Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONSTITUCIONAL
Prof. Cláudio José Reis
aula 11
Próximos Encontros
25/10/2023 (quarta) e 27/10/2023 (sexta) encontro 11 - AULA
• Contextualização
• Resultado do julgamento
o apontamentos doutrinários
Quanto ao tipo de
conduta praticada
Por ação
Por omissão
Quanto ao tipo de conduta
praticada pelo Poder Público
Envolve o objeto (lei ou ato normativo) do controle.
A) Por ação
Decorre de condutas comissivas praticadas pelo Poder Público
contrárias a preceitos constitucionais.
Quando o Poder Público age de forma incompatível com a
constituição, portanto, ele está praticando uma
inconstitucionalidade por ação.
Exemplo: o STF declarou que a vedação da progressão de regime em abstrato,
prevista na lei de crimes hediondos, é incompatível com o princípio da
individualização da pena. Trata-se de inconstitucionalidade por ação.
Quanto ao tipo de conduta
praticada pelo Poder Público
B) Por omissão (total ou parcial)
Ocorre quando as medidas necessárias para tornar plenamente
aplicáveis as normas constitucionais carentes de intermediação não são
adotadas (omissão total) ou são adotadas de modo insuficiente
(omissão parcial) pelo Poder Público.
O não agir pode acarretar o “fenômeno da erosão da consciência
constitucional” (Karl Loewenstein)
Exemplo: valor consagrado em lei para o salário-mínimo não é suficiente para
atender às necessidades previstas na CF/1988.
Quanto à norma
Quanto ao tipo de
constitucional
conduta praticada
ofendida
Inconstitucionalidade
Por ação formal (ou
nomodinâmica)
Inconstitucionalidade
Por omissão material (ou
nomoestática)
Quanto à norma
constitucional ofendida
Considera a norma constitucional atingida.
Quanto à norma
Quanto ao tipo de
constitucional Quanto à extensão
conduta praticada
ofendida
Inconstitucionalidade
Por ação formal (ou Total
nomodinâmica)
Inconstitucionalidade
Por omissão material (ou Parcial
nomoestática)
Quanto à extensão
A) Total
Ocorre quando o vício atinge toda a lei, todo o ato
normativo ou todo o dispositivo, não restando partes
válidas a serem aplicadas.
Exemplo: Assembleia Legislativa cria lei estadual tratando de
matéria penal. Neste caso, toda a lei será inconstitucional (matéria
privativa da União).
Quanto à extensão
B) Parcial:
Quanto à norma
Quanto ao tipo de
constitucional Quanto à extensão Quanto ao momento
conduta praticada
ofendida
Inconstitucionalidade
Por ação formal (ou Total Originária
nomodinâmica)
Inconstitucionalidade
Por omissão material (ou Parcial Superveniente
nomoestática)
Progressiva
Quanto ao momento
A) Originária
Na inconstitucionalidade originária, a norma objeto contida
na lei ou ato normativo é posterior à norma parâmetro
ofendida.
Ela ocorre quando a norma é inconstitucional desde a sua
origem, ou seja, ela “nasce” inconstitucional.
Exemplo: A CF/1988 foi promulgada em 05/10/1988. Se uma
determinada lei foi editada em 1991 e era incompatível com a
CF/1988, ela será inconstitucional desde a sua origem.
Quanto ao momento
B) Superveniente – “não recepção”
A norma objeto é anterior à norma parâmetro. Embora ela seja
originariamente constitucional, acaba se tornando posteriormente
incompatível com a nova constituição ou com o novo parâmetro.
Exemplo: em 1993, houve a EC nº 3/93, a qual introduziu a ADC no direito
brasileiro. Em 1999, foi criada a Lei 9.868 (Lei da ADC), que contempla
apenas 4 legitimados para propor a ADC, nos mesmos moldes do que
estava previsto na EC nº 3/93. Entretanto, com o advento da EC 45/2004,
a legitimidade ativa para a propositura da ADC foi ampliada. Assim, o
art. 13 da Lei 9.868/994 passou a ser incompatível com a CF/1988 (art.
103, incisos).
Quanto ao momento
C) Progressiva
Ocorre quando a norma, embora ainda constitucional, ante as circunstâncias
fático-jurídicas existentes, caminha progressivamente para a
inconstitucionalidade. Trata-se de uma “zona cinzenta” entre a
constitucionalidade plena e a inconstitucionalidade absoluta.
A norma somente não é declarada inconstitucional porque a declaração trará
mais prejuízos do que benefícios. Trata-se de uma opção de política
constitucional.
Exemplo: O art. 68 do CPP/1941 (anterior à CF) atribui ao Ministério Público a
competência para promover a reparação ex delicto quando a vítima do crime
ou seus familiares forem pobres. Todavia, após a Constituição de 1988, essa
atribuição não poderia mais ser do MP, pois a assistência judiciária gratuita às
pessoas reconhecidamente pobres é função da Defensoria (art. 134, caput, CF).
Formas de
inconstitucionalidade
Quanto à norma
Quanto ao tipo de Quanto ao prisma de
constitucional Quanto à extensão Quanto ao momento
conduta praticada apuração
ofendida
Inconstitucionalidade
Direta (imeditada ou
Por ação formal (ou Total Originária
antecedente)
nomodinâmica)
Inconstitucionalidade
Por omissão material (ou Parcial Superveniente Indireta (mediata)
nomoestática)
Progressiva
Quanto ao prisma de apuração
A) Direta (imediata ou antecedente)
Espécies:
◦ Consequente: ocorre quando a inconstitucionalidade de uma norma decorre
da nulidade de outro ato superior, que é seu fundamento de validade.
◦ Reflexa (ou oblíqua): resulta da violação a normas infraconstitucionais
interpostas. Exemplo: decreto que exorbita os limites legais.
Formas de inconstitucionalidade
Quanto ao
momento em que o
controle é realizado
Preventivo
Repressivo
Quando ao momento em que o
controle é realizado
Preventivo: refere-se ao controle feito para prevenir lesão à CF.
Este controle é feito antes, de modo a evitar que haja lesão.
Repressivo: refere-se ao controle feito depois que já houve a lesão
à CF. Tem o objetivo de reparar ofensa à constituição.
Quanto ao Quanto à
momento em que o competência
controle é realizado jurisdicional
Concentrado
Repressivo
(reservado)
Quanto à competência
jurisdicional
Classificação que somente se aplica ao Poder Judiciário.
A) Difuso (aberto)
Marbury foi nomeado pelo Presidente da época (John Adams) para ser juiz dos
tribunais federais, juntamente com vários outros juízes. Entretanto, tais
magistrados não foram efetivados e, quando Thomas Jefferson assumiu a
Presidência da República, ele determinou que Madison (Secretário de Estado)
não efetivasse Marbury no cargo de juiz. Diante disso, Marbury ajuizou uma
ação na Suprema Corte questionando o ato de Madison. Assim, para resolver o
imbróglio político, o juiz John Marshall, para não se imiscuir na decisão política,
criou as bases do controle de constitucionalidade.
Quanto à competência
jurisdicional
B) Concentrado (reservado)
Esse controle é reservado porque somente pode ser exercido por
determinados órgãos do Poder Judiciário e neles se concentra.
No Brasil, ele é exercido:
◦ STF: exerce o controle concentrado quando o parâmetro é a Constituição Federal.
◦ TJ: exerce o controle concentrado quando o parâmetro é a Constituição Estadual.
Concreto
(incidental, por via
Preventivo Difuso (aberto)
defesa ou por via
de exceção)
Qualquer juiz ou tribunal → Pode ser exercido por qualquer órgão do Poder
Judiciário. Portanto, qualquer juiz ou tribunal, dentro da sua esfera de competência,
no curso de um processo, afastar a aplicação de uma lei por considerá-la
incompatível com a Constituição.
Finalidade
Sim. Como a finalidade principal é a proteção de direitos subjetivos, o que importa não é
se a norma está vigente (ou não) no momento da propositura da ação, mas se a norma
estava vigente ao tempo em que o fato ocorreu.
Aspectos Gerais
Objeto
Ato emanado dos poderes públicos: normativo ou não; geral e
abstrato ou não.
O objeto do controle de constitucionalidade pode ser qualquer ato
emanado dos poderes públicos.
Qualquer ato emanado dos poderes públicos que tenha violado a
CF/1988 pode ser objeto do controle incidental, mesmo que já
tenha sido revogado.
Aspectos Gerais
Efeitos da decisão
- Inter partes → Em regra, uma decisão proferida no controle incidental produz efeitos
apenas inter partes. Exceção: quando proferida pelo STF, cuja decisão tem efeito erga
omnes e vinculante.