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Controle de Constitucionalidade
Selecionei questões relacionadas a todos sub-temas do Controle de Constitucionalidade. Dessa forma,
temos perguntas sobre os conceitos gerais, legitimidade, procedimento, efeitos da decisão etc.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
(QUESTÕES DE CONCURSOS) DIREITO CONSTITUCIONAL – CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Explicação da Questão 1: Conforme a Teoria da Recepção as normas infraconstitucionais compatíveis materialmente com a nova
constituição serão recepcionadas. Caso ocorra incompatibilidade deverão ser revogadas.
Explicação da Questão 2: A inconstitucionalidade formal (ou nomodinâmica) ocorre quando um ato legislativo apresenta vício em sua
forma, isto é, no processo legislativo de sua elaboração. Conforme Canotilho, os vícios formais “(…) incidem sobre o acto normativo
enquanto tal, independente do seu conteúdo e tendo em conta apenas a forma de sua exteriorização (…)”.
Explicação da Questão 3: Relembramos que não é cabível ADI que tenha por objeto o direito pré-constitucional. Dessa forma,
segundo Barroso, “sendo descabida a ação direta de inconstitucionalidade, abre-se espaço, através da arguição, para o controle
abstrato e concentrado, em processo objetivo, da validade da norma precedente”.
Questão 04. (Analista Judiciário — TRT 9.ª R. — Administrativa — FCC/2010) A
ação declaratória de constitucionalidade, junto ao Supremo Tribunal Federal,
NÃO poderá ser proposta:
a) pela Mesa da Câmara Legislativa.
b) pela entidade de classe de âmbito nacional.
c) pela confederação sindical.
d) pelo Prefeito Municipal.
e) pelo Governador do Distrito Federal.
04 D
Explicação da Questão 4: Lembramos que os legitimados para propositura de ADC e ADI genérica são os mesmos, conforme o art.
103 da CF. O Prefeito Municipal não se encontra no rol de legitimados.
Explicação da Questão 5: Originado no caso Marbury v. Madison (EUA, 1803), o controle difuso (também chamado de controle pela
via de exceção) permite que qualquer juiz ou tribunal do Poder Judiciário reconheça a inconstitucionalidade de uma norma.
Explicação da Questão 6: Essa alternativa trata da cláusula de reserva de plenário, a qual está prevista no art. 97 da CF. “Por força do
princípio da reserva do plenário, a inconstitucionalidade de uma lei somente pode ser declarada pela maioria absoluta dos membros do
tribunal ou de seu órgão especial, onde exista”. (BARROSO, 2006, p. 83-84)
Questão 07. (Defensor Público/AM — Instituto Cidades/2011) Qual dos
instrumentos abaixo jamais poderá ser utilizado em sede de controle concentrado
de constitucionalidade, federal ou estadual:
a) audiência pública.
b) recurso extraordinário;
c) embargos de declaração;
d) ação rescisória;
e) intervenção de amicus curiae;
07 D
Explicação da Questão 7: Conforme o disposto no art. 26 da Lei n. 9.868/99: “a decisão que declara a constitucionalidade ou a
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de
embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória“.
Explicação da Questão 8: Salvo o decreto autônomo, ou seja, aquele que manifestamente não regulamenta a lei. Em regra, todo
decreto presidencial sofrerá controle de legalidade e não de inconstitucionalidade, pois ele regulamenta a lei.
Explicação da Questão 10: Os itens I e II estão de acordo com o art. 102, da CF, em seus parágrafos primeiro e segundo
respectivamente.
O item III está errado, pois o Presidente do Senado Federal não está elencado no rol de legitimados (art. 103, CF). Lembramos que o
legitimado é a Mesa do Senado Federal.
Explicação da Questão 11: Segundo a jurisprudência do STF, “as suas decisões do controle abstrato começam a produzir efeitos a
partir da data da publicação, no Diário da Justiça, da ata da sessão de julgamento”. (Vicente Paulo)
Explicação da Questão 12: Compete ao STF processar e julgar, originariamente, a inconstitucionalidade de Lei ou ato
normativo federal ou estadual (art. 102, I, a da CF). Não é necessário seu encaminhamento ao Senado, pois “a competência do
Senado somente é exercitável nas hipóteses de declaração incidental de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, e não
quando a inconstitucionalidade venha a ser pronunciada em sede de ação direta de inconstitucionalidade”. (BARROSO, 2006, p. 110)
Explicação da Questão 13: Segundo Barroso, a jurisprudência do STF desenvolveu o conceito de inconstitucionalidade por
arrastamento (atração ou inconstitucionalidade consequente de preceitos não impugnados). “A expressão designa a hipótese de
declaração de inconstitucionalidade, em ação direta, de dispositivos que não foram impugnados no pedido original, mas que são
logicamente afetados pela decisão que venha a ser proferida. É o que ocorre, por exemplo, em relação à norma que tenha teor análogo
à que foi objeto da ação ou que venha a se tornar inaplicável em razão do acolhimento do pedido formulado”. Tal posicionamento pode
ser encontrado na ADI 2982 QO/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes, 17.6.2004.
Questão 15. (OAB/111.º) Havendo afronta aos direitos da pessoa humana pelo
Governador, o respectivo Estado-Membro poderá sofrer intervenção federal
mediante:
a) Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva, proposta pelo Procurador-Geral do
Estado;
b) solicitação da Assembleia Legislativa;
c) Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva, proposta pelo Procurador-Geral da
República.
d) requisição do Tribunal de Justiça;
15 C
Explicação da Questão 15: Pedro Lenza: “Art. 36, III, c/c o art. 34, VII, “b”, da CF/88 (ADI interventiva federal). Lembramos que a
decretação e execução da intervenção federal é ato de competência privativa do Presidente da República (art. 84, X), caso a decretação
da suspensão da execução do ato do Governador de Estado (também por decreto presidencial) não seja suficiente para o
restabelecimento da normalidade (art. 36, § 3.º)”.
Explicação da Questão 19: ADPF 33, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 7-12-2005, DJ de 27-10-2006: “13.Princípio da
subsidiariedade (art. 4º, § 1º, da Lei nº 9.882/99): inexistência de outro meio eficaz de sanar a lesão, compreendido no contexto
da ordem constitucional global, como aquele apto a solver a controvérsia constitucional relevante de forma ampla, geral e
imediata“. (grifo nosso)
RE 361.829-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 2-3-2010, Segunda Turma, DJE de 19-3-2010: “O STF exerce, por excelência, o
controle difuso de constitucionalidade quando do julgamento do recurso extraordinário, tendo os seus colegiados fracionários
competência regimental para fazê-lo sem ofensa ao art. 97 da CF”. (grifo nosso)
Questão 20. (Titular de Serviços de Notas e de Registros/TJ-CE —
IESES/2011) Leia atentamente as proposições abaixo e assinale a que se apresentar
INCORRETA:
a) A inconstitucionalidade nomoestática decorre da afronta, pela norma
infraconstitucional, ao conteúdo da Constituição.
b) Verifica-se a inconstitucionalidade nomodinâmica quando a lei ou o ato normativo
infraconstitucional contiver vício de forma.
c) A inconstitucionalidade formal orgânica resulta da ausência de competência
legislativa para a elaboração do ato.
d) Os tribunais de contas não podem apreciar a constitucionalidade de leis e atos
normativos do Poder Público, no exercício de suas atribuições.
20 D
Explicação da Questão 20: A afirmativa contraria o entendimento do STF, Súmula n° 347: “o Tribunal de Contas, no exercício de suas
atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público”. Ressaltamos que a apreciação será incidental e
que os Tribunais de Contas não possuem competência para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos, mas poderá, no
caso concreto, deixar de aplicar atos que considerar inconstitucionais.
Explicação da Questão 21: Em regra, o controle preventivo é realizado pelo Poder Legislativo e Executivo. No entanto, o STF tem
entendido ser possível o controle prévio de constitucionalidade pelo Judiciário. Ele ocorrerá quando parlamentar impetrar mandado de
segurança contra a deliberação de proposta de emenda à Constituição tendente a violar alguma cláusula pétrea.
Neste sentido Luís Roberto Barroso esclarece: “Existe, ainda, uma hipótese de controle prévio de constitucionalidade, em sede judicial,
que tem sido admitida no direito brasileiro. O Supremo Tribunal Federal tem conhecido de mandados de segurança, requeridos por
parlamentares, contra o simples processamento de propostas de emenda à Constituição cujo conteúdo viole alguma das cláusulas
pétreas do art. 60, § 4º”. (BARROSO, 2006, p. 46)
Explicação da Questão 22: O Bloco de Constitucionalidade são normas contidas, ainda que não expressamente, na constituição que
tem por objetivo ampliar o paradigma do controle de constitucionalidade. Por exemplo, princípios, direitos sociais etc.
Explicação da Questão 24: Segundo Pedro Lenza, o vício de decoro parlamentar enseja o reconhecimento da inconstitucionalidade de
uma lei, pois há mácula no processo legislativo. Por exemplo, quando ocorre a compra de votos para aprovação de uma determinada
lei. Conforme o art. 55, § 1.º, CF, “é incompatível com o decoro parlamentar, (…) o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do
Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas”.
Questão 25. (Magistratura/TJ-PE — FCC/2011) Considerada a disciplina
constitucional e a respectiva regulamentação legal da ação direta de
inconstitucionalidade por omissão, é INCORRETO afirmar que:
a) não admite medida cautelar.
b) pode ser proposta pelos legitimados à propositura da ação direta de
inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade.
c) não admite desistência.
d) em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser
adotadas no prazo de 30 dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente
pelo STF, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público
envolvido.
e) cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.
25 A
Explicação da Questão 25: É admitida medida cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. Conforme as
disposições nos arts. 12-F e 12-G da Lei n. 9.868/99, incluídos pela Lei n. 12.063/2009. Transcrevo parte do art. 12-F: “em caso de
excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta (…), poderá conceder medida cautelar…”.
Explicação da Questão 26: Segue o Informativo 356 do STF sobre a perda de representação de partido e legitimidade para ADI:
“entendeu-se que a aferição da legitimidade deve ser feita no momento da propositura da ação e que a perda superveniente de
representação do partido político no Congresso Nacional não o desqualifica como legitimado ativo para a ação direta de
inconstitucionalidade”. (ADI-2159)
Questão 29. (Juiz Federal – TRF 2.ª R – CESPE/2013) Com relação ao controle de
constitucionalidade no direito brasileiro, assinale a opção correta.
a) A ação de inconstitucionalidade interventiva, que tem como único legitimado ativo o
procurador-geral da República, está fundamentada na violação de um princípio sensível
por parte de estado-membro ou do DF e o seu procedimento não admite a concessão de
medida liminar.
b) O amicus curiae somente pode demandar a sua intervenção até a data em que o
relator liberar o processo para pauta de julgamento, e a sua participação será autorizada
mediante despacho irrecorrível do relator nas ações diretas de inconstitucionalidade;
porém a sua participação não será cabível no procedimento de controle difuso de
constitucionalidade.
c) Segundo a cláusula de reserva de plenário, somente pela maioria de seus membros ou
dos membros do respectivo órgão especial os tribunais poderão declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, porém não haverá violação da cláusula de
reserva de plenário quando a decisão de órgão fracionário de tribunal, embora não
declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público,
afaste a sua incidência no todo ou em parte.
d) As decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF nas ações diretas de
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta.
e) Inconstitucionalidade reflexa consiste na incompatibilidade de uma norma infralegal,
como o decreto não autônomo expedido pelo chefe do Poder Executivo, com uma lei e,
por via indireta, com a própria CF. Segundo o entendimento do STF a ação direta de
inconstitucionalidade é meio idôneo para verificação de tal vício.
29 D
Explicação da Questão 29: Alternativa reproduz quase integralmente o disposto no art. 102, § 2º, da CF: “as decisões definitivas de
mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal”. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
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QUESTÕES DE CONCURSOS
Gabarito
Questão Resposta Questão Resposta
01 D 21 A
02 Certo 22 C
03 B 23 D
04 D 24 Certo
05 A 25 A
06 E 26 Certo
07 D 27 Certo
08 D 28 B
09 A 29 D
10 E 30 B
11 D 31 C
12 A 32 D
13 A 33 Errado
14 C 34 A
15 C 35 C
16 B 36 Certo
17 C 37 A
18 A 38 E
19 A 39 C
20 D 40 B
Comentários:
Explicação da Questão 1: Conforme a Teoria da Recepção as normas
infraconstitucionais compatíveis materialmentecom a nova constituição serão
recepcionadas. Caso ocorra incompatibilidade deverão ser revogadas.
Explicação da Questão 2: A inconstitucionalidade formal (ou nomodinâmica) ocorre
quando um ato legislativo apresenta vício em sua forma, isto é, no processo legislativo
de sua elaboração. Conforme Canotilho, os vícios formais “(…) incidem sobre o acto
normativo enquanto tal, independente do seu conteúdo e tendo em conta apenas a forma
de sua exteriorização (…)”.
Explicação da Questão 3: Relembramos que não é cabível ADI que tenha por objeto o
direito pré-constitucional. Dessa forma, segundo Barroso, “sendo descabida a ação
direta de inconstitucionalidade, abre-se espaço, através da arguição, para o controle
abstrato e concentrado, em processo objetivo, da validade da norma precedente”.
Explicação da Questão 4: Lembramos que os legitimados para propositura de ADC e
ADI genérica são os mesmos, conforme o art. 103 da CF. O Prefeito Municipal não se
encontra no rol de legitimados.
Explicação da Questão 5: Originado no caso Marbury v. Madison (EUA, 1803), o
controle difuso (também chamado de controle pela via de exceção) permite que
qualquer juiz ou tribunal do Poder Judiciário reconheça a inconstitucionalidade de uma
norma.
Explicação da Questão 6: Essa alternativa trata da cláusula de reserva de plenário, a
qual está prevista no art. 97 da CF. “Por força do princípio da reserva do plenário, a
inconstitucionalidade de uma lei somente pode ser declarada pela maioria absoluta dos
membros do tribunal ou de seu órgão especial, onde exista”. (BARROSO, 2006, p. 83-
84)
Explicação da Questão 7: Conforme o disposto no art. 26 da Lei n. 9.868/99: “a
decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato
normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a
interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação
rescisória“.
Explicação da Questão 8: Salvo o decreto autônomo, ou seja, aquele que
manifestamente não regulamenta a lei. Em regra, todo decreto presidencial sofrerá
controle de legalidade e não de inconstitucionalidade, pois ele regulamenta a lei.
Explicação da Questão 9: De acordo com o art. 5.º, § 3.º, da Lei n. 9.882/99, “a liminar
poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de
processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente
relação com a matéria objeto da arguição de descumprimento de preceito
fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada”.
Explicação da Questão 10: Os itens I e II estão de acordo com o art. 102, da CF, em
seus parágrafos primeiro e segundo respectivamente.
O item III está errado, pois o Presidente do Senado Federal não está elencado no rol de
legitimados (art. 103, CF). Lembramos que o legitimado é a Mesa do Senado Federal.