Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE POTIGUAR

CURSO DE PSICOLOGIA

PATRICIA FERNANDES DE SOUZA


1281919699

RESENHA TORNAR-SE PESSOA

NATAL/RN
2023
ROGERS, Carl R. “Tornar-se Pessoa”. 6ª Ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.

Publicado em 1961, a obra Tornar-se Pessoa do psicólogo Carl Rogers transmite


uma sensação de continuidade e complexidade olhando profundamente para dentro de si
mesmo, examinando o sujeito e sua totalidade como o projeto de uma pessoa entendendo sua
subjetividade. Trata-se de uma coletânea de artigos de inscritos de 1951 a 1961, de início,
Rogers acreditava que ele estava conversando com um terapeuta e só depois disso, descobriu
que na verdade "ele estava escrevendo cartas para as pessoas - enfermeiras, donas de casa,
famílias, empresários, pastores, professores, jovens". Este livro vendeu milhões na época,
tornando o Rogers reconhecido como o psicólogo da América, com isso qualquer questão
sobre a mente o mesmo era consultado.

O propósito deste livro é compartilhar algumas das experiências de Rogers - algo


sobre o mesmo e o que passou a acreditar, de maneira que a melhor vida é um processo fluido
e mutável no qual nada é fixo. Quando se trata de lidar com pessoas, diz que agir como se não
fosse alguém não ajuda a longo prazo. Quando uma pessoa se torna capaz de assumir sua
própria experiência, ela passa a aceitar a experiência dos outros, apreciando e valorizando
suas próprias experiências e as dos outros.  Portanto, era satisfatório abrir canais onde outras
pessoas pudessem comunicar seus sentimentos e suas perspectivas particulares sobre o mundo

Carl Roger fala sobre sua trajetória, como se tornou psicólogo e que houve dúvida
se seguia a carreira, fala do surgimento da psicologia humanista e seus fenômenos.
Rogers moldou sua vida através da leitura e de suas próprias experiências de vida, ele
descreve que o crescimento humano nasce da confiança entre pessoas. Fala na importância da
afinidade terapeuta e cliente. Diz que se sente mais eficaz quando passa a ouvir ele mesmo. O
momento que você aceita outra pessoa, torna-se um momento enriquecedor. Terapia é a
entrega subjetiva. Assim, reconheceu que a razão pela qual recruta na pesquisa e na
construção de teoria é para satisfazer a necessidade de apreender a ordem e o significado de
uma necessidade subjetiva que existe dentro dele.

Às vezes ele envolvia-se em pesquisas por outros motivos: para satisfazer os


outros, para convencer oponentes e céticos, para promover sua profissão, para ganhar
prestígio e por outros motivos menos nobres. Esses erros em seu julgamento e atividade
serviram apenas para se convencer de que só há uma razão para exercer a atividade científica:
a satisfação de sua necessidade interior de encontrar significado.
A linha fundamental de construção deste livro é que as pessoas tenham
verdadeiramente uma orientação positiva. Essa orientação positiva não deve ser confundida
com otimismo exacerbado ou ingênuo e desperta a comunidade científica ao afirmar que o
próprio ser humano possui força interior, poder pessoal para encontrar respostas para suas
próprias dores e problemas. O processo terapêutico será assim uma forma de libertar o poder
interior (ego) do homem, devolvendo-o e fazendo-o confrontar-se consigo mesmo, com os
outros e com o mundo através da sua própria reflexão. O paciente começa a entender que não
precisa mais ter medo dessas experiências, mas que pode acolher o que elas oferecem como
parte de seu processo de transformação e convergirá para uma atitude de respeito e
crescimento. O processo humanístico também representa a abertura e desenvolvimento do
psicoterapeuta que deve desenvolver habilidades para maior compaixão por seus pacientes,
tais como: ser autêntico e lógico consigo mesmo; aceitar e considerar que seu paciente é de
fato um ser humano valioso, independentemente de valores pessoais, escolhas e crenças; uma
compreensão do todo, maior empatia pelo mundo e o fluxo emocional que permite que os
pacientes reajam às circunstâncias que vivenciam. Dado esse histórico e abordagem, os
pacientes tornam-se mais realistas em suas percepções internas e profundas; mais confiantes
em suas próprias conclusões e inclinados a buscar suas próprias respostas; mais maduros
socialmente.

 A abordagem centrada na pessoa representa uma abertura e desenvolvimento


também para os psicoterapeutas, que devem desenvolver aptidões de maior empatia para com
o paciente, como: ser sincero e lógico consigo mesmo; aceitação e consideração de que seu
paciente é realmente uma pessoa de valor, independentemente de valores, escolhas e crenças
individuais; uma compreensão do todo e uma maior empatia com o mundo e o fluxo de
sentimentos que fazem o paciente agir e reagir aos contextos vividos. Dado esse contexto e
foco, o paciente se torna mais realista em suas percepções internas e profundos; mais seguros
de suas conclusões e orientados a encontrar suas próprias respostas; mais maduros
socialmente, pois podem ver a experiência como um aprendizado sobre si e sobre o mundo
capaz de programar mudanças em seu comportamento que conduzir benefícios para suas
experiências; mais positivo em sua apreciação de si mesmo; menos perturbado pelos choques
e traumas vividos e receptivo para se recuperar deles; mais integrado e funcional e melhor
conectado à estrutura de sua própria personalidade, com o processo da cura a fim de que o
”torne-se humano”. Isso significa que o paciente se sente integrado no fluxo e em todos os
aspectos de sua personalidade. Agora ele vive e conhece e reconhece profundamente seus
sentimentos, aceita-os. A confiança agora constrói suas experiências e vivências, respeitando
e aceitando o fluxo de mudança que envolve a vida. Ele se sente livre para mudar a
perspectiva com a qual analisa sua realidade e se sente um agente de mudança, além disso, a
cada nova experiência vivida e adquirida ele é um mutante. Portanto, ele vive, aceita e confia
em si mesmo como pessoa em eterna transformação.

A existência humana é moldada pela experiência. Essa mudança ocorre em


constante mudança, através da autocriação.  Porque todo ser humano tem os pré-requisitos
necessários que o tornam possível.  Mas o crescimento só é possível se você se permitir. 
Obtenha elementos positivos através das atitudes psicológicas dos outros.  As pessoas que
estão em constante crescimento tendem a:  Permita-se explorar e crescer naturalmente.  Uma
atitude psicológica positiva em psicoterapia.

Você também pode gostar