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• Não deve significar que se refira, sempre, a uma única entrevista prévia à efetivação do contrato analítico
• A necessária avaliação pode demandar um período algo mais longo com um número bem maior de contatos
preliminares
• Qualidade da motivação do paciente, tanto aquela que ele externaliza conscientemente quanto a que está
oculta nas dobras do seu inconsciente
• Analisabilidade
ENTREVISTA INICIAL
tipo de
aparência exterior realidade exterior histórico familiar
encaminhamento
FREQUÊNCIA
• Por vezes, o paciente tem a fantasia de que o tempo de duração da psicoterapia está diretamente relacionado à
frequência das sessões
• A frequência de duas sessões semanais é o veículo adequado para que a psicoterapia de orientação analítica
dirigida ao insight possa promover mudanças psíquicas significativas
HONORÁRIOS
• São a única parte da terapia que legitimamente se destina ao terapeuta, podendo, então, ser uma via direta de
expressão de seus conflitos
• É recomendável que o terapeuta estabeleça o valor com o qual se sente adequadamente remunerado, assim
como o valor mínimo com o qual se sente confortável em trabalhar
FALTAS
• As situações precisam ser tratadas com a particularidade de cada caso, sendo sua compreensão essencial à
psicoterapia
• Há sempre um ponto de toda relação humana em que é necessário saber escutar o outro e saber o que é que
deseja e espera de nós, sem que isto nos obrigue a satisfazê-lo
• Aceitar a opinião do paciente nem sempre significa gratificá-lo, do mesmo modo que não aceitá-la não tem
por que ser sempre um menosprezo ou uma frustração
ELEMENTOS CONSTITUINTES DO CONTRATO
REAJUSTE
• Há pacientes que reagem ao aumento dos honorários, não importando sua justificativa realista
• Não reajustar o valor quando há aumento do custo de vida é negar a realidade externa e atacar a percepção do
paciente
• A proposta de reajuste deve ser feita com tempo suficiente para permitir ao paciente uma ampla discussão de seus
sentimentos antes do dia do pagamento
Por um lado, um paciente com suas partes psicóticas, perversas, destrutivas da personalidade, que, de modo
inconsciente, tenta subverter o contrato, provocando, desafiando, testando o terapeuta; ao mesmo tempo, a
parte mais adulta e madura de sua personalidade espera e deseja que o terapeuta não se submeta, não se deixe
envolver em um conluio com seus aspectos menos integrados
De outra parte, há um terapeuta que, como objeto transferencial, precisa ser suficientemente capaz de não
permitir que seus próprios conflitos sejam atuados, destruindo sua função psicoterápica
É a atitude mental do terapeuta que constitui a garantia da manutenção do contrato, permitindo a preservação
da integridade do setting, e, assim, a ocorrência do processo psicoterápico.
SETTING
Inicialmente, é preciso entender a importância do setting
terapêutico, na medida em que é considerado um espaço dinâmico
a serviço do bom andamento de toda terapia, na qual se envolvem
paciente e terapeuta.
Boa parte dessas manifestações provém de fontes inconscientes e, por isso, nem
sempre fáceis de perceber
• Neutralidade, que vem de raiz latina, significando “nem um, nem outro”, não implica, necessariamente, conduta
indiferente, de frieza ou de ausência de sentimentos por parte do terapeuta
• Manifestações espontâneas
• Neutralidade não significa que o analista seja um pedaço de madeira sem espontaneidade
• Entretanto, o cuidado excessivo em evitar essas formas espontâneas e reveladoras dos sentimentos do terapeuta
pode levá-lo a tomar uma atitude defensiva
NEUTRALIDADE
Laplanche e Pontalis buscaram uma definição que pretende ser abrangente no sentido de uma recomendação
técnica, como uma função do analista
Uma das qualidades que definem a atitude do analista no tratamento. O analista deve ser neutro
quanto aos valores religiosos, morais e sociais, isto é, não dirigir o tratamento em função de um
ideal qualquer e abster-se de qualquer conselho; neutro quanto às manifestações transferenciais,
o que se exprime habitualmente pela fórmula “não entrar no jogo do paciente”; por fim, neutro
quanto ao discurso do analisando, isto é, não privilegiar a priori, em função de preconceitos
teóricos, um determinado fragmento ou um determinado tipo de significações. Acrescentam
eles, mais adiante, que [...] a exigência de neutralidade é estritamente relativa ao tratamento:
constitui uma recomendação técnica [...], a neutralidade não qualifica a pessoa real do analista,
mas a sua função
NEUTRALIDADE
• A neutralidade é, acima de tudo, uma postura do terapeuta, uma forma de conduta que inclui um
comportamento amistoso, ético, tolerante e benevolente e a capacidade de suportar frustrações
• É a posição, tanto comportamental quanto emocional, a partir da qual o analista, em sua relação com o
paciente, observa, sem perder a necessária empatia, mantendo uma certa distância possível em relação:
ao material do a às expectativas e
contratransferência aos seus próprios à(s) teoria(s)
paciente e à sua e à sua própria pressões do meio
valores psicanalítica(s)
transferência personalidade externo