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e venda ocorrer sem o consentimento dos outros herdeiros, o negócio jurídico pode ser
anulável, dentro do prazo de 2 anos.
é quem arca com o registro e transferência da coisa e o vendedor arca com as despesas de
entrega da coisa.
No caso do comércio internacional, existe algo chamado “incoterms“, que significa
international commercial terms. Nesta hipótese as partes podem determinar quem fica
responsável pelo que e onde naquela compra e venda. Há dois formatos mais comuns, o
CIF e o FOB. No CIF o vendedor arca com todas as despesas do contrato, no FOB quem
arca com todas as despesas é o comprador.
Nas compras feitas a crédito, em que o pagamento vai ocorrer posteriormente, a lei
dá uma garantia para o vendedor. Nestes casos, mesmo efetuado o contrato de venda e
compra, se o comprador cair em insolvência, a lei permite que o vendedor exija uma
caução, que assegura o compromisso de pagar, sob pena do vendedor não entregar o bem.
Se a coisa comprada tinha débito anterior, diz o código civil que, no silêncio, quem arca com
todos os débitos é o vendedor, entretanto esta responsabilidade nem sempre é direita. Por
exemplo, no caso da compra de um carro que está com IPVA atrasado, se eu adquirir o
veículo, perante o fisco, eu tenho a responsabilidade de pagar, de forma que, após pagar,
devo cobrar a pessoa que me vendeu, para reaver o valor. Dessa forma, quem paga os
débitos de forma direta ou indireta é quem vende, podendo este valor ser abatido no preço
do pagamento ou em regresso.
Quanto à forma do contrato de compra e venda, não existe uma forma definida, o
que dita a forma é o objeto comprado e vendido. No caso de um imóvel, por exemplo, ele
pode ser vendido de duas maneiras: "ad corpus” e “ad mensuram".
A venda “ad corpus” na ocasião da compra de um terreno, uma casa ou um
apartamento, quando a coisa é certa e determinada, e não há preocupação com a
dimensão exata da área e o preço pago não tem relação com a dimensão da área. Neste
primeiro tipo de venda, não cabe ação se a área for maior ou menor do que a prevista no
contrato, assim o vendedor não pode reclamar se for maior, nem o comprador se for menor
do que o acordado.
A venda “ad mensuram” é aquela em que o preço pago tem relação com a exata
dimensão da área, sendo esta uma preocupação para o comprador e para o vendedor. Isso
é comum quando se fixa no contrato o valor do metro quadrado, como é o caso da compra
de apartamentos na planta. Toda venda de apartamento do código de defesa do consumidor
é “ad mensuram” por definir que é dever do fornecedor informar corretamente a metragem
do apartamento comprado na planta. À
vista disso, na venda “ad mensuram” cabe ação, entretanto devemos saber qual é a ação
cabível em cada situação. Se está faltando área e o vendedor tem área contígua, o
comprador pode exigir a complementação em uma ação “ex empto” mais perdas e danos.
Na hipótese de não haver área contígua, cabe uma das ações “edilícias”, que é uma
ação redibitória, em que se desfaz o contrato e o valor pago é reembolsado ou uma ação
“quanti minoris” em que se pede o abatimento do preço. Dessa forma, na venda “ad
mensuram” se há área contígua a ação cabível é “ex empto” se não houver, cabe ação
redibitória ou “quanti minoris” para abater o preço, podendo acumular perdas e danos.
O código civil traz uma lista de ilegitimidades para compra e venda. o juiz, que não
pode comprar aquilo que ordena a venda, servidor público não pode comprar aquilo que ele
tem a guarda, tutor e curador não pode comprar nada de seu tutelado ou curatelado e o
leiloeiro não pode comprar nada daquilo que está leiloando. Isso se deve pelo conflito de
interesse que existe quando se administra algo e tem o poder de colocar preço na venda.
RESUMO CONTRATO DE COMPRA E VENDA