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• O controle de constitucionalidade, visto em um ordenamento jurídico que tem a constituição como norma fundamental,
converte-se no veículo pelo qual se tornam efectivas as exigências traçadas pelo constituinte à regularidade dos actos
praticados por indivíduos ou entidades que devem obediência às normas constitucionais. Na mesma linhagem, o autor
afirma que o controle de constitucionalidade é o conjunto de mecanismos dispostos para garantir a supremacia
constitucional por meio da identificação e eventual reparação de condutas incompatíveis a determinadas normas
constitucionais.
• Moçambique é um país que desde antemão, estabelece relações internacionais com vários países, por via disso, tivemos
uma revisão constitucional de 2004,a disposição central para a apreciação da forma como a Constituição moçambicana de
2004 lida com as questões do Direito Internacional é o artigo 18, com a epígrafe “Direito internacional”. O número 1 do
artigo citado prevê que “os tratados e acordos internacionais, validamente aprovados e ratificados, vigoram na ordem
jurídica moçambicana após a sua publicação oficial e enquanto vincularem internacionalmente o Estado de Moçambique”.
• Nesta senda, queremos em palavras simples dizer que a norma internacional não passa nem pelo Presidente da República
muito menos pelo Concelho Constitucional para a fiscalização da sua constitucionalidade, visto que é um orgão importante
nos termos do artigo 244 da Constituição da República de Moçambique, doravante C.R.M. Praticamente estamos a dizer
que a norma internacional não é susceptível de uma fiscalização de constitucionalidade no momento da sua entrada em
Moçambique, porque ela só é aprovada e ratificada pela A.R correndo o risco de se ratificar uma norma contrária à
constituição e por não haver dentro da aprovação um momento de apreciação da constitucionalidade.
• Como garantir a existência do controlo e fiscalização da constitucionalidade dos tratados internacionais no
ordenamento jurídico moçambicano?
• Delimitação Disciplinar
• Direito Constitucional e o
Direito Internacional.
• O Controlo de Constitucionalidade
• Para DA SILVA, José Afonso (1992)o controlo de constitucionalidade constitui a “verificação da adequação
de um ato jurídico (particularmente da lei) à Constituição” e deriva da concepção da Constituição como lei
fundamental do ordenamento jurídico. Segundo SILVA, “o princípio da supremacia requer que todas as
situações jurídicas se conformem com os princípios e preceitos da Constituição”. Também realçando a
necessidade e o modo de resguardar a supremacia da Constituição, manifestam-se.
• Controlo da Constitucionalidade dos Tratados Internacionais
• De acordo com PERREIRA e BARBOSA, no sentido lato sensu, percebe-se que o controle de
constitucionalidade de tratado internacional já é exercido na génese da convenção a ser estabelecida entre os
Estados, o Poder Executivo, na figura de seu chefe, antes que este assine o tratado internacional, por questões
óbvias, deve analisar se o tratado que está prestes a ser firmado está em sintonia com a Lei Maior. Em
seguida, após a assinatura pelo Presidente, o tratado é submetido à apreciação do Poder Legislativo, que
também terá a oportunidade de exercer o controlo de adequação daquele tratado à ordem jurídica pátria,
podendo rejeitá-lo no caso de sua incompatibilidade com a Constituição. Tais órgãos e agentes tem a
prerrogativa de exercer o controlo de constitucionalidade preventivo, ou seja, antes que a norma entre em
vigor.