Compra e Venda
o Encomenda
o Entrega
o Liquidação
o Pagamento
o Qualidade e quantidade
o Entrega
o Preço
o Pagamento/Recebimento
o Cheque
o Letra
o Livrança
o Proposta de Desconto
o Proposta de Cobrança
CONTRATO DE COMPRA E VENDA
O contrato de compra e venda, pode ser celebrado através de qualquer das formas admitidas
por lei para a declaração negocial (art.º 217º a 220º Código Comercial). Como exceção a
esta regra, nalguns casos, foram estabelecidas certas exigências de forma (art.º 875º
Código Comercial), nomeadamente, o contrato de compra e venda de bens imóveis, que
está sujeito a registo, entre outros casos. Nestes casos, a eficácia em relação a terceiros está
dependente da forma, resultando do art.º 875º do Código Comercial que:
Ef e i t o r e a l
A transmissão da propriedade da coisa vendida, tem como causa o próprio contrato, embora
esses efeitos possam ficar dependentes de um facto futuro, como por exemplo na compra
e venda com reserva de propriedade, em que a transmissão se protela para um momento
posterior.
Outro exemplo é o de quem compra uma coisa sujeita ao direito de preferência, que, enquanto
não decorrer o prazo de exercício desse direito, a transmissão fica sob condição resolutiva.
A compra e venda tem sempre carácter real. Um contrato do qual não decorra a transmissão
da titularidade de uma coisa ou direito, nunca poderá qualificar- se como compra e venda,
mesmo quando reunidos os demais requisitos e efeitos deste contrato.
Efeitos obrigacionais
Além do direito real, a compra e venda produz dois outros efeitos essenciais, de carácter
obrigacional:
Preço é por definição a expressão do valor em dinheiro, ou, “a medida de valor expressa,
típica e exclusivamente em dinheiro”. Isto não obriga, obviamente, a que o comprador, com o
acordo do vendedor, pague em bens diferentes de dinheiro.
4. Modalidades
Consiste numa cláusula contratual habitualmente inserida num contrato de compra e venda
ou num contrato de mútuo (empréstimo) que permite ao vendedor ou ao mutuante, conforme
o caso, reservar para si a propriedade do bem vendido, por norma, até ao cumprimento total
da obrigação.
A reserva de propriedade apresenta-se como uma garantia de que o contrato celebrado vai
ser cumprido e é frequentemente utilizada nas vendas a prestações nos casos em que o bem
vendido já foi entregue ao comprador.
O comprador sabe que, perante uma cláusula desta natureza, não irá adquirir a propriedade
do bem até que a totalidade do preço esteja pago.
Em caso de incumprimento do comprador, e existindo uma cláusula de reserva de
propriedade, o vendedor terá que optar entre a resolução do contrato (com o consequente
pedido de entrega da coisa) ou pela exigência do pagamento do preço em divida.
Venda a retro designa o contrato de compra em venda nos termos do qual se reconhece ao
vendedor a possibilidade de, querendo, resolver o contrato (artigos 927.º e ss. do Código Civil).
Através da resolução do contrato os efeitos do mesmo serão destruídos.
No que concerne ao prazo para o exercício do direito de resolução, a lei determina que será,
no máximo, de dois ou cinco anos a contar da venda, consoante se trate de bens móveis ou
imóveis.
Atingidos estes prazos sem que a resolução seja exercida, tal faculdade caduca e os efeitos
do contrato consolidam-se definitivamente.
4.3. Venda a prestações
Como forma de tornar mais ativa a circulação de bens e de permitir o gozo dos benefícios
por eles proporcionados ao maior número possível de pessoas o nosso legislador consagrou
a venda a prestações.
Verifica-se venda a prestações quando as partes estipulam que a obrigação de pagar o preço
da compra e venda será fracionada em duas ou mais prestações.
A venda de bens alheios designa a venda de bem alheio (presente) como bem próprio por
vendedor sem legitimidade para o fazer.
A venda de bens alheios é, nos termos legais, nula. Contudo, o seu regime apresenta diversas
particularidades em relação ao regime geral da nulidade, designadamente, os seguintes.
Com efeito, a nulidade não é oponível pelo vendedor ao comprador de boa-fé, nem o
comprador de má-fé pode opô-la ao vendedor de boa-fé. Já em relação do titular do direito, a
venda é-lhe ineficaz, podendo o mesmo reivindicar o bem.
A venda de bens alheios pode ainda dar origem a uma (outra) obrigação de indemnização,
sempre que um dos contraentes tenha procedido de boa-fé que significa o conhecimento ou
o desconhecimento culposo que o bem vendido ao tempo da celebração do contrato é alheio.
Havendo um negócio jurídico em que apenas um dos bens vendidos é alheio, poderá ocorrer
a redução do negócio, nos termos do artigo 292.º do Código Civil, com a redução proporcional
do preço, aplicando-se o regime da venda de bens alheios apenas à parte nula.
O regime da venda de bens alheios consta dos artigos 892.º e ss do Código Civil.
Por exemplo, A. vende a B. um apartamento que está arrendado a C. Nesta situação, o direito
transmitido (de propriedade) tem um ónus (locação) que excede os limites normais dos direitos
da mesma categoria (propriedade sobre imóveis).
A venda de bens onerados é, nos termos legais, anulável, com fundamento em erro ou dolo,
consoante estejamos perante um caso ou o outro.
Por hipótese, no exemplo anterior, se o inquilino desocupar o locado antes de o mesmo ser
entregue ao comprador.
O regime da venda de bens onerados consta dos artigos 905.º e ss do Código Civil.
Artigo 913.º
1. Se a coisa vendida sofrer de vício que a desvalorize ou impeça a realização do fim a que é
destinada, ou não tiver as qualidades asseguradas pelo vendedor ou necessárias para a
realização daquele fim, observar-se-á, com as devidas adaptações, o prescrito na secção
precedente, em tudo quanto não seja modificado pelas disposições dos artigos seguintes.
2. Quando do contrato não resulte o fim a que a coisa vendida se destina, atender-se-á à
função normal das coisas da mesma categoria.
O comprador tem o direito de exigir do vendedor a reparação da coisa ou, se for necessário e
esta tiver natureza fungível, a substituição dela; mas esta obrigação não existe, se o vendedor
desconhecia sem culpa o vício ou a falta de qualidade de que a coisa padece.
Sim, a venda de produtos com defeito é permitida, mas deve ser anunciada de forma clara por
meio de letreiros ou rótulos.
Os produtos com defeito devem estar expostos em local previsto para o efeito e destacados
da venda dos restantes produtos, e devem ter aposta uma etiqueta que identifique de forma
precisa o respetivo defeito.
Artigo 877.º
1. Os pais e avós não podem vender a filhos ou netos, se os outros filhos ou netos não
consentirem na venda; o consentimento dos descendentes, quando não possa ser prestado
ou seja recusado, é suscetível de suprimento judicial.
2. A venda feita com quebra do que preceitua o número anterior é anulável; a anulação pode
ser pedida pelos filhos ou netos que não deram o seu consentimento, dentro do prazo
de um ano a contar do conhecimento da celebração do contrato, ou do termo da incapacidade,
se forem incapazes.
3. A proibição não abrange a dação em cumprimento feita pelo ascendente.
Na venda de coisas determinadas, com preço fixado à razão de tanto por unidade, é devido o
preço proporcional ao número, peso ou medida real das coisas vendidas, sem embargo de no
contrato se declarar quantidade diferente.
1. Se o preço devido por aplicação do artigo 887.º ou do n.º 2 do artigo 888.º exceder o
proporcional à quantidade declarada em mais de um vigésimo deste, e o vendedor
exigir esse excesso, o comprador tem o direito de resolver o contrato, salvo se houver
procedido com dolo.
2. O direito à resolução caduca no prazo de três meses, a contar da data em que o
vendedor fizer por escrito a exigência do excesso.
Artigo 919.º
Sendo a venda feita sobre amostra, entende-se que o vendedor assegura a existência, na
coisa vendida, de qualidades iguais às da amostra, salvo se da convenção ou dos usos
resultar que esta serve somente para indicar de modo aproximado as qualidades do objeto.
1. A compra e venda feita sob reserva de a coisa agradar ao comprador vale como
proposta de venda.
2. A proposta considera-se aceita se, entregue a coisa ao comprador, este não se
pronunciar dentro do prazo da aceitação, nos termos do n.º 1 do artigo 228.º
3. A coisa deve ser facultada ao comprador para exame.
4.11. Venda sujeita a prova
1. A venda sujeita a prova considera-se feita sob a condição suspensiva de a coisa ser idónea
para o fim a que é destinada e ter as qualidades asseguradas pelo vendedor, exceto se as
partes a subordinarem a condição resolutiva.
2. A prova deve ser feita dentro do prazo e segundo a modalidade estabelecida pelo contrato
ou pelos usos; se tanto o contrato como os usos forem omissos, observar-se-ão o prazo fixado
pelo vendedor e a modalidade escolhida pelo comprador, desde que sejam razoáveis.
3. Não sendo o resultado da prova comunicado ao vendedor antes de expirar o prazo a que
se refere o número antecedente, a condição tem-se por verificada quando suspensiva, e por
não verificada quando resolutiva.
4. A coisa deve ser facultada ao comprador para prova.
ARTIGO 938.º
1. Se o contrato tiver por objeto coisa em viagem e, mencionada esta circunstância, figurar
entre os documentos entregues a apólice de seguro contra os riscos do transporte, observar-
se-ão as regras seguintes, na falta de estipulação em contrário:
a) O preço deve ser pago, ainda que a coisa já não existisse quando o contrato foi celebrado,
por se haver perdido casualmente depois de ter sido entregue ao transportador;
b) O contrato não é anulável com fundamento em defeitos da coisa, produzidos casualmente
após o momento da entrega;
c) O risco fica a cargo do comprador desde a data da compra.
2. As duas primeiras regras do número anterior não têm aplicação se, ao tempo do contrato,
o vendedor já sabia que a coisa estava perdida ou deteriorada e dolosamente o não revelou
ao comprador de boa fé.
3. Quando o seguro apenas cobrir parte dos riscos, o disposto neste Artigo vale
exclusivamente em relação à parte segurada.
OUTROS;
LIQUIDAÇÃO - FACTURA
PAGAMENTO - RECIBO
I - ENCOMENDA
O comprador manifesta vontade de adquirir certo bem e procura o vendedor que aceita
vender. Esta manifestação de vontades pode ser formalizada através dos seguintes
documentos.
Os incoterms.
Têm como objectivo proporcionar um conjunto de regras internacionais de interpretação dos
termos comerciais mais vulgarmente utilizados no comércio externo.
Exige:
III - LIQUIDAÇÃO
Fatura: Nela deve constar a quantidade, a designação e referência, além disso indica ao
comprador o:
- valor do IVA;
IVA das vendas - IVA das compras = IVA a pagar (ou receber) ao Estado.
O IVA incide sobre os preços da venda, depois de deduzidos os descontos
e acrescentadas as despesas.
NOTA DE CRÉDITO
Elementos:
- Nº de ordem
- Nº de fatura respeitante
- Taxa do IVA
- Assinaturas
- Motivo
GUIA DE DEVOLUÇÃO
IV – PAGAMENTO
C H E Q UE
INTERVENIENTES
- Nº da conta;
- Nº do cheque;
- Nome do sacador.
MODALIDADES:
L E T RA
SACADO: É a pessoa que deverá pagar a letra, aquela que recebe a ordem de
pagamento
EM DATA FIXA: Quando se fixa uma data. Deve ser feito no dia do vencimento
ou no dia do vencimento ou nos dois dias úteis seguintes.
AVAL
O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantida por aval.
Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra.
AVAL COMPLETO: O aval exprime-se pela palavra «bom para aval» seguindo-
se pela assinatura do avalista.
AVAL INCOMPLETO: Para ter valor, tem de ser dado na face da letra.
ENDOSSO
DESCONTO
PROTESTO
É o ato pelo qual o portador de uma letra garante os seus direitos através de
uma
- Falta de pagamento;
- Recusa total ou parcial do aceite;
Deve ser feito nos dois dias úteis a seguir ao prazo do vencimento. Quem faz a
1ª notificação é o notário.
REFORMA
LIVRANÇA
3 - A época do pagamento;
V - R E C I BO
É emitido em duplicado.
Elementos:
Timbre do vendedor
Localidade
Data de emissão
Assinatura do vendedor