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4.

**(BNB) Aspectos Jurídicos**


- Sujeito e Objeto do Direito, Atos e Fatos Jurídicos
- Contratos: Conceitos, Requisitos e Classificações
- Contrato por Instrumento Público e Particular
- Cédulas e notas de crédito
- Garantias
- Títulos de crédito

7. **(BNB) LGPD, LAC e Segurança Cibernética**


- Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)
- Legislação Anticorrupção (LAC)
- Segurança Cibernética

Resumo: Sujeito e Objeto do Direito, Atos e Fatos Jurídicos


Sujeito de Direito:
Refere-se a indivíduos ou entidades (pessoas jurídicas) que possuem direitos e
obrigações reconhecidos pelo ordenamento jurídico. Para ser considerado sujeito de
direito, é necessário ter capacidade jurídica, que é a aptidão para adquirir
direitos e assumir deveres.
Existem dois tipos de pessoas:
Pessoa natural/física: Seres humanos, que adquirem capacidade jurídica com o
nascimento com vida.
Pessoa jurídica: Empresas, associações, fundações, etc., que possuem personalidade
jurídica conferida por lei.
Objeto do Direito:
É o elemento sobre o qual recaem os direitos e obrigações dos sujeitos de direito.
Pode ser algo tangível (bens materiais) ou intangível (bens imateriais, direitos,
obrigações, etc.). O objeto do direito precisa ser lícito, ou seja, não pode
contrariar a lei ou a moral.
Fato Jurídico:
É um acontecimento, natural ou humano, que gera efeitos no âmbito do direito,
criando, modificando, conservando ou extinguindo direitos.
Fatos da natureza: Eventos que independem da vontade humana, como o nascimento, a
morte, o decurso do tempo, etc.
Fatos humanos: Ações que dependem da vontade humana, como a assinatura de um
contrato, a prática de um crime, etc.
Ato Jurídico:
É um fato jurídico que decorre da manifestação da vontade humana e visa produzir
efeitos jurídicos específicos. Para ser válido, o ato jurídico precisa ter:
Agente capaz: Indivíduo com capacidade legal para agir.
Objeto lícito e possível: O conteúdo do ato deve ser permitido por lei e
realizável.
Forma prescrita ou não proibida por lei: O ato deve seguir a forma exigida ou não
ser proibido por lei.
Negócio Jurídico:
É um ato jurídico em que a composição dos interesses e a finalidade específica são
determinadas pelas partes envolvidas, desde que não contrariem normas legais.
Exemplos: contratos, testamentos, casamento civil.
Ato Jurídico Stricto Sensu:
É um ato jurídico cujos efeitos são meramente legais, não havendo busca por uma
finalidade específica. Exemplos: ocupação de imóvel, reconhecimento de filho,
pagamento de dívida.
Ato-fato Jurídico:
É um fato jurídico qualificado pela vontade, mas que se torna relevante
juridicamente pelos seus efeitos. Exemplos: achado de tesouro, união estável.
É importante compreender a distinção entre esses conceitos para analisar as
relações jurídicas e os efeitos legais que delas decorrem.
Resumo do conteúdo sobre "Contratos: Conceitos, Requisitos e Classificações":
Conceito:
O texto define contrato como um acordo entre duas ou mais partes que se comprometem
a cumprir determinadas condições. Esse acordo é a base para a criação, modificação
e extinção de direitos e obrigações.
Requisitos:
Para que um contrato seja válido, ele precisa atender a certos requisitos:
Requisitos objetivos:
O objeto do contrato deve ser lícito (permitido por lei), possível (capaz de ser
realizado) e determinado ou determinável (especificado ou passível de
especificação).
Requisitos subjetivos:
As partes contratantes devem ter capacidade legal para contratar e manifestar sua
vontade de forma válida e livre de vícios.
Requisitos formais:
O contrato deve seguir a forma exigida por lei, seja ela escrita, verbal ou solene
(ex: escritura pública).
Princípios Fundamentais:
Alguns princípios fundamentais norteiam a criação, interpretação e execução dos
contratos:
Autonomia da vontade: As partes têm liberdade para negociar e estabelecer os termos
do contrato, dentro dos limites da lei.
Consensualismo: O contrato é considerado válido com a simples manifestação de
vontade das partes, sem a necessidade de formalidades específicas, exceto quando
exigido por lei.
Força obrigatória: Uma vez concluído, o contrato passa a ter força de lei para as
partes contratantes.
Boa-fé: As partes devem agir com honestidade, lealdade e respeito mútuo durante a
formação e execução do contrato.
Relatividade dos efeitos: O contrato só produz efeitos entre as partes
contratantes, não afetando terceiros.
Formação dos Contratos:
A formação do contrato envolve algumas etapas:
Negociações preliminares: As partes interessadas discutem os detalhes do acordo.
Proposta: Uma das partes formaliza sua intenção de celebrar o contrato,
apresentando os termos e condições.
Aceitação: A outra parte concorda com os termos da proposta, tornando o contrato
vinculativo.
Espécies de Contratos:
O texto apresenta diversos tipos de contratos, cada um com suas características
próprias:
Compra e venda: Transfere o domínio de um bem ou direito de uma parte para outra
mediante pagamento.
Sociedade: As partes combinam recursos para exercer atividade econômica e partilhar
os resultados.
Empréstimo (comodato e mútuo): Empréstimo de bens, fungíveis ou infungíveis, com ou
sem ônus.
Prestação de serviço: Uma parte se compromete a prestar serviço à outra mediante
remuneração.
Mandato: Uma parte confere à outra o poder de praticar atos em seu nome.
Fiança: Uma terceira parte garante o cumprimento da obrigação do devedor.
Hipoteca: O devedor oferece um bem imóvel como garantia do pagamento de uma dívida.
Classificações dos Contratos:
Os contratos podem ser classificados de acordo com diversos critérios:
Quanto à forma: consensuais, reais, solenes, informais, escritos, verbais.
Quanto ao efeito: unilaterais, bilaterais, plurilaterais.
Quanto à onerosidade: onerosos, gratuitos.
Quanto à natureza das obrigações: comutativos, aleatórios.
Quanto à formação: paritários, de adesão.
Quanto ao agente: personalíssimo, impessoal individual, impessoal coletivo.
Quanto ao modo de existirem: principal, acessório, derivado.
Quanto ao objetivo: prestação de serviços, fornecimento, aquisição, uso e gozo,
associativo.
Este resumo apresenta os principais pontos sobre contratos abordados no texto. É
importante salientar que o texto completo oferece detalhes e nuances adicionais
sobre cada um desses tópicos.

Resumo do conteúdo sobre "Contrato por Instrumento Público e Particular":


O texto diferencia os contratos em dois tipos, de acordo com a forma como são
formalizados:
1. Instrumento Público:
É um contrato lavrado e registrado por um oficial público habilitado (tabelião de
notas) em um livro de registros públicos.
Vantagens:
Possui fé pública, ou seja, atesta a veracidade dos fatos alegados, oferecendo
grande segurança jurídica.
Garante publicidade e oposição a terceiros, pois necessita de registro em cartório.
Desvantagens:
Custo elevado devido às taxas de registro e emolumentos do cartório.
Exige reconhecimento de firma.
Exemplos: Escritura de compra e venda de imóveis.
2. Instrumento Particular:
É um contrato elaborado e assinado pelas próprias partes ou seus representantes,
sem a necessidade de intervenção de um oficial público.
Vantagens:
Maior flexibilidade e menor custo em comparação ao instrumento público.
Adequado para a maioria das operações de crédito comuns.
Desvantagens:
Menor segurança jurídica, pois depende da boa-fé das partes.
Em alguns casos, pode exigir a presença de testemunhas ou reconhecimento de firma
para maior segurança.
Exemplos: Contratos de empréstimos pessoais, financiamentos de menor valor, acordos
de crédito e procurações.
Observações:
O Código Civil Brasileiro determina que a escritura pública é essencial para a
validade de negócios jurídicos que visam a constituição, transferência, modificação
ou renúncia de direitos reais sobre imóveis com valor superior a 30 vezes o maior
salário mínimo vigente no país.
A escolha entre instrumento público e particular depende da natureza do contrato,
do valor envolvido e da necessidade de segurança jurídica.
Em resumo, o instrumento público oferece maior segurança jurídica, enquanto o
instrumento particular oferece maior flexibilidade e menor custo. A escolha entre
os dois dependerá das necessidades específicas de cada contrato.

Os contratos podem ser classificados de acordo com sua forma, efeito e onerosidade:

Quanto à forma:

Consensuais: se formam pelo simples acordo de vontades das partes, como em


contratos de compra e venda, locação e doação.
Reais: exigem, além do acordo de vontades, a entrega da coisa, como nos contratos
de mútuo, comodato e depósito.
Solenes: necessitam de forma específica para sua validade, como escritura pública
para compra e venda de imóveis.
Informais: não possuem uma forma legal específica para sua constituição e podem ser
realizados de qualquer maneira.
Quanto ao efeito:

Unilaterais: apenas uma das partes tem obrigações, enquanto a outra parte concorda
com os termos, como no contrato de doação pura.
Bilaterais: existe uma contraprestação por ambas as partes, como no contrato de
compra e venda.
Plurilaterais: há várias partes com direitos e deveres distintos.
Quanto à onerosidade:

Onerosos: ambas as partes têm vantagens e obrigações, como nos contratos de compra,
venda, locação e permuta.
Gratuitos: apenas uma das partes tem vantagens, sem exigir contraprestações, como
no contrato de doação.

Principais normas a serem seguidas em relação a "Sujeito e Objeto do Direito, Atos


e Fatos Jurídicos, Contratos e Instrumentos":
As principais normas que regem esses temas no Brasil são:
1. Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002):
Estabelece as regras gerais sobre personalidade civil, capacidade civil, domicílio,
bens, fatos jurídicos, atos jurídicos, negócios jurídicos e contratos.
Define os requisitos para a validade dos contratos e as diferentes classificações
dos contratos.
Dispõe sobre os instrumentos públicos e particulares.
2. Legislação específica:
Além do Código Civil, existem leis específicas que regulamentam certos tipos de
contratos e instrumentos, como:
Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/76)
Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91)
Lei de Falências (Lei nº 11.101/05)
3. Jurisprudência:
As decisões dos tribunais também são fontes importantes de normas, pois interpretam
e aplicam a legislação aos casos concretos.
4. Princípios gerais do direito:
Princípios como boa-fé, equidade e razoabilidade também devem ser observados na
aplicação das normas jurídicas.
Em relação aos temas específicos mencionados:
Sujeito e Objeto do Direito: As normas do Código Civil definem quem são os sujeitos
de direito (pessoas físicas e jurídicas) e o que pode ser objeto de direito (bens
materiais e imateriais).
Atos e Fatos Jurídicos: O Código Civil também estabelece as diferentes categorias
de atos e fatos jurídicos e seus efeitos no âmbito do direito.
Contratos: As normas do Código Civil definem os requisitos para a validade dos
contratos, as diferentes classificações dos contratos e as regras para sua
interpretação e execução.
Contrato por Instrumento Público e Particular: O Código Civil determina quando o
instrumento público é necessário para a validade do contrato e estabelece as regras
para a formalização dos instrumentos particulares.
É importante salientar que a aplicação das normas jurídicas a casos concretos pode
ser complexa e exige a análise de um profissional do direito.
Resumo do conteúdo sobre "Cédulas e notas de crédito":
Cédulas de crédito:
São títulos de crédito emitidos por pessoa física ou jurídica em favor de uma
instituição financeira ou outra entidade.
Representam uma promessa de pagamento em dinheiro, proveniente de uma operação de
crédito.
Podem ser emitidas com ou sem garantia adicional (real ou fidejussória).
São títulos executivos extrajudiciais, o que significa que o credor pode executar a
garantia sem precisar de ordem judicial.
Exemplos: Cédula de Crédito Bancário (CCB), Cédula de Crédito Imobiliário, Cédula
de Crédito Rural.
Notas de crédito:
São títulos representativos de dívida, emitidos pelo devedor em favor do credor.
Demonstram o compromisso de pagamento de um valor específico em dinheiro dentro de
um prazo determinado.
Classificam-se como títulos de crédito, podendo ser transferidas por endosso.
Diferença principal em relação às cédulas de crédito: Notas de crédito geralmente
não possuem garantias reais.
Em resumo:
Cédulas de crédito: representam uma promessa de pagamento em dinheiro, geralmente
associadas a operações de crédito e podem ter garantias.
Notas de crédito: representam um compromisso de pagamento de uma dívida em um prazo
determinado e geralmente não possuem garantias.

Principais características do aval e da fiança:


Aval:
Aplica-se a títulos de crédito: O aval é utilizado exclusivamente para garantir o
pagamento de títulos de crédito, como notas promissórias, letras de câmbio e
cheques.
Ato unilateral: O aval é um ato unilateral do avalista, que se torna responsável
pela dívida da mesma forma que o devedor original. Não é necessário o consentimento
do devedor.
Responsabilidade solidária: O avalista e o devedor original são solidariamente
responsáveis pelo pagamento da dívida. O credor pode cobrar de qualquer um deles,
total ou parcialmente.
Benefício de ordem: O avalista pode se beneficiar do benefício de ordem, o que
significa que o credor deve primeiro tentar cobrar a dívida do devedor original
antes de executar o avalista. No entanto, o avalista pode renunciar a esse
benefício.
Formalização: O aval é formalizado com a assinatura do avalista no anverso do
título de crédito ou no verso com a especificação "aval".
Fiança:
Aplica-se a contratos: A fiança é utilizada para garantir o cumprimento de
obrigações em contratos.
Contrato bilateral: A fiança é um contrato firmado entre o fiador e o credor,
podendo ser estipulada com ou contra a vontade do devedor.
Responsabilidade subsidiária: O fiador só é obrigado a pagar a dívida se o devedor
principal não o fizer.
Benefício de ordem: O fiador também se beneficia da ordem de excussão, ou seja, o
credor deve primeiro tentar cobrar a dívida do devedor principal. O fiador pode
renunciar a esse benefício no contrato.
Formalização: A fiança precisa ser formalizada por escrito para ter validade.
Principais diferenças:
Aplicação: O aval se aplica a títulos de crédito, enquanto a fiança se aplica a
contratos.
Responsabilidade: O avalista é devedor solidário, enquanto o fiador é devedor
subsidiário (exceto se renunciar ao benefício de ordem).
Tanto o aval quanto a fiança são garantias pessoais que visam assegurar o pagamento
de dívidas. A escolha entre um e outro dependerá da natureza da obrigação a ser
garantida e das condições negociadas entre as partes.

Autorização do cônjugue

Fiança:

Autorização do cônjuge geralmente necessária.


Exceção: Casamento sob regime de separação total de bens.
Aval:

Títulos de crédito atípicos: Autorização do cônjuge necessária, exceto em regime de


separação convencional de bens.
Títulos de crédito típicos (notas promissórias, cheques, duplicatas, letras de
câmbio): Anuência do cônjuge dispensável.

Principais características das garantias reais:


Hipoteca:
Incide sobre bens imóveis (terrenos, casas, apartamentos, etc.) e, em alguns casos,
sobre bens móveis de grande valor (navios e aeronaves).
O devedor mantém a posse e a propriedade do bem hipotecado.
A hipoteca precisa ser registrada no cartório de registro de imóveis para ter
validade.
Em caso de inadimplência, o credor pode executar a hipoteca extrajudicialmente,
notificando o devedor pelo cartório.
Penhor:
Incide sobre bens móveis.
O devedor entrega a posse do bem ao credor como garantia.
Pode ser formalizado por instrumento público ou particular.
Em caso de inadimplência, o credor pode executar o penhor e vender o bem para
quitar a dívida.
Penhor de objetos de valor:
Tipo de penhor exclusivo da Caixa Econômica Federal no Brasil.
Incide sobre bens móveis de grande valor (joias, obras de arte, etc.).
O credor detém a posse do bem e pode vendê-lo em leilão se a dívida não for paga em
30 dias após o vencimento.
Penhor mercantil:
Incide sobre mercadorias e outros títulos de crédito.
Em alguns casos, o devedor pode manter a posse dos bens empenhados.
Alienação Fiduciária:
Pode incidir sobre bens móveis ou imóveis.
O devedor transfere a propriedade resolúvel do bem ao credor até que a dívida seja
quitada.
O devedor mantém a posse direta do bem, enquanto o credor detém a posse indireta.
Precisa ser registrada no cartório de registro de imóveis (para bens imóveis) ou no
cartório de registro de títulos e documentos (para bens móveis).
Em caso de inadimplência, o credor pode executar a alienação fiduciária
extrajudicialmente.
Diferenças principais:
Hipoteca e Penhor:
Incidem sobre bens diferentes (imóveis e móveis, respectivamente).
Têm regras diferentes quanto à posse e à execução.
Alienação Fiduciária:
Transfere a propriedade do bem ao credor até a quitação da dívida.
Permite a execução extrajudicial.
A escolha da garantia real mais adequada depende da operação de crédito e das
características do bem oferecido como garantia.

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