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INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DE ADMINISTRAÇÃO E HUMANAS

AULA SAPIENCIAL

“CONTRACTUS ” 
 
By
KALUMBONDJA-MBONDJA YA NDEMUFAYO, rechercheur
 

Luanda, Março de 2015


• PACTUM EST DUORUM CONSENSUS ATQUE CONVENIO

-O PACTO E O CONSENSO OU A CONVENÇÃO DE DOIS.


CAP. I
ORIGEM E DESENVOLVIMENTO
DA FIGURA DO CONTRACTO

1. Etimologia e noção do termo:


• Vem do latim: “contractus, us”, da 4ª declinação, com o
sentido de contrato; passando pelo verbo “contrahere”,
contrair.
• Conceito: é o acordo de manifestações de vontade de
conteúdo diferentes, mas convergentes, que visam a produção
de efeitos jurídicos.
• Vide: artigo 405º CC
2. EVOLUÇÃO HISTORICA

• Ao longo da historia não teve os mesmos atributos;

• Entre os romanos não existe opinião unanime sobre o


significado do termo “contractus”;

• Com o vocábulo “contrahere” designa-se o estabelecimento de


relação duradoura: contrair casamento, contrair relações de
amizade, contrair doença, uma obrigação, hábitos, etc;

• A vontade poderia não funcionar;

• Na era clássica, os jurisconsultos romanos, restringiram o


substantivo contractus a teoria das obrigações;
Cont.

• PEROZZI é de opinião q o contrato significa, genericamente, um


affare, ainda que na sua base não estivesse um acordo de vontades;

• Observa ele q a jurisprudência romana uniformemente, reconduzia


as duas únicas fontes: o contrato e o delito;

• Notaram os romanos q o particular pode obrigar-se para com outro


realizando affare de paz ou de guerra;

• Mais tarde a significação de contrato modificou-se, cingindo-se


nos acordos plurilaterais geradores de obrigações e relevando-se a
manifestação da vontade.
Cont.

• Segundo as Institutas Justinianeias, é contrato a convenção


q cria um vinculo e não a q dissolve; assim estavam de
fora os dtos reais, as relações de família e o modo de
transmissão das coisas como a cessão e a traditio.
• COELHO ROCHA, definiu o contrato como ”o acto
jurídico, pelo qual duas ou mais pessoas se obrigam por
consentimento reciproco a dar, fazer ou não fazer alguma
coisa”.
3. DIFERENTES ESPECIES DE CONTRACTO

1. Obrigacionais a mais importante e relevante de todas;

2. Reais requer-se como meio de celebração a traditio;


3. Sucessórios tem aplicação imediata no dto sucessório;
4. Não patrimoniais somente o consentimento é suficiente...
5. Familiares
..//.. 6. Direito Publico acordos plurilaterais ou colectivos;
7. Processuais transação judicial q se define como o contrato...
8. Administrativos
9. Colectivos
10. Direito Internacional Privado
4. PRINCIPIO ABSOLUTO
DA TIPICIDADE E SUA ABOLIÇÃO

• O DR clássico não consagrava amplamente a autonomia da vontade como no


Dto moderno.
• O contrato não existia como figura geral, de ilimitada extensão.

• Só eram actos jurídicos os actos q revestissem o formalismo dos negócios


abstractos e alguns tipos de negócios causais taxativamente fixados.
• Existiam 4 classes de contratos: os verbais, os literais, os reais e os
consensuais .
• Sua abolição: com o Dto natural – deu-se um passo em frente: respeito pela
vontade humana, geradora de efeitos jurídicos (4O5º)

5. NOVAS CATEGORIAS DE CONTRACTO

1. Adesão
Na Doutrina Tradicional
2. Contratos-tipo presumia:
1. Resultado de livre discussão
Contratos entre as partes;
3. C. Colectivos 2. Equilíbrio econômico e social
dos contratantes.
4. C. a favor de terceiro

Mas, na soc. moderna: adesão ou não


TIPOS E FORMAS DE CONTRATO

1. Típicos e nominados

TIPOS 2. Atípicos e inominados

3. Mistos

1. Verbais – regra geral; porem, aconselha-se o escrito: 371º-372º CC


• Por instrumento Particular 363/1
FORMAS
2. Escritos
• Por instrumento Publico – notário (363º/2 e 369º CC)
ASPECTOS A CONSIDERAR QUANDO SE PRETENDE CELEBRAR UM
CONTRATO

• Requisitos formais do contrato


• Forma manifesta do contrato

1. Requisitos de validade do contrato • Forma externa do contrato

• Requisitos subjectivos do contrato


2. Objecto do contrato (280º)

3. Capacidade e,

4. legitimidade
ELEMENTOS TIPICOS DE UM CONTRATO

1. Denominação
2. Nome e identificação das partes
3. Clausulas descritivas do negocio

4. Local e data
5. Assinaturas
6. Numero de copias
PRINCIPIOS INFORMADORES DO CONTRATO

1. Da Liberdade de forma - 219º

2. Da Liberdade contratual - 405º

3. Da autonomia privada ou consensualidade - 408º

4. Da boa-fé - 227º e 762º/2


..Princ.I.C.
5. Da relatividade subjectiva dos efeitos do contrato - 406º/2

6. Pacta sunt servanda ou da força obrigatória- 406º


7. Da função social do contrato

8. Da equivalência material
OBSERVAÇÕES ACERCA DO PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO

•A função social do contrato traduz conceito sobremaneira aberto e

indeterminado, impossível de se delimitar aprioristicamente.

•A função social manifestar-se-ia em dois níveis:

•a) intrínseco – o contrato visto como relação jurídica entre as partes

negociais, impondo-se o respeito à lealdade negocial e à boa fé

objectiva, buscando-se uma equivalência material entre os contratantes;

•b) extrínseco – o contrato em face da coletividade, ou seja, visto sob o

aspecto de seu impacto eficacial na sociedade em que fora celebrado.


CONTRATO VÁLIDO RELAÇÃO OBRIGACIONAL
FONTE PRIMORDIAL
DE OBRIGAÇÕES

a) dever jurídico principal:


prestação de DAR, FAZER ou
NÃO FAZER;
b) deveres jurídicos anexos ou
colaterais (decorrentes da
BOA-FÉ OBJECTIVA): lealdade
e confiança, assistência,
informação, confidencialidade
ou sigilo etc.
A BOA FE OBJECTIVA

• A boa fé objectiva é o principio ou norma


reguladora desses deveres, cuja enumeração
não pode ser considerada taxativa
Formação dos Contratos

O contrato forma-se quando as manifestações de vontade, em


geral contrapostas, contemporizam-se, conciliando os interesses
divergentes, e formando o denominado consentimento.
O CONSENTIMENTO DAS PARTES É A
PEDRA DE TOQUE DE TODO CONTRATO:

PARTE 1 -------------CONSENTIMENTO -----------PARTE 2


1. ponderam, reflectem,

2. fazem cálculos, estudos

NO CONTRATO,
as partes,
3. redigem a minuta do contrato,

4. contemporizam interesses antagônicos,


para que possam chegar a uma proposta
final e definitiva. ,
CARACTERÍSTICA BÁSICA DESTA FASE

• A não vinculação (formal) das partes a uma relação jurídica


obrigacional;
• Muito embora possa, em tese, haver responsabilidade civil pré-
contratual por quebra de boa-fé objectiva, caso haja lesão à
legítima e firme expectativa de contratar alimentada por uma
das partes, à luz do princípio da confiança.
• Dependerá da análise do caso concreto à luz da principiologia
constitucional aplicada às relações de dto privado
CONT.
• Esses actos preparatórios, característicos da fase de puntuação, não se

identificam com o denominado contrato preliminar, figura jurídica que é

especialmente – posto não apenas - estudada no âmbito da “promessa de

compra e venda”.

• A proposta de contratar, também denominada de policitação, consiste na

oferta de contratar que uma parte faz à outra, com vistas à celebração de

determinado negócio (aquele que apresenta a oferta é chamado de

proponente, ofertante ou policitante).

• Trata-se de uma declaração receptícia de vontade.


OBRIGATORIEDADE DA PROPOSTA DE CONTRATAR

• A proposta de contratar obriga o proponente ou policitante, que

não poderá voltar atrás, ressalvadas apenas as exceções

capituladas na própria lei (artºs. 427 e 428).

• Cuida-se, no caso, do denominado princípio da vinculação ou da

Obrigatoriedade da proposta, diretriz normativa umbilicalmente

ligada ao dogma da segurança jurídica. Da análise desse

dispositivo, concluímos que o legislador reconhece a perda da

eficácia cogente da oferta, nas seguintes situações especiais:


PERDA DA EFICÁCIA COGENTE DA OFERTA
(Excepções capituladas na própria lei – artºs. 427º e 428º).

• Se o contrário (a não-obrigatoriedade) resultar dos


termos dela mesma;
• Se o contrário (a não-obrigatoriedade) resultar da
natureza do negócio;
• Se o contrário (a não-obrigatoriedade) resultar das
circunstâncias do caso.
SE O CONTRÁRIO (a não-obrigatoriedade) RESULTAR DAS
CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO

• Art. 428º: deixa de ser obrigatória a proposta:

1. Se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita.

2. Se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo

suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;

3. Se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro

do prazo dado;

4. Se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da

outra parte a retratação do proponente.


CONCEITO DE PESSOA PRESENTE

•Presentes

• são as pessoas que mantêm contacto directo e simultâneo uma com a

outra, a exemplo daquelas que tratam do negócio pessoalmente, ou

que utilizam meio de transmissão imediata da vontade.

•V.G.: o telefone, contrato celebrado eletronicamente em um chat (salas


virtuais de comunicação).
• Observe-se que, em tais casos, o aceitante toma consciência da oferta quase no mesmo instante em que a

mesma é emitida.
CONCEITO DE PESSOA PRESENTE E AUSENTE

• Ausentes,

• são aquelas pessoas que não mantém contacto directo e

imediato entre si.

• V.g: pessoas q contratam por meio de carta ou

telegrama (correspondência epistolar), envio de

mensagem eletrônica (e-mail).


CONCEITO DE ACEITAÇÃO

•Manifestação de vontade concordante do aceitante ou oblato que

adere à proposta que lhe fora apresentada.

•Cumpre-nos observar que se a aceitação for feita fora do prazo, com

adições, restrições, ou modificações, importará em nova proposta.

•Ou seja, caso a aquiescência não seja integral, mas feita

intempestivamente ou com alterações (restritivas ou ampliativas),

converter-se-á em contraproposta
• 8
Cont
• Nessa mesma linha, se a aceitação, por circunstância
imprevista, chegar tarde ao conhecimento do
proponente, este deverá comunicar o facto
imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por
perdas e danos (art. 430).
• Aqui está mais uma aplicação do “dever de informar”
decorrente da boa fé objectiva!...
Cont.

1. Expressa

432º C C

2. Tácita
Aceitação
• Negocio s/costume ou aceitação
ou o Proponente a tiver dispensado

Reputar-se-a concluido:
não chegando a tempo a recusa
FORMAÇÃO DO CONTRATO ENTRE AUSENTES
(correspondência epistolar)

• Como carecemos de uma disciplina específica dos


contratos eletrônicos, consoante já dissemos, a
matéria aqui exposta poderá, mutatis mutandis, ser
adaptada àqueles negócios pactuados via e-mail.

• A formação dos contratos realizados entre pessoas


ausentes, por meio eletrônico, completa-se com a
recepção da aceitação pelo proponente.
RECEPÇÃO

• RECEPÇÃO, o contrato não se reputará


perfeito, pois, antes do recebimento da
resposta ou simultaneamente a esta, poderá
vir o arrependimento do aceitante.
Classificação dos Contratos

A) - Quanto à Natureza da Obrigação:

1. Contratos Unilaterais, (ex.: depósito – 1185º);

2. Bilaterais (ex.: compra e venda)

3. Plurilaterais (contrato de constituição de uma sociedade ou de um condomínio);

4. Contratos Onerosos - quando a um benefício recebido corresponder um sacrifício

patrimonial; ou beneficium acceptare libertatem vendere (ex: compra e venda),

5. Gratuitos - quando fica estabelecido que somente uma das partes auferirá

benefício, enquanto a outra arcará com toda obrigação, (ex: doação pura (sem

encargo) e comodato).
6. Contratos Comutativos:

- quando as obrigações se equivalem, conhecendo os contratantes,


ab initio, as suas respectivas prestações, como, v.g., na compra e
venda ou no contrato individual de emprego:

7. Contrato aleatório:

- quando a obrigação de uma das partes somente poder ser exigida


em função de coisas ou factos futuros, cujo risco da não ocorrência for
assumido pelo outro contratante, como é o caso, v.g., do contratos de
seguro, jogo e aposta, bem como como o contrato de constituição de
renda.
Sub-divisão dos Contratos Aleatórios

a) - Contrato de Compra de Coisa Futura, com Assunção de Risco pela

Existência (emptio spei): aqui o contratante assume o risco de não vir a

ganhar coisa alguma, deixando a sorte propriamente dita o resultado da

sua contratação.

b) - Contrato de Compra de Coisa Futura, sem Assunção de Risco pela

Existência (emptio rei speratae): não há assunção total de risco pelo

contratante , tendo em vista que o contratante se comprometeu a que

alguma coisa fosse entregue;


C) - Contrato de Compra de Coisa Presente, mas Exposta a Risco

assumido pelo Contratante;

8. Contratos Paritários: na hipótese das partes estarem em iguais

condições de negociação;

9. Adesão - pode ser conceituado simplesmente como o contrato onde um

dos pactuantes pré-determina (ou seja, impõe) as cláusulas do negócio

jurídico

10. Contratos Evolutivos : e estabelecida a equação financeira do

contrato, pelo q o mesmo viria com clausulas estáticas, propriamente

contratuais, e outras dinâmicas, impostas por lei.


Classificação dos Contratos quanto à Disciplina Jurídica

• Civis,
• Comerciais,
• Trabalhistas,

• Consumeristas e
• Administrativos).
Classificação dos Contratos quanto à Forma

1. Solenes ou Não-Solenes:

• Quanto à imprescindibilidade de uma forma específica para a

validade da estipulação contratual:

2. Consensuais ou Reais

• Em relação à maneira (forma) pela qual o negócio jurídico é

considerado ultimado ainda nesta classificação quanto à forma, os

contratos podem ser consensuais, se concretizados com a simples

declaração de vontade, ou reais, na medida que exijam a entrega

da coisa, para que se reputem existentes.


Classificação dos Contratos quanto à Designação

1. Nominados: na medida em que tenham


terminologia ou nomenclatura prevista em lei;

2. Inominados: sejam apenas fruto da


criatividade humana;
Classificação dos Contratos quanto à Pessoa do Contratante.

1. Pessoais – (personalíssimos), são os realizados intuitu personae, ou seja,

celebrados em função da pessoa do contratante, que tem influência decisiva para o

consentimento do outro, para quem interessa que a prestação seja cumprida por ele

próprio, pelas suas características particulares (habilidade, experiência, técnica,

idoneidade etc). Nessas circunstâncias, é razoável se afirmar, que a pessoa do

contratante torna-se um elemento causal do contrato (ex: contrato de emprego).

2. Impessoais - os contratos impessoais são aqueles em que somente interessa o

resultado da actividade contratada, independentemente de quem seja a pessoa que irá

realizá-la.
3. Individuais,

Sua concepção tradicional se refere a uma

estipulação entre pessoas determinadas ainda que

em numero elevado, mas consideradas individuais;

4. Coletivos - tem-se como parâmetro também o

número de sujeitos envolvidos/atingidos.


Classificação dos Contratos quanto ao Tempo.

1. Instantâneos (execução imediata ou execução diferida) - compreendam-se as

relações jurídicas contratuais cujos efeitos são produzidos de uma só vez (ex:

compra e venda a vista de bens móveis, em que o contrato se consuma com a

tradição da coisa).

2. Os contratos de duração, também chamados de contratos de trato sucessivo,

execução continuada ou débito permanente, são aqueles que se cumprem por

meio de atos reiterados, como, por exemplo, o contrato de prestação de serviços,

compra e venda a prazo e o contrato de emprego. Tal duração pode ser

determinada ou indeterminada, na medida em que haja ou não previsão expressa

de termo final ou condição resolutiva a limitar a eficácia do contrato.


Classificação dos Contratos quanto à Disciplina Legal Específica

1. Típicos : quando há uma previsão legal da


disciplina de determinada figura contratual;

2. Atípicos - em que o contrato não esteja


disciplinado/regulado pelo Direito Positivo,
vislumbraremos um contrato atípico
Classificação pelo Motivo Determinante do Negócio

1. Causais - estão vinculados à causa que os determinou,


podendo ser declarados inválidos, se a mesma for
considerada

2. Abstractos – seriam aqueles cuja força, decorre da


sua forma, independemente da causa q o estipulou :
titulos de credito em geral, como um cheque.
Classificação quanto à Relação de Dependência
e Definitividade

1.Principais são os que têm existência autônoma, independentemente de outro.

2.Acessórios por excepção, existem determinadas relações contratuais cuja

existência jurídica pressupõe a de outros contratos, a qual servem. É o caso típico da

fiança, caução, penhor, hipoteca e anticrese.

• Classificação quanto à Definitividade (preliminares e definitivos)

• -Por fim, quanto à definitivamente, podem ser os contratos classificados e

preliminares e definitivos. Os contratos preliminares (ou pactum de contrahendo),

exceção no nosso ordenamento jurídico, nada mais são do que negócios jurídicos

que têm por finalidade justamente a celebração de um contrato definitivo.


O CONTRATO DE DOAÇÃO
1. Conceito, artº 94º CC;
2. Quanto a sua regulamentação: contrato típico;
3. Quanto ao modo de formação: contrato formal;
4. Capacidade das partes: activa- artº 948º/1;
5. Não podem doar: 122º, 123º, 138º e 152º ss;
6. Doação dos nascituros – artº 952º/2
7. Ilegitimidades Contratuais – 956º;
8. Doação de bens alheios – artº 956/1 940º;
9. Posição do sujeito relativa/ a outros sujeitos – 953º/2192º/1
e 2;2194º; 2196º; 2197º e 2198º.
INVALIDADE DAS DOAÇÕES
RESUMO
• Uma corrente que alcançou uma certa audiência configura o cumprimento
(pagamento) como um contrato entre o “solvens” e o “accipiens”.
• É que, por vezes, os autores e a lei empregam também a palavra
pagamento para designar o cumprimento voluntário de toda e qualquer
obrigação, mesmo de prestação de facto. Este sentido técnico-jurídico de
pagamento não coincide com o seu significado na linguagem vulgar, em
que se circunscreve ao pagamento da obrigações pecuniárias.
• Alguns dizem que o cumprimento só em determinados casos constitui um
contrato…
• Actividade solutória do devedor nas obrigações pecuniárias (artºs 550º a
558º CC)
Continuação

• Impossibilidade do cumprimento = impossibilidade superveniente –


figura diversa da impossibilidade originária (artºs 280º/1, e 401º CC), que
torna o negócio nulo. Do que se trata aqui é de uma obrigação constituída
validamente, cuja prestação se impossibilitou em momento posterior.
• No cumprimento defeituoso, a execução defeituosa produz tão-só os
danos resultantes da falta de cumprimento perfeito, ou, podendo ainda
remover-se a imperfeição, à mora parcial do devedor.
• Se o credor recusa a prestação defeituosa, passa-se também a um
problema de incumprimento definitivo ou de mora ( artºs 918 e 1032º
CC)
AGRADECIMENTOS

GRATIAS PARIPTER OMNES


MERCI BEAUCOUP
THANKS FOREVER
A VOSSA PRESENÇA É O NOSSO CONSOLO

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