Você está na página 1de 30

1

MIA

Análise crítica dos objectivos do programa de Ensino de Biologia 1º Ciclos do Ensino


Secundário Geral

Curso de Licenciatura em ensino de Biologia com Habilidades em ensino de Química

Universidade Unirovuma

Montepuez
2020
2

MIA

Análise crítica dos objectivos do programa de Ensino de Biologia 1º Ciclos do Ensino


Secundário Geral
Trabalho de carácter avaliativo a ser
apresentado na cadeira de Didáctica de
Biologia II, leccionado no Curso de
Licenciatura em ensino de Biologia, com
Habilidades em ensino de Química, 3º ano,
leccionada pelo:
drª: Idiamine Mussa Sabe

Universidade Unirovuma
iii
Montepuez
2020
Índice…………………………………………………………………………………………..iii
3

Introdução...................................................................................................................................5
1. Conceitos básicos.....................................................................................................................6
1.1. Biologia.................................................................................................................................6
1.2. Contextualização dos Programas no 1º ciclo do Ensino Secundário.....................................7
1.3. Comparação dos Conteúdos da 8a à 10a Classe......................................................................18
2. Análise crítica dos objectivos do programa de Ensino de Biologia 1º Ciclos do Ensino
Secundário....................................................................................................................................18
2.1. A relação objectiva, conteúdo e método................................................................................29
2.2. Reflexão sobre objectivos......................................................................................................29
2.3. Objectivos educacionais........................................................................................................3
10
2.4. Objectivos de ensino..............................................................................................................4
11
2.4.1. Critérios de elaboração dos objectivos de ensino...............................................................4
11
2.5. Objectivos gerais e objectivos específicos............................................................................6
13
2.6. Reflexão sobre os objectivos de ensino.................................................................................7
14
2.6.1. Os objectivos cognitivos.....................................................................................................7
14
14
2.6.2. Conhecimentos...................................................................................................................7
16
2.6.3. Os objectivos no campo afectivo........................................................................................9
2.6.4. Os objectivos no campo psicomotor.................................................................................10
17
3. Princípios Orientadores do Currículo do ESG.......................................................................11
18
18
3.1. Educação Inclusiva..............................................................................................................11
3.2. Ensino aprendizagem centrado no aluno.............................................................................12
19
19
4. Objectivos Gerais do 1º Ciclo................................................................................................12
4.1. Análise crítica......................................................................................................................13
20
20
4.2. Objectivos gerais da disciplina de Biologia no ESG...........................................................13
4.3. Análise crítica dos objectivos gerais da disciplina no ESG................................................14
21
4.3.1. Aspectos negativos e positivos.........................................................................................1421
22
4.4. Objectivos da 8ª Classe....................................................................................................15
4.4.1. 23
Análise crítica...............................................................................................................16
4.4.2. Aspectos negativos e positivos.....................................................................................16 iv
23
24
4.4.2. Aspectos a melhorar.........................................................................................................17
25
4.5. Objectivos gerais do ciclo...................................................................................................17
25
4

4.5.1. Análise crítica dos objectivos gerais do ciclo...................................................................18


4.5.2. Aspectos negativos e positivos.........................................................................................18
25
25
4.5.3. Aspectos a melhorar.........................................................................................................18
4.6. Objectivos da 9ª Classe.......................................................................................................18
25
4.6.1. Análise crítica...................................................................................................................19
26
4.6.2. Aspectos negativos e positivos.........................................................................................19
26
4.6.3. Aspectos a melhorar.........................................................................................................20
27
4.7. Objectivos da 10ª Classe.....................................................................................................20
27
27
4.7.1. Análise crítica...................................................................................................................20
4.7.2 Aspecto positivo................................................................................................................20
27
5. Reflexão sobre estratégias adoptar os objectivos do programa de Ensino de Biologia 1º
Ciclos do Ensino Secundário......................................................................................................20
27
Conclusão...................................................................................................................................22
29
30
Bibliografia.................................................................................................................................23

Introdução
5

O ensino-aprendizagem da Biologia no 1º ciclo do Ensino Secundário Geral tem como


objectivo fundamental ampliar e consolidar os conhecimentos adquiridos no Ensino Básico,
tendo em vista o desenvolvimento integral do aluno com conhecimentos, capacidades,
habilidades e atitudes na perspectiva de continuação dos estudos ou para a inserção na vida
laboral. O presente trabalho tem como tema: "Análise crítica dos objectivos do programa de
Ensino de Biologia 1º Ciclos do Ensino Secundário", inserida na cadeira de Didáctica de
Biologia II, uma vez que a cadeira tem a função de articular a teoria e a prática, com vista a
garantir o contacto do estudante praticante com as situações reais do processo de ensino e
aprendizagem (situações didáctica e psicopedagógica), o que irá contribuir de formal positiva na
construção do futuro profissional da educação.
Para a sua elaboração recorreu-se a consulta de algumas obras e recurso à fontes
electrónicas que consistiu na leitura, analise dos programas de Ensino de Biologia do 1º Ciclo do
Ensino Secundário Geral e finalmente a compilação das informações cujos autores estão
devidamente citados na referencia bibliográfica como maneira de permitir uma consistência do
mesmo e que também foi delimitado certos objectivos:

Objectivo geral:
 Compreender e analisar de forma exaustiva os objectivos dos programas de Ensino de
Biologia do 1º Ciclo do Ensino Secundário Geral.
Objectivos específicos:
 Conceituar os conceitos básicos do trabalho;
 Contextualizar os programas de Ensino de Biologia do 1º ciclo do Ensino Secundário;
 Caracterizar os aspectos positivos, negativos dos objectivos dos programas de Ensino de
Biologia do 1º Ciclo do Ensino Secundário;
 Sublinhar os aspectos a melhorar nos objectivos dos programas de Ensino de Biologia do
1º Ciclo do Ensino Secundário;
 Descrever a visão geral dos objectivos dos programas de Ensino de Biologia do 1º Ciclo
do Ensino Secundário.
Porem, espera-se que os conteúdos contidos no presente trabalho venham a corresponder os
objectivos para qual foi elaborado e, tendo-se em conta de trabalho cientifico a colaboração dos
demais poderá ser uma aposta para melhor compreensão.
6

1. Conceitos básicos
1.1. Biologia
A Biologia é uma ciência que estuda a vida1, o modo e o funcionamento dos seres vivos.
Ela investiga a origem, o desenvolvimento, a complexidade e a variedade, fenómenos e processos
naturais. A Biologia engloba um enorme leque de assuntos e inclui muitas subdivisões que tratam
de aspectos particulares da vida.
Biologia é a ciência que estuda a vida 2 e os organismos vivos.3 A biologia está dividida
em vários campos4 especializados que abrangem a morfologia, fisiologia, anatomia,
comportamento, origem, evolução5 e distribuição da matéria viva, além dos processos vitais 6 e
das relações entre os seres vivos.7
As subdisciplinas da biologia são definidas pela escala em que a vida é estudada, os tipos
de organismos estudados e os métodos utilizados para estudá-los:
A bioquímica examina a química rudimentar da vida; a biologia molecular estuda as
interacções complexas entre as moléculas biológicas; a biologia celular examina o bloco
básico de construção de toda a vida, a célula; a fisiologia examina as funções físicas e
químicas dos tecidos, órgãos e sistemas de órgãos; a ecologia examina como os
organismos interagem em seu ambiente; e a biologia evolutiva examina os processos
evolutivos que provavelmente produziram a diversidade da vida.8

Contudo, o conceito de “biologia” no seu sentido moderno foi introduzido por Gottfried
Reinhold Treviranus (Biologie oder Philosophie der lebenden Natur, 1802) e por Jean-Baptiste
Lamarck (Hydrogéologie, 1802). Com o tratado de seis volumes de Biologie, oder Philosophie
der lebenden Natur  (1802 – 22),  Gottfried Reinhold Treviranus declarou:
Os objectos de nossa pesquisa devem ser as diferentes formas e manifestações da vida, as
condições e leis sob as quais esses fenómenos ocorrem, e as causas pelos quais eles foram
efectuados. A ciência que se preocupa com esses objectos, deve ser indicada pelo nome de
biologia ou doutrina da vida.

1
INDE/MINED – Programa do 1º e 2º ciclo ensino Secundário 6248/RLINLD/2010
2
«Biology - definition of biology in English | Oxford Dictionaries» (em inglês. Consultado em 24 de Agosto de 2017
3
«Biology definition and meaning Collins English Dictionaries» (em inglês). Harper Collins Publishers. Consultado
em 24 de agosto de 2017.
4
«Aquarena Wetlands Project: Glossary of Terms» (em inglês). Texas State University at San Marcos. Consultado
em 24 de agosto de 2017. Cópia arquivada em 8 de Junho de 2004.
5
Joseph Panno (2005). The Cell. Evolution of the First Organism (em inglês). New York: Facts on File. p. 130-133.
ISBN
6
«Biology - definition of biology in English | Oxford Dictionaries» (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2017
7
«Henry George Liddell, Robert Scott, A Greek-English Lexicon, λόγος» (em inglês). Consultado em 24 de agosto
de 2017
8
«Biologia - Michaelis On-line». Consultado em 24 de agosto de 2017.
7

1.2. Contextualização dos Programas no 1º ciclo do Ensino Secundário


Importa referir que, a Biologia no 1º Ciclo do Ensino Secundário contempla aspectos
físico-naturais e humanos daí que neste Ciclo9, aborda aspectos relacionados com a Biologia
como ciência; Posição do Homem no Reino Animal; Anatomia e fisiologia humana; Morfologia e
anatomia das plantas; Fisiologia vegetal; Citologia; Metabolismo; Sensibilidade e regulação;
Reprodução; Genética; Evolução e Ecologia.
Ainda salientar que, todos conteúdos que estão no programa de Biologia no 1º Ciclos do
Ensino Secundário constam no livro recomendável para o processo de ensino-aprendizagem
nesses ciclos.

Portanto, falar da Biologia no 1º Ciclo do Ensino Secundário é uma fusão dos conteúdos 10
da 8a à 10a classe, isto é, uma disciplina que aborda concretamente e de maneira sensata as
diferentes formas e manifestações da vida, as condições e leis sob as quais esses fenómenos
ocorrem, e as causas pelos quais eles foram efectuados.
As finalidades do programa de Biologia no 1º Ciclo decorrem das definidas para o próprio
Ensino Secundário, da adopção de referenciais de valor relativos a princípios orientadores do
ensino das ciências e, também, do papel dos conhecimentos de Biologia e de Biotecnologia no
mundo actual.

A construção e o aprofundamento de conhecimentos de Biologia úteis para o


desenvolvimento de competências que permitam o exercício de uma cidadania responsável, a
aprendizagem ao longo da vida e a decisão sobre o prosseguimento de estudos relacionados com
esta área do saber.
O reconhecimento da relevância da Biologia e da Biotecnologia nos dias de hoje, uma vez
que influenciam a qualidade de vida das pessoas e a organização das sociedades, ao apresentarem
alternativas e originarem questões que exigem tomadas de decisão a nível tecnocientífico,
político, social e ético.

9
INDE/MINED – Programa do 1º e 2º ciclo ensino Secundário 6248/RLINLD/2010
10
Vide, INDE/MINED – Programa do 1º e 2º ciclo ensino Secundário 6248/RLINLD/2010
7

1.3. Comparação dos Conteúdos da 8a à 10a Classe


Tabela 1: Comparação dos Conteúdos da 8a à 10a Classe
8ª Classe 9ª Classe 10ª Classe

Unidade 1: Unidade 1: Introdução ao estudo da Unidade 1:


Biologia como Ciência. vida das plantas Base Citológica da
Unidade 2: Unidade 2: Estudo da célula Hereditariedade
Sistema ósseo muscular no Unidade 3: Morfologia e fisiologia Unidade 2: Genética
Homem das plantas Unidade 3: Evolução
Unidade 3: Unidade 4: Metabolismo das Unidade 3: Ecologia
Metabolismo no organismo plantas
Humano Unidade 5: Reprodução das plantas
Unidade 4: Unidade 6: Regulação da vida das
Sensibilidade e Regulação plantas
Unidade 5: Unidade 7: O solo
Reprodução e Saúde Sexual
8
INDE/MINED – Programa do 1º ciclo ensino Secundário 6248/RLINLD/2010

Analisando os Programas de Biologia, da 8ª à 10ª classe (INDE, 2010), constata-se que


todos eles propõem a abordagem de conteúdos que se assimilam que têm relação com e
relevância para o dia-a-dia das pessoas, embora isso dependa, pelo menos em parte, de serem
abordados, ou não, de um modo contextualizado. (Oda & Delizoicov, 2011; Bulte et al., 2006).

2. Análise crítica dos objectivos do programa de Ensino de Biologia 1º Ciclos do Ensino


Secundário.
Considerando os parâmetros aluno, sociedade, disciplina científica, características e
funções da vida, que constituem a base de critérios para a escolha dos conteúdos, nas aulas de
Biologia do 1° Ciclo11, importa salietar que:
Os objectivos determinam a gama de habilidades e hábitos a serem adquiridos. Já os
conteúdos formam a base da instrução, o método por sua vez é a forma com que estes objectivos
e conteúdos serão ministrados na prática ao aluno.

11
INDE/MEC - Plano curricular do ensino secundário geral (PCESG), 2007.
9
Os métodos não têm vida sem os objectivos e conteúdos, dessa forma a assimilação dos
conteúdos depende dos métodos de ensino e aprendizagem. Com isto, a maior característica deste
processo é a interdependência, onde o conteúdo determina o método por ser a base informativa
dos objectivos, porém, o método também pode ser conteúdo quando for objecto da assimilação.

2.1. A relação objectiva, conteúdo e método


Os métodos são as formas pelas quais os objectivos e conteúdos se manifestam no
processo de ensino.
A relação “objectiva – conteúdo – método”12 tem como característica a mutua
interdependência. O método de ensino é determinado pela relação objectivo – conteúdo, mas
pode também influir na determinação dos objectivos e conteúdos. Com efeito, a matéria do
ensino é o elemento de referência para a elaboração dos objectivos específicos, uma vez
definidos, orientam a articulação dos conteúdos e métodos tendo em vista a actividade do estudo
dos alunos. Por sua vez os métodos, a medida que expressão formas de transmissão e assimilação
de determinadas matérias, actuam na selecção de objectivos e conteúdos.
Pudemos dizer ainda que o conteúdo determina o método, pois é a base informativa
concreta para atingir os objectivos. O método pode ser um conteúdo quando é também objecto da
assimilação, ou seja, requisito para assimilação activa dos conteúdos.
Assim chegamos a notar que de verdade, “objectivo conteúdo – método”, são coisas bem
relacionadas e dependentes uma da outra. Nesse caso, não existe método de ensino, sem ter em
conta o conteúdo que vai – se abordar, durante o percurso das aulas. E sendo assim, existem
objectivos que, os seleccionadores dos métodos de Ensino – Aprendizagem, pretende alcança-los.
Para dizer que: Para os seleccionadores dos métodos de Ensino-Aprendizagem, antes de
procederem com o trabalho, porem em conta o “objectivo – conteúdo – método” e assim facilita-
os à conseguirem os métodos ou melhor os critérios a seguirem, adequados para a selecção dos
métodos PEA.

2.2. Reflexão sobre objectivos


À luz dos objectivos gerais do Sistema Nacional de Educação, o ESG visa:

12
LIBÂNEO. José Carlos. O essencial da didáctica e o trabalho de professor em busca de novos caminhos:
Disponível em: http://www.ucg.br/site_docente/edu/libâneo, 2013.
10

Proporcionar ao jovem um desenvolvimento integral e harmonioso, através de um


conjunto de competências: conhecimentos, habilidades, atitudes e valores articulados em todas as
áreas de aprendizagem.
Portanto, o ensino de Biologia no 1º ciclos do ensino Secundário tem como objectivo:
Desenvolver habilidades que lhes permitam aplicar os conhecimentos na
resolução de problemas específicos, quer da disciplina quer da vida prática
social, mediante observações, a realização de experiências, excursões,
manipulação de instrumentos, aplicação de teorias, leis e princípios no estudo de
fenómenos biológicos; Contribuir para a protecção conservação e uso sustentável
dos recursos naturais, em especial da diversidade biológica do nosso país, em
benefício da sociedade actual e futura. Para além de consolidar conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores desenvolvidos no 1º ciclo, a disciplina de
Biologia deve demonstrar avanços da ciência biológica e suas implicações na
sociedade;Desenvolva habilidades, estratégias, hábitos de investigação científica
e comunicação no ramo da Biologia;

Para PILETTI (1991:65), objectivo é a descrição clara do que se pretende alcançar


como resultado da nossa actividade. Os objectivos nascem da sua própria situação, da
comunidade, da família, da escola, da disciplina, do professor e principalmente do aluno.
Contudo, os objectivos são sempre do aluno e para o professor.
A prática educacional baseia-se nos objectivos por meio de uma acção intencional e
sistemática para oferecer aprendizagem. Desta forma os objectivos são fundamentais para
determinação de propósitos definidos e explícitos quanto às qualidades humanas que precisam ser
adquiridas. Os objectivos têm pelo menos três referências fundamentais para a sua formulação.
1. Os valores e ideias ditos na legislação educacional.
2. Os conteúdos básicos das ciências, produzidos na história da humanidade.
3. As necessidades e expectativas da maioria da sociedade.
Ë importante destacar que estas três referências não devem ser tomadas separadamente, pois
devem se apresentar juntos no ambiente escolar.

2.3. Objectivos educacionais

Os objectivos educacionais são objectivos muito amplos, que englobam as pretensões


formuladas por uma Nação ou Estado que traçam o perfil do homem que deseja formar.
CASTANHO (1999), assim se pronuncia:
Os objectivos educacionais são os resultados buscados pela acção educativa:
comportamentos individuais e sociais, perfis institucionais, tendências
estruturais: Em outras palavras, são mudanças esperadas como consequência da
acção educativa nas pessoas e grupos sociais, nas instituições de âmbito mais
11

largo responsáveis por políticas educacionais.” Dizem respeito a um país, a um


sistema ou a uma instituição etc. São objectivos que expressam princípios
filosóficos e a ideologia social política adoptada por aquele país ou por
governantes, seus dirigentes.

Estão explícitos nos documentos oficiais da Nação ou das instituições temos como
exemplo os que se encontram na Constituição de Moçambique, que é a carta magna da nação,
que enumera os princípios constitucionais do ensino tendo por finalidade atingir os objectivos
constitucionais da educação: erradicação do analfabetismo, universalização do atendimento
escolar, melhoria da qualidade de ensino, formação para o trabalho, promoção humanística,
científica e tecnológica do país.
Para, VERBIS, “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
1 - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
2 - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,
a arte e o saber;
3 – Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;
4 – Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
5- Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
6 – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
7 – Valorização do profissional da educação escolar
8 – Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
9 – Garantia de padrão de qualidade;
10 – Valorização de experiência extra-escolar;
11 – Vinculação “entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.”

VERBS ainda diz que, os objectivos educacionais são os objectivos maiores da Nação.
Eles representam as intenções sócio-político-ideológica do sistema de educação, portanto, são
objectivos ditos oficiais.

2.4. Objectivos de ensino


Os objectivos de ensino, em âmbito menor que os educacionais, vão colocando na prática
aquilo que os objectivos oficiais estabelecem como política. Estão intimamente imbricados aos
objectivos educacionais. Eles representam objectivos operacionais porque é através deles que as
acções políticas ideológicas tomam forma e concretizam-se, INDE/MEC, (2007).

2.4.1. Critérios de elaboração dos objectivos de ensino


Os objectivos de ensino tratam de aspectos vinculados ao ato de ensinar e ao ato de
aprender. Portanto, ao elaborar este texto imagina-se o que seria necessário para um professor
encontrar-se apto para elaborar seus objectivos de ensino, que para INDE/MEC, (2007), diz:
12

Os objectivos de ensino traduzem em termos comportamentais o que


antecipadamente a escola ou o professor desejam que seja construído
pelos alunos em termos de conhecimento, habilidades e atitudes. Eles
também traduzem concretamente a concepção ideológica pedagógica
adoptada, ou pelo sistema ou pela escola, implícita nessa concepção às
dimensões sociopolítica, técnica e humana a serem adoptadas pelo
docente em todo o seu construir didáctico. A concepção ideológica
adoptada implicará em comportamentos e procedimentos metodológicos
específicos que serão construídos com embalamento teórico daquela
corrente epistemológica empregada. Exemplo: o sistema de ensino que
adopte o construtivismo preconizado por Vygotsky será diferente
daquele que adopta o construtivismo de Jean Piaget. Ambas correntes
teóricas são construtivistas, mas elas são diferentes no desenvolvimento
do executar o processo de ensino aprendizagem. O que faz a diferença
são os pressupostos teóricos que embaçam os procedimentos
metodológicos que cada corrente teórica concebe na construção do
conhecimento.

De acordo com sua linha epistemológica ela manifesta-se nos comportamentos do


professor e do aluno na construção do conhecimento, objecto de estudo. Fica claro que os
objectivos expressam competências de domínios que devem resultar do aprendizado dos alunos.
Os objectivos projectam os resultados esperados desse aprendizado.
Para se formular objectivos de ensino é necessário, além daqueles fundamentos filosóficos e
ideológicos, antes de tudo, levar em consideração os componentes intrínsecos ligados ao perfil do
aluno a quem se destinam os objectivos e o processo de ensino aprendizagem. São eles: os
factores biológicos e psicológicos. O processo de aprendizagem é um processo mental. Ocorre
9
em nível psicológico e em uma idade correspondente. Portanto, esses factores são determinantes
e condicionantes para se estabelecer os objectivos de ensino. Não os levando em consideração
cometeremos muitos equívocos. Pode-se tratar uma criança como adulto e um adulto como
criança.
“A aprendizagem ocorre em níveis diferentes e não de forma linear. Cada aluno tem seu ritmo próprio e
suas peculiaridades individuais. Não é atoa que os estudiosos Jean Piaget (1970), Vygotsky (1996), Rogers (1981),
Luria (1987), entre outros, para pesquisarem o processo de aprendizagem levaram em conta a construção do
pensamento. O pensamento manifestado através da palavra escrita ou falada é, portanto, a forma mais inteligente do
homem expressar-se. Nós professores somos sabedores disto, daí porque temos em nossa formação o embalamento

epistemológico de fundamentos biológicos da educação e psicologia da aprendizagem.”


13
10

2.5. Objectivos gerais e objectivos específicos


Os objectivos13 são o marco inicial do processo pedagógico e social. Os objectivos gerais
explicam-se a partir de três níveis de abrangência. O primeiro nível é o sistema escolar que
determina as finalidades educativas de acordo com a sociedade em que está inserido; o segundo é
determinado pela escola que estabelece as directrizes e princípios do trabalho escolar; o terceiro
nível é o professor que concretiza tudo isto em acções práticas na sala de aula.
Por exemplo: os objectivos referidos em um plano de curso de uma disciplina poderão ser
formulados da seguinte maneira: Compreender o ensino da história como conhecimento
importante para o exercício da cidadania; ou poderia se dizer: conhecer a história como
conhecimento passado que facilita a compreensão do futuro; ou poderia expressar: estudar a
história enfocando as diversas contradições ideológicas existentes em tal período e em tal lugar,
etc.
“É preciso atentar que estes objectivos não serão conseguidos ao término de uma
aula, mas sim de um curso que leva ano ou meses. Eles indicam acções bem
amplas e não mencionam quais as acções ou actividades em termos
comportamentais, onde os alunos devem demonstrar ao professor que
aprenderam os conteúdos que lhes foram ensinados. Dizer de conhecer,
compreender, estudar etc. não quer dizer que se vai conseguir o que se quer de
forma concreta, se o aluno conheceu ou aprendeu etc. Quem vai dizer isto são os
objectivos específicos referentes aos conteúdos trabalhados. Eles, também são
chamados de objectivos em curto prazo por que permitem ao término de cada
aula ou assunto identificar se foi alcançado o que foi estipulado para ser
aprendido. É acompanhado passo a passo aquele objectivo formulado e assim
conseguir o que o objectivo geral do curso prever em sua visão holística e
globalizante. Os objectivos do curso por sua vez são os resultantes alcançados
em todas as aulas ministradas pelo professor durante aquele ano ou
meses.”INDE/MEC, (2007).

De salientar que, Os objectivos específicos são próprios de uma aula. Estes devem
envolver acções comportamentais, que demonstrem claramente que o aluno aprendeu o
conhecimento que se pretendeu construir.
Os objectivos indicam a acção e nesse sentido nós dizemos que eles são precisos ou
menos precisos em termos comportamentais. Quem dá essa precisão são os verbos que são
utilizados. Que de acordo com MARTINS (1998). PILETTI (2005), NERECI (1999), entre
outros, nos apontam como verbos que indicam as acções que os objectivos devem expressar:
Verbos precisos de acções menos precisos e de acções pouco observáveis directamente
observáveis, no Exemplo:

13
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez, 1994.
14

Compreender, pensar Identificar, cobrir; Saber, concluir Diferenciar, marcar;


Entender, gostar Escrever, pressionar; Desenvolver, descobrir Resolver, apontar;
Aprender, determinar Enumerar, colocar; Melhorar, sentir Comparar, andar;
Julgar, entender Contrastar, fazer; Conhecer, perceber Justificar, dizer; Adquirir
Escolher, ler, sombrear; Familiarizar-se Verbalizar, preencher; Apreciar,
concentrar Distinguir, remover; Gerar, reflectir Construir, desenhar;
Conscientizar-se Seleccionar, enumerar; Localizar, rotular, por; Comparar.

2.6. Reflexão sobre os objectivos de ensino


Os objectivos também são classificados com relação aos conteúdos e categorias. As
classificações mais conhecidas são a de Robert Mager (1977), Gagné (1971), Ralfy Tyler, Hilda
Taba (1974) e Benjamin Bloom (1983).
Bloom (1983), agrupa os objectivos em três categorias: os objectivos cognitivos, os
objectivos psicomotores e os objectivos afectivos.

2.6.1. Os objectivos cognitivos


Os objectivos da categoria cognitiva são aqueles que se referem às habilidades e
capacidades intelectuais do educando. Referem-se à área intelectual abrangendo os domínios do
conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação. Cada domínio possui vários
outros subdomínios.
Segundo o esquema traçado por BLOOM para os objectivos com relação ao processo de
aprendizagem:

2.6.2. Conhecimentos
Conhecimentos específicos - Refere-se a conceitos, terminologias, conhecimento de
símbolos, verbais ou não, de uma determinada disciplina ou área de conhecimento como, por
exemplo, energia, inércia ou vácuo, para física; gene, tecido, órgão ou aparelho para biologia etc.
Conhecimentos de fatos específicos referem-se a nomes, datas, lugares, acontecimentos,
características de uma escola filosófica, bibliografia a respeito de um tema etc.
Conhecimentos das formas e meios de tratar com os fatos específicos - Referem-se a
convenções, exemplo: regras gramaticais, convenções cartográficas ou de trânsito etc.
Conhecimentos de tendências e sequencias, exemplo: como evolução da espécie, as influências
de uma civilização em outra etc. Conhecimentos de classificações e categorias exemplo:
classificações dos seres vivos, classificações das ciências, a divisão das ciências sociais etc.
Conhecimentos dos critérios, exemplo: elementos utilizados para julgamento da validade de um
fato, como os critérios que dão garantiam ao método experimental, a qualidade de um produto ou
15

a aceitação de um fato histórico etc. Conhecimentos de metodologia referem-se ao conhecimento


dos métodos e técnicas específicos empregados em determinado ramo das actividades humanas,
para desenvolver os seus trabalhos e pesquisas.
Conhecimentos universais e das abstracções especificas de um determinado sector do
saber - Referem-se a princípios e generalizações, exemplo: conhecimento de abstracções,
resultantes da observação de muitos fatos particulares, como o relacionamento da economia com
formas de vida social, o adiantamento da ciência com o desenvolvimento da tecnologia, a
assimilação de seiva bruta pelo vegetal por obra da acção clorofilinas etc. Conhecimentos de
teoria e estruturas: referem-se ao conhecimento de um fato ou fenómeno complexo, como a
organização de um Estado democrático, a organização de um formigueiro, a interdependência dos
órgãos do corpo humano ou conhecimento de teorias explicativas de vastos conjuntos de
fenómenos como a teoria da relatividade, a teoria psicanalítica etc.
Compreensão - Refere-se ao aspecto mais simples do entendimento, que consiste em
captar o sentido directo de uma comunicação ou de um fenómeno, como compreensão de uma
ordem escrita ou falada ou a apreensão do que ocorreu com um acidentado atingido por um
automóvel etc.,
Transferência - consiste em passar uma comunicação de uma linguagem para outra, sem
alterá-la, exemplo: resumo de um trabalho, esquema ou desenho de uma fórmula matemática e
vice versa, tradução de uma obra de um idioma para outro ou de uma imagem de consciência em
linguagem etc.
Interpretação - este conhecimento consiste em captar a mensagem pela apreensão do
sentido das partes de um todo; é o caso de uma interpretação de uma caricatura, de um brasão ou
de um gráfico.
Extrapolação - consiste em tirar conclusões ou fazer previsões a respeito de um fato ou
conjunto de fatos.
Aplicação – o conhecimento da aplicação é aquele que se refere ao relacionamento de
princípios e generalizações a casos particulares ou práticos.
Análise - refere-se à difusão de um todo em suas partes e apreensão do significado das
mesmas em relação ao conjunto;
16

a) Análise de elementos - identificação de elementos componentes implica ou


explicitamente contidos em um todo. É o caso de distinguir conclusões de premissas, fatos
secundários de fatos fundamentais etc;
b) Análise de relações - refere-se à captação de relações existentes em um acontecimento,
como a distinção de causa e efeito, meio e fim etc;
c) Análise de princípios de organização - refere-se a linhas mestras que orientam uma
estrutura, como a identificação dos princípios políticos que orientaram a elaboração de uma
constituição, os princípios estéticos que orientaram a execução de uma obra de arte ou os
princípios que sustentaram uma campanha publicitária etc.
Síntese - refere-se à constatação da união de elementos que formam um todo. A síntese
pode ser: produção de uma comunicação, ex. ideias, sentimentos e aspirações por via escrita ou
oral; produção de um plano de operações, ex. um gráfico que procure demonstrar uma hipótese,
enfim actividade que requer passos e que obedece a prescrições.
Avaliação - este tipo de conhecimento refere-se à atitude crítica diante dos fatos, juízos
com relação a evidências internas, análise de uma obra qualquer. Fica claro que o conhecimento
relativo à avaliação sempre envolve um processo de julgamento.

2.6.3. Os objectivos no campo afectivo


Os objectivos no campo afectivo estão vinculados a atitudes internas do sujeito que
retratam o interior, como: interesse, valor ou apreciação e sempre revelam uma conduta. Portanto,
são demonstrados através de comportamentos. Todavia não se revelam por meio de provas
tradicionais ou verificação de aprendizagem. Requer do professor vivência e observação. Diz
respeito a hábitos e atitudes, TAVARES, (2011).
Ex: justiça, fraternidade, igualdade e agressividade etc. São muito usados na primeira fase
escolar, em que os objectivos dessa etapa são prioridade em formar hábitos, posturas educativas e
atitudes, pois o objectivo antes do ler, contar e escrever passa por um processo de socialização do
homem cidadão.
"Os objectivos do campo afectivo são ainda demonstrados por meio de recepção,
resposta, valorização, organização e caracterização por um valor ou complexo de valores.
Exemplo no quadro a seguir, de objectivos no campo afectivo".
17

2.6.4. Os objectivos no campo psicomotor


"Os objectivos referentes ao campo psicomotor estão directamente articulados com
conhecimentos que, para o seu aprendizado, necessitam de capacidades não só intelectuais, mas,
sobretudo motoras demonstradas por habilidades manuais ou corporais. TAVARES, (2011)".
BLOOM, não apresentou uma taxionomia para o domínio psicomotor. Enquanto isto não
ocorre adopta-se para completar a taxionomia de Bloom os trabalhos citados por NERECI (1999)
de Guilford, Simpson, Grolund e Kibler. Os objectivos psicomotores podem ser expressos pelos
seguintes verbos:
Amarrar - desenhar - mexer – atirar - desarrumar – minar – arrumar – desmontar
– manipular – armar – emendar – mudar – ajustar – executar – marchar – apagar
– embrulhar – marejar – aplainar – esculpir - nadar – construir – expressar –
pregar – cortar – enterrar – plantar – calibrar - fazer – pintar – consertar – instalar
– pedalar – colocar – limpar – praticar – camuflar – ligar – soldar – confeccionar
– lubrificar – rastejar – dobrar – montar – restaurar – demonstrar – manusear –
remover – dirigir – moldar, além de outros.

Definindo os conteúdos14, eles são o conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos,


modos valorativos e atitudes, organizados pedagógicos e didacticamente, buscando a assimilação
activa e aplicação prática na vida dos alunos.
À luz dos Plano curricular do ensino secundário geral (PCESG) e do Sistema Nacional de
Educação, o ESG salienta que:
É a informação que deve ser produzida ou transmitida no processo de
ensino-aprendizagem. Tal informação pode ser um meio para alcançar
determinado(s) objectivo(s) ou desenvolver uma competência. Uma vez
definidos os Objectivos Específicos, tem que se decidir o que é preciso ensinar
para os atingir, tendo em conta os conceitos básicos do currículo: o “Quê”, o
“Quanto” e o “Quando”, isto é, os conteúdos, as suas proporções e os momentos
em que serão ensinados.
As fontes dos conteúdos são os materiais intelectuais de origem social, cultural e
científica, as experiências do passado e do presente, as conceptualizações
acumuladas pela história da humanidade, em constante renovação e extensão.

Porém, a escolha do conteúdo vai além destas três exigências, para entendermos, tem-se
que observá-las em outros sentidos. Um destes sentidos é a participação na prática social; outro
sentido fundamental é a prática da vida quotidiano dos alunos, da família, do trabalho, do meio
cultural, fornecendo fatos a serem conectados ao estudo das matérias. O terceiro destes sentidos
refere-se à própria condição de rendimento escolar dos alunos.

14
INDE/MEC - Plano curricular do ensino secundário geral (PCESG), 2007.
18

3. Princípios Orientadores do Currículo do ESG


Os Princípios orientadores do currículo referem-se aos pressupostos teóricos que norteiam
o currículo do ESG. "INDE (2009) estes traduzem o modo como se conceptualizam e se
organizam os elementos que constituem o currículo e o processo de ensino aprendizagem". Neste
contexto, são indicados os seguintes princípios orientadores do currículo do ESG:

3.1. Educação Inclusiva


A educação é um direito de todo o cidadão. O currículo do ESG pauta por uma educação
inclusiva consubstanciada na igualdade de oportunidades para todas as crianças.
No âmbito do Plano Estratégico da Educação (I e II) estão definidas metas no que diz respeito
acesso a uma educação de qualidade para todos. Neste contexto, as acções desenhadas incluem a
promoção da equidade de género e a integração dos alunos com dificuldades de aprendizagem e
portadores de deficiências, no sistema regular de ensino.
No que tange à equidade de género destacam-se as acções que promovem o ingresso da
rapariga e o desenvolvimento de estratégias para a sua retenção. Estas incluem a criação de um
ambiente seguro, a existência de professoras e a realização de actividades que atraiam as
raparigas para a escola.
“Relativamente aos portadores de deficiência deverão ser criadas
condições para que todas as crianças e jovens se sintam livres de
qualquer forma de discriminação, através da promoção de atitudes e
valores como a solidariedade, o amor pelo próximo, entre outros. Os
portadores de deficiência auditiva enfrentam ainda a barreira da
comunicação. Assim, poderão ser estudadas formas para o ensino da
Língua dos Sinais aos alunos e professores. (INDE, 1998)”

Quanto aos alunos com dificuldades de aprendizagem, uma educação inclusiva deverá
considerar os ritmos de aprendizagem no sentido de desenvolver estratégias para a identificação
das dificuldades e seu tratamento, tendo em conta o nível e tipo de problema. Desta forma, a
educação estará a combater a estigmatização de que são vítimas os alunos que não progridem no
curso normal.
No âmbito da educação inclusiva, particular atenção deverá ser dada aos valores a
desenvolver tais como a solidariedade, o amor pelo próximo, entre outros.
(INDE, 1998) A educação inclusiva tornar-se-á efectiva se estiver enraizada na prática educativa,
na vida da escola e da comunidade. Com efeito, a escola, para além de desenvolver competências
relevantes para a vida deverá, ela própria, constituir-se num espaço de prática e de exercício dos
19

direitos universais do Homem, isto é, na forma como a escola se organiza, na maneira como
interagem os diferentes actores no processo educativo e no trabalho pedagógico, dentro e fora da
sala.

3.2. Ensino aprendizagem centrado no aluno


"Nas constatações de INDE (1998) o currículo do ESG coloca o aluno no centro do
processo de ensino aprendizagem, actuando como sujeito activo na busca de conhecimento e na
construção da sua visão do mundo".
Nesta concepção de ensino, o professor funciona como um facilitador a quem cabe criar
oportunidades educativas diversificadas que permitam ao aluno desenvolver as suas
potencialidades. Para o efeito, são sugeridas estratégias que proporcionam uma participação
activa do aluno tais como trabalhos aos pares e em grupos, debates, chuva de ideias, jogos de
papéis, entre outros. Estas criam a possibilidade de confrontar opiniões, questionar-se sobre a
realidade e propor alternativas de solução de problemas.
No contexto moçambicano, as estratégias de ensino numa abordagem de ensino centrada
no aluno, deverão considerar também o fenómeno das turmas numerosas.

4. Objectivos Gerais do 1º Ciclo


Denota-se que, o 1º Ciclo visa aprofundar as competências adquiridas no Ensino Básico,
preparar os alunos para continuar os estudos no 2º ciclo e para a inserção no mercado de trabalho
e auto-emprego.
Ainda no INDE (1998) no final do 1º Ciclo do Ensino Secundário Geral, o aluno deve ser
capaz de:
 Comunicar fluentemente, oral e por escrito, em língua portuguesa;
 Reconhecer a importância das línguas moçambicanas, como contributo para o
desenvolvimento da sua comunidade;
 Comunicar, oralmente e por escrito, em língua inglesa e francesa, num nível elementar,
em diferentes situações de comunicação;
 Reconhecer a importância da língua de sinais na comunicação com os portadores de
deficiência auditiva;
 Utilizar as diversas linguagens simbólicas, relacionando-as com o contexto;
20

 Desenvolver pequenos trabalhos de pesquisa e apresentar os relatórios numa linguagem


clara, coerente e objectiva;
 Usar estratégias de aprendizagem adequadas nas diferentes áreas de estudo, ser
empreendedor, criativo, crítico e auto-confiante ao desenvolver tarefas ou resolver
problemas, no ambiente escolar e fora deste;
 Aplicar os conhecimentos adquiridos e as tecnologias a eles associados na solução de
problemas da sua família e da comunidade, contribuindo assim para a melhoria da
qualidade da sua vida e da sua família;
 Reconhecer a diversidade cultural do país incluindo a linguística, religiosa, e política,
aceitando e respeitando os membros dos grupos distintos do seu, desenvolvendo acções
concretas que visam o respeito a preservação do património cultural;
 Manifestar sentimentos de empatia, solidariedade, honestidade e humildade.
 Comportar-se de forma responsável em relação à sexualidade e saúde reprodutiva;
 Prestar os primeiros socorros e agir correctamente em situações de perigo, acidentes e
calamidades naturais.
4.1. Análise crítica
Depois de uma fragosa análise dos objectivos dos programas do 1º ciclo do ensino geral,
constatou-se que segundo BLOOM citado por PEREIRA (2012:s/p) a maioria dos objectivos das
classes referidas, pertencem ao nível cognitivo, nível este onde há assimilação de conhecimentos
que o professor lecciona.
(Outra constatação é em relação a repetição de verbos, pois verificamos
que em alguns objectivos, os verbos estavam mal colocados e por vezes
um objectivo apresentava mais de um verbo. Exemplo: nos objectivos
da 8ªclasse,”descrever, explicar e interpretar fenómenos e processos
biológicos que decorem no corpo humano”.”

Há certos programas que não apresentam objectivos do nível cognitivo (10ª) Constatamos
também que há certos objectivos que não são possíveis de se alcançar em todas escolas do nosso
Pais, por certos motivos tais como, a falta de material (exemplo: microscópio, laboratório,
capital, etc.).

4.2. Objectivos gerais da disciplina de Biologia no ESG


No INDE (1999) costa que, são estes:
21

 Contribuir para a compreensão científica do mundo através da utilização dos


conhecimentos biológicos na explicação da unidade e diversidade da matéria viva;
 Desenvolver habilidades que lhes permitam aplicar os conhecimentos na resolução de
problemas específicos quer da disciplina quer da vida prática social por meio de
observações, realizações de experiencias, excursões, manipulação de instrumentos,
aplicação de teorias, leis e princípios no estudo de fenómenos biológicos;
 Promover comportamento responsável perante a sexualidade bem como com a saúde
individual colectiva a partir dos conhecimentos e fundamentos da educação para a saúde;
 Criar nos alunos o amor pela natureza, estabelecendo relações afectivas com os
organismos;
 Contribuir para a protecção e conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, em
especial da diversidade biológica do nosso pais em benefício da sociedade actual e futura;
 Valorizar a importância da protecção e conservação do ambiente escolar através da
responsabilidade individual e colectiva;
 Desenvolver atitudes correctas perante os trabalhos científicos e reconhecer as
implicações que podem ocorrer na não observância destas;

4.3. Análise crítica dos objectivos gerais da disciplina no ESG


4.3.1. Aspectos negativos e positivos
 Apresentam uma repetição de verbos sequencialmente;
Exemplo: no 1º e 4º objectivo, temos a repetição do verbo contribuir.
Ao vermos no lado dos Aspectos positivos:

 Não apresentam a repetição de verbos dentro do mesmo objectivo.

Como por exemplo: identificar, explicar e aplicar, etc.

 Todos os objectivos vão de acordo com os desafios comuns da aprendizagem.

4.3.2. Aspecto a melhorar


 Há necessidade de verificar as formas de elaboração dos objectivos. Especificamente em
termos de verbos iniciais do objectivo;
22

4.4. Objectivos da 8ª Classe


Segundo o INDE (1999), temos:
 Definir a biologia;
 Reconhecer as características dos seres vivos;
 Reconhecer que o corpo humano, tal o corpo dos outros organismos, é constituído por
células;
 Identificar o metabolismo celular como um processo de síntese e degradação de
substâncias;
 Argumentar que os sistemas digestivos, respiratório, circulatório e excretores são
responsáveis pelas trocas de matéria e energia com ambiente;
 Identificar o sistema nervoso e hormonal como responsáveis pela regulação e coordenação
dos processos dentro do organismo assim como entre o organismo e o ambiente;
 Explicar a posição do Homem no reino animal;
 Reconhecer que Homem tem a responsabilidade individual e social de contribuir para
manutenção e conservação da sua saúde;
 Identificar os órgãos e sistemas em representações;
 Descrever, explicar e interpretar fenómenos e processos biológicos que decorrem no
corpo humano;
 Desenvolver capacidades de aplicar conhecimentos físicos e químicos na explicação de
fenómenos e processos fisiológicos;
 Adquirir justificar e aplicar os conhecimentos sobre a relação entre a estrutura e função
para desenvolver hábitos saudáveis;
 Desenvolver capacidades de definir e operar com conceitos básicos;
 Realizar experiencias, interpretar e apresentar os resultados;
 Desenvolver a capacidade de trabalhar em grupo;
 Desenvolver atitudes e hábitos que contribui para uma vida saudável;
 Ter a responsabilidade individual e social de aplicar as regras de higiene;
 Ter a consciência da existência da unidade e variabilidade na natureza viva;
 Ter a convicção que a observação e a experiencia são métodos fundamentais na aquisição
de conhecimentos;
23

 Criar uma atitude activa no concernente ao reconhecimento de que os resultados da


ciência biologia devem ser utilizados a favor do homem e não contra homem;
 Desenvolver atitudes como iniciativa, solidariedade, exactidão, resistência,
independência, etc.

4.4.1. Análise crítica


4.4.2. Aspectos negativos e positivos
 Verificamos uma grande repetição de verbos;
 E esses objectivos não apresentam uma similaridade de conteúdos e nem sublinham
necessidades semelhantes;
 Nota-se um grande lapso polémico das necessidades de estudo;
Exemplo:
 O verbo Reconhecer foi repetido no 2º ,3º ,4º e 5º objectivos;
 O verbo Identificar 4º, 6º e 9º;
 O termo desenvolver 11º, 13º, 15º; 16º e 21º;
 O verbo ter -nos 17º; 18º e 19º;
Olhando para cada objectivo, notamos que alguns objectivos estão bem formulados, mas
se olharmos atentamente podemos ver que outros objectivos apresentam verbos que não vão de
acordo com os desafios sociais, outros ainda tem muitos termos que tenta dar base ou sentido do
objectivo. Como se o autor não estivesse preparado para a elaboração dos mesmos; Exemplo os
objectivos 11 e 12.
Descrever, explicar e interpretar fenómenos e processos biológicos que decorrem no
corpo humano;
Adquirir justificar e aplicar os conhecimentos sobre a relação entre a estrutura e função;
Outra constatação é que esses objectivos alguns não são capazes de chegar a realidade do
aluno; Exemplo os últimos dois (2) objectivos:
Olhando para a faixa etária dos alunos da 8ª classe actualmente, podemos chegar a
concluir que podem não se capazes criar ou desenvolver atitudes. A questão é o acto de criar
atitude, achou-se que pode ser algo tão imenso que poderá ser fácil para um aluno dos seus 12
anos.
24

Criar uma atitude activa no concernente ao reconhecimento de que os resultados da


ciência biologia devem ser utilizados a favor do homem e não contra homem;
Desenvolver atitudes como iniciativa, solidariedade, exactidão, resistência,
independência, etc.
Para os aspecto positivo, alguns dos objectivos estão bem formulados e vão de acordo
com os desafios e necessidades da sociedade;

4.4.2. Aspectos a melhorar


Espera-se que hajam verificações desses despachos, temos muitos verbos e termos que possam
nos ajudar a interpretar e a clarificar os nossos objectivos dentro do programa de ensino;

4.5. Objectivos gerais do ciclo


No INDE (2001) costa que, temos os seguintes objectivos que são:
 Identificar a posição do homem no reino animal;
 Indicar as semelhanças e diferenças entre o homem e outros mamíferos;
 Descrever os aspectos anatómicos o fisiológicos do corpo humano;
 Distinguir as doenças mais comuns em Moçambique;
 Aplicar medidas de prevenção de doenças mais comuns em Moçambique;
 Identificar os processos metabólicos que de correm nos seres vivos;
 Diferenciar os tipos de célula;
 Descrever os aspectos anatómicos e fisiológicos das plantas;
 Explicar a origem dos seres vivos;
 Demonstrar a importância da relação entre os seres vivos e o ambiente;
 Comparar e classificar objectos, fenómenos e processos biológicos;
 Utilizar correctamente os métodos científicos (método de observação, método
experimental) para resolver problemas científicos;
 Manejar o microscópio óptico composto;
 Interpretar textos gráficos e esquema;
 Desenhar objectos biológicos e legendar desenhos, esquemas, etc.
 Aplicar correctamente a linguagem científica;
 Desenvolver interesse pelo estudo da disciplina da biologia;
25

 Demonstrar o espírito investigativo para explorar a natureza, aplicando os métodos


científicos;
 Contribuir para a protecção do ambiente;
 Desenvolver atitudes e convicções que possibilitam trabalhar correctamente, observando
as regras de segurança durante os trabalhos práticos;
 Utilizar os conhecimentos da ciência biológica para melhorar as condições da vida na
comunidade, especialmente nas áreas de saúde, agricultura, pecuária e ambiente.

4.5.1. Análise crítica dos objectivos gerais do ciclo


4.5.2. Aspectos negativos e positivos
Nos objectivos gerais do ciclo temos a repetição de termos verbais na sua formulação. Exemplos:
 No 1º e 6º objectivos temos o termo “identificar”;
 No 3º e 8º temos “descrever”;
 No 9º e 16º temos o termo “demonstrar”;
 17º e 20º temos a palavra ou o verbo “desenvolver”.;

Olhando para os aspectos positivos, há-de afirmar que, a repetição desses objectivos
apresentam um sentido para as pretensões dos objectivos. Afirmar que, não se verificou a
repetição dos termos verbais no mesmo objectivo.
E por último esses objectivos vão de acordo com os desafios e necessidades individuais e
colectivas da sociedade.

4.5.3. Aspectos a melhorar


De salientar que apesar do que se anotou nos aspectos negativos não se nega uma
consciência inteligente para observar a questão da repetição dos termos verbais na formulação
dos objectivos.

4.6. Objectivos da 9ª Classe


Olhando para as descrições do INDE (1999) afirma que, são estes:
 Mencionar os filos do reino das plantas e suas características gerais;
 Obter uma visão geral sobre a grande diversidade das plantas;
 Desenvolver atitudes que contribui para a protecção das plantas;
26

 Distinguir as estruturas morfológicas dos diferentes órgãos das plantas espermatófitas e as


suas respectivas funções;
 Usar uma chave dicotómica;
 Explicar fenómenos e processos biológicos na base de conhecimentos físicos;
 Relacionar as adaptações dos órgãos duma planta com as condições do meio-ambiente em
que a planta vive;
 Combinar a importância económica e ecológica dos órgãos de uma planta;
 Valorizar as descobertas científicas;
 Mostrar que o metabolismo é processo vital;
 Realizar experiencia que comprovam os processos metabólicos;
 Explicar a influências de factores ambientais na actividade agrícola e jardinagem;
 Utilizar os métodos da reprodução sexuada e da multiplicação vegetativa nas actividades
agrícolas e da jardinagem;
 Utilizar os conhecimentos científicos no melhoramento da actividade agrícola;
 Descrever a constituição e a importância dos diferentes tipos de solo;
 Contribuir para a diminuição dos factores de degradação do solo;
 Seleccionar medidas para manter o equilíbrio ecológico do solo.

4.6.1. Análise crítica


4.6.2. Aspectos negativos e positivos
Para a 9ª classe temos uns objectivos que compartilham o mesmo verbo “utilizar”, este
termos consta nos 13º e 14º objectivos.
E afirmar que, estes dois (2) objectivos apresentam uma forma contrária da formulação e
desvia um pouco a necessidade que se pretende alcançar. Para os aspectos positivos, é não
apresentam uma repetição dos termos verbais no mesmo objectivo e vão de acordo com as
necessidades e desafios sociais.
27

4.6.3. Aspectos a melhorar


Solicita-se uma verificação atenta á questão apresenta nos aspectos negativos.

4.7. Objectivos da 10ª Classe


Espelhando para as perspectivas do INDE (1999) costa que, na 10ª classe temos os seguintes
objectivos:
 Interpretar as leis de Mendel;
 Demonstrar a importância da genética na prevenção de doenças congénitas e outras de
carácter hereditário;
 Aplicar os conhecimentos da genética na medicina, criação e melhoramento de animais e
plantas;
 Descrever as teorias da evolução;
 Identificar os ecossistemas de Moçambique;
 Desenvolver o espírito de investigação aplicando os métodos científicos;
 Divulgar os conhecimentos da história da evolução para melhor percepção da sua origem.

4.7.1. Análise crítica


4.7.2 Aspecto positivo
Para os objectivos da 10ª classe não há sequelas que demonstram lapsos em todas as suas
formulações.
Neste contexto da sustentar que não houve necessidade de sublinhar aspectos negativos e
nem os á melhorar.

5. Reflexão sobre estratégias adoptar os objectivos do programa de Ensino de Biologia 1º


Ciclos do Ensino Secundário.
As estratégias de ensino-aprendizagem são técnicas utilizadas pelos professores com o
objectivo ajudar o aluno a construir seu conhecimento.
Entre as diferentes estratégias de ensino-aprendizagem, podemos citar:
 Seminários; Aulas lúdicas; Aulas práticas; Júri simulado; Estudo de caso;
 Técnica de Philips; Tempestade cerebral; Aula expositiva e dialogada;
28

 Grupo de verbalização e de observação.

Para esse efeito, a UNESCO definiu orientações estratégicas para o ESG15, à atenção dos
Estados membros, das quais se destacam as seguintes:
 Rever a estrutura dos programas, de modo a torná-la mais flexível na organização dos
conhecimentos, integrando habilidades necessárias para a vida e a componente prática,
oferecendo diversas opções de programas (áreas vocacionais) e reforçando o elo de
ligação com o sector laboral;
 Desenvolver métodos de ensino, estruturas e serviços escolares inovadores e adaptados ao
ensino das habilidades e competências necessárias para a vida e para a educação
comportamental;

Essas técnicas são essenciais para extrair o melhor aproveitamento do aluno, ajudando-o a
adquirir e a fixar o conteúdo que foi ministrado.

14

15
Secção do Ensino Secundário Geral, UNESCO, Paris, Dezembro 2001
29

Conclusão
O Sistema Nacional de Educação (SNE) em Moçambique, criado pela Lei n°. 4/83, de 23
de Março, foi revisto para se adequar às condições socioeconómicas do País, através da lei n°
6/92, de 6 de Maio. O objectivo dessa revisão foi o de garantir uma formação integral ao cidadão
moçambicano, para que adquira e desenvolva conhecimentos e capacidades intelectuais. Esta
mudança obrigava a uma revisão curricular, incluindo dos programas das diversas disciplinas, de
modo a que a escola passasse a preparar melhor os alunos para a vida.

Para a disciplina de Biologia no 1º e 2º ciclo do Ensino Secundário, adequar-se-ia, ao uso


da Andragogia que se afigura como sendo a estratégia mais adequada para conseguir desenvolver
no aluno as habilidades necessárias para o transformar em adulto consciente, seguro, capaz de
interpretar e seguir as normas da convivência social e promover o espírito de equipa onde quer
que esteja.
Assim sendo, a disciplina de Biologia no 1º ciclo do Ensino Secundário devia utilizar a
Andragogia de modo assegurar a implementação do seguinte:
 Transformar o momento de aula em laboratório de análise das teorias científicas prescritas
numa determinada disciplina. Isto é, a disciplina tem de se adequar com os valores reais
daquilo que se pretende ensinar e aprender.
Encorajar e incentivar ao máximo possível a participação dos alunos
 Fazer com que a teoria à prática dos conteúdos esteja, emerja a realidade do ambiente em
que se encontra inserido e o contexto global.
 Valorizar a experiência dos alunos através de resolução de problemas práticos,
pressupondo a distribuição de conteúdos ou tarefas antes das aulas.

Os objectivos de ensino, seja em qualquer nível que esteja formulado, cognitivo, afectivo
e psicomotor, estarão sempre centrados no comportamento dos alunos e não do professor. Assim
nos programas de ensino do 3º ciclo: 8ª, 9ª e 10 classes, nos contextos de análise dos seus
objectivos verificou-se alguns pontos importantes que passaram para nos aspectos positivos.
Sabe-se que, os objectivos determinam a gama de habilidades e hábitos a serem
adquiridos. Já os conteúdos formam a base da instrução O método por sua vez é a forma com que
estes objectivos e conteúdos serão ministrados na prática ao aluno.
30 15

Bibliografia
Alderson, P. & Rowland, M. (1995). Making Use of Biology (2ªEd.). London: MacMillan Press
Ldt.
AMORIM, A. C. R. de. Biologia, tecnologia e inovação no currículo do ensino médio. In:
Investigações em ensino de ciências. v.3, n.1, a4.htm, 1999.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1979.
BORDENAVE, Juan Diaz, Adair Martins. Estratégias de Ensino Aprendizagem. 25ª ed.,
Petrópolis: Vozes, 2004.
BLOOM, Benjamin S. Taxionomia de objectivos educacionais. Porto Alegre - RS: Globo, 1999.
CICILLINI, G. A. Formas de interacção e características da fala do professor na produção do
conhecimento biológico em aulas de biologia do ensino médio. In: encontro nacional de pesquisa
em ensino de ciências, 1, 1997, Águas de Lindóia. Atlas. Porto Alegre.
INDE/MINED – Programa do 1º ciclo ensino Secundário 6248/RLINLD/2010
____________Plano curricular do ensino secundário geral (PCESG), 2007
____________Lei n° 6/92, sobre o Sistema Nacional da Educação,
____________Plano Curricular do Ensino Secundário Geral e os;
____________ Programas de Biologia da 8ª à 10ª classe.
____________Melhoria da Eficácia da Reforma e Desenvolvimento Curricular, 1998
____________Plano Curricular do Ensino Básico, 1999
____________Programas do Ensino Básico. 1o, 2o e 3o ciclo, 1999
____________Relatório do Workshop Regional sobre a Reforma do Ensino Secundário em
África, 2001
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica Cortez editora, São – Paulo,
MAGER, Robert F. Objectivos para o ensino efectivo. Rio de Janeiro: SENAI, 1991.
MARTINS, José do Prado. Didáctica Geral. São Paulo: ATLAS S. A, 1999.PILLETI, Claudino.
Didáctica Geral, 14 ed, Atlas, São – Paulo, 1991.

Você também pode gostar