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INTRODUÇÃO
Atualmente, os diplomatas portugueses já não são recrutados entre
os filhos de boas famílias, não têm como principais qualidades ser
bem educados e falar línguas, nem como principais ocupações
receber pessoas em casa e assistir a festas. A atividade diplomática
tornou-se bastante mais visível, com um conteúdo útil aos olhos da
opinião pública e suscetível de motivar os jovens.
Os concursos para a carreira diplomática "têm vocação anual" e
neles podem participar quaisquer licenciados, sem limite de idade.
Todos os concorrentes precisam de dominar pelo menos duas
línguas, o francês e o inglês. Quem for selecionado terá de passar
obrigatoriamente dois anos no MNE como adido (categoria). Mas só
ao fim de um ano é confirmado na carreira, ascendendo à categoria
seguinte, de secretário de embaixada. A partir daqui, há que ir
subindo os sucessivos patamares até chegar finalmente a
embaixador. É uma longa carreira, que demora entre 25 e 30 anos
a percorrer, da base ao topo. Há embaixadores portugueses que
não são diplomatas de carreira, são os chamados "embaixadores
políticos", instituição muito antiga em Portugal, uma vez que a
profissionalização da diplomacia só ocorreu no liberalismo. Mesmo
assim, os sucessivos governos, monárquicos e republicanos, antes
e depois do 25 de Abril, recorreram sempre a "embaixadores
políticos": no regime salazarista. A principal missão da diplomacia
portuguesa, antes do 25 de Abril, era a defesa das colónias. Os
diplomatas estavam muito isolados, muito fechados sobre si
próprios, não estavam habituados a uma participação ativa. Agora
mudou tudo e, sendo um país médio, temos interesses muito
alargados, somos chamados para os assuntos mais diversos. A
adesão de Portugal à União Europeia foi uma espécie de vendaval,
exigindo aos diplomatas portugueses um protagonismo político e
um dinamismo de atuação até então inéditos.
Hoje, o corpo diplomático já não é um corpo profissional fechado,
nem pela base de recrutamento nem pela natureza da profissão,
que implica uma multiplicidade de contactos internacionais e uma
grande variedade de 'dossiers'. Um diplomata tem de resolver
problemas de repatriamento e de organizar operações de auxílio a
refugiados e o seu trabalho quase se confunde com o de um
funcionário de uma organização não governamental. A profissão de
diplomata é de certa forma uma profissão generalista, mas com a
complexidade que a negociação moderna exige. Os nossos
interesses variam consoante os postos e se, em certas cidades de
África, se exige alguém decidido, afoito, enérgico, há outros em que
é preciso outro tipo de pessoa, mais cerebral ou mais política.
Sejam quais forem as tarefas a desempenhar, a principal missão
dos diplomatas é dar informações ao Governo, muitas vezes
secretas.
A diplomacia só se abriu às mulheres a seguir ao 25 de Abril e,
desde então, a presença feminina afirmou-se rapidamente.
Atualmente temos cerca de 13 mulheres embaixadoras a
representar Portugal no estrangeiro.
CONCLUSÃO:
Conclui-se, pois que uma sociedade mais justa não se alcança
apenas com base no principio da distribuição de recursos
produtivos e de renda. A justiça social já não se cinge só a questões
de distribuição, abrange também questões de representação,
identidade e diferença, isto é, torna-se necessário incluir
indicadores e processos de reconhecimento das diferenças culturais
e o respeito por elas.
Viver numa sociedade mais justa, é viver numa sociedade que, por
querer efetivamente sê-lo, garante a cada um o que lhe é devido,
enquanto pessoa entre pessoas. A responsabilidade pela criação
de uma sociedade mais justa, está do lado dos poderes públicos.
O trabalho que um diplomata de carreira pode assumir não tem só a
ver com reuniões formais em organizações como as Nações
Unidas, ou tratar do comércio e parcerias entre um país e outro. A
primeira linha de ação de um diplomata foca-se nos cidadãos, e a
segunda, nos interesses nacionais.
Para além de grandes missões e grandes decisões ao representar o
país, o diplomata tem de cuidar de muita papelada e comandar
setores específicos na embaixada, de modo a promover para todos
os cidadãos igual acesso a uma sociedade mais justa para todos.