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Multidisciplinar: A equipe multidisciplinar visa executar o atendimento de maneira

independente e executando seus tratamentos como se fossem camadas adicionais de serviços.


Assim sendo não há uma coordenação e nem uma identidade grupal, o médico normalmente
assume o papel de “chefe”, sendo responsável pela decisão do tratamento, e os outros
profissionais então se adequam a decisão do médico e as demandas do paciente.

Interdisciplinar: A equipe interdisciplinar efetua uma colaboração entre si, sendo uma equipe
integrada, buscando os membros transpor limites dentro da equipe em que atuam.

Transdisciplinaridade: Não destrói o modelo antigo, apenas abrange de uma forma mais
ampla, mais aberta. Visa tecer laços entre a genética, biológico, o psicológico, a sociedade,
com a parte espiritual ou sagrado devendo também ser reconhecido. Se preocupa com a
interação entre as disciplinas, promovendo um dialogo entre as diferentes áreas do
conhecimento, visando a cooperação entre as diferentes áreas.

O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja: saúde
não representa a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da
classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas,
religiosas, filosóficas. O mesmo, aliás, pode ser dito das doenças. Aquilo que é considerado
doença varia muito. Houve época em que masturbação era considerada uma conduta
patológica capaz de resultar em desnutrição (por perda da proteína contida no esperma) e em
distúrbios mentais. A masturbação era tratada por dieta, por infibulação, pela imobilização do
“paciente”, por aparelhos elétricos que davam choque quando o pênis era manipulado e até
pela ablação da genitália. Houve época, também, em que o desejo de fuga dos escravos era
considerado enfermidade mental: a drapetomania (do grego drapetes, escravo). O diagnóstico
foi proposto em 1851 por Samuel A. Cartwright, médico do estado da Louisiana, no
escravagista sul dos Estados Unidos. O tratamento proposto era o do açoite, também aplicável
à “disestesia etiópica”, outro diagnóstico do doutor Cartwright, este explicando a falta de
motivação para o trabalho entre os negros escravizados.

A visão cristã era a de que toda doença era um pecado em forma física, e a lepra por ser
transmitivel, insinuava que mesmo que você não tenha pecado, você entrou em contato com
um pecador, além disso, Deus era a cura universal para qualquer doença. Por conta de alguns
costumes judaico cristãos, eles conseguiram evitar doenças como por exemplo, isolando os
leprosos ou não comendo porco ou ostras transmissores de doença. Os índios de maneira igual
seguiam quase que o mesmo padrão, só modificando os rituais e as crenças.

Já os gregos além de cultuar várias divindades, usavam plantas medicinais e métodos naturais,
não se prendendo apenas aos rituais para efetuar a cura.

Esses pensamentos religiosos anteciparam a entrada de Hipócrates, o pai da medicina, ele foi
responsável por uma visão racional da medicina, tirando a visão de que as doenças tem origem
divina, e segundo ele possuem origem natural e que a origem divina reflete a ignorância
humana, para ele o corpo era composto de quatro fluidos, bile amarela, bile negra, fleuma e
sangue, sendo a saúde baseada no equilibro desses elementos, e para ele o homem era um
estado ordenado e a doença seria então a desordem desse estado.

Trabalho vivo e trabalho morto/ tecnoassistencial.

A partir desta perspectiva, indica-se uma nova tipologia para designar as tecnologias de
trabalho:
aquelas centradas em máquinas e instrumentos – “tecnologias duras”;

aquelas centradas no conhecimento técnico – “tecnologias leve-duras”;

e aquelas centradas nas relações – “tecnologias leves”16,19

Dentre as tecnologias relacionais – tecnologias leves – destacamos, dessa forma, o


acolhimento, o vínculo e a autonomização do usuário. Se a produção da saúde é dependente
do trabalho humano, configurado em Trabalho Vivo em ato, os produtos desse encontro estão
sempre inseridos em um processo que é sempre relacional.

Acolhimento e vinculo.

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