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Terapia centrada no cliente:

Rogers criou a técnica terapêutica guiado pelo que funcionava. (anos de situação prática e
não qualquer consideração teórica).

Rogers recomendava que os terapeutas reconhecessem sua raiva ou desprezo pelo cliente
em vez de fingir aceita-lo. Esse tipo de desonestidade faria com que o terapeuta não se
comportasse com congruência.

Envolve frequentemente a reformulação da fala do cliente de uma maneira que chegou a ser
criticada como mero “papaguear”, critica essa precipitada.

Cliente: Eu sou uma pessoa triste.

Terapeuta: Você se sente triste.

Havendo empatia o terapeuta é capaz de compreender a situação do cliente de forma tão


completa que ele mesmo pode ser capaz de verbalizar sentimentos que o cliente não foi capaz
de expressar ou até mesmo vivenciar; assim sentimentos não-reconhecidos ou ocultos
poderiam ser nomeados ou como diz rogers simbolizados.

Para Kohut e freud a empatia é fria e impessoal, uma ferramenta destinada a identificar
aspectos da patologia. Para rogers porém a empatia ocorre no contexto da consideração
positiva incondicional. (embora não concorde necessariamente com a experiencia do cliente,
o terapeuta não pronuncia nenhum julgamento e o cliente é valorizado)

Enquanto técnica de aconselhamento, a empatia deve ser ainda maior quando conselheiro e
clientes provêm de culturas diferentes (Os conselheiros brancos costumam ser
desinformados ou mal informados sobre o contexto cultural em que vivem seus clientes
pertencentes a minorias).

A empatia emocional precisa então ser suplementada por técnicas de empatia cognitiva, como
perguntas explicitas ao cliente sobre sua cultura, para que o conselheiro possa compreender
adequadamente a experiencia do cliente.

Resultado da terapia:

Segundo rogers quando se cria um clima terapêutico com as três características acima
descritas (consideração positiva incondicional, congruência e compreensão empática), haverá
um resultado terapêutico positivo. Nesse caso, o cliente desenvolverá uma quantidade maior
das características saudáveis das pessoas auto-realizadas, incluindo abertura para experiencia,
auto-aceitação e confiança na experiência organismica.

Estágios do processo:

As mudanças de personalidade numa psicoterapia ocorrem gradualmente, rogers criou uma


forma de medir os tipos de mudanças que ocorrem numa psicoterapia.

A escala do processo constitui uma descrição em sete estágios do processo de mudança,


rogers dizia que a terapia geralmente participa dos estágios 3 a 6 desse continuo. Antes do
estagio 3 as pessoas não costumavam ter vontade de participar de uma terapia, por não
perceberem que tem problemas, a transição do estagio 6 ao 7 (quando ocorre) envolve a
continuidade do crescimento, muitas vezes após o termino de uma terapia bem-sucedida.
No começo da terapia o cliente geralmente acha que os problemas estão no passado e que são
externos ao eu. Com o progresso da terapia, o cliente vivencia uma imediatez maior da
experiencia e se apropria dela. Essas mudanças são transladais para a vida fora do consultório,
o cliente vive cada vez mais de acordo com o processo organismico de valoração e não de
acordo com ideias rígidas que não correspondem adequadamente á experiencia subjetiva.

Grupos de encontro:

As mudanças terapêuticas podem ser dar tanto em psicoterapias de grupo como em


psicoterapias individuais. Segundo Rogers, os primeiros grupos desse tipo foram desenvolvidos
por kurt lewin nos anos 40. O movimento grupalista veio se desenvolvendo. Muitas vezes os
grupos servem para proporcionar experiencias que estimulam o crescimento de pessoas
saudáveis e não como forma de tratamento de pessoas com problemas emocionais.

Rogers chamou esses grupos de “grupos de encontro” eles proporcionam experiencias


destinadas a produzir o crescimento pessoal e melhorar o funcionamento interpessoal, os
grupos tem um facilitador, que dirige os participantes. Rogers achava que um formato
relativamente pouco estruturado era o mais propicio.

“aqui estamos, podemos fazer dessa experiencia grupal o que quisermos”

O excesso de estruturas, mediante exercícios grupais fortemente programados, de acordo com


rogers, é apenas uso de poder por parte do líder do grupo.

O centro da responsabilidade do grupo fica com o líder, em vez de ser partilhado com o grupo.
Os grupos deveriam ser estar centrados nos membros, assim como a terapia está centrada no
cliente.

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