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Prof. Sérgio
1ª Aula – 09/02/23
O que psicopatologia?
Psico - Psique - pensamento, mente
Pato - patos - doença, paixão, passividade
Logus - conhecimento, estudo
Trata-se do estudo das doenças da mente (psique). Estudo das doenças mentais.
Ciência que busca compreender, estudar e entender as doenças psicológicas.
PLANO DE ENSINO
Nosografia= classificação
Lei 10.216 Lei da reforma psiquiátrica
Na idade média nem era considerado doença quando a pessoa tinha visões.
O entendimento da doença mental atual e um conceito construído ao longo da história, tendo se
modificado no decorrer do tempo junto as questões de cada época. Por exemplo – durante certos
momentos o conceito de loucura não era considerado uma doença e sim um símbolo de status
conferido a xamas e adivinhos que possuíam prestígios sociais.
De acordo com Pessotti (1995, p.7) “Se entendemos a loucura como a perda das capacidades
racionais ou a falência do controle voluntário sobre as paixões, uma história da loucura deveria
começar, praticamente, com a história da espécie humana”.
Concepção Mitológica-Religiosa
· Neste, todo ato insensato do homem é determinado pela ação dos deuses, porque seus
caprichos determinaram o rumo dos acontecimentos ou porque deliberadamente roubam
do homem a razão.
· Em um trecho da Ilíada, Agamêmnon discorre sobre a natureza humana: “[....] eu não
conseguia esquecer da Atê que me havia transtornado, Mas como me deixei cegar por
Zeus roubou-me a luz da razão estou disposto a compensar largamente[...]”.
Algum comportamento atípico era atribuído aos deuses (os deuses que tiravam a razão da
pessoa - algo externo). Deuses: Atê e Zeus.
Deus era responsabilizado.
Todo ato de insensatez (emoções, insanidade, falta da razão etc.) era determinado como sendo
as ações dos deuses e seus caprichos. Retirando a responsabilidade do indivíduo frente a um
poder maior indubitável.
Atê – é uma entidade supra-humana capaz de influir nas ações dos homens. (presente na
mitologia).
Este enfoque persiste nos dias de hoje: na compreensão das causas das doenças mentais
a perturbações causadas por deus, espíritos ou demônios, seja pela própria pessoa, familiares ou
profissionais.
O enfoque mitológico-religioso persiste até hoje, porque entender uma doença física é mais
fácil que entender uma doença psíquica.
Mesmo na atualidade superstições permanecem (ou seja, a cura por meio da fé). Devido
ao difícil entendimento e explicação concreta sobre as DM e a questão de se utilizar testes que
diferem dos padrões típicos da medicina para constatar a existência da doença. A presença
desses fatores muito abstratos leva a pessoa a buscar no misticismo a cura.
É valido ressaltar que caso exista um envolvimento de tais crenças na constituição do
indivíduo, essa pode auxiliar no processo de recuperação até certo ponto. Mas apenas isso, uma
vez que a causa geradora não está no misticismo.
Concepção científica
· Com o Renascimento (século XV e XVI) e a Reforma (século XV) instala-se a concepção
científica da loucura.
· Acirrou-se a disputa entre médicos e teólogos pelos doentes mentais. Os médicos
defendiam que os loucos não eram responsáveis pelos seus atos, devendo ser
considerados doentes mentais e não bruxas ou hereges a serem caçados e convertidos.
O INÍCIO DA PSIQUIATRIA
· Psiquiatria, como especialidade médica, surge no início do século XIX, com objetivo de
estudar e tratar a doença mental, tendo como marco inaugural o tratado de Philips Pinel
(1745-1826) publicado em 1801.
O que distinguia o ser humano dos animais é a RACIONALIDADE. Surge um campo dentro
medicina que buscou entender a doença mental.
À medida que as cidades cresciam surgiam os problemas sociais (roubos, pessoas que não
queriam trabalhar…).
Somando essa situação com a Revolução Francesa em 1790 (instituição da democracia) as
pessoas precisavam sair das ruas, então, foram tiradas de circulação e colocadas no hospital
psiquiátrico
Portanto o hospital psiquiátrico nasce antes da psiquiatria.
· Isto resulta na exclusão definitiva do doente mental da sociedade, pois, na maioria das
vezes, não era curado e não retornava ao convívio social.
Os atos de Pinel juntamente com outros fatores resultam na exclusão dos pacientes com DM da
sociedade, pois na maioria das vezes não era possível curar e posteriormente retornar a pessoa
ao convívio social.
Com a associação aos campos de concentração nazistas e o aumento de pacientes vítimas dos
fantasmas da guerra surgem críticas aos métodos aplicados levando a suas mudanças.
· Louco como alienado e perigosos – portanto deve ser tutelado pela Psiquiatria e excluído
da sociedade.
A visão da época era a de que o louco como alienado e perigoso deve ser tutelado pelo psiquiatra
e excluído da sociedade.
No final do séc. XIX a tendência da psiquiatria era entender DM como sendo produto de
modificações cerebrais.
Referencias:
COCIUFFO, T. Encontro Marcado com a Loucura: ensinando e aprendendo Psicopatologia. São
Paulo: Luc, 2007.
PESSOTTI, I. A Loucura e as Épocas. São Paulo: Editora 34, 1995.
PESSOTTI, I. O Século dos Manicômios. São Paulo: Editora 34, 1996
Tânia Cocciufo
Cap 1. Loucura: de que se trata ?
Inicialmente descreve Maria, uma mulher de 30 anos, baiana, filha em uma família de oito irmãos
que veio para São Paulo e casou-se. Teve uma filha, nesse momento com 6 anos. Certa manhã o
marido saiu para trabalhar e teve um enfarte, a poucos metros da sua casa, no ponto de ônibus.
Sua história psiquiátrica teve início a 4 meses, Maria passou a ficar triste, sem apetite, com
insônia e não teve mais vontade de sair de casa, começou a ouvir vozes, e frequentemente essas
vozes falavam para ela se matar. Tentou suicídio duas vezes, na semana antes dela ser
internada, primeiro tomou veneno de rato, socorrida pela vizinha foi levada ao Pronto Socorro,
ficou com medo de virar um rato, porque “a lavagem não foi bem feita”. Na segunda vez, tentou
se jogar num poço que tem lá na casa dela e foi impedida por uma cunhada. Quando ela se
aproxima do poço a filha já pergunta “Mãe, você não vai se matar né ?”. Quando Maria conta
essa história para médica, se emociona, porque fala que não é louca e que sente saudade da
filha, que quer voltar para o nordeste.
Ela está internada a três semanas, parou de ouvir vozes, mas tem medo de voltar para casa e
“começar tudo de novo”. O diagnóstico de Maria é de depressão com sintomas psicóticos, uma
parte do tratamento é bem sucedida porque ela não teve mais alucinação, mas a ideia de morrer
não sai da sua cabeça.
Tratar de Maria significa somente medicá-la ? quais são as perspectivas par ela e sua filha ? em
determinado momento da conversa com a médica, ela disse que até hoje não entende como o
marido morreu “ele estava bom, disse tchau e não voltou”. O impacto da não continuidade deixou
Maria até hoje perplexa, o que vai ser da sua vida ? pensar em sua filha remete ao óbvio, da
necessidade de um trabalho preventivo com uma criança, que perdeu o pai e vive aos seis anos a
angústia diária de perder sua mãe em uma morte anunciada.
Lino Silva, em comunicação pessoal, apontou que, na linguagem de Bion, poderíamos dizer que o
continente mental de Maria foi explodido pelo contido impensável da morte súbita, do abandono
ilógico. Isso remeteu as situações fatais: até quando terá sua filha ? ela mesma, quando
morrerá ? o que fazer com a vida tão frágil e imponderável ? os remédios ajudam, mas não
bastam, Maria precisa de alguém para refletir sobre essas questões.
Na Grécia antiga existem registros históricos sobre a loucura. Em relação a Homero 700 a.C., é
considerado o primeiro maior poeta épico da Grécia, autor de Ilíada e Odisseia, apresenta na sua
obra o enfoque mitológico religioso da loucura: o ato insensato é determinado pelas ações dos
deuses ou por seus caprichos, determinam o rumo dos acontecimentos ou porque
deliberadamente roubou um homem da razão.
A obra de Homero caracteriza o primeiro modelo teórico de loucura: um modelo mitológico
religioso. Essa concepção persiste até os dias de hoje, tanto na questão dos doentes mentais
como da própria doença, quando se atribui sua etimologia perturbações por espíritos.
Dois séculos depois de Homero encontramos outros textos de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes que
descrevem de diferentes formas a loucura. Este último, compôs duas peças sobre a paixão de
Fedra por seu enteado Hipólito, em que a loucura deixa de ser concebida como originária dos
caprichos dos deuses e determinação dos deuses para se desenvolver a partir do interior do
homem com suas paixões irresistíveis.
Pessotti diz: “assim, parece legítimo falar se de uma concepção de loucura, segundo Eurípedes,
ou Sófocles ou Ésquilo, mesmo admitindo-se que nenhum deles pretendeu explicar a
psicopatologia humana, mas, sim, retratar a vida humana com seus dramas e aberrações”.
O enfoque deixa de ser mítico-religioso passando agora uma concepção psicológica de loucura: o
produto do conflito passional do homem esse modelo agora é chamado psicológico encontra
posteriormente na obra de Freud, iniciada através dos estudos da histeria. Melaine Klein fala
sobre amor, ódio e reparação e em outros autores da teoria psicanalítica como Bion, Fédida etc
A história da histeria inclusive remonta a Grécia antiga. A língua grega, histera, significa matriz,
útero, e por muito tempo foi considerado uma doença de origem orgânica, especificamente
feminina, que afeta todo o corpo por supostas sufocações da “matriz”.
Para Platão (424-327 a.C.) sua concepção é dualística, afirmava que a mente a matéria eram
fenômenos separados. A alma racional seria imortal estaria localizada no cérebro e a alma
irracional estaria localizada no tórax. Para ele a psicopatologia apresentava várias formas –
melancolia, mania ....e acontecia quando a alma irracional estava de alguma forma separada da
parte racional ele atribui isso a uma distribuição de humores.
Hipócrates (460-380 a.C.) sugere gradualmente uma concepção organicista da loucura, para ele
a doença resulta da crise no sistema de humores. Defendeu a importância do cérebro como sede
das emoções do pensamento, e concebeu a histeria como uma doença em que o útero se
desprendia da cavidade pélvica. Recomenda para tratamento, o casamento precoce, insinuando
uma ligação entre frustração sexual e histeria, concepção que persistiu até a época de Pinel que
também recomendava o casamento precoce como cura.
Galeno (131-200 d.C.) é considerado o generalista e o eclético, a loucura era, uma disfunção
encefálica. Foi responsável pela localização de sete pares de nervos cranianos e a demonstração
de sangue nas artérias e nervos sensoriais e motores.
O modelo organicista considerado como uma terceira forma de concepção da loucura persiste
evidentemente na psiquiatria biológica que busca a causa da doença mental em alterações
orgânicas.
Para opôr-se à tese de possessão diabólica apregoada pela igreja, a comunidade científica
sustenta que a histeria era uma doença do cérebro, atingindo os dois sexos. O médico francês
Charles Lepois foi o primeiro diagnosticar a histeria masculina, e depois foi apoiado pelo francês
Pierre Briquet que também agregou sua manifestação a fatores de ordem social e material, tais
como condições de trabalho, ciclos da natureza e movimento dos astros.
O termo “neurose” foi introduzido em 1769, pelo médico escocês William Cullen e designava as
afecções mentais sem alterações orgânicas, tratando-se de uma doença nervosa.
Em 1843 o médico escocês James Braid introduziu o termo hipnose (grego hipnis = sono) para
demonstrar ineficácia das intervenções do tipo magnético proposta por Mesmer. Braid substituiu a
teoria fluídica pela noção de estimulação físico-químico psicológica e substituiu a técnica de
Mesmer pela fixação do olhar do paciente em um objeto brilhante com objetivo de provocar um
“estado de sono”, o que ressaltava a natureza psicológica e não fluídica da relação.
Emil Kraepelin surgiu nesse período como o maior representante da concepção organicista da
doença mental, responsável pela classificação e descrição sistemática dos sintomas, fundou a
nosografia psiquiátrica e termos como “demência precoce” e “psicose-maníaco depressiva”, sua
visão foi muito importante para a psiquiatria. Os sintomas eram considerados entidades mórbidas,
a fala do doente não tinha importância.
O psiquiatra suiço Eugen Bleuler, contemporâneo de Kraepelin e Freud, sem renunciar à etilogia
orgânica e hereditária da loucura, apontou a importância da clínica baseada na escuta do
paciente e cita:
“Quando um médico se defronta com a grande tarefa de ajudar uma pessoa psiquicamente enferma, vê à
sua frente dois caminhos: ele pode registrar o que é mórbido. Irá, então, a partir dos sintomas da doença,
concluir pela existência de um dos quadros mórbidos impessoais que foram descritos. [...] Ou pode trilhar
outro caminho: pode escutar o doente como se fosse um amigo de confiança. Nesse caso, dirigirá a sua
atenção menos para constatar o que é mórbido, para anotar sintomas psicopatológicos e, a partir disso,
chegar a um diagnóstico impessoal, e mais para tentar compreender uma pessoa humana na sua
singularidade e co-vivenciar suas aflições, seus temores, seus desejos e suas expectativas pessoais.”
Bleuler, a par das divergências teóricas com Freud, em relação à etilogia das doenças mentais,
contribuiu para tirar a loucura do período de silêncio que lhe foi imposto quando se tornou objeto
de ciência. “A loucura, que durante tanto tempo foi evidente e indiscreta, só sairá do silêncio com
a descoberta da Psicanálise”
A psicanálise surgiu no final do século XIX, localizando a morada dos deuses e demônios no
interior dos homens, e trazendo à tona o inconsciente, sujeito habilitado de forças que
desconhece e que precisa ser compreendido a luz da subjetividade.
Essa teoria colocou o doente como participante de sua doença e resultou em importante escuta
da fala trazida pelo paciente. Considerava os sintomas como mensagens a serem interpretadas.
Sob essas teorias, chegamos ao século XX. A forma de tratar a loucura nunca foi unâmine, como
na atualidade, é fonte de confrontos e conflitos.
2ª Aula de 16 02 23
Texto da reforma psiquiátrica e política de Saúde Mental no Brasil
1- Quais foram os principais antecedentes históricos para o início da reforma
psiquiátrica no Brasil?
Os principais antecedentes históricos para início da Reforma Psiquiátrica aconteceram na década
de 70:
- a eclosão do “movimento sanitário nos anos 70” em favor da mudança dos modelos de
atenção e gestão nas práticas de saúde, defesa da saúde coletiva, equidade na oferta de
serviços e protagonismo dos trabalhadores e usuários
- crise do modelo de assistência centrado no hospital hospitalocêntrico (violência asilar –
apoiado exclusivamente por técnicas coercitivas punitivas)
- Movimentos sociais pelos diretos dos pacientes psiquiátricos.
6- Discorra sobre o programa: De Volta pra Casa e seus efeitos na reforma psiquiátrica.
É um programa que visa inserir na sociedade pessoas com longo histórico em hospitais
psiquiátricos. Trata-se de uma estratégia eficaz para uma redução de leitos nos estados e
municípios.
Como funciona? Através do pagamento mensal de um auxílio reabilitação no valor de R$ 240,00
aos seus beneficiários.
Para participar do Programa é preciso ser egressa de Hospital psiquiátrico ou hospital de
custódia e tratamento psiquiátrico, além disso precisa ter uma indicação para inclusão em
programa municipal de reintegração social.
O programa possibilita o bem-estar e os direitos civis das pessoas.
Para o beneficiário continuar no Programa o Município de residência do beneficiário deve
assegurar uma estratégia de acompanhamento dos beneficiários em uma rede de atenção à
saúde Mental capaz de dar resposta efetiva as demandas de saúde mental. A cada ano pode ser
renovado esse benefício e a equipe de saúde que acompanha entendam ser uma estratégia
ainda necessária para o processo de reabilitação.
2- Quais são os principais objetivos do CAPS e quais populações podem ser atendidas
neles?
O principal objetivo do CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência,
realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho,
lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. É um
serviço de atendimento de saúde mental criado para ser substituto as internações em hospitais
psiquiátricos.
Podem ser atendidas pelo CAPS aquelas pessoas com intenso sofrimento psíquico, aqueles que
tem estão impossibilitados de viver e realizar seus projetos de vida. São preferencialmente
pessoas com transtornos mentais severos e/ou persistentes, ou seja, pessoas com grave
comprometimento psíquico, incluindo os transtornos relacionados a substâncias psicoativas
(álcool e outras drogas), também crianças e adolescentes com transtornos mentais.
Esse trecho abaixo copiei da apostila de Reforma Psiquiátrica porque achei importante:
3ª AULA de 23/02/23
As informações abaixo o professor não citou nos slides, mas estão no capítulo 4 do
Dalgalarrondo:
· O diagnóstico só é útil e válido se é mais do que simplesmente rotular a pessoa. este tipo
de utilização é uma forma precária questionável e não científica e apenas estimula
preconceitos e discriminações.
· O bom diagnóstico propicia o aprofundamento do conhecimento daquele indivíduo, a
antevisão de um prognóstico e um estabelecimento de ações terapêuticas e
preventivas mais eficazes para a situação.
· Possibilita a comunicação, discussão e o compartilhamento entre os profissionais de
serviços diferentes e entre aqueles do serviço incumbido do cuidado desta pessoa.
Qualquer profissional do CAPS pode dar diagnostico, desde que treinado para isso (enfermeiro,
psicólogo, assistente social, médico….)
ASSISTIR ESTAMIRA.
TRAZER O TEXTO DAS OFICINAS TERAPEUTICAS.
4ª AULA de 02 03 2023
Alteração no Cronograma – dia 16/03 terá aula com todos e estudo do texto Oficinas terapêuticas
AULA DE 09/03/2023
O diagnóstico só é útil e válido se é mais do que simplesmente rotular a pessoa. Esse tipo
de utilização é uma forma precária, questionável e não científica e apenas estimula
preconceitos e discriminações.
O bom diagnóstico propicia o aprofundamento do conhecimento daquele indivíduo, a
antevisão de um prognóstico e o estabelecimento de ações terapêuticas e preventivas
mais eficazes para a situação.
Possibilita a comunicação, discussão e o compartilhamento entre os profissionais de
serviços diferentes e entre aqueles do serviço incumbido do cuidado dessa pessoa.
Rotular a pessoa não serve para nada, isso estimula preconceitos e discriminações.
Une-se a hipótese (diagnóstico inicial) que pode ser mais de uma hipótese e ao longo do
tratamento vai sendo visto.
Cada abordagem pode ter um contexto diferente quanto ao diagnóstico.
Ações terapêuticas e preventivas: se consigo identificar prováveis causas, vou trabalhar nisso
para que num próximo momento estas situações não sirvam de gatilho para novas crises.
Prognóstico- como a pessoa vai responder ao tratamento.
No CAPS os profissionais podem dar uma hipótese de diagnóstico.
Na clínica o psicólogo pode dar diagnóstico, dependendo da abordagem.
O diagnóstico:
O diagnóstico fruto deste processo deve ter duas linhas paralelas de raciocínio clínico:
Uma linha diagnóstica: baseada na cuidadosa descrição evolutiva e atual dos sintomas
que a pessoa apresenta.
Uma linha etiológica: que busca a totalidade dos dados biológicos, psicológicos e sociais,
uma formulação hipotética sobre os possíveis fatores etiológicos (causadores) do caso.
O que o diagnóstico deve ter: duas linhas de raciocínio:
diagnóstica - descrição dos sintomas e etiológica - fatores causados
Ex.: questões emocionais - trabalha se o fortalecimento emocional.
Linha diagnostica- ex.: perdeu emprego na semana passada, está muito triste (não é depressão),
está elaborando sua perda.
Etiologia - causa - buscar todas as causas, que podem estar relacionadas e trabalhar com isso.
As primeiras entrevistas
b) Etapa de análise
- O psicólogo questionava cada um dos participantes sobre aquelas palavras e reflexões, se
se relacionavam com suas questões existenciais e seu momento de vida atual (aqui criava-
se espaço a construção de lugares subjetivos, mesmo com possíveis dificuldades). Pedia-
se que destacassem uma parte da poesia ou discussões já efetuadas, associando as
suas opiniões, crenças e comportamentos, momento privilegiado para as intervenções.
3) Apresentem uma atividade que poderia ser realizada, nos moldes de Oficina
Terapêutica em um CAPS para usuários com quadros psicóticos.
Oficinas de argila, culinária, jardinagem, arte(pintura), dança, horta, vídeos, fotos (esses dois
últimos funcionam principalmente para jovens).
Oficinas para psicóticos depende da faixa etária e do interesse dos usuários. O importante é que
o processo terapêutico aconteça a reflexão, relacionamento e interrelação.