Você está na página 1de 6

Apontamentos: Noções de Psicopatologia

1. Definição e contexto da Psicopatologia

Psicopatologia: perturbação, transtorno, desordem, distúrbio. Estudo da natureza das desordens mentais.

Três áreas: descrição clínica, causas e tratamento. Interdisciplinar (epidemiologias, psicólogos médicos, sociólogos,
etc…). Está mais ligada à psiquiatria (o desenvolvimento de fármacos permitiu abordagens terapêuticas das
desordens mentais, a tendência levou a uma excessiva medicalização da área.

A psicologia, evidenciou além de fatores psicológicos, os fatores sociais e culturais.

Critérios para avaliar comportamento


● Frequência estatística: respeita à relativa raridade que ocorrem
● Violação das normas: a violação das normas e regras instituídas por ser indicativo de distúrbio
● Relato de sofrimento pessoal: o relato que a pessoa faz do seu estado
● Disfunção ou distúrbio resultantes da existência de psicopatologia subjacente
Ex. Toxicodependente dificilmente pode manter uma vida social e profissional normal
● Comportamentos inesperados
● Irracionalidade
● Impraticabilidade ou perda de controlo
● Desconforto dos que observam a pessoa perturbada
Barlow & Durand, 2015

A disfunção psicológica ocorre associada a mal-estar, sofrimento, incapacitando o individuo de reagir de forma típica
ou culturalmente aceite. Os psicólogos tendem a situar-se na perfectiva dimensional, mais do que qualidade ou
quantidade dos factos. Perturbação psicológica constitui um conjunto de alterações emocionais e sentimentais,
cognitivas e comportamentais que o original o mal-estar e outros problemas.

“O que é a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)?”


A Terapia Cognitivo Comportamental ou TCC é uma abordagem da psicoterapia baseada na combinação de
conceitos do Behaviorismo radical com teorias cognitivas. A TCC entende q forma como o ser humano interpreta os
acontecimentos como aquilo que nos afeta, e não os acontecimentos em si. Ou seja: é a forma como cada pessoa vê,
sente e pensa com relação a uma situação que causa desconforto, dor, incomodo, tristeza ou qualquer outra
sensação negativa. A Terapia Cognitiva foi fundada no início dos anos 60 por Aaron Beck, Neurologista e Psiquiatra
norte-americano. Beck propôs, inicialmente, um “modelo cognitivo da depressão” e que posteriormente evoluiu para
a compreensão e tratamento de outros transtornos.
Esta abordagem é bastante específica, clara e direta. É utilizada para tratar diversos transtornos mentais de
forma eficiente. Seu objetivo principal é identificar padrões de comportamento, pensamento, crenças e hábitos que
estão na origem dos problemas, indicando, a partir disso, técnicas para alterar essas perceções de forma positiva. A
TCC se destina tanto ao tratamento dos diferentes transtornos psicológicos e emocionais como a depressão,
ansiedade, transtornos psicossomáticos, transtornos alimentares, fobias, traumas, dependência química, entre
outros. Além disso, a Terapia Cognitivo Comportamental auxilia nas diversas questões que envolvem nossa vida como
um todo, como: dificuldades nos relacionamentos, escolhas profissionais, luto, separações, perdas, stress,
dificuldades de aprendizagem, desenvolvimento pessoal e muitos outros.

2. Breve história da psicopatologia


A humanidade sempre tentou compreender e interpretar o comportamento encarado como problemático. Anormal
ou perturbado.
Três grandes modelos
Modelo biológico – acentua determinantes biológicas, fisiológicas, químicas e somáticas
Modelo psicológico – importância dos factores psicológicos sociais e de personalidade
Sobrenatural – animismo, crença que todas as coisas possuem alma ou espírito
Explicação comum para a “loucura”, pessoas possuídas por espíritos demoníacos
Grécia antiga e Roma
Hipócrates: quatro humores fundamentais (sangue, fleuma, bílis preta, bílis amarela) a hiteria era uma desordem
exclusivamente feminina, provocada pelo útero e humores nele contidos.
Demologia da Idade Média: Doentes Mentais como Bruxos
Todo o comportamento não compreendido, bizarro, estranho, era perseguido e atribuído a forças demoníacas.
Ex: Bruxas de Salém, tudo começou quando um grupo de meninas decide brincar aos fantasmas, diabos e
bruxas 1484 Papa Inocêncio VIII, enviando inquisidores e investigadores promoveu a caça às bruxas, com um manual
orientador “O caçador de bruxos”, podendo ser considerado o primeiro manual de distúrbios mentais. No séc. XIV,
Nocholas Oresme, bispo e filósofo, conselheiro do Rei de França, sugere que a melancolia (depressão) um
comportamento estranho, considerando que os métodos de tortura usados para obtenção de confissões levariam as
pessoas a confessar o que quer que fosse. Paracelso, médico suíço, sugeriu que os movimentos da lua e das estrelas
tinham efeitos profundos nas pessoas.
Perspetiva biológica
Hipócrates, pai da medicina moderna considerava que as perturbações psicológicas podiam ser tratadas como
qualquer doença.
Galego (129-1198 d.c.) – escola de pensamento ligada perspetiva biológica, que influenciou o pensamento ocidental
até ao séc. XIX
Somatogéneses versus Psicogénes
Somatogénese – crença de que alguma coisa aconteceu no corpo
Psicogénesa -acredita haver alterações psicológicas na origem das perturbações
Hipócrates – proponente da somatogénes, as doenças têm causas naturais, 3 tipos de desordens mentais: mania,
melancolia, febre cerebral. O comportamento patológico, passa a algo do domínio médico não religioso.

3. Síntese do pensamento contemporâneo sobre a psicologia

1885 – Kraepelin – síndrome (conjunto de sintomas) na sua base uma causa física e a ocorrência de um conjunto
agrupado de sintomas.
As diversas desordens mentais eram distintas por uma causa biológica.
● Grupos de doenças mentais
Desequilíbrio químico – demência precoce (hoje é esquizofrenia)
Irregularidade metabólica – psicose maníaco-depressiva (hoje é desordem bipolar)
Séc. XIX – identificação de mudanças neurológicas degenerativas, provocadoras de alteração do estado mental
Louis Pasteur – Teoria dos Genes (origem das doenças estão nas infeções)
Ex: correlação entre sífilis e a paralisia geral, o micro-organismo causador da sífilis, causava uma infeção destruidora
de certas áreas cerebrais capazes de provocar alterações psicopatológicas.

1905 – Descoberta do micro-organismo causador da sífilis dá origem ao modelo biomédico


Desenvolvimento da atual abordagem biológica
Primeira metade do Séc. XX: Terapia electroconvulsiva – pequenas descargas elétricas no cérebro.
A partir da 2.ª metade do Séc. XX: aparecimento de drogas eficazes no tratamento de desordens psicológicas.
● A moderna psicofarmacologia
Várias substâncias foram sintetizadas pelos laboratórios (neurolépticos, tranquilizantes, antipsicóticos) sendo possível
atenuar alguns dos sintomas da esquizofrenia (alucinações e delírios)
Desordens de ansiedade: barbitúricos, benzodiazepinas e outros fármacos.
Caraterísticas comuns destes fármacos é a ação depressora no SMC (sistema nervo central)
Ex: sedativos, hipnóticos, ansiolíticos ou tranquilizantes
Desordens de humor, classes de antidepressivos: inibidores da monoamina oxidase (MAO), tricíclicos, inibidores de
seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) atípicos.
● O ponto de vista da Psicogénese
Fatores de natureza psicológica estão na origem das alterações psicopatológicas.
Franz Anton Mesmer – magnetismo animal
Charcot – histeria e hipnose
Josef Breuer . método catártico (reviver acontecimentos catastróficos)
Sigmund Freud – psicanálise
Modelo Psicanalítico (Freud) – abordagem tripartida ao comportamento humano: estrutura mental, mecanismos de
defesa e estádios de desenvolvimento psicssexual.
Estrutura da mente
Conflitos intrapsíquicos: Super ego/ego/Id
Tipos de Pensamentos: consciência, lógico-racional, ilógico/emocional, irracional
Impulso: princípios morais, princípio da realidade e princípio do prazer.
Mecanismos de defesa – desencadeiam conflitos intrapsíquicos que originam ansiedade (sublimação, racionalização,
transferência, reação de formação, recalcamento, repressão, projeção)
Estádio do desenvolvimento Psicossexual
5 estádios: oral, anal, fálico, latente, genital
Dos conflitos no psiquismo individual, originam-se diversos complexos, o de Édipo e o de Eletra.
Psicologia Individual (Alfred Adler/Anna Freud)
Adler – a importância dos objetivos como elementos motivadores do comportamento humano. Percursor da
abordagem cognitiva-comportamental. Partia do pressuposto que a forma de mudar o comportamento parte da
mudança de pensar primeiro que tudo.
Anna – as defesas do “EU” determinam o comportamento, as pessoas acumulam capacidades adaptativas no teste
da realidade e defesas. Se o Ego não regular essas funções desenvolvem comportamentos patológicos.
Psicologia do Erik Erikson
Identidade do Ego e desenvolvimento psicossocial, domínio designado Psicologia do Desenvolvimento ao longo da
vida (as pessoas continuam a mudar ao longo da vida)
8 estádios psicossociais do desenvolvimento, em cada um desses estádios uma crise e a resolução da mesma, seria
determinante para lidar com a próxima fase.
Ex. Crise de identidade típica da adolescência
Aspetos ligados à terapia psicanalítica
Envolve várias técnicas: livre associação (a pessoa diz o que lhe vai na cabeça sem censura)
Análise dos sonhos (supõe-se que estes são o reflexo do ID ligados a conflitos inconscientes)
Sendo esta uma terapia que exige várias sessões por semana entre 2 a 5 anos é pouco usada.
Psicanálise clássica – Psicoterapia dinâmica
Expressão das emoções dos pacientes, exploração das tentativas para evitar tópicos, importância das experiências
passadas, importância atribuída à relação terapêutica, exploração dos sonhos, desejos, fantasias, crenças na
existência e importância de fatores inconscientes, importância da tomada de consciência para a cura.
Teoria Humanística / Psicologia humanística
Abraham Maslow – Estrutura da Personalidade de acordo com a hierarquia das necessidades, das primárias às mais
complexas e sofisticadas (amor, auto-estima). Auto atualização: descreve o processo de realização das diversas
necessidades.
Terapia centrada na pessoa/Terapia não-diretiva (Carl Rogers)
Caracterizada pela aceitação incondicional do outro, empatia, honestidade, genuinidade e verdade da relação
terapêutica.
Modelo comportamental
John Watson – Psicologia com o objetivo teórico de prever e controlar comportamentos.
Ivan Pavlov – Condicionamento clássico (estímulo incondicionado, gera resposta incondicionada)
Skinner – Condicionamento operante (reforço positivo ou negativo, estímulo discriminativo)
Thorndike – Lei do efeito, um comportamento com consequências satisfatórias conduz ao aumento de
comportamentos
Bandura – Teoria da Aprendizagem Social
O comportamento patológico é aprendido como são os não patológicos. As teorias da aprendizagem deram origem
às teorias do comportamento, atualmente designada terapia cognitivo-comportamental.
Abordagem cognitivista e terapias cognitivo-comportamentais
Centra-se na forma como as pessoas delineiam as suas experiências dando-lhes sentido.
Reestruturação cognitiva – procura ajudar a pessoa a mudar a forma como pensa sobre a sua vida procurando mudar
comportamentos e emoções.
Albert Ellis – Terapia racional-emotiva, procura substituir crenças inadequadas por outras adequadas.
Papel dos Paradigmas
Às várias abordagens, teorias, hipóteses sobre os distúrbios psicológicos, agregam-se em paradigmas, pois procuram
explicar e compreender a etiologia, desenvolvimento e tratamento daquilo que é visto como patológica ou disfunção.
A formação teórica dos clínicos orienta a sua perspetiva sobre o que observam nos pacientes.

4. Vulnerabilidade para a psicopatologia

Vulnerabilidade – fatores que tornam uma pessoa mais suscetível a desenvolver distúrbios.
Etiologia – estudo da origem, causas, desenvolvimento de uma desordem.
A ausência ou fraco poder de predição deve-se à fragilidade da maioria dos modelos explicativos das desordens
psicológicas.
Diathesis-stress
Diathesis – disposição constitucional ou predisposição para determinada condição anómala. Predisposição genética
para distúrbio, stress biológico, durante os períodos pré, peri e pós-natais.
● 3 modelos Diathesis-Stress
Modelo interativo – a diathesis é uma condição necessária, mas não suficiente.
Modelo aditivo – a desordem ocorre numa pessoa com ausência ou fraca diathesis sob o efeito de stress, que exige
muito mais stress, do que numa com forte diathesis.
Modelo diathesis quase contínua – continuidade da diathesis, compatível com os modelos poligenéticos aditivos.

Psicologia Positiva – Seligman


A Psicologia foca demasiado os aspetos perturbados do comportamento, Seligman sugere que se enfatize os
“potenciais positivos” e como estes são imprescindíveis para mudança em especial para as pessoas deprimidas.
O desenvolvimento de programas preventivos, são consequência de uma atitude psicológica positiva, permitindo
avanços da psicologia, em contraste com os biliões gastos na pesquisa de psicofármacos.
Projeto Apex – Universidade de Pensilvânia
Ensina o estudante em risco de depressão, competências cognitivas básicas para fazer face às adversidades. Estes
jovens têm um estilo extremamente negativo/pessimista para lidar com problemas.
Ao fim de 3 anos, os resultados foram: menos ansiedade generalizada, menos sintomas depressivos e de ansiedade,
melhores atitudes e estilos de confronto.

5. A psicopatologia num enquadramento biopsicossocial

É importante reconhecer a multidimensionalidade do comportamento humano e do perturbado em particular.


Tópicos relevantes para a compreensão da psicopatologia: genética, hereditariedade, as influências da genética, são
geralmente menos poderosas do que se crê.
Funções do Sistema Nervoso Central
Espinal Medula, é condutora, espinal medula, transmite mensagens ao cérebro e estes aos músculos e glândulas e
coordenadora, espinal medula é o centro coordenador dos reflexos.
Encéfalo, o cérebro é a principal estrutura do encéfalo, trata de um número incalculável de informações. É onde
reside, memória, aprendizagem, pensamento e linguagem. Encéfalo posterior, como regulação das funções vitais e
tónus muscular (Bolbo raquidiano, cerebelo, protuberância). Encéfalo médio, sistema reticular ativante ou
ascendente função: despertar diversas áreas do cérebro de forma a estarem aptas a descodificar mensagens e emitir
resposta adequada. Encéfalo anterior, constituído pelo tálamo, centro de controlo das conexões espinal medula e
córtex cerebral, onde chega, a maior parte das fibras visuais, auditivas e táteis. Hipotálamo, regula a temperatura do
corpo, da fome, sede, comportamento sexual, circulação sanguínea, funcionamento do sistema endócrino. Sistema
límbico, constituído pelo hipocampo (aprendizagem e memória descritiva), septo (comportamento) amígdala (medo,
agressão, comportamento sexual, memória emocional) e bolbo olfativo (sendo do olfato).
Cérebro, constituído por quatro lobos; frontal, parietal, temporal e occipital, dividido em hemisférios esquerdo
(linguagem verbal, pensamento lógico e cálculo) e hemisfério direito (percepção das relações espaciais, formação de
imagens, pensamento concreto).
Sistema nervoso autónomo, constituído pela divisão simpática, controla a zona torácica e lombar espinal (quando
nos sentimos excitados, resposta de ativação) e divisão parassimpática, controla a zona crânio e sacral.
Sistema nervoso central: amígdala (regula a memória emocional, zona ricamente abundante em recetores
benzodiazepínicos – Aprozolam, Xanax) hipocampo (local da memória descritiva/cognitiva, com a ativação da
amígdala, hipocampo procede a uma análise mais racional).
Resposta de Stress – desencadeada pela atividade límbica e hipotalâmica, aumento da atividade metabólica
(aumento da pressão sanguínea, aumento do batimento cardíaco, aumento do fluxo sanguíneo) ativando o sistema
nervoso parassimpático (diminuição da pressão sanguínea, batimento cardíaco, etc…). O stress é o principal
implicativo nas desordens emocionais.
O Hipotálamo, a hipófise e as supra-renais
Durante o stress, quando a informação chega à amígdala, esta alerta o hipotálamo, que liberta o fator libertador de
corticotrofina, que segue para hipófise, que liberta ACTH, que por sua vez estimula as glândulas suprarrenais: o
córtex suprarrenal, liberta cortisol e aldosterona (que age sobre o hipocampo) e a medula suprarrenal, que liberta
epinefrina e norepinefrina.
Num estado de stress severo ou prolongado, a competência do hipotálamo de regular este eixo falha. O stress
danifica o hipocampo, atrofiando as dendrites primeiro e depois a morte das células, sendo que a memória
declarativa descritiva/racional é especialmente afetada. As aminas do stress não danificam diretamente o hipocampo
reagem de forma tóxica perante a libertação de glutamato e com a diminuição de glucose. O cortisol tende a ser mais
elevado em pessoas deprimidas. Em pessoas idosas com problemas de memória e depressão também tende a
elevar-se.
Os dois maestros químicos
As próprias células produzem aminoácidos simples, que atuam como neurotransmissores, são o Glutamato e o
GABA, são absolutamente necessários aos neurónios de projeção.
Glutamato, desempenha várias funções, funciona como neurotransmissores no cérebro, tem um papel
preponderante na construção das proteínas e peptídeos, ingredientes básicos aos tecidos vivos e colabora na
desintoxicação da amónia (subproduto de diversas reações químicas que ocorrem no cérebro)
GABA, reduz a probabilidade do potencial de ação nas células pós-simpáticas.
O Glutamato e o GABA, são responsáveis por muito do que ocorre no cérebro em neurotransmissão.
Peptídeos – classe de moderadores de lenta ação, são desencadeados pela dor e pelo stress.
Monoaminas – função de regular a atividade de transmissão neural. AS drogas recreativas agem sobre as
monaminas, e cocaína e as anfetaminas afetam a dopamina e a norepinefrina, o LSD, atua sobre os recetores
seretominérgicos.
Acetilcolina – papel importante na doença de Alzheimer, envolvida na atividade dos nervos.
Hormonas – libertadas pelas glândulas suprarrenais pituitária, glândulas sexuais, são libertadas na corrente
sanguínea e podem afetar o glutamato e o GABA (cortisol, hormonas sexuais: testosterona e estrogénio)
Circuitos Psicofisiológicos
Os neurotransmissores, moderadores e hormonas envolvidos em diversas funções, ver, ouvir, lembrar, medo, alegria,
e envolvem transmissão sináptica excitatória (Glutamato) ou inibitória (GABA) e são modelados por peptídeos,
aminas e hormonas.
Processo de libertação de cortisol por stress: o stress perturba a memória explícita e altera o funcionamento do
hipocampo. Em picos de stress, é libertado corticosteroides na corrente sanguínea. O cortisol viaja até ao cérebro
ligando-se aos recetores do hipocampo, provocando distúrbios na sua atividade. Na continuidade do stress as células
hipocampais começam a degenerar, enfraquece e morrem, estes fenómenos ocorre em especial em pessoas
deprimidas ou sujeitas a stress prolongado. Os esteroides do stress também danificam o córtex pré-frontal e além
das alterações no hipocampo também influenciam a atividade da amígdala.
O caso da ansiedade
Em situação de ansiedade, as células nervosas do tronco-cerebral libertam serotonina e norepinefrina, que visam
aumentar a ativação de outros neurotransmissores (GABA Glutamato) a sua libertação aumenta a ativação no septo e
no hipocampo, resultando em ativação, vigilância e ansiedade. A ansiedade é um estado de ativação mental que
exige um sistema ativador (sistema monoaminérgico) um sistema emocional (amígdala) um sistema cognitivo (córtex
orbito-frontal e hipocampo) que funcionam todos em rede. A ansiedade é um sistema de alarme que permite
mobilizar recursos para fazer face a possíveis ameaças.
Podem as variáveis psicológicas e terapias afetar as funções e estruturas cerebrais?
Muitos dos que são os efeitos dos psicofármacos passam por alguém tipo de interação psicológica. As influências
psicológicas afetam a estrutura do sistema nervoso. O nosso sistema nervoso está em constante mudança em
resultado da aprendizagem e experiência. As terapias psicológicas no tratamento de distúrbios psicológicos
provocam alterações na atividade biológica.

6. Avaliação e diagnóstico em psicopatologia


As categorias ou classes de diagnóstico em psicopatologia, são uma forma de classificar a realidade dos fenómenos
psicológicos em particular os distúrbios numa tentativa de ordenar e dar sentido à informação que os profissionais
detetam (sintomas de ansiedade). A classificação é feita por categoria e dimensão.
Categoriza-o comportamento patológico tem natureza qualitativa. Dimensional-existência de um comportamento
saudável e disfuncional (quantidade).
DSM – Sistema de diagnóstico feito pela associação Americana de Psiquiatria, é a referência mais usada no
diagnostico das desordens mentais. O mais recente é o DSM-5. Na Europa existe um outro sistema, mas menos
usado ICD-11.
Avaliação e Diagnóstico em Psicopatologia
Testes Projetivos – a pessoa projeta as suas características psicológicas dos materiais apresentados, normalmente
ambíguos para evitar apreciações racionalmente controladas.

Você também pode gostar