos os efeitos, o valor
do contrato será sempre o equivalente a 12 (doze) vezes o aluguel mensal vigente à época do
questionamento, independente de ser o contrato por prazo de 30 (trinta) meses ou de estar por prazo
indeterminado;
_________________________________________
LOCATÁRIO
_________________________________________
LOCADOR p/p
Testemunhas: __________________________________
__________________________________
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Modelo 06 – locação com seguro de fiança locatícia
QUADRO RESUMO
a) LOCADOR: (Fulano de tal), neste ato representado por seu PROCURADOR, a
Empresa ......................... com endereço nesta capital, na Rua......... nº ......., Setor ..., inscrita no
CGC/MF sob nº .................;
d) GARANTIA: Nos termos do artigo 37, III da Lei nº 8.245/91 e da Circular nº 1 de 14/01/92 da
Superintendência de Seguros Privados, é feita a garantia através do SEGURO DE FIANÇA
LOCATÍCIA a favor do LOCADOR e obedecido o disposto nas Cláusulas Décima Nona e
Vigésima.
Seguradora: ...................................
Valor do seguro: R$...........
Vencimento do seguro: ......../......./.....
f) Dia de vencimento do aluguel: Todo dia ..... (...................) do mês vencido, podendo ser pago sem
multa até o dia ........ (............);
Os signatários, que contratam nas qualidades indicadas acima, têm entre si ajustados o
presente instrumento em que o LOCADOR dá em locação o imóvel identificado e caracterizado no
Item “c”, ao LOCATÁRIO, que por seu turno o recebe mediante as Cláusulas e condições
seguintes, mutuamente aceitas e outorgadas:
CLÁUSULA SEGUNDA: Para restituição do imóvel, por qualquer que seja o motivo, o
LOCATÁRIO se obriga:
1
a) A promover a entrega provisória das chaves para a realização da vistoria, com o imóvel já
desocupado;
b) A acompanhar e assinar o termo de vistoria de entrega para constatação do real estado de
conservação e a avaliação dos reparos a serem feitos;
c) A promover os reparos dos danos constatados na vistoria, utilizando materiais, tintas e
acessórios dentro dos mesmos padrões existentes;
d) Apresentar devidamente quitados os comprovantes de luz e água relativos aos seis últimos
meses, bem como o IPTU correspondente ao período em que ocupou o imóvel;
e) Indicar seu novo endereço e telefones para contato;
f) Apresentar os comprovantes de quitação de todos os encargos de que, contratualmente, são
de sua responsabilidade.
CLÁUSULA QUINTA: Todos os meses em que o aluguel não for pago até a data de seu
vencimento e com atraso máximo de até .....(......) dias, ficará o LOCATÁRIO sujeito ao pagamento
da Cláusula Penal Moratória de 10% (dez) por cento ao mês, calculados pro rata dia. Se esse atraso
for superior a 10 (dez) dias, será a cobrança feita através de advogado, incidindo os juros,
honorários de 10% (dez por cento) e demais despesas decorrentes da inadimplência;
Os pagamentos referentes aos encargos acima deverão ser efetivados em seus vencimentos
diretamente a seus respectivos favorecidos. Toda e qualquer consequência pelo não cumprimento
do que aqui se estipula, é de única e exclusiva responsabilidade do LOCATÁRIO;
1
CLÁUSULA SÉTIMA: O LOCATÁRIO neste ato declara que recebeu o imóvel nas
condições especificadas na vistoria que assinou e que torna-se parte integrante do presente ajuste,
comprometendo-se a entregá-lo, finda a locação, promovendo pinturas e reparos que forem
necessários a fim de que o mesmo fique em idênticas condições em que lhe foi entregue,
excetuando os desgastes naturais pelo tempo e as eventuais alterações autorizadas por escrito pelo
LOCADOR;
CLÁUSULA NONA: Não sendo o imóvel reposto nas condições apontadas pela vistoria de
entrada, persistirá a responsabilidade por aluguéis e encargos, ainda que restituídas provisoriamente
as chaves, até a conclusão dos reparos, ocasião em que a entrega se tornará final e definitiva. Sobre
o valor dos reparos pagos pelo LOCADOR e de responsabilidade do LOCATÁRIO, incidirá a
atualização monetária, contados da data do desembolso do numerário até a data do efetivo
reembolso;
a) Servir-se do imóvel locado para o uso convencionado, compatível com a sua natureza e
com os fins a que se destina;
b) Levar ao LOCADOR as ameaças ou turbações de terceiros;
c) Restituir o imóvel, finda a locação, no estado em que o recebeu, conforme discriminado na
vistoria de entrada, salvo as deteriorizações decorrentes de seu uso regular;
d) Não ceder, transferir, emprestar, sublocar total ou parcialmente o imóvel, a não ser com a
autorização escrita do LOCADOR;
e) Pagar a Cláusula Penal Moratória de 10% (dez) por cento do débito no caso de purgação da
mora;
f) No caso de rescisão do contrato por sua culpa, incidirá a Cláusula Penal Compensatória
sobre o valor do contrato (Art. 408 do Código Civil). Idêntico tratamento será dado ao
LOCADOR, se culpado da resolução;
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g) Entregar ao LOCADOR todas as intimações ou avisos de autoridades públicas, bem como
guias de impostos ou taxas que não sejam de sua responsabilidade, dentro do prazo, sob
pena de responder por acréscimos ou multas devidos;
h) As obras referentes a conservação de aparelhos sanitários, encanamento, esgoto, torneiras,
chuveiros, ralos, vazamentos, troca de telhas e calhas, parte elétrica, fios, tomadas, relógios
de luz, hidrômetro, portas, janelas, portões, fechaduras, chaves, vidros, persianas, lustres,
bem como reparos devidos ao uso, constituem sempre ônus do LOCATÁRIO;
i) Pagar pontualmente o aluguel e acessórios da locação no prazo e condições ajustadas;
1
legais e ao que se convencionou no presente ajuste. Quando os reparos necessários forem de
responsabilidade do LOCADOR, deverá o LOCATÁRIO permitir que se realizem tais obras;
CLAÚSULA VIGÉSSIMA TERCEIRA: Fica fixada a multa de 10% (dez) por cento, como
Cláusula Penal Especial (artigo 408 do Código Civil), calculada sobre o valor do contrato devida
pela parte que infringir Cláusula e seja qual for o tempo decorrido do presente contrato e não
compensatória de prejuízos e danos causados ao imóvel. Convencionam os CONTRATANTES
reconhecimento do mencionado valor como quantia líquida, certa e exigível. A aplicação da multa
1
aqui prevista não poderá ser cumulativa com a Cláusula Penal Rescisória estipulada na Cláusula
Vigésima Quarta;
CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA: Fica fixada em 10% (dez) por cento, a multa, como
Cláusula Penal Rescisória, calculada sobre o valor total do contrato e devida a qualquer dos
CONTRATANTES que der causa a seu pedido de rescisão, respondendo ainda pelas perdas, danos
e despesas decorrentes do fato. Estando o contrato por prazo determinado e tendo sido cumprido
parcialmente, a multa aqui prevista deverá ser aplicada somente pelo restante do prazo a ser
cumprido;
CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA: A presente locação será regida pelo que dispõe todas
as cláusulas, e aos casos omissos será aplicada a legislação pertinente. Para todos os efeitos, o valor
do contrato será sempre o equivalente a 12 (doze) vezes o aluguel mensal vigente à época do
questionamento, independente de ser o contrato por prazo de 30 (trinta) meses ou de estar por prazo
indeterminado;
1
Modelo 07 – locação com garantia de CAUÇÃO em dinheiro
QUADRO RESUMO
a) LOCADOR: (Fulano de tal), neste ato representado por seu PROCURADOR, a
Empresa ................................. com endereço nesta capital, na Rua......... nº ......., Setor ..., inscrita no
CGC/MF sob nº ................. e no CRECI/5ª. Região sob no.;
d) GARANTIA: Nos termos do parágrafo segundo do artigo 38 da Lei nº 8.245/91, é feita uma
Caução em Dinheiro, na conta Poupança em nome da Procuradora, na Agência.............do
Banco..................no valor de R$...........(......................) e de conformidade com o estipulado nas
Cláusulas Décima Nona a Vigésima Primeira;
f) Dia de vencimento do aluguel: Todo dia ..... (...................) do mês vencido, podendo ser pago sem
multa até o dia ........ (............);
Os signatários, que contratam nas qualidades indicadas acima, têm entre si ajustados o
presente instrumento em que o LOCADOR dá em locação o imóvel identificado e caracterizado no
Item “c”, ao LOCATÁRIO, que por seu turno o recebe mediante as Cláusulas e condições
seguintes, mutuamente aceitas e outorgadas:
CLÁUSULA SEGUNDA: Para restituição do imóvel, por qualquer que seja o motivo, o
LOCATÁRIO se obriga:
a) A promover a entrega provisória das chaves para a realização da vistoria, com o imóvel
já desocupado;
1
b) A acompanhar e assinar o termo de vistoria de entrega para constatação do real estado
de conservação e a avaliação dos reparos a serem feitos;
c) A promover os reparos dos danos constatados na vistoria, utilizando materiais, tintas e
acessórios dentro dos mesmos padrões existentes;
d) Apresentar devidamente quitados os comprovantes de luz e água relativos aos seis
últimos meses, bem como o IPTU correspondente ao período em que ocupou o imóvel;
e) Indicar seu novo endereço e telefones para contato;
f) Apresentar os comprovantes de quitação de todos os encargos de que, contratualmente,
são de sua responsabilidade.
CLÁUSULA QUINTA: Todos os meses em que o aluguel não for pago até a data de seu
vencimento e com atraso máximo de até .....(......) dias, ficará o LOCATÁRIO sujeito ao pagamento
da Cláusula Penal Moratória de 10% (dez) por cento ao mês, calculados pro rata dia. Se esse atraso
for superior a 10 (dez) dias, será a cobrança feita através de advogado, incidindo os juros,
honorários de 10% (dez por cento) e demais despesas decorrentes da inadimplência;
Os pagamentos referentes aos encargos acima deverão ser efetivados em seus vencimentos
diretamente a seus respectivos favorecidos. Toda e qualquer consequência pelo não cumprimento
do que aqui se estipula, é de única e exclusiva responsabilidade do LOCATÁRIO;
CLÁUSULA SÉTIMA: O LOCATÁRIO neste ato declara que recebeu o imóvel nas
condições especificadas na vistoria que assinou e que torna-se parte integrante do presente ajuste,
comprometendo-se a entregá-lo, finda a locação, promovendo pinturas e reparos que forem
1
necessários a fim de que o mesmo fique em idênticas condições em que lhe foi entregue,
excetuando os desgastes naturais pelo tempo e as eventuais alterações autorizadas por escrito pelo
LOCADOR;
CLÁUSULA NONA: Não sendo o imóvel reposto nas condições apontadas pela vistoria de
entrada, persistirá a responsabilidade por aluguéis e encargos, ainda que restituídas provisoriamente
as chaves, até a conclusão dos reparos, ocasião em que a entrega se tornará final e definitiva. Sobre
o valor dos reparos pagos pelo LOCADOR e de responsabilidade do LOCATÁRIO, incidirá a
atualização monetária, contados da data do desembolso do numerário até a data do efetivo
reembolso;
a) Servir-se do imóvel locado para o uso convencionado, compatível com a sua natureza e
com os fins a que se destina;
b) Levar ao LOCADOR as ameaças ou turbações de terceiros;
c) Restituir o imóvel, finda a locação, no estado em que o recebeu, conforme discriminado na
vistoria de entrada, salvo as deteriorizações decorrentes de seu uso regular;
d) Não ceder, transferir, emprestar, sublocar total ou parcialmente o imóvel, a não ser com a
autorização escrita do LOCADOR;
e) Pagar a Cláusula Penal Moratória de 10% (dez) por cento do débito no caso de purgação da
mora;
f) No caso de rescisão do contrato por sua culpa, incidirá a Cláusula Penal Compensatória
sobre o valor do contrato (Art. 408 do Código Civil). Idêntico tratamento será dado ao
LOCADOR, se culpado da resolução;
g) Entregar ao LOCADOR todas as intimações ou avisos de autoridades públicas, bem como
guias de impostos ou taxas que não sejam de sua responsabilidade, dentro do prazo, sob
pena de responder por acréscimos ou multas devidos;
h) As obras referentes a conservação de aparelhos sanitários, encanamento, esgoto, torneiras,
chuveiros, ralos, vazamentos, troca de telhas e calhas, parte elétrica, fios, tomadas, relógios
1
de luz, hidrômetro, portas, janelas, portões, fechaduras, chaves, vidros, persianas, lustres,
bem como reparos devidos ao uso, constituem sempre ônus do LOCATÁRIO;
i) Pagar pontualmente o aluguel e acessórios da locação no prazo e condições ajustadas;
1
quanto ao dever do LOCATÁRIO em pintar e reparar o imóvel, se necessário, vinculando e
estendendo a caução no que toca ao estado do imóvel locado, tudo de conformidade com o disposto
no artigo 39 da Lei do Inquilinato em vigor (Lei nº 8.245/91). Havendo elevação de aluguéis,
obriga-se o LOCATÁRIO a fazer a complementação do valor caucionado e que deverá equivaler
sempre ao mínimo de 3 (três) aluguéis. Todos os rendimentos auferidos pela caução se reverterão a
favor do LOCATÁRIO;
CLAÚSULA VIGÉSSIMA TERCEIRA: Fica fixada a multa de 10% (dez) por cento, como
Cláusula Penal Especial (artigo 408 do Código Civil), calculada sobre o valor do contrato devida
pela parte que infringir Cláusula e seja qual for o tempo decorrido do presente contrato e não
compensatória de prejuízos e danos causados ao imóvel. Convencionam os CONTRATANTES
reconhecimento do mencionado valor como quantia líquida, certa e exigível. A aplicação da multa
aqui prevista não poderá ser cumulativa com a Cláusula Penal Rescisória estipulada na Cláusula
Vigésima Quarta;
CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA: Fica fixada em 10% (dez) por cento a multa, como
Cláusula Penal Rescisória, calculada sobre o valor total do contrato e devida a qualquer dos
CONTRATANTES que der causa a seu pedido de rescisão, respondendo ainda pelas perdas, danos
e despesas decorrentes do fato. Estando o contrato por prazo determinado e tendo sido cumprido
parcialmente, a multa aqui prevista deverá ser aplicada somente pelo restante do prazo a ser
cumprido;
1
autorizado a tomar posse do imóvel, independente de qualquer procedimento judicial prévio,
podendo, se necessário, usar do emprego de força para arrombá-lo, desde que fique comprovado o
abandono do mesmo pelo LOCATÁRIO. Caracteriza-se como abandono a ausência prolongada do
LOCATÁRIO e seus funcionários, testemunhados por vizinhos, cumulados como a falta de
pagamento dos aluguéis por mais de dois meses, ou ainda pela ausência de qualquer comunicado
escrito junto ao LOCADOR ou seu representante legal;
CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA: A presente locação será regida pelo que dispõe todas
as cláusulas, e aos casos omissos será aplicada a legislação pertinente. Para todos os efeitos, o valor
do contrato será sempre o equivalente a 12 (doze) vezes o aluguel mensal vigente à época do
questionamento, independente de ser o contrato por prazo de 30 (trinta) meses ou de estar por prazo
indeterminado;
_________________________________________
LOCATÁRIO
_________________________________________
LOCADOR p/p
Testemunhas: __________________________________
__________________________________
1
Modelo 08 – locação com garantia real (CAUÇÃO com imóveis)
QUADRO RESUMO
a) LOCADOR: (Fulano de tal), neste ato representado por seu PROCURADOR, a
Empresa ................................ com endereço nesta capital, na Rua......... nº ......., Setor ..., inscrita no
CGC/MF sob nº .................;
d) GARANTIA: Nos termos do artigo 38 da Lei nº 8.245/91, é feita uma Caução em imóvel e de
conformidade com o estipulado nas Cláusulas Décima Nona e Vigésima, constituído pelo
(descrever o terreno e a construção dada em garantia), devidamente registrado no Cartório de
Registro de Imóveis da .....ª Circunscrição de Goiânia sob matrícula nº ................ e que se encontra
em nome de........(proprietário do imóvel dado em caução);
f) Dia de vencimento do aluguel: Todo dia ..... (...................) do mês vencido, podendo ser pago sem
multa até o dia ........ (............);
Os signatários, que contratam nas qualidades indicadas acima, têm entre si ajustados o
presente instrumento em que o LOCADOR dá em locação o imóvel identificado e caracterizado no
Item “c”, ao LOCATÁRIO, que por seu turno o recebe mediante as Cláusulas e condições
seguintes, mutuamente aceitas e outorgadas:
CLÁUSULA SEGUNDA: Para restituição do imóvel, por qualquer que seja o motivo, o
LOCATÁRIO se obriga:
1
a) A promover a entrega provisória das chaves para a realização da vistoria, com o imóvel já
desocupado;
b) A acompanhar e assinar o termo de vistoria de entrega para constatação do real estado de
conservação e a avaliação dos reparos a serem feitos;
c) A promover os reparos dos danos constatados na vistoria, utilizando materiais, tintas e
acessórios dentro dos mesmos padrões existentes;
d) Apresentar devidamente quitados os comprovantes de luz e água relativos aos seis últimos
meses, bem como o IPTU correspondente ao período em que ocupou o imóvel;
e) Indicar seu novo endereço e telefones para contato;
f) Apresentar os comprovantes de quitação de todos os encargos de que, contratualmente, são
de sua responsabilidade.
CLÁUSULA QUINTA: Todos os meses em que o aluguel não for pago até a data de seu
vencimento e com atraso máximo de até .....(......) dias, ficará o LOCATÁRIO sujeito ao pagamento
da Cláusula Penal Moratória de 10% (dez) por cento ao mês, calculados pro rata dia. Se esse atraso
for superior a 10 (dez) dias, será a cobrança feita através de advogado, incidindo os juros,
honorários de 10% (dez por cento) e demais despesas decorrentes da inadimplência;
Os pagamentos referentes aos encargos acima deverão ser efetivados em seus vencimentos
diretamente a seus respectivos favorecidos. Toda e qualquer consequência pelo não cumprimento
do que aqui se estipula, é de única e exclusiva responsabilidade do LOCATÁRIO;
1
CLÁUSULA SÉTIMA: O LOCATÁRIO neste ato declara que recebeu o imóvel nas
condições especificadas na vistoria que assinou e que torna-se parte integrante do presente ajuste,
comprometendo-se a entregá-lo, finda a locação, promovendo pinturas e reparos que forem
necessários a fim de que o mesmo fique em idênticas condições em que lhe foi entregue,
excetuando os desgastes naturais pelo tempo e as eventuais alterações autorizadas por escrito pelo
LOCADOR;
CLÁUSULA NONA: Não sendo o imóvel reposto nas condições apontadas pela vistoria de
entrada, persistirá a responsabilidade por aluguéis e encargos, ainda que restituídas provisoriamente
as chaves, até a conclusão dos reparos, ocasião em que a entrega se tornará final e definitiva. Sobre
o valor dos reparos pagos pelo LOCADOR e de responsabilidade do LOCATÁRIO, incidirá a
atualização monetária, contados da data do desembolso do numerário até a data do efetivo
reembolso;
a) Servir-se do imóvel locado para o uso convencionado, compatível com a sua natureza e
com os fins a que se destina;
b) Levar ao LOCADOR as ameaças ou turbações de terceiros;
c) Restituir o imóvel, finda a locação, no estado em que o recebeu, conforme discriminado na
vistoria de entrada, salvo as deteriorizações decorrentes de seu uso regular;
d) Não ceder, transferir, emprestar, sublocar total ou parcialmente o imóvel, a não ser com a
autorização escrita do LOCADOR;
e) Pagar a Cláusula Penal Moratória de 10% (dez) por cento do débito no caso de purgação da
mora;
f) No caso de rescisão do contrato por sua culpa, incidirá a Cláusula Penal Compensatória
sobre o valor do contrato (Art. 408 do Código Civil). Idêntico tratamento será dado ao
LOCADOR, se culpado da resolução;
1
g) Entregar ao LOCADOR todas as intimações ou avisos de autoridades públicas, bem como
guias de impostos ou taxas que não sejam de sua responsabilidade, dentro do prazo, sob
pena de responder por acréscimos ou multas devidos;
h) As obras referentes a conservação de aparelhos sanitários, encanamento, esgoto, torneiras,
chuveiros, ralos, vazamentos, troca de telhas e calhas, parte elétrica, fios, tomadas, relógios
de luz, hidrômetro, portas, janelas, portões, fechaduras, chaves, vidros, persianas, lustres,
bem como reparos devidos ao uso, constituem sempre ônus do LOCATÁRIO;
i) Pagar pontualmente o aluguel e acessórios da locação no prazo e condições ajustadas;
1
legais e ao que se convencionou no presente ajuste. Quando os reparos necessários forem de
responsabilidade do LOCADOR, deverá o LOCATÁRIO permitir que se realizem tais obras;
CLAÚSULA VIGÉSSIMA TERCEIRA: Fica fixada a multa de 10% (dez) por cento, como
Cláusula Penal Especial (artigo 408 do Código Civil), calculada sobre o valor do contrato devida
pela parte que infringir Cláusula e seja qual for o tempo decorrido do presente contrato e não
compensatória de prejuízos e danos causados ao imóvel. Convencionam os CONTRATANTES
reconhecimento do mencionado valor como quantia líquida, certa e exigível. A aplicação da multa
aqui prevista não poderá ser cumulativa com a Cláusula Penal Rescisória estipulada na Cláusula
Vigésima Quarta;
CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA: Fica fixada em 10% (dez) por cento, a multa, como
Cláusula Penal Rescisória, calculada sobre o valor total do contrato e devida a qualquer dos
CONTRATANTES que der causa a seu pedido de rescisão, respondendo ainda pelas perdas, danos
e despesas decorrentes do fato. Estando o contrato por prazo determinado e tendo sido cumprido
parcialmente, a multa aqui prevista deverá ser aplicada somente pelo restante do prazo a ser
cumprido;
1
CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA: No caso de desapropriação do imóvel locado, ficará o
LOCADOR desobrigado por todas as Cláusulas deste contrato, ressalvando ao LOCATÁRIO tão
somente o direito de haver do poder público desapropriante a indenização a que tiver direito;
CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA: A presente locação será regida pelo que dispõe todas
as cláusulas, e aos casos omissos será aplicada a legislação pertinente. Para todos os efeitos, o valor
do contrato será sempre o equivalente a 12 (doze) vezes o aluguel mensal vigente à época do
questionamento, independente de ser o contrato por prazo de 30 (trinta) meses ou de estar prazo
indeterminado;
_________________________________________
LOCATÁRIO
_________________________________________
LOCADOR p/p
Testemunhas: __________________________________
__________________________________
1
Modelo de uma averbação de caução locatícia feita no Cartório de Registro
de Imóveis
AV-.../...(AV-.../...), em ...-...-200.....-
EMOLUMENTOS - R$....-
1
ESCRITURA PÚBLICA DE CONFISSÃO DE DÍVIDA COM
GARANTIA DE CAUÇÃO, NA FORMA ABAIXO:
1
Modelo 09 - Carta de preposto para comparecer em audiência
CARTA DE PREPOSTO
_______________________________
Luzia Luziana Luz
1
Modelo 10 – Distrato de locação
Pelo presente instrumento particular de distrato que fazem entre si as partes acima
mencionadas, de comum acordo resolvem distratar as estipulações firmadas através do
Contrato de Locação, conforme vem discriminado abaixo, o qual teve por objeto a locação
do imóvel identificado como ............(descrição e endereço do imóvel locado), fazendo-o
mediante as seguintes cláusulas:
Cláusula Primeira – Fica por este instrumento distratado o contrato de locação residencial
dando o LOCADOR plena e geral quitação, tanto no que se refere ao pagamento dos
aluguéis, como também aos impostos e taxas discriminadas na cláusula II, parágrafo único,
não mais havendo nada a exigir com alusão ao contrato ora rescindido.
Cláusula Terceira: encerra-se também por este, toda a responsabilidade assumida pelo
fiador o Sr.........
Cláusula Quarta: O LOCATÁRIO entrega, neste ato o imóvel totalmente desocupado para
que seja utilizado pelo LOCADOR da maneira que lhe convier.
Cláusula Sexta: Eventuais débitos que eventualmente venham a surgir e tendo como fato
gerador o período de vigência do contrato de locação e imputáveis ao locatário, deverão ser
por ele pagos ou reembolsados ao proprietário se este arcar com os pagamentos.
1
Modelo 11 – Renegociação de dívida (ver observação)
OBSERVAÇÃO:
ESTE MODELO É PARTE INTEGRANTE DO LIVRO: MANUAL PRÁTICO DOS CONTRATOS, DE
AUTORIA DE VALÉRIA MARIA SANT'ANNA, EDIPRO, EDIÇÕES PROFISSIONAIS LTDA., BAURU, SÃO
PAULO, 2ª EDIÇÃO, AMPLIADA E ATUALIZADA DE ACORDO COM O NOVO CÓDIGO CIVIL, 2004. ISBN
Nº7 85-7283-418-4.
1
Parágrafo Segundo – O CREDOR poderá exigir a dívida na sua totalidade, calculada nos
termos do(s) contrato(s) identificado(s) no caput desta cláusula, utilizando as parcelas já
pagas como amortização da dívida apurada naqueles termos, no caso de não cumprimento,
pelo DEVEDOR(A) e AVALISTA(S) ou FIADOR(ES), das obrigações que assumiram no
presente negócio jurídico.
DO PRAZO
CLÁUSULA SEGUNDA – O prazo deste contrato é de (...) meses, a contar desta data.
DOS ENCARGOS
CLÁUSULA TERCEIRA – Sobre o saldo devedor incidirão juros remuneratórios, até a
liquidação do contrato, na forma assinalada abaixo:
— prefixados, no percentual de (...) % ao mês, exigidos mensalmente junto com as
parcelas de amortização; OU
— pós-fixados, representados pela composição da Taxa Referencial – TR, divulgada pelo
Banco Central do Brasil, acrescida da taxa de rentabilidade de (...) % (...) ao mês, obtendo-
se a taxa final calculada capitalizadamente. Taxa final = [(1+TR/100) (1+T.Rentab/100) -1]
x 100.
Parágrafo Primeiro – A parte dos juros remuneratórios correspondente à aplicação da
taxa da rentabilidade sobre o saldo devedor será integralmente exigida a cada mês,
juntamente com as parcelas de amortização.
Parágrafo Segundo – A parte dos juros remuneratórios correspondente à aplicação da TR
será acrescida ao saldo devedor e paga juntamente com as amortizações mensais do
principal.
Parágrafo Terceiro – A TR será aplicada de forma proporcional aos dias úteis – “pro rata
die”, quando o número de dias do período de apuração dos encargos for inferior ao número
de dias do período de sua referência. A taxa de rentabilidade, nesse caso, será aplicada de
forma proporcional aos dias corridos – pro rata die.
Parágrafo Quarto – Considera-se período de referência da TR como sendo o que se inicia
no dia da contratação ou último vencimento da obrigação e termina no dia correspondente
do mês subsequente.
Parágrafo Quinto – Nos meses em que não existir o dia correspondente à data de
aniversário do contrato será utilizada a TR válida para a aplicação no último dia do mês do
vencimento da obrigação.
Parágrafo Sexto – Na hipótese da extinção ou suspensão da TR será adotado o índice
estabelecido por lei em sua substituição ou, caso inexistente, o índice para remuneração dos
depósitos de caderneta de poupança, sempre segundo os critérios estabelecidos neste
instrumento.
DO PAGAMENTO
CLÁUSULA QUARTA – A dívida confessada acrescida dos encargos contratuais será
amortizada pelo pagamento de R$ (...) (....) à vista, realizada no ato da assinatura deste
contrato, e o restante, correspondente ao valor de R$ (...) (....), será pago em (...) prestações
mensais e sucessivas, calculadas pelo Sistema Francês de Amortização – Tabela Price.
1
Parágrafo Primeiro – A primeira prestação acordada no caput desta cláusula será exigida
no mês subseqüente ao da contratação, com vencimento no dia de aniversário de assinatura
do contrato, vencendo-se as demais nos meses subsequentes, em iguais dias.
Parágrafo Segundo – Na hipótese de não existir o dia de aniversário da contratação no
mês subsequente, a obrigação vencerá no último dia daquele mês.
CLÁUSULA QUINTA – O DEVEDOR(A) obriga-se a efetuar os pagamentos das
quantias definidas em decorrência deste contrato, nas épocas próprias, diretamente junto ao
CREDOR.
Parágrafo Primeiro – O pagamento da Nota Promissória em Cartório de Protestos não
exonera o DEVEDOR(A) e/ou AVALISTA(S) e/ou FIADOR(ES) dos encargos contratuais
e legais pactuados neste instrumento. O valor será recebido pelo CREDOR como
amortização parcial do débito e não retirará a certeza, liquidez exigibilidade da dívida
remanescente, sujeita à Ação Executiva.
Parágrafo Segundo – Será considerado como data de apresentação da referida cambial
para imediato pagamento o dia do protesto, do vencimento ou mesmo da rescisão
contratual.
DA LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA/AMORTIZAÇÃO
CLÁUSULA SEXTA – O DEVEDOR(A) poderá efetivar a liquidação antecipada do saldo
devedor, bem como pagamentos extraordinários para amortizar a dívida, desde que a
quantia amortizada corresponda ao valor mínimo de 01(uma) prestação.
Parágrafo Primeiro – Na hipótese de pagamentos extraordinários, os valores pagos,
deduzidos dos encargos contratuais correspondentes, serão levados a crédito do saldo
devedor, sendo que o DEVEDOR(A) poderá optar, mediante manifestação por escrito, pelo
recálculo das prestações com supressão da(s) última(s) prestação(ões) ou com manutenção
do prazo remanescente.
Parágrafo Segundo – A supressão de mais de uma prestação somente poderá ocorrer
quando o pagamento extraordinário corresponder ao valor mínimo representado pela soma
das prestações a serem suprimidas.
Parágrafo Terceiro – Para qualquer evento, como liquidação antecipada, amortização
extraordinária ou pagamento antecipado de prestações, a TR será aplicada de forma
proporcional aos dias úteis – pro rata die, quando o número de dias do período de apuração
dos encargos for inferior ao número de dias do período de sua referência. A taxa de
rentabilidade, nesse caso, será aplicada “pro rata die”, dias corridos, salvo na hipótese da
pagamento antecipado de prestação.
DAS GARANTIAS
CLÁUSULA SÉTIMA – Comparecem, como devedores solidários do DEVEDOR(A),
o(s) AVALISTA(S) OU FIADOR(ES), já qualificados no preâmbulo deste contrato, na
condição de responsáveis pelo cumprimento integral das obrigações decorrentes deste
contrato, os quais, neste ato, renunciam expressamente ao benefício de ordem previsto nos
arts. 827 e 838 do Código Civil.
Parágrafo Primeiro – Todos os casos de vencimento antecipado da dívida, previstos neste
contrato, operarão também em relação ao(s) AVALISTA(S) ou FIADOR(ES).
1
Parágrafo Segundo – Em caso de execução do presente instrumento, O CREDOR poderá
exigir a totalidade do débito apenas do DEVEDOR(A), ou apenas do(s) AVALISTA(S) OU
FIADOR(ES), ou ainda de todos simultaneamente.
CLÁUSULA OITAVA – Como garantia de todas as obrigações assumidas neste contrato,
principal e acessórias, o DEVEDOR(A) emite, nesta data, em favor do CREDOR, NOTA
PROMISSÓRIA PRO SOLVENDO, com vencimento à vista, onde seu(s) AVALISTA(S),
devidamente identificados no preâmbulo deste instrumento, respondem solidariamente pelo
principal e acessórios como estipulados no presente instrumento, pelo que o assinam o
citado título extrajudicial em conjunto com o DEVEDOR(A).
Parágrafo Único – Sem importar em novação da dívida, as partes acordam que a emissão
de nova Nota Promissória, em substituição à original, acessória ao presente Termo, é de
vencimento à vista, podendo ser apresentada e cobrada a qualquer tempo, durante a
vigência deste contrato, desde que verificada a inadimplência do DEVEDOR(A) e seu(s)
AVALISTA(S).
CLÁUSULA NONA – Na hipótese de o presente instrumento referir-se à renegociação de
débito proveniente de financiamento de utilidades e veículos, permanece inalterada a
estipulação de penhor mercantil ou alienação fiduciária regidos pela legislação vigente e
Decreto-Lei nº 911, de 1º.10.1969, incidente sobre os bens relacionados no(s) contrato(s)
anterior(es) e seus anexos.
Parágrafo Primeiro – O DEVEDOR(A), na qualidade de alienante fiduciário ou dador
pignoratício, permanece na posse dos bens, sujeitando-se às penas estabelecidas para o
depositário infiel.
Parágrafo Segundo – Os riscos decorrentes da deterioração ou perecimento dos bens
alienados ou empenhados serão suportados pelo DEVEDOR(A) e AVALISTA(S) ou
FIADOR(ES), ainda que provenientes de caso fortuito ou de força maior.
Parágrafo Terceiro – O DEVEDOR(A) obriga-se a:
a) não alterar a conformação material dos bens, nem sua cor original, em se tratando de
veículo automotor;
b) não transferir os bens para fora deste Estado;
c) permitir que O CREDOR proceda a vistoria da garantia fiduciária sempre que julgar
conveniente;
d) satisfazer, às suas expensas, os encargos que incidem ou vierem a incidir sobre o
objeto da garantia, bem como as multas de trânsito, quando se tratar de veículo automotor;
e) não alugar, transferir, alienar ou sob qualquer título, ceder os direitos de que é titular
sobre os bens alienados fiduciariamente.
DO INADIMPLEMENTO
CLÁUSULA DÉCIMA – O inadimplemento das obrigações assumidas neste instrumento
sujeitará o débito, apurado na forma deste contrato, à comissão de permanência calculada
com base na composição dos custos financeiros de captação em Certificado de Depósito
Interfinanceiros – CDI, verificados no período do inadimplemento, e da taxa de
1
rentabilidade de até 10% (dez por cento) ao mês acrescido de juros de mora à taxa de 1%
(um por cento) ao mês ou fração.
Parágrafo Primeiro – Para efeito de aplicabilidade dessa disposição, o custo médio de
captação em CDI divulgado pelo Banco Central do Brasil no dia 15 de cada mês, formata a
taxa mensal de comissão de permanência a ser aplicada durante o mês subseqüente.
Parágrafo Segundo – Se o dia 15 recair em dia não útil, será utilizada a taxa do CDI do
primeiro dia útil anterior.
Parágrafo Terceiro – A comissão de permanência será calculada pelo critério “pro rata
die”, dias corridos, quando o número de dias do período de apuração for inferior a um mês.
Parágrafo Quarto – O CREDOR manterá em suas Agências, à disposição do
DEVEDOR(A) e AVALISTA(S) ou FIADOR(ES), para consulta, documentos de ordem
interna informando as taxas mensais aplicadas pelo CREDOR em suas operações de
crédito, onde estarão discriminados os encargos sobre inadimplemento, como custos
financeiros de CDI e taxas de rentabilidade mensais.
DO VENCIMENTO ANTECIPADO
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – São motivos de vencimento antecipado da dívida e
imediata execução deste contrato, independentemente de notificação judicial ou
extrajudicial, além dos casos previstos em lei:
a) infringência de qualquer obrigação contratual;
b) o ingresso do DEVEDOR(A) em regime de concordata, de falência, de insolvência
civil ou de liquidação extrajudicial;
c) se, a qualquer tempo, for verificada a existência de débitos fiscais, trabalhistas,
previdenciários ou perante o FGTS, em nome do DEVEDOR(A);
d) falsidade de qualquer declaração por parte do DEVEDOR(A);
e) se for verificada em relação ao DEVEDOR(A) qualquer restrição cadastral que o
impeça de operar ou se estiver inadimplente com O CREDOR;
f) se o DEVEDOR(A), no prazo de 30 (trinta) dias, sempre que exigido pelo
CREDOR, não apresentar aval(ais) adicional(ais) para reforço da garantia, caso o(s)
AVALISTA(S) ou FIADOR(ES) venham a se encontrar nas situações previstas nas alíneas
"b", "c" e "e" desta Cláusula.
CLÁSULA DÉCIMA SEGUNDA – Na hipótese de o presente instrumento referir-se a
renegociação de débito proveniente de financiamento de veículos e utilidades e no caso de
inadimplemento desse contrato, O CREDOR venderá os bens alienados
fiduciariamente/empenhado (com todos os seus pertences, acessórios ou ferramentas),
aplicando o produto da venda na solução da dívida e despesas decorrentes da cobrança,
entregando o saldo, se houver, ao DEVEDOR(A).
Parágrafo Único – Se o produto da venda de que trata o caput desta Cláusula não for
suficiente para o pagamento da dívida para com O CREDOR, o DEVEDOR(A) e
AVALISTA(S) ou FIADOR(ES) continuarão responsáveis solidariamente até a liquidação
total do débito.
DA PENA CONVENCIONAL E HONORÁRIOS
1
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – Caso O CREDOR venha lançar mão de qualquer
procedimento judicial ou extrajudicial para a cobrança de seu crédito, o DEVEDOR(A) e
o(s) AVALISTA(S) ou FIADOR(ES) pagarão, ainda, a pena convencional de 2% (dois por
cento) sobre o valor do débito apurado na forma deste contrato, respondendo também pelas
despesas judiciais e honorários advocatícios de até 20% (vinte por cento) sobre o valor da
causa.
DA CERTEZA E LIQUIDEZ DA DÍVIDA
CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – Ficam, desde já, expressamente asseguradas e
reconhecidas, em qualquer tempo, a certeza e liquidez da dívida do DEVEDOR(A) e do(s)
AVALISTA(S) ou FIADOR(ES), correspondendo o cálculo ao principal, demais encargos
e despesas inerentes a este contrato.
CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA – Qualquer tolerância, por parte do CREDOR, pelo não
cumprimento de quaisquer das obrigações decorrentes deste contrato, será considerada
como ato de mera liberalidade, não se constituindo em novação ou procedimento invocável
pelo DEVEDOR(A) ou seus AVALISTA(S) ou FIADOR(ES).
DO FORO
CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA – Para dirimir quaisquer questões que direta ou
indiretamente decorram do presente contrato, o foro competente é o da ....
E, por estarem de perfeito acordo, assinam este instrumento, na presença de duas
testemunhas, ficando cada contratante com uma via assinada, de igual teor.
Local e data
Assinatura do CREDOR
Assinatura do DEVEDOR
Fiador e cônjuge
Testemunhas
FIM DO MÓDULO DE
INCORPORAÇÃOES E CONTRATOS
DE LOCAÇÃO
1
MÓDULO III
EMENTÁRIO
1. DOCUMENTAÇÃO IMOBILIÁRIA: A Importância do Conhecimento Documental do
Imóvel. Capacidade para comprar e para vender imóvel; Certidões para as transações com
imóveis. 2. REGISTROS PÚBLICOS: Lei 6.015/73; LEI DOS NOTÁRIOS E
REGISTRADORES. Lei 8.935/94; 3. ESCRITURAS PÚBLICAS: Conceito de escritura.
Tipos de escrituras. Conteúdo das escrituras.
OBJETIVO DA DISCIPLINA
Capacitar o aluno para os atos que requeiram conhecimento sobre a propriedade imóvel;
Tomar decisões relacionadas a operações imobiliárias em todos os seus segmentos
como a compra e venda, a locação, o financiamento, a incorporação, etc;
Alternativas em situações de impedimentos temporais ou definitivos relativos a
transações imobiliárias;
Fornecer suporte para um aprofundamento jurídico de questões imobiliárias.
BIBLIOGRAFIA
AVVAD, Pedro E. e LIMA, Rafael A.. Mendonça. Direito Imobiliário. Rio, Renovar, 2001.
BALBINO FILHO, Nicolau. Direito Imobiliário Registral. SP, Saraiva, 2001.
BATALHA, Wilson de Souza C. Comentários à Lei dos Registros Públicos.Rio, Forense,
1999.
CARVALHO, Afrânio de. Registro de Imóveis. Rio, Forense, 2001.
CENEVIVA, Walter. Lei dos Registros Públicos. SP, Saraiva, 1997.
CENEVIVA, Walter. Lei dos Notários e dos Registradores Comentada. SP, Saraiva, 2000.
1
FIÚZA, César. Direito Civil. Curso Completo. Belo Horizonte, Del Rey, 2001.
RESENDE, José Machado. Operações Imobiliárias. Goiânia, AB Editora, 2001.
SALLES, Venício Antonio de Paula. Direito Registral e Imobiliário. SP, Saraiva, 2006.
THEODORO JR. Humberto e outros. O Controle Imobiliário e a Legislação Tutelar do
Consumo. Rio, Forense, 2002.
______ Código Civil. Texto e Legislação Complementar. São Paulo, Saraiva, 2010.
______ Código de Organização Judiciária do Estado.
PARTE I
DOCUMENTAÇÃO IMOBILIÁRIA
PARTE II
REGISTROS PÚBLICOS
PARTE III
1
ESCRITURAS PÚBLICAS
1 – Introdução
2 – Tipos de Escrituras
3 – Escrituras Relativas a Imóveis
3.1 – Documentos Necessários
3.2 – Conteúdos Necessários e Acessórios
4 – Responsabilidade dos Cartórios de Notas
5 – A Guarda dos Documentos
PARTE I
DOCUMENTAÇÃO IMOBILIÁRIA
1
registrada pode ainda sofrer alterações tanto quanto à pessoa do alienante
quanto do adquirente.
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Registros Públicos, cuidando ainda dos Escreventes e Suboficiais nos artigos
75 a 77. Referida Lei 9.129/81 recebeu diversas modificações posteriores,
ressaltando-se a Lei nº 10.459/88 onde se encontra regulado os concursos para
provimento de cargos de Escreventes; Leis nº 13.243/98 e 13.644/00 que
criam Comarcas e os conseqüentes Cartórios Notariais e de Registros Públicos
na esfera estadual.
O casal diz a sim mesmo: "Com certeza é um engano". Terminaram seu café e
saíram para trabalhar. Um mês se passou desde essa fatídica quinta-feira. Nesse meio
tempo, o casal pôde constatar que:
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Não era engano.
O antigo dono A vendera a casa em Cotia para o antigo dono B, que a vendera para o
casal.
O antigo dono A era sócio de uma empresa com sede no município de Barueri e filial
em Belo Horizonte. A filial de Belo Horizonte começara a ficar insolvente e a sofrer
algumas ações trabalhistas em 1966. No curso das ações contra a empresa, a Justiça se
voltara contra um dos sócios, o antigo dono A, na época ainda proprietário e morador da
casa em Cotia. O antigo dono A resolveu passá-la, então, a um amigo, o dono B, para
que a Justiça não viesse a descobrir esse imóvel e penhorá-lo em garantia do credor
trabalhista. Imediatamente, o antigo dono B colocou o imóvel à venda em quase todas
as imobiliárias de Cotia. Passaram-se sete meses e o negócio foi fechado com o casal
(em maio de 1997). A imobiliária obteve as certidões negativas do antigo dono B, em
nome de quem estava a casa. Por precaução, pediu também as certidões negativas do
antigo dono A, no município de Cotia e na Justiça Federal. Nada constava. A matrícula
do imóvel também estava "limpa". Cumprida toda a praxe documental a casa foi
adquirida pelo casal em agosto e a escritura definitiva passada em setembro de 1997.
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riscos, porém, quando se trata de negócios com imóveis, cabe ao profissional
tentar minimizá-los.
I) o título de propriedade;
II) a identidade das partes;
III) a capacidade das partes;
IV) as certidões atualizadas, do imóvel e do vendedor.
2 - O TÍTULO DE PROPRIEDADE
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lavrado no Cartório de Notas e dele são extraídas algumas vias. À primeira via
dá-se o nome de translado e às demais, dá-se o nome de certidões.
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Por exemplo, se uma pessoa compra um imóvel com parte de
pagamento à vista e o restante financiado por uma instituição financeira,
mesmo recebendo a escritura de compra e venda, aparecerá um gravame, no
caso, a dívida financiada pelo Banco, tem-se o direito real, porém não há a
plenitude deste direito real , porquanto incide um direito do terceiro e que só
se extinguirá após a liquidação da dívida do financiamento.
Pode ocorrer ainda que a venda seja feita com parte de pagamento a ser
completado em certo prazo. O vendedor concorda, porém exige que seja feito
sob a condição da “Cláusula Resolutiva”. Quer isto dizer que se o comprador
não pagar o restante da dívida, o negócio poderá ser resolvido (desfeito). Neste
caso, igualmente, enquanto a dívida não for liquidada, o direito do comprador
será limitado. Esta cláusula resolutiva vem disciplinada nos artigos 474 e 475
do Código Civil, podendo a dívida ser representada por notas promissórias, as
quais ficam vinculadas à escritura, de cujo registro constará a existência dos
títulos e da cláusula resolutiva.
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Entre os diversos títulos de propriedade, são exemplos:
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Enquanto que, para as pessoas físicas são feitas algumas exigências em
razão de sua idoneidade e estado civil, para as pessoas jurídicas, deve-se estar
atento aos documentos constitutivos da empresa, as alterações de sua
composição societária ou estatutária, a fim de se identificar quem é o legítimo
representante com poderes para alienar bens patrimoniais e assumir
compromissos financeiros em nome da sociedade.
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todos os atos posteriores. Vale lembrar que, no presente caso, se houver filhos
menores, o prazo de prescrição para a anulação da venda só começa a contar a
partir da maioridade.
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É de se observar ainda que, quando a pessoa é solteira, deve-se
consignar se é maior ou menor (púbere, maior de 16 e menor de 18, ou impúbere,
menores de 16 anos).
“Os notários e oficiais de registro responderão pelos danos que eles e seus prepostos
causem a terceiros, na prática de atos próprios da serventia, assegurado aos
primeiros direito de regresso no caso de dolo ou culpa dos prepostos”.
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absoluta ou relativamente incapazes, só poderão contratar quando
representados ou assistidos legalmente, sob pena de serem nulas ou anuladas
todas as operações por eles firmadas.
4.1 – A INCAPACIDADE
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Falência (Lei 11.101 – Recuperação Judicial);
Consentimento do cônjuge (artigo 1.647 do CC);
Direito de representatividade quando se tratar de pessoa jurídica;
Parentesco entre comprador e vendedor e que a lei faz restrições (artigo 496
do CC), bem como os impedimentos descritos pelo artigo 1.133 do Código
Civil).
César Fiúza em seu curso de Direito Civil, chama a atenção no sentido de que, além da
capacidade de direito e da capacidade de fato, há ainda um terceiro tipo, que é a
capacidade negocial e a especial:
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantido-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos temos seguintes:
-----------------
-----------------".
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São considerados absolutamente incapazes, de acordo com o art. 3º do
Código Civil:
Os menores de 16 anos;
Os que, por enfermidade ou doença mental, não tiverem o
discernimento para a prática desses atos;
Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua
vontade.
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São assim consideradas, aquelas pessoas que podem praticar por
si, certos atos da vida civil, porém assistidos de conformidade com a razão da
incapacidade relativa. Os relativamente incapazes têm o direito de expressar
sua vontade, a qual deverá ser levada em consideração, necessitando apenas
que a execução dessa vontade seja assistida por quem tenha legitimidade para
tal. Assim, os menores entre 16 e 18 anos, deverão ser assistidos por seus
pais ou tutores sob pena de ser anulada qualquer obrigação por eles assumida.
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5 - CERTIDÕES ATUALIZADAS DO IMÓVEL E DOS VENDEDORES
Do imóvel:
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VI. A certidão negativa de multa prevista no artigo 37 da Lei nº 4.771/65
(Código Florestal).
Do proprietário:
III. Sendo pessoa jurídica, deverá ainda ser apresentada a Certidão Negativa
de Débitos Previdenciários - CND, excetuando os casos em que o
vendedor tem como objeto fim de sua atividade, a produção e venda de
bens imóveis, situação esta em que a CND é substituída pela certidão de
regularidade e que deve ser renovada periodicamente de acordo com as
instruções do INSS;
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Artigo 186 – O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a
natureza ou o tempo de constituição deste, ressalvados os créditos
decorrentes da legislação do trabalho”.
“Nenhum registro poderá ser feito sem que o imóvel a que se referir esteja
matriculado”.
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com uso de FGTS e mais uma grande variedade de situações que podem
envolver uma transação com determinado bem imóvel.
1
I. Certidão expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis onde o mesmo
encontra-se matriculado. (para fazer prova de quem é o legítimo
proprietário);
III. Certidão vintenária. (verifica todos os atos a que esteve submetido nos
últimos vinte anos bem como todas as pessoas que direta ou
indiretamente tiveram algum interesse no bem);
1
VI. Secretaria das Finanças. (tributos municipais);
IX. Cartório de Notas. (quando uma das partes for representada por
procuração e a mesma for antiga ou suscitar alguma dúvida, deve-se
pedir a certidão de sua validade);
1
IV. Termo de Habite-se. (para imóvel novo);
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pessoais reipersecutórias, relativas ao imóvel, e a de ônus reais, expedida pelo
Registro de Imóveis competente”.
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Daí porque, somos pela inclusão da “Certidão de ações reais e pessoais
reipersecutórias expedida pelo Cartório Distribuidor” no rol das certidões
obrigatórias de que trata este capítulo, nos itens 5 e 5.2.
PARTE II
II - REGISTROS PÚBLICOS
Lei nº 6.015/73
No Código Civil, dentre seus muitos artigos, uma boa parte cuida das
questões envolvendo o dia-a-dia das pessoas, seja em razão de suas relações
pessoais, seja em função de seus direitos e obrigações no que se refere aos
bens patrimoniais ou não patrimoniais, iniciando-se em alguns casos, mesmo
antes do nascimento e se prolongando até depois de seu falecimento. Regula
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normas e princípios do nascimento, das relações conjugais, do parentesco, da
propriedade, da posse, dos contratos, etc.
O novo Código Civil, seguindo uma tendência voltada para a valorização do homem
como ser em sociedade, foi dividido em Parte Geral e Parte Especial, sistematizando o
nosso ordenamento segundo os princípios da:
socialidade - o interesse coletivo deve estar acima do interesse
individual;
eticidade - realce ao princípio da boa-fé como valoração da
pessoa;
operabilidade - tornar o mais prático possível a solução dos
problemas surgidos nas relações entre as pessoas.
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Registros de pessoas jurídicas (constituição, alterações, títulos e
documentos);
Registro de títulos e documentos (instrumentos particulares, penhor sobre
coisas móveis);
Registros imobiliários (compra e venda, hipoteca, penhora) etc;
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Até a Proclamação da República não havia registro civil. Nascimentos,
casamentos e mortes eram feitos nos assentamentos das paróquias e, em
muitos lugares, a única autoridade era o padre. Era da igreja a atribuição pelas
condições e formas em que deveriam se realizar os casamentos, cabendo ao
pároco lavrar em livro próprio conforme as normas do Direito Canônico.
Havendo assim uma legislação esparsa sobre os registros civis, tanto das
pessoas naturais como das pessoas jurídicas, foram eles concentrados no
Decreto nº 4.857 de 09.11.1939 e que, com diversas alterações nele
introduzidas, vigorou até a entrada em vigor da Lei nº 6.015/73. Nos mais de
trinta anos em que vigeu o Decreto nº 4.857/39, muitas alterações se
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verificaram na sociedade brasileira e muitos institutos jurídicos surgiram em
decorrência da necessidade de se adaptar e regular as novas relações advindas
com o crescimento do país. É deste período o surgimento do Banco Nacional
de Habitação, da Lei do Divórcio, Alienação Fiduciária de bens imóveis, a
verticalização da propriedade e a lei das Incorporações e muitas outras de
substancial modificação quanto à vida e os bens das pessoas. Da necessidade
dessa adaptação a uma nova realidade da vida moderna, é que a Lei nº
6.015/73 foi introduzida e cujos efeitos jurídicos podem ser de três espécies
básicas: Constituir, provar e tornar públicos certos atos da vida das pessoas.
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a interdição e declaração de ausência, no registro civil de pessoas
naturais;
Os demais registros a que se refere o parágrafo segundo não se enquadram na Lei dos
Registros Públicos por terem um disciplinamento especial, valendo observar que em sua
maioria estão vinculados ao Direito Mercantil. Assim, os Registros Públicos,
precipuamente tratam de assuntos de natureza civil, tendo raríssimas exceções, como o
registro de penhor de máquinas e aparelhos usados na indústria, e dos empréstimos sob
forma de debêntures. Muito embora exijam formalidade e publicidade para a segurança
de seus atos, têm legislação fora do âmbito dos Registros Públicos, entre outros:
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2 - OS CARTÓRIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS
Dentro dos Registros Públicos, o tópico que mais influência tem na vida
das pessoas é o que trata do Registro de Imóveis. O título V da Lei 6.015/73
é todo dedicado a ele. Vai dos artigos 167 ao 288 e que constitui o repositório
fiel da propriedade imóvel, bem como os atos e negócios que a ela se referem.
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Lei Imperial nº 601 que, além de definir o que eram as terras devolutas,
proibiu a sua aquisição, a não ser por compra, com exceção das terras de
limites com outros países, numa faixa de dez léguas, podendo estas serem
distribuídas gratuitamente.
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freguesia onde da situação do imóvel. Após, conferidos os dados da
propriedade, tais como o nome do possuidor, o tamanho, os limites, estes
quase sempre por aproximação e ainda o nome dos confrontantes, o vigário
fazia as anotações nas duas vias, fazendo constar a data da entrega. Feito isto,
uma via era devolvida ao possuidor e a outra ficava retida para os registros
paroquiais ou no “Registro do Vigário” como era chamado.
A Lei nº 1.237 levou dez anos para ser aprovada e entrar em vigor. Tal
demora deveu-se ao fato de concentrar em si todos os direitos reais
imobiliários já há muito existentes em outras legislações. São desta Lei os
princípios que até hoje vigoram em nosso ordenamento jurídico ao instituir,
entre outros atos:
registro de imóveis por atos entre vivos;
A constituição de ônus reais;
A transmissão só se opera a respeito de terceiros somente pela
transcrição e a partir de sua data;
Definiu os tipos de hipotecas passíveis de registro bem como sua forma
determinada;
Tornou a escritura pública como da substância do contrato;
Instituiu a prenotação como forma de garantir a prioridade de direitos;
Após vinte e cinco anos de vigência a Lei nº 1.237 foi alterada pelo
Decreto nº 169-A de janeiro de 1890 e pelo Decreto nº 370 de maio do mesmo
ano, os quais vieram na verdade acrescentar algumas omissões da lei anterior
já que seus princípios básicos foram mantidos até receber uma nova roupagem
através do Decreto nº 4.827, de 1924 que, em cumprimento ao previsto no
Código Civil de 1916 reorganizou os registros públicos.
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que muito embora tenha sido sancionada em 31 de dezembro de 1973 só
entrou em vigor no dia 01 de janeiro de 1976.
A Lei nº 6.015/73 tem um total de 299 artigos, dos quais 133 tratam
especificamente do Registro de Imóveis, o que bem demonstra a importância
de seu estudo para todos que de uma forma ou outra estão envolvidos no
direito da propriedade imóvel, seja como comprador, vendedor, profissional
do direito, das ciências imobiliárias ou dos notários e registradores.
O direito de propriedade, o mais amplo que uma pessoa tem sobre uma
coisa, assegura ao seu titular o direito de desfrutar e dispor do bem como lhe
convier, respeitando evidentemente as limitações legais impostas pelo poder
público e o interesse social acima do interesse individual.
Deve-se observar que, pela nossa legislação, existem dois grandes conceitos
sobre imóveis. Um refere-se ao imóvel urbano e outro ao rural. No primeiro
caso temos como prédio (prédio aqui considerado como terreno e/ou as
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edificações nele edificadas), de área contínua, identificado pelos seus
limites, confrontações e características e pelo registro imobiliário. São
inscritos na receita municipal e sobre eles incidem o Imposto Territorial e o
Imposto Predial, cabendo ao município o lançamento e a cobrança desses
impostos, bem como a regulamentação de seu uso. Já por imóvel rural
entende-se o que vem disposto no artigo 4º, inciso I da Lei nº 8.629/93,
como “o prédio rústico, de área contínua, independentemente de sua
localização, com destinação ou viabilidade de destinação agrícola, pecuária,
extrativa ou agropecuária”. Os imóveis rurais devem ser cadastrados no
Incra para os efeitos da política agrária e na Receita Federal, para efeitos de
cobrança de tributos, o ITR – Imposto Territorial Rural.
1
Da continuidade – É a cadeia da titularidade em que sempre aparece o
titular dos direitos anteriores ao registro. Deverá seguir
obrigatoriamente uma seqüência lógica na cadeia de titularidade entre o
transmitente e o adquirente do direito real;
1
Pela nova legislação, o Cartório de Registro de Imóveis deve ter
obrigatoriamente cinco livros com dimensões e funções pré-determinadas na
própria Lei dos Registros Públicos e que são assim distribuídos:
Livro 1 - Protocolo;
Livro 2 - Registro Geral;
Livro 3 - Registro Auxiliar;
Livro 4 - Indicador Real;
Livro 5 - Indicador Pessoal.
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I – Aqueles que dizem respeito a imóvel matriculado, mas que, embora
versando sobre direito real, predispõe aquisições parceladas ou que,
portadores desse direito, se transcrevem por iniciativa da parte
interessada, independente de estarem inscritos. Exemplos: Convenções
de condomínio; memoriais de incorporação de condomínios; memoriais
de loteamentos;
1
titular do direito for pessoa jurídica. Esta obrigatoriedade de se constar os
dados da pessoa é feita para que não haja possibilidade de se confundir um
imóvel com pessoas que tenham o mesmo nome.
1
“Lato sensu, somente com a matrícula o imóvel nasce para a vida registral,
tornando possível a descrição ulterior de sua vida jurídica” (Direito
Imobiliário Registral, São Paulo, Saraiva, pág. 51).
Art. 227. Todo imóvel objeto de título a ser registrado deve estar matriculado
no Livro nº 2 – Registro Geral – obedecido o disposto no art. 176.
Art. 228. A matrícula será efetuada por ocasião do primeiro registro a ser
lançado na vigência desta Lei, mediante os elementos constantes do título
apresentado e do registro anterior nele mencionado.
1
registrar é que terá o domínio, mesmo que a aquisição tenha ocorrido
posteriormente à primeira venda. Diz o Código Civil em seu artigo 1.245:
1
proprietário de um imóvel, é necessário que esse imóvel já esteja matriculado
e registrado.
I – cada imóvel terá matrícula própria, que será aberta por ocasião do
primeiro registro a ser feito na vigência desta Lei;
1
1939, não serão observadas as exigências deste artigo, devendo tais atos
obedecer ao disposto na legislação anterior.
I – O REGISTRO:
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por objeto imóveis não loteados e cujo preço tenha sido pago no ato de sua
celebração, ou deva sê-lo a prazo, de uma só vez ou em prestações;
10.Da enfiteuse; (1)
11.Da anticrese; (2)
12.Das convenções antenupciais;
13.Das cédulas de crédito rural;
14.Das cédulas de crédito industrial;
15.Dos contratos de penhor rural;
16.Dos empréstimos por obrigações ao portador ou das debêntures, inclusive
as conversíveis em ações;
17.Das incorporações, instituições e convenções de condomínio;
18.dos contratos de promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de
unidades autônomas condominais a que alude a Lei nº 4.591, de 16 de
dezembro de 1964, quando a incorporação ou a instituição de condomínio
se formalizar na vigência deste Lei;
19.dos loteamentos urbanos e rurais;
20.dos contratos de promessa de compra e venda de terrenos loteados em
conformidade com o Decreto-lei nº 58, de 10 de dezembro de 1937, e
respectiva cessão e promessa de cessão, quando o loteamento se formalizar
na vigência desta Lei;
21.das citações de ações reais ou pessoais reipersecutórias, relativas a
imóveis;
22.Revogado pela Lei nº 6..850, de 12.11.1980);
23.dos julgados e atos jurídicos entre vivos que dividirem imóveis ou os
demarcarem inclusive nos casos de incorporação que resultarem em
constituição de condomínio e atribuírem uma ou mais unidades aos
incorporadores;
24.das sentenças que nos inventários, arrolamentos e partilhas adjudicarem
bens de raiz em pagamento das dívidas de herança;
25.dos atos de entrega de legados de imóveis, dos formais de partilha das
sentenças de adjudicação em inventário ou arrolamento quando não houver
partilha;
26.da arrematação e da adjudicação em hasta pública;
27.do dote;
28.das sentenças declaratórias de usucapião;
29.da compra e venda pura e condicional;
30.da permuta;
31.da dação em pagamento;
32.da transferência de imóvel a sociedade, quando integrar quota de capital;
33.da doação entre vivos;
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34.da desapropriação amigável e das sentenças que, em processo de
desapropriação, fixarem o valor da indenização;
35.da alienação fiduciária em garantia de coisa imóvel;
36.da imissão provisória na posse, e respectiva cessão e promessa de cessão,
quando concedida à União, Estados, Distrito Federal, Municípios ou suas
entidades delegadas, para a execução de parcelamento, popular, com
finalidade urbana, destinado às classes de menor renda;
37.dos termos administrativos ou das sentenças declaratórias da concessão de
uso especial para fins de moradia;
38.vetado;
39.da constituição do direito de superfície de imóveis urbanos;
40.do contrato de concessão de direito real de uso de imóvel público;
41.da legitimidade da posse;
42.da conversão de legitimação de posse em propriedade, prevista no art. 60
da Lei n° 11.977, de 7 de julho de 2009.
(1) Enfiteuse: Ato entre vivos ou de última vontade em que o proprietário atribui a outrem
o domínio útil mediante pagamento anual, chamado foro ou pensão. O novo Código Civil
aboliu a enfiteuse, prevalecendo todavia o antigo CC para os casos já existentes.
(2) Anticrese: Direito real sobre imóvel alheio, em virtude do qual o credor obtém a posse
da coisa, a fim de perceber os frutos e imputa-los no pagamento da dívida, juros e capital. O
credor tem o direito de retenção e fruição até que se pague a totalidade da dívida.
II – A AVERBAÇÃO:
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3. dos contratos de promessa de compra e venda, das cessões e das promessas
de cessão a que alude o Decreto-lei nº 58, de 10 de dezembro de 1937,
quando o loteamento se tiver formalizado anteriormente à vigência desta
Lei;
4. da mudança de denominação e de numeração dos prédios, da edificação, da
reconstrução, da demolição, do desmembramento e do loteamento de
imóveis;
5. da alteração do nome por casamento ou por desquite, ou ainda, de outras
circunstâncias que, de qualquer modo, tenham influência no registro ou nas
pessoas nele interessadas;
6. dos atos pertinentes a unidades autônomas condominais a que alude a Lei
nº 4.591,de 16 de dezembro de 1964, quando a incorporação tiver sido
formalizada anteriormente à vigência desta Lei;
7. das cédulas hipotecárias;
8. da caução e da cessão fiduciária de direitos relativos a imóveis;
9. das sentenças de separação de dote;
10.do restabelecimento da sociedade conjugal;
11.das cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade
imposta a imóveis, bem como da constituição de fideicomisso;
12.das decisões, recursos e seus efeitos, que tenham por objeto atos ou títulos
registrados ou averbados;
13.ex ofício, dos nomes dos logradouros, decretados pelo poder público;
14.das sentenças de separação judicial, de divórcio e de nulidade ou anulação
de casamento, quando nas respectivas partilhas existirem imóveis ou
direitos reais sujeitos a registro;
15.da re-ratificação do contrato de mútuo com pacto adjeto de hipoteca em
favor da entidade integrante do Sistema Financeiro de Habitação, ainda que
importando elevação da dívida, desde que mantidas as mesmas partes e que
inexista outra hipoteca registrada em favor de terceiros;
16.do contrato de locação, para os fins de exercício de direitos de preferência;
17.do Termo de Securitização de créditos imobiliários, quando submetidos a
regime fiduciário;
18. da notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios
de imóvel urbano;
19.da extinção da concessão de uso especial para fins de moradia;
20. da extinção do direito de superfície do imóvel urbano.;
21.da cessão de crédito imobiliário;
22.da reserva legal;
23.da servidão ambiental;
24.do destaque de imóvel de gleba pública originária;
1
25.(a MP 458/2009 não trouxe o acréscimo deste item);
26.do auto de demarcação urbana;
27.da extinção da legitimidade de posse;
28.da extinção da concessão de uso especial para fins de moradia;
29.da extinção da concessão de direito real de uso;
30.da substituição de contrato de financiamento imobiliário e da respectiva
transferência da garantia fiduciária ou hipotecária, em ato único, à
instituição financeira que venha a assumir a condição de credora em
decorrência da portabilidade do financiamento para o qual fora constituída
a garantia.
Ítem 17, acrescentado pela Lei nº 9.514, de 20/11/1997 (Alienação Fiduciária de Imóvel).
Ìtens 18, 19 e 20 acrescentados de conformidade com o Estatuto da Cidade – Lei nº
10.257/2001.
Ítem 21, acrescido pela Medida Provisória nº 2.221 de 04.09.2001 que introduziu o art. 30-
A a 30-G na Lei nº 4.591/64 (Condomínios e Incorporações).
Itens 22 e 23 acrescidos pela Lei n° 11.284/2006.
Item 24 acrescido pela Lei n° 11.952/2009.
Item 25 – a Medida Provisória 458/2009 ao ser convertida na Lei n° 11.952/2009 não
trouxe o acréscimo deste item.
Ítem 26 acrescido pela Lei n° 11.977/2009.
Itens 27, 28 e 29 acrescidos pela Media Provisória n° 514/2010.
Item 30 acrescentado pela Lei 12.703/2012. (Ver anexo 01 no final da apostila)
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Prescreve o art. 212 da Lei nº 6.015/73 que: “Se o teor do registro não
exprimir a verdade, poderá o prejudicado reclamar sua retificação, por meio de
processo próprio”. Por sua vez o parágrafo 1º do art. 213 diz que: “A
retificação será feita mediante despacho judicial, salvo no caso de erro
evidente, o qual o oficial, desde logo, corrigirá, com a devida cautela”.
Além dos casos tipificados como “erro evidente”, que deverá ser feita
“ex officio”, a retificação poderá ocorrer por meios administrativos ou
judiciais. A retificação administrativa se processa por mero despacho do Juiz
ou da Corregedoria Geral de Justiça determinando que o Oficial do Cartório
faça as alterações necessárias.
3 - NOTÁRIOS E REGISTRADORES
Lei nº 8.935/94
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§ 1º Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e
criminal dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a
fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário”.
I) Tabeliães de notas;
II) Tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos;
III) Tabeliães de protesto de títulos;
IV) Oficiais de registro de imóveis;
V) Oficiais de registro de títulos e documentos e civis das
pessoas jurídicas;
VI) Oficiais de registro civis das pessoas naturais e de
interdições e tutelas;
VII) Oficiais de registro de distribuição.
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Constituição Federal e regulamentado na citada Lei 8.935/94, em que um dos
requisitos para o ingresso nessa atividade, é ser bacharel em direito.
Tendo fé pública, por força da lei que delega ao titular do Cartório tal
prerrogativa, as suas declarações são revestidas de confiança, eficácia e
segurança. Daí porque, reputam-se como verdadeiros todos os assentamentos e
certidões feitos no desempenho de suas funções.
1
Museu do Louvre. Inscrições em pedra encerravam, no alto, figuras de divindades
ou numes tutelares e, embaixo, atos reais de doação de terras, especificando-lhes os
limites”. (Comentário à Lei dos Registros Públicos, Rio de Janeiro, Forense, vol. I,
pág. 1).
“Veio pois a mim, segundo a palavra do Senhor, Hananeel, filho de meu tio,
ao pátio da guarda, e me disse: Compra agora o meu campo que está em Anatote, na
terra de Banjamim; porque teu é o direito de posse e de resgate; compra-o; Então
entendi que isto era a palavra do senhor.
Comprei, pois, de Hananeel, filho de meu tio, o campo que está em Anatote;
e lhe pesei o dinheiro, dezessete siclos de prata.
4 - OS CARTÓRIOS DE NOTAS
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“os notários não escrevam os documentos em papel em branco, senão no que
a princípio tenha (o que se chama protocolo) o nome daquele que na oportunidade
seja gloriosíssimo Conde de nossas Sacras liberdades, a data em que se fez o
documento e o o que em tais folhas se escreve, e que não cortem o protocolo, senão
que o deixem unido”.
1
II. intervir nos atos e negócios jurídicos a que as partes devam ou queiram dar forma
legal ou autenticidade, autorizando a redação ou redigindo os instrumentos
adequados, conservando os originais e expedindo cópias fidedignas de seu
conteúdo;
III. autenticar fatos.
1
“Art. 1.031. A partilha amigável, celebrada entre partes
capazes, nos termos do art. 2.015 da Lei n o 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 - Código Civil, será homologada de plano
pelo juiz, mediante a prova da quitação dos tributos relativos
aos bens do espólio e às suas rendas, com observância dos
arts. 1.032 a 1.035 desta Lei.
.................................................................................................
......................” (NR)
Art. 3o A Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, passa a vigorar acrescida do
seguinte art. 1.124-A:
“Art. 1.124-A. A separação consensual e o divórcio
consensual, não havendo filhos menores ou incapazes do
casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos,
poderão ser realizados por escritura pública, da qual
constarão as disposições relativas à descrição e à partilha
dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo
quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou
à manutenção do nome adotado quando se deu o
casamento.
§ 1o A escritura não depende de homologação judicial e
constitui título hábil para o registro civil e o registro de
imóveis.
§ 2o O tabelião somente lavrará a escritura se os
contratantes estiverem assistidos por advogado comum ou
advogados de cada um deles, cuja qualificação e assinatura
constarão do ato notarial.
§ 3o A escritura e demais atos notariais serão gratuitos
àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei.”
Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5o Revoga-se o parágrafo único do art. 983 da Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código
de Processo Civil.
Brasília, 4 de janeiro de 2007; 186o da Independência e 119º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Márcio Thomaz Bastos
A Lei nº 11.965 de 03 de julho de 2009 alterou o parágrafo único que passou a ser parágrafo
primeiro e acrescentou o parágrafo segundo: “Parágrafo Segundo – A escritura e demais atos
notariais serão gratuitos àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei”.
1
Art. 1º Para a lavratura dos atos notariais de que trata a Lei nº 11.441/07, é livre a escolha do
tabelião de notas, não se aplicando as regras de competência do Código de Processo Civil.
Art. 2° É facultada aos interessados a opção pela via judicial ou extrajudicial; podendo ser
solicitada, a qualquer momento, a suspensão, pelo prazo de 30 dias, ou a desistência da via
judicial, para promoção da via extrajudicial.
Art. 4º O valor dos emolumentos deverá corresponder ao efetivo custo e à adequada e suficiente
remuneração dos serviços prestados, conforme estabelecido no parágrafo único do art. 1º da Lei
nº 10.169/2000, observando-se, quanto a sua fixação, as regras previstas no art. 2º da citada lei.
Art. 7º Para a obtenção da gratuidade de que trata a Lei nº 11.441/07, basta a simples
declaração dos interessados de que não possuem condições de arcar com os emolumentos,
ainda que as partes estejam assistidas por advogado constituído.
Art. 9º É vedada ao tabelião a indicação de advogado às partes, que deverão comparecer para o
ato notarial acompanhadas de profissional de sua confiança. Se as partes não dispuserem de
condições econômicas para contratar advogado, o tabelião deverá recomendar-lhes a
Defensoria Pública, onde houver, ou, na sua falta, a Seccional da Ordem dos Advogados do
Brasil.
SEÇÃO II
DISPOSIÇÕES REFERENTES AO INVENTÁRIO E À PARTILHA
1
ou passivas pendentes, sem necessidade de seguir a ordem prevista no art. 990 do Código de
Processo Civil.
Art. 12. Admitem-se inventário e partilha extrajudiciais com viúvo(a) ou herdeiro(s) capazes,
inclusive por emancipação, representado(s) por procuração formalizada por instrumento
público com poderes especiais, vedada a acumulação de funções de mandatário e de assistente
das partes.
Art. 13. A escritura pública pode ser retificada desde que haja o consentimento de todos os
interessados. Os erros materiais poderão ser corrigidos, de ofício ou mediante requerimento de
qualquer das partes, ou de seu procurador, por averbação à margem do ato notarial ou, não
havendo espaço, por escrituração própria lançada no livro das escrituras públicas e anotação
remissiva.
Art. 14. Para as verbas previstas na Lei n° 6.858/80, é também admissível a escritura pública de
inventário e partilha.
Art. 15. O recolhimento dos tributos incidentes deve anteceder a lavratura da escritura.
Art. 17. Os cônjuges dos herdeiros deverão comparecer ao ato de lavratura da escritura pública
de inventário e partilha quando houver renúncia ou algum tipo de partilha que importe em
transmissão, exceto se o casamento se der sob o regime da separação absoluta.
Art. 18. O(A) companheiro(a) que tenha direito à sucessão é parte, observada a necessidade de
ação judicial se o autor da herança não deixar outro sucessor ou não houver consenso de todos
os herdeiros, inclusive quanto ao reconhecimento da união estável.
Art. 19. A meação de companheiro(a) pode ser reconhecida na escritura pública, desde que
todos os herdeiros e interessados na herança, absolutamente capazes, estejam de acordo.
Art. 20. As partes e respectivos cônjuges devem estar, na escritura, nomeados e qualificados
(nacionalidade; profissão; idade; estado civil; regime de bens; data do casamento; pacto
antenupcial e seu registro imobiliário, se houver; número do documento de identidade; número
de inscrição no CPF/MF; domicílio e residência).
Art. 21. A escritura pública de inventário e partilha conterá a qualificação completa do autor da
herança; o regime de bens do casamento; pacto antenupcial e seu registro imobiliário, se
houver; dia e lugar em que faleceu o autor da herança; data da expedição da certidão de óbito;
livro, folha, número do termo e unidade de serviço em que consta o registro do óbito; e a
menção ou declaração dos herdeiros de que o autor da herança não deixou testamento e outros
herdeiros, sob as penas da lei.
Art. 22. Na lavratura da escritura deverão ser apresentados os seguintes documentos: a) certidão
de óbito do autor da herança; b) documento de identidade oficial e CPF das partes e do autor da
herança; c) certidão comprobatória do vínculo de parentesco dos herdeiros; d) certidão de
1
casamento do cônjuge sobrevivente e dos herdeiros casados e pacto antenupcial, se houver; e)
certidão de propriedade de bens imóveis e direitos a eles relativos; f) documentos necessários à
comprovação da titularidade dos bens móveis e direitos, se houver; g) certidão negativa de
tributos; e h) Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR, se houver imóvel rural a ser
partilhado.
Art. 23. Os documentos apresentados no ato da lavratura da escritura devem ser originais ou em
cópias autenticadas, salvo os de identidade das partes, que sempre serão originais.
Art. 24. A escritura pública deverá fazer menção aos documentos apresentados.
Art. 25. É admissível a sobrepartilha por escritura pública, ainda que referente a inventário e
partilha judiciais já findos, mesmo que o herdeiro, hoje maior e capaz, fosse menor ou incapaz
ao tempo do óbito ou do processo judicial.
Art. 26. Havendo um só herdeiro, maior e capaz, com direito à totalidade da herança, não
haverá partilha, lavrando-se a escritura de inventário e adjudicação dos bens.
Art. 27. A existência de credores do espólio não impedirá a realização do inventário e partilha,
ou adjudicação, por escritura pública.
Art. 29. É vedada a lavratura de escritura pública de inventário e partilha referente a bens
localizados no exterior.
Art. 30. Aplica-se a Lei n.º 11.441/07 aos casos de óbitos ocorridos antes de sua vigência.
Art. 31. A escritura pública de inventário e partilha pode ser lavrada a qualquer tempo, cabendo
ao tabelião fiscalizar o recolhimento de eventual multa, conforme previsão em legislação
tributária estadual e distrital específicas.
Art. 32. O tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de inventário ou partilha se houver
fundados indícios de fraude ou em caso de dúvidas sobre a declaração de vontade de algum dos
herdeiros, fundamentando a recusa porescrito.
SEÇÃO III
DISPOSIÇÕES COMUNS À SEPARAÇÃO E
DIVÓRCIO CONSENSUAIS
Art. 33. Para a lavratura da escritura pública de separação e de divórcio consensuais, deverão
ser apresentados: a) certidão de casamento; b) documento de identidade oficial e CPF/MF; c)
pacto antenupcial, se houver; d) certidão de nascimento ou outro documento de identidade
oficial dos filhos absolutamente capazes, se houver; e) certidão de propriedade de bens imóveis
e direitos a eles relativos; e f) documentos necessários à comprovação da titularidade dos bens
móveis e direitos, se houver.
1
Art. 34. As partes devem declarar ao tabelião, no ato da lavratura da escritura, que não têm
filhos comuns ou, havendo, que são absolutamente capazes, indicando seus nomes e as datas de
nascimento.
Art. 35. Da escritura, deve constar declaração das partes de que estão cientes das conseqüências
da separação e do divórcio, firmes no propósito de pôr fim à sociedade conjugal ou ao vínculo
matrimonial, respectivamente, sem hesitação, com recusa de reconciliação.
Art. 36. O comparecimento pessoal das partes é dispensável à lavratura de escritura pública de
separação e divórcio consensuais, sendo admissível ao(s) separando(s) ou ao(s) divorciando(s)
se fazer representar por mandatário constituído, desde que por instrumento público com
poderes especiais, descrição das cláusulas essenciais e prazo de validade de trinta dias.
Art. 37. Havendo bens a serem partilhados na escritura, distinguir-se-á o que é do patrimônio
individual de cada cônjuge, se houver, do que é do patrimônio comum do casal, conforme o
regime de bens, constando isso do corpo da escritura.
Art. 39. A partilha em escritura pública de separação e divórcio consensuais far-se-á conforme
as regras da partilha em inventário extrajudicial, no que couber.
Art. 40. O traslado da escritura pública de separação e divórcio consensuais será apresentado ao
Oficial de Registro Civil do respectivo assento de casamento, para a averbação necessária,
independente de autorização judicial e de audiência do Ministério Público.
Art. 41. Havendo alteração do nome de algum cônjuge em razão de escritura de separação,
restabelecimento da sociedade conjugal ou divórcio consensuais, o Oficial de Registro Civil
que averbar o ato no assento de casamento também anotará a alteração no respectivo assento de
nascimento, se de sua unidade, ou, se de outra, comunicará ao Oficial competente para a
necessária anotação.
Art. 42. Não há sigilo nas escrituras públicas de separação e divórcio consensuais.
Art. 43. Na escritura pública deve constar que as partes foram orientadas sobre a necessidade de
apresentação de seu traslado no registro civil do assento de casamento, para a averbação
devida.
Art. 44. É admissível, por consenso das partes, escritura pública de retificação das cláusulas de
obrigações alimentares ajustadas na separação e no divórcio consensuais.
Art. 45. A escritura pública de separação ou divórcio consensuais, quanto ao ajuste do uso do
nome de casado, pode ser retificada mediante declaração unilateral do interessado na volta ao
uso do nome de solteiro, em nova escritura pública, com assistência de advogado.
1
Art. 46. O tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de separação ou divórcio se houver
fundados indícios de prejuízo a um dos cônjuges ou em caso de dúvidas sobre a declaração de
vontade, fundamentando a recusa por escrito.
SEÇÃO IV
DISPOSIÇÕES REFERENTES À SEPARAÇÃO CONSENSUAL
Art. 47. São requisitos para lavratura da escritura pública de separação consensual: a) um ano
de casamento; b) manifestação da vontade espontânea e isenta de vícios em não mais manter a
sociedade conjugal e desejar a separação conforme as cláusulas ajustadas; c) ausência de filhos
menores não emancipados ou incapazes do casal; e d) assistência das partes por advogado, que
poderá ser comum.
Art. 48. O restabelecimento de sociedade conjugal pode ser feito por escritura pública, ainda
que a separação tenha sido judicial. Neste caso, é necessária e suficiente a apresentação de
certidão da sentença de separação ou da averbação da separação no assento de casamento.
Art. 50. A sociedade conjugal não pode ser restabelecida com modificações.
Art. 51. A averbação do restabelecimento da sociedade conjugal somente poderá ser efetivada
depois da averbação da separação no registro civil, podendo ser simultâneas.
SEÇÃO V
DISPOSIÇÕES REFERENTES AO DIVÓRCIO CONSENSUAL
Art. 52. A Lei nº 11.441/07 permite, na forma extrajudicial, tanto o divórcio direto como a
conversão da separação em divórcio. Neste caso, é dispensável a apresentação de certidão
atualizada do processo judicial, bastando a certidão da averbação da separação no assento de
casamento.
Art. 53. A declaração dos cônjuges não basta para a comprovação do implemento do lapso de
dois anos de separação no divórcio direto. Deve o tabelião observar se o casamento foi
realizado há mais de dois anos e a prova documental da separação, se houver, podendo colher
declaração de testemunha, que consignará na própria escritura pública. Caso o notário se recuse
a lavrar a escritura, deverá formalizar a respectiva nota, desde que haja pedido das partes neste
sentido.
1
Assim, em razão da lei acima, os Cartórios de Notas, além da
competência do art. 7º da Lei 8.935/94, podem ainda praticar os seguintes
atos:
VI. Lavrar inventários e partilhas;
VII. A separação consensual e o divórcio
1
poderá vir a desaparecer em certo espaço de tempo e que, em tais
circunstâncias, poderia prejudicar ou impossibilitar que a parte lesada pudesse
reivindicar direitos.
1
Em alguns Estados brasileiros, têm havido provimento dos Tribunais de
Justiça determinando que certos documentos só poderão ter o reconhecimento
de firma do tipo autêntico, ou seja, na presença do signatário. O exemplo mais
comum é o reconhecimento de firma nos Certificados de Venda de Veículos.
PARTE III
1. Introdução
2. Tipos de escrituras
3. Escrituras relativas a imóveis
1
3.1 Documentos necessários
3.2 Conteúdos necessários e acessórios
4. Responsabilidade dos Notários e Registradores
5. A guarda dos documentos
1 - INTRODUÇÃO
Art. 109 - No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem
instrumento público, este é da substância do ato” .
1
Os documentos podem ser particulares ou públicos. Documento
particular é todo aquele cujo ato é realizado por quem não tem fé pública.
Pode ser informal, bastando apenas a manifestação da vontade das partes, ou
formal, em que o ato para ter validade necessita a observância de forma, seja
pública ou particular.
O artigo 366 do Código de Processo Civil diz que: "Quando a lei exigir,
como de substância do ato, o instrumento público, nenhuma outra prova, por mais especial
que seja, pode suprir-lhe a falta".
2 - TIPOS DE ESCRITURAS
1
expressamente determinadas em diversos dispositivos do Código Civil, do
Código de Processo Civil, do Código Tributário e em leis especiais.
1
Extinção de usufruto por acordo;
Instituição de usufruto vitalício;
Incorporação de bem imóvel como pagamento de cotas subscritas em
sociedade limitada;
Pacto antenupcial;
Permuta de imóveis com recíproca transferência de domínio;
Procuração para venda de imóvel;
Reconhecimento de filho;
Pode ocorrer que, determinado ato para o qual não haja a exigência de
forma especial, as partes, por livre acordo, e no sentido de uma maior
segurança e para perpetuar o documento, resolvem fazê-lo por instrumento
público. Neste caso, a redação da escritura tanto pode ser feita conforme
modelos do próprio cartório de notas ou de acordo com a redação entregue
pelas partes, observando-se todavia as regras gerais das escrituras, constando
ainda que a mesma é feita "sob minuta".
Alguns exemplos:
1
Declaratória para declarar que determinado documento foi extraviado (nota
promissória, cheque, contrato de compra e venda, etc);
Doação de bens móveis;
Promessa de compra e venda com cláusula de arrependimento e
desfazimento do negócio;
Rescisão de contrato de locação;
1
§ 1º - Na hipótese prevista neste artigo, o instrumento consignará exclusivamente o número
do registro ou matrícula no Registro de Imóveis, sua completa localização, logradouro,
número, bairro, cidade, Estado e os documentos e certidões constantes do § 2º do art. 1º
desta mesma Lei.
ART. 3º - Esta Lei será aplicada, no que couber, aos casos em que o instrumento público
recair sobre coisas ou bens cuja aquisição haja sido feita através de documento não sujeito a
matrícula no Registro de Imóveis.
José Sarney
Notas:
"Art. 60 - A aplicação da presente Lei, pelo seu sentido social, far-se-á de modo a
que sejam simplificados todos os processos e métodos pertinentes às respectivas
transcrições, objetivando principalmente:
1
"Art. 4º - A alienação de cada unidade, a transferência de direitos pertinentes à sua
aquisição e a constituição de direitos reais sobre ela independerão do consentimento dos
condôminos.
Parágrafo único - A alienação ou transferência de direitos de que trata este artigo dependerá
de prova de quitação das obrigações do alienante para com o respectivo condomínio".
1
§ 2º - As certidões referidas na letra a, do inciso III, deste artigo, somente serão exigidas
para lavratura das escrituras públicas que impliquem a transferência de domínio e a sua
apresentação poderá ser dispensada pelo adquirente que, neste caso, responderá, nos termos
da lei, pelos pagamentos dos débitos fiscais existentes.
§ 3º - A apresentação das certidões previstas no incido IV, deste artigo, não eximirá o
outorgante da obrigação de declarar na escritura pública, sob pena de responsabilidade civil
e penal, a existência de outras obrigações reais e pessoais reipersecutórias, relativas ao
imóvel, e de outros ônus reais incidentes sobre o mesmo.
Importante salientar que o Superior Tribunal de Justiça, com publicação no Diário de Justiça do
dia 30/11/1992, decidiu que o pagamento do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis
(ITBI) a que se refere o item II do artigo 1º do Decreto acima, fosse recolhido no ato do registro
e não no ato da outorga da escritura. Este é o motivo pelo qual o comprador, após receber a
escritura e antes de levá-la a registro, providencia o pagamento do ITBI, cujo cálculo do valor é
feito pela Secretaria das Finanças da Prefeitura.
1
vendedor, se é física ou jurídica e o tipo de imóvel, se urbano ou rural. Para
uma maior clareza e precisão, dividimos em dois grandes grupos. No primeiro
estão relacionados os documentos obrigatórios a qualquer tipo de vendedor ou
de imóvel, sem os quais não poderá o Cartório lavrar a escritura. No segundo,
encontram-se os documentos que podem variar em razão do tipo de transação
que se realiza. Este assunto já foi tratado anteriormente, porém, pela
importância de seu conhecimento, voltamos a repetí-los.
Do imóvel urbano:
Título de propriedade
Certidão negativa de ônus
Certidão negativa de débitos de tributos municipais
Certidão negativa de débitos condominais quando for o caso
Do imóvel rural:
Título de propriedade
Certidão negativa de ônus, com averbação da reserva florestal legal
CCIR - Certidão de cadastro de imóvel rural, fornecido pelo Incra em
nome de vendedor.(1)
ITR atualizado e com os cinco últimos anos pagos.(2)
Certidão negativa de multa do Ibama.
1
Certidão simplificada fornecida pela Junta Comercial ou do órgão onde
esteja registrada a pessoa jurídica
Cartão do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)
Certidão negativa de débitos federais (negativa da dívida ativa da
União), fornecida pela Procuradoria da Fazenda Nacional
Certidão negativa de débitos estaduais, fornecida pela Secretaria da
Fazenda Estadual
CND - Certidão negativa de débito para com o INSS
1
3.2 - CONTEÚDOS NECESSÁRIOS E ACESSÓRIOS
CONTEÚDOS NECESSÁRIOS:
1
A maneira com que se dará a transmissão de posse e do domínio, podendo
ser de imediato ou condicionada a cumprimento de alguma obrigação por
parte do adquirente;
CONTEÚDOS ACESSÓRIOS:
1
todavia com as despesas necessárias para tal providência, sejam elas junto às
fontes expedidoras das certidões quanto a serviços de despachante.
Para que não paire qualquer dúvida sobre a interpretação deste dispositivo, é
conveniente que seja explicitado quais as despesas serão divididas e quais as que
caberão individualmente a cada contratante. Este cuidado é necessário sobretudo quando
há o serviço profissional do corretor na intermediação do negócio.
“.......
1
III) O comprador ou fiduciante, na forma do que permite o estabelecido no
parágrafo segundo, número V, inciso III, do artigo primeiro, do Decreto Lei número
93.240 de 09 de setembro de 1986, que regulamenta a Lei número 7.433, de 18 de
dezembro de 1985, dispensa a apresentação das certidões negativas de tributos
municipais que incidem sobre o imóvel objeto desta escritura, assumindo total
responsabilidade por tal declaração” (grifo nosso)
"nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia
ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública".
1
impossível o seu uso tal como desejado pelo comprador, ou então, mesmo
podendo ser usado, terá o seu valor diminuído em razão do defeito apurado.
1
Para finalizar, cabe aqui o registro do artigo 215 do Código Civil que
determina os requisitos da escritura pública. Na verdade o novo Código Civil
apenas deu nova roupagem, inserindo em seu conteúdo o que já anteriormente
vinha regido por lei própria como já visto, tal seja, a Lei nº 7.433/85 e seu
Decreto regulamentador de nº 93.240/86.
Código Civil:
§ 1º - Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve
conter:
I - data e lugar de sua realização;
II - reconhecimento da identidade e capacidade das partes e de quantos hajam
comparecido ao ato, por si, como representantes, intervenientes ou testemunhas;
III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicilio e residência das partes e
demais comparecentes, com a indicação, quando necessário, do regime de bens do
casamento, nome do cônjuge e filiação;
IV - manifestação clara da vontade das partes e dos intervenientes;
V – referência ao cumprimento das exigências legais e fiscais inerentes à
legitimidade do ato;
VI – declaração de ter sido lida na presença das partes e demais comparecentes, ou
de que todos a leram;
VII – assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelião ou
seu substituto legal, encerrando o ato;
§ 2º - Se algum comparecente não puder ou não souber escrever, outra pessoa capaz
assinará por ele, a seu rogo.
1
Maria Helena Diniz, em comentários ao novo Código Civil, sob a
coordenação de Ricardo Fiúza (Editora Saraiva), ao final do presente artigo 215
faz a seguinte definição de escritura:
A Lei dos Notários e dos Registradores (nº 8.935/94) diz em seu artigo
22:
“Os notários e oficiais de registro responderão pelos danos que eles e seus prepostos
causem a terceiros, na prática de atos próprios da serventia, assegurando aos
primeiros direito de regresso no caso de dolo ou culpa dos prepostos”.
1
É de se observar que, muito embora o dano moral se reflita na pessoa
enquanto ser humano, há o moderno entendimento de que também a pessoa
jurídica poderá sofrer os abalos de um ato ilícito, seja ela pessoa jurídica de
direito privado ou de direito público.
A causação do dano tanto pode ser diretamente pelo delegado, quanto por
prepostos de sua contratação, na forma dos arts. 20 e 21. Deve ser estabelecido o
nexo de causa e efeito entre atos cometidos por lei ao serviço notarial, ou de
registro, e o dano sofrido”. (Lei dos Notários e Registradores Comentada. 3 a. ed.
São Paulo: Saraiva, 2000, p. 147)
1
“Art. 32 – Os notários e os oficiais de registro estão sujeitos, pelas infrações
que praticarem, assegurado o amplo direito de defesa, às seguintes penas:
I – repreensão;
II – multa;
III – suspensão por 90 (noventa) dias, prorrogável por mais 30 (trinta) dias;
IV – perda da delegação.
1
que a guarda deverá ser permanente, necessitando assim o maior zelo para
evitar situações de difícil, senão impossível reparação, como por exemplo,
incêndio, inundações, atos delituosos praticados por estranhos ou mesmo por
elementos do próprio cartório interessados em fazer desaparecer algum
documento ou prova que possa incriminá-los.
1. Como deve proceder o divorciado para vender um imóvel que lhe coube na divisão dos
bens ?
2. Uma pessoa solteira que quer vender um imóvel, tem que provar o seu estado civil ?
Porquê ?
6. De acordo com a lei, quem são as pessoas absolutamente incapazes para os atos da vida
civil ?
9. Qual a primeira certidão que deve ser providenciada para a alienação de um imóvel ?
10. Onde deve ser pedida a certidão negativa de ônus sobre determinado imóvel ?
1
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO REFERENTES A PARTE II
2. Quem tem a competência para legislar sobre os Registros Públicos e a quem compete a
sua aplicação?
4. Antes do Brasil República como eram feitos os registros de nascimento das pessoas?
11. imóvel urbano e o imóvel rural têm o mesmo tratamento quanto aos respectivos
registros?
14. Os Cartórios de Registro de Imóveis e de Notas têm o mesmo tratamento dentro da Lei
dos Registros Públicos?
18. Cartório de Registro de Imóveis pode lavrar uma escritura de compra e venda?
19. Cartório de Notas tem sempre responsabilidade total pelo reconhecimento de firma em
determinado documento? Justifique.
1
20. Quais são os atos privativos do Cartório de Notas?.
21. Uma escritura de compra de um imóvel, mesmo não estando registrada, assegura ao
adquirente o total direito sobre o mesmo? Justifique.
AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS
a) Prenotação-matrícula-averbação-registro;
1
b) Prenotação-matrícula-registro-averbação;
c) Matrícula-registro-averbação-prenotação;
d) Matrícula-averbação-registro-prenotação;
e) Registro-prenotação-matrícula-averbação.
5) Em que caso o Cartório de Notas pode reconhecer firma numa folha de papel em
branco?
a) 90 dias;
b) 180 dias;
c) 1 ano;
d) 2 anos;
e) por prazo indeterminado.
a) Das decisões, recursos e seus efeitos, que tenham por objeto atos ou títulos registrados
ou averbados;
b) Das servidões instituídas sobre imóveis;
c) Das citações de ações reais ou pessoas reipersecutórias relativas a imóveis;
1
d) Das escrituras antenupciais;
e) Das transferências de imóveis a sociedades, quando integram quota social.
a) Sua autenticidade;
b) Sua propaganda;
c) Sua segurança;
d) Sua eficácia;
e) Sua validade em relação a terceiros.
14) Uma pessoa vai ao Cartório de Registro de Imóveis e pede a certidão negativa de
ônus de certo imóvel. Ela só será atendida se:
1
15) Para uma pessoa casada pelo regime de comunhão universal de bens outorgar
uma escritura de compra e venda ela precisa:
a) Celebrar casamentos;
b) Lavrar testamentos;
c) Reconhecer firmas;
d) Autenticar cópias;
e) Lavrar procuração.
a) Celebrar casamentos;
b) Fornecer atestado de óbito;
c) Registrar escrituras;
d) Lavrar procurações;
e) Fornecer certidão negativa de ônus.
18) É legal o Cartório de Notas lavrar uma escritura mesmo não sendo apresentados:
19) Quando na certidão fornecida pelo Cartório de Registro de Imóveis consta algum
gravame, isto quer dizer que o imóvel:
1
c) Em Uberlândia;
d) Em qualquer cidade brasileira;
e) Em qualquer cidade americana.
a) Direta;
b) Indireta;
c) Direta e indireta ao mesmo tempo;
d) Não terá nenhuma das formas de posse;
e) Todas as alternativas estão corretas.
a) Com fiança;
b) Com aval;
c) Com o próprio imóvel;
d) Não há garantias;
e) Somente a segunda alternativa está correta.
____________________________________________________________
1
José Machado Resende
Avenida 85 nº 986, Setor Sul
Goiânia-GO
Telefones: (062) 3945.1585 e 8118.9661
E-mail: resendejose@ hotmail.com
___________________________________________________________
ANEXOS:
1
um negócio jurídico que gere segurança jurídica não só aos diretamente
envolvidos no ato, como também ao sistema financeiro nacional e à sociedade
como um todo.
Com base nessas premissas e após extenso debate, via “net”, sobre o
assunto com os colegas registradores Jacomino, Mezzari, Burtet e
Weschenfelder,
entendo que a participação do credor originário no instrumento que formaliza a
transferência do crédito imobiliário na qualidade de interveniente/quitante é a
forma ideal para a perfectibilização da portabilidade de financiamento imobiliário
(com transferência de alienação fiduciária de bem imóvel em garantia). Note-se
que o credor original comparece tão somente para declarar qual é o saldo
devedor do contrato de financiamento originário, bem como que recebeu o
referido valor dando quitação ao DEVEDOR no âmbito do próprio instrumento
que
estabelece a portabilidade. Ou seja, não poderá impedir a celebração do
contrato,
tampouco interferir nas condições contratuais e/ou apresentar qualquer objeção
a
quaisquer das outras cláusulas do novo contrato, com exceção da apuração do
montante do saldo devedor e do recebimento deste.
Da mesma forma que é impensável que se admita a rescisão de um
contrato sem que um dos contratantes compareça ao ato, é inconcebível admitir
a
averbação da portabilidade do crédito garantido por alienação fiduciária de bem
imóvel regularmente registrada sem qualquer participação no contrato ou
manifestação formal apartada, do credor originário, em relação à operação.
Ademais, importa ressaltar que o saldo devedor de uma dívida, no caso em tela
decorrente do contrato de financiamento original, bem como a quitação deste
saldo somente poderá ser atestada por quem é o detentor originário do crédito.
Assim, levando-se em conta o compreensível período de adaptação das
instituições financeiras à inovação legislativa, convém oportunizar uma
alternativa
na hipótese do contrato de portabilidade ingressar no Registro de Imóveis sem
contemplar a participação do credor originário no negócio jurídico. Para estes
1
casos, entende-se satisfatória a apresentação de declaração firmada pelo
credor
originário informando o montante do saldo devedor e manifestando que, em
decorrência do contrato de portabilidade avençado, dá quitação ao devedor dos
direitos que possuía em relação ao financiamento original. Entretanto, importa
observar que sendo a quitação apresentada desta forma, ou seja, em separado,
deverá integrar a própria averbação do contrato de portabilidade, pois o § 3º do
artigo 25 da Lei Federal n.º 9.514/97 veda expressamente a averbação do termo
de
quitação.
Entretanto, o referido dispositivo legal não exclui a ocorrência da quitação
da dívida em relação ao credor originário e sim a necessidade de que se
proceda
à averbação individual na matrícula do evento quitação, na medida em que
dispõe
expressamente que HÁ QUITAÇÃO da dívida anterior, conforme se observa do
texto legal: § 3º: “Nas hipóteses em que a quitação da dívida decorrer da
portabilidade do financiamento para outra instituição financeira, não será
emitido
o termo de quitação de que trata este artigo, cabendo, quanto à alienação
fiduciária, a mera averbação da sua transferência”.
Logo, a quitação ocorre, porém não isoladamente e sim dentro da
contratação da portabilidade, sendo que não se trata de quitação do
financiamento (alienação fiduciária), que está justamente sendo transferido a
um
novo credor, e sim de quitação das obrigações contratuais entre o
devedor/confitente fiduciante e o credor (fiduciário) originário, incluindo-se
dentre
essas obrigações o pagamento da dívida entre eles havida. Mesmo porque a
transferência do crédito somente se perfectibilizará se o credor originário
receber
integralmente o que lhe é devido.
Da análise acima e em observância ao Princípio Registral da Legalidade e
visando à segurança jurídica, conclui-se que a manifestação do credor
originário,
1
seja como parte interveniente/quitante no contrato, que, por sua vez, é a forma
mais recomendada, ou em instrumento de declaração, é requisito obrigatório e
indispensável para que o contrato de portabilidade de financiamento possa ser
considerado plenamente apto a ganhar acesso ao Fólio Real.
Finalmente, a fim de ilustrar as ponderações desenvolvidas ao longo deste
artigo, reproduzo em forma de anexos os modelos de redação para:
ANEXO I – Cláusula do contrato de portabilidade COM interveniência;
ANEXO II – Averbação na matrícula do contrato de portabilidade COM
interveniência do credor originário;
ANEXO III – Termo de Declaração do Credor Originário;
ANEXO IV – Averbação na matrícula do contrato de portabilidade SEM
interveniência, porém com termo de declaração do credor originário;
JOÃO PEDRO LAMANA PAIVA
Oficial do Registro de Imóveis da Primeira Zona de Porto Alegre
ANEXO I – CLÁUSULA DO CONTRATO DE PORTABILIDADE COM
INTERVENIÊNCIA
INSTRUMENTO PARTICULAR, COM EFEITO DE ESCRITURA PÚBLICA, DE
PORTABILIDADE DE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO E TRANSFERÊNCIA
DE
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL EM GARANTIA, DE ACORDO COM
AS NORMAS DO SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO (SFH) E DE
OUTRAS
AVENÇAS N.º________
(…)
CLÁUSULA …....... – DO OBJETO E DAS CONDIÇÕES:.....
(…)
Parágrafo Segundo: o saldo devedor do financiamento anteriormente contratado,
registrado sob o R-00/000.000, dar-se-á mediante transferência dos respectivos recursos
diretamente a crédito da referida instituição, por conta e ordem do DEVEDOR.
Parágrafo Terceiro: para fins de cumprimento do disposto nesta CLÁUSULA, o
DEVEDOR
autoriza ao CREDOR a realizar a transferência dos recursos destinados à quitação da
dívida financiada anteriormente contratada diretamente à instituição credora indicada.
(…)
CLÁUSULA ….......: da Quitação da Dívida do Financiamento Imobiliário Anterior:
Comparece neste instrumento, na condição de CREDOR DO DEVEDOR, o
INTERVENIENTE QUITANTE já qualificado, para declarar que recebe neste ato a
importância discriminada no item SALDO DEVEDOR de responsabilidade do DEVEDOR,
1
relativo ao FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO ANTERIOR do R-00/000.000, a ser quitado
com
recursos do presente financiamento do Quadro Resumo destinado à liquidação da
dívida
de responsabilidade do DEVEDOR perante o INTERVENIENTE QUITANTE, nos termos
dos
parágrafos segundo e terceiro da CLÁUSULA PRIMEIRA deste instrumento. Em razão do
pagamento ora efetuado, o INTERVENIENTE QUITANTE dá plena e irrevogável quitação
ao DEVEDOR, autorizando ao Oficial de Registro de Imóveis competente a proceder à
averbação na matrícula do imóvel identificado no item “IMÓVEL OBJETO DO PRESENTE
FINANCIAMENTO (DESCRIÇÃO)” DO Quadro Resumo do presente instrumento de
portabilidade de financiamento, promovendo-se a transferência da garantia fiduciária
sobre o imóvel, a que se refere a CLÁUSULA ____.
ANEXO II – AVERBAÇÃO NA MATRÍCULA DO CONTRATO DE PORTABILIDADE
CONTENDO A CLÁUSULA DO ANEXO I
AV-00/000.000(nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn), em 00 de janeiro de 2013.-
PORTABILIDADE DE FINANCIAMENTO - Nos termos do instrumento particular, com
força
de escritura pública, de portabilidade de financiamento imobiliário, de acordo com as
normas do sistema financeiro da habitação (SFH) e de outras avenças, celebrado em 20
de julho de 2012, pelo credor/fiduciário BANCO YYYYYYYYY., com sede em ___, por sua
agência _____, prefixo ......., CNPJ sob número ......................, representado por seu
procurador
...............; pelo devedor/fiduciante _______, já qualificado, por seu companheiro/anuente
_______, (qualificação); e pelo credor/fiduciário do financiamento originário,
interveniente/quitante BANCO XXXXXX, já qualificado; fica constando que em virtude da
portabilidade do financiamento/crédito imobiliário, esta última declarou ter recebido o
saldo devedor do financiamento primitivo, pelo que deu plena e irrevogável quitação do
financiamento à devedora. Fica constando ainda, que o saldo devedor remanescente do
financiamento objeto do R-00, de responsabilidade da devedora importa em R$
000.000,00 (___ mil, ___ reais ___ centavos), permanecendo a alienação fiduciária do R-
00
e tendo como novo credor o BANCO YYYYY, já qualificado. Fica constando finalmente,
que o PRAZO é de _____a (000) meses, com a TAXA DE JUROS constantes do contrato
e
a FORMA DE PAGAMENTO é de ______ a (000) prestações mensais e sucessivas, no
valor
total inicial da primeira de R$ 000.000,00 (___ mil, ___ reais ___ centavos), com
1
vencimento para 00/00/201_ e as demais em igual dia dos meses subseqüentes. O
OBJETO DA GARANTIA, em alienação fiduciária, nos termos do art. 22, da Lei 9.514,
de
20 de novembro de 1997, é o imóvel desta matrícula, em caráter fiduciário, sendo que
o
VALOR DA GARANTIA, para efeitos do artigo 24, inciso VI, da Lei 9.514/97, é de R$
000.000,00 (___ mil, ___ reais ___ centavos) e o PRAZO DE CARÊNCIA para os fins
previstos no artigo 26 e parágrafos, da Lei 9.514/97, é de trinta (30) dias, contados da
data
do vencimento do primeiro encargo mensal vencido e não pago, conferindo ao credor o
direito de intimar o(s) devedor(es) na forma e para os efeitos do referido artigo. As
demais
condições constam do instrumento arquivados neste Ofício.-
PROTOCOLO - Título apontado sob o número 000.000, em 00/0/2013.-
Local, Data .-Registrador/Substituto(a)/Escrevente
Autorizado(a):_______________________.-
EMOLUMENTOS - R$000,00. Selo de Fiscalização 0000.00.0000000.00000 - bnc
ANEXO III – TERMO DE DECLARAÇÃO DO CREDOR ORIGINÁRIO
ILUSTRÍSSIMO SENHOR OFICIAL DO REGISTRO DE IMÓVEIS DA__________
(INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CREDORA DO FINANCIAMENTO
ORIGINÁRIO), inscrita no CNPJ sob o n.º 00.000.000/0000-00, com sede em ______, na
qualidade de credora fiduciária primitiva do instrumento particular de compra, venda e
financiamento de imóvel com alienação fiduciária em garantia firmado em 00.00.0000,
tendo por objeto o imóvel da matrícula n.º ____ do Livro 2 – Registro Geral dessa
Circunscrição, registrado em __.__.201_ sob o R-00/0000, vem à presença de Vossa
Senhoria declarar que o saldo devedor do referido contrato é de R$ 000.000,00 (_____ mil
e
___ reais e __ centavos) com data projetada em 00.00.0000.
Declara, outrossim, que em razão da averbação na matrícula n.º 000.000 da
PORTABILIDADE de financiamento avençada no “INSTRUMENTO PARTICULAR, COM
EFEITO DE ESCRITURA PÚBLICA DE PORTABILIDADE DE FINANCIAMENTO
IMOBILIÁRIO
E TRANSFERÊNCIA DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL EM GARANTIA, DE
ACORDO COM AS NORMAS DO SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO (SFH) E DE
OUTRAS AVENÇAS Nº. (número do contrato)” (anexo), firmado entre o(s) devedor(es)
fiduciante(s) ______ e o atual credor fiduciário (instituição financeira)______, dá plena e
irrevogável quitação ao(s) DEVEDOR(ES) ____________ do direito que possuí em relação
1
ao recebimento do pagamento do saldo devedor objeto do contrato de
FINANCIAMENTO
IMOBILIÁRIO ANTERIOR registrado no R-00/00.000.
N. Termos,
P. Deferimento.
Local, data.
______________________________
(INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CREDORA DO FINANCIAMENTO ORIGINÁRIO)
ANEXO IV – AVERBAÇÃO NA MATRÍCULA DO CONTRATO DE PORTABILIDADE
SEM INTERVENIÊNCIA, PORÉM ACOMPANHADO DO TERMO DE
DECLARAÇÃO
DO ANEXO III
AV-000/00000(AV-_____), em 00 de janeiro de 2013.-
PORTABILIDADE DE FINANCIAMENTO - Nos termos do instrumento particular, com
força
de escritura pública, de portabilidade de financiamento imobiliário e transferência de
alienação fiduciária de bem imóvel em garantia, de acordo com as normas do sistema
financeiro da habitação (SFH) e de outras avenças, celebrado em 00 de janeiro de 2013,
pelo credor/fiduciário YYYYYYYYY., com sede em ___, por sua agência _____, prefixo .......,
CNPJ sob número ......................, representado por seu procurador ..................e pelo
devedor/fiduciante ...................., já qualificado, e por sua companheira/anuente, ..................,já
quailificada.; e de conformidade com o instrumento particular firmado em __ de janeiro
de
2013 pela credora do financiamento originário, .BANCO XXXXXXXX., qualificada no
instrumento, fica constando que em virtude da portabilidade do financiamento/crédito
imobiliário, declarou ter recebido o saldo devedor do financiamento primitivo. Fica
constando ainda, que o saldo devedor remanescente do financiamento objeto do R-00,
de
responsabilidade do devedor importa em R$000.000,00 (___ mil, ___ reais ___ centavos),
permanecendo a alienação fiduciária do R-00 e tendo como novo credor o BANCO
YYYYYYY., já qualificado. Fica constando finalmente, que o PRAZO é de ___(000) meses,
sendo a TAXA DE JUROS as constantes do contrato e a FORMA DE PAGAMENTO é de
________ (000) prestações mensais e sucessivas, no valor total inicial da primeira de
R$000.000,00 (___ mil, ___ reais ___ centavos), com vencimento para 00/00/2013 e as
demais em igual dia dos meses subseqüentes. O OBJETO DA GARANTIA, em
alienação
fiduciária, nos termos do art. 22, da Lei 9.514, de 20 de novembro de 1997, é o imóvel
objeto desta matrícula, em caráter fiduciário, o VALOR DA GARANTIA, para efeitos do
1
artigo 24, inciso VI, da Lei 9.514/97, é de R$000.000,00 (___ mil, ___ reais ___ centavos) e
o
PRAZO DE CARÊNCIA para os fins previstos no artigo 26 e parágrafos, da Lei 9.514/97, é
de trinta (30) dias, contados da data do vencimento do primeiro encargo mensal
vencido
e não pago, conferindo ao credor o direito de intimar o(s) devedor(es) na forma e para
os
efeitos do referido artigo. As demais condições constam dos instrumentos arquivados
neste Ofício.-
PROTOCOLO - Título apontado sob o número xxxxxx, em 00/00/2013, reapresentado em
00/0/2013.-
Local, Data ..- Registrador/Substituto(a)/Escrevente
Autorizado(a):_______________________.-
EMOLUMENTOS - R$xxxx. Selo de Fiscalização xxxxx
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1