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SUMÁRIO
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS .......................................................................................... 2
DIREITOS DE SEGURANÇA – GARANTIAS INDIVIDUAIS ................................................................................. 2
CONCEITO .................................................................................................................................................. 2
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA NAS RELAÇÕES JURÍDICAS – IRRETROATIVIDADE DA LEI .................................. 2
DIREITO ADQUIRIDO .................................................................................................................................. 2
ATO JURÍDICO PERFEITO............................................................................................................................ 3
COISA JULGADA ......................................................................................................................................... 3
DEVIDO PROCESSO LEGAL ............................................................................................................................. 4
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE OU RAZOABILIDADE .......................................................................... 4
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA ............................................................................................................... 5
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO........................................................................................................................ 6
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.............................................................................................................. 7
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 8
GABARITO .................................................................................................................................................... 10
DIREITO ADQUIRIDO
Direito Adquirido: é o direito já incorporado ao patrimônio do titular, ou seja, se um
indivíduo preenche todos os requisitos para a aquisição de um determinado direito sob a
vigência de uma lei, caso uma lei posterior altere esse direito, em prejuízo do indivíduo, essa
lei nova não poderá retirar-lhe o direito, então adquirido. Destaca-se que o direito não
precisa ter sido exercido para ser considerado como adquirido.
Não se devem confundir as hipóteses de direito adquirido com expectativa de direito,
esta se refere à possibilidade de adquirir um determinado direito previsto em lei, enquanto
aquela é a aquisição efetiva do direito por meio da implementação de todos os requisitos
legais vigentes.
O STF entende não existir direito adquirido nas seguintes situações:
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RE 204.769/RS.
Uma nova Constituição – Poder Constituinte originário. Obs.: tem direito adquirido em
face de emenda constitucional.
Mudança de moeda – padrão monetário.
Criação ou aumento de tributos.
Mudança de regime jurídico-estatutário.
CUIDADO: a respeito de vantagens pessoais adquiridas por servidores públicos, já
decidiu o STF que a revogação por lei posterior viola o direito adquirido:
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO.
QUINQUÊNIO. LEI NOVA. EXTINÇÃO DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. DIREITO
ADQUIRIDO. PRECEDENTES. 1. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de
que a lei nova não pode revogar vantagem pessoal já incorporada ao patrimônio do servidor sob
pena de ofensa ao direito adquirido. 2. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de
violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo
infraconstitucional. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AI 762863 AgR, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 20/10/2009, DJe-
213 DIVULG 12-11-2009 PUBLIC 13-11-2009 EMENT VOL-02382-11 PP-02240)
Imaginemos que um servidor tenha tomado posse no dia 1° de janeiro de 2017, e nessa
data estava vigente a Lei A, que estabelecia um adicional por tempo de serviço de 0,5% do
vencimento para cada ano de efetivo exercício, e que em outubro de 2017 foi publicada a lei B,
revogando a referida vantagem. Nesse caso, não poderá o servidor invocar o direito adquirido
para manter o regime jurídico existente na data da sua posse, entretanto, se o servidor já
tivesse completado um ano faria jus ao benefício apenas daquele ano, uma vez que o direito já
teria sido incorporado ao seu patrimônio. Contudo, não fará jus ao benefício cumulativo nos
anos seguintes, como previa a lei que foi revogada.
ATO JURÍDICO PERFEITO
É aquele ato, que no momento da sua realização, preencheu todos os requisitos formais
necessários exigidos pela lei vigente, não podendo dessa forma ser prejudicado por uma lei
posterior. É um complemento ao direito adquirido, vale dizer, o ato jurídico perfeito está
compreendido no direito adquirido, isso porque não existe direito adquirido se não for
decorrente de um ato jurídico perfeito.
COISA JULGADA
A coisa julgada acontece quando uma decisão judicial transita em julgado, ou seja, não
comporta mais recurso, tornando-se imutável. A lei, dessa forma, não poderá violar uma
decisão judicial transitada em julgado, pois ela estará protegida pela coisa julgada. A coisa
julgada classifica-se em material e formal. É material, quando a decisão torna-se
efetivamente imutável em qualquer processo, e formal, quando no processo não comporta
mais recurso.
A respeito do dispositivo constitucional, destacamos a Súmula 654 do STF:
A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da CF, não é
invocável pela entidade estatal que a tenha editado.
[Súmula 654.]
Ademais, a regra da irretroatividade é relativizada no âmbito penal, uma vez que a lei
penal mais benéfica para o réu poderá retroagir.
Art. 5o. XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
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O duplo grau não é absoluto no âmbito jurisdicional. Desse modo, a previsão legal de instância única no contencioso
administrativo não viola o alegado direito ao mencionado instituto.
[RE 794.149 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 18-11-2014, 1ª T, DJE de 4-12-2014.]
Outro aspecto relevante é o de que a simples presença da prova ilícita não torna nulo ou
invalida todo o processo, mas apenas aquelas provas decorrentes da prova ilícita, que não
poderão ser usadas no processo.
As questões envolvendo o conhecimento dessa norma constitucional geralmente
encontram-se relacionadas com as provas decorrentes das violações dos direitos à
privacidade: sigilo das comunicações e inviolabilidade domiciliar.
A prova ilegítima é aquela decorrente da violação de um direito processual. Por
exemplo: produzir no processo uma prova fora do prazo, essa prova será ilegítima, e não
ilícita.
A prova ilícita é inadmissível tanto no processo judicial quanto no processo
administrativo.
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Reconhecimento, pelas Turmas desta Corte, da obrigatoriedade do custeio do exame de DNA pelo Estado-Membro,
em favor de hipossuficientes. O custeio do exame pericial da justiça gratuita viabiliza o efetivo exercício do direto à
assistência judiciária, consagrado no Art. 5º, LXXIV, da CF/1988.
[ADI 3.394, rel. min. Eros Grau, j. 2-4-2007, P, DJE de 15-8-2008.]
= RE 207.732, rel. min. Ellen Gracie, j. 11-6-2002, 1ª T, DJ de 2-8-2002
EXERCÍCIOS
1. (CESPE/2015) O direito adquirido, entendido como aquele que já se incorporou ao
patrimônio do seu titular, não poderá ser prejudicado por lei posterior.
Certo ( ) Errado ( )
RESPOSTA: CERTO
Direito Adquirido: é o direito já incorporado ao patrimônio do titular, ou
seja, se um indivíduo preenche todos os requisitos para a aquisição de um
determinado direito sob a vigência de uma lei, caso uma lei posterior altere esse
direito, em prejuízo do indivíduo, essa lei nova não poderá retirar-lhe o direito,
então adquirido. Destaca-se que o direito não precisa ter sido exercido para ser
considerado como adquirido.
Não se devem confundir as hipóteses de direito adquirido com expectativa
de direito, esta se refere à possibilidade de adquirir um determinado direito
previsto em lei, enquanto aquela é a aquisição efetiva do direito por meio da
implementação de todos os requisitos legais vigentes.
O STF entende não existir direito adquirido nas seguintes situações:
Uma nova Constituição – Poder Constituinte originário. Obs.: tem direito
adquirido em face de emenda constitucional.
Mudança de moeda – padrão monetário.
Criação ou aumento de tributos.
Mudança de regime jurídico-estatutário.
4. (CESPE/2017) Entidade estatal que editar determinada lei poderá invocar a garantia da
irretroatividade para assegurar que a referida norma não prejudique ato jurídico
perfeito, direito adquirido e coisa julgada.
Certo ( ) Errado ( )
RESPOSTA: ERRADO
O princípio da irretroatividade da lei tem como objetivo garantir a estabilidade
das relações jurídicas, impedindo que o Estado adote leis retroativas em prejuízo
dos indivíduos. A referida regra se aplica a todo e qualquer ato normativo
infraconstitucional, ou seja, uma lei ordinária, complementar, de ordem pública
ou dispositiva.
RESPOSTA: CERTO
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão.
Súmula vinculante 3.
GABARITO
1. Certo
2. Errado
3. Errado
4. Errado
5. Certo