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GEOGRAFIA
2º Ano
Fax: 23323501
E-mail: isced@isced.ac.mz
Website:www.isced.ac.mz
3
Agradecimentos
Edição XXXXX
Tiragem
Gráfica
4
Índice
Visão geral 6
Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Geografia Física de Moçambique ............................ 6
Objectivos do Módulo ....................................................................................................... 6
Ícones de actividade .......................................................................................................... 8
Habilidades de estudo ........................................................................................................ 8
Precisa de apoio? ............................................................................................................. 10
Tarefas (avaliação e auto- avaliação) .............................................................................. 11
Avaliação ......................................................................................................................... 11
Sumário............................................................................................................................ 54
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 55
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................ 56
UNIDADE Temática 3.2. Os Factores que Influenciam o Clima de Moҫambique ........ 56
Introdução ....................................................................................................................... 56
Sumário............................................................................................................................ 57
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 58
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................ 58
UNIDADE Temática 3.3: Hidrogeografia de Moçambique – Classificação e factores .. 59
Introdução ....................................................................................................................... 59
Sumário............................................................................................................................ 68
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................ 68
Visão geral
Objectivos do Módulo
Este Módulo foi concebido para estudantes do 2º ano do curso de licenciatura em ensino
de Geografia do ISCED. Poderá ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se
actualizar e consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem-vindos, não
sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o manual.
Como está estruturado este módulo
Este módulo de Geografia Física de Moçambique, para estudantes do 2º ano do curso de
licenciatura em ensino de Geografia, à semelhança dos restantes do ISCED, está
estruturado como se segue:
7
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos. No final de cada unidade
temática ou do próprio tema, são incorporados antes o sumário,
exercícios de auto-avaliação, só depois é que aparecem os
exercícios de avaliação.
Outros recursos
Comentários e sugestões
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes
ícones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem
indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de
actividade, etc.
Habilidades de estudo
as quais esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos,
procedendo como se segue:
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação crítica dos conteúdos
(ESTUDAR).
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado durante um
determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da matéria em profundidade e
passar só ao seguinte quando achar que já domina bem o anterior.
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e estudar, que saber
tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar o útil ao agradável: Saber com
profundidade todos conteúdos de cada tema, no módulo.
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo superior a uma
hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de
descanso (chama-se descanso à mudança de actividades). Ou seja que durante o intervalo
não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das actividades obrigatórias.
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual obrigatório, pode conduzir ao
efeito contrário: baixar o rendimento da aprendizagem. Por que o estudante acumula um
elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando
interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por fim ao perceber que
estuda tanto mas não aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por se achar
injustamente incapaz!
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Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação. Aprenda a ser
estudante de facto (aquele que estuda sistematicamente), não estudar apenas para
responder a questões de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que está a se formar.
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar
durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o utilizar
produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades.
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma necessidade para
o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A colocação de notas nas margens
pode ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que
está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas,
nomes, pode também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados com
o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão
do texto e não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que surja um
conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar;
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o material de estudos
impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como falta de clareza, alguns erros de
concordância, prováveis erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas
trocadas ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e apoio ao
estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, SMS, E-mail, se tiver tempo,
escreva mesmo uma carta participando a preocupação.
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico e Administrativo),
é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância
da comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se torna incontornável:
entre estudantes, estudante – Tutor, estudante – CR, etc.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a oportunidade
de interagir fisicamente com staff do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central
do ISCED indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste período pode
apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou administrativa.
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do tempo de estudos a
distância, é muita importância, na medida em que permite-lhe situar, em termos do grau
de aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira ficar a saber se precisa
de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos
relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e
unidade temática, no módulo.
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Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos
de entrega, implica a não classificação do estudante. Tenha sempre presente que a nota
dos trabalhos de campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da
disciplina/módulo.
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os mesmos devem ser
dirigidos ao tutor/docente.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem
ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do autor.
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do (s) autor (es). Uma transcrição à letra de
mais de 8 (oito) palavras do texto de um autor, sem o citar, é considerado plágio. A
honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos autorias devem caracterizar
a realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED).
Avaliação
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, estando eles fisicamente
separados e muito distantes do docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez
seja uma avaliação mais fiável e consistente.
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um mínimo de 90% do
total de tempo que precisa de estudar os conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de
contacto presencial conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A
avaliação do estudante consta detalhada do regulamento de avaliação.
1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de outras pessoas, sem
prévia autorização.
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Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) trabalhos e 1 (um) (exame).
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como ferramentas de
avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em consideração a
apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, a forma de conclusão dos
assuntos, as recomendações, a identificação das referências bibliográficas utilizadas, o
respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de Avaliação do ISCED.
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Introdução
Moçambique adquiriu a actual forma geográfica, representada no Mapa 1, em Maio de
1891, altura em que foi assinado o tratado Anglo-Português de partilha das zonas de
influência em África. Tal tratado serviu para legitimar, entre as nações coloniais
europeias, uma ocupação que no caso de Moçambique remonta do século XVI, período
em que Portugal iniciou a ocupação da costa oriental de África.
Moçambique é um país da África Austral que se situa entre a foz do Rio Rovuma e a
República da África do Sul, mais concretamente entre os paralelos 10° 27’ e 26°
52’latitude Sul e os meridianos 30°12’ e 40°51’ longitude Este. Faz fronteira com a
República da Tanzânia, a Norte, Malawi, Zâmbia, África do Sul e Swazilândia, a Ocidente,
República da África do Sul a Sul e é banhado pelo Oceano Índico em toda a sua extensão
a Leste.
A Geografia Física é uma vertente voltada para a análise dos elementos naturais do
espaço terrestre. Ela aborda as características da Terra, sua dinâmica e elementos
naturais, tais como o clima, relevo, geologia, topografia, vegetação, hidrografia, entre
outros. Moçambique é um país com uma grande extensão geográfica (799.380 Km 2) e
caracteriza-se pela ocorrência de uma enorme geodiversidade da qual fazem parte todos
os tipos genéticos de rochas, com idades que vão desde o Arcaico ao Quaternário,
minerais (alguns deles raros), fósseis, lagos interiores, pântanos, zonas marinhas e
continentais, vários tipos de clima (tropical, subtropical, de altitude, semidesértico) e por
altitudes que vão de 0 a mais de 2.000 metros.
Introdução
A Fronteira norte é estabelecida pelo curso do rio Rovuma entre a sua foz e a sua
confluência com o rio Messinge. Deste ponto para o oeste corre uma linha convencional
até um ponto ao meio do lago Niassa.
Fronteira Sul - Vai do rio Maputo até a confluência com o rio Pongolo. Deste ponto em
direcção geral Este corre uma linha convencional até Ponta de Ouro.
Moçambique tem uma superfície total de 799380 km2 dos quais 1300Km2 são ocupados
por águas interiores e as restantes 786380Km2 por terra firme (Barca, 1992 & INE, 2003,
p. 5).
Moçambique apresenta uma costa com recortes, ora com saliências (pontas e cabos) ora
com reentrâncias (baías), praia, areias, associadas com mangais dunas, calcários, rocha,
etc.
1.3.2 Cabos
Cabo é um acidente geográfico formado por uma massa de terra que se estende por
um oceano ou mar que lhe está adjacente. Os principais cabos de Moçambique são:
Província de Cabo Delgado
Cabo Sualfo
Cabo Paquete
Província de Nampula
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Cabo Culumulomo
Província de Inhambane
Cabo das Correntes
Cabos São Sebastião
Cabo Bazaruto
Província de Maputo
Cabo de Inhaca
Cabo de Santa Maria
1.3.3 Pontas
Província de Cabo Delgado
Ponta Maunhane
Ponta de Diabo
Província de Nampula
Ponta Nangate
Ponta Serissa
Ponta Olinga
Ponta Bajone
Ponta Tangalane
Ponta Macovane
Província de Inhambane
Ponta da Barra
Ponta Závora
Província de Maputo
Ponta do Ouro
1.3.4 Baias
Baía é a menor entrada do mar na costa com uma extensão considerável.
Baía de Memba
Província de Zambézia
Baía de Quelimane
Província de Sofala
Baía de Sofala
Baía de Nhandoze
Província de Inhambane
Baía de Inhambane
Província de Maputo
Baía de Maputo
Uma Ilha é uma porção de terra que se localiza circundada por água em todos os seus
lados. Ao passo que, península é uma porção de terra semelhante a uma ilha mas que se
liga ao continente por um de seus lados. As principais ilhas do territorio Moçambicano
são:
Ibo (a maior)
Tecomagi
Queramimbi
Vamazi
Metundo
Quifuqui
Tambuzi
Quirimba
Mefunco
Quissiro
Niuni
Quero
Midjumbi
Necaloi
Matemo
Província de Nampula
Ilha de Moçambique
Ilha de Angoche ou ilha Segunda
Província da Zambézia
Ilha Primeira (ilha do Fogo, Silva e Coroa)
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Província de Sofala
Ilha de Chiloane
Província de Inhambane
Arquipélago de Bazaruto composta por 3 ilhas
Ilha de Bazaruto, Santa Carolina e Megarugue.
Província de Maputo
1.3.6 Praias
Em Moçambique, as praias têm sofrido, ao longo do tempo, uma certa pressão natural e
humana que vem perigando a sua existência e dos organismos que nela habitam. Elas
ocorrem em toda a zona costeira do país (Honguane, 2007). Em Moçambique distinguem-
se os seguintes tipos de praias:
Arenosa, composta sobretudo por areia, são desprovidas de vegetação e a fauna é
também escasso devido a acções antropológicas que estão expostas. A costa Sul do País
(de Bazaruto até a Ponta de Ouro) é composta sobretudo por praias arenosas.
Lodosa, composta sobretudo por lodo, tornando-a mais estável que as praias arenosas.
O lodo fornece substrato para fixação de inúmeros animais como conchas, amêijoas,
caranguejos, camarão e peixes. A costa central do País, entre Angoche e Ilha de Bazaruto,
com cerca de 900 Km, é composta por praias, pântanos e estuários (as praias entre
Pebane e a foz do Zambeze são de areia preta).
Rochosa, composta sobretudo por rochas, estas têm sido afectadas pelo movimento das
areias, devido aos factores naturais e a erosão das dunas, resultando numa acumulação
de areia na praia rochosa, também têm sido afectadas pela remoção das pedras e
destruição de outras para uso na construção de casas, o que periga a estabilidade da
costa.
A parte Norte da costa moçambicana, do rio Rovuma até ao Arquipélago formado das
Ilhas Primeiras e Segundas (província de Nampula), cobrindo cerca de 700 Km, é
composta essencialmente por corais.
1.4.2 Os Mangais
Constituem este ecossistema formações com enorme riqueza, tendo um papel
importante na regulação do meio ambiente e o alto valor económico. São dos ambientes
mais específicos e importantes que existem.
O mangal é um ecossistema que tem a função de limpeza da água que é drenada da terra
para o mar (até uma determinada capacidade filtra elementos como toxinas, químicos,
hidrocarbonetos, etc.).
Os mangais são importantes na prevenção da erosão da costa e das margens dos rios, na
redução das cheias e na reprodução das espécies marinhas, como é o caso do camarão.
Também constituem fontes de medicamentos, material de construção, alimento,
combustível lenhoso, etc.
Em Moçambique, constitui uma das formações vegetais mais abundantes, abrangendo
uma área de cerca de 450 mil hectares, encontrando – se com maior relevância nas
províncias de Nampula, Zambézia e Sofala. Cerca de 10 espécies de mangal ocorrem em
Moçambique, destecando – se como principais espécies do mangal, as seguintes: mangal
branco (Alvicennia marina), mangal vermelho (rhizophora mucronata) e mangal negro
(bruguiera gymnorrhisa).
Este ecossitema tem múltiplas funções, a saber: serve de habitats e alimentos para muitas
espécies marinhas, produzem sedimentos e integram com recifes de corais e mangais na
redução das forças das ondas e regula o fluxo da água.
1.4.4 Praias
As praias são bercário de muitas espécies de peixe, crustáceos e moluscos. O território
moçambicano é rico em praias ao longo dos seus 2700 km de costa. A zona Norte do País
(Rovuma a Angoche), é caracterizada por possuir prais rochosas, estas são formadas por
rochas que constituem locais de abrigo para muitas espécies marinhos, não obstante na
estabilização da costa.
A região Centro do País possui praias lodosas, formadas por lodo tornando – as mais
estáveis que as praias arenosas. Enquanto na Região Sul as praias são arenosas com dunas
muito altas e cobertas de vegetação bastante frágil.
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
3. Moçambique tem uma superfície total de 799380 km2 dos quais 1300Km2 são ocupados
por águas interiores e as restantes 786380Km2 por terra firme. A menor largura é de:
A. 74,5Km
B. 47,5Km2
C. 47,5 km
D. 74.5 Km2
4. A maior largura de Moçambique é de 963,5 km à partir de Y até ao marco da fronteira
I, situado na confluência do rio Zambézia na província de Tete em Zumbo. A lentra Y
representa:
A. Ilha de Moçambique
B. Baia de Angoche
C. Baixa de Memba
D. península de Mossuril
Exercícios de AVALIAÇÃO
1. Moçambique apresenta uma costa com recortes, ora com saliências ora com
reentrâncias. A província possui mais ilhas é a de:
A. Niassa
B. Nampula
C. Sofala
D. Cabo Delgado
2. Moçambique apresenta uma costa com recortes, como são os casos de ilhas e baias.
Qual das províncias costeiras do nosso país não possui ilhas?
A. Cabo Delgado
B. Nampula
C. Gaza
D. Sofala
3. A extensa da costa leste é banhada pelo Oceano Índico que, através do Canal de
Moçambique a separa da Ilha de Madagáscar. As províncias Moçambicanas que não são
banhado pelo oceano índico são:
A. Niassa e Nampula e Manica
B. Niassa, Tete e Manica
C. Sofala, Gaza e Tete
D. Cabo Delgado e Sofala e Gaza
4. Moçambique está dividido em 3 regiões Norte, Centro e Sul e, é composta no tatal por
11 províncias. Fazem parte da Região centro as seguintes províncias:
A. Zambézia, Tete, Manica, Sofala
B. Sofala, Tete e Manica
C. Sofala, Zambeze e Tete
D. Manica, Tete, Sofala e Imhambane
A. Arenosa
B. Argilosa
C. Lodosa
D. Rochosa
3. Esse tipo de praia são mais estável e fornece substrato para fixação de inúmeros animais
como conchas, amêijoas, caranguejos, camarão e peixes, etc. esta-se tratando de praias:
A. Arenosa
B. Argilosa
C. Lodosa
D. Rochosa
4. Estas praias têm sido afectadas pelo movimento das areias, devido aos factores naturais e a
erosão das dunas, resultando numa acumulação de areia, também têm sido afectadas pela
remoção das pedras e destruição de outras para uso na construção de casas, o que deixa instavel
a costa. As caracteristicas aqui apontadas fazem parte de praias:
A. Arenosa
B. Rochosa
C. Lodosa
D. Argilosa
5. Ilhas é uma porção de terra emersa rodeada de água, nos oceanos, mares e lagos. Na
região Sul as ilhas mais importantes para visita dos turistas são:
A. Bazaruto, Goa e Inhaca
B. Bazaruto, xefina e Sena
C. Quirimbas, xefina e Inhaca
D. Bazaruto, xefina e Inhaca
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8. Cabo é um acidente geográfico formado por uma massa de terra que se estende por
um oceano ou mar que lhe está adjacente. Os Paquete, Bazaruto e Santa Maria encontra-
se respectivamente nas provincias de:
A. Gaza- Maputo e Inhambane
B. Zambezia – Inhambane e Nampula
C. Cabo Delgado – Inhambane e Maputo
D. Nampula – Sofala e Gaza
9. A extensa da costa leste é banhada pelo Oceano Índico que, através do Canal de
Moçambique a separa da Ilha de Madagáscar. As províncias Moçambicanas que não são
banhado pelo oceano índico são:
A. Niassa e Nampula e Manica
B. Cabo Delgado e Sofala e Gaza
C. Sofala, Gaza e Tete
D. Tete, Manica e Niassa,
Chaves de Respostas: 1-C, 2-A, 3-C, 4- B, 5-D, 6-A, 7-B, 8-C, 9-D, 10-D, 11-B, 12-A, 13-C, 14-A,
15-B.
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Introdução
A geologia moçambicana é caracterizada por depósitos sedimentários do Pré-
câmbrico, que ocupam duas bacias principais: a bacia austral que corresponde a zona
centro e sul de Moçambique, e a bacia do Rovuma que ocupa a zona costeira da
Província de Cabo Delgado, tornando-se mais larga na direção norte, desde o rio Lúrio
até ao rio Rovuma, na Província de Cabo Delgado. Esta bacia é constituído por
depósitos sedimentares do mesa-Cenozoico, com idade entre Cretáceos e Meia
plioceno (Kairu and Nyandwi, 1997 citado em Honguane 2007).
A morfologia do litoral é caracterizada por áreas baixas, com altitude que vai até cerca
de 200m acima do Nível Médio do Mar. A linha da costa é caracterizada por extensões
intermitentes de praias arenosas, dunas recentes e lagoas e baias costeiras, na zona
sul; por extensa e densa vegetação e pântanos de mangal, no centro; por recifes de
coral, praias rochosas e ilhas no norte de Moçambique.
Introdução
Pré-câmbrico – é uma unidade geológica constituída por rochas mais antigas formadas
há mais de 600 milhões de anos. Esta formação ocupa uma superfície de 534 000 km2 ,
equivalente a 2/3 do território nacional, apresentando sua maior expressão nas
regiões Centro e Norte de Moçambique.
Fanerozoico
Karroo – localiza-se nas províncias de Cabo Delgado, Niassa, Tete, Manica e Sofala. Os
segmentos de Karroo são caracterizados pela sua origem continental e estão
depositados nas falhas, sobretudo nas províncias de Manica e Tete. Em Moçambique
o karroo tem 3 divisões: indiferenciado, inferior e superior. Possui enormes jazigos de
carvão, germano, perlites, ágatas e bentonites (Paulino et al., 2010).
Jurássico – localiza-se nas províncias de Tete, Nampula e Cabo Delgado, onde forma
enormes bacias carboníferas, dividindo-se em quatro andares: o Dwyka, Ecca, Beanfort
e Stromberg. Estas são ricas em grés calcário e conglomerados.
Sumário
Nesta unidade temática tratamos sobre a estrutura geológicas, as grandes eras geológicas e
suas localizações em território moçambicano, abordamos de igual modo as formações das
grandes eras geológicas e finalmente apresentamos a distribuição de acordo com o sistema do
Rift que atravessa o país.
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
Exercícios de AVALIAÇÃO
3. Das afirmações que se seguem, marque com “V” as verdeiras “F” as falsas.
3.1. Cretácico localiza-se a sudeste da província de Tete em Lupata e é constituído por
rochas sedimentares.
3.2. As rochas quaternárias resultam da decomposição e destruição das rochas do
Primárias.
A B
Cretácico Província de Tete
Karroo Províncias de Cabo Delgado, Niassa,
Tete, Manica e Sofala
Jurássico Províncias de Tete, Nampula e Cabo
Delgado
Chaves de Respostas: 1-D, 2-C, 3-V, 4-F, 5-Linear
Introdução
2.2.2 Mármore
O mármore ocorre em todas as unidades do Proterozóico de Moçambique. Os
depósitos de mármore mais estudados são os de Montepuez e Netia. Outras
ocorrências de mármore existem em Metolola próximo de Morrumbala-Chire
(província da Zambézia), Matema ao longo do rio Zambeze (província de Tete) e em
Malula a 50 km a norte de Lichinga (província de Niassa). São também de assinalar as
ocorrências de Mazeze, Mesa e Negomano (província de Cabo Delgado), as de
Massanga, Mungári e Madzuire (província de Manica), e as de Chire-Morrumbala
(província da Zambézia) (Afonso & Marques, 1998).
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2.2.5 Anortosito
Estas rochas ocorrem na província de Tete ao longo da linha-férrea que liga Necungas
à Beira (no distrito de Moatize), em Sicarabo e Chipera (Afonso & Marques, 1998). Fig.
14).
2.2.6 Labradorito
O labradorito pode ser encontrado em vários locais dentro da Suite de Tete (antigo
Complexo Gabro-Anortosítico de Tete). Grandes cristais de labradorite ocorrem a
cerca de 20 km a leste de Moatize (Lächelt, 2004; GTK Consortium, 2006).
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2.2.7 Calcário
Em Moçambique, o calcário tem sido explorado como matéria-prima para a indústria
de construção (produção de cimentos). Cerca de metade dos calcários e calcários
dolomíticos são do Cretácico e Quaternário. Segundo Cílek (1989), nas Formações de
Cheringoma (Eocénico) e de Jofane (Miocénico), a sul de Moçambique, ocorrem
calcários puros. Os depósitos da área de Chire e de Canxixe - Maringué são
reconhecidos como contendo calcários puros de qualidade elevada (Lächelt, 2004).
Em termos genéticos, em Moçambique o calcário ocorre em Bacias sedimentares
meso-cenozóicas (Lächelt, 2004):
Salamanga, Sábiè e Magude, na província de Maputo;
Mapulanguene e Massingir, na província de Gaza;
Inharrime, Morrumbene-Homoíne, Jofane e Vilankulo, na província de
Inhambane;
Rio Save, nas províncias de Inhambane, Sofala e Manica;
Búzi e Cheringoma, na província de Sofala;
Nacala, na província de Nampula;
Pemba e Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado.
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
A. Bentonite
B. Mármore
C. Anortosito
D. Labradorito
A. Bentonite
B. Mármore
C. Anortosito
D. Labradorito
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A. Bentonite
B. Mármore
C. Anortosito
D. Labradorito
4. São dioritos e gabros de grão fino e médio, de cor cinzenta, cinzenta - escura a
verdes. Ocorrem frequentemente no soco Proterozóico em Gôndola, Memba e
Buzimuana. São rochas:
A. Bentonite
B. Mármore
C. Anortosito
D. Granitos negros
5. O bauxite ocorre no monte da Serra de Moriangane, Serra Vumba, na área de
Chimanimani-Rotanda, Serra Suira e Catandica.
Exercícios de AVALIAÇÃO
1. Em Moçambique, o calcário tem sido explorado como matéria-prima para a
indústria extrativa.
2. O calcário na província de Nampula ocorre no distrito de:
A. Ancgoche
B. Memba
C. Nacala
D. Malema
Introdução
Moçambique é caracterizado pela ocorrência de uma grande variedade de minerais e
rochas de vários tipos, com idades que vão desde o Arcaico ao Recente. Algumas das
ocorrências constituem recursos geológicos com interesse económico. Os fósseis
ocorrem em geral na Bacia do Rovuma a norte de Moçambique e, a sul, na Bacia de
Moçambique em rochas sedimentares depositadas durante o desenvolvimento do
Sistema do Rifte da África Oriental.
O nosso país tem uma variedade de minerais que podemos agrupar da seguinte
maneira:
Minerais energéticos
Minerais metálicos
Minerais não metálicos
Águas minerais-medicinais
Ocorrências de rútilo têm sido exploradas na zona norte de Pemba e o Placers com
baixo teor de Cr2O3 ocorrem em Pebane e Angoche (Lächelt, 2004).
Depósitos de ilmenite e rútilo também ocorrem na zona sul de Moçambique, próximo
de Xai-Xai e Chongoene. O maior depósito de dióxido de titânio do mundo ocorre em
Chibuto, na província de Gaza, sul de Moçambique. Em geral, pode concluir-se que
concentrações de areias pesadas ocorrem ao longo de toda a costa moçambicana. Os
depósitos de areias pesadas mais importantes da zona costeira de Moçambique são os
de Moebase/Mecalonga/Tigen, na província da Zambézia, e de
Congolone/Quinga/Moma, na província de Nampula.
A prata ocorre parcialmente em associação com o ouro nas províncias de Tete e
Manica. Depósitos de ouro também ocorrem nas Províncias de Niassa, Cabo Delgado,
Nampula, Zambézia e Sofala (Lächelt, 2004).
Asbestos
Em Moçambique, depósitos e ocorrências de asbestos crisótilo e antofilite ocorrem em
vários locais (Cílek, 1989; Fig. 5):
Serra Mangota na Província de Manica;
Mavita no Grupo de Manica;
Zona de Fíngoè na Província de Tete;
Monte Atchiza na Província de Tete;
Chicôa na Província de Tete próximo à barragem de Cabora Bassa;
Tsangano na Província de Tete na fronteira com o Malawi;
Mulevala na Província da Zambézia;
Mulatala na zona de Nacala na Província de Nampula;
Pemba-Ancuabe na Província de Cabo Delgado.
As principais jazidas de asbestos são as de Mavita, as da região de Mulevala e as de
Mulatala (Afonso & Marques, 1998).
Berilo
A principal fonte de berilo é o pegmatito do Alto Ligonha, na província da Zambézia
(Cílek, 1989; Afonso & Marques, 1998; Lächelt, 2004). Outras fontes de berilo são
(Cílek, 1989):
Monapo-Nacala na Província de Nampula;
Ribauè-Montepuez-Nipepe nas Províncias de Nampula e Niassa;
Balama-Montepuez-Mueda-rio Rovuma na Província de Cabo Delgado;
Zumbo-Zâmbuè na Província de Tete.
Grafite
Grafite ou grafita é um mineral cinza escuro, metálico e macio, que ocorre na
natureza em forma de cristais hexagonais com estrutura em camadas. As áreas mais
importantes de ocorrência de grafite são (Lächelt, 2004):
Zona de Angónia na Província de Tete;
Estrutura de Monapo na Província de Nampula;
Zona de Ancuabe na Província de Cabo Delgado;
Faixa do Lúrio na Província de Cabo Delgado;
Estrutura de Morrola em Montepuez na Província de Cabo Delgado, etc.
43
Florite
Bentonete Maputo
Sumário
Nesta unidade temática abordamos principais minerais e sua ocorrência. Referimos que
Moçambique é um país muito rico em minério, e a exploração das jazidas de carvão,
ferro e outros metais, pedras preciosas e minerais pesados, está em plena expansão.
Este sector, que tradicionalmente representa a maior parte das exportações do país,
oferece grandes potencialidades de investimento na próxima década.
Introdução
Moçambique com uma enorme diversidade natural, é caracterizado pela ocorrência
de uma grande variedade de solos. O conhecimento dos tipos de solos do nosso país
ajuda nos a compreender as actividades nela desenvolvida e delinear estratégias para
a sua rentabilidade, assim como a sustentabilidade dos mesmos.
Na parte meridional é arenoso, avermelhado ou branco, excepto nos vales dos rios, onde
se encontram terras de aluvião, predominam solos arenosos de baixa fertilidade e baixo
poder de retenção de água, sendo intercalados por solos arenosos brancos fluviais e
marinho. Ao longo dos vales dos rios Incomáti e Limpopo encontram – se solos fluviais de
alta fertilidade.
Na zona central a terra é escura e argilosa, por vezes pantanosa. predominam solos francos
– argilosos – arenosos – avermelhados. No curso médio e inferior do Rio Zambeze
predominam solos fluviais com elevada fertilidade.
Na região Norte onde predominam rochas do Precâmbrico e com precipitação abundantes,
os solos predominantes são os argilosos variando entre os francos – argiloso –
avermelhados que ocupa a maior área, e os argilosos vermelhos e castanhos profundo com
boa permeabilidade e drenagem. No norte da Zambézia e Nampula, o solo, nos intervalos
das formações montanhosas, é leve e escuro, bastante fértil. Mais a norte até à fronteira
da Tanzânia, aparecem de novo as areias coradas de vermelho pelo óxido de ferro que
estas contêm.
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
A. Solos arenosos
B. Solos delgados
Chaves de Respostas: 1-V, 2-F, 3-A, 4-C, 5-Linear, 6-A , 7-C, 8-A, 9-B.
50
Introdução
Os tipos de clima em Moçambique (Figura 7) são determinados pela localização da
zona de baixas pressões equatoriais, das células anticiclónicas tropicais e das frentes
polares do Antárctico (Muchangos, 1999).
O litoral moçambicano sofre influências da corrente quente Moçambique Agulhas e
dos correspondentes ventos dominantes marítimos do quadrante Leste.
Em Moçambique existem duas estações: estação quente e chuvosa e estação seca e
fresca. A estação quente e chuvosa tem início no mês de Outubro e termina em Março.
A estação seca e fresca vai de Abril a Setembro.
Moçambique possui, de uma maneira geral, um clima quente e húmido. As principais
variações climáticas estão relacionadas com os seguintes factores: continentalidade,
altitude, exposição e posição geográfica.
O carácter predominantemente tropical do clima moçambicano, exprime-se
sobretudo pela coincidência entre o período de chuvas e o período quente, e pela
amplitude térmica anual que é, em todo País, inferior à diurna. Segundo Muchangos
(1999), a temperatura média anual é sempre superior a 20oC, excepto nas montanhas
das Províncias de Niassa, Zambézia, Tete e Manica, onde ocorrem temperaturas
inferiores a 16ºC, condicionadas pela altitude (Figura 9). As temperaturas mais
elevadas registam-se entre os meses de Dezembro e Fevereiro, podendo as máximas
atingir 38º e até mesmo 49º C. Os meses mais frios são Junho e Julho.
Introdução
Moçambique é um país que na sua maioria localiza-se na zona intertropical, por isso
o clima é quente. O período das chuvas, que tem início em Outubro, é mais curto que
o período seco, excepto em algumas regiões costeiras onde as chuvas duram
aproximadamente 6 (seis) meses Manhiça (2013).
51
Figura 9. Distribuição das temperaturas médias anuais em Moçambique. Fonte: INAM, (2010)
Sumário
Nesta unidade temática abordamos que clima de Moçambique é predominantemente
tropical húmido, com duas estações: fresca e seca e quente e húmida. Os elementos
do clima são fenómenos atmosféricos que definem e caracterizam o clima. Por
exemplos: a temperatura, a humidade atmosférica, a nebulosidade, a pressão
atmosférica, a precipitação atmosférica, ventos, etc.
55
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
Exercícios de AVALIAÇÃO
Introdução
3.2.1 Latitude
A latitude é proximidade ou afastamento do equador. A temperatura vária em função
da latitude, pois verifica-se que á medida que a latitude aumenta a temperatura
diminui, visto que devido á forma esférica da terra, ligeiramente achatados nos pólos,
os raios solares incidem com maior intensidade.
A região Norte de Moçambique é a mais quente que a região Sul. Por isso na região
Norte as chuvas são mais frequentes, daí há predominância do clima tropical húmido.
3.2.2 Altitude
57
Quanto maior for a altitude menor será a temperatura, este fenómeno, chama-se
gradiente térmico. A temperatura diminui á medida que a altitude aumenta. Em cada
1000 metros de altitude a temperatura diminui 0.6º.
Nas zonas montanhosas como Maniamba-amaramba, Chire-Namúli, Marávia-Angónia,
Mueda, Montes Libombos e Manica, as chuvas são mais abundantes e as temperaturas
são baixas devido ao factor relevo.
3.2.3 Continentalidade
Continentalidade é proximidade ou afastamento do mar. O mar possui um efeito
amenizador sobre a variação da temperatura, originando um maior equilíbrio térmico
nos locais que se situam junto ao litoral. Assim, no Porto as temperaturas não são tão
elevadas no Verão e tão baixas no inverno.
As temperaturas e as chuvas variam com a aproximaҫão ou afastamento do mar. As
zonas do litoral de Moçambique apresentam maiores humidades, precipitações e
evaporações.
No interior de Moçambique as chuvas são raras devido ao afastamento em relaҫão ao
mar, sobretudo no interior da zona Sul do Save, Norte de Manica e Sul de Tete, por
serem zonas de planícies.
A medida que se caminha do mar para o interior do país o ar húmido torna-se cada vez
mais seco, por isso o clima é tropical seco.
Sumário
O clima de Moçambique é influenciado pelas monções do Oceano Índico e pela
corrente quente do Canal de Moçambique, é de uma maneira geral tropical e húmido,
com uma estação seca que, no Centro e Norte, vária de quatro a seis meses enquanto
no Sul, com clima tropical seco, se prolonga por seis a nove meses. As chuvas ocorrem
entre outubro e abril. Nas montanhas, o clima é tropical de altitude. As temperaturas
médias são da ordem do 20º no Sul, enquanto a Norte esse indicador ronda os 26°. As
temperaturas mais elevadas verificam-se na época das chuvas.
Finalmente abordamos que Factores do clima são elementos geográficos que actuam
e modificam o clima de uma região. Por exemplos: A latitude, a altitude, a
continentalidade, as correntes marítimas, massas de ar.
58
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
2. A região Norte de Moçambique é a mais quente que a região Sul. Por isso na região
Norte as chuvas são mais frequentes, daí há predominância do clima tropical seco.
3. Quanto maior for a altitude menor será a temperatura, este fenómeno, chama-
se:
A. gradiente térmico
B. Terminologista
C. efeito amenizador
D. Todas opções estao erradas
4. Nas zonas montanhosas como Maniamba-amaramba, Chire-Namúli, Marávia-
Angónia, Mueda, Montes Libombos e Manica, as chuvas são mais abundantes e as
temperaturas são baixas devido ao factor relevo
5. As zonas do litoral de Moçambique apresentam maiores humidades, precipitações
e evaporações, isto devido ao:
A. gradiente térmico
B. aproximaҫão do Mar
C. afastamento do Mar
D. Todas opções estao erradas
Exercícios de AVALIAÇÃO
A. Tropical seco
B. Tropical Humido
C. Tropica semi-arido
D. Todas opções estao correctas
A. Tropical seco
B. Tropical Humido
C. Tropica semi-arido
D. Ventos alíseos
5. Factores do clima são elementos geográficos que actuam e modificam o clima de
uma região.
Introdução
3.3.1.1 Regime dos Rios é a variação do nível de caudal dum rio durante um certo
período, pode ser semana, mês ou mesmo ano. Em Moçambique os rios têm
anualmente um período de estiagem, onde os caudais dos rios reduz-se e até alguns
rios secam e um período que apresentam maiores caudais, isto é, na época chuvosa.
O regime de um rio ou variação do seu caudal depende de vários fatores que são:
O tipo de clima;
O tipo do solo (sua permeabilidade);
O relevo (inclinação do seu leito);
A existência de vegetação;
A extensão da bacia hidrografia.
Rios de regime constante ou permanente - são rios que apresentam o mesmo caudal
ao longo do ano por exemplo: os rios Zambeze e Rovuma.
Rios de regime periódico - são rios das zonas tropicais que na época chuvosa
apresentam cheias e na época seca apresentam estiagem por exemplo: os rios
Limpopo, Save, etc.
Rios de regime irregular - são rios das zonas desérticas que durante a época seca o
leito fica completamente seco.
61
Rio Lúrio
Nasce no extremo sul da província do Niassa, a este da cidade de Cuamba, e estabelece
a fronteira administrativa entre a província de Nampula na margem direita e as
províncias do Niassa e de Cabo Delgado, na margem esquerda respectivamente a oeste
e a este. Desagua no Canal de Moçambique, entre as cidades de Pemba e Nacala.
Rio Zambeze
O rio Zambeze nasce perto de Angola, ao longo do seu percurso separa dois países,
Zâmbia e Zimbabwe. Em Moçambique percorre 820 km de Zumbo ao Índico. A bacia
do Zambeze é a maior no nosso país ocupando as províncias de Tete, Manica, Sofala e
Zambézia.
Rio Save
Nasce no Zimbabué a sul da capital, Harare, e corre de norte para sul até à confluência
com o Runde, a partir da qual inflete para leste e penetra em território moçambicano.
Rio Limpopo
Segundo maior dos rios africanos que desaguam no Oceano Índico, tem um percurso
característico em arco. Nasce na região noroeste da África do Sul e segue de início para
norte, tendo, nesse troço, o nome de rio dos Crocodilos. Só se designa Limpopo a partir
do ponto em que passa a marcar a fronteira entre a África do Sul e o Botsuana. A bacia
de Limpopo ocupa a maior parte da Província de Gaza e possui os seguintes afluentes:
Rio dos elefantes onde se localiza a barragem de Massingir; e
Rio Changane que nasce perto de Chibuto.
A barragem de Macarretane localiza-se no rio Limpopo, distrito de Chókwè.
62
Rio Incomáti
O rio Incomáti nasce na África do Sul e penetra em Moçambique através do Ressano
Garcia até Marracuene, perto da baía de Maputo. Um dos afluentes da bacia do
Incomáti, é o rio Sábie onde se localiza a Barragem de Corumana, no distrito de
Moamba.
Rio Umbelúzi
Nasce na região montanhosa do norte da Suazilândia e, após um percurso
sensivelmente de oeste para leste, e penetra em Moçambique através de posto
administrativo de Goba, desagua na baía do Maputo, em estuário comum a vários rios
Matola, Infulene, Tembe, (Albino 2012). Na zona de maior altitude do seu troço
moçambicano, ao longo do rio Umbelúzi localiza-se a barragem dos Pequenos
Libombos (figura 10) no distrito de Boane Muchangos (1999).
Figura 10. Barragem dos Pequenos Libombos (Comportas). Fonte: ARA – SUL, 2010
Bacia de Rovuma
A bacia do Rovuma cobre uma superfície total de cerca de 155 000 km 2. A bacia é
partilhada por três países, nomeadamente, Moçambique, Tanzânia e Malawi. Com
cerca de 65,39% (99,530 km2), Moçambique detém a maior proporção da superfície
da bacia, seguida de Tanzânia com 34,30% e por último Malawi com 0,31%.
Com um caudal médio de 356 m3/s a bacia do Rovuma é considerada a segunda maior
bacia de Moçambique depois da bacia do Zambeze, que tem um caudal acima de (3
558 m3/s). A bacia do Rovuma é também uma zona importante de captação de água
de valor crucial para a conservação da Biodiversidade.
Em Moçambique a bacia está administrativamente localizada na região norte do Pais
cobrindo parcialmente a Província de Cabo Delgado e Província de Niassa.
Bacia de Messalo
A bacia do rio Messalo ocupa grande parte da Província de Cabo Delgado e uma parte
da Província de Niassa.
A bacia de Messalo tem uma área total de 24.436,6 km2. O rio nasce no distrito de
Maua, passando de seguida pelo distrito de Marrupa, ambos na Província de Niassa, e
depois passa para Província de Cabo Delgado, onde o curso principal faz a divisão
geográfica dos distritos de Balama e Montepuez.
Bacia de Montepuez
A bacia hidrográfica do rio Montepuez faz fronteira com a bacia hidrográfica do rio
Messalo a Norte, e pequenas bacias costeiras a nordeste (Muagamula, Sicoro-Lingula,
Messingue e Necumbi), Lúrio, Megaruma, Muaguide e as bacias costeiras (Tara-Quilite,
Meapia e Ridi) a Sul.
Os distritos que ocupam a maior parte do território da bacia são Meluco, com mais de
60%, seguido de Quissanga, com aproximadamente de 40%. A percentagem do
território pertencente ao distrito de Pemba Metuge.
Bacia de Zambeze
A Bacia Hidrográfica do Zambeze nasce na Zâmbia e desagua em Chinde-Oceano Índico
(Moçambique). Ocupa uma área da bacia 1.390.000 km2 e um comprimento de 2.574
km. A bacia é a mais partilhada na África Austral e está entre as quatro maiores bacias
hidrográficas de África, inclusive a dos rios Congo, Nilo e Níger. O Zambeze drena uma
área de quase 1.4 milhões de quilómetros quadrados, estendendo-se por oito países
membros da SADC, nomeadamente, Angola, Botswana, Malawi, Moçambique,
Namíbia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe ARA - Sul (2010).
64
Bacia do Govuro
Com uma área de 11500Km2, é o mais importante rio da região Norte da Província de
Inhambane. Nasce em Mapinhane distrito de Vilanculos e desenvolve-se de Sul para
Norte ao longo de mais de 150Km, percorrendo os distritos de Vilanculos e Inhassoro,
desagua no Oceano Índico na Região de Macovane.
Bacia de Inharrime
Possui uma área de 11850Km2 e um comprimento de 150Km abrangendo total ou
parcialmente os distritos de Panda, Zavala e Inharrime. Nasce na província de Gaza e
desagua na Lagoa Poelela em Inharrime.
Bacia de Mutamba
É um rio com uma área de 748Km2 e um comprimento de 65Km. Nasce perto da Lagoa
Nhangela no distrito de Inharrime, desenvolvendo-se de Oeste a Este e desagua na
Baía de Inhambane.
Bacia de Inhanombe
É um rio com uma área de 443Km2 e um comprimento de 22.5Km. Nasce em
Manhenge no distrito de Massinga e desagua no Oceano Índico em Pomene no mesmo
distrito.
Bacia do Save
O Save é uma bacia internacional partilhada por Zimbabwe e Moçambique,
respectivamente com áreas de drenagem de 83845Km2 e 22575Km2, 79% e 21% da
área total de cerca de 106420Km2.
Tem um comprimento total de 735Km dos quais 330 no território moçambicano e
405Km no território Zimbabwiano. A rede de drenagem é bem distribuída. No
Zimbabwe, junto a fronteira, confluem duas linhas de água principais, os rios Runde e
Save, constituindo naquele país duas bacias hidrográficas independentes.
Nasce na República do Zimbabwe e corre para Este entrando em Moçambique pela
localidade de Mavue distrito de Massangena. No seu percurso, limita as províncias de
Manica e Sofala na região Centro, na zona sul limita as províncias de Gaza e Inhambane
e desagua no Oceano Índico em Nova Mambone distrito de Govuro.
Bacia do Limpopo
O Rio Limpopo com cerca 1461Km de comprimento possui uma bacia com uma área
de 412.000 Km2 de extensão é partilhada por quatro países da região da SADC,
nomeadamente África do Sul, Botswana, Zimbabwe e Moçambique.
Ela localiza-se entre os paralelos 22º e 26º Sul e entre os meridianos 26º e 35º Este.
Em território nacional está enquadrada entre os paralelos 21º e 25º Sul e os meridianos
31º e 35º, e confina a norte com a bacia do Rio Save, a sul com a do Rio Incomáti e a
este com a do Rio Govuro (ARA-Sul 2010).
O rio Limpopo e seus afluentes são considerados como sendo perenes os rios Limpopo
e Elefantes, e intermitentes os rios Changane e Nuanetze.
65
As altitudes médias por sub-bacia são de 75 m para Changane, 700 m para o Limpopo
e 900 m para a sub-bacia do rio dos Elefantes. A bacia do Limpopo em Moçambique,
faz parte da bacia sedimentar da parte Sul do País, é limitada no extremo Oeste por
riólitos e basaltos (Superior do Karoo) da cadeia dos Libombos.
Bacia do Incomáti
A bacia do Incomáti possui uma área de 46.200 Km2, dos quais somente 32% situa-se
em território Moçambicano. Na Swazilândia a área é de 6% e na República da África
do Sul é de 62%. Os principais afluentes são Komati, Crocodilo e Sábiè. O Komati entra
em Moçambique a jusante da afluência dos rios Komati e Crocodilo em Ressano Garcia,
passando a chamar-se Incomáti. O comprimento do rio em Moçambique é de 280Km.
O clima da bacia em Moçambique, varia de tropical húmido de savana, na Costa, a seco
de estepe, nas regiões mais a oeste e centrais. A temperatura média anual varia de
22,4ºC a 23,9ºC (Muchangos 1999).
A precipitação média anual varia de 1073 mm em Calanga na costa, a 509 em
Mapulanguene, perto da fronteira com a África do Sul. A precipitação média anual, na
área moçambicana da bacia, é de cerca de 650mm. Os solos da parte de jusante da
bacia são principalmente aptos para produção de arroz, particularmente perto da foz
e, noutras zonas como os terraços mais elevados de origem marinha.
Existem algumas colinas arenosas, boas para o cultivo de vegetais e bananas. Na parte
central, as deposições fluviais são boas para trigo, milho, cana-de-açúcar e vegetais. A
outra infra -estrutura hidráulica que tem um papel importante a desempenhar é o
açude de Chauali, uma barragem de terra cujo objectivo é aumentar a capacidade
natural de armazenamento do lago Chuali até 200 mm3. Localiza-se no rio
Massimachopes, no distrito da Manhiça.
Figura 11. Distribuição das bacias hidrográficas de Moçambique. Fonte: MINED, 1986.
67
Lagos - são massas de água permanente concentrada em zonas de depressão que não
tem uma comunicação imediata com o mar. Os lagos podem ser naturais ou artificias.
Para além das albufeiras, consideradas lagos artificiais, em Moçambique existe um
elevado número de lagos e lagoas naturais de diferentes origens. Os lagos tectónicos
mais importantes pelas suas dimensões são Niassa, Chiúta, Amaramba e Chirua,
localizados na zona noroeste do país (Muchangos, 1999).
O lago Niassa é o maior lago natural de Moçambique (Figura 12). Localiza-se na parte
ocidental da província do mesmo nome, numa depressão tectónica encaixada entre
rochas cristalinas, constituindo um verdadeiro mar interior. Dos 28.678 km 2 de
extensão, apenas 7.000 km2 pertencem a Moçambique e os restantes ao Malawi. Tem
forma alongada, com encostas predominantemente íngremes e margens retilíneas de
norte para sul, sendo o seu comprimento máximo de cerca de 600 km, dos quais
metade em território moçambicano. A sua largura varia entre 15 e 90 km e o nível
médio das suas águas situa-se a cerca de 472 m acima do nível médio das águas do
mar. A sua profundidade máxima, sensivelmente na parte central do lago, é de 706 m.
No lago Niassa a pesca, o turismo e a recreação são actividades importantes,
oferecendo ainda boas condições de navegabilidade.
Lagos com origem em factores exógenos relacionados com a erosão e a acumulação
de sedimentos ocorrem em todo litoral e na margem dos rios (Muchangos, 1999).
A região mais rica em formações lacustres de origem exógena situa-se no litoral ao sul
do rio Save. Os mais importantes são de norte para sul: Quissico e Poolela (Inharrime),
Nhambavale (Chidenguele), Bilene, Manhali, Zevane, Muanguane, Nhamanene,
Dongane e Piti.
Logos internos de origem tectónicas: são lagos que estão situadas na zona Norte do
País, exemplo: Amaramba, Niassa, Chiúta e Chirua.
Figura 12. Imagem de satélite ilustrando o lago Niassa. Fonte: Google Earth.
Sumário
Nesta unidade temática falamos dos principais rios e lagos de Moçambique. Referimos
que esses rios têm as suas nascentes nos países vizinhos, com excepção dos da zona
norte, a maioria dos quais tem a sua bacia hidrográfica em território nacional.
O facto de os principais rios nacionais terem as suas nascentes em países vizinhos,
torna Moçambique dependente em termos de gestão das suas reservas de água e na
prevenção de inundações em períodos de precipitação elevada.
Exercícios de AVALIAÇÃO
Nr Rios Nascente
2. Lúrio Niassa
69
3. Rovuma Tanzaânia
4. Zambeze Angola
5. Save Zimbabwé
6. Limpopo África do Sul
7. Umbelúzi Suazilândia
8. Incomáti África do Sul
9. Púngue Zimbabwe
10. Búzi Zimbabwe
Linear
Introdução
“Inselbergs” graníticos
Os “inselbergs” e formas relacionadas ocorrem principalmente nos distritos de
Nampula e de Ruvama-Mavago. Alguns exemplos são os “inselbergs” clássicos de
Murrupula (1.098m), Nambiuca (1.288m) e Maadja (1.182m).
Maciços erosivos-desnudados
Relevos graníticos aplanados e em vias de rejuvenescimento
Estas estruturas ocorrem no nordeste de Moçambique, no distrito de Meluco
(província de Cabo Delgado) e entre os rios Metamboa e Mucanha (província de Tete).
Distinguem-se quer pelas altitudes, quer pela própria posição no quadro geral do
relevo. A morfoestrutura de Meluco, por exemplo, é uma elevação que tem aspecto
de mesa, com pequenas elevações de altitude variando entre 550 a 700m.
Relevos desnudados e parcialmente peneplanizados com cobertura
charnoquítica
Figura 14. Serra Sitatonga vista em imagem de satélite. Fonte: Google Earth.
solos, e sem a fotossíntese não haveria fixação da energia solar, vital ao ciclo de vida
da Terra. A água atua tanto na superfície como na subsuperfície, tendo ação
intempérica – é o principal agente de intemperismo químico – erosiva e
transportadora. Ao percolar, a água transporta (lixívia) solutos para o lençol freático,
atingindo o mar ou outro ambiente de sedimentação, podendo ocorrer aí precipitação
e consequente formação de rochas sedimentares químicas. Ao escoar pela superfície,
transporta sedimentos (erosão), depositando-os com a diminuição de sua energia,
formando depósitos que originarão solos ou rochas sedimentares clásticas. O vento e
o gelo são agentes intempéricos e transportadores. O intemperismo se dá pela ação
abrasiva de partículas por eles transportadas.
Sumário
Nesta unidade temática falamos da geomorfologia de Moçambique, sua origem e suas
características, descrevemos a morfoestruturas em diferentes regiões de Moçambique
apresentamos exemplos elucidativos em cada de região do país. Trouxemos de forma
sumaria os processos endógenos e exógenos para o processo de formação das
morfoestruturas da crosta terrestre.
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
Exercícios de AVALIAÇÃO
Introdução
A superfície do território moçambicano apresenta-se de forma desigual. Ela apresenta
zonas altas e outras baixas, como resultado de muitos acontecimentos que se registam
na superfície da Terra e, no interior da Terra.
Tais acontecimentos incluem vulcões, tremores de terra, etc. Sendo assim, o relevo de
Moçambique apresenta-se em forma de escada. A altitude aumenta à medida que
caminhamos do litoral para o interior.
4.2.1.1 Planície
É a superfície que se estende em todo litoral, cujas altitudes não ultrapassam os 200
metros. As planícies localizam - se no sul do rio save e ao longo de todo o litoral de
Moçambique. Ocupa cerca de 250 mil km², a sua maior extensão é nas províncias de
Gaza, Inhambane e Sofala.
4.2.1.2 Planalto
Um terreno extenso quase plano que apresenta altitudes que variam entre 200 a 1000
metros. A maior extensão dos planaltos encontram - se nas regiões norte e centro do
país. Ocupa dois terços do território nacional, o que corresponde a 500mil km².
Tipos de Planaltos
4.2.1.3 Montanhas
Chama-se zonas de montanha aos lugares da superfície terrestre que apresentam
altitudes superiores a 1000 metros.
Figura. 16 Imagem de satélite ilustrando a cadeia dos Libombos. Fonte: Google Earth.
4.2.1.4 Depressões
Das principais depressões existentes em Moçambique destacam – se os vales dos rios
e as formas de relevo negativas onde se localizam – se os lagos e Pantanos. Estas
depressões interrompem frequentemente a continuidade das planícies; planaltos e
das montanhas.
81
Depressão do vale do rio Zambeze - é a maior não por constituir um dos maiores do
continente africano, como também por atravessar regiões de litologia e tectónica
complicada, ás quais o rio teve se adaptar.
Sumário
Nesta unidade temática descrever diferentes formas do relevo de Moçambique,
apresentamos cada um e fizemos a descrição e sua localização. Apresentamos as principais
cadeias montanhosas em região, onde encontramos no norte as cadeias de
Maniamba-Amaramba localizada na província de Niassa, Formações Chire - Namúli, na
província da Zambézia, Cadeia de Manica, província de Manica. Nesta cadeia localiza-
se o monte Binga, que é o mais elevado do país com 2436 metros. A cadeia dos
Libombos nas províncias de Gaza e Maputo.
Exercícios de AVALIAÇÃO
Introdução
Tipos de vegetação
Moçambique é rico em flora, terrestre e marítima. A orografia e o clima determinam
três tipos de vegetação: floresta densa nas terras altas do Norte e Centro do País,
floresta aberta e savana no Sul e, na zona costeira, os mangais. Estes ecossistemas
constituem o habitat de espécies selvagens como elefantes, leões, leopardos, chitas,
hipopótamos, antílopes, tartarugas, macacos e grande número de aves. As estas
riquezas associam-se belas paisagens, quer nas zonas altas, quer nas zonas costeiras
De acordo com os factores acima referidos que influenciam no clima do nosso país,
temos os seguintes tipos de vegetação:
Savana
Segundo Barca & Santos (2007), Savana é uma formação vegetal baixa que se
desenvolve nas regiões com fraca precipitação. É uma vegetação constituída por um
conjunto de árvores (vegetação arbustiva e arborea, capim e trepadeiras). Localiza-se
no clima tropical húmido.
Em regiões de relativa fraca pluviosidade, normalmente afastadas da costa, e de solos
secos, ocorre a savana. A savana pode ser arbórea ou arbustiva de acordo com a
predominância de árvores ou arbustos nos respectivos estratos, mas com o estrato
herbáceo sempre presente. De uma maneira geral a savana é uma formação baixa
(plantas de altura até 10m), por vezes degradada, com plantas espinhosas e outras de
folha caduca. As espécies são de porte médio, variando de 10 a 15m, e distribuem-se
a norte da província de Manica, em Gaza, Inhambane e, em geral, nas margens dos
principais cursos de água, onde a pluviosidade não ultrapassa os 600 mm (Fig. 18). A
sua maior área de ocorrência é a parte meridional de Moçambique, excepto as
estreitas faixas de floresta sub - litoral e a floresta de montanha nos Libombos.
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Figura 18. Distribuição de Floresta de Moçambique. Dados cedidos pela Unidade de Inventário
Florestal – Ministério da Agricultura (Janeiro de 2008).
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Estepes
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É uma vegetação que se localiza no clima tropical seco e semi-árido sobretudo no Sul
da Provincia de Tete e no interior das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane. As
estepes são resistentes à escassez de água em periodo de seca prolongada. Exemplo
embondeiros Figura 20.
Mangal
De acordo com (Semesi e Howell, 1992, Nonn, 1974 Couto,1993), citado por Baia
(2004) o mangal é uma comunidade vegetal que coloniza as lagoas costeiras, os
estuários e as depressões dos deltas. É uma vegetação costeira que se desenvolve nos
estuários e delta dos rios. O mangal é o viveiro dos animais aquáticos (figura 21).
Segundo Baia, (1998), citado por Luís (2011), as florestas de mangal encontram-se em
áreas relativamente protegidas, entre o continente e o mar, onde a energia das ondas
do mar é reduzida. Os mangais desenvolvem-se melhor em áreas expostas a um
abastecimento contínuo em água doce, como as regiões de elevada pluviosidade,
infiltração de água doce e nos deltas dos rios. O mangal crescem na área entre os níveis
da maré média alta e zoneamento das espécies, esta relacionada com a duração da
inundação pela maré, uma vez que a capacidade de resposta aos níveis de salinidade
vária de espécie para espécie.
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Florestas tropicais
Localizam-se nos climas tropicais húmido e de altitude nas regiões de centro e norte
de Moçambique.
Floresta de galeria
É uma vegetação que se desenvolve ao longo dos rios com um formato de um túnel
(parecer que estaa a cobrir). Este tipo de floresta apresenta tres formas: herbáceo,
arbustiva e arboreo.
A importância da vegetaҫão
A vegetaҫão é muito importante porque:
fornece-nos o oxigénio;
evita a erosão;
nos dá medicamentos;
dela se extrai a madeira, resina;
alimenta os animais;
dela obtemos lenha e carvão;
mantém o equilíbrio ecológico;
fornece frutos.
Figura 22. Mapa ilustrando as áreas onde ocorrem troncos fossilizados (Ferrara, 2004).
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Sumário
Nesta unidade temática abordamos a distribuiҫão das diferentes espécies das plantas
dependendo do clima, da topografia, do terreno, solos e do homem. Assim
encontramos vários tipos de vegetaҫão que dependem principalmente da chuva: no
clima tropical húmido desenvolve as florestas abertas, galeria, mangal e a savana
arbórea e arbustiva. No clima tropical seco desenvolve a estepe. A vegetaҫão é muito
importante, porque fornece o oxigénio, madeira, medicamentos, carvão, evita a
erosão e alimenta os animais e homens.
Introdução
Reservas são áreas de proteção ambiental para peservar a vida selvagem, bem como
os ecossistemas fragéis. No territorio Moçambicano existem 5 principais reservas que
ilustramos na tabela abaixo:
Tabela 4 Reservas Nacionais de Moçambique.
As Coutadas Oficiais (Figura 23) são áreas delimitadas de domínio público, destinado
para caça desportiva, fomento do turismo cinegético e protecção das espécies, nas
quais o direito de caçar só é reconhecido por via de um contracto de concessão
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Sumário
Nesta unidade temática abordamos os principais parques, reservas e coutadas de
Moçambique e suas localizações. Apresentamos de forma sumaria os valores
económicos, social e cultural de cada um deles a ilustramos em tabelas as suas
dimensões. Falamos também que a antiga Coutada 16 foi convertida no actual Parque
Nacional do Limpopo e as coutadas 1, 2 e 3 foram extintas fazem parte do Parque
Nacional da Gorongosa.
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4. A extensa da costa leste é banhada pelo Oceano Índico que, através do Canal de
Moçambique a separa da Ilha de Madagáscar. As províncias Moçambicanas que
não são banhado pelo oceano índico são:
A. Niassa e Nampula e Manica
B. Niassa, Tete e Manica
C. Sofala, Gaza e Tete
D. Cabo Delgado e Sofala e Gaza
7. A extensa da costa leste é banhada pelo Oceano Índico que, através do Canal de
Moçambique a separa da Ilha de Madagáscar. As províncias Moçambicanas que
não são banhado pelo oceano índico são:
A. Niassa e Nampula e Manica
B. Cabo Delgado e Sofala e Gaza
C. Sofala, Gaza e Tete
D. Tete, Manica e Niassa.
A. quaternário e Jurássico
B. Jurássico e terciário
C. Câmbrico e karoo
D. quaternário e terciário
10. O calcário na província de Nampula ocorre no distrito de:
A. Ancgoche
B. Memba
C. Nacala
D. Malema
11. Grafite é um mineral cinza escuro, metálico e macio, que ocorre na natureza
em forma de cristais hexagonais com estrutura em camadas. Na Zona Centro
este mineral localiza-se na Província de:
A. Tete
B. Manica
C. Zambezia
D. Sofala
12. Moçambique é um país que na sua maioria localiza-se na zona intertropical,
por isso o clima é:
A. Quente
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B. Frio
C. Modedado
D. altitude
13. Localiza-se no interior das províncias a Sul do rio Save (Maputo, Gaza e
Inhambane), Norte de Manica e Sul de Tete, caracterizado por uma época de
seca mais prolongada que a época chuvosa. Este tipo chama-se de clima:
A. tropical modificado pela altitude
B. tropical húmido
C. tropical seco
D. tropical semi-árido
15. Quanto maior for a altitude menor será a temperatura, este fenómeno, chama-
se:
A. gradiente térmico
B. Terminologista
C. efeito amenizador
D. Todas opções estao erradas
16. A medida que se caminha do mar para o interior do país o ar húmido torna-se
cada vez mais seco, por isso o clima é:
A. Tropical seco
B. Tropical Humido
C. Tropica semi-arido
D. Todas opções estao correctas
17. São ventos constantes que sopram de Sudeste em direcção ao Equador. Durante
a sua passagem, influenciam para ocorrência de chuvas na região Norte de
Moçambique e sobretudo ao longo da costa. Trata-se de:
A. Tropical seco
B. Tropical Humido
C. Tropica semi-arido
D. Ventos alíseos
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18. São processos que ocorrem usando a energia proveniente do exterior da Terra,
consistindo basicamente da energia solar que atua direta ou indiretamente
sobre a superfície da crosta, em uma ação mais destrutiva. Estamos perante:
A. Processo endogeno
B. Processo exógenos
C. Intemperismo
D. Vulcanismo
19. É uma vegetação que se localiza no clima tropical seco e semi-árido sobretudo
no Sul da Provincia de Tete e no interior das províncias de Maputo, Gaza e
Inhambane
A. Savana
B. Estepe
C. Mangal
D. Todas opções estão correctas
20. O Parque Nacional do Limpopo localiza-se no Distrito de Massingir, Província de
Gaza, e no territorio Moçambicano constitui, juntamente com os Parques
Nacional de:
A. Bazaruto Zinave
B. Zinave e do Banhine
C. Bazaruto e Banhine
D. Quirimbas e Zinave
21. Localizado no distrito de Govuro, na província de Inhambane, possui certas
espécies características como a girafa e o avestruz. Estas caracteristicas diz
respeito ao parque de:
A. Bazaruto
B. Banhine
C. Gorongosa
D. Zinave
PERGUNTA VERDADEIRO/FALSO
22. Moçambique tem uma linha da costa de 2515 km desde a foz do rio Rovuma até
Ponta de Ouro.
23. Jurássico localiza-se nas províncias de Tete, Nampula e Cabo Delgado, onde forma
enormes bacias carboníferas.
24. As rochas quaternárias resultam da decomposição e destruição das rochas do
Primárias.
Linear
Nr Parques Localização
Chaves de Respostas: 1-A, 2-B, 3-A, 4-B, 5-D, 6-A, 7-D, 8-C, 9-B, 10-C, 11-A, 12-A,
13-C, 14-D, 15-A, 16-A, 17-D, 18-B, 19-B, 20-B, 21-D, 22-V, 23-V, 24-F, 25-V, 26-F, 27-
F, 28-V, 29-V, 30-V, 31-V.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA