A SAÚDE MENTAL NOS TEMPOS Inicialmente, na história das grandes civilizações, aquilo que se sabe a respeito da saúde mental dos nossos mais antigos antepassados seria que suas hipóteses sobre questões mentais estariam frequentemente caracterizadas como o resultado de crenças de que causas sobrenaturais como possessões demoníacas, maldições, feitiçaria e até mesmo deuses vingativos, estariam por trás dos incomuns sintomas. Uma crença padrão em muitas dessas culturas antigas, mas especialmente dentro da cultura grega, era a de que a dificuldade mental seria vista como algo de origem divina, geralmente como resultado de uma deusa ou deus raivoso. Na tentativa de atribuir isso a uma causa compreensível, as pessoas daquelas civilizações acreditavam que uma vítima ou um grupo de pessoas havia, de alguma forma, transgredido contra sua divindade e estariam sendo punidas como consequência disso. Teria sido necessária a influên- cia dos primeiros filósofos europeus para levar adiante as ideias de “doença” e saúde mental em detrimento da hipótese dos deuses. Em algum lugar entre o V e III séculos a.C. , o médico grego Hipócrates rejeitou a ideia de que a instabilidade mental era o resultado da ira sobrenatural. Sobretudo, impressionantemente, ele teria escrito que os desequilíbrios no pensamento e no comportamento seriam elementos de “ocorrência natural do corpo”, em particular, vindos do cérebro. Durante a Idade Média, ter uma pessoa mentalmente considerada debilitada na família suge- riria um defeito hereditário e desqualificador na linhagem, de maneira a lançar dúvidas quanto à posição social e a viabilidade de toda a família, tamanho era o estigma. A prisão perpétua não estava fora de questão. Durante a Idade Média na Europa, pessoas com dificuldades mentais poderiam ser sujeitas a punições físicas, geralmente espancamentos, como uma forma de represália por seu comportamento antissocial e indesejado. Algumas vezes, até como tentativa de literalmente expulsar seus males. Já no início da Idade Moderna, fim do século XV e início do século XVI, outras opções de tra- tamento além das limitações do cuidado familiar (ou custódia) se fariam presentes, como as casas de trabalho – que nada mais seriam que paróquias vinculadas à igreja oferecendo alojamento, cuidados e alimentação básica aos mais pobres e mentalmente enfermos em troca de trabalho. O clero nas respectivas igrejas desempenhou um papel fundamental no tratamento recebido pelas pessoas em dificuldades mentais da época, uma vez que práticas médicas eram consideradas como uma extrapolação lógica do dever dos sacerdotes, entendido que estes deveriam fazer o que pudessem para tratar dos males de seu povo. Se uma família pudesse pagar por cuidados especiais, eles poderiam enviar a pessoa amada para uma casa particular, de propriedade e operada por membros do clero que se esforçariam para oferecer algum tratamento e conforto. As mudanças das concepções equivocadas sobre a saúde mental, começaram em Paris, no ano de 1792, sob os estudos do Dr. Philippe Pinel quando desenvolveu a tese de que pessoas psicologi- camente enfermas precisariam de cuidados gentis para melhorar suas condições de saúde mental ao contrário da recorrente violência. Ele ordenaria que as instalações sob seus comandos fossem limpas, que os pacientes fossem desencadeados e colocados em quartos com luz solar, autorizados a se exercitarem livremente dentro do hospital e que sua qualidade de cuidado fosse melhorada. No século XX, historiadores e médicos contemporâneos argumentariam que o método moral simplesmente não era funcional como parecia ser. Após este período, a conversa sobre tratamentos e saúde mental estava pronta para dar um grande passo adiante. Surgia a figura de Sigmund Freud inovando os aspectos acerca das doenças mentais. a importância da saúde mental 3
O suicídio não é um fenômeno recente, mas os números têm impactado tão fortemente os órgãos internacionais de saúde que não há dúvidas: estamos diante de um grave problema de saúde pública. No Brasil, cerca de 12 mil pessoas tiram a própria vida por ano, quase 6% da população. No mundo, são cerca de 800 mil de suicídios anuais. O Brasil só perde para os EUA. Não existe um motivo único que leve à depressão, independentemente da idade do paciente. A genética é um dos fatores de risco e pode determinar se uma pessoa tem ou não tendência a desenvolver a doença, mas outros fatores funcionam como gatilhos, como a pressão da vida moderna e as expectativas colocadas nos jovens pela sociedade e pela família. No mundo, as notificações apontam para um suicídio a cada 40 segundos. No Brasil, a cada 46 minutos uma pessoa tira a própria vida. Uma realidade devastadora quando se identifica o perfil das vítimas brasileiras: a maioria é homem, negro, com idade entre 10 e 29 anos, segundo dados do Ministério da Saúde avaliados nos últimos quatro anos e divulgados numa pesquisa no ano passado. Segundo o psiquiatra Rodrigo de Almeida Ramos, os índices apontam que em mais de 90% dos pacientes que se suicidaram havia uma doença mental relacionada. “Na grande maioria dos casos, o diagnóstico associado era de depressão”, ressalta o médico. Principalmente entre os jovens, cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de drogas. Também são fatores de risco para o suicídio situações como desemprego, sensações de vergonha, desonra, desilusões amorosas, além de antecedentes de doenças mentais. Mas a notícia mais impactante é: a OMS também afirma que o suicídio tem prevenção em 90% dos casos.
Estranhas coincidências em sua vida. Pequenos eventos curiosos. Pressentimentos. Telepatia. Isso acontece com você também? A física quântica e a teoria da sincronicidade explicam os fenômenos extra-se