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SUMÁRIO
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS .......................................................................................... 2
DIREITOS DE SEGURANÇA – GARANTIAS INDIVIDUAIS ................................................................................. 2
CONCEITO .................................................................................................................................................. 2
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA NAS RELAÇÕES JURÍDICAS – IRRETROATIVIDADE DA LEI .................................. 2
DIREITO ADQUIRIDO .................................................................................................................................. 2
ATO JURÍDICO PERFEITO............................................................................................................................ 3
COISA JULGADA ......................................................................................................................................... 3
DEVIDO PROCESSO LEGAL ............................................................................................................................. 4
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE OU RAZOABILIDADE .......................................................................... 4
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA ............................................................................................................... 5
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO........................................................................................................................ 6
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.............................................................................................................. 7
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 8
GABARITO .................................................................................................................................................... 10

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DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS


DIREITOS DE SEGURANÇA – GARANTIAS INDIVIDUAIS
CONCEITO
A CF assegura de forma genérica o direito à segurança no caput do seu Art. 5o. A
segurança a que se refere a Constituição não é a segurança pública (polícia), mas sim a
segurança nas relações jurídicas, sejam elas de natureza processual ou não. São também
chamadas de garantias individuais. Essas garantias podem estar relacionadas: (i) à
segurança jurídica; (ii) a garantias de natureza penal; (iii) a garantias de natureza processual.

PRINCÍPIO DA SEGURANÇA NAS RELAÇÕES JURÍDICAS –


IRRETROATIVIDADE DA LEI
Esse princípio tem como objetivo garantir a estabilidade das relações jurídicas,
impedindo que o Estado adote leis retroativas em prejuízo dos indivíduos. A referida regra se
aplica a todo e qualquer ato normativo infraconstitucional, ou seja, uma lei ordinária,
complementar, de ordem pública ou dispositiva 1. Vejamos o que diz a Constituição:
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada;
Em linhas gerais, podemos assim conceituar os três institutos mencionados:

DIREITO ADQUIRIDO
Direito Adquirido: é o direito já incorporado ao patrimônio do titular, ou seja, se um
indivíduo preenche todos os requisitos para a aquisição de um determinado direito sob a
vigência de uma lei, caso uma lei posterior altere esse direito, em prejuízo do indivíduo, essa
lei nova não poderá retirar-lhe o direito, então adquirido. Destaca-se que o direito não
precisa ter sido exercido para ser considerado como adquirido.
Não se devem confundir as hipóteses de direito adquirido com expectativa de direito,
esta se refere à possibilidade de adquirir um determinado direito previsto em lei, enquanto
aquela é a aquisição efetiva do direito por meio da implementação de todos os requisitos
legais vigentes.
O STF entende não existir direito adquirido nas seguintes situações:

1
RE 204.769/RS.

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Uma nova Constituição – Poder Constituinte originário. Obs.: tem direito adquirido em
face de emenda constitucional.
Mudança de moeda – padrão monetário.
Criação ou aumento de tributos.
Mudança de regime jurídico-estatutário.
CUIDADO: a respeito de vantagens pessoais adquiridas por servidores públicos, já
decidiu o STF que a revogação por lei posterior viola o direito adquirido:
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO.
QUINQUÊNIO. LEI NOVA. EXTINÇÃO DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. DIREITO
ADQUIRIDO. PRECEDENTES. 1. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de
que a lei nova não pode revogar vantagem pessoal já incorporada ao patrimônio do servidor sob
pena de ofensa ao direito adquirido. 2. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de
violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo
infraconstitucional. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AI 762863 AgR, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 20/10/2009, DJe-
213 DIVULG 12-11-2009 PUBLIC 13-11-2009 EMENT VOL-02382-11 PP-02240)
Imaginemos que um servidor tenha tomado posse no dia 1° de janeiro de 2017, e nessa
data estava vigente a Lei A, que estabelecia um adicional por tempo de serviço de 0,5% do
vencimento para cada ano de efetivo exercício, e que em outubro de 2017 foi publicada a lei B,
revogando a referida vantagem. Nesse caso, não poderá o servidor invocar o direito adquirido
para manter o regime jurídico existente na data da sua posse, entretanto, se o servidor já
tivesse completado um ano faria jus ao benefício apenas daquele ano, uma vez que o direito já
teria sido incorporado ao seu patrimônio. Contudo, não fará jus ao benefício cumulativo nos
anos seguintes, como previa a lei que foi revogada.
ATO JURÍDICO PERFEITO
É aquele ato, que no momento da sua realização, preencheu todos os requisitos formais
necessários exigidos pela lei vigente, não podendo dessa forma ser prejudicado por uma lei
posterior. É um complemento ao direito adquirido, vale dizer, o ato jurídico perfeito está
compreendido no direito adquirido, isso porque não existe direito adquirido se não for
decorrente de um ato jurídico perfeito.
COISA JULGADA
A coisa julgada acontece quando uma decisão judicial transita em julgado, ou seja, não
comporta mais recurso, tornando-se imutável. A lei, dessa forma, não poderá violar uma
decisão judicial transitada em julgado, pois ela estará protegida pela coisa julgada. A coisa
julgada classifica-se em material e formal. É material, quando a decisão torna-se
efetivamente imutável em qualquer processo, e formal, quando no processo não comporta
mais recurso.
A respeito do dispositivo constitucional, destacamos a Súmula 654 do STF:
A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da CF, não é
invocável pela entidade estatal que a tenha editado.
[Súmula 654.]

Ademais, a regra da irretroatividade é relativizada no âmbito penal, uma vez que a lei
penal mais benéfica para o réu poderá retroagir.
Art. 5o. XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

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DEVIDO PROCESSO LEGAL


O devido processo legal é um princípio comum a todas as demais garantias relacionadas
à efetivação da justiça; surge como uma defesa dos indivíduos contra os abusos do Estado,
impondo a ele um limite ao seu poder, condicionando a restrição da liberdade de alguém ou a
privação de seus bens à existência de um procedimento legalmente estabelecido, no qual se
respeitem todos os direitos e garantias processuais previstos na CF e na lei. É o que diz o
inciso LIV do artigo 5º:
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal.

A exigência constitucional do devido processo legal aplica-se aos processos em geral, ou


seja, tanto aos processos judiciais quanto aos processos administrativos.
Esse direito/princípio possui dois sentidos (acepções):
 Acepção processual (formal) que garante aos indivíduos o direito de ter um
julgamento adequado de acordo com um procedimento previamente estabelecido.
Essa acepção tem como principal destinatário o juiz, que deverá observar as regras
processuais na condução do processo.
 Acepção substancial (material) está ligada a ideia de se assegurar um processo
justo e adequado, pautado pelos critérios da justiça, da razoabilidade e da
proporcionalidade.
Por exemplo: um processo judicial que respeite todos os ritos processuais previamente
estabelecidos, mas que perdure por trinta anos, pode até ter respeitado o aspecto formal do
devido processo legal, mas certamente violou a sua acepção material, pois um processo que se
arraste por tanto tempo certamente não é um processo justo, razoável e muito menos
adequado.
Desse princípio surgem diversas outras garantias constitucionais, como: a garantia à
proporcionalidade e razoabilidade; o contraditório e a ampla defesa que serão analisados a
seguir.

PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE OU RAZOABILIDADE


O princípio da razoabilidade ou proporcionalidade é uma garantia processual que NÃO
está expressa na Constituição, tratando-se, portanto, de um princípio implícito, mas
extremamente importante para a efetivação do devido processo legal.
Esse princípio relaciona-se à ideia de necessidade e adequação, tanto no processo
judicial quanto na esfera administrativa. São utilizados como parâmetro de ponderação
quando adotadas medidas pelo Estado, principalmente no que tange à restrição de bens e
direitos dos indivíduos.

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CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA


O contraditório e a ampla defesa são garantias de natureza processual asseguradas aos
litigantes, tanto no processo judicial quanto administrativo e decorrem do exercício do Devido
Processo Legal, aliás, só se atenderá ao devido processo legal, caso sejam assegurados o
contraditório e a ampla defesa. Vejamos a disposição do texto constitucional:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes.
Contraditório é o direito de tomar conhecimento e contradizer, contrariar, contraditar o
que lhe foi imputado.
Já a Ampla Defesa é a possibilidade de, no exercício do direito de defesa, utilizar-se de
todos os meios de prova admitidos em direito.
Em regra, o contraditório e a ampla defesa são garantidos em todos os processos
judiciais ou administrativos. Contudo, a legislação brasileira previu alguns procedimentos
administrativos, que em virtude de sua natureza meramente investigatória, são
incompatíveis com o exercício desses direitos, são eles:
 inquérito policial;
 inquérito civil;
 sindicância investigativa.
Em suma, nos referidos procedimentos investigatórios, uma vez que eles não têm o
condão de punir o investigado, não serão garantidos o contraditório e a ampla defesa.
ATENÇÃO quanto à Súmula 14 do STF:
SV nº 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.

Essa súmula assegura ao advogado regularmente constituído pelo indiciado o direito de


pleno acesso ao inquérito, mesmo que sujeito a regime de sigilo, desde que se trate de
provas já produzidas e formalmente incorporadas ao procedimento investigatório. Dessa
forma, o advogado não terá acesso apenas àquelas informações e providências tomadas no
inquérito que ainda não foram documentadas.
Atente para outras Súmulas Vinculantes do Supremo Tribunal Federal que versam sobre
este tema:
SV nº 3 - Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se
o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão.
SV nº 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a Constituição.
SV nº 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios
de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. (grifo nosso)

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DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO


Duplo grau de jurisdição seria a necessidade de se estabelecer a possibilidade de uma
causa ser reapreciada por outro órgão, ou seja, de existir pelo menos duas instâncias.
De acordo com a posição atual do STF, o princípio do duplo grau de jurisdição não é
uma garantia constitucional, pois a CF estabelece competências originárias para julgar
algumas autoridades, como instância única 2.
Apesar de não estar previsto na CF, é uma garantia prevista no Pacto de San José da
Costa Rica:
O acesso à instância recursal superior consubstancia direito que se encontra
incorporado ao sistema pátrio de direitos e garantias fundamentais. Ainda que não
se empreste dignidade constitucional ao duplo grau de jurisdição, trata-se de
garantia prevista na Convenção Interamericana de Direitos Humanos, cuja
ratificação pelo Brasil deu-se em 1992, data posterior à promulgação do CPP. A
incorporação posterior ao ordenamento brasileiro de regra prevista em tratado
internacional tem o condão de modificar a legislação ordinária que lhe é anterior.
[HC 88.420, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 17-4-2007, 1ª T, DJ de 8-6-
2007.

INADMISSIBILIDADE DAS PROVAS ILÍCITAS


A CF assegura, no processo, a inadmissibilidade de uso de provas ilícitas. Vejamos o
inciso LVI do Art. 5º:
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios
ilícitos;
Para sabermos o que é uma prova ilícita, temos que fazer a diferença entre prova ilegal,
prova ilegítima e prova ilícita.
Provas ilegais são gênero, que tem como espécies as provas ilícitas e as provas
ilegítimas.
A prova ilícita é aquela obtida por meio da violação da CF ou de normas de direito
material. Por exemplo: a CF assegura a inviolabilidade das comunicações telefônicas,
entendendo que essas comunicações são sigilosas, contudo é possível ocorrer a quebra desse
sigilo por meio de uma decisão judicial. Caso alguém viole as comunicações telefônicas
(grampeie o telefone) de alguém sem autorização judicial, as gravações obtidas ali não
poderão ser usadas em nenhum processo, pois foram obtidas de forma ilícita.
A prova ilícita contamina todas as demais provas decorrentes dela, esse é o efeito da
chamada Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada (fruits of the poisonous tree). Segundo
essa teoria, se a árvore está envenenada, os frutos também o serão, significa dizer que se uma
prova foi produzida de forma ilícita, as demais provas dela decorrentes também serão ilícitas
(ilicitude por derivação).

2
O duplo grau não é absoluto no âmbito jurisdicional. Desse modo, a previsão legal de instância única no contencioso
administrativo não viola o alegado direito ao mencionado instituto.
[RE 794.149 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 18-11-2014, 1ª T, DJE de 4-12-2014.]

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Outro aspecto relevante é o de que a simples presença da prova ilícita não torna nulo ou
invalida todo o processo, mas apenas aquelas provas decorrentes da prova ilícita, que não
poderão ser usadas no processo.
As questões envolvendo o conhecimento dessa norma constitucional geralmente
encontram-se relacionadas com as provas decorrentes das violações dos direitos à
privacidade: sigilo das comunicações e inviolabilidade domiciliar.
A prova ilegítima é aquela decorrente da violação de um direito processual. Por
exemplo: produzir no processo uma prova fora do prazo, essa prova será ilegítima, e não
ilícita.
A prova ilícita é inadmissível tanto no processo judicial quanto no processo
administrativo.

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA


Para se assegurar a efetividade do acesso à Justiça, a CF assegurou a assistência
judiciária integral e gratuita àqueles que comprovarem insuficiência de recursos, ou seja,
comprovarem a sua hipossuficiência.
Esse benefício inclui os honorários de advogado e de perito.
Em decorrência disso, decidiu o STF 3 que o Estado deverá custear o exame de DNA para
aqueles beneficiários da justiça gratuita.

3
Reconhecimento, pelas Turmas desta Corte, da obrigatoriedade do custeio do exame de DNA pelo Estado-Membro,
em favor de hipossuficientes. O custeio do exame pericial da justiça gratuita viabiliza o efetivo exercício do direto à
assistência judiciária, consagrado no Art. 5º, LXXIV, da CF/1988.
[ADI 3.394, rel. min. Eros Grau, j. 2-4-2007, P, DJE de 15-8-2008.]
= RE 207.732, rel. min. Ellen Gracie, j. 11-6-2002, 1ª T, DJ de 2-8-2002

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LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita


aos que comprovarem insuficiência de recursos.
Esse direito constitucional deve ser assegurado por meio das defensorias públicas.

EXERCÍCIOS
1. (CESPE/2015) O direito adquirido, entendido como aquele que já se incorporou ao
patrimônio do seu titular, não poderá ser prejudicado por lei posterior.
Certo ( ) Errado ( )
RESPOSTA: CERTO
Direito Adquirido: é o direito já incorporado ao patrimônio do titular, ou
seja, se um indivíduo preenche todos os requisitos para a aquisição de um
determinado direito sob a vigência de uma lei, caso uma lei posterior altere esse
direito, em prejuízo do indivíduo, essa lei nova não poderá retirar-lhe o direito,
então adquirido. Destaca-se que o direito não precisa ter sido exercido para ser
considerado como adquirido.
Não se devem confundir as hipóteses de direito adquirido com expectativa
de direito, esta se refere à possibilidade de adquirir um determinado direito
previsto em lei, enquanto aquela é a aquisição efetiva do direito por meio da
implementação de todos os requisitos legais vigentes.
O STF entende não existir direito adquirido nas seguintes situações:
Uma nova Constituição – Poder Constituinte originário. Obs.: tem direito
adquirido em face de emenda constitucional.
Mudança de moeda – padrão monetário.
Criação ou aumento de tributos.
Mudança de regime jurídico-estatutário.

2. (CESPE/2015) Nos processos judiciais, são assegurados aos litigantes os direitos


fundamentais do contraditório e da ampla defesa. Entretanto, diante do princípio da
autotutela administrativa, essa garantia é inaplicável aos processos administrativos.
Certo ( ) Errado ( )
RESPOSTA: ERRADO
O contraditório e a ampla defesa são garantias de natureza processual
asseguradas aos litigantes, tanto no processo judicial quanto administrativo e
decorrem do exercício do Devido Processo Legal, aliás, só se atenderá ao devido
processo legal, caso sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa. Vejamos
a disposição do texto constitucional:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes.
Contraditório é o direito de tomar conhecimento e contradizer, contrariar,
contraditar o que lhe foi imputado.
Já a Ampla Defesa é a possibilidade de, no exercício do direito de defesa,
utilizar-se de todos os meios de prova admitidos em direito.

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3. (CESPE/2017) Os direitos adquiridos sob a égide de Constituição anterior, ainda que


sejam incompatíveis com a Constituição atual, devem ser respeitados, dada a previsão
do respeito ao direito adquirido no próprio texto da CF.
Certo ( ) Errado ( )
RESPOSTA: ERRADO
Direito Adquirido: é o direito já incorporado ao patrimônio do titular, ou
seja, se um indivíduo preenche todos os requisitos para a aquisição de um
determinado direito sob a vigência de uma lei, caso uma lei posterior altere esse
direito, em prejuízo do indivíduo, essa lei nova não poderá retirar-lhe o direito,
então adquirido. Destaca-se que o direito não precisa ter sido exercido para ser
considerado como adquirido.
Não se devem confundir as hipóteses de direito adquirido com expectativa
de direito, esta se refere à possibilidade de adquirir um determinado direito
previsto em lei, enquanto aquela é a aquisição efetiva do direito por meio da
implementação de todos os requisitos legais vigentes.
O STF entende não existir direito adquirido nas seguintes situações:
Uma nova Constituição – Poder Constituinte originário. Obs.: tem
direito adquirido em face de emenda constitucional.
Mudança de moeda – padrão monetário.
Criação ou aumento de tributos.
Mudança de regime jurídico-estatutário.

4. (CESPE/2017) Entidade estatal que editar determinada lei poderá invocar a garantia da
irretroatividade para assegurar que a referida norma não prejudique ato jurídico
perfeito, direito adquirido e coisa julgada.
Certo ( ) Errado ( )
RESPOSTA: ERRADO
O princípio da irretroatividade da lei tem como objetivo garantir a estabilidade
das relações jurídicas, impedindo que o Estado adote leis retroativas em prejuízo
dos indivíduos. A referida regra se aplica a todo e qualquer ato normativo
infraconstitucional, ou seja, uma lei ordinária, complementar, de ordem pública
ou dispositiva.

5. (CESPE/2008) Nos processos perante o TCU, asseguram-se o contraditório e a ampla


defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo
que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão
inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
Certo ( ) Errado ( )

RESPOSTA: CERTO
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão.
Súmula vinculante 3.

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2. Errado
3. Errado
4. Errado
5. Certo

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