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ELEMENTOS DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA

A compra e venda encontra-se regulada nos artigos 874º a 939º, pertencentes ao livro I; título II;
capítulo I do Código Civil.
Com efeito, o 874º do CC define a compra e venda como «o contrato pelo qual se transmite a
propriedade de uma coisa, ou de outro direito, mediante um preço».
1. Proposta - COM PREÇO LEGÍVEL/CLARO E VERDADEIRA

PROMOÇÂO
« VENDE-SE »
TABELA de PREÇOS
LOJA ABERTA
SITE DE VENDA
CATÁLOGO
NEGOCIAÇÃO (FACULTATIVO)

2. ACEITAÇÃO DA PROPOSTA
ENTRAR NA LOJA
ENCHER CESTO
ENCOMENDAR
3. ENTREGA DO PRODUTO DENTRO DAS CONDIÇÕES DA PROPOSTA
4. ACEITAÇÃO DO PRODUTO

5. PAGAMENTO
SINAL NÃO É ADIANTAMENTO!
Ex de sinal: A der sinal de 2000€ a B. A desiste, B fica com o sinal. B desiste deve entregar
4000€ a A. O Sinal é equivalente a adiantamento no cumprimento do contrato.
Ex de adiantamento: A paga a B 2000€. Se A desiste pode perder 2000€. Se B desiste deve
devolver 2000€.

Contrato Promessa de Compra e Venda

Apesar de não se tratar de um passo obrigatório no processo de aquisição de um imóvel, a


celebração de um CPCV (Contrato de Promessa Compra e Venda) não tem nenhuma
desvantagem, em vez disso tem inúmeras vantagens, tanto para o comprador como para o
vendedor, tais como:

 Tem o poder vinculativo entre ambas as partes;


 O comprador adquire o direito real de aquisição do imóvel ou do terreno;
 Garante a finalização do negócio no prazo estabelecido ou até que estejam reunidas as
condições para a realização da Escritura;
 É uma segurança jurídica em caso de incumprimento.

A assinatura de um CPCV é particularmente importante, tornando-se aconselhável, nas


seguintes situações:

 Tem o comprador ideal e quer garantir o negócio e afastar outros possíveis compradores;
 O comprador ainda aguarda aprovação do Crédito Habitação;
 O imóvel ainda aguarda a licença de utilização, mas já tem potencial comprador;
 O Imóvel ainda está em obras ou em construção, mas já tem potencial comprador.
O contrato de compra e venda é constituído por três elementos ESSENCIALMENTE: coisa,
preço e consentimento. Concernente à coisa, que deve ser suscetível de apreciação econômica,
cumpre destacar que ela também deve ser determinada ou determinável e de existência atual ou
futura.

RESERVA DE PROPRIEDADE
1. Condição suspensiva
2. Venda futura

Enquanto contrato, a compra e venda apresenta-se como um acordo vinculativo, assente


sobre duas ou mais declarações de vontade.
É consensual, já que basta o acordo entre as partes para que o direito de propriedade ou a
titularidade do direito se transfira.
É também um contrato real quoad effectum , ou seja, por a transferência do direito,
designadamente real, objeto do negócio jurídico, se produzir, por via de regra, por efeito do
contrato.
É um contrato comutativo, uma vez que as atribuições patrimoniais das partes encontram-se
definidas no momento da celebração do contrato, contudo poderá assumir caráter aleatório
traduzido na incerteza de um acontecimento futuro (artigos 880º, nº2 e 881º do CC).
A compra e venda é também de execução instantânea, em regra, devido aos seus efeitos
serem imediatos e esgotarem-se num momento apenas, embora possa ser de execução
continuada.
Por último, trata-se de um contrato bilateral existindo obrigações para ambas as partes e em
que o cumprimento de uma obrigação está dependente do cumprimento da outra.

EFEITOS DO CONTRATO

Os efeitos essenciais produzidos pela compra e venda encontram-se no artigo 879º do CC


podendo ser agrupados em duas categorias:
 a) os efeitos obrigacionais que se prendem com a obrigação de entregar a coisa e com a
obrigação de pagamento do preço.
 b) o efeito real respeitante à transmissão do direito de propriedade ou da titularidade de outro
direito.

O vendedor encontra-se vinculado à obrigação de entregar a coisa ao comprador.


A obrigação de entrega está submetida às regras gerais do cumprimento presentes nos artigos
762º e seguintes do CC.
Em caso de não existir cumprimento, às regras dos artigos 790º e seguintes do CC. 
Uma vez transmitida a propriedade ou a titularidade de um direito e feita a sua entrega, o
vendedor não tem a faculdade de resolver o contrato. O vendedor apenas pode lançar mão de
uma ação de cumprimento nos termos do artigo 817º do CC e exigir os correspondentes juros
moratórios, de acordo com o artigo 806º, nº 1 do CC.
Sinalagma – obrigação de cumprir

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