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AULA DE DIREITO CIVIL

INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO

Referência Legislativa: Código Civil, artigos 138 A 165, 166 a


184, 380, 548, 1.132, 1.134, 1.521, 1.549, 1.609, II, do Código
Civil

Palavras Chaves: Inexistência, Nulidade, Anulabilidade, Efeitos


“ex tunc” e “ex nunc”. Nulidade absoluta. Nulidade relativa.
Ratificação. Conversão do Negócio Jurídico. Restituição.
Simulação.

NEGÓCIO JURÍDICO:

INEXISTENTE (FALTA DE ELEMENTO ESTRUTUAL)


casamento sem celebração, compra e venda sem preço etc.

NULO

1) Ofensa mais grave à ordem


jurídica. Ofende preceitos de ordem pública, de interesse da
sociedade;

2) Hipóteses: Artigo 166 e 167 do


CC;

3) Pode ser declarado de ofício


pelo Juiz (art. 168, parágrafo único, do CC
4) Pronuncia-se
independentemente de ação própria, só exigível quando houver
dúvida quanto à própria existência da causa de nulidade;

5) Não produz, em regra, efeitos,


salvo os casos de putatividade previstos em lei. A declaração de
nulidade tem efeitos “ex tunc” (desde então);

6) Sentença de natureza
declaratória;

7) Não admite convalidadação no


tempo, nem confirmação ou ratificação (art. 169)

ANULÁVEL

1) Ofensa menos grave à ordem jurídica;

2) Pronuncia-se no interesse de particulares;

3) Não pode ser pronunciada de ofício pelo Juiz, reclamando


ação própria;

4) Prescrição ou decadência em prazos curtos;

5) Admite ratificação expressa (art. 173), ou tácita (art. 174);

6) Efeitos da declaração é “ex nunc” (desde agora);

7) Sentença de natureza desconstitutiva


Vide ainda artigo 171 – OUTRAS CAUSAS DE
ANULABILIDADE.

NULIDADE

1) Total (priva todo o ato de


efeitos);
2) Parcial (apenas em parte, não
prejudicando o negócio na
parte válida que for separável
(art. 184 do CC);
3) Textual (cominação explícita de
nulidade. Art. 548 do CC;
4) Virtual (implícita. Expressões
como “não podem” (art. 1.521
do CC); “não se admite” (art.
380) etc.

DISPOSIÇÕES ESPECIAIS.
1) Invalidade do instrumento
não induz a do negócio
jurídico se se puder provar
(e for admitido) por outro
modo (artigo 183);
2) Invalidade parcial do
negócio não o prejudicará
na parte válida, se for
separável e respeitada a
intenção das partes (art. 184
e 1.609, II);
3) Invalidade da obrigação
principal implica a das
acessórias, mas a destas não
induz a da obrigação
principal;
4) Anulado o negócio as partes
voltam ao estado anterior e
se não for possível serão
indenizadas pelo
equivalente (art. 182);
5) No caso de incapazes é
preciso demonstrar o
proveito (art. 181.

CONVERSÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO – ARTS. 169 E 170.

1. Novidade do Código de
2.002;
2. Dois requisitos: o objetivo
(os mesmos suportes do
negócio nulo, no negócio
válido convertido); o
subjetivo (intenção das
partes de obter o efeito
prático resultante do
negócio em que se converte
o inválido.

SIMULAÇÃO:

DECLARAÇÃO FALSA, ENGANOSA, VISANDO


APARENTAR NEGÓCIO DIVERSO DO EFETIVAMENTE
REALIZADO.

SIMULAR CORRESPONDE A FINGIR,ENGANAR.


VICIO SOCIAL

O objetivo – ora visa burlar a lei, ora fraudar o Fisco, ora


prejudicar credores, ora até a guardar em reserva determinado
negócio. É causa de invalidade (nulidade e não mais de
anulação).

HIPÓTESES: ARTIGO 167, § 1°, do Código Civil: a) por


interposição de pessoa; b) por ocultação da verdade; c) por
falsidade de data.
Admite-se a prova por indícios e presunções.

TIPOS: SIMULAÇÃO INOCENTE


SIMULAÇÃO MALICIOSA OU DOLOSA –
Distinção no CC de 1916. Agora ambas levam à nulidade.

SIMULAÇÃO ABSOLUTA: Não há intenção


negocial.
SIMULAÇÃO RELATIVA: Há um negócio
simulado, aparente e um negócio real, oculto. Se este for válido
prevalece, declarada a nulidade do ostensivo (art. 167 do CC de
2.002).

Pode ser invocada a simulação entre simuladores em demanda


de um contra o outro. O Código anterior não admitia. O novo,
ressalvando os direitos do terceiro de boa-fé (Art. 167, § 2°)
admite.

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