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Unilateral - negócio jurídico que decorre da declaração de uma só parte, há contrato, ex.
testamento. Onde apenas um dos contratantes tem obrigação a cumprir.
💚 Exemplos:
São unilaterais a doação pura, o comodato (empréstimo de bem infungível para uso), a
fiança, o mútuo (empréstimo de bem fungível para consumo).
São
bilaterais a compra e venda, a locação, a doação gravada, o depósito.
Exemplos - empreiteiro (alguém que faz construções) que está fazendo um trabalho de
construção sem receber dinheiro de seu pai. Além disso, ele está fazendo trabalhos de publicidade
para a empresa de um amigo sem cobrar dinheiro por isso.
Contratos Onerosos - regular execução do contrato implica vantagem econômica para todas as
partes - todas as partes ganham algo de valor quando o contrato é cumprido corretamente.
Alguns contratos SÃO ESSENCIALMENTE ONEROSOS OU GRATUITOS
Será um Contrato bilateral e oneroso, isso significa que ambas as partes têm obrigações uma com
a outra, e ambas ganham algo de valor. Não é apenas uma pessoa dando e a outra recebendo, é
uma troca justa onde ambas ganham algo - Exemplo Compra e Venda.
Contratos Aleatórios - São contratos onde uma das partes não tem certeza do que vai dar ou
fazer, parte não consegue calcular com certeza o que está dando, porque depende de algo incerto.
Dependem de um acontecimento incerto (álea – sorte/êxito) - esses contratos dependem de algo
que ainda não aconteceu e é incerto, como um evento de sorte ou sucesso.
Contrato perfeito desde o começo, mesmo sabendo que pode haver variação na entrega das
partes, e a incerteza está relacionada à extensão das vantagens e desvantagens para cada parte.
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco
de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber
integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou
culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o
risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante
restituirá o preço recebido.
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco,
assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa
já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como
dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do
risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
Obrigação do adquirente pagar o valor pactuado mesmo se a coisa não veio a existir - Só não será
obrigado a pagar o valor pactuado se houver culpa do vendedor.
De Quantidade - O adquirente assume o risco da coisa, independentemente da quantidade. Se vier
a mais do que o planejado, paga somente o pactuado; se vier a menor do que o planejado, paga o
valor pactuado.
Bens Existentes Expostos a Riscos: ao comprar algo que já existe, como de um site chinês, a
pessoa aceita o risco de que os bens possam ser retidos na alfândega e que terá que pagar
tributos para liberá-los. Ela paga o valor acordado mesmo nessas situações.
Contratos Formais ou Solenes - são contratos que precisam ser feitos por escrito, conforme
determinado pela lei. Se não seguirem essa forma, não são válidos e são considerados nulos.
Exemplos de contratos formais, em que a lei exige alguma forma especial: Doação (artigo 541, do
CC), exceto de bens móveis de pequeno valor (§ único); fiança (Artigo 819); transação (Artigo
842, do CC).
Contratos Reais: contratos reais exigem a entrega física de um objeto para que o compromisso
seja estabelecido, e apenas concordar (Consentimento das Partes) ou formalizar o contrato não é o
bastante.
Contrato de Execução Continuada - são contratos que se estendem no tempo, envolvendo uma
sucessão de ações ao longo da sua duração, como no caso de locação (paga o aluguel
mensalmente) e seguro .
Contratos Atípicos - são importantes para permitir liberdade de escolha, sendo permitidos desde
que sigam as regras gerais e respeitem os princípios do direito contratual, observadas as normas
gerais, por ele fixadas
(conforme o artigo 425 do CC).
💚 Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais
fixadas neste Código.
São exemplos: o contrato de seguro em favor de terceiros para veículos automóveis; o contrato
com empresa fornecedora de energia elétrica.
Contrato comercial: É um contrato onde ambas as partes são empresários, ou seja, estão
envolvidas em atividades econômicas organizadas para produção ou circulação de bens ou
serviços.
Contrato civil: É um contrato onde nenhuma das partes é uma pessoa jurídica de direito público,
empresário, empregado ou consumidor. Inclui situações como compra e venda entre não
profissionais, locação residencial, doação, comodato e outros contratos do direito privado.
Um contrato de adesão é um tipo de contrato em que uma das partes, chamada de aderente ou
adotante, tem pouca ou nenhuma capacidade de negociar ou modificar suas cláusulas, pois estas
são disposições de forma unilateral pela outra parte, chamada de estipulante ou predisponente.
A adesão geralmente precisa apenas concordar ou discordar das condições previamente definidas.
Esse tipo de contrato é comum em transações de massa, como contratos de serviços públicos,
contratos bancários, planos de seguro, termos de serviço de aplicativos e contratos de adesão em
geral. O aderente, em muitos casos, não tem poder de barganha para negociar as cláusulas, pois
são termos padronizados que visam facilitar a oferta de um serviço ou produto em grande escala.
Isso significa que o contrato não é negociado bilateralmente. Nem todo contrato de consumo é de
adesão, e nem todo contrato de adesão é de consumo. Um exemplo de contrato de adesão que
não é de consumo é o contrato de franchising.
DIRIGISMO CONTRATUAL - a mudança na percepção da força dos contratos, destacando que
agora não é avaliada apenas pela moralidade de cumprir a palavra, mas pela busca pelo bem
comum. Isso implica em limitar a autonomia da vontade para reduzir possíveis violações
contratuais. Além disso, é mencionada a Lei da Liberdade Econômica (Lei 13.874/2019), que
promove a intervenção mínima nas relações contratuais.