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PSICOTERAPIA

FENOMENOLÓGICO-
EXISTENCIAL: ASPECTOS
TEÓRICOS DA PRÁTICA CLÍNICA

Virgínia Moreira
É MAIS COERENTE CONCEBER A
PSICOLOGIA COMO UMA CIÊNCIA
DO NEGATIVO E NÃO DO
POSITIVO
NÃO DEVEMOS ESQUECER A
PSICOLOGIA ENCONTROU SUA
ORIGEM E SEU FUNDAMENTO EM
UMA EXPERIÊNCIA PATOLÓGICA
SAÚDE MENTAL=BEM-ESTAR
SOCIAL
Supõe a satisfação das necessidades,
desenvolvimento das potencialidades pessoais,
respeitando os princípios de igualdade/equidade
em relação aos outros membros da comunidade.
INTERVENÇÕES: CRIAR E PROMOVER
CONDIÇÕES QUE FACILITEM O
DESENVOLVIMENTO DAS
POTENCIALIDADES E DOS PRÓPRIOS
RECURSOS NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
RELACIONADOS COM O BEM-ESTAR
PSICOSSOCIAL
QUAL CONCEPÇÃO DE HOMEM E
DE MUNDO FUNDAMENTA UMA
PSICOTERAPIA COM FOCO NAS
COMPETÊNCIAS?
CONCEPÇÃO DE HOMEM

■ MUNDANO (Merleau-Ponty)
■ AUTÔNOMO (Carl Rogers)
■ RESPONSÁVEL (Sartre)
Método de trabalho

■ Foco: Relação terapeuta-cliente


■ Empatia
■ Descrição
■ Redução fenomenológica
Centrar-se na relação, com atenção a tudo o que emerge como
fenômeno, facilitando para que o outro descreva o que lhe
acontece no momento
Método de trabalho

Redução Fenomenológica Descrição

Manter em suspenso conceitos, A descrição exaustiva do conteúdo


valores e teorias que povoam a por parte do cliente tem por
mente do terapeuta no momento objetivo evidenciar e apreender o
da sessão e que podem interferir, que é essencial, favorecer o
efetivamente, no trabalho. Não contato do cliente consigo mesmo
significa negar, mas dar-se conta. em uma dimensão ampla.
A RELAÇÃO TERAPEUTA-CLIENTE
■ Lugar de constituição do processo: pressupõe o entrelaçamento
dos mundos do cliente e do terapeuta, campo comum de onde
emergem sentidos.
■ Desenvolvimento de uma dupla escuta
■ O terapeuta se dispõe a estar com o cliente em seu processo,
acompanhando-o, deixando que a construção do caminho seja do
próprio cliente.
■ A compreensão do cliente só ocorrerá se o terapeuta permite ser
tocado por este, reconhecendo a ação do processo em ambos.
A RELAÇÃO TERAPEUTA-
CLIENTE
O terapeuta se utiliza do que o toca, do que o mobiliza como
“material” a ser trabalhado no decorrer das sessões, devolvendo
ao cliente o que o tocou em através de expressões terapêuticas
que lhe possibilite identificar o sentido do que foi dito. Assim, o
terapeuta funciona como uma caixa de ressonância, se dispondo
como instrumento do processo.
Ver, ouvir: a fala autêntica

■ Ver e ouvir possuem uma intrínseca relação, e, embora a fala


seja um aspecto fundamental do processo terapêutica, ela
emerge como consequência, desdobramento.
■ O ver é a forma por excelência de nossa relação com o mundo,
pois “é ao mesmo tempo sair de si e trazer o mundo para dentro
de si”.
■ Na psicoterapia, por ser predominantemente verbal, olhar o
cliente se encontra no domínio de ouvi-lo plenamente.
Ver, ouvir: a fala autêntica

■ O ouvir terapêutico busca apreender o significado e o que está


para além dele.
■ Estar atento, presente, em relação intersubjetiva, permite ao
terapeuta ouvir a expressão do outro em toda a sua dimensão.
“Tudo o que o cliente diz entra no terapeuta e, de alguma forma,
faz eco e ressoa em todo o seu ser, processando-se e
transformando-se em ação terapêutica. O ouvir é, então, primário”
Ver, ouvir: a fala autêntica

A FALA AUTÊNTICA
 Surge da relação, do que o terapeuta percebe como essencial na
fala do cliente e que o toca como pessoa.
 Permite ao cliente ir mais além, desdobrar sentidos, ressignificar e
prosseguir em sua existência.
 Ao terapeuta cabe estar em constante autoescuta, percebendo o
que lhe toca do outro, atento à forma de ser tocado, possibilitando-
lhe a produção de falas autênticas.
Ver, ouvir: a fala autêntica

A FALA AUTÊNTICA
 A criação e construção, por parte do terapeuta, de falas
autênticas, gera no cliente a necessidade de buscar sua própria
fala, recriando seu falar e o seu ouvir, capacitando-se para
ouvir não apenas a si mesmo, mas também, ao próprio mundo,
produzindo, também, falas autênticas.

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